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ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
DIRETORIA DE ENSINO
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR GONÇALVES DIAS

Curso de Elaboração de Processos


Licitatórios com ênfase na formação de
Pregoeiros e aplicação prática operacional
das ferramentas (SIGEF, SIAGEM,
SACOP E SIGA)

Instrutor: Ten Cel Adroaldo Rabelo Veloso


e-mail: cslpmma@gmail.com
Tel. 20168414
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
3. DISCIPLINA NORMATIVA
4. DESTINATÁRIOS
5. OBJETO
6. PRINCÍPIOS
7. MODALIDADES DE LICITAÇÃO
8. TIPOS DE LICITAÇÃO
9. PROCEDIMENTO
10. CONTRATAÇÃO DIRETA
11. DESFAZIMENTO DA LICITAÇÃO
12. RECURSOS ADMINISTRATIVOS
13. INFRAÇÕES E PENAS
14. TERMO DE REFERÊNCIA
15. PREGÃO
1. INTRODUÇÃO
Para que a Administração Pública exerça
algumas de suas atividades, ela necessita
de bens e/ou serviços prestados por
terceiros e, para isso, ela firma contrato
com os mesmos.
Ciente disso, a lei não poderia deixar ao
exclusivo critério do administrador a
escolha das pessoas a serem contratadas e,
por isso, nasceu o instituto da licitação.
2. CONCEITO
Segundo José dos Santos Carvalho Filho,
licitação é o procedimento administrativo
vinculado por meio do qual os entes da
Administração Pública e aqueles por ela
controlados selecionam a melhor proposta
entre as oferecidas pelos vários
interessados, com dois objetivos – a
celebração de contrato ou a obtenção do
melhor trabalho técnico, artístico ou
científico.
3. DISCIPLINA NORMATIVA
3.1. DISCIPLINA CONSTITUCIONAL

- Art. 22, XXVII: a União Federal tem competência privativa para


legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III.
Portanto, aos Estado, Municípios e Distrito Federal será lícito
legislar somente sobre normas específicas (que digam respeito as
particularidades locais e elas só serão aplicadas no âmbito do ente
que as instituir) e isso é assim porque a própria Constituição, em
seu art. 24, § 2º, autoriza os Estados e Distrito Federal suplementar
a norma geral (que é a Lei nº 8.666/93). Além disso, a própria Lei
nº 8.666/93 em seus arts. 115 e 118 autoriza a expedição de normas
sobre licitação, desde que não contrariem os dispositivos da Lei nº
8.666/93 e digam respeito à particularidades locais;
- Art. 37, XXI (que trata do princípio da obrigatoriedade de licitação):
ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica
e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
3.2. DISCIPLINA LEGAL
- Lei nº 8.666 de 21.06.1993: Estatuto dos Contratos e Licitações. É
a fonte legislativa primária disciplinadora das licitações e contratos.
Há um projeto de lei, em tramitação no Congresso Nacional
(Projeto de Lei 1.292/95) e tem como objetivo instituir um novo
regime licitatório para toda a administração pública direta,
autárquica e fundacional. O texto, deste projeto de lei, propõe a
revogação das seguintes leis: Lei 8666/93 – Normas gerais de
licitações e contratações públicas; Lei 10.520/02 – Normas gerais
sobre a modalidade pregão; Lei 12462/11 – Regime Diferenciado
de Contratações Públicas – RDC.
; - Lei nº 10.520/02 de 17.07.2002: Regulamenta a nova modalidade
de licitação que é o PREGÃO. Neste caso, a lei 8.666 será utilizada
em caráter supletivo (subsidiariamente);
- Decreto nº 3.555 de 08.08.2000: Este Decreto regulamenta a
modalidade de licitação denominada pregão presencial, para a
aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito da União;
- Lei Complementar nº 123 de 14.12.2006: esta lei instituiu o
Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte,
no qual foram inseridas normas específicas para proporcionar
tratamento diferenciado e favorecido a tais categorias empresariais
em matéria de licitação. Vale mencionar que a LC nº 123/06 sofreu
algumas alterações pela Lei Complementar 147/2014;

- - Lei Estadual nº 10.403 de 29.12.2015: Esta lei regulamenta o


tratamento diferenciado e simplificado para as Microempresas,
Empresas de Pequeno Porte e Microempreendedores Individuais,
nas licitações públicas de bens, obras e serviços, no âmbito da
Administração Pública Estadual e institui, no âmbito do Poder
Executivo Estadual, o Programa de Compras Governamentais do
Maranhão;
- Lei Estadual nº 10.297 de 19.08.2015: esta lei regulamenta o
Sistema Integrado de Licitações do Estado do Maranhão (aponta
quem são os órgãos que compõe o Sistema Integrado – art. 1º - e,
ainda, dispõe sobre as atribuições de cada um deles). Ainda a Lei
Estadual nº 11.000 de 04.04.19, extinguiu a Comissão Central
Permanente de Licitação, ficando a SEGEP autorizada a licitar
através do Sistema de Registro de Preços (Secretaria Adjunta de
Sistema de Registro de Preços) e as Comissões Setoriais de
Licitação de cada órgão e entes, os demais procedimentos
licitatórios sem limite de alçada – art. 11, caput e §§ 3º e 4º;
- Tínhamos a Lei nº 9.579/12: esta lei institui o Código de
Licitações e Contratos do Estado do Maranhão. Porém, foi
revogada pela Lei Estadual nº 10.295 de 19.08.2015. E, consoante
o art. 2º desta lei, as licitações instauradas e os contratos assinados
durante à vigência da Lei nº 9.579, inclusive suas prorrogações,
permanecerão válidos até ultimarem seus efeitos. As licitações
realizadas no Estado deverão seguir os dispostos nas Leis federais
(lei nº 8.666, lei nº 10.520/02, etc).
4. DESTINATÁRIOS
Vários são os destinatários da Lei nº 8.666/93.
Dentre eles podemos citar:

• Todos os órgãos e entes (União, Estados, Distrito Federal e


Municípios) que formam Administração Direta estão obrigados a
licitar (art. 1º, Lei nº 8.666/93);
• As autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista (para estes dois últimos, temos a
lei nº 13.303/16 que regulamenta o procedimento licitatório para
tais entidades, sendo a Lei nº 8.666 de aplicação subsidiária);
5. OBJETO
O objeto do procedimento licitatório apresenta duas facetas:

- OBJETO IMEDIATO: consiste na seleção da proposta que melhor


atenda aos interesses da Administração;

- OBJETO MEDIATO: consiste na obtenção de certa obra, serviço,


compra, alienação, locação ou prestação de serviço público, a serem
produzidos por particular. A contratação é o objetivo normalmente
perseguido pela Administração e, para que esta alcance este fim, faz-
se necessário que o objeto da licitação esteja bem definido no
instrumento convocatório (art. 40, I, Lei nº 8.666) o que, com toda
certeza, garantirá o julgamento objetivo das propostas.
6. PRINCÍPIOS
Faz-se necessário o estudo dos princípios, posto que, não raras vezes, a
verificação da validade ou invalidade de atos do procedimento leva em
consideração estes princípios.
A lei nº 8.666/93 traz expresso em seu art. 3º os seguintes princípios:
 LEGALIDADE: em linhas geras, este princípio afirma que o
administrador só pode fazer aquilo que a lei impõe. No campo das
licitações, este princípio impõe que o administrador observe as regras que
a lei traçou para o procedimento, ou seja, exige-se que a Administração
escolha a modalidade certa; que seja clara quanto aos critérios seletivos;
que só deixe de realizar a licitação nos casos expressamente permitidos
em lei; que verifique, com cuidado, os requisitos de habilitação dos
candidatos; que se disponha a alcançar os objetivos colimados, seguindo
os passos previstos na lei;
 MORALIDADE E IMPESSOALIDADE: a moralidade exige que o
administrador se paute por conceitos éticos e, por estar associada à
legalidade, uma conduta imoral, deve ser invalidada por ser ilegal. Já a
impessoalidade indica que a Administração deve dispensar o mesmo
tratamento a todos os administrados que estejam na mesma situação
jurídica.
 IGUALDADE: na licitação, todos os interessados em contratar com a
Administração devem competir em igualdade de condições, sem que a
nenhum se ofereça vantagem não extensiva aos demais. Vale ressaltar
que a igualdade aqui é de expectativa, porque todos que participam do
certame, tem a expectativa de contratar com a Administração. Porém,
a possibilidade efetiva de alijar licitantes do certame deve ocorrer após
o instrumento de convocação, quando se vai verificar quem, de fato,
preenche os requisitos demarcados no instrumento convocatório. Em
decorrência deste princípio, a lei enumera, no art. 3º, § 1º, I e II,
cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o
seu caráter competitivo da licitação, tais como, o estabelecimento de
preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou
domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato ou
tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista,
previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e
estrangeiras;
 PUBLICIDADE: a licitação deve ser amplamente divulgada, de modo
a possibilitar o conhecimento de suas regras por um maior número
possível de pessoas. Ex. art. 21 que exige a publicação dos avisos
contendo o resumo dos editais na imprensa;
 PROBIDADE ADMINISTRATIVA: exige que o administrador atue
com honestidade para com os licitantes, e sobretudo para com a
própria Administração, e, evidentemente, concorra para que sua
atividade esteja de fato voltada para o interesse administrativo, que é o
de promover a escolha da proposta que mais se adeque às exigências
do edital. A atuação do administrador que seja contrária à probidade
frustra o objetivo da licitação e o sujeita a sanções civis, penais e
administrativas;
 VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO: significa
que as regras traçadas para o procedimento devem ser fielmente
observadas por todos. Caso não sejam observadas pela Administração,
o procedimento será inválido e suscetível de correção pela via
administrativa ou judicial e, se a houver inobservância por parte do
candidato, ele será desclassificado. Caso seja constatado alguma falha
no instrumento convocatório que, geralmente é o edital, ele pode ser
corrigido e, caso seja feita alguma alteração, deve ser dado
conhecimento ao impugnante bem como aos demais licitantes;
 JULGAMENTO OBJETIVO: O julgamento das propostas será
objetivo, devendo a Comissão ou o responsável pelo certame realizá-
lo em conformidade com o previsto no ato convocatório (art. 45).
Além dos princípios citados no art. 3º, temos outros correlatos a estes
que são os seguintes:

 PRINCÍPIO DA COMPETITIVIDADE: previsto no art. 3º, § 1º, I e


que significa que a Administração não pode adotar medidas ou criar
regras que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo
da licitação;
 PRINCÍPIO DA INDISTINÇÃO: segundo o qual é vedado criar
preferências ou distinções relativas à naturalidade, sede ou domicílio dos
licitantes, ressalvada algumas exceções prevista na lei (art. 3º, § 1º, I);
 INALTERABILIDADE DO EDITAL: vincula à Administração as
regras que foram por ela própria divulgadas (art. 41).
 SIGILO DAS PROPOSTAS: é em razão deste princípio que as
propostas devem vir lacradas e só devem ser abertas em sessão pública
previamente marcada (art. 43, § 1º);
 FORMALISMO PROCEDIMENTAL: as regras do procedimento
adotados para a licitação devem seguir os parâmetros estabelecidos na
lei, não sendo lícito aos administradores subvertê-los ao seu juízo
7. MODALIDADES DE
LICITAÇÃO
São cinco as modalidades de licitação e elas estão previstas expressamente
na lei; nenhuma outra modalidade pode ser criada pela Administração e
nem tão pouco pode haver combinação entre si (art. 22, § 8º). São elas:
concorrência, tomada de preços, convite, leilão e concurso.
Art. 22. (...)
§ 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a
combinação das referidas neste artigo.
Além das cinco modalidades elencadas na Lei nº 8.666, temos o pregão,
que também é modalidade de licitação, porém regulada por lei especial (Lei
nº 10.520/02).
Quando a lei estabelece uma modalidade mais simples, o administrador
pode escolher uma modalidade mais rigorosa. Qualquer alteração tem que
ser feita dentro do limite da modalidade de licitação escolhida. Se não
respeitar, não poderá modificar o contrato.
7.1. CONCORRÊNCIA
 A concorrência também pode ser escolhida em :
 razão do valor (quando se tratar de um numerário alto):
- para obras e serviços de engenharia com valores acima de 3 milhões e 300
mil reais ou
- outros contratos com valores acima de 1 milhão, 430 mil reais – art. 23).
 razão do objeto:
- quando se tratar de imóvel (aquisição ou alienação);
- quando for hipótese de concessão de direito real de uso de bem público;
- na concessão de serviço público, ou,
- na licitação internacional (conta com a participação de empresas estrangeiras).
OBS.: se o imóvel for decorrente de decisão judicial ou dação em pagamento (a
dação em pagamento é um instituto do direito civil, previsto no art. 356, CC e é
o ato pelo qual o devedor quita uma dívida vencida entregando ao credor uma
prestação diferente daquela que era a prevista inicialmente, desde que o credor
concorde com isso), a modalidade pode ser concorrência ou leilão.
 Em caso de concessão de serviço, a lei traz uma exceção. Se o
serviço estiver previsto na política nacional de desestatização a
modalidade vai ser leilão (exemplo: aeroportos, telefonia).
 Na licitação internacional, excepcionalmente, podemos ter tomada de
preços quando o valor corresponder ao estabelecido para a tomada de
preços e houver cadastro de empresas estrangeiras. E podemos ter
convite quando o valor corresponder ao estabelecido para o convite e
não houver fornecedor no país.
 O prazo de intervalo mínimo para publicação: se a licitação for do
tipo técnica ou técnica + preço, o prazo é de 45 dias corridos; se for
do tipo preço o prazo é de 30 dias corridos.
7.2. TOMADA DE PREÇOS
 Para obras e serviços de engenharia acima de 330 mil até 3 (três)
milhões e trezentos mil reais e para outros bens e serviços que
não os de engenharia o valor fixado é acima de 176 mil até 1
milhão, quatrocentos e trinta mil.
 O prazo de intervalo mínimo para publicação: se a licitação for do
tipo técnica ou técnica + preço, o prazo é de 30 dias corridos; se for
do tipo preço o prazo é de 15 dias corridos.
 Quem participa da modalidade tomada de preços são os licitantes
cadastrados. Antecipa-se a fase de habilitação com o
cadastramento. O licitante recebe o certificado de registro cadastral
e isso agiliza o procedimento. Se o licitante não estiver cadastrado
como participará da licitação? Podem participar os licitantes que
preencham os requisitos para o cadastramento até o terceiro dia
anterior a entrega dos envelopes. Basta fazer um requerimento para
se cadastrar, apresentando os documentos devidos.
7.3. CONVITE
 Para obras e serviços de engenharia até 330 mil reais e para outros bens e
serviços que não os de engenharia abrange até 176 mil reais. Quando o valor é
pequeno, a licitação é dispensável, mas pode ser realizada pela modalidade
convite. O instrumento convocatório é a carta-convite que NÃO é publicada no
Diário Oficial, apenas encaminhada aos licitantes. Será também fixada no átrio
da repartição.
 Podem participar da modalidade convite os licitantes convidados que devem estar
em número mínimo de três, estejam cadastrados ou não. Se o número for menor
que três, basta fundamentar e justificar a razão, prosseguindo com o
procedimento (exemplo: provar que o mercado tem uma restrição, que o
convidado não compareceu).
 Podem também participar do convite os licitantes cadastrados que manifestarem
interesse de participar com 24 horas de antecedência.
 Prazo de intervalo mínimo no convite é de 05 dias úteis.
 A comissão de licitação precisa ser composta ao menos por três servidores (art.
51 da Lei nº 8.666/93). Porém, se o órgão for pequeno e a convocação dos
servidores selecionados comprometer o andamento do serviço, é possível realizar
a licitação com um único servidor.
 Consoante o art. 3º, Lei Estadual nº 10.295/15, os administradores públicos
maranhenses estão proibidos de adotar a modalidade de licitação "convite“.
RESUMO DOS NOVOS VALORES DE
ACORDO COM O DECRETO 9.412/18
CONVITE TOMADA DE CONCORRÊNCIA
PREÇOS
OBRAS E Até 330 mil reais 330 mil reais até 3 Acima de 3 milhões,
SERVIÇOS milhões e 300 mil 300 mil reais
DE
ENGENHARI
A
OUTROS 0 até 176 mil 176 mil reais até 1 Acima de 1 milhão,
BENS E reais milhão 430 mil 430 mil reais
SERVIÇOS reais
DISPENSÁVE 10% do convite Limite dobrado se o Limite dobrado se o
L (art. 24, I e (art. 24, I e II) consórcio público consórcio público
II) tiver três entes ou tiver três entes ou
triplicado se tiver triplicado se tiver
mais de três entes mais de três entes
DISPENSÁVE 20% do convite
L (art. 24, § 1º -
Empresas Públicas,
Sociedades de
Economia mista,
7.4. LEILÃO
 É modalidade de licitação para alienação de bens imóveis na
hipótese do art. 19 da lei, decorrente de decisão judicial ou dação
em pagamento (poderá ser usada a concorrência ou leilão);
alienação de bens móveis inservíveis, apreendidos ou penhorados.
A alienação de bens móveis não pode ultrapassar o limite fixado de
650 mil reais (art. 17, § 6º).

Art. 17, § 6o . Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou


globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 23,
inciso II, alínea "b" (até R$ 650.000,00) desta Lei, a Administração
poderá permitir o leilão.

 O intervalo mínimo para publicação é de 15 dias corridos, e quem


realiza o leilão é o leiloeiro.
7.5. CONCURSO
 É uma modalidade licitatória para escolha de trabalho técnico,
artístico ou científico, sendo que a contrapartida será um prêmio ou
remuneração. É diferente do concurso público, pois este tem o
objetivo de provimento de cargo.
 O prazo de intervalo mínimo para publicação é de 45 dias corridos.
 A comissão de licitação é especial, porque não precisa ser composta
por servidores, já que qualquer pessoa idônea e com conhecimento
na área pode integrá-la.
7.6. PREGÃO
 Modalidade prevista na Lei nº 10.520/2002 que serve para a
aquisição para bens e serviços comuns, NÃO importando o valor.
Bens e serviços comuns são aqueles que podem ser definidos no
edital com expressão usual de mercado.
 O intervalo mínimo para publicação é de 8 dias úteis.
 Quem faz o pregão é o pregoeiro assistido por uma equipe de
apoio.
8. TIPOS DE LICITAÇÃO
 MENOR PREÇO: esse tipo de licitação ocorre quando o
instrumento convocatório determina que a proposta mais vantajosa
será aquela que se apresentar de acordo com as especificidades de
edital e ofertar o menor preço;
 MELHOR TÉCNICA: ela se apresenta em duas etapas:
- Os candidatos se submetem a uma valorização de suas propostas;
se a proposta não alcançar essa valorização mínima, está fora do
certame;
- Fase da negociação: o candidato que ofereceu a proposta vitoriosa
sob o critério técnico só celebra o contrato se aceitar a execução do
objeto ajustado pelo preço mínimo oferecido pelos participantes. Se
recusar reduzir seu preço, será chamado o candidato que ficou em
segundo lugar, e assim sucessivamente;
 TÉCNICA E PREÇO: caracteriza-se pelo fato de que o resultado do
certame se faz de acordo com a média ponderada das valorizações das
propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos
preestabelecidos no instrumento convocatório (art. 46, § 2º, I e II);

 MAIOR LANCE OU OFERTA: ele é adotado para alienação de bens


ou concessão de direito real de uso de bens públicos.

OBS.: Na modalidade pregão, o tipo de licitação a ser adotado é o


MENOR PREÇO, pois o Art. 4º, X da Lei nº 10.520/02 dispõe o
seguinte: para julgamento e classificação das propostas, será
adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos
para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos
de desempenho e qualidade definidos no edital.
Tendo em vista que o pregão somente será adotado para bens ou
serviços comuns, jamais serão utilizados os tipos melhor técnica ou
técnica e preço em licitações processadas mediante o Pregão, pois
incompatíveis com o objeto comum. A princípio, portanto, falando na
modalidade pregão, a regra é o tipo menor preço.
9. PROCEDIMENTO

9.1. FASE INTERNA

Acontece a formalização do processo: autuação, demonstração da


necessidade, reserva dos recursos orçamentários para assumir o
contrato, nomeação da comissão de licitação (art. 51 da lei),
elaboração da minuta de edital (art. 38, parágrafo único da lei) que
será submetido a parecer jurídico e depois autorizado, deflagrando o
início do certame.
Se um servidor público for sócio ou funcionário de uma empresa,
ela não poderá participar de licitações realizadas pelo órgão ou
entidade ao qual estiver vinculado este servidor público (art. 9º, III,
da Lei nº 8.666/93). O fato de o servidor estar licenciado do cargo
não afasta a referida proibição, considerando que, mesmo de
licença, ele não deixa possuir vínculo com a Administração
Pública. Assim, o fato de o servidor estar licenciado não afasta o
entendimento segundo o qual não pode participar de procedimento
licitatório a empresa que possuir em seu quadro de pessoal servidor
ou dirigente do órgão contratante ou responsável pela licitação.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.607.715-AL, Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 7/3/2017 (Info 602).
A título de curiosidade, veja que o TCU vai até mais longe e afirma
que: “A participação de empresa cujo sócio tenha vínculo de
parentesco com servidor da entidade licitante afronta, por
interpretação analógica, o disposto no art. 9º, inciso III, da Lei
8.666/1993. A alteração do contrato social no curso do certame não
descaracteriza a irregularidade e constitui indício de simulação e
fraude à licitação.” (Acórdão 1019/2013 – Plenário, 24/04/2013).
ETAPAS:
 O procedimento se inicia com a instauração do processo
administrativo, que deverá ser autuado, protocolado e numerado;
 Segundo José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito
Administrativo, ed. 33, ano 2019), no processo deve estar a
autorização para a realização do certame, a descrição do objeto e a
menção aos recursos próprios para a futura despesa. Completa ainda
que a lei não exige disponibilidade financeira integral no momento do
início da execução do contrato, mas que haja recursos suficientes,
previsto em lei orçamentária, para o pagamento da obra, serviço ou
compra, conforme o cronograma ajustado entre as partes. Assim
também já decidiu o STJ: Os artigos 7°, par. 2°, inciso III, e 14, ambos
da Lei 8666/93, exigem a existência de recursos orçamentários para
fazer frente às despesas decorrentes do futuro contrato. Contudo, para
o STJ, a lei não exige a disponibilidade financeira, mas, apenas,
que haja previsão desses recursos na lei orçamentária (REsp
1.141.021/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2a Turma, j. em
21.08.2012, DJe 30.08.2012).
 Além destes dados, também deve constar no processo (art. 38): o
edital, as atas e relatórios, os atos administrativos, os recursos, as
publicações etc.
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo
administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização
respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao
qual serão juntados oportunamente:
I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;
II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou
da entrega do convite;
III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial,
ou do responsável pelo convite;
IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem;
V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;
VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou
inexigibilidade;
VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;
VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações
e decisões;
IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso,
fundamentado circunstanciadamente;
X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;
XI - outros comprovantes de publicações;
XII - demais documentos relativos à licitação.
 Direção do processo:
- Em regra o processamento e julgamento será feito por uma
COMISSÃO DE LICITAÇÃO, integrada por, no mínimo, três
membros, sendo que dois deles, obrigatoriamente, tem que ser
SERVIDORES PÚBLICOS QUALIFICADOS. Todos são
solidariamente responsáveis pelos atos da comissão, salvo se algum
deles manifestar sua posição divergente e formalizá-la na respectiva
ata de reunião. A investidura não pode exceder a um ano, vedada,
ainda, a recondução da totalidade de seus membros para o período
subsequente.
- no convite, pode a comissão ser substituída por um servidor
(lembrando que esta modalidade foi vedada no Estado do
Maranhão);
- no concurso, o julgamento estará a cargo de pessoa com reputação
ilibada e indubitável conhecimento da matéria em pauta e não precisa
ser servidor público.
 As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos,
acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e
aprovadas por assessoria jurídica da Administração.
 Instrumento convocatório:
- ele é o ato pelo qual a Administração divulga as regras a serem
aplicadas a determinado procedimento licitatório. É a lei interna da
licitação.
- a Administração está vinculada ao instrumento convocatório, não
podendo descumprir suas normas e condições (art. 41).
- qualquer modificação no instrumento convocatório deve configurar-
se como exceção e, caso ocorra, a Administração tem que:
 Divulgar a modificação pela mesma forma em que se deu o texto
original (publicação);
 Reabrir o prazo estabelecido no início, salvo quando a alteração não
afetar a formulação da proposta.
- o instrumento convocatório, em regra, é o edital. Na modalidade
convite, é a carta-convite;
- vários dados devem figurar no edital e eles estão elencados no art.
40:
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome
da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o
tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como
previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto
da licitação;
III - sanções para o caso de inadimplemento;
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o
local onde possa ser examinado e adquirido;
VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31
desta Lei, e forma de apresentação das propostas;
VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão
fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para
atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de
licitações internacionais;
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a
fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou
faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e
2º do art. 48;
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a
adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta,
ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços
que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;
XIV - condições de pagamento, prevendo:
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de
adimplemento de cada parcela;
b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade
de recursos financeiros;
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de
adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento;
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais
antecipações de pagamentos;
e) exigência de seguros, quando for o caso;
XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei;
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação.
§ 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela
autoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias
integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados.

- como se trata de peça longa e detalhada, o edital deve


ser publicado no Diário Oficial, através de aviso resumido, sendo
indicado o local onde pode ser adquirido o edital em seu inteiro
teor;
- o edital deve conter alguns anexos que estão previsto no
art. 40, § 2º:
§ 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante:
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e
outros complementos;
II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários;
III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor;
IV - as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.
9.2. FASE EXTERNA
 Publicação do edital
- Impugnação do edital (art. 41):. O ideal é que a comissão julgue o
quanto antes a impugnação, pois, se não se manifestar no tempo
fixado na lei, haverá decadência na via administrativa. A
impugnação não tem natureza de recurso e não tem efeito
suspensivo, devendo o processo correr normalmente.
- Alteração do edital (art. 21, §4º): aditamento deve ser publicado
da mesma forma que o edital.
- Recebimento dos envelopes: se for caso de técnica + preço são
recebidos três envelopes lacrados.
- Habilitação (art. 27): Todos devem rubricar todos os envelopes e
documentos entregues.
 IMPUGNAÇÃO DO EDITAL:
Caso apresenta alguma irregularidade, o edital pode ser impugnado:
- PELO CIDADÃO: que protocola a impugnação em até 5 dias úteis da
data designada para abertura dos envelopes de habilitação e a
Administração tem o prazo de 3 dias úteis para examiná-la e decidí-la
(art. 41, § 1º). O cidadão pode, ainda, representar junto ao Tribunal de
Contas, pois ele é incumbido do controle financeiro da Administração
(art. 113, § 1º);
- PELO LICITANTE: a impugnação poderá ser protocolada até o
segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação
(na concorrência), dos envelopes com as propostas (no convite, tomada
de preço ou concurso) ou da realização do leilão (art. 41, § 2º) e, se não
fizer neste prazo, decai do direito de impugnar o edital perante a
Administração;
- a Administração pode, baseada no seu poder de autotutela, corrigir de
ofício o edital;
- o edital também pode ser impugnado por ação judicial, através de
Mandado de Segurança, por exemplo. O procedimento não fica suspenso
exceto se houver concessão de liminar suspendendo o procedimento,
pois, em sentença, o juiz pode decretar a ilegalidade do edital e esta
decisão pode anular a licitação e, até, o possível contrato já celebrado.
- Requisitos da habilitação (art. 27) – rol taxativo:
 Habilitação jurídica (art. 28);
 Qualificação técnica (art. 30);
 Regularidade fiscal e trabalhista (art. 29);
 Qualificação econômica e financeira (art. 31);
 Cumprimento do disposto no art. 7º, XXXIII, CF (proibição de
trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos)
Qual a abrangência e a exigência de regularidade fiscal em licitações?
Trata-se de tema controverso no âmbito doutrinário. Segundo Rafael Carvalho
Rezende Oliveira, podem ser identificadas 3 correntes principais acerca do
assunto:
1.º entendimento: A regularidade fiscal refere-se aos tributos federais,
estaduais e municipais. Trata-se da interpretação literal do art. 29, III, da Lei
8.666/1993.
2.º entendimento: A exigência de regularidade fiscal restringe-se aos tributos
do Ente federativo que promove a licitação (ex.: na licitação promovida por
determinado Município, a exigência de regularidade fiscal abrange os tributos
municipais, mas não os estaduais e federais). Argumenta-se que o Ente promotor
da licitação não pode utilizar a licitação para constranger o licitante a pagar
tributos devidos a outros Entes Federados. Da mesma forma, seria praticamente
impossível apurar se o licitante está em situação regular com todos os demais
Entes. Nesse sentido: Marçal Justen Filho.
3.º entendimento: A regularidade fiscal relaciona-se apenas com os tributos
incidentes sobre a atividade do licitante e o objeto da licitação (ex.: é razoável a
exigência de regularidade do ISS na contratação para prestação de serviços, mas
não de IPVA ou IPTU). Nesse sentido: Marcos Juruena Villela Souto, Flávio
Amaral Garcia e Jessé Torres Pereira Junior.
A habilitação é a fase integrante do
procedimento licitatório em que os interessados
devem comprovar a satisfação das exigências de
qualificação formuladas no instrumento
convocatório, conforme arts. 27 a 33 da Lei n.
8666/93. Nessa senda, cumpre salientar que as
exigências editalícias devem ser razoáveis,
observando os princípios da Isonomia, da
Legalidade, da Competitividade e da
Razoabilidade, insculpidos no art. 37, inciso
XXI da CF/88.
 ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. LICITAÇÃO.
SERVIÇO DE ENGENHARIA. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA.
EXPERIÊNCIA PRÉVIA NO DESEMPENHO DE ATIVIDADES
SIMILARES OU CONGÊNERES. AMPARO NO ART. 30, II, DA
LEI 8.666/93. PRECEDENTE. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E
CERTO. 1. Cuida-se de recurso ordinário em mandado de segurança no
qual o licitante postula que a cláusula de exigência de experiência
prévia em determinado serviço de engenharia ensejaria violação à
competitividade do certame. 2. Não há falar em violação, uma vez que a
exigência do edital encontra amparo legal no art. 30, II, da Lei n.
8.666/93, bem como se apresenta razoável e proporcional, já que se
trata de experiência relacionada a rodovias, limitada à metade do
volume licitado. 3. "Não fere a igualdade entre os licitantes,
tampouco a ampla competitividade entre eles, o condicionamento
editalício referente à experiência prévia dos concorrentes no âmbito
do objeto licitado, a pretexto de demonstração de qualificação
técnica, nos termos do art. 30, inciso II, da Lei n. 8.666/93" (REsp
1.257.886/PE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda
Turma, DJe 11.11.2011). Recurso ordinário improvido. (STJ - RMS:
39883 MT 2012/0262776-0, Relator: Ministro HUMBERTO
MARTINS, Data de Julgamento: 17/12/2013, T2 - SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: DJe 03/02/2014).
 A divulgação do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e
Suspensas - CEIS pela CGU tem mero caráter informativo, não
sendo determinante para que os entes federativos impeçam a
participação, em licitações, das empresas ali constantes. STJ. 1ª
Seção. MS 21.750-DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho,
julgado em 25/10/2017 (Info 615)

 O Superior Tribunal de Justiça já consolidou o entendimento de que


sociedade empresária em recuperação judicial pode participar
de licitação, desde que demonstre, na fase de habilitação, a sua
viabilidade econômica. STJ. 1ª Turma. AREsp 309.867-ES, Rel.
Min. Gurgel de Faria, julgado em 26/06/2018 (Informativo nº 631).
 Decisão sobre a habilitação ou inabilitação.

Se todos forem inabilitados, aplica-se o art. 48, §3º da lei e abre-se o


prazo de 8 dias úteis para os licitantes complementares os
documentos. Na modalidade convite o prazo é de 3 dias úteis. O
licitante tem prazo de 5 dias úteis para apresentar recurso contra a
decisão, salvo no caso do convite que o prazo é de dois duas úteis
(art. 109). Esse recurso é com efeito suspensivo.

 Classificação e julgamento das propostas e procedimentos


Analisar as formalidades da proposta e verificar se o preço é compatível
com o de mercado, então classifica-se ou desclassifica-se as
propostas. Se todos forem desclassificações, segue a diligência do art.
48, §3º.
OBS. Se não aparecer ninguém, a licitação será declarada deserta. Se
todos forem desclassificados, a licitação será fracassada
(desclassificação geral) e poderá haver dispensa caso haja
desclassificação em razão das propostas de preço.
A dispensa na licitação deserta depende dos seguintes pressupostos:
a) ausência de interessados na licitação anterior;
b) motivação: a justificativa devedemonstrar que a repetição do
certame acarretaria prejuízos ao interesse público; e
c) manutenção das condições preestabelecidas: o intuito é evitar
a violação aos princípios da moralidade e da impessoalidade, pois a
alteração substancial das condições estabelecidas na licitação
anterior poderia atrair o interesse de licitantes, o que exigiria a
realização da licitação. ”Trecho de: OLIVEIRA, Rafael Carvalho
Rezende. “Licitações e Contratos Administrativos - Teoria e
Prática.”
Após a classificação, segue o julgamento com a escolha da
melhor proposta. Se as empresas estiverem empatadas, segue o desempate
previsto no art. 3º, §2º da Lei e no art. 45, §2º da Lei (se os critérios não
forem suficientes para desempatar, fará então sorteio).
Depois da classificação também abre a possibilidade de recurso
no prazo de 05 dias úteis, salvo no caso do convite que o prazo é de 2 dias
úteis. Esse recurso tem efeito suspensivo.
 Homologação
Verifica-se a regularidade do processo e a autoridade superior homologa o
procedimento. Contudo, se existir um vício ou defeito, o procedimento
deverá ser anulado.
 Adjudicação
Publicação do resultado oficial. O licitante vencedor tem a
garantia de não ser preterido, tem mera expectativa de direito ao contrato.
Se o licitante vencedor não tiver interesse em assinar o contrato vão
chamar os classificados seguintes, mas para cumprir a proposta do licitante
vencedor (art. 64, §3º). O licitante estará vinculado a sua proposta no
prazo de 60 dias da entrega de envelopes, salvo se o edital determinar
outro prazo. Se o licitante vencedor não quiser assinar, poderá ser
penalizado nos termos do art. 89 da lei.
10. CONTRATAÇÃO DIRETA
 OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO
Regra: obrigatoriedade de licitação
Como regra, a CF/88 impõe que a Administração Pública somente
pode contratar obras, serviços, compras e alienações se realizar uma
licitação prévia para escolher o contratante (art. 37, XXI).
 Exceção: contratação direta nos casos especificados na legislação
O inciso XXI afirma que a lei poderá especificar casos em que os
contratos administrativos poderão ser celebrados sem esta prévia
licitação. A isso, a doutrina denomina “contratação direta”.
 Resumindo:
A regra na Administração Pública é a contratação
precedida de licitação. Contudo, a legislação prevê casos excepcionais
em que será possível a contratação direta sem licitação.
CONTRATAÇÃO DIRETA
A Lei de Licitações e Contratos prevê três grupos de situações em que a
contratação ocorrerá sem licitação prévia. Trata-se das chamadas licitações
dispensadas, dispensáveis e inexigíveis. Vejamos o quadro comparativo
abaixo:
DISPENSADA DISPENSÁVEL INEXIGÍVEL
Art. 17, I e II Art. 24 Art. 25
Rol taxativo Rol taxativo Rol exemplificativo
A lei determina a não A lei autoriza a não Como a licitação é uma
realização da realização da licitação. disputa, é indispensável que
licitação, obrigando a Mesmo sendo haja pluralidade de objetos e
contratação direta. dispensável, a pluralidade de ofertantes para
Administração pode que ela possa ocorrer. Assim,
decidir realizar a a lei prevê alguns casos em
licitação que a inexigibilidade se
(discricionariedade). verifica porque há
impossibilidade
jurídica de competição.
Ex.: quando a Administração Pública Ex.: contratação de artista consagrado
possui uma dívida com o particular e, Ex.: contratação direta
pela crítica especializada ou pela
em vez de pagá-la em espécie, transfere
a ele um bem público desafetado, como
nos casos de guerra ou opinião pública para fazer o show do
forma de quitação do débito. A isso
chamamos de dação em pagamento
grave perturbação da aniversário da cidade.
(art. 17, I, "a"). ordem.
Em observância ao princípio da motivação dos atos
administrativos, a Lei 8.666/93, em seu art. 26, exige expressamente
sejam justificadas as dispensas e inexigibilidade de licitação, devendo o
administrador comunicar a situação de contratação direta em três dias à
autoridade superior e, a este caberá ratificá-la e publicá-la na imprensa
oficial em cinco dias. Esta publicação é imprescindível, posto que,
somente após ela é que a contratação direta terá eficácia.

Se o administrador público...
dispensar a licitação fora das hipóteses previstas em lei;
inexigir (deixar de exigir) licitação fora das hipóteses previstas em lei;
ou
deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à
inexigibilidade (as formalidades estão previstas especialmente no art. 26
da Lei).
... ele praticará o crime previsto no art. 89 da Lei nº
8.666/93, com pena de detenção de 3 a 5 anos e multa.
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso
III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no
art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no
final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados,
dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e
publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como
condição para a eficácia dos atos.
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de
retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber,
com os seguintes elementos:
I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e
iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando
for o caso;
II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
III - justificativa do preço;
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os
bens serão alocados.
NOS CASOS DE INEGIXIBILIDADE (art. 25):

Para ser válida, a contratação direta por inexigibilidade de licitação


é precisa atender aos seguintes requisitos:
a) é necessário que se instaure um procedimento administrativo
formal;
b) deverá ser demonstrada a notória especialização do profissional a
ser contratado; no caso de artista, deve-se demonstrar que se trata de
artista consagrado e, no caso de bens/produtos, que ele só possa ser
fornecido por uma única empresa/produtor;
c) deverá ser demonstrada a natureza singular do serviço/bem;
d) deverá ser demonstrado que é inadequado que o serviço a ser
contratado seja prestado pelos integrantes do Poder Público; e
e) o preço cobrado pelo profissional contratado ou fornecedor do
produto deve ser compatível com o praticado pelo mercado.
11. DESFAZIMENTO DA
LICITAÇÃO
ANULAÇÃO (art. 49)
- A anulação a licitação é decretada quando existe no procedimento vício
de legalidade e ela deve ser justiicada. Haverá vício quando:
 Por inobservância de algum princípio ou norma pertinente à licitação;
 Quando se escolhe proposta desclassificada;
 Não se concede direito de defesa aos participantes;
 Qualquer ato que seja contrário ao disposto na lei.
- A anulação pode ser decretada pela própria Administração;
- Sendo anulado o procedimento, não há obrigatoriedade de indenizar
por parte da Administração, salve se o contratado já houver executado
parte do objeto até o momento da invalidação;
- - A anulação da licitação, induz a anulação do próprio contrato, caso
este já tenha sido celebrado com o licitante vencedor;
- - A invalidação compromete todos os atos que se sucederam ao ato
viciado e deve ser respeitado o contraditório e ampla defesa.
REVOGAÇÃO
- É o desfazimento dos efeitos da licitação já concluída, em virtude de
critérios de ordem administrativa ou por razões de interesse
público;
- - Cabe ao Administrador avaliar a conveniência de se revogar o
procedimento licitatório. Vale ressaltar que a lei criou algumas
condições para que se revogue um procedimento licitatório:
 a revogação tem que ser justificada, portanto, o Administrador tem
que enumerar as razões pelas quais revogou o procedimento;
 As razões de interesse público que levaram o administrador a
revogar o procedimento, tem que originar-se de fato superveniente
devidamente comprovado (o fato alegado pela Administração que
servir de fundamento para revogação, tem que ter surgido
posteriormente ao procedimento);
 A revogação poderá ser feita até a homologação da licitação;
 Deve ser assegurado o contraditório e a ampla defesa.
12. RECURSOS
ADMINISTRATIVOS
Decorrente do direito de petição, a Lei nº
8.666/93, elenca quais recursos servem para
impugnar atos relacionados ao procedimento
licitatório (art. 109).
São eles:
Recurso hierárquico;
Representação;
Pedido de reconsideração
12.1. RECURSO HIERÁRQUICO
 Interposto no prazo de cinco dias úteis, contados da intimação do
ato ou da lavratura da ata;
 Cabível nas seguintes hipóteses:
a) habilitação ou inabilitação do licitante;
b) julgamento das propostas;
c) anulação ou revogação da licitação;
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro
cadastral, sua alteração ou cancelamento;
e) rescisão do contrato quando determinada por ato
unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados no art.
78, incisos I a XII e XVII;
f) aplicação das penas de advertência, suspensão
temporária ou de multa;
 O recurso interposto, nos casos de habilitação ou inabilitação do
licitante e julgamento das propostas terá, obrigatoriamente efeito
suspensivo. Nos demais, a autoridade competente, desde que
fundamente e, presentes razões de interesse público, poderá atribuir
efeito suspensivo ao procedimento;
 A interposição do recurso precisa ser comunicada aos demais
licitantes, porque estes tem o direito de impugná-lo no prazo de
cinco dias úteis;
 O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que
praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no
prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir,
devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser
proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do
recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.
OBS.: no caso da modalidade convite, reduz-se para dois dias úteis
o prazo para recurso contra habilitação ou inabilitação e contra o
julgamento das propostas (art. 109, § 6º).
12.2. REPRESENTAÇÃO
 Interposto no prazo de cinco dias úteis, contados da intimação da
decisão relacionada com o objeto da licitação da qual não caiba
recurso hierárquico;
 É utilizado contra decisão relacionada com o objeto da licitação da
qual não caiba recurso hierárquico;
 A autoridade competente, desde que fundamente e, presentes razões
de interesse público, poderá atribuir efeito suspensivo ao
procedimento;
 A interposição do recurso precisa ser comunicada aos demais
licitantes, porque estes tem o direito de impugná-lo no prazo de
cinco dias úteis;
12.3. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
É dirigido ao Ministro de Estado ou Secretário Estadual
ou Municipal, no prazo de dez dias úteis, quando o
administrado houver sido punido com a penalidade de
declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com
a Administração.
13. INFRAÇÕES E PENAS
No procedimento licitatório, várias são as ilegalidades passíveis de ser
cometidas. Algumas delas espelham infrações administrativas, indicando
a violação de normas internas da Administração, ao passo que outras, de
maior gravidade, configuram-se como crimes, sujeitos às normas de
Direito Penal.
A aplicação de uma sanção, seja ela administrativa ou penal, não
afasta a possibilidade de aplicação da outra, ou seja, pode o infrator ser
punido com ambas as sanções cumulativamente.
Contrariamente ao que ocorreu com os contratos administrativos, a
Lei nº 8.666/93 não previu infrações e sanções administrativos para
condutas ilegais ocorridas durante o procedimento licitatório. Porém, a
Lei nº 12.846/13 trouxe algumas condutas tipificadas como infração
administrativa ocorridas durante a licitação em seu art. 5º, IV, alíneas “a”
a “e”. São as seguintes:
Condutas tidas como ilícito administrativo da Lei nº 12.846/13:
Frustrar ou fraudar, mediante ajuste , a natureza competitiva;
 Impedir, perturbar ou fraudar o procedimento licitatório
público;
 Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou
oferecimento de vantagem de qualquer tipo;
 Fraudar licitação pública;
 criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para
participar de licitação pública.

A lei 8.429/92, classifica tais condutas como improbidade


administrativa. E o servidor que comete qualquer irregularidade
administrativa durante o procedimento licitatório, responde processo
administrativo e sofre punição administrativa consoante o Estatuto do
Servidor Público.
Em relação aos crimes previstos na Lei 8.666/93, todos são
puníveis a título de dolo, ou seja, não haverá conduta punível se o fato
decorrer de culpa do agente.
Ainda que a licitação seja anulada, subsiste o crime.
O STF, no Inq. 3.962, j. 20.2.18 decidiu que a declaração de
inexigibilidade de licitação, ancorada em pareceres técnicos ou jurídicos,
com ausência de conluio, não enseja a tipicidade material do fato na
esfera penal, mas apenas irregularidade administrativa, passível de
correção na própria via controladora da Administração.
Competente para julgar os crimes que envolvam licitações é a
justiça estadual, exceto, se houver desvio de recursos federais, porque
neste caso, a competência para julgar este crime será da justiça federal.
Mesmo que o valor desviado, na licitação seja ínfimo, ainda assim
haverá crime.
Dos Crimes e das Penas
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas
em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa
ou à inexigibilidade:
Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo
comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade,
beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar
contrato com o Poder Público.
Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer
outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório,
com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da
adjudicação do objeto da licitação:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante
a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à
celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo
Poder Judiciário:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou
vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do adjudicatário,
durante a execução dos contratos celebrados com o Poder Público,
sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou nos
respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com
preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade, observado o
disposto no art. 121 desta Lei:
Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que, tendo
comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade,
obtém vantagem indevida ou se beneficia, injustamente, das
modificações ou prorrogações contratuais.
Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de
procedimento licitatório:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento
licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 95. Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de violência,
grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste
de licitar, em razão da vantagem oferecida.
Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação
instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou
contrato dela decorrente:
I - elevando arbitrariamente os preços;
II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou
deteriorada;
III - entregando uma mercadoria por outra;
IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da mercadoria
fornecida;
V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a
proposta ou a execução do contrato:
Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou
profissional declarado inidôneo:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, declarado
inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Administração.
Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de
qualquer interessado nos registros cadastrais ou promover
indevidamente a alteração, suspensão ou cancelamento de registro do
inscrito:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
PREGÃO
O pregão nasceu da necessidade de um procedimento
licitatório mais simples para aquisição de produtos e serviços comuns,
independentemente do valor contratado. Assim, foi editada a Lei nº
10.520 de 17.07.2002, instituindo o pregão como nova modalidade de
licitação, com disciplina e procedimento próprios, visando acelerar o
processo de escolha de futuros contratados da Administração em
hipóteses específicas e determinadas.

O que são bens e serviços comuns?


São aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado (art. 1º, parágrafo único). Ex.:
caneta esferográfica de tinta azul. O conceito legal é insuficiente, visto
que, a rigor, todos os bens licitados devem ser objetivamente
definidos, em descrição sucinta e clara. O que caracteriza os bens e
serviços comuns é a sua padronização, ou seja, a possibilidade de
substituição de uns por outros com o mesmo padrão de qualidade e
eficiência.
Pregão eletrônico: O pregão, na forma eletrônica, como
modalidade de licitação do tipo menor preço, realizar-se-á quando a
disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns for feita à
distância em sessão pública, por meio de sistema que promova a
comunicação pela internet. Decreto no 5.455/2005 art. 2º.

Fases do pregão

O pregão é composto de duas fases:

1ª) fase preparatória - interna (art. 3º);


2ª) fase externa (art. 4º).
Fase preparatória
TERMO DE REFERÊNCIA
 Elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com
indicação do objeto de forma precisa, suficiente e clara, vedadas
especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias,
limitem ou frustrem a competição ou sua realização.
Você sabia que o termo de referência é o documento que
deverá conter elementos capazes de propiciar avaliação do custo
pela administração diante de orçamento detalhado, definição dos
métodos, estratégia de suprimento, valor estimado em planilhas de
acordo com o preço de mercado, cronograma físico-financeiro, se
for o caso, critério de aceitação do objeto, deveres do contratado e
do contratante, procedimentos de fiscalização e gerenciamento do
contrato, prazo de execução e sanções, de forma clara, concisa e
objetiva?
 Aprovação do termo de referência pela autoridade competente.
 Apresentação de justificativa da necessidade da contratação (todos
os atos devem ser devidamente fundamentados e motivados).
Fase preparatória
Essa fase ocorre internamente, ou seja, dentro do órgão ou entidade.
 A autoridade competente (ex.: diretor administrativo do órgão) justificará
a necessidade de contratação e definirá o objeto do certame (o que será
adquirido), as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das
propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato,
inclusive com fixação dos prazos para fornecimento.
 A definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas
especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem
a competição.
 A autoridade competente designará em portaria, dentre os servidores do
órgão ou entidade, uma pessoa que será o “pregoeiro” e também uma
equipe de apoio. Eles ficarão responsáveis por receber, analisar e
classificar as propostas e os lances, entre outras atividades necessárias à
licitação, como a habilitação e adjudicação.
 A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores
ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração,
preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade
promotora do evento.
O pregão, modalidade de certame
Você sabe
licitatório que tem por objeto oportunizar a
quem pode
aquisição de bens comuns e a
ser
pregoeiro? contratação de serviços de igual natureza,
deve ser conduzido, por servidor
qualificado para o desempenho das
atribuições de pregoeiro.

Você sabia que somente poderá exercer a


função de pregoeiro o servidor ou o militar
que reúna qualificação profissional e perfil
adequados, aferidos pela autoridade
competente? Essa exigência está prevista
na Lei no 10.520/2002 Art. 10 §4º.

DECISÃO TCU: É necessária capacitação


específica para as atividades/função de
pregoeiro. Acórdão 1.968/2005.
Atribuições do pregoeiro
PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO ELETRÔNICO
(Decreto no 3.555/2000 Art. 9º) (Decreto no 5.450/2005 Art. 11º)
I - o credenciamento dos interessados I – coordenar o processo licitatório;

II - o recebimento dos envelopes das propostas de preços e II – receber, examinar e decidir as impugnações e consultas
da documentação de habilitação; ao edital, apoiado pelo setor responsável pela sua elaboração;

III – a abertura dos envelopes das propostas de preços, o seu III – conduzir a sessão pública na internet;
exame e a classificação dos proponentes;
IV – a condução dos procedimentos relativos aos lances e à IV – verificar a conformidade da proposta com os requisitos
escolha da proposta ou do lance de menor preço; estabelecidos no instrumento convocatório;

V – a adjudicação da proposta de menor preço; V – dirigir a etapa de lances;

VI – a elaboração de ata; VI – verificar e julgar as condições de habilitação;

VII – a condução dos trabalhos da equipe de apoio; VII – receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando
à autoridade competente quando mantiver sua decisão;
VIII – o recebimento, o exame e a decisão sobre recursos; e VIII – indicar o vencedor do certame;

IX – o encaminhamento do processo devidamente instruído, IX – adjudicar o objeto, quando não houver recurso;
após a adjudicação, à autoridade superior, visando a
homologação e a contratação.
X – conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e

XI – encaminhar o processo devidamente instruído à


autoridade superior e propor a homologação.
Você sabia que a
designação do
pregoeiro, a critério
da autoridade
competente, poderá
ocorrer para período
de um ano,
admitindo-se
reconduções, ou
para licitação
específica?
Fase externa
 Inicia-se com a convocação das pessoas interessadas em participar
do pregão. Esta fase será iniciada com a convocação dos interessados
por meio de publicação de aviso no Diário Oficial do respectivo ente.
Para a administração federal, as convocações dos interessados serão
efetuadas em função dos seguintes limites:

PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO ELETRÔNICO


(Decreto no 3.555/2000 Art. 9º) (Decreto no 5.450/2005 Art. 11º)
I) Para bens e serviços de valores estimados em até R$ I – até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais):
160.000,00 (cento e sessenta mil reais): a)Diário Oficial da União; e
a)Diário Oficial da União; e b)meio eletrônico, na internet;
b)meio eletrônico, na Internet II – acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil
II) Para bens e serviços de valores estimados acima de reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil
R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais) até R$ reais):
650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais): a)Diário Oficial da União;
a)Diário Oficial da União; b)meio eletrônico, na internet; e
b)meio eletrônico, na Internet; e c)jornal de grande circulação local;
c)jornal de grande circulação local. III – superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos
III) Para bens e serviços de valores estimados mil reais):
superiores a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta a)Diário Oficial da União;
mil reais) b)meio eletrônico, na internet; e
a)Diário Oficial da União; c)jornal de grande circulação regional ou nacional.
b)meio eletrônico, na Internet; e
c)jornal de grande circulação regional ou nacional.
 Cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposição de
qualquer pessoa para consulta e divulgadas também na internet.
 O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da
publicação do aviso, tem que ser de, no mínimo, 8 dias úteis.
 No dia, hora e local designados, será realizada uma sessão pública
para recebimento das propostas.
 Aberta a sessão, os interessados ou seus representantes apresentarão
declaração dando ciência de que cumprem plenamente os requisitos
de habilitação e entregarão os envelopes contendo a indicação do
objeto e do preço oferecidos.
 O pregoeiro e sua equipe de apoio irão imediatamente abrir as
propostas e verificar se elas estão de acordo com os requisitos
estabelecidos no instrumento convocatório.
 No curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das
ofertas com preços até 10% superiores àquela poderão fazer novos
lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor. Ex.: a
empresa “A” ofereceu vender a caneta por R$ 1,00; a empresa “B”
por R$ 1,05; a “C” por R$ 1,08; a “D” por R$ 1,10; a “E” por 1,20.
Logo, a empresa “E” está fora e as empresas “A”, “B”, “C” e “D”
poderão oferecer novos lances diminuindo o valor que haviam
oferecido.
 Não havendo pelo menos 3 ofertas nas condições definidas no item
anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo
de 3, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que
sejam os preços oferecidos.
 Para julgamento e classificação das propostas, será adotado o
critério de menor preço, desde que cumpridas as demais exigências
do edital.
 Encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro
irá abrir o invólucro (na prática, um envelope) contendo os
documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor
proposta para verificar se ele atende às condições fixadas no edital.
No quadro abaixo realizamos uma comparação da sessão pública em
cada situação.
Pregão Presencial Pregão Eletrônico
Sessão Pública Sessão pública com a presença Envio de informações à
de licitantes distância (via internet)
Abertura Credenciamento dos Os licitantes poderão
licitantes interessados em participar da sessão pública
participar na internet utilizando sua
chave de acesso e senha
Classificação das O pregoeiro procederá O pregoeiro verificará as
propostas abertura dos envelopes propostas, desclassificando
contendo as propostas de aquelas que não estejam em
preço e classificará o autor conformidade com os
da proposta de menor preço requisitos estabelecidos no
edital.
O licitante autor da menor proposta e os
Lances demais que apresentarem preços até 10%
Todos os licitantes, cujas
superiores a ela estão classificados para a propostas não foram
fase de lances. Caso não haja pelo menos
três licitantes que atendam essas condições,
desclassificadas, podem
deverão ser convocados para a fase os oferecer lances.
demais, obedecida a ordem de classificação
das propostas, até o máximo de três,
quaisquer que sejam os preços oferecidos.
Pregão Presencial Pregão Eletrônico
Autoria dos lances Os presentes na sessão É vedada a indicação dos
pública sabem quem são licitantes responsáveis
os autores das propostas pelos lances.
Ordem dos lances Os licitantes são Os licitantes podem
classificados, de forma oferecer lances sucessivos
sequencial e apresentam independente da ordem de
lances verbais, a partir do classificação.
autor da proposta de
maior preço e os demais
em ordem decrescente de
valor
Término da fase de lances Ocorre quando não Ocorre por decisão do
houver lances menores pregoeiro e o sistema
que o último ofertado. eletrônico encaminha
aviso de fechamento
iminente dos lances, após
o que transcorrerá período
de até 30 minutos,
aleatoriamente
determinado.
Pregão Presencial Pregão Eletrônico
Habilitação A documentação deverá Os documentos deverão
ser apresentada em ser enviados via fax após
envelope lacrado a solicitação do
pregoeiro, ou de acordo
com o encerramento da
fase, conforme as
cláusulas previstas no
edital.
Recurso A intenção do licitante de A intenção de recorrer
recorrer deve ser feita de pode ser realizada pelo
forma verbal, no final da licitante, de forma
sessão com registro em imediata e motivada, em
ata da síntese das razões. campo próprio no
sistema eletrônico,
Adjudicação A falta de manifestação A falta de manifestação
autoriza o pregoeiro a autoriza o pregoeiro a
adjudicar o item ao adjudicar o item ao
vencedor do certame vencedor do certame
Ponto de destaque:

 Repare que, no pregão, primeiro se define quem apresentou o


menor valor, e depois é que se analisa se essa pessoa está com toda
a documentação necessária.
 Esse é um ponto de destaque, porque nas outras modalidades de
licitação, primeiro são examinados os documentos de habilitação do
licitante e, somente se ele for habilitado, é que será analisada a sua
proposta.
 Desse modo, diz-se que no pregão há uma inversão de fases, já que
somente será analisada a documentação do licitante vencedor, o que
torna mais célere o procedimento.
 Verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o
licitante será declarado vencedor.
 Se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às
exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas
subsequentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de
classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que
atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor.
 Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar
imediata e motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será
concedido o prazo de 3 dias para apresentação das razões do
recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para
apresentar contrarrazões em igual número de dias, que começarão a
correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada
vista imediata dos autos.
Tenho que apresentar
amostra?
Desde que esteja previsto no
edital, deverá ser apresentada a
amostra do produto para que
passe por análise, entretanto, só
poderá ser solicitada amostra do
licitante classificado em primeiro
lugar, depois de encerrada a fase
de disputa de preço.
Na modalidade pregão, é vedada a
exigência de apresentação de
amostras antes da fase de lances,
devendo a obrigação ser imposta
somente ao licitante
provisoriamente classificado em
primeiro lugar. Acórdão
1634/2007 Plenário (Sumário)
 O acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos
insuscetíveis de aproveitamento.
 A falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará
a decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da
licitação pelo pregoeiro ao vencedor.
 Decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação
do objeto da licitação ao licitante vencedor.
 Homologada a licitação pela autoridade competente, o
adjudicatário será convocado para assinar o contrato no prazo
definido em edital.
 Ponto de destaque: no pregão, ao contrário das demais modalidades
de licitação, a adjudicação do objeto da licitação ao vencedor
ocorre antes da homologação do procedimento.
Lei 8.666/93: primeiro ocorre a homologação; depois a
adjudicação.
Pregão: primeiro ocorre a adjudicação; depois a homologação.
Outro ponto interessante no pregão é a possibilidade de o pregoeiro
adjudicar o objeto do certame ao vencedor da licitação. Isso só
ocorre quando no procedimento licitatório não houver a intenção de
recurso.
Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e
motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o
prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso,
ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar
contrarrazões em igual número de dias, que começarão a correr do
término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista
imediata dos autos. Lei no 10.520/2002, Art. 4º, inciso XVIII.
 Caso venha a ocorrer a intenção de recurso, será concedido o prazo
legal tanto para a manifestação como para a apresentação das
contrarrazões e o pregoeiro decidirá os recursos, que, após concluídos,
serão encaminhados para a autoridade competente realizar a
adjudicação do objeto do certame e a homologação do processo.
O que acontece se o licitante vencedor for
convocado dentro do prazo de validade da
sua proposta e não assinar o contrato?
Deverão ser tomadas duas providências:
1) O pregoeiro deverá examinar a oferta mais baixa subsequente e, se a
documentação desse licitante estiver completa, este será declarado o
novo vencedor, havendo nova adjudicação.
2) Instaurar processo administrativo para aplicar sanção ao licitante que
não assinou o contrato, nos termos do art. 7º.
CONDUTAS ILÍCITAS
Prevista no art. 7º, Lei 10.520/02.
São as seguintes condutas:
quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta,
não celebrar o contrato;
 deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para
o certame;
Dar causa ao retardamento da execução de seu objeto;
não mantiver a proposta;
falhar ou fraudar na execução do contrato
comportar-se de modo inidôneo
cometer fraude fiscal.
SANÇÕES
 ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito
Federal ou Municípios, pelo prazo de até 5 (cinco) anos e enquanto
subsistirem os motivos da apenação;
 será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de
fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4º desta Lei
 Ser-lhe-á aplicada as multas previstas em edital e no contrato.
Análise da sanção do art. 7º da Lei do
Pregão:
CONDUTAS PUNIÇÃO
O licitante que for convocado dentro O licitante que cometer uma das
do prazo de validade de sua proposta condutas previstas no quadro anterior
e: estará sujeito às seguintes sanções
• não celebrar o contrato, administrativas:
• deixar de entregar a documentação, a) ficará impedido de licitar e
• apresentar documentação falsa, contratar com a União, Estados,
• retardar a execução do que foi Distrito Federal ou Municípios;
contratado, b) será descredenciado no Sicaf, ou
• não mantiver a proposta, nos sistemas de cadastramento de
• falhar ou fraudar na execução do fornecedores;
contrato, c) pagará multa prevista no edital ou
• comportar-se de modo inidôneo, ou contrato.
• cometer fraude fiscal. Prazo da punição: até 5 anos.
 Esse prazo de 5 anos (ou menos) de punição começa a ser
contado quando? Inicia-se com a publicação da decisão no
Diário Oficial ou somente no dia em que é feito o registro
negativo sobre a empresa no SICAF? Isso é importante porque a
inserção dessa informação no SICAF pode demorar um tempo
para acontecer. Qual é, portanto, o termo inicial da sanção?
A data da publicação no Diário Oficial.

O termo inicial para efeito de contagem e detração


(abatimento) da penalidade prevista no art. 7º da Lei
10.520/2002, aplicada por órgão federal, coincide com a
data em que foi PUBLICADA a decisão administrativa no
Diário Oficial da União — e não com a do registro no
SICAF. STJ. 1ª Seção. MS 20.784-DF, Rel. Min. Sérgio
Kukina, Rel. para acórdão Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado
em 9/4/2014 (Info 561).
ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
DIRETORIA DE ENSINO
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR GONÇALVES DIAS

Curso de Elaboração de Processos Licitatórios


com ênfase na formação de Pregoeiros e
aplicação prática operacional das
ferramentas (SIGEF, SIAGEM, SACOP E
SIGA)

Instrutor: Ten Cel Adroaldo Rabelo Veloso


e-mail: cslpmma@gmail.com
Tel. 20168414

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