1

DIA 29
CRONOGRAMA DE 4H
MATERIAL PÁG
Apostila de Direito Administrativo

LICITAÇÃO ADMINISTRATIVA 1 A 28

Tempo aprox.: 2 horas e 30 min (para todos)

Legislação:
▪ 1H30 – ARTIGO 60 AO 75 DA LEI DE DROGAS 29 A 34

Tempo aprox.: 2 horas (para todos)

13 EXÉRCÍCIOS + COMENTÁRIOS 34 A 45

Tempo aprox.: 1 horas (para aqueles que dispõem de 5

horas)

OBS.: Lembrando que o nosso cronograma se adequa ao estudo de 4 horas

e 5 horas. Àqueles que dispõem de 4 horas de estudo (dia), aconselhamos
que façam, nesse momento inicial, a leitura a resolução das questões aos
sábados e domingos, pois nesses dias o programa fica mais leve.

2
 SUMÁRIO
LICITAÇÃO ADMINISTRATIVA ................................................................................................. 3
1. CONCEITO .............................................................................................................................. 3
2. PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA LEI DE LICITAÇÕES ................................................ 6
3. OBJETOS DA LICITAÇÃO ............................................................................................... 14
4. VEDAÇOES PREVISTAS NO ART 7º DA LEI Nº 8.666/93 .................................... 17
5. IMPEDIMENTOS DO ART.9º DA LEI 8.666 ................................................................ 17
6. SERVIÇOS ........................................................................................................................... 18
7. SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS (Art. 13 da Lei n.º
8.666/93) .................................................................................................................................. 19
8. INTERVALO MÍNIMO ........................................................................................................ 21
9. COMISSÃO DE LICITAÇÃO ............................................................................................ 21
10. MODALIDADES DE LICITAÇAO ..................................................................................22
ESTUDO DA LEGISLAÇÃO .................................................................................................... 28
LEI DE DROGAS – ART. 60 AO 75 .................................................................................. 28
QUESTÕES DE CONCURSOS................................................................................................ 35
QUESTÕES COMENTADAS .....................................................................................................39

LICITAÇÃO ADMINISTRATIVA

1. CONCEITO

A licitação é um procedimento administrativo pelo qual um ente público

ou entidade administrativa, no exercício da função administrativa, abre a todos
os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento
convocatório, a possibilidade de formularem propostas para a Administração,
dentre as quais será selecionada a melhor para a contratação.
É importante entender que o Estado realiza a licitação para uma futura
contratação, sendo assim podemos definir a licitação como procedimento
administrativo prévio às contratações públicas, realizado por atos

3
administrativos em série previamente definidos por lei culminando com a
celebração do contrato administrativo.
Parece básico, mas é necessário entender, a Lei n.º 8.666/1993 é uma lei
geral que regula normas gerais de licitações e contratos. Sendo assim,
qualquer ilegalidade no procedimento licitatório vai contaminar o contrato
administrativo, motivo pelo qual uma contratação com base em uma licitação
fraudada é nula de pleno direito. O contrato pode até ter sido confeccionado de
acordo com a lei, mas já nasceu em uma licitação nula.

ATENÇÃO! A CF/88, em seus artigos 37, XXI e art. 175, expõe a necessidade de
licitação para as contratações:
Art. 37, inciso XXI - ressalvados os casos especificados
na legislação (exceção), as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento
das obrigações. (REGRA GERAL)
(....)
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
SEMPRE através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
MUITO CUIDADO: nem toda palavra SEMPRE em questão está errado. Se o
comando da questão estiver pedindo de acordo com a CF e se a descrição da
alternativa for claramente a transcrição do texto legal, a assertiva que possuir
a palavra sempre deve ser assinalada como CORRETA!

Mas para quem se aplica a Lei n.º 8666/1993?

É importante saber que a Lei n.º 8.666/1993 é uma lei NACIONAL, não
federal e que existe diferença entre um diploma legal nacional e outro federal.
A lei nacional é aplicada a todos os entes políticos – União, Estados, Municípios

4
e Distrito Federal, bem como no âmbito de todos os poderes - poder executivo,
legislativo e judiciário. A Administração pública indireta desses respectivos
entes – autarquias, fundações, estatais – também deve respeitar a
necessidade de realizar licitações.
O art. 173 da CF/88 aduz que deve ser feito um estatuto jurídico das
estatais, o qual deve regular, entre outras matérias, as regras de licitação das
estatais. Esse Estatuto das Estatais é a Lei nº 13.303/2016 e possui aplicação
especial sobre esses entes, no que tange a licitação, em relação a Lei n.º
8666/93 – que deve ser utilizada apenas para aplicação subsidiária, naquilo
que for compatível.
Em suma, a necessidade de licitações aplica-se:
• Fundos especiais.
• Empresas controladas direta ou indiretamente pelo
estado.
• Administração direta
• Administração indireta

As pessoas jurídicas que compõe o terceiro setor devem licitar?

Para o STF e a doutrina majoritária, a resposta é NEGATIVA. No entanto,
as entidades do terceiro setor devem respeitar um processo objetivo para a
contratação, sempre pautado nos princípios da impessoalidade, publicidade,
entre outros princípios da licitação.

De quem é competência para legislar sobre licitações?

A competência legislativa para normas gerais de licitações e contratos
é privativa da União, nos termos do art. 22, XXVII da CF/88. Sendo assim, a
doutrina majoritária entende que os estados podem legislar sobre licitações e
contratos, desde que referente a normas específicas de interesse daqueles
entes. Inclusive a própria União pode legislar questões específicas, as quais
só serão aplicadas ao ente político União.

Mas quais são essas regras gerais?

5
 Em regra, considera-se normas gerais aquelas que estipulam:
1) Princípios;
2) Tipos de licitação (menor preço, melhor técnica, técnica e preço);
3) Modalidades (concorrência, concurso, tomada de preços, convite,
leilão);
4) Hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação;
5) Critérios de habilitação.

Obs: As leis n.º 8.666/93, 10.520/02 (Lei do Pregão) e lei n.º 12.462/11 (Regime
Diferenciado de Contratação - RDC) são leis gerais que são aplicadas a todos
os entes políticos.

O Estado pode criar uma modalidade de licitação específica?

Não, pois essa competência é privativa da União.

Obs: O STF entendeu que nos casos de doação de bens previstos como
hipóteses de contratação direta, ou seja, sem a necessidade da licitação –
art. 17, I, b e II, b - não se aplica aos estados, pois esse ponto não está na
esfera da legislação privativa.

2. PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA LEI DE LICITAÇÕES

Os princípios que regem o procedimento licitatório estão previstos no

art. 3º da Lei n.º 8.666/93 e são estes elencados abaixo:

▪ Legalidade ▪ Probidade
administrativa
▪ Impessoalidade ▪ Promoção do
desenvolvimento
sustentável
▪ Isonomia ▪ Julgamento
objetivo

6
 ▪ Moralidade ▪ Seleção da
proposta mais vantajosa
▪ Publicidade ▪ Vinculação ao
instrumento
convocatório

2.1. Princípio da isonomia

O princípio da isonomia tem profunda ligação com o princípio da
impessoalidade, pois aduz que a administração pública deve dar tratamento
igualitário aos licitantes, ou seja, não pode haver privilégios entre os
participantes – IGUALDADE FORMAL.

A própria lei pode estabelecer diferenças entre os participantes?

SIM! Desde que essas diferenças estejam pautadas na igualdade
material e no interesse público. Aqui o objetivo é a redução das desigualdades
sociais, em obediência aos objetivos da Carta Magna. Exemplo: Margem de
preferência e critério de desempate.
Para fins de prova, é muito importante saber quais são esses critérios
de desempate, que estão previsto no art. 3º, §2º do diploma legal em referência.
Veja:
• Bens e serviços produzidos no País;
• Bens e serviços produzidos ou prestados por empresas
brasileiras;
• Produzidos ou prestados por empresas que invistam em
pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País;
• Produzidos ou prestados por empresas que comprovem
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para
pessoa com deficiência ou para reabilitado da
Previdência Social E que atendam às regras de
acessibilidade previstas na legislação.

7
 Também é de suma importância saber o que é margem de preferência
e quem a detém. Pode-se conceituar margem de preferência como uma
desigualdade criada em lei, dentro da qual uma determinada empresa poderá
vencer a licitação, mesmo não obtendo os melhores índices, pois lhe é dado
uma espécie de privilégio. Algumas considerações devem ser feitas sobre
margem de preferência:

• Seu fundamento está na CF/88, que considera o

desenvolvimento nacional como sendo um de seus
objetivos.
• Não pode ultrapassar 25% sobre os preços dos produtos
manufaturados e serviços estrangeiros.
• Deve ser definida pelo Poder Executivo Federal, com
base em estudos periódicos que não podem ultrapassar
5 anos.
• Deve ser aplicada após a concessão de tratamento
diferenciado e favorecido às Micro Empresas e Empresas
de Pequeno Porte.
• Super preferência: PRODUTOS MANUFATURADOS OU
SERVIÇOS NACIONAIS + resultantes de desenvolvimento
e INOVAÇÃO TECNOLÓGICA REALIZADO NO PAÍS poderá
ser estabelecida margem de preferência adicional.

Quem pode ter essa margem?

1) Produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam as

normas técnicas brasileiras
2) Bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que
comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa
com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às
regras de acessibilidade previstas na legislação.

8
 No art. 3º, parágrafo primeiro, inciso II, a lei prevê que é vedado aos
agentes públicos:

Admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação,

cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou
frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de
sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou
distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos
licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou
irrelevante para o específico objeto do contrato ( REGRA
GERAL), ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no
art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;

Quais são essas exceções?

§ 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida

margem de preferência para:
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que
atendam a normas técnicas brasileiras;
II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que
comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei
para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na
legislação
§12 - Nas contratações destinadas à implantação, manutenção
e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de
informação e comunicação, considerados estratégicos em ato
do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a
bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e
produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que
trata a Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001.

PEGADINHA DE PROVA: é possível que a licitação seja restrita a bens e

serviços com tecnologia desenvolvida no país e produzidos de acordo com o
processo produtivo básico, NAS CONTRATAÇÕES DESTINADAS A
IMPLANTAÇÃO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO. Mais uma exceção à regra
da isonomia que está prevista em lei e de acordo com sua finalidade, que é
a busca do desenvolvimento nacional.

ATENÇÃO! Ainda sobre o princípio da isonomia, para o TCU, a

contratação pela administração pública de empresas

9
 pertencentes a parentes de gestor público envolvido no
processo de contratação, viola o princípio da impessoalidade.

E as micro empresas e empresas de pequeno porte? Elas possuem algum tipo

de privilégio?
A LC 123/06 definiu um tratamento diferenciado as empresas nela
especificada. Isso significa que antes de analisar os critérios de desempate
previstos na Lei n.º 8.666/93, deve-se aplicar o tratamento diferenciado as ME
e EPP. Caso a microempresa apresente proposta inferior a proposta
vencedora, ganhará a licitação. Além disso o art. 44, parágrafo primeiro, dispõe
que as propostas das ME e EPP de até 10 % maiores que o valor da vencedora
são considerados empates técnicos. No caso do pregão essa porcentagem é
de 5%1.

2.2. Princípio da vinculação ao instrumento convocatório

O instrumento convocatório pode ser o edital ou carta convite. A carta
convite também é conhecida como instrumento convocatório simplificado.
Estes serão considerados a lei interna da licitação, devendo ser respeitados,
tanto pela administração, como pelos licitantes.
A administração pública possui uma certa discricionariedade para
constituir o edital, podendo escolher modalidade de licitação, tipo, entre outros.
Mas, após a publicação do instrumento convocatório, este não pode mais ser
alterado pela administração pública, sendo assim, a discricionariedade
administrativa se encerra com a publicação do edital2. Ex: a escolha do tipo de
licitação deve ser respeitada, para que o critério de escolha seja mais objetivo
possível para a obtenção da melhor proposta.

1
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de
contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas
microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento)
superiores à proposta mais bem classificada.
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será
de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço.
2
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se
acha estritamente vinculada.

10
2.3. Impessoalidade
É um princípio muito usado para casos práticos de licitação, pois as
provas normalmente vinculam esse princípio ao dever de licitar. O princípio da
impessoalidade possui duas abordagens, quais sejam:

Não realizar promoção pessoal com Não realizar uma escolha para a
os recursos públicos administração, com base nos
interesses pessoais.
Ex: outdoor com os dizeres “esta Ex: contratar a empresa do filho.
obra foi graças à administração do
Prefeito FULANO DE TAL”.

É justamente neste segundo aspecto que o processo de licitação se

apresenta. Por isso a necessidade de ter um processo objetivo e vinculado às
regras do edital, uma vez que a escolha da melhor proposta deve estar pautada
nesses requisitos objetivos.

2.4. Princípio do procedimento formal

O princípio do procedimento formal está previsto no art. 4º da Lei nº.
8666, mas deve-se atentar que este princípio não significa excesso de
formalismo, pois o objetivo principal é a contratação. Ex: é necessária a
publicação da dispensa de licitação para que o contrato tenha eficácia. Essa
publicação é tida como um formalismo essencial.
Entretanto, em algumas situações a própria lei flexibiliza esse
formalismo, como, por exemplo, quando todos os participantes são inabilitados
ou desclassificados, a administração poderá fixar prazo para que os
participantes apresentem novas propostas.

ATENÇÃO! É possível o saneamento de falhas durante o processo licitatório,

desde que não exista prejuízo para a administração pública e para os licitantes.

11
Ex: as microempresas podem corrigir falhas nos documentos de regularidade
fiscal e trabalhista – art. 43, parágrafo primeiro da LC 123/20063.

2.5. Princípio do julgamento objetivo

O julgamento das propostas deve ser pautado em critérios objetivos, o
que significa dizer que são parâmetros certos e claros. A adoção de critérios
subjetivos torna o procedimento ilegal.

Quais os critérios de julgamentos são previstos na lei?

Os critérios de licitação estão no Art. 45 da Lei n.º 8.666/1993 e são:
• Menor preço
• Melhor técnica
• Técnica e preço
• Maior lance ou Oferta.

Devida a importância desse artigo, é importante conhecer e memorizar

a sua redação legal e prestar a atenção nos casos de contratação de bens e
serviços de informática:

Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a

Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo
em conformidade com os tipos de licitação, os critérios
previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo
com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a
possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de
controle.
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação,
exceto na modalidade concurso:

3
Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em
certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de
comprovação de regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresente alguma
restrição.
1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será
assegurado o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em
que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, a
critério da administração pública, para regularização da documentação, para pagamento ou
parcelamento do débito e para emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com
efeito de certidão negativa.

12
 I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta
mais vantajosa para a Administração determinar que será
vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com
as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço.
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de
bens ou concessão de direito real de uso.
§ 2º No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após
obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, (critérios de
desempate) a classificação se fará, obrigatoriamente, por
SORTEIO, em ato público, para o qual todos os licitantes serão
convocados, vedado qualquer outro processo.
§ 4º Para contratação de bens e serviços de informática, a
administração observará o disposto no art. 3o da Lei no 8.248,
de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores
especificados em seu parágrafo 2o e adotando
obrigatoriamente o tipo de licitação "técnica e preço",
permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos
indicados em decreto do Poder Executivo.
§ 5º É vedada a utilização de outros tipos de licitação não
previstos neste artigo.
§ 6º Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas
tantas propostas quantas necessárias até que se atinja a
quantidade demandada na licitação.

ART.23, §7º Na compra de bens de natureza divisível e desde

que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida
a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com
vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar
quantitativo mínimo para preservar a economia de escala.

2.6. Princípio do sigilo das propostas

A regra na licitação é a publicidade, pois quanto maior a transparência,
maior é a possibilidade de controle e fiscalização do erário público. Ocorre que,
no âmbito da Lei n.º 8.666/93, as propostas só serão públicas após a abertura
dos envelopes (momento do julgamento). Sendo assim, é INCORRETO afirmar
que todos os atos da licitação sempre serão públicos, pois, as propostas
apresentadas pelos licitantes serão sigilosas até a abertura dos envelopes,
que serão feitas em conjunto com todos os licitantes, em sessão pública.

13
 3. OBJETOS DA LICITAÇÃO

Os objetos da licitação são, em suma:

• Obras
• Serviços
• Serviços de publicidade
• Compras
• Alienações
• Locações
• Concessões
• Permissões
Para diferenciar o que é obra do que é tido como serviço, a doutrina usa
alguns critérios:
1) na contratação de uma obra prepondera o resultado
(obrigação de resultado), diferente do serviço, que
prepondera a atividade humana (obrigação de meio).
2) na obra, o custo do material é superior ao da mão de
obra. Nos serviços a lógica é inversa. Ambas exigem
projeto básico e executivo.

ATENÇÃO! Nas hipóteses que o empreendimento exigir licenciamento

ambiental, o projeto básico deve conter o EIA (Estudo de Impacto Ambiental)
e o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental).

Tanta a realizações de obras, como a prestação de serviços de

engenharia pressupõe a elaboração de um projeto básico e executivo.

E o que é e qual a diferença entre projeto básico e projeto executivo?

PROJETO BÁSICO PROJETO EXECUTIVO

É o conjunto de elementos É o conjunto dos elementos
necessários e suficientes, com nível necessários e suficientes à

14
 de precisão adequado, para EXECUÇÃO COMPLETA DA OBRA, de
CARACTERIZAR A OBRA OU O acordo com as normas pertinentes
SERVIÇO, elaborado com base nos da Associação Brasileira de Normas
estudos técnicos preliminares, que Técnicas – ABNT.
assegurem a viabilidade técnica e o
adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliação dos custo da
obra, definição dos métodos e prazo
de execução.

MUITA ATENÇÃO! A Lei n.º 8.666/93 permite que a obra seja iniciada sem a
prévia confecção do projeto executivo, desde que, tenha decisão motivada da
autoridade competente e o projeto seja desenvolvido concomitante com a
obra4. Já nas licitações regidas pelo RDC, o projeto executivo é
INDISPENSÁVEL para o início das obras, nos termos do art. 8º, §7º, da Lei n.º
12.462/11.

Obs: Para a realização da obra ou serviço é necessário a previsão

orçamentaria dos recursos. O STJ já definiu que não é necessário a
disponibilidade do recurso, mas, tão somente, a previsão orçamentária.

Para fins de prova, a Lei n.º 8.666/93 possui algumas definições

importantes, que estão previstas no art. 6º. É necessário um estudo
pormenorizado desse artigo. A seguir serão feitas algumas observações sobre
esse dispositivo:

4
Art. 7o: As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão
ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:
§ 1o: A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação,
pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do
projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das
obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração.

15
• OBRAS, SERVIÇOS E COMPRAS DE GRANDE VULTO – valor estimado superior
a 25 vezes o limite estabelecido no art. 23, I, c da Lei n.º 8.666/93 (com base no
novo valor – R$ 3.300.000,00).

• EXECUÇÃO DIRETA X INDIRETA – direta é aquela feira pela própria

administração pública, seja ela direta ou indireta. Ou seja, uma obra feita
diretamente por uma autarquia é EXECUÇÃO DIRETA. A execução indireta, por
sua vez, é aquela que a administração contrata um terceiro para fazer. Ela
pode ser:
a) Empreitada por preço global – quando se contrata a
execução de obra ou serviço por preço certo.

b) Empreitada por preço unitário – quando se contrata

por preço certo de unidades determinadas, ou seja, não
contrata o todo, apenas partes determinadas.

c) Tarefa – mão de obra para pequenos trabalhos por

preço certo, com ou sem fornecimento de materiais. Ex:
limpeza das tubulações do prédio.

d) EMPREITADA INTEGRAL – a contratação de um

empreendimento na sua integralidade, sob inteira
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao
contratante (administração pública) e condições de
entrada em operação. A elaboração do projeto básico é
exigência para qualquer contratação de obras e serviços.
Este deve ser aprovado pela autoridade competente e
disponibilizado para consulta pelos interessados.

ATENÇÃO! Algumas questões tentam confundir os termos EMPREITADA

INTEGRAL com a CONTRATAÇÃO INTEGRADA, prevista na Lei do RDC. Veja a
diferença:

16
EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL CONTRATAÇÃO INTEGRADA
Refere-se à forma de pagamento da É uma forma de contratação prevista
obra, não da sua execução. Quando a no RDC, na qual possibilita a
administração contrata um serviço administração contratar a empresa
ou obra por um preço certo e total, aí para a totalidade da obra, inclusive a
sim temos a empreitada por preço confecção do projeto básico e
global executivo.

4. VEDAÇOES PREVISTAS NO ART 7º DA LEI Nº 8.666/93

É importante ter em mente as seguintes vedações:

1) É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de
recursos financeiros para sua execução, qualquer que
seja sua origem, exceto os empreendimentos executados
e explorados sob o regime de concessão. O contratado
somente ganha o valor do contrato administrativo, ou
seja, aquele valor que foi proposto e que obteve a melhor
proposta.

2) É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua

bens e serviços sem similaridade ou de marcas,
características e especificações exclusivas (REGRA
GERAL), salvo nos casos em que for tecnicamente
justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais
materiais e serviços for feito sob o regime de
administração contratada, previsto e discriminado no ato
convocatório.
Se houver desrespeito dessas vedações, os contratos
serão nulos de pleno direito.

5. IMPEDIMENTOS DO ART.9º DA LEI 8.666

17
 Algumas pessoas estão impedidas de participar do processo licitatório,
por ter alguma qualidade incompatível com a lisura do processo:
- Autores do projeto básico e executivo.
- Empresa que elaborou o projeto básico ou executivo.
- Servidor do órgão contratante ou responsável pela
licitação.

Obs: a lei permite que o autor do projeto básico trabalhe como consultor ou
técnico nas funções de fiscalização, exclusivamente a serviço da
administração.

6. SERVIÇOS

Os serviços englobam todas as atividades destinadas a obter

determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como:
demolição, conserto, instalação, operação, conservação, entre outras.

É possível a terceirização pelo poder público?

SIM! Antigamente a doutrina entendia que a terceirização apenas
poderia ocorrer da atividade meio. Ocorre que o art. 4º–A da Lei n.º 6.019/74,
alterado pela reforma trabalhista, considera a prestação de serviço a terceiros
a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas
atividades, inclusive a ATIVIDADE PRINCIPAL.
Sendo assim, hodiernamente, entende-se que é lícita a terceirização ou
qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas,
independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantida a
responsabilidade SUBSIDIÁRIA da empresa contratante.
O STF, em sede de repercussão geral, fixou a seguinte tese “o
inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não
transfere automaticamente ao poder público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário”. Desta forma, o
STF entendeu pela constitucionalidade do art. 71 da Lei n.º 8.666/93, por meio
de uma ADC.

18
 ATENÇÃO! No caso de verbas de natureza PREVIDENCIÁRIA, o poder público
possui responsabilidade SOLIDÁRIA.

É importante ressaltar que a terceirização ocorre apenas no âmbito dos

serviços. Não há terceirização de mão de obra, pois seria uma burla a
obrigatoriedade do concurso público!

O que é a quarteirização?
Envolve a contratação de empresa especializada com a incumbência de
gerenciar o fornecimento de serviços por terceiros à administração. Aqui
ocorre a terceirização da atividade de gerenciamento. A quarteirização
encontra previsão legal no art. 13, IV da Lei n.º 8.666/93.

7. SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS (Art. 13 da

Lei n.º 8.666/93)

É um rol exemplificativo que a lei apresenta, tendo como exemplos:

projeto básico e executivo, pareceres, consultoria técnica, patrocínio ou defesa
de causas judiciais, treinamento de pessoal, restauração de obras. Quando o
poder público faz uma licitação que tenha como objeto um serviço técnico
especializado deve observar algumas regras:
- Modalidade de licitação deve ser o CONCURSO com
estipulação prévia de prêmio ou remuneração. Na
modalidade concurso o licitante vencedor deverá ceder
os direitos patrimoniais ao estado. ATENÇÃO! É viável
outra modalidade de licitação, desde que a decisão
administrativa seja justificada.

19
 - Em regra, no que tange aos serviços técnicos
especializados, a contratação direta vai ocorrer por meio
da Inexigibilidade de licitação5, pois a competição é
inviável.

- SÚMULA 264 do TCU: a inexigibilidade de licitação para

a contratação de serviços técnicos com pessoas físicas
ou jurídicas de notória especialização somente é cabível
quando se tratar de natureza singular, capaz de exigir, na
seleção do executor de confiança, grau e subjetividade
insuscetível de ser medido pelos critérios objetivos de
qualificação inerentes ao processo de licitação, nos
termos do art. 25, II da Lei n.º 8.666/93.

- A empresa que apresente relação de corpo técnico em

procedimento licitatório ou como elemento de
justificação da contratação direta, ficará obrigada a
garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e
diretamente os serviços.

- Serviços de publicidade deve usar os tipos de licitação

MELHOR TÉCNICA ou TÉCNICA E PREÇO.

- O projeto básico é substituído pelo briefing. A doutrina

majoritária entende que se deve usar as modalidades de
licitação do art. 22 da Lei n.º 8666, não cabendo o pregão.

- Locações: quando o Poder público for locatário, em

regra, aplica-se a lei privada de locação e, em regra, o

5
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade
para serviços de publicidade e divulgação;

20
 contrato de locação deverá ser licitado. Quando o Poder
Público for locatário e tiver interesse justificado em um
imóvel específico, isso configura hipótese de dispensa de
licitação, prevista no art. 24 da Lei n.º 8.666/93.

8. INTERVALO MÍNIMO

É o prazo mínimo previsto na lei que deve ser respeitado entre a

publicação do edital e a abertura dos envelopes, ou seja, a data final para
apresentação das propostas. O prazo se inicia a partir da última publicação ou
da data em que for disponibilizado o edital.

CONCORRÊNCIA 45 dias para o tipo melhor técnica ou técnica e preço/30

dias para tipo menor preço ou maior lance.
TOMADA DE 30 dias para o tipo melhor técnica ou técnica e preço/15
PREÇOS dias para o tipo menor preço ou maior lance.
CONVITE 5 dias úteis para todos os tipos.
CONCURSO 45 dias
LEILÃO 15 dias.
PREGÃO 8 dias úteis.

Pode ser estabelecido um prazo maior que o previsto em lei?

SIM! A Lei n.º 8.666/93 apenas estabelece um prazo MÍNIMO.

9. COMISSÃO DE LICITAÇÃO

A comissão é responsável pelo andamento do procedimento de

licitação. Ela é composta por 3 membros, sendo que 2 membros devem ser
servidores efetivos ou empregados públicos do quadro daquela entidade. A
autoridade máxima do órgão não realiza a licitação, apesar de ser competente
pela elaboração do edital e exposição dos motivos.
A comissão pode ser permanente ou especial. Se for permanente, não
pode ultrapassar o período de 1 ano.

21
 Nas modalidades leilão e pregão, ocorre a substituição da comissão por
um único servidor – leiloeiro ou pregoeiro. No caso do convite é possível
também a substituição por um servidor, desde que seja uma unidade pequena
e devidamente motivada pela autoridade competente.

10. MODALIDADES DE LICITAÇAO

São os procedimentos e formalidades que deverão ser observados pela

administração pública. MUITA ATENÇÃO! As MODALIDADES de licitação são
diferentes dos TIPOS de licitação. Não confunda, porque as bancas trocam
bastante os conceitos de tipo e modalidade de licitação.

Tem relação com o procedimento que será usado para

a licitação, ou seja, como a licitação será feita. São elas:
- Concorrência
- Tomada de Preço
- Convite
MODALIDADES - Concurso
- Leilão
- Pregão
- Consulta (agências reguladoras)
- RDC
Está inserido dentro da fase de julgamento e
classificação. Após a fase da habilitação, com base na
Lei de Licitações, será feito a análise da melhor
TIPO DE proposta para a Administração Pública, é nesse ponto
LICITAÇAO que estão inseridos os tipos, sendo eles:
- Menor preço
- Melhor técnica
- Técnica e preço
- Melhor lance ou oferta

22
Obs: consulta também é modalidade de licitação e está prevista no art. 37 da
Lei n.º 9.986/2000, que regula as Agências Reguladoras.

Existem algumas regras importantes sobre as modalidades de licitação:

1) As modalidades concorrência, tomada de preços e

convite são definidas com base no valor do contrato. O
art. 23 da Lei n.º 8.666 irá expor quais os limites de valor
para cada modalidade. Ao contrário, as modalidades de
concurso, leilão, pregão e RDC independem do valor do
contrato, tendo como foco o OBJETO de contratação.

2) É vedada a criação de outras modalidades de licitação.

Essa regra é direcionada ao administrador, pois o
legislador pode criar outra modalidade, por meio de LEI.

3) A competência para legislar sobre normas gerais de

licitação e contrato é privativa da União, com base no art.
22, XXVII, da CF. É importante destacar que os Estados e
DF podem legislar sobre normas específicas, de acordo
com as suas peculiaridades. Inclusive, quando a União
legisla sobre normas específicas, a lei neste aspecto,
será lei federal, ou seja, sendo aplicada apenas a própria
União. Quando a União legisla normas gerais a lei tem
natureza de LEI NACIONAL, aplicada a todos os entes e
devendo ser observado pelos estados e DF. Os princípios
e diretrizes gerais previstos na Lei n.º 8.666/93, do art. 1º
ao 5º, devem ser observados pelos estados e municípios,
porém, estes podem criar regras específicas para os
procedimentos de licitação, de acordo com as
necessidades.

23
 4) O estado e municípios NÃO PODEM criar nova
modalidade de licitação. A doutrina entende que essa
categoria está inserida no âmbito de normas gerais,
devendo ser uniforme para todo o território nacional.
ATENÇÃO! Não é admitido a criação de modalidade de
licitação excepcional por lei do estado ou município e, da
mesma forma, a criação de novos tipos licitação também
é proibida.
ATENÇÃO! A jurisprudência entende que a norma
estadual ou municipal pode prever a inversão das fases
de julgamento e habilitação, como mudança no
procedimento, pois isso não afeta a modalidade da
licitação e o critério de julgamento.

O que o estado e município podem legislar?

O STF sedimentou entendimento em 2017, que o estado não pode criar
um novo critério de habilitação geral que não seja fundamentado em alguma
peculiaridade do local.

10.1. Concorrência
A modalidade de licitação que possui maior formalidade. Em regra, é
usada para licitações de grande vulto econômico. Importante destacar
também, que a modalidade concorrência é determinada para algumas
situações pela Lei n.º 8.666/93 independentemente do valor do contrato. São
elas:
1. Licitação internacional;
2. concessão de direito real de uso;
3. concessão comum – Lei n.º 8.987;
4. Compra ou alienação de bens imóveis. Tem exceção?
Sim! Pode usar leilão.
5. Contratos de obra celebrado por empreitada integral

24
 ATENÇÃO! Nos casos de licitação internacional, em regra, será utilizado a
modalidade concorrência. A lei estabelece duas exceções: pode-se utilizar
tomada de preços, no caso de existir cadastro internacional de licitantes ou
convite, quando não houver fornecedor de bem ou serviço no país e for
necessário convidar uma empresa estrangeira.

Novos valores pelo Decreto 9.412/2018 → acima de 3.300.000,00 para obras e

- serviços de engenharia
→ acima de 1430.000,00 para compras e
- demais serviços

O decreto revoga a Lei n.º 8.666/93?

NÃO! O art. 23 da lei de licitações não foi revogado, teve apenas os
valores atualizados, de acordo com a própria permissão da lei, em seu art. 120.

Mais alguns pontos importantes sobre a modalidade concorrência:

• Para consórcios públicos – os valores são dobrados –
se até 3 entes ou triplicados, se houver mais de 3 entes.
(art. 23, parágrafo 8º da Lei 8.666/93)

• De acordo com IN AGU 10 – a definição do valor da

contratação levará em conta o período da vigência do
contrato e as possíveis prorrogações para a escolha das
modalidades de licitação – CONCORRÊNCIA x TOMADA
DE PREÇO x CONVITE.

• Deve ser permitida a participação de todo e qualquer

interessado na fase inicial da habilitação. O fundamento
aqui é por conta dos valores altos que norteiam a
licitação. Quanto maior amplitude de interessados,
melhor para a administração pública escolher a melhor
proposta – princípio da impessoalidade.

25
 • Na concorrência tem-se uma fase de habilitação
preliminar que ocorre antes do julgamento para aferição
da qualificação e aptidão da empresa. Nesta fase a
empresa deve comprovar:
a) habilitação jurídica
b) qualificação técnica
c) qualificação econômico-financeira
d) regularidade fiscal
e) cumprimento do art. 7º, XXXIII da CF 6

10.1. Tomada de preço

É a modalidade de licitação para médio vulto econômico. Aplica-se a
mesma regra do consórcio público da concorrência.

Valores → até 3.300.000,00 para obras e serviços de engenharia

→ até 1.430.000,00 para compras e serviços.

Quem pode participar da tomada de preços?

O foco da lei são os interessados CADASTRADOS. Ou seja, aquelas
pessoas que já possuem um prévio cadastro na administração pública,
comprovando a habilitação. O cadastramento prévio corresponde a fase de
habilitação.
É possível o não cadastrado participar da tomada de preços?
SIM, desde que atendam às exigências para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data do recebimento da proposta. Aqui há uma
controvérsia doutrinária:

6
Art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e
de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir
de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

26
 Entende que os interessados não cadastrados devem obter
PRIMEIRA
o cadastramento efetivo até o terceiro dia anterior da data
CORRENTE
do recebimento das propostas. (Jessé Torres Jr)
Os interessados devem apresentar todos os documentos
SEGUNDA necessários para o cadastro até o terceiro dia anterior ao
CORRENTE recebimento das propostas, mas a decisão final sobre o
efetivo cadastramento pode ser posterior. (Marcel Justen
Filho)

Existem mais alguns pontos importantes sobre a tomada de preços:

• Na tomada de preços existe o instituto do registro
cadastral, já que a lei tem como finalidade dar mais
celeridade na fase de habilitação dos licitantes, gerando
um cadastro anterior a publicidade do edital de licitação.
Algumas características importantes do registro
cadastral:
a) Deve sempre estar aberto para novos interessados, ou
seja, qualquer pessoa pode requerer seu cadastro –
princípio da impessoalidade
b) Deve ser atualizado anualmente para garantir que os
cadastrados se mantenham com os pré-requisitos
corretos.
c) É possível que uma unidade administrativa use
registro cadastral de outro órgão.
d) Os inscritos são classificados por categoria, com base
na sua especialidade.
e) Os cadastrados receberão certificados de
cadastramento;

• Súmula 274 TCU – é vedada a exigência de prévia

inscrição no SICAF para efeito de habilitação em licitação.

27
 ESTUDO DA LEGISLAÇÃO
2h – ARTIGO 60 AO 75 DA LEI DE DROGAS
LEI DE DROGAS – ART. 60 AO 75
CAPÍTULO IV
DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO
DE BENS DO ACUSADO
NOVIDADES!
Com o advento da Lei nº 13.840/2019, ocorreu, no âmbito
da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006), diversas
mudanças quanto ao tratamento àquele que consome,
bem como àqueles que traficam drogas ilícitas.
Uma dessas mudanças foi em relação ao SISNAD
(Sisntema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas).
Esse Sistema, conforme o atual parágrafo 1º do art. 3º
da Lei nº 11.343/2006, é “o conjunto ordenado de
princípios, regras, critérios e recursos materiais e
humanos que envolvem as políticas, planos, programas,
ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por
adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas
dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
No atual cenário, este órgão tem a finalidade de realizar
atividades de prevenção do uso indevido, a atenção e a
reinserção social de usuários e dependentes de drogas
e de repressão da produção não autorizada e do tráfico
ilícito de drogas.
O atual parágrafo 2º do artigo 3º da Lei de Drogas prevê,
no entanto, que o SISNAD não atuará sozinho, mas sim
em conjunto com o SUS(Sistema Único de Saúde) e com
o SUAS (Sistema Único de Assistência Social).
Sobre o tema, deixaremos o link da explanação feita
pelo professor Márcio André do dizerodireito.com.br:
Link: https://www.dizerodireito.com.br/2019/06/breves-
comentarios-lei-138402019-que.html .
Obs.: Deixamos em destaque (cinza) os artigos
novidades para sejam lembrados na revisão de vocês
(principalmente antes da prova)
Atenção especial!
Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério
Público ou do assistente de acusação, ou mediante
representação da autoridade de polícia judiciária,
poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal,
a apreensão e outras medidas assecuratórias nos
casos em que haja suspeita de que os bens, direitos ou
valores sejam produto do crime ou constituam proveito
dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na
forma dos arts. 125 e seguintes do Decreto-Lei nº 3.689,
de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo
Penal . (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
13.840, de 2019)
Atenção especial!
§ 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº
3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo
Penal , o juiz poderá determinar a prática de atos
necessários à conservação dos bens, direitos ou
valores. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 4º A ordem de apreensão ou sequestro de
bens, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz,
ouvido o Ministério Público, quando a sua execução
imediata puder comprometer as
investigações. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de
2019)
Art. 60-A. Se as medidas assecuratórias de que
trata o art. 60 desta Lei recaírem sobre moeda
estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques
emitidos como ordem de pagamento, será determinada,
imediatamente, a sua conversão em moeda
nacional. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
28
 § 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie
deve ser encaminhada a instituição financeira, ou
equiparada, para alienação na forma prevista pelo
Conselho Monetário Nacional. (Incluído pela Lei
nº 13.886, de 2019)
§ 2º Na hipótese de impossibilidade da alienação
a que se refere o § 1º deste artigo, a moeda estrangeira
será custodiada pela instituição financeira até decisão
sobre o seu destino. (Incluído pela Lei nº 13.886,
de 2019)
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda
estrangeira a que se refere o § 2º deste artigo, caso seja
verificada a inexistência de valor de mercado, seus
espécimes poderão ser destruídos ou doados à
representação diplomática do país de
origem. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas
antes da data de entrada em vigor da Medida Provisória
nº 885, de 17 de junho de 2019, e que estejam
custodiados nas dependências do Banco Central do
Brasil devem ser transferidos à Caixa Econômica
Federal, no prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias,
para que se proceda à alienação ou custódia, de acordo
com o previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações,
aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e
dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de
qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes
definidos nesta Lei será imediatamente comunicada
pela autoridade de polícia judiciária responsável pela
investigação ao juízo competente. (Redação dada
pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 1º O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da
comunicação de que trata o caput , determinará a
alienação dos bens apreendidos, excetuadas as armas,
que serão recolhidas na forma da legislação
específica. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 2º A alienação será realizada em autos
apartados, dos quais constará a exposição sucinta do
nexo de instrumentalidade entre o delito e os bens
apreendidos, a descrição e especificação dos objetos, as
informações sobre quem os tiver sob custódia e o local
em que se encontrem. (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens
apreendidos, que será realizada por oficial de justiça, no
prazo de 5 (cinco) dias a contar da autuação, ou, caso
sejam necessários conhecimentos especializados, por
avaliador nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10
(dez) dias. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão
gestor do Funad, o Ministério Público e o interessado
para se manifestarem no prazo de 5 (cinco) dias e,
dirimidas eventuais divergências, homologará o valor
atribuído aos bens. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840,
de 2019)
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
13.886, de 2019)
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
13.886, de 2019)
§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
13.886, de 2019)
§ 9º O Ministério Público deve fiscalizar o
cumprimento da regra estipulada no § 1º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 10. Aplica-se a todos os tipos de bens
confiscados a regra estabelecida no § 1º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos
por meio de hasta pública, preferencialmente por meio
eletrônico, assegurada a venda pelo maior lance, por
preço não inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor
da avaliação judicial. (Incluído pela Lei nº 13.886,
de 2019)
§ 12. O juiz ordenará às secretarias de fazenda e
aos órgãos de registro e controle que efetuem as
averbações necessárias, tão logo tenha conhecimento
da apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
2019)
§ 13. Na alienação de veículos, embarcações ou
aeronaves, a autoridade de trânsito ou o órgão
congênere competente para o registro, bem como as
secretarias de fazenda, devem proceder à
regularização dos bens no prazo de 30 (trinta) dias,
ficando o arrematante isento do pagamento de multas,
encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de
execução fiscal em relação ao antigo
proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
29
 § 14. Eventuais multas, encargos ou tributos o uso ou custódia, ficando este livre do pagamento de
pendentes de pagamento não podem ser cobrados do multas, encargos e tributos anteriores à decisão de
arrematante ou do órgão público alienante como utilização do bem até o trânsito em julgado da decisão
condição para regularização dos bens. (Incluído que decretar o seu perdimento em favor da
pela Lei nº 13.886, de 2019) União. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de
2019)
§ 15. Na hipótese de que trata o § 13 deste artigo, a
autoridade de trânsito ou o órgão congênere § 5º Na hipótese de levantamento, se houver
competente para o registro poderá emitir novos indicação de que os bens utilizados na forma deste
identificadores dos bens. (Incluído pela Lei nº artigo sofreram depreciação superior àquela esperada
13.886, de 2019) em razão do transcurso do tempo e do uso, poderá o
interessado requerer nova avaliação
Art. 62. Comprovado o interesse público na judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de
utilização de quaisquer dos bens de que trata o art. 61, 2019)
os órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária
poderão deles fazer uso, sob sua responsabilidade e § 6º Constatada a depreciação de que trata o §
com o objetivo de sua conservação, mediante 5º, o ente federado ou a entidade que utilizou o bem
autorização judicial, ouvido o Ministério Público e indenizará o detentor ou proprietário dos
garantida a prévia avaliação dos respectivos bens. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
bens. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
13.886, de 2019) § 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 1º-A. O juízo deve cientificar o órgão gestor do § 9º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
Funad para que, em 10 (dez) dias, avalie a existência do 13.840, de 2019)
interesse público mencionado no caput deste artigo e § 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei
indique o órgão que deve receber o bem. (Incluído nº 13.840, de 2019)
pela Lei nº 13.886, de 2019) § 11. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste
artigo, os órgãos de segurança pública que participaram Art. 62-A. O depósito, em dinheiro, de valores
das ações de investigação ou repressão ao crime que referentes ao produto da alienação ou a numerários
deu causa à medida. (Incluído pela Lei nº apreendidos ou que tenham sido convertidos deve ser
13.886, de 2019) efetuado na Caixa Econômica Federal, por meio de
documento de arrecadação destinado a essa
§ 2º A autorização judicial de uso de bens deverá finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
conter a descrição do bem e a respectiva avaliação e
indicar o órgão responsável por sua § 1º Os depósitos a que se refere o caput deste
utilização. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de artigo devem ser transferidos, pela Caixa Econômica
2019) Federal, para a conta única do Tesouro Nacional,
independentemente de qualquer formalidade, no prazo
§ 3º O órgão responsável pela utilização do bem de 24 (vinte e quatro) horas, contado do momento da
deverá enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer realização do depósito, onde ficarão à disposição do
momento quando por este solicitado, informações Funad. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
sobre seu estado de conservação. (Redação dada
pela Lei nº 13.840, de 2019) § 2º Na hipótese de absolvição do acusado em
decisão judicial, o valor do depósito será devolvido a ele
§ 4º Quando a autorização judicial recair sobre pela Caixa Econômica Federal no prazo de até 3 (três)
veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à dias úteis, acrescido de juros, na forma estabelecida
autoridade ou ao órgão de registro e controle a pelo § 4º do art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro
expedição de certificado provisório de registro e de 1995. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
licenciamento em favor do órgão ao qual tenha deferido

30
 § 3º Na hipótese de decretação do seu perdimento
em favor da União, o valor do depósito será
transformado em pagamento definitivo, respeitados os
direitos de eventuais lesados e de terceiros de boa-
fé. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica
Federal, por decisão judicial, devem ser efetuados como
anulação de receita do Funad no exercício em que
ocorrer a devolução. (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
§ 5º A Caixa Econômica Federal deve manter o
controle dos valores depositados ou
devolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá
sobre: (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor
apreendido ou objeto de medidas assecuratórias;
e (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - o levantamento dos valores depositados em
conta remunerada e a liberação dos bens utilizados nos
termos do art. 62. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
§ 1º Os bens, direitos ou valores apreendidos em
decorrência dos crimes tipificados nesta Lei ou objeto
de medidas assecuratórias, após decretado seu
perdimento em favor da União, serão revertidos
diretamente ao Funad. (Redação dada pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad
relação dos bens, direitos e valores declarados
perdidos, indicando o local em que se encontram e a
entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins
de sua destinação nos termos da legislação
vigente. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de
2019)
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei
nº 13.886, de 2019)
§ 4º Transitada em julgado a sentença
condenatória, o juiz do processo, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, remeterá à Senad
relação dos bens, direitos e valores declarados
perdidos em favor da União, indicando, quanto aos bens,
o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em
cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos
termos da legislação vigente.
§ 4º-A. Antes de encaminhar os bens ao órgão
gestor do Funad, o juíz deve: (Incluído pela Lei
nº 13.886, de 2019)
I – ordenar às secretarias de fazenda e aos órgãos
de registro e controle que efetuem as averbações
necessárias, caso não tenham sido realizadas quando
da apreensão; e (Incluído pela Lei nº 13.886, de
2019)
II – determinar, no caso de imóveis, o registro de
propriedade em favor da União no cartório de registro
de imóveis competente, nos termos do caput e do
parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal,
afastada a responsabilidade de terceiros prevista
no inciso VI do caput do art. 134 da Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), bem como
determinar à Secretaria de Coordenação e Governança
do Patrimônio da União a incorporação e entrega do
imóvel, tornando-o livre e desembaraçado de quaisquer
ônus para sua destinação. (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.840,
de 2019)
§ 6º Na hipótese do inciso II do caput , decorridos
360 (trezentos e sessenta) dias do trânsito em julgado
e do conhecimento da sentença pelo interessado, os
bens apreendidos, os que tenham sido objeto de
medidas assecuratórias ou os valores depositados que
não forem reclamados serão revertidos ao
Funad. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será
conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado,
podendo o juiz determinar a prática de atos necessários
à conservação de bens, direitos ou
valores. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou
parcial dos bens, direitos e objeto de medidas
assecuratórias quando comprovada a licitude de sua
origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e
valores necessários e suficientes à reparação dos
danos e ao pagamento de prestações pecuniárias,
multas e custas decorrentes da infração
penal. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
31
 Art. 63-C. Compete à Senad, do Ministério da
Justiça e Segurança Pública, proceder à destinação dos
bens apreendidos e não leiloados em caráter cautelar,
cujo perdimento seja decretado em favor da União, por
meio das seguintes modalidades: (Incluído pela
Lei nº 13.886, de 2019)
I – alienação, mediante: (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
a) licitação; (Incluído pela Lei nº 13.886, de
2019)
b) doação com encargo a entidades ou órgãos
públicos, bem como a comunidades terapêuticas
acolhedoras que contribuam para o alcance das
finalidades do Funad; ou (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
c) venda direta, observado o disposto no inciso II
do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de
1993; (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
II – incorporação ao patrimônio de órgão da
administração pública, observadas as finalidades do
Funad; (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
III – destruição; ou (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
IV – inutilização. (Incluído pela Lei nº 13.886,
de 2019)
§ 1º A alienação por meio de licitação deve ser
realizada na modalidade leilão, para bens móveis e
imóveis, independentemente do valor de avaliação,
isolado ou global, de bem ou de lotes, assegurada a
venda pelo maior lance, por preço não inferior a 50%
(cinquenta por cento) do valor
avaliação. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 2º O edital do leilão a que se refere o § 1º deste
artigo será amplamente divulgado em jornais de grande
circulação e em sítios eletrônicos oficiais,
principalmente no Município em que será realizado,
dispensada a publicação em diário
oficial. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 3º Nas alienações realizadas por meio de
sistema eletrônico da administração pública, a
publicidade dada pelo sistema substituirá a publicação
em diário oficial e em jornais de grande
circulação. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 4º Na alienação de imóveis, o arrematante fica
livre do pagamento de encargos e tributos anteriores,
sem prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo
proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 5º Na alienação de veículos, embarcações ou
aeronaves deverão ser observadas as disposições dos
§§ 13 e 15 do art. 61 desta Lei. (Incluído pela Lei
nº 13.886, de 2019)
§ 6º Aplica-se às alienações de que trata este
artigo a proibição relativa à cobrança de multas,
encargos ou tributos prevista no § 14 do art. 61 desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 7º A Senad, do Ministério da Justiça e Segurança
Pública, pode celebrar convênios ou instrumentos
congêneres com órgãos e entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem
como com comunidades terapêuticas acolhedoras, a fim
de dar imediato cumprimento ao estabelecido neste
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 8º Observados os procedimentos licitatórios
previstos em lei, fica autorizada a contratação da
iniciativa privada para a execução das ações de
avaliação, de administração e de alienação dos bens a
que se refere esta Lei. (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiça e
Segurança Pública regulamentar os procedimentos
relativos à administração, à preservação e à destinação
dos recursos provenientes de delitos e atos ilícitos e
estabelecer os valores abaixo dos quais se deve
proceder à sua destruição ou
inutilização. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
2019)
da
Art. 63-E. O produto da alienação dos bens
apreendidos ou confiscados será revertido
integralmente ao Funad, nos termos do parágrafo único
do art. 243 da Constituição Federal, vedada a sub-
rogação sobre o valor da arrematação para saldar
eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de
pagamento. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
2019)
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo
não prejudica o ajuizamento de execução fiscal em
relação aos antigos devedores. (Incluído pela
Lei nº 13.886, de 2019)
32
 Art. 63-F. Na hipótese de condenação por
infrações às quais esta Lei comine pena máxima
superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser
decretada a perda, como produto ou proveito do crime,
dos bens correspondentes à diferença entre o valor do
patrimônio do condenado e aquele compatível com o
seu rendimento lícito. (Incluído pela Lei nº
13.886, de 2019)
§ 1º A decretação da perda prevista no caput deste
artigo fica condicionada à existência de elementos
probatórios que indiquem conduta criminosa habitual,
reiterada ou profissional do condenado ou sua
vinculação a organização criminosa. (Incluído
pela Lei nº 13.886, de 2019)
§ 2º Para efeito da perda prevista no caput deste
artigo, entende-se por patrimônio do condenado todos
os bens: (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
I – de sua titularidade, ou sobre os quais tenha
domínio e benefício direto ou indireto, na data da
infração penal, ou recebidos posteriormente;
e (Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019)
II – transferidos a terceiros a título gratuito ou
mediante contraprestação irrisória, a partir do início da
atividade criminal. (Incluído pela Lei nº 13.886,
de 2019)
§ 3º O condenado poderá demonstrar a
inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita
do patrimônio. (Incluído pela Lei nº 13.886, de
2019)
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá
firmar convênio com os Estados, com o Distrito Federal
e com organismos orientados para a prevenção do uso
indevido de drogas, a atenção e a reinserção social de
usuários ou dependentes e a atuação na repressão à
produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas,
com vistas na liberação de equipamentos e de recursos
por ela arrecadados, para a implantação e execução de
programas relacionados à questão das drogas.
TÍTULO V
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Art. 65. De conformidade com os princípios da
não-intervenção em assuntos internos, da igualdade
jurídica e do respeito à integridade territorial dos
Estados e às leis e aos regulamentos nacionais em
vigor, e observado o espírito das Convenções das
Nações Unidas e outros instrumentos jurídicos
internacionais relacionados à questão das drogas, de
que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestará,
quando solicitado, cooperação a outros países e
organismos internacionais e, quando necessário, deles
solicitará a colaboração, nas áreas de:
I - intercâmbio de informações sobre legislações,
experiências, projetos e programas voltados para
atividades de prevenção do uso indevido, de atenção e
de reinserção social de usuários e dependentes de
drogas;
II - intercâmbio de inteligência policial sobre
produção e tráfico de drogas e delitos conexos, em
especial o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e o
desvio de precursores químicos;
III - intercâmbio de informações policiais e
judiciais sobre produtores e traficantes de drogas e
seus precursores químicos.
TÍTULO V-A
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
DO FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS SOBRE
DROGAS
Art. 65-A . (VETADO). (Incluído pela Lei
nº 13.840, de 2019)
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único
do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a
terminologia da lista mencionada no preceito,
denominam-se drogas substâncias entorpecentes,
psicotrópicas, precursoras e outras sob controle
especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de
1998.
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei
nº 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em favor de
Estados e do Distrito Federal, dependerá de sua adesão
e respeito às diretrizes básicas contidas nos convênios
firmados e do fornecimento de dados necessários à
atualização do sistema previsto no art. 17 desta Lei,
pelas respectivas polícias judiciárias.
Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam
recursos públicos para execução das políticas sobre
drogas deverão garantir o acesso às suas instalações,
à documentação e a todos os elementos necessários à
efetiva fiscalização pelos órgãos
competentes. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
33
 Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros,
destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem
na prevenção do uso indevido de drogas, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes e na
repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito
de drogas.
Art. 69. No caso de falência ou liquidação
extrajudicial de empresas ou estabelecimentos
hospitalares, de pesquisa, de ensino, ou congêneres,
assim como nos serviços de saúde que produzirem,
venderem, adquirirem, consumirem, prescreverem ou
fornecerem drogas ou de qualquer outro em que
existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao
juízo perante o qual tramite o feito:
I - determinar, imediatamente à ciência da
falência ou liquidação, sejam lacradas suas instalações;
II - ordenar à autoridade sanitária competente a
urgente adoção das medidas necessárias ao
recebimento e guarda, em depósito, das drogas
arrecadadas;
III - dar ciência ao órgão do Ministério Público,
para acompanhar o feito.
§ 1º Da licitação para alienação de substâncias ou
produtos não proscritos referidos no inciso II do caput
deste artigo, só podem participar pessoas jurídicas
regularmente habilitadas na área de saúde ou de
pesquisa científica que comprovem a destinação lícita a
ser dada ao produto a ser arrematado.
§ 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º
deste artigo, o produto não arrematado será, ato
contínuo à hasta pública, destruído pela autoridade
sanitária, na presença dos Conselhos Estaduais sobre
Drogas e do Ministério Público.
§ 3º Figurando entre o praceado e não
arrematadas especialidades farmacêuticas em
condições de emprego terapêutico, ficarão elas
depositadas sob a guarda do Ministério da Saúde, que
as destinará à rede pública de saúde.
Atenção especial!
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes
previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado
ilícito transnacional, são da competência da Justiça
Federal.
Parágrafo único. Os crimes praticados nos
Municípios que não sejam sede de vara federal serão
PROCESSADOS E JULGADOS NA VARA FEDERAL DA
CIRCUNSCRIÇÃO RESPECTIVA.
Art. 71. (VETADO)
Art. 72. Encerrado o processo criminal ou
arquivado o inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante
representação da autoridade de polícia judiciária, ou a
requerimento do Ministério Público, determinará a
destruição das amostras guardadas para contraprova,
certificando nos autos. (Redação dada pela Lei nº
13.840, de 2019)
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios
com os Estados e o com o Distrito Federal, visando à
prevenção e repressão do tráfico ilícito e do uso
indevido de drogas, e com os Municípios, com o objetivo
de prevenir o uso indevido delas e de possibilitar a
atenção e reinserção social de usuários e dependentes
de drogas.
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e
cinco) dias após a sua publicação.
Art. 75. Revogam-se a Lei nº 6.368, de 21 de
outubro de 1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de
2002.
34
 QUESTÕES DE CONCURSO

1 - AOCP - 2018 - UEFS - Analista Universitário - Ciências Contábeis

A vinculação da licitação às prescrições legais que a regem em todos seus atos e fases é imposta
pelo princípio
A - do procedimento formal.
B- da vinculação ao edital.
C - da publicidade.
D - do julgamento objetivo.
E- da probidade administrativa.

2 - AOCP - 2018 - UNIR - Técnico de Laboratório - Análises Clínicas

A Lei n° 8.666/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Em relação às
definições e finalidades da Lei de Licitações, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, os itens a
seguir

O Projeto Básico é um conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão

adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da
licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem
a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.
( ) CERTO ( ) ERRADO

3 - AOCP - 2018 - UNIR - Técnico de Laboratório - Análises Clínicas

A Lei n° 8.666/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Em relação às
definições e finalidades da Lei de Licitações, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, os itens a
seguir

Segundo a finalidade constante da lei de licitações, considera-se como serviço toda atividade
destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como, demolição,
conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção,
transporte, locação de bens, vendas e comissões, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais.

4 - AOCP - 2017 - CODEM - PA - Analista Fundiário – Advogado

Conforme dispõe o art. 3º, da Lei Federal n° 8.666/93, a licitação é destinada a garantir a
observância do princípio constitucional da isonomia, de forma a selecionar a proposta mais

35
vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvimento nacional. O mesmo artigo legal
ainda determina que sejam observados os seguintes princípios:

A - legalidade, morosidade, igualdade e liberdade.

B - impessoalidade, liberdade, legalidade e moralidade.
C- liberdade, legalidade, impessoalidade, morosidade.
D- moralidade, legalidade, impessoalidade e igualdade.
E - legalidade, fraternidade, moralidade e igualdade.

5 - Ano: 2016 Banca: AOCP Órgão: EBSERH

Um dos princípios básicos da licitação expõe que esta

A - será sigilosa, porém com acesso garantido aos participantes
B - não será sigilosa, sendo assegurado o acesso irrestrito
C- não será sigilosa, salvo quanto ao conteúdo das propostas.
D- não será sigilosa, sempre preservando a transparência.
E- será sigilosa, até a publicação dos resultados finais

6 - AOCP - 2015 - TRE-AC - Analista Judiciário - Área Contabilidade

Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta.

Dentre os Princípios da licitação, é o Princípio _____________________ que estabelece que “ à

administração pública só é dado o direito de agir de acordo com o determinado pela lei” .

A - da moralidade
B- da legalidade
C- da publicidade
D- da probidade administrativa
E- do julgamento objetivo

7 - FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Escrivão e de Inspetor de Polícia - Tarde

Na Lei nº 8.666/1993, pode ser encontrada a seguinte definição:

a) A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a

seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.
b) A compra caracteriza-se pela aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só
vez, não sendo permitido o fornecimento parcelado.
c) Não há impeditivo a servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável
pela licitação, de participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou
serviço e do fornecimento de bens a eles necessários.

36
d) Uma das hipóteses em que é dispensável a licitação ocorre quando não houver a participação
de interessados na licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem
prejuízo para a Administração, autorizando-se, para tanto, alteração das condições
preestabelecidas.
e) É facultativa a submissão das minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos,
acordos, convênios ou ajustes, a exame e aprovação prévios, pela assessoria jurídica da
Administração.

8 - FEPESE - 2017 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil

Não constitui anexo obrigatório do edital de licitação:

a) O projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros
complementos.
b) Orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários.
c) A minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor.
d) As especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.
e) As instruções e normas para os recursos administrativos.

9 - CESPE - 2013 - PC-DF - Escrivão de Polícia

Julgue o item seguinte, referente à licitação pública.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta,

não estão sujeitas aos procedimentos licitatórios, uma vez que são entidades exploradoras de
atividade econômica e dotadas de personalidade jurídica de direito privado.

( ) Certo
( ) Errado

10 - ACAFE - 2010 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil

Sobre licitação, é correto afirmar:

a) Grave perturbação da ordem é exemplo de situação que admite a dispensa da licitação para os
contratos relacionados com o evento.
b) O princípio do procedimento formal impõe a vinculação da licitação às prescrições que a regem
em seus atos e fases, as quais devem estar previstas exclusivamente em lei ordinária.
c) O princípio da publicidade dos atos da licitação abrange todas as suas fases, desde o aviso de
abertura até seu julgamento, que deverá ser sempre realizado em ato público, na presença dos
interessados.
d) O objeto da licitação pode ser definido posteriormente à publicação do edital.

11 - CESPE - 2013 - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal

37
No que se refere a licitações, julgue o item abaixo.

Haverá dispensa de licitação nos casos em que houver fornecedor exclusivo de determinado
equipamento.

( ) Certo
( ) Errado

12- FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Inspetor de Polícia Legislativa

A Administração Pública anunciou licitação para a realização de uma obra. Como os trabalhos
relativos ao projeto básico estavam demorando para serem concluídos, mesmo sem a aprovação
dessa etapa a autoridade competente deu sequência ao certame e aos trabalhos referentes ao
projeto executivo. O projeto executivo também não foi concluído e, com a autorização da
Administração, desenvolveu-se concomitantemente com a execução da obra contratada. Nesse
panorama, em conformidade com a Lei Federal n° 8.666/1993, a execução da etapa referente ao
projeto executivo sem a conclusão e aprovação pela autoridade competente dos trabalhos
relativos ao projeto básico

a) e o desenvolvimento do projeto executivo concomitantemente com a execução da obra

implicam a nulidade dos atos ou contratos realizados.
b) implica a nulidade dos atos ou contratos realizados, contudo o desenvolvimento do projeto
executivo concomitantemente com a execução da obra não é vedado, já que autorizado pela
Administração.
c) e o desenvolvimento do projeto executivo concomitantemente com a execução da obra são
permitidos, desde que autorizados pela Administração.
d) não é vedada, desde que autorizada pela Administração, contudo o desenvolvimento do projeto
executivo concomitantemente com a execução da obra implicam a nulidade dos atos ou contratos
realizados.
e) e o desenvolvimento do projeto executivo concomitantemente com a execução da obra são
permitidos, desde que o objeto da licitação inclua marcas, características e especificações
exclusivas, havendo, nesse caso, obrigatoriamente, a necessidade de autorização da
Administração.

13. CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal

No que se refere às licitações, julgue os itens que se seguem.

Configura-se a inexigibilidade de licitação quando a União é obrigada a intervir no domínio

econômico para regular preço ou normalizar o abastecimento.

( ) Certo
( ) Errado

38
 QUESTÕES COMENTADAS
1 - AOCP - 2018 - UEFS - Analista Universitário - Ciências Contábeis
A vinculação da licitação às prescrições legais que a regem em todos seus atos e fases é imposta
pelo princípio
A - do procedimento formal.
B- da vinculação ao edital.
C - da publicidade.
D - do julgamento objetivo.
E- da probidade administrativa.

Gabarito: A
(...) “o princípio do procedimento formal é o que impõe a vinculação da licitação às prescrições
legais que a regem em todos os seus atos e fases. Essas prescrições decorrem não só da lei,
mas também, do regulamento, do caderno de obrigações e até do próprio edital ou convite, que
complementa as normas superiores, tendo em vista a licitação a que se refere (Lei 8.666/93,
art. 4º). (Hely Lopes, 2012)
Em relação ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório é extraído do princípio do
procedimento formal. Não é vinculação ao Edital.

2 - AOCP - 2018 - UNIR - Técnico de Laboratório - Análises Clínicas

A Lei n° 8.666/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Em relação às
definições e finalidades da Lei de Licitações, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, os itens a
seguir

O Projeto Básico é um conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão

adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da
licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem
a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Gabarito: Certo
É letra da lei. A banca trouxe a literalidade do artigo 6, IX da Lei nº 8.666/93

3 - AOCP - 2018 - UNIR - Técnico de Laboratório - Análises Clínicas

A Lei n° 8.666/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Em relação às
definições e finalidades da Lei de Licitações, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, os itens a
seguir

39
Segundo a finalidade constante da lei de licitações, considera-se como serviço toda atividade
destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como, demolição,
conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção,
transporte, locação de bens, vendas e comissões, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais.

Gabarito: Errado

A banca cobrou a definição de “serviço”, conforme a literalidade do art. 6º, II da Lei de Licitações.
Vale ressaltar que o erro está nas expressões “vendas e comissões”. O conceito não abrange
vendas e comissões, vejamos:

“Art. 6 Para os fins desta Lei, considera-se: (...) II - Serviço - toda atividade destinada a obter
determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais”.

4 - AOCP - 2017 - CODEM - PA - Analista Fundiário – Advogado

Conforme dispõe o art. 3º, da Lei Federal n° 8.666/93, a licitação é destinada a garantir a
observância do princípio constitucional da isonomia, de forma a selecionar a proposta mais
vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvimento nacional. O mesmo artigo legal
ainda determina que sejam observados os seguintes princípios:

A - legalidade, morosidade, igualdade e liberdade.

B - impessoalidade, liberdade, legalidade e moralidade.
C- liberdade, legalidade, impessoalidade, morosidade.
D- moralidade, legalidade, impessoalidade e igualdade.
E - legalidade, fraternidade, moralidade e igualdade.

Gabarito: D

Veja na Lei 8.666:

Art. 3° A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia,

a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.

5 - Ano: 2016 Banca: AOCP Órgão: EBSERH

40
Um dos princípios básicos da licitação expõe que esta
A - será sigilosa, porém com acesso garantido aos participantes
B - não será sigilosa, sendo assegurado o acesso irrestrito
C- não será sigilosa, salvo quanto ao conteúdo das propostas.
D- não será sigilosa, sempre preservando a transparência.
E- será sigilosa, até a publicação dos resultados finais

Gabarito: C
Vejamos o que diz §3º da Lei 8.666/1993 sobre o assunto:

§3º - não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento,
salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

6 - AOCP - 2015 - TRE-AC - Analista Judiciário - Área Contabilidade

Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta.

Dentre os Princípios da licitação, é o Princípio _____________________ que estabelece que “ à

administração pública só é dado o direito de agir de acordo com o determinado pela lei” .

A - da moralidade
B- da legalidade
C- da publicidade
D- da probidade administrativa
E- do julgamento objetivo

Gabarito: B
Você deve ter acertado, não é? Caso contrário, que tal aprofundar na doutrina!?

Conforme ensina Alexandre Mazza, “inerente ao Estado de Direito, o princípio da legalidade

representa a subordinação da Administração Pública à vontade popular. O exercício da função
administrativa não pode ser pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos,
mas deve obrigatoriamente respeitar a vontade da lei.”

7 - FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Escrivão e de Inspetor de Polícia - Tarde

Na Lei nº 8.666/1993, pode ser encontrada a seguinte definição:

a) A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a

seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios

41
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.
b) A compra caracteriza-se pela aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só
vez, não sendo permitido o fornecimento parcelado.
c) Não há impeditivo a servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável
pela licitação, de participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou
serviço e do fornecimento de bens a eles necessários.
d) Uma das hipóteses em que é dispensável a licitação ocorre quando não houver a participação
de interessados na licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem
prejuízo para a Administração, autorizando-se, para tanto, alteração das condições
preestabelecidas.
e) É facultativa a submissão das minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos,
acordos, convênios ou ajustes, a exame e aprovação prévios, pela assessoria jurídica da
Administração.

Gabarito A
Letra do art. 3º, da Lei nº. 8666/93. Art. 3 A licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração
e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

b) O art. 6, III, Lei nº. 8666/93 permite a compra parcelada.

c) Há impedimento para o servidor referido no item, conforme art. 9º, III, Lei nº. 8666/93.
d) Art. 24, Lei nº. 8666/93. É dispensável a licitação [...] V - quando não acudirem interessados à
licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, MANTIDAS, NESTE CASO, TODAS AS CONDIÇÕES PREESTABELECIDAS;
e) É obrigatório, conforme art. 38, parágrafo único, Lei nº. 8666/93.

8 - FEPESE - 2017 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil

Não constitui anexo obrigatório do edital de licitação:

a) O projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros
complementos.
b) Orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários.
c) A minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor.
d) As especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.
e) As instruções e normas para os recursos administrativos.

Gabarito E.
Os anexos obrigatórios do edital de licitação estão no art. 40, §2º, Lei nº. 8666/93. Na questão, o
único item que não é anexo obrigatório é justamente o item E.

42
Art. 40, §2º. Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante:
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros
complementos (Letra A);
II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários (Letra B);
III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor (Letra C);
IV - as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação (Letra
D);

9 - CESPE - 2013 - PC-DF - Escrivão de Polícia

Julgue o item seguinte, referente à licitação pública.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta,

não estão sujeitas aos procedimentos licitatórios, uma vez que são entidades exploradoras de
atividade econômica e dotadas de personalidade jurídica de direito privado.

( ) Certo
( ) Errado

Gabarito Errado
Conforme art. 1º, §único da Lei nº. 8666/93:

Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta,
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, AS EMPRESAS PÚBLICAS, AS
SOCIEDADES DE ECONOMIA mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

10 - ACAFE - 2010 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil

Sobre licitação, é correto afirmar:

a) Grave perturbação da ordem é exemplo de situação que admite a dispensa da licitação para os
contratos relacionados com o evento.
b) O princípio do procedimento formal impõe a vinculação da licitação às prescrições que a regem
em seus atos e fases, as quais devem estar previstas exclusivamente em lei ordinária.
c) O princípio da publicidade dos atos da licitação abrange todas as suas fases, desde o aviso de
abertura até seu julgamento, que deverá ser sempre realizado em ato público, na presença dos
interessados.
d) O objeto da licitação pode ser definido posteriormente à publicação do edital.

Gabarito A

43
Conforme art. 24, III, Lei nº. 8.666/93.

b) não há necessidade de previsão exclusiva em lei ordinária. As normas referentes à licitação

também podem estar previstas em regulamentos e até no próprio edital de licitação, que servem
de complemento às leis.
c) é possível que o julgamento, em si, não seja feito de forma pública, de modo a facilitar a análise
das propostas e documentos, mas o resultado, com a devida fundamentação, deve ser público,
possibilitando a interposição de recursos.
d) Conforme o art. 40, I, o edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome
da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação,
a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação
e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e INDICARÁ, OBRIGATORIAMENTE,
O OBJETO DA LICITAÇÃO, em descrição sucinta e clara;

11 - CESPE - 2013 - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal

No que se refere a licitações, julgue o item abaixo.

Haverá dispensa de licitação nos casos em que houver fornecedor exclusivo de determinado
equipamento.

( ) Certo
( ) Errado

Gabarito Errado

Esse caso é de INEXIGIBILIDADE de licitação, conforme o art. 25, I, da Lei nº. 8666/93.

12- FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Inspetor de Polícia Legislativa

A Administração Pública anunciou licitação para a realização de uma obra. Como os trabalhos
relativos ao projeto básico estavam demorando para serem concluídos, mesmo sem a aprovação
dessa etapa a autoridade competente deu sequência ao certame e aos trabalhos referentes ao
projeto executivo. O projeto executivo também não foi concluído e, com a autorização da
Administração, desenvolveu-se concomitantemente com a execução da obra contratada. Nesse
panorama, em conformidade com a Lei Federal n° 8.666/1993, a execução da etapa referente ao
projeto executivo sem a conclusão e aprovação pela autoridade competente dos trabalhos
relativos ao projeto básico

a) e o desenvolvimento do projeto executivo concomitantemente com a execução da obra

implicam a nulidade dos atos ou contratos realizados.
b) implica a nulidade dos atos ou contratos realizados, contudo o desenvolvimento do projeto
executivo concomitantemente com a execução da obra não é vedado, já que autorizado pela
Administração.

44
c) e o desenvolvimento do projeto executivo concomitantemente com a execução da obra são
permitidos, desde que autorizados pela Administração.
d) não é vedada, desde que autorizada pela Administração, contudo o desenvolvimento do projeto
executivo concomitantemente com a execução da obra implicam a nulidade dos atos ou contratos
realizados.
e) e o desenvolvimento do projeto executivo concomitantemente com a execução da obra são
permitidos, desde que o objeto da licitação inclua marcas, características e especificações
exclusivas, havendo, nesse caso, obrigatoriamente, a necessidade de autorização da
Administração.

Gabarito B
Conforme o art. 7, §1º, da Lei nº. 8666/93:

Art. 7º. As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao
disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:

I - projeto básico;
II - projeto executivo;
III - execução das obras e serviços.

§1º. A execução de cada etapa será OBRIGATORIAMENTE PRECEDIDA DA CONCLUSÃO E

APROVAÇÃO, PELA AUTORIDADE COMPETENTE, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à
exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a
execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração.

13. CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal

No que se refere às licitações, julgue os itens que se seguem.

Configura-se a inexigibilidade de licitação quando a União é obrigada a intervir no domínio

econômico para regular preço ou normalizar o abastecimento.

( ) Certo
( ) Errado

Gabarito: Errado

É caso de dispensa de licitação, conforme o art. 24, IV, da Lei nº. 8666/93.

45