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UNIRP – Centro Universitário de São José do Rio Preto

Mariana Grassi de Souza – matrícula: 20186259

Mariana Martos Murae – matrícula: 20186126

Julia Malavazi Stivali – matrícula: 20185668

Viviane Carrazzone Pimenta – matrícula: 20184948

Wesley Jeferson Basilio Gervasoni– matrícula: 20166328

LEI DE LICITAÇÕES

8.666/1993

14.133/2021

Docente: Luis Roberto Thiesi

São José do Rio Preto

2022
LEI DE LICITAÇÕES: 8.666/1993 e 14.133/2021

10 Diferenças entre a lei antiga e nova de licitações

Trabalho apresentado no
curso de graduação da Universidade de
São José do Rio Preto.

Docente: Luis Roberto Thiesi

São José do Rio Preto

2022

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Introdução

O presente trabalho apresentado será sobre as diferenças ocorridas entre a


passagem da antiga lei 8.666/1993 de licitações para a nova lei de licitações
14.133/2021, mas concretamente será observado as diferenças entre elas.

Objetivo deste trabalho será trazer as diferenças que ocorreram entre a antiga
lei e a nova lei de licitações, notando que há determinas diferenças totalmente
significantes para o entendimento de licitações.

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Licitações

Podemos entender licitação como o processo utilizado pela administração


pública para determinadas contratações, que podem ser de serviços, licitações,
alienações e obras. A licitação será um processo administrativo destinado a
garantir igualdade e condições para todos que desejam contratar com o governo.

Seguindo o entendimento, temos o doutrinador Hely Lopes Meirelles sobre


licitações:

“Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a


Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o
contrato de seu interesse, inclusive o da promoção do
desenvolvimento econômico sustentável e fortalecimento de
cadeias produtivas de bens e serviços domésticos.” (MEIRELES,
2011, p. 283)

A lei de licitações era regida pela lei nº8.666/1993, porém recentemente, houve
uma mudança desta lei, passando a ter vigência a nova lei de licitações lei
nº14.133/2021.

A nova lei nº14.133 trouxe consigo, mudanças sobre o processo de licitação,


notando-se mudanças nas modalidades, fases, critérios de julgamento,
dispensa, licitação por emergência, inexigibilidade, alienação de bens, objetivos,
publicação e por fim os critérios de desempate.

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Diferenças

1. Modalidades

Na lei de licitações as formas de modalidades são as principais ferramentas


para o processo licitatório determinadas pelo edital.

A lei nº8.666/1993 terá como modalidades a concorrência, onde qualquer


empresa prestadora dos serviços especificados no edital poderá participar; o
convite, será realizado um convite para a participação da licitação tendo a
participação preferencial e que também podem participar desta modalidade os
que se enquadrarem no edital; a tomada de preço, nesta modalidade o licitante
deverá ter uma habilitação prévia, ou seja, a empresa será escolhida pela
validação de seus documentos, requisitos e por meio de efetuação de um
cadastro; o concurso, será realizada com finalidade nas áreas mais específicas
como artes, ciências e tecnologias; Leilão, está modalidade está destinada a
alienação de bens móveis inservíveis para a Administração e por fim a última
modalidade será o Pregão, onde é permitido ser realizado por meios eletrônicos
e irá utilizar o critério de lances dados pelos licitantes, aquele que oferecer
melhor custo-benefício será escolhido.

Com a nova lei de licitações nº 14.133/2021, as modalidades de concorrência,


concurso, leilão e pregão permanecem os mesmos da antiga lei.

Porém, as modalidades de tomada de preços e convite não são seguidas na


nova legislação, pois o valor e a natureza dos objetos não são mais utilizados
para definir padrões. Além disso, um novo diálogo de competitivo foi adicionado,
tendo necessidade entre empresas qualificadas por meio de critérios definidos
quando o setor público necessita de tecnologia ou produtos inovadores.

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2. Fases

As fases na lei nº8.666/1993 se iniciam de forma interna, onde haverá o


planejamento do órgão público sobre se há a necessidade do serviço ou produto
a ser contratado e nesta fase interna ocorre a elaboração do edital; fase externa,
ocorrerá com a publicação do edital e divulgação do mesmo para o público tomar
conhecimento; fase de habilitação, será pela apresentação de envelopes com
toda a documentação solicitada no edital; fase de julgamento, licitantes
apresentam suas propostas; fase de abjudicação, declaração da empresa
vencedora; fase de homologação, decisão tomada sobre o licitante e pôr fim a
fase de execução, liberação para início da execução do contrato vitorioso.

As fases presentes na nova lei de licitações nº14.133/2021 seguirão de forma


semelhante as da antiga lei, porém a fase de habilitação ocorrerá após o
julgamento e apenas será realizada com o licitante vencedor.

3. Critérios de julgamento

Os critérios de julgamento na lei antiga nº8.666/1993 serão de usados de menor


preço, onde o escolhido é o licitante que faz a proposta de menor valor; melhor
técnica, será a melhor capacidade técnica em licitações mais específicas;
técnica e preço, com o critério de avaliar a técnica do licitante e o seu valor
proposto; maior lance, referente ao licitante que tiver o maior valor econômico
para os cofres públicos.

Para os critérios de julgamentos da lei nova nº14.133/2021, será mantido os


critérios de menor preço e menor técnica e preço.

Porém houve alterações nos demais critérios de julgamento, melhor técnica ou


conteúdo artístico, a apresentação do melhor conteúdo artístico foi combinada
com este critério que posteriormente determina o valor da proposta. A melhor
técnica agora é usada no modo de competição; Desconto maior, este critério já
constava na Lei de Leilões (Lei nº 10.520/02), valorizando a empresa que

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garantiu maior desconto em seu produto ou serviço conforme tabela base
prevista no edital; Maior retorno econômico, são selecionados contratos que
garantem eficiência com maior economia para o setor público. O pagamento é
somado com base no percentual de benefício gerado; O lance mais alto, a
seleção do valor do lance mais alto torna-se de uso exclusivo do modo de lances.

4. Publicidade

Para a lei antiga nº8.666/1993, a licitação não será sigilosa, sendo públicos e
acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo
das propostas, até a respectiva abertura.

A lei nº14.133/2021 prevê exceções em seu art.13 caput, os atos praticados no


processo licitatório são públicos, ressalvadas as hipóteses de informações cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na forma da
lei. As publicações podem ser adiadas quanto ao conteúdo das propostas, até a
abertura e quanto ao orçamento da administração.

5. Dispensa de menor valor

De acordo com a lei nº8.666/1993, uma dispensa seria feita para lances de
baixo valor até 10% abaixo do limite de chamadas: 33 mil R$ para obras ou obras
de engenharia; R$ 17.000 para compras ou outros serviços; nas agências
executivas e consórcios públicos, o limite é dobrado.

Já presente na lei 14.133/2021, os valores limitem fixos são definidos no final


do modo de convite: 100 mil R$ para obras, engenharia e manutenção de
automóveis; R$ 50.000 para compras e outros serviços.

6. Dispensa por emergência

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Previsto na lei nº8.666/1993, em casos de emergência ou calamidade pública,
o governo poderia dispensar a licitação para contratos que tivessem prazo
máximo de 180 dias a partir do início dessa condição.

Na lei 14.133/2021, entre as mudanças em casos urgentes, a nova lei estipula


que o contrato pode ter duração máxima de um ano sem renovação, e que uma
empresa que já esteve nesse estado de serviço não poderá ser recontratada.

Além disso, a dispensa pode ser realizada também quando há uma urgência
em dar continuidade a um serviço público, desde que seja apontada qual foi a
causa dessa situação.

7. Inexigibilidade

Para a lei nº8.666/1993 será inexigível quando houver motivos que


impossibilitam a competição de licitação. Exemplos que são inexigíveis, quando
houver fornecedor exclusivo, serviços técnicos com natureza singular que
demandam de profissionais específicos e artista consagrado.

Portanto na nova lei de licitação novos casos de inexigibilidade, onde podemos


observar além do fornecedor exclusivo, serviços técnicos de natureza
predominantemente intelectual, com prestador de notória especialização (houve
uma pequena alteração quanto a sua redação) e o artista consagrado, também
o credenciamento e a aquisição ou locação de imóvel cujas características de
instalações e de localização tornem necessária sua escolha.

8. Alienação de bens

Pela antiga lei de licitações, as regras mostravam que a alienação de bens


móveis ocorria na modalidade do leilão. Mas se o valor do bem fosse maior que
o limite da tomada de preço, deveria ocorrer como concorrência. Já para bens

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imóveis, realizava-se a modalidade de concorrência. Se o bem viesse de origem
judicial poderia ser utilizada a modalidade de leilão.

Com a atualização da nova lei é apresentado que nos casos de alienação de


bens de qualquer modo que necessite de um processo licitatório pode ser
utilizado a modalidade de leilão.

9. Critérios de desempate

Os critérios de desempates na antiga lei estão presentes no art.3º, §2, eles se


aplicaram de forma imediata quando houver igualdade de condições. Em casos
em que a licitação estiver empatada, caberá o critério de sorteio que está descrito
no art.45, §2.

Para a nova lei de licitação seguem uma determinada ordem de critérios de


desempate, aqueles que devem ser aplicados primeiros e por fim a preferência,
caso um empate ocorra.

Serão considerados desempate aqueles que, na disputa final com a


apresentação de nova proposta em ato continuo à classificação; avaliação do
desempenho contratual prévio dos licitantes; desenvolvimento pelo licitante de
ações de equidade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho;
desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade.

Se nesses casos apresentados, ainda permanecer o empate, se aplicará os


critérios de preferência, sendo eles, por empresas estabelecidas no território do
estado ou do DF do órgão ou entidade da administração pública estadual ou
distrital licitante ou, no caso de licitação realizada por órgão ou entidade de
município, no território do estado em que este se localize; empresas brasileiras;
empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País
e Empresas que comprovem a prática de mitigação.

Nesta nova lei não existe o critério de desempate por meio de sorteio, apenas
nesses critérios apresentados acima.

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10. Objetivos e finalidades

Na lei nº8.333/1993 observa-se princípios e finalidades que se baseiam em três


características, o desenvolvimento nacional sustentável; selecionar a proposta
mais vantajosa para aquela licitação e assegurar o principio constitucional da
isonomia.

Presentes na lei nova de licitações, seus objetivos e finalidades pode-se notar


mudanças entre a antiga lei, como que a proposta escolhida não será a mais
vantajosa e sim aquela que apresentar um resultado mais benéfico a
administração pública; evita o sobrepreço, superfaturamento e uma proposta
inexequível e por fim tem como promover a inovação em seus produtos e
serviços.

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Bibliografia

CASAGRANDA, Sidinei. Diferenças Lei 14133-2021 – Nova Lei De Licitações.


Disponível em: <https://analistadelicitacoes.com.br/diferencas-lei-14133-2021-
nova-lei-de-licitacoes/>. Acesso em: 27 de abril de 2022.

INICIAL, Modelo. Nova lei de licitações é publicada, veja o que muda. Disponível
em: <https://modeloinicial.com.br/artigos/nova-lei-licitacoes>. Acesso em: 27 de
abril de 2022.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 39. ed. São Paulo:
Malheiros, 2011. 283 p.

SEGUROS, Junto. Da lei 8666/93 para a lei 14.133/21: saiba o que mudou na
Lei de Licitação! Disponível em: <https://blog.juntoseguros.com/da-lei-8666-93-
para-a-lei-14-133-21-saiba-o-que-mudou-na-lei-de-licitacao/>. Acesso em: 27
de abril de 2022.

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