Você está na página 1de 13

AULA 5

LICITAÇÃO
Nesta aula, iremos estudar como o órgão público tanto da espera federal,
estadual e municipal, adquire as compras de bens e serviços. Também iremos estudar os
conceitos da licitação pública. Por fim, iremos compreender as principais mudanças
decorrentes da substituição da Lei nº 8.666/1993 pela Lei nº 14.133/2021.
A Licitação é utilizada pela administração pública para encontrar, entre os
fornecedores concorrentes, aquele que ofereça a melhor condição para a realização da
despesa, o que não significa somente menores preços, pode fundamentar-se na
qualidade dos equipamentos ou serviços prestados. Assim, cada licitação se diferencia
por uma característica, que é denominada “modalidade”, a qual será determinada em
função do limite autorizado por lei, do valor estimado da contratação. Se ao final desta
aula tiverem dúvidas, vocês poderão saná-las através das ferramentas “fórum” ou
“quadro de avisos” e “chat”. Comecemos, então, analisando os objetivos e verificando
as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula.

Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• definir o que é licitação pública;
• conhecer a história das licitações e as alterações da nova Lei de
Licitações;
• entender os princípios da Licitação;
• conhecer as modalidades de Licitação, segundo a lei nº14.133/21;
• entender inexigibilidade de Licitação e identificar as fases do processo de
licitação.

Seções de estudo
Seção 1 Conceito de licitação
Seção 2 Princípios
Seção 3 Modalidades de licitação
VAMOS FALAR O QUE É LICITAÇÃO?

SEÇÃO 1 - CONCEITO DE LICITAÇÃO


O que é licitação pública?
Licitação é um procedimento administrativo, prévio à contratação, que visa a
escolher a proposta mais vantajosa para a Administração, com base em parâmetros
antecipadamente definidos. A obrigação de licitar está consignada no art. 37, XXI, da
Constituição Federal Brasileira, que fixou o procedimento como compulsório para a
contratação de obras, serviços, compras e alienações, ressalvados os casos especificados
na legislação.
São obrigados a licitar todos os entes federativos, Governo Federal, Governo
Estadual, Distrital e Municipal, incluindo todas as Secretarias, Unidades, Fundações,
Câmaras, Autarquias, Sociedades de Economia Mista, Empresas Estatais e demais
entidades vinculadas ao governo.

História das licitações


As licitações tiveram origem na Idade Média, na Europa Medieval. Quando o
Estado precisava adquirir um determinado bem ou serviço, contatava com particulares
através de avisos informando sobre sua necessidade. Esses avisos marcavam local, data
e horário para comparecerem todos os interessados em atender o Estado. Naquela época
havia determinadas regras que deveriam ser seguidas. Era usado um sistema
denominado “Vela e Prego”. No local, data e hora marcados, reuniam-se um
representante do Estado e os interessados ao fornecimento. Acendia-se uma vela, os
interessados faziam suas ofertas enquanto a chama da vela se mantivesse acesa.
Apagando-se por si só, ou queimando até o seu final, venceria o certame aquele que
tivesse ofertado por último o menor preço. No Brasil, a licitação foi introduzida há
aproximadamente 170 anos, através de um decreto que regulamentava as compras do
Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. A Constituição de 1988
representou um notável progresso na institucionalização e democratização da licitação
pública. Nela, a licitação recebeu o status de Princípio Constitucional de Observância
Obrigatória. Com relação à palavra Licitação, ela não derivou de lícito, como muitos
acham. Ela provém do latim “Licitatione”, ou seja, arrematar em leilão (Fonte:
CORREA, s.d.).

Alterações da nova Lei de Licitações


A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, regulamentava as licitações e os
contratos públicos. À época denominada apenas Lei de Licitações, ela representou o
estatuto básico para a contratação pública. Entretanto, em 1º de abril de 2021, foi
sancionada a Lei nº 14.133, que prescreveu expressamente a sua imediata vigência; ou
seja, sem a usual vacatio legis (vacância da lei — prazo em que a lei ainda não está em
vigor, pois a sociedade deve se adequar à nova lei). Contudo, é importante ressaltar que
o artigo 191 da Lei nº 14.133/2021 determinou que a Lei nº 8.666/1993, a Lei nº
10.520/2002 e os dispositivos da Lei nº 12.462/2011 sobre licitações e contratos devem
permanecer em vigor por mais dois anos a partir da publicação da nova lei. Isso
significa que, durante esse prazo, “[...] haverá dois anos de convívio entre os regimes
antigo e novo de licitação e contratação”. A redação do dispositivo legal prescreve que
“[...] a Administração poderá optar por licitar ou contratar diretamente de acordo com
esta Lei ou de acordo com as leis citadas no referido inciso [...]”, remetendo às leis
previstas para perda de vigência. Assim, durante o período de dois anos, o
administrador público poderá optar pela aplicação do regime da nova lei (Lei nº
14.133/2021), pelos regimes previstos nas leis revogadas (Lei nº 8.666/1993, Lei nº
10.520/2002 e dispositivos da Lei nº 12.462/2011) ou alternar entre os regimes
anteriores e o novo, sempre deixando claro no edital da licitação em qual lei se
fundamenta a concorrência pública. Nesse sentido, não se deve estranhar a discussão
sobre licitações realizadas após a publicação da Lei nº 14.133/2021 sob o argumento da
Lei nº 8.666/1993 (JUNIOR, 2021).

SEÇÃO 2 - PRINCÍPIOS
Princípios da Licitação
No art. 5º da nova lei de licitação nº 14.133/21, são observados os princípios da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse
público, da probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência,
da eficácia, da segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do
julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da
proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional
sustentável, assim como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de
1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro). Vejamos a seguir cada um
dos princípios da licitação:
Da legalidade
O segundo princípio basilar da licitação é o da legalidade, que impõe a
vinculação do procedimento às prescrições legais e regulamentares específicas e às
estabelecidas no respectivo ato convocatório (JUNIOR, 2021).

Da impessoalidade
Os atos administrativos, como regra, têm como destinatários todos os cidadãos,
sem qualquer distinção. Pelo princípio da impessoalidade, em matéria de licitação,
impede-se que o agente público estabeleça considerações de caráter exclusivista em
relação aos concorrentes, seu estado ou situação, em quebra do princípio maior da
isonomia (JUNIOR, 2021).

Da moralidade
O princípio da moralidade, intrinsecamente associado ao da probidade, impõe
que o procedimento licitatório esteja ajustado aos bons costumes e às regras de ética que
devem nortear toda conduta individual e, com maior razão, a atividade dos agentes
administrativos (JUNIOR, 2021).

Da publicidade
O Princípio da Publicidade determina que a Administração Pública possui o
dever de plena transparência de seus atos (BITTENCOURT, 2021).

Da eficiência
O Princípio da Eficiência impõe à Administração o exercício de suas atribuições
de forma imparcial, transparente, eficaz e sem burocracia, sempre na busca da qualidade
(BITTENCOURT, 2021).

Do Interesse Público
O Princípio do Interesse Público deve ser entendido como o interesse da
coletividade (BITTENCOURT, 2021).

Da probidade administrativa
O Princípio da Probidade Administrativa sinaliza – numa apreciação do sentido
da palavra, oriunda do latim – a boa atuação do administrador público. Apesar de
confundir-se bastante com a ideia de moralidade, distingue--se pela não prática de atos
que implicarão no prejuízo da Administração, em face da má qualidade gerencial, ao
contrário da moralidade, que se situa no campo ético e, em casos extremos, no da
honestidade (BITTENCOURT, 2021).

Da igualdade
O inciso XXI do art. 37 da Constituição Federal, determina que o processo da
licitação deve assegurar “igualdade de condições a todos os concorrentes”, o que
significa dizer que não se pode estabelecer condição de participação, ou de execução do
objeto, que não possa ser atendida por todos os potenciais interessados (JUNIOR,
2021).

Do planejamento
O Princípio do Planejamento deve ser entendido como o conjunto de medidas
tomadas para que sejam atingidos os objetivos desejados. Nas contratações, a
Administração deve planejar previamente, de modo a identificar necessidades e, a partir
desse diagnóstico, definir todas as especificações que comporão o objeto a ser adquirido
(BITTENCOURT, 2021).

Da transparência
O Princípio da Transparência determina, em síntese, que a Administração
Pública deve tornar sua conduta cotidiana, e os dados dela decorrentes, acessíveis ao
público em geral (BITTENCOURT, 2021).

Da eficácia
Esse princípio está ligado ao princípio constitucional da eficiência, trata do
resultado do procedimento licitatório. Ou seja, por esse princípio, objetiva-se que, ao
final, a licitação tenha sido bem-sucedida. Ele difere-se da eficiência, porque se
preocupa com os meios (mais produtivos possíveis) e aquele com o resultado positivo
(ZAFFARI, 2021).

Da segregação de funções
O Princípio da Segregação de Funções configura regra de controle interno que
impõe que as funções de autorização, aprovação, execução, controle e contabilização
dos atos públicos sejam separadas, de modo a minimizar as oportunidades de agentes
cometerem falhas ou fraudes no curso de suas obrigações funcionais (BITTENCOURT,
2021).
Da motivação
O princípio da motivação trata da obrigação do agente público de demonstrar e
justificar os seus motivos e os fundamentos legais nas decisões administrativas
(ZAFFARI, 2021).

Da vinculação ao edital
Esse princípio deixa claro que os licitantes e a Administração Pública estão
obrigados a seguir as regras previamente determinadas pelo edital do procedimento
licitatório. Ou seja, não é permitido que a Administração Pública resolva, no meio do
procedimento licitatório, aplicar outro critério de seleção da melhor proposta, uma vez
que está vinculada às normas do edital que foi previamente elaborado e divulgado
(ZAFFARI, 2021).

Do julgamento objetivo
O princípio do julgamento objetivo determina a impossibilidade de se definir a
contratação à base de meras considerações subjetivas. O ato de convocação da licitação
deve indicar, de forma clara e precisa, os fatores de avaliação e o critério que será
adotado no julgamento das propostas. Pelo princípio do julgamento objetivo, afasta-se o
arbítrio e veda-se a discricionariedade na escolha das propostas (JUNIOR, 2021).

Da segurança jurídica
Segundo o art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657/1942, as autoridades públicas devem
atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de
regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas (BRASIL, 1942).

Da razoabilidade
O Princípio da razoabilidade tem por finalidade a limitação da
discricionariedade, ou seja, nos casos em que o agente público tem certa liberdade de
atuação, esse princípio pretende coibir os excessos e nortear a escolha (ZAFFARI,
2021).

Da competitividade
Ao determinar que as obras, serviços, compras e alienações da Administração
Pública sejam precedidas de um “processo de licitação pública”, a Constituição Federal
está fixando, como pressupostos desse processo, a isonomia de tratamento aos
potenciais interessados (“igualdade de condições” – diz o texto do art. 37, XXI) e a
possibilidade de competição entre eles (JUNIOR, 2021).

Da proporcionalidade
Já o princípio da proporcionalidade é entendido quando o ato é adequado,
necessário e proporcional em sentido estrito, isto é, apropriado ao fim destinado,
observada a menor desvantagem possível, e na justa medida (ZAFFARI, 2021).

Da celeridade
O Princípio da Celeridade busca dar agilidade ao procedimento licitatório,
objetivando simplificar procedimentos, afastando ao máximo o rigor excessivo e as
formalidades desnecessárias. Trata-se, principalmente, de princípio norteador da
licitação na modalidade pregão, no qual, sempre que possível, as decisões deverão ser
tomadas no momento da sessão (BITTENCOURT, 2021).

Da economicidade
O Princípio da Economicidade, expresso no art. 70 da CF, objetiva, em síntese, a
obtenção do resultado esperado com o menor custo possível, mantendo-se a melhor
qualidade possível (BITTENCOURT, 2021).

Desenvolvimento nacional sustentável


O princípio do desenvolvimento nacional sustentável trata da necessidade de se
observar, além do desenvolvimento econômico do ente da Administração Pública
responsável pela licitação, a satisfação de políticas públicas sociais e ambientais
(ZAFFARI, 2021).

SEÇÃO 3 - MODALIDADES DE LICITAÇÃO


Modalidades de Licitação segundo a Lei nº 14.133/21
Todos esses pontos são definidos pelo art. 28, que diz que, a partir da Nova Lei de
Licitações, são modalidades de licitação:
• pregão;
• concorrência;
• concurso;
• leilão;
• diálogo competitivo.
A seguir estão os conceitos de cada modalidade, segundo a Lei nº 14.133/22 no seu
art. 6º:

Pregão
“pregão: modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços
comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior
desconto” (inciso XLI);

Concorrência
“concorrência: modalidade de licitação para contratação de bens e serviços especiais
e de obras e serviços comuns e especiais de engenharia, cujo critério de julgamento
poderá ser: a) menor preço; b) melhor técnica ou conteúdo artístico; c) técnica e
preço; d) maior retorno econômico; e) maior desconto” (inciso XXXVIII);

Concurso
“concurso: modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, cujo critério de julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo artístico, e
para concessão de prêmio ou remuneração ao vencedor” (inciso XXXIX);

Leilão
“leilão: modalidade de licitação para alienação de bens imóveis ou de bens móveis
inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance” (inciso XL);

Diálogo competitivo
“diálogo competitivo: modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e
compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais
alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar
proposta final após o encerramento dos diálogos” (inciso XLII).

Você Sabia:
A nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos nº 14.133 de 01 de abril de 2021 elevou os
valores permitidos para uso da dispensa. Para a compra de bens e contratação de serviços, o teto
passou de R$ 17,6 mil para R$ 50 mil. Já para contratação de obras e serviços de engenharia ou de
serviços de manutenção de veículos automotores o valor passou de R$ 33 mil para R$ 100 mil. O uso
da dispensa de licitação também é possível em algumas situações, como em pequenas obras, compras
de insumos de pequeno valor e na aquisição de itens para uso das Forças Armadas. (Disponível em:
https://www.licitacao.net/dicas/valores-de-
dispensa#:~:text=A%20nova%20Lei%20de%20Licita%C3%A7%C3%B5es,mil%20para%20R%24%
2050%20mil. Acesso em: 27 jul. 2022).
Inexigibilidade de Licitação

Segundo o art. 74 da Lei nº 14.133/22, é inexigível a licitação quando inviável a


competição, em especial nos casos de:

I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços


que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivos;

II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário


exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;

III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza


predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;
h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e
laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras e do
meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no disposto neste
inciso.

Fases do processo de licitação

Segundo o Art. 17 da Lei nº 14.133/21, o processo de licitação observará as


seguintes fases, em sequência:
I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.
A seguir, abordaremos cada uma das fases do processo de licitação:

Preparatória
No Art. 18, a fase preparatória do processo licitatório é caracterizada pelo
planejamento e deve compatibilizar-se com o plano de contratações anual, sempre que
elaborado, e com as leis orçamentárias, bem como abordar todas as considerações
técnicas, mercadológicas e de gestão, que podem interferir na contratação,
compreendidos:
I - a descrição da necessidade da contratação fundamentada em estudo técnico
preliminar que caracterize o interesse público envolvido;
II - a definição do objeto para o atendimento da necessidade, por meio de termo
de referência, anteprojeto, projeto básico ou projeto executivo, conforme o caso;
III - a definição das condições de execução e pagamento, das garantias exigidas e
ofertadas e das condições de recebimento;
IV - o orçamento estimado, com as composições dos preços utilizados para sua
formação;
V - a elaboração do edital de licitação;
VI - a elaboração de minuta de contrato, quando necessária, que constará
obrigatoriamente como anexo do edital de licitação;
VII - o regime de fornecimento de bens, de prestação de serviços ou de execução
de obras e serviços de engenharia, observados os potenciais de economia de escala;
VIII - a modalidade de licitação, o critério de julgamento, o modo de disputa e a
adequação e eficiência da forma de combinação desses parâmetros, para os fins de
seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais vantajoso para a
Administração Pública, considerado todo o ciclo de vida do objeto;
IX - a motivação circunstanciada das condições do edital, tais como justificativa
de exigências de qualificação técnica, mediante indicação das parcelas de maior
relevância técnica ou valor significativo do objeto, e de qualificação econômico-
financeira, justificativa dos critérios de pontuação e julgamento das propostas técnicas,
nas licitações com julgamento por melhor técnica ou técnica e preço, e justificativa das
regras pertinentes à participação de empresas em consórcio;
X - a análise dos riscos que possam comprometer o sucesso da licitação e a boa
execução contratual;
XI - a motivação sobre o momento da divulgação do orçamento da licitação.

Divulgação do edital de licitação


De acordo com o Art. 53, ao final da fase preparatória, o processo licitatório
seguirá para o órgão de assessoramento jurídico da Administração, que realizará
controle prévio de legalidade mediante análise jurídica da contratação.

De julgamento
De acordo com o Art. 33, o julgamento das propostas será realizado de acordo
com os seguintes critérios:
I - menor preço;
II - maior desconto;
III - melhor técnica ou conteúdo artístico;
IV - técnica e preço;
V - maior lance, no caso de leilão;
VI - maior retorno econômico.

De habilitação
Conforme o art. 62, a habilitação é a fase da licitação em que se verifica o
conjunto de informações e documentos necessários e suficientes para demonstrar a
capacidade do licitante de realizar o objeto da licitação, dividindo-se em:
I - jurídica;
II - técnica;
III - fiscal, social e trabalhista;
IV - econômico-financeira.

Recursal
A licitação é um procedimento administrativo típico, que se desenvolve em fases
e etapas distintas e sequenciadas, nas quais são praticados atos que interessam aos
participantes do certame. Esses atos podem conferir, negar ou afetar, de qualquer modo,
seus direitos. Sempre que isso ocorrer, a parte interessada poderá interpor recurso, que é
garantia assegurada pela Constituição “aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo” (art. 5º, inciso LV) (JUNIOR, 2021).
De homologação
O art. 17 da Lei nº 14.133/2021 indica como fase (etapa) derradeira do
procedimento licitatório a homologação (inciso VII). O Capítulo VII do Título II da Lei,
ao dispor sobre o encerramento da licitação, estabelece, no art. 71, que, “Encerradas as
fases de julgamento e habilitação, e exauridos os recursos administrativos, o processo
licitatório será encaminhado à autoridade superior, que poderá: (...) IV – adjudicar o
objeto e homologar a licitação” (JUNIOR, 2021).
Chegamos, assim, ao final da Aula 05. Espero que agora tenha ficado mais claro
o entendimento de vocês sobre os conceitos, inexigibilidade e as modalidades da nova
lei de licitação, o importante é sempre ficar atendo com as alterações das legislações
que, constantemente, sofrem algumas modificações.

RETOMANDO A CONVERSA INICIAL


Aula 02

Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar a


Aula 5, vamos recordar:

1- Conceito de Licitação
Na seção 1, vimos o conceito de Licitação, para isso, precisamos entender bem
sobre a despesa, pois ela tem que passar por um processo de licitação, o qual tem seus
princípios para serem seguidos.

2- Princípios
Na seção 2, estudamos que, de acordo com o princípio de Licitação, no art. 5º da
nova lei de licitação nº 14.133/21, serão observados os princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da
probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia,
da segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento
objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da
proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional
sustentável.

3- Modalidades de Licitação
Por fim, na seção 3, aprendemos que precisamos saber a diferença entre
modalidade e tipos de licitação, pois esses assuntos são muito cobrados em concursos
públicos e temos que sempre recordar.

VALE A PENA
VALE A PENA LER

BITTENCOURT, Sidney. Contratando sem Licitação: Contratação Direta por Dispensa


ou Inexigibilidade - Lei Nº 14.133, De 1º De Abril De 2021 – Nova Lei De Licitações -
Lei Nº 13.303, De 30 De Junho De 2016 – Lei Das Estatais. (3ª edição). Grupo
Almedina (Portugal), 2021 [Minha Biblioteca].

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro


de 1988.

BRASIL. LEI Nº 14.133, DE 1º DE ABRIL DE 2021.

BRASIL. DECRETO-LEI Nº 4.657/1942

JUNIOR, José C. Manual da Licitação. 3ª ed. Grupo GEN, 2021 [Minha Biblioteca].

ZAFFARI, Eduardo, et al. Licitações e Contratos. Grupo A, 2022 [Minha Biblioteca].

Você também pode gostar