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Orçamento Público
Seção 1.3
Licitação, Contratos,
Convênios e
Consórcios públicos
Prof. Ms. Alessandro Carlos Nardi
Introdução
• Nesta seção entraremos no estudo da Licitação no setor público, seu conceito, seu
objetivo, suas formas de realização e normas pertinentes a esse procedimento
administrativo destinado à aquisição de produtos ou contratação de serviços para
o setor.
• Você já sabe como é contratado serviços no setor público ou adquirido produtos,
seja para qual finalidade for?
A Lei no 14.133/2021 relaciona vários casos em que a licitação pode ser dispensada,
sendo importante que ela seja cuidadosamente consultada.
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Contrato administrativo
Depois de concluído o processo licitatório ou os procedimentos de dispensa ou
inexigibilidade de licitação, a Administração Pública adotará as providências
necessárias para a celebração do contrato correspondente.
Na falta desses dispositivos, regem-se pelos princípios da teoria geral dos contratos e
pelas disposições de direito privado.
Contrato administrativo
O TCU (2010) apresenta que no contrato administrativo devem estar estabelecidas
com clareza e precisão as cláusulas que definam direitos, obrigações e
responsabilidade da Administração e do particular.
Essa distinção faz com que as partes do contrato administrativo não sejam colocadas
em situação de igualdade, porque ao assumir a posição de supremacia a
Administração Pública pode, por exemplo, modificar ou rescindir unilateralmente o
contrato e impor sanções ao particular.
Contrato administrativo
O fato é que no contrato administrativo o interesse da coletividade deve prevalecer
sobre o interesse particular, mas essa superioridade não permite que a
Administração Pública imponha vontade própria e ignore direitos do particular que
com ela contrata, assim, cabe a Administração Pública o dever de zelar pela justiça.
Também não pode ser celebrado contrato com pessoas estranhas ao procedimento
de licitação ou de contratação direta, sob pena de ser declarado nulo de pleno
direito.
Em geral, os contratos administrativos são regidos por normas de direito público. Mas
há contratos celebrados pela Administração Pública que são regulamentados por
normas de direito privado.
Exemplo: contratos de seguro, de financiamento e de locação, em que a
Administração Pública é locatária e aqueles em que é usuária de serviço público.
Nesses contratos, o Governo pode aplicar normas gerais de direito privado, mas deve
observar as regras dos artigos 55 e 58 a 61 e demais disposições ditadas pela Lei de
Licitações (TCU, 2010).
Contrato administrativo
Em alguns casos, a Lei no 8.666/1993 exige que a contratação seja formalizada
obrigatoriamente por meio de termo de contrato, como no caso:
(i) das licitações realizadas nas modalidades concorrência, tomada de preços e
pregão;
(ii) de dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja compreendido nos
limites das modalidades concorrência e tomada de preços;
(iii) de contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações futuras, como
no caso de entrega futura ou parcelada do objeto e assistência técnica.
Nos demais casos, o termo de contrato é facultativo, podendo ser substituído por
carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de
execução de serviço.
O Tribunal apresenta que o contrato firmado entre as partes pode ser alterado
unilateralmente por acordo entre as partes, nos casos previstos no art. 65 da Lei no
8.666/1993, desde que haja interesse da Administração e satisfação do interesse
público.
E que para que as modificações sejam consideradas válidas, devem ser justificadas
por escrito e previamente autorizadas pela autoridade competente para celebrar o
contrato.
Contrato administrativo
Nas hipóteses expressamente previstas em lei e mediante acordo com o contratado,
é possível que a Administração Pública venha a restabelecer o equilíbrio ou
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Nesse caso, devem ser verificados os custos dos itens constantes da proposta
contratada em confronto com a planilha de custos que deve acompanhar a solicitação
de reequilíbrio; e a ocorrência de fato imprevisível ou previsível que justifique
modificações do contrato para mais ou para menos.
Na sequência (passo 7), deve ser formalizado o contrato de rateio – contrato que estabelece o
compromisso financeiro dos entes consorciados para com as despesas do consórcio – em cada
exercício financeiro, com a realização de ajustes nas normas orçamentárias de cada ente
federado envolvido, de modo a contemplar os compromissos firmados para a realização das
despesas do consórcio público.
A Assembleia Geral deve ser convocada para proceder a eleição do representante legal do
consórcio público (passo 8) – que obrigatoriamente deverá ser o Chefe do Poder Executivo do
ente consorciado, e dos membros dos demais órgãos colegiados previstos no protocolo de
intenções (diretoria executiva, conselho fiscal etc.). O cronograma administrativo estabelecido
no contrato do consórcio público deve ser observado para a realização de concurso público ou
para viabilizar o trâmite da cessão de servidores pelos entes consorciados.
Consórcios públicos
Como passo nove, a CNM recomenda que outros instrumentos sejam firmados para
fortalecer a capacidade das atividades do consórcio, destacando entre eles o contrato
de programa, o convênio com outros entes federados e o acordo de gestão associada
de serviços públicos.
Finalmente, no passo 10, a entidade esclarece que se algum ente consorciado quiser
se retirar do consórcio é necessário que seu representante legal formalize pedido
junto à Assembleia Geral.
Para a exclusão do membro consorciado, deve ser apresentada uma justa causa
(desatenção às normas do contrato de consórcio e estatuto), devendo a ele ser
concedido previamente o exercício do contraditório e da ampla defesa.