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MATERIAL

COMPLEMENTAR
LEGISLAÇÃO
FARMACÊUTICA:
LICITAÇÕES

RESUMOS
SUMÁRIO

1. Lei nº 8.666, de 21 de Junho de 1993......................................................................... 3


1.1 Definição........................................................................................................................................3
1.2 Quem deve realizar?........................................................................................................................3
1.3 É obrigatória?.................................................................................................................................4
1.4 Quais são as finalidades da licitação?.............................................................................................4
1.5 Princípios da licitação.....................................................................................................................5
1.6 Fases da licitação ..........................................................................................................................6
1.6.1 Fase Interna:...................................................................................................................................................................................................................6
1.6.2 Fase Externa:..................................................................................................................................................................................................................7
1.7 Modalidades de licitação................................................................................................................7
1.7.1 Tipos de licitação............................................................................................................................................................... 9
1.8 Exceções legais ao dever de licitar..................................................................................................9
1.8.1 Inexigibilidade...............................................................................................................................................................................................................10
1.8.2 Dispensa de licitação................................................................................................................................................................................................10
1.9 Sistema de Registro de Preços – SRP...........................................................................................12
Legislação Farmacêutica: Licitações 3

1. Lei nº 8.666, de 21 de Junho de 1993

Institui normas para licitações e contratos da


Administração Pública e dá outras providências.

Olá aluno (a)!


Nesse material estudaremos a Lei 8.666/93. Essa legislação trata de como são rea-
lizadas as contratações e compras no serviço público. De maneira geral, as bancas fazem
uma abordagem superficial dessa legislação em provas para nossa área. Assim, nesse
material elencarei os principais tópicos dessa legislação, com enfoque para concursos em
nossa área.

1.1 Definição

Licitação nada mais é do que um procedimento administrativo que os órgãos públi-


cos devem seguir para AQUISIÇÃO de produtos (entre eles medicamentos) e contra-
tação de serviço.
Ou seja, quando os órgãos públicos precisam realizar a aquisição de algum produto,
em regra, esta compra deve ser realizada por meio de Licitação. Digo “em regra” pois
há exceções, as quais veremos mais à frente.
A Lei 8.666/93 traz as normas para realização da licitação. Observe o seu artigo 1º:

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre as licitações e contratos admi-
nistrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alie-
nações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios.

1.2 Quem deve realizar?


Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da admi-
nistração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as
empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades contro-
ladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Ou seja, todos os órgãos públicos de todos os entes da federação:


União, Estados, Municípios e Distrito Federal.
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1.3 É obrigatória?
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, conces-
sões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com
terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóte-
ses previstas nesta Lei.

Logo, SIM, é obrigatória! Em alguns casos, porém, não há possibilidade/


viabilidade da realização da licitação. Veremos mais à frente.

1.4 Quais são as finalidades da licitação?


Art. 3º A licitação destina-se:

à observância do princípio constitucional da isonomia.

seleção da proposta mais vantajosa para a administração.

promoção do desenvolvimento nacional sustentável.

Vamos simplificar. Pense o seguinte: os órgãos públicos precisam comprar, concorda?


E vão comprar de QUEM? Ora, os órgãos PÚBLICOS não podem ESCOLHER uma empresa e
comprar. Primeiro, porque nada garantiria que esta compra não teria “interesses”. Segundo,
porque escolhendo uma empresa o órgão estaria dando um privilégio para essa empresa
e trazendo prejuízo para as demais (que não teriam oportunidade de fornecer). E terceiro,
porque nada garantiria que seria a melhor compra em termos técnicos e financeiros.
Logo, a licitação existe justamente para:

 dar a oportunidade para que todas as empresas participem (desde que sigam os
critérios estabelecidos) – garantir isonomia;

 garantir que, baseando-se na especificação daquilo que se quer comprar, a melhor


proposta seja escolhida – seleção da proposta mais vantajosa;

 promover o desenvolvimento nacional sustentável.


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1.5 Princípios da licitação


Já sabemos que a licitação é o procedimento pelo qual a aquisição é realizada no
âmbito público, certo? Esse procedimento segue alguns PRINCÍPIOS, que estão expressos
também no art. 3º da Lei 8.666/93, os quais são:

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Igualdade ou Isonomia

Publicidade

Probidade Administrativa

Vinculação ao instrumento convocatório

Julgamento objetivo

Vamos entender cada um dos princípios:


y Legalidade: Esse princípio obriga a Administração a praticar os atos e as fases da
licitação com fiel observação às normas legais.
y Impessoalidade: Esse princípio obriga a Administração a ser impessoal em suas
licitações, buscando sempre o interesse coletivo. A Administração Pública deve se
manter numa posição neutra em relação aos participantes da licitação.
y Moralidade: Para a Administração Pública não basta apenas seguir preceitos le-
gais, deve agir também com boa-fé.
y Probidade Administrativa: A probidade tem uma relação muito próxima da mora-
lidade, como ser honesto, ser íntegro na execução das atividades administrativas.
y Igualdade ou isonomia: Esse princípio estabelece que Administração Pública deve
tratar todos os participantes da licitação de maneira igual.
y Publicidade: Todos os atos da licitação devem ser públicos. O objetivo é dar maior
transparência no processo e permitir, além da participação de todos os interessa-
dos, que se fiscalize a licitação. Qualquer cidadão pode denunciar irregularidades
e pedir investigações administrativas no sentido de apurar se a licitação está de
acordo com a Lei.
y Vinculação ao instrumento convocatório: O instrumento convocatório é o EDITAL
ou a carta convite. Costuma-se dizer que o edital é lei interna da licitação, isso
porque as fases da licitação devem obedecer fielmente aquilo que foi estabelecido
no edital.
y Julgamento objetivo: Esse princípio é decorrente do princípio da vinculação ao ins-
trumento convocatório, pois a Administração Pública quando fizer o julgamento
das propostas, deverá fazê-lo com critérios objetivos previstos previamente no
edital.
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Outro ponto importante: o § 3º do artigo 3º da Lei 8.666/93 diz que a licitação não
será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento,
salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos


de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva
abertura.

Perceba que a proposta é sigilosa, até o momento da sua abertura. Todos


os demais atos da licitação são PÚBLICOS (princípio da publicidade)

1.6 Fases da licitação


A licitação é dividida em duas fases, a interna, que acontece antes da publicação do
edital, e a externa, após a publicação do edital.

O Edital é o documento que contempla as regras do jogo. Ou seja, nele o OBJETO DA


LICITAÇÃO (ou seja, aquilo que se deseja comprar) é ESPECIFICADO, as condições
para participação das empresas são expressas, os prazos são estipulados, as penali-
dades, no caso de falha, são estabelecidas.
A especificação: deve ser PRECISA e EXATA, mas, ao mesmo tempo, não pode com-
prometer a participação de licitante.
Para medicamentos, devemos especificar o medicamento (pelo nome genérico, con-
centração, forma farmacêutica e apresentação). Além disso, é no Edital que devem
ser solicitados o registro do medicamento na ANVISA, a licença de funcionamento do
estabelecimento, autorização especial (se medicamentos sujeitos a controle espe-
cial), seu Certificado de Regularidade do CRF, Boas Práticas etc.

A fase interna compõe-se por procedimentos formais, tais como elaboração do edi-
tal, definição do tipo e modalidade de licitação (tudo executado por uma comissão de lici-
tação). A fase externa inicia-se com a divulgação ao público da licitação.

1.6.1 Fase Interna:

3 Elaboração do Edital, pesquisa de preços, definição da modalidade e tipo de


licitação;

3 Abertura da licitação: instauração do processo licitatório;

3 Publicação do edital: início da fase externa, com a convocação dos interessados


em participar do certame licitatório.
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1.6.2 Fase Externa:

3 Publicação do edital: início da fase externa;

3 Habilitação dos licitantes: entrega e exame de documentos pelos licitantes;


Na fase de habilitação a Administração verifica se a documentação apresentada
pelos licitantes está de acordo com os requisitos do edital. Os licitantes devem
demonstrar documentos relativos a:

regularidade qualificação
habilitação qualificação
fiscal e econômico-
jurídica; técnica;
trabalhista; financeira.

Na qualificação técnica que avaliaremos se a empresa apresenta todos os requi-


sitos solicitados em Edital (autorização de funcionamento, autorização especial,
certificado do CRF, boas práticas etc.).

3 Julgamento das propostas: nessa etapa participam apenas os que forem


habilitados, sendo que o critério de classificação será aplicado conforme o tipo da
licitação (veremos os tipos a seguir);

3 Homologação e adjudicação: declaração de regularidade do procedimento, e meio


pelo qual o licitante (empresa) vencedor tem assegurado o seu direito à contratação.

1.7 Modalidades de licitação


Aqui é necessária muita atenção, pois esse tema é recorrente em provas. Ao todo,
temos cinco modalidades de licitações elencadas na Lei 8.666/93:

Tomada de
Concorrência; Convite; Concurso; Leilão.
Preços;

Dessas cinco modalidades, três podem ser utilizadas para compras:

Concorrência
Tomada de
Convite Preços

O que precisa ficar claro é que essas três modalidades de licitações se diferenciam,
pela complexidade e pelo valor.
II – Para compras e serviços (exceto os de engenharia):
a) convite – até R$ 80.000,00;
b) tomada de preços – até R$ 650.000,00;
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c) concorrência – acima de R$ 650.000,00.


Abaixo as definições das cinco modalidades de licitação. Atente-se às palavras su-
blinhadas pois são palavras chaves para diferenciar uma modalidade da outra.
Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualifica-
ção exigidos no edital para execução de seu objeto.
Tomada de preços: é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadas-
trados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro
dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu obje-
to, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remunera-
ção aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial
com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de
bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.
Existe, ainda, outra modalidade que consta em outra lei: a 10.520/2002:

• modalidade destinada para aquisição de bens e


Pregão serviços comuns – Lei 10.520/2002

Por meio do pregão podem ser comprados bens comuns. De maneira geral, os medi-
camentos podem ser classificados como comuns, portanto, o pregão pode ser utilizado.
Para o pregão não existe um valor limite. Podem ser realizadas
A principal
compras de qualquer valor.
característica do
Para as modalidades da Lei 8.666/93 funciona assim: as Pregão é a inversão
empresas entregam dois envelopes, um com a proposta de pre- de fases.

ços, outro com documentos exigidos em edital, como registro na


ANVISA, por exemplo, para habilitação. Primeiro deve ser aberto o envelope com a docu-
mentação para habilitação de todas as empresas, depois é aberto o envelope com a pro-
posta de todas as empresas.
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No pregão (Lei 10.520/2002) existe a inversão de fases: as empresas apresentam


suas propostas por escrito depois são realizados lances, quem der o menor lance ganha
a licitação e apenas o vencedor (primeiro colocado) deverá apresentar a documentação
exigida para habilitação.
O pregão pode ocorrer de forma PRESENCIAL ou ELETRÔNICA. Na administração
pública federal, por exemplo, os pregões são conduzidos pelo site do comprasnet: https://
www.comprasgovernamentais.gov.br/
As modalidades de licitação elencadas pela Lei 8.666/93 são conduzidas por uma
Comissão de Licitação formada por três membros, já no pregão as etapas e fases licitató-
rias são conduzidas por um único servidor público, denominado de pregoeiro, que deverá
ter realizado capacitação específica para exercer a atribuição.

1.7.1 Tipos de licitação

Não confunda: MODALIDADE é uma coisa, TIPO é outra!


Tipos de licitação são os critérios de julgamento utilizados pela Administração para
selecionar a proposta mais vantajosa. Os tipos de licitação são:

3 De menor preço;

3 De melhor técnica;

3 De técnica e preço;

3 D
 e maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito
real de uso.
O edital deve obrigatoriamente definir qual o tipo de licitação, ou seja, o critério de
julgamento das propostas.
O tipo mais comum para medicamentos é o de MENOR PREÇO. Nele, a escolha da
proposta mais vantajosa será através do preço. Ganha aquele que ofertar o menor valor,
desde que atendidas as exigências do edital.

1.8 Exceções legais ao dever de licitar


A regra para Administração Pública fazer suas aquisições e contratações é a licitação,
mas como toda regra, existem as exceções. As exceções ao dever de licitar existentes são
também chamadas de hipóteses de CONTRATAÇÕES DIRETAS, e podem ser de duas espécies.

3 Dispensa de Licitação;

3 Inexigibilidade (Licitação Inexigível).


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DISPESA: A administração pode deixar de realizar a licitação.

Licitação inexigível: A licitação é INVIÁVEL.

1.8.1 Inexigibilidade

A inexigibilidade de licitação é feita quando existe uma INVIABILIDADE DE COMPE-


TIÇÃO, o que impede a Administração de realizar licitação. Nesse caso, mesmo que a Ad-
ministração queira fazer uma licitação, ela não conseguirá, pois não existe a possibilidade
de disputa entre vários interessados, ou seja, o fornecedor/fabricante/representante/ de
determinado produto é EXCLUSIVO!

Fonecedor
Licitação
Inexigibilidade Único e
Inviável
Exclusivo

1.8.2 Dispensa de licitação

Para entender a licitação dispensável é preciso que você compreenda que a licita-
ção é possível, mas a Lei autoriza a Administração dispensar sua realização, em algumas
HIPÓTESES. Essas hipóteses estão previstas no artigo 24 da Lei 8.666/93. As hipóteses
mais importantes para nós são:
y II – Para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite
previsto na alínea “a”, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos
previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez.
Ou seja, podem ser dispensadas compras de até R$ 17.600 (10% de 176 mil), devido
ao seu baixo valor.
y IV – Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer
a SEGURANÇA DE PESSOAS, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da
situação emergencial ou calamitosa.
Se a questão mencionar: urgência, emergência ou calamidade pública, não pense
duas vezes: DISPENSA!

Situação urgente ou
Dispensa de Licitação
emergente
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Nas situações de urgência a licitação é dispensável justamente porque a licitação é


um processo bastante demorado. Logo, em um caso de urgência, não há tempo para rea-
lização de uma licitação.
Vejamos algumas outras situações em que é dispensável a licitação:
Art. 24. É dispensável a licitação:

[...]

III – Nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;

V – Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificada-


mente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração;

VII – Quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente


superiores aos praticados no mercado nacional;

IX – Quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional;

XXXII – na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos


estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, no âmbito da Lei nº 8.080,
de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do
SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de
absorção tecnológica.

XXXIV – para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de in-
sumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que,
regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da adminis-
tração pública direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesqui-
sa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à
inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução
desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de
produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do in-
ciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data
anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com
o praticado no mercado.

Resumindo, quais são as formas pelas quais os órgãos públicos podem adquirir me-
dicamentos?
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• É a regra;
LICITAÇÃO
• Há várias modalidades e tipos;

• Inviabilidade de licitação;
INEXIGIBILIDADE
• Fornecedor único exclusivo;

• situação de urgência ou emergêcia; baixo valor –


DISPENSA até 17.600,00.

1.9 Sistema de Registro de Preços – SRP


Registro de Preços não é modalidade e nem um tipo de licitação, é um sistema utiliza-
do pela Administração para registrar o preço de um fornecedor para uma futura contratação.
Funciona assim: a Administração abre uma licitação na modalidade concorrência ou
pregão. Após o encerramento da licitação, a Administração registra o preço do vencedor
em um sistema e o fornecedor fica obrigado a fornecer aquele bem ou serviço pelo preço
que ele ofertou na licitação por até um ano.
O artigo 15 determina que as compras, sempre que possível, deverão ser processa-
das por meio de sistema de registro de preços;

 O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado;

 Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da


Administração, na imprensa oficial;

 O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as


peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:

» Terá validade do registro não superior a um ano.

Validade do RP não superior a 1 ano

O Sistema de Registro de Preços pode ser realizado mediante as modalidades de


licitação concorrência e pregão.
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Referência
1. Brasil. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 jun. 1993.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm.
MATERIAL
COMPLEMENTAR

BONS ESTUDOS!

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