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CURSO SOBRE LICITAÇÕES E CONTRATOS P/ANALISTA DO BACEN

TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS


AULA 01 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA
_____________________________________________________________

AULA 01 - TEORIA
Princípios (continuação). Sigilo na
apresentação de propostas. Adjudicação
compulsória ao vencedor. Objeto da licitação.

1. PRINCÍPIOS (CONTINUAÇÃO)

Eis os princípios explícitos no art. 3o, caput, da LLC, comuns a qualquer


das modalidades licitatórias:
⇒ Legalidade/Procedimento formal;
⇒ Impessoalidade;
⇒ Moralidade;
⇒ Igualdade;
⇒ Publicidade;
⇒ Probidade Administrativa;
⇒ Vinculação ao Instrumento Convocatório (pode ser edital ou
carta convite);
⇒ Julgamento Objetivo.

LLC:
“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e
será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo
e dos que lhes são correlatos.”

1.1. LEGALIDADE/PROCEDIMENTO FORMAL

Já falamos sore esses princípios na Aula Demonstrativa!

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Mas, recordar, lembrem-se que o princípio do procedimento formal


(art. 4o, parágrafo único, da LLC) está ligado ao princípio da legalidade, já
que a Administração deve praticar os atos e as fases do procedimento
licitatório com a fiel observação das normas legais, sob pena de tornar o
processo licitatório passível de nulidade.
A realização de um ato licitatório sem a observação da lei constitui
violação a esses princípios, devendo ser apurada a responsabilidade do
servidor que lhe der causa.
Há alguma exceção para esses princípios?! Respondo novamente:
as formalidades consideradas desnecessárias, ou seja, que não
causem prejuízo efetivo aos licitantes devem ser desconsideradas, pois
constituirão mero formalismo. Nesse caso, a Administração poderá invocar o
princípio de que não há nulidade sem que haja prejuízo para as partes,
muito utilizado nos processos judiciais, o qual corresponde à expressão
francesa “pas de nullité sans grief” (“não existe nulidade sem prejuízo”). Muito
bem, se por acaso cair essa na prova, você já sabe que a nulidade pode ser
superada se não causar um prejuízo efetivo para os licitantes!
O controle da legalidade dos atos praticados com base na LLC estão
sujeitos a ampla fiscalização:
⇒ por qualquer licitante;
⇒ por qualquer contratado;
⇒ por qualquer pessoa física ou jurídica;
⇒ pelo Tribunal de Contas competente.

LLC:
“Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais
instrumentos regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas
competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos
interessados da Administração responsáveis pela demonstração da
legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da
Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.
§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica
poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes
do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação
desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.”

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1.2. IMPESSOALIDADE

Pelo princípio da impessoalidade, previsto no art. 37, caput, da CF, o


administrador não pode se afastar da finalidade principal dos atos previstos na
LLC: o atingimento do interesse público.
É fácil de gravar se entendermos que esse princípio está associado ao
princípio da finalidade. Se o administrador deixar de procurar o interesse
púbico, haverá desvio de finalidade.

CF:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (...)”.

1.3. MORALIDADE

O princípio da moralidade, também previsto no art. 37, caput, da CF,


impõe que o administrador haja, na condução dos atos da Administração, com
decoro, probidade, boa-fé, honestidade.

CF:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (...)”.

1.4. IGUALDADE ENTRE OS LICITANTES

Embora expressamente prevista no art. 3o, caput, da LLC, a igualdade de


tratamento dos licitantes no processo licitatório não é absoluta! Isso mesmo!
Vejamos o porquê: no Direito existe uma máxima que traduz esse princípio
como princípio da isonomia, que pressupõe o tratamento igual entre os
iguais, e o tratamento desigual entre os desiguais, na medida de sua
desigualdade.
Sobre esse aspectos, citamos situações especiais de preferência, como
critério de desempate:
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• Bens ou serviços: produzidos no País; produzidos ou prestados por


empresas brasileiras; ou produzidos ou prestados por empresas que
invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País
(falaremos com mais detalhes sobre esse assunto na próxima aula,
sobre o assunto de “margens de preferência”).
• “Empate virtual”: é aplicado em licitações com a participação de
microempresas e empresas de pequeno porte (MEs e EPPs).

LLC:
“Art. 3o ........................................................................................
..................................
§ 1o É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas
ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu
caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da
sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato,
ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no
8.248, de 23 de outubro de 1991;
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal,
trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras
e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local
de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências
internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o
da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
I - (Revogado pela Lei no 12.349, de 2010)
II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e
no desenvolvimento de tecnologia no País.”

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Dentre esses assuntos que falei agora, quero destacar que,


autorizadamente pela Constituição 1 , o Estatuto da ME e EPP (Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; LCP no 123), atribuiu
tratamento diferenciado e favorecido a licitantes que se enquadrem no
conceito de ME e EPP, inclusive na parte de licitações. Explano, no quadro a
seguir, sobre o funcionamento dessa margem de preferência.

ATENÇÃO: CRITÉRIO DE DESEMPATE para as MEs e EPPs no


desempate técnico!
Pelo Estatuto da ME e EPP, o enquadramento é feito de acordo com a
receita bruta do interessado:
• Microempresa (ME): deve ter receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00, sendo que, no caso de início de atividade no próprio
ano-calendário, esse limite será proporcional ao número de meses
em que houver exercido a atividade, inclusive as frações de meses.
• Empresa de pequeno porte (EPP): deve ter receita bruta
superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00
(idem, com relação ao início de atividades no próprio ano-
calendário).
O enquadramento ou o desenquadramento não pode prejudicar ou
alterar contratos em curso celebrados pela ME ou EPP (art. 3 o, § 3o,
da LCP no 123).
Muito bem! Agora, vamos conferir o que diz a LCP sobre esse critério
de desempate nas competições licitatórias! Alguns classificam as
situações como de “empate virtual”!
LCP no 123:
“Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate,
preferência de contratação para as microempresas e empresas de

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“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios:
................................................
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras
e que tenham sua sede e administração no País.”
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pequeno porte.
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas
apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam
iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem
classificada.
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no §
1o deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao
melhor preço.
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar,
ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma:
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada
poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada
vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o
objeto licitado;
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de
pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste artigo, serão
convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na
hipótese dos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem
classificatória, para o exercício do mesmo direito;
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas
microempresas e empresas de pequeno porte que se encontrem nos
intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei
Complementar, será realizado sorteio entre elas para que se identifique
aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.
§ 1o Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput
deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta
originalmente vencedora do certame.
§ 2o O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta
inicial não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de
pequeno porte.
§ 3o No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte
mais bem classificada será convocada para apresentar nova proposta no
prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos
lances, sob pena de preclusão.”

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1.5. PUBLICIDADE

Por esse princípio, os atos da licitação devem ser feitos de forma


aberta ao público, desde os avisos de abertura, conhecimento do edital e
anexos, exame da documentação e abertura de propostas dos interessados,
bem como o fornecimento de cópias de qualquer ato do processo licitatório.

LLC:
“Art. 3o ........................................................................................
..................................
§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao
público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das
propostas, até a respectiva abertura.
..................................
Art. 43. .........................................................................................
§ 1o A abertura dos envelopes contendo a documentação para
habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público
previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada
pelos licitantes presentes e pela Comissão.”
..................................
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para
um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a
100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c"
desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com
uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com
antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a
publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10
(dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a
publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as
informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações
simultâneas aquelas com objetos similares e com realização prevista
para intervalos não superiores a trinta dias e licitações sucessivas
aquelas em que, também com objetos similares, o edital subsequente
tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do contrato
resultante da licitação antecedente.”

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Audiência pública para licitações de grande vulto: o art. 39, da LLC,


que acabamos de nos referir, trata das licitações com valor estimado superior
a R$ 1.500.000.000,00 (um bilhão e quinhentos milhões de reais).
Uma questão importante: na conhecida obra “Direito Administrativo
Brasileiro”, inaugurada por HELY LOPES MEIRELLES (Malheiros Editores, SP, 37a
edição, 2010, página 288), defende-se que o julgamento das propostas pode
ser feito em recinto fechado, “sem a presença dos interessados, para que
os julgadores tenham a necessária tranquilidade na apreciação dos elementos
em exame e possa discutir livremente as questões a decidir.”
E, de acordo com a mesma doutrina, após as análises das propostas,
deve-se seguir para a divulgação do resultado (aplicação do princípio da
publicidade), visando propiciar aos interessados a interposição de recursos e
a adoção de medidas judiciais cabíveis.
Pessoal, quero frisar para vocês que a importância da publicidade no
processo licitatório é muito grande! Sem a publicidade correta, o processo
torna-se passível de nulidade!
Mas, ao mesmo tempo, quero esclarecer que o único momento de “portas
fechadas” seria o da reunião da comissão para discutir e julgar as propostas
internamente. Esclareço: depois dessa “discussão interna”, a comissão deverá
reabrir “as portas”, e aplicar seguimento ao processo licitatório, com a
necessária divulgação do julgamento das propostas.

1.6. PROBIDADE ADMINISTRATIVA

Na verdade, esse dever é comum a todos os administradores públicos,


para todos os níveis de atividade da Administração, de ser honesto e íntegro
na execução das atividades administrativas. Foi expressamente incluído no art.
3o, da LLC.
A violação desse princípio caracteriza a famosa improbidade
administrativa. Essa situação está prevista, inclusive, na Constituição, com a
previsão de uma série de sanções, na forma da lei!

CF:
“Art. 37. ........................................................................................
..................................
§ 4o Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos
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bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em


lei, sem prejuízo da ação penal cabível.”

1.7. VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO

O princípio da vinculação ao instrumento convocatório (edital ou


carta convite) está ligado ao princípio da legalidade, já que os atos e as
fases do procedimento licitatório devem obedecer fielmente às normas
previstas no edital ou no convite, que, por sua vez, não podem contrariar a
legislação, sob pena de contaminar o procedimento licitatório de vício de
nulidade.

ATENÇÃO: edital ≠≠≠


carta convite, mas ambos são instrumentos
convocatórios de licitações!
• Carta convite: utilizado na modalidade convite.
• Edital: utilizado em todas as demais modalidades licitatórias.

Tamanha é a importância do instrumento convocatório para a licitação,


que se criou a seguinte frase: “o edital é a lei interna do certame
licitatório”! No caso de convite, a importância é a mesma!

LLC:
“Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e
condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de
licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o
pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos
envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à
impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade
prevista no § 1o do art. 113.
§ 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de
licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o
segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de
habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas
em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as
falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal
comunicação não terá efeito de recurso.

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§ 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o


impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado
da decisão a ela pertinente.”

1.8. JULGAMENTO OBJETIVO

O julgamento das propostas deve obedecer aos critérios objetivamente


previstos no edital ou no convite. Com isso, é reduzida a margem de
julgamento subjetivo na licitação.

LLC:
“Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em
consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite,
os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por
esta Lei.
§ 1o É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator
sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que
indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.
§ 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no
edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo
perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais
licitantes.
........................................
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a
Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em
conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente
estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores
exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição
pelos licitantes e pelos órgãos de controle.”

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LICITAÇÃO:


⇒ LEGALIDADE;
⇒ IMPESSOALIDADE;
⇒ MORALIDADE;

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⇒ IGUALDADE;
⇒ PUBLICIDADE;
⇒ PROBIDADE ADMINISTRATIVA;
⇒ VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO; e
⇒ JULGAMENTO OBJETIVO.

2. SIGILO NA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS

Esse tipo de sigilo está ligado ao princípio da igualdade entre os


licitantes, já que estaria prejudicada a igualdade se algum dos licitantes
conhecesse com antecedência a proposta de outro concorrente. Se essa regra
for violada, pode ser anulado o processo licitatório, além de configurar a
prática do ilícito penal previsto no art. 94, da LLC.

LLC:
“Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento
licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.”

3. ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA AO VENCEDOR

Vejamos uma coisa: lembram-se como uma licitação termina? Ela se


encerra com a homologação e a adjudicação. Somente depois disso, é que
pode vir o contrato.
Então, vamos raciocinar sobre o assunto: pelo princípio da
adjudicação compulsória ao vencedor, o resultado da licitação corresponde a
um dever absoluto para a Administração de adjudicar com o vencedor da
licitação?! Isso mesmo!
Explico mais: por esse princípio, se a Administração for realmente
contratar o objeto licitado, não poderá contratar com outra pessoa senão com
o próprio vencedor do certame licitatório! Ou seja: o vencedor possui
direito à adjudicação, mas não ao contrato imediato!

LLC:
“Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância

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dos seguintes procedimentos:


I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à
habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;
II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes
inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha
havido recurso ou após sua denegação;
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes
habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso,
ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos
recursos interpostos;
IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do
edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou
fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do
sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente
registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das
propostas desconformes ou incompatíveis;
V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os
critérios de avaliação constantes do edital;
VI - deliberação da autoridade competente quanto à
homologação e adjudicação do objeto da licitação.”

ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA AO VENCEDOR: o vencedor possui


direito à adjudicação, mas não ao contrato imediato!

Turma! Convido vocês para ver como a LLC trata do objeto da licitação!

4. OBJETO DA LICITAÇÃO

Para compreender melhor o assunto, tenham em mente que o objeto da


licitação precisa ser bem delimitado no edital. Por quê?! Respondo:
caso contrário, será passível de nulidade, pois:
• dificultará a apresentação de propostas;
• comprometerá a lisura (boa-fé) do julgamento; e
• complicará a execução do futuro contrato.

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Outra pergunta-chave é: qualquer tipo de gasto ou alienação está


sujeita à LLC?! Respondo: negativo, pelo art. 2o, da LLC, as licitações devem
ser feitas para a realização de obras, serviços, inclusive de publicidade,
compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração
Pública, quando contratadas com terceiros.

LLC:
“Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras,
alienações, concessões, permissões e locações da Administração
Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e
qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e
particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de
vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada.”

Ainda quanto ao objeto, guardem os seguintes conceitos:


• Licitação por itens: o objeto é licitado em partes autônomas,
desde que seja viável e esteja previsto no edital, para atender ao
princípio da eficiência e da economicidade.
• Licitação por lote único: o objeto será indivisível na licitação,
desde que comprovadamente seja mais vantajoso para
Administração.
• Silêncio do edital: no silêncio, a licitação será por lote único
(objeto indivisível), caso em que as propostas parciais devem ser
desclassificadas.

LLC:
“Art. 23. ........................................................................................
.........................................
§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão
divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e
economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à
ampliação da competitividade sem perda da economia de escala.
§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens,
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parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto


de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação
distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto
em licitação.”

EM RESUMO:
• LICITAÇÃO POR ITENS: o objeto é licitado em partes
autônomas, desde que seja viável e esteja previsto no edital, para
atender ao princípio da eficiência e da economicidade.
• LICITAÇÃO POR LOTE ÚNICO: o objeto é indivisível na licitação.
• SILÊNCIO DO EDITAL: a licitação será por lote único, devendo
as propostas parciais ser desclassificadas.

Pessoal, vamos treinar a teoria apreendida hoje com exercícios?! Então,


vamos lá!

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Dever de licitar. Competência legislativa.
Procedimento vinculado e ato administrativo
formal. Tríplice finalidade. Princípios. Licitação
dispensada. Dispensa de Licitação.
Inexigibilidade de Licitação.

QUESTÃO 1: CESPE - 2011 - FUB - BIBLIOTECÁRIO DOCUMENTALISTA –


ESPECÍFICOS

( ) A obrigatoriedade de licitação é princípio expresso na Constituição


Federal de 1988.
Comentários:
Verdadeira. Para a Administração Pública em geral, o dever de licitar
como condição prévia para contratações de obras, serviços, compras e
alienações, é previsto no art. 37, inciso XXI, da CF.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 2: CESPE - 2007 - TCU - TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO

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( ) O conceito de licitação pública remete à ideia de disputa isonômica


entre as partes concorrentes ao fim da qual deve ser selecionada a proposta
mais vantajosa para a administração pública, com vistas à celebração de um
contrato administrativo.
Comentários:
Está correto o conceito, de acordo com a doutrina. Veja bem que a
isonomia e a vantajosidade para a Administração estão entre as finalidades da
licitação.

LLC:
“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa
para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os
princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos.”

Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 3: CESPE - 2004 - STM - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA

( ) Subordinam-se aos preceitos da Lei n.º 8.666/1993, além dos órgãos


da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal (DF) e pelos
municípios, excetuando-se apenas as sociedades de economia mista.
Comentários:
Errada. A questão afastou indevidamente as sociedades de economia
mista da abrangência da LLC.
Vejamos o que prevê a CF:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
..................................................

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XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,


compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes,
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações.”
Ao regular esse dispositivo constitucional, a LLC estabeleceu:
“Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade,
compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da
administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.“
Resposta: Falsa.

QUESTÃO 4: CESPE - 2009 - TRE-MA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA

Uma empresa pública abriu licitação para a compra de grande quantidade de


material permanente. A concorrente vencedora apresentou certidões falsas,
com a conivência do presidente da comissão de licitação. Contudo, a fraude
veio a ser descoberta por meio de denúncia. Diante desse quadro, o presidente
da empresa pública decidiu anular todo o processo licitatório.
Acerca dessa situação hipotética, avalie a opção correta.
a) A obrigatoriedade de que a administração realize licitação pública para
celebração de seus contratos não é um princípio constitucional.
b) Por estarem equiparadas às sociedades de economia mista, as empresas
públicas somente estão obrigadas a realizar compras mediante licitação se o
valor for superior a 3 milhões de reais.
c) Excetuando-se os casos de dispensa de licitação previstos em lei, as
empresas públicas são obrigadas a realizar licitações para aquisição de bens e
serviços. Já as sociedades de economia mista, por possuírem também capital

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privado, gozam de maior flexibilidade e agilidade, estando dispensadas desse


encargo.
Comentários:
Considerando a CF e a LLC, nenhuma dessas alternativas apontou a razão
correta para a anulação da licitação.
Dentre as irregularidades ocorridas nessa licitação, houve violação ao
princípio da legalidade e ao procedimento formal (a lei exige a apresentação de
certidões verdadeiras pelos licitantes) e ao dever de probidade do servidor
(dever legal imposto a todo agente público).
Alternativa “A”: errada. O dever de licitar é expressamente previsto no
art. 37, inciso XXI, da CF.
Alternativa “B”: errada. As empresas públicas e as sociedades de
economia mista estão sujeitas à LLC (art. 119). É ilegal e absurda a dispensa
de licitação para aquisições puramente em razão de valores milionários!

LLC:
“Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas e fundações
públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente
pela União e pelas entidades referidas no artigo anterior editarão
regulamentos próprios devidamente publicados, ficando sujeitas
às disposições desta Lei.
Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este artigo, no
âmbito da Administração Pública, após aprovados pela autoridade de
nível superior a que estiverem vinculados os respectivos órgãos,
sociedades e entidades, deverão ser publicados na imprensa oficial.”

Alternativa “C”: errada. A parte referente às empresas públicas está


correta. Mas é falsa em relação às sociedades de economia mista. Ambas estão
igualmente sujeitas ao dever de licitar!
Resposta: nenhuma das alternativas (NDA).

QUESTÃO 5: CESPE - 2008 - MPE-RO - PROMOTOR DE JUSTIÇA

( ) O estado de Rondônia editou uma lei disciplinando o sistema de


registro de preços. Nessa situação, a referida lei é inconstitucional, já que é de
competência privativa da União legislar acerca de licitações públicas.

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Comentários:
Falsa. A competência para legislar sobre licitações e contratos não é
exclusiva da União. Vejamos:
Novamente, um resumo das competências constitucionais para
licitações e contratos:

UNIÃO NORMAS GERAIS que servirão para todos os entes da


Federação.

ESTADOS NORMAS SUPLEMENTARES às normas gerais da União.


ESTADOS NORMAS ESPECÍFICAS, por delegação da União, que
deve ser feita por meio de lei complementar.

MUNICÍPIOS NORMAS SUPLEMENTARES às normas gerais da


União.
MUNICÍPIOS NORMAS SUPLEMENTARES às normas específicas do
Estado a que pertencer.

DISTRITO FEDERAL possui as mesmas competências para legislar


que os Estados e os Municípios. Na prática, em relação a licitações e
contratações, o Distrito Federal pode editar:
NORMAS SUPLEMENTARES às normas gerais da União.
NORMAS ESPECÍFICAS, por delegação da União, que deve ser feita
por meio de lei complementar.

Por outro lado, não há inconstitucionalidade porque a disposição estadual


sobre o sistema de registro de preços não ofendeu a norma geral de
competência da União, pelo contrário, ele atendeu ao art. 15, § 3o, da LLC, que
prevê a edição de regulamento, para atender as peculiaridades de cada
região do país.
Sistema de registro de preços: é o famoso “carona”, que é o
aproveitamento de uma licitação que já foi feita por outro órgão.

LLC:
“Art. 15. ........................................................................................
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.............................
§ 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por
decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes
condições:
I - seleção feita mediante concorrência;
II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços
registrados;
III - validade do registro não superior a um ano.”

Segundo a questão do CESPE, o Estado de Rondônia não editou decreto


para regulamentar a LLC, mas o fez por intermédio de uma lei.
Não obstante, está correta a edição dessa lei, já que os Estados
possuem competência constitucional para criar normas suplementares
de licitações e contratos por lei estadual (art. 24, § 2o, da CF).

CF:
“Art. 24. ........................................................................................
.............................
§ 3o A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados.”

Resposta: Falsa.

QUESTÃO 6: CESPE - 2011 - CORREIOS - ANALISTA DE CORREIOS -


ADMINISTRADOR

( ) Embora o princípio do formalismo não esteja expresso na Lei de


Licitações, todo procedimento licitatório se caracteriza pela formalidade e
solenidade; por essa razão, o desrespeito a esse princípio acarreta a nulidade
do certame devido a vício de forma.
Comentários:
Errado. O princípio do procedimento formal está previsto no art. 4o, da
LLC.

LLC:
“Art. 4o Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos

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ou entidades a que se refere o art. 1o têm direito público subjetivo à fiel


observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei,
podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde
que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos
trabalhos.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em
qualquer esfera da Administração Pública.”

Resposta: Falsa.

QUESTÃO 7: CESPE - 2005 - TRE-MA - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA

( ) As licitações destinam-se a garantir a observância do princípio


constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a
administração.
Comentários:
Correto. Está de acordo com a LLC, que diz: “Art. 3o A licitação destina-se
a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a
seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em
estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento
objetivo e dos que lhes são correlatos.”
Esclareço que o terceiro objetivo, grifado, “promoção do
desenvolvimento nacional sustentável”, não existia à época dessa prova,
pois somente foi introduzido na LLC pela Lei no 12.349, de 15 de dezembro de
2010.
Vamos recordar a tríplice finalidade da licitação:
a) garantir a observância do princípio constitucional da isonomia;
b) permitir a melhor contratação possível (vantajosidade para a
Administração);
c) a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
Resposta: Verdadeira.

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QUESTÃO 8: CESPE - 2006 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA

Assinale a opção em que todos os princípios explícitos citados estão


expressamente previstos na Lei de Licitações.
a) impessoalidade, igualdade e razoabilidade.
b) probidade administrativa, publicidade e eficiência.
c) vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo e moralidade.
d) vinculação ao instrumento convocatório, moralidade e razoabilidade.
Comentários:
Os princípios da razoabilidade e da eficiência não são expressos na LLC.

LLC:
“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e
será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo
e dos que lhes são correlatos.”

Resposta: alternativa “C”.

QUESTÃO 9: CESPE - 2011 - STM - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA - ESPECÍFICOS

( ) De acordo com a legislação brasileira, a licitação deve seguir,


obrigatoriamente, os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos.
Comentários:
Correto. Satisfaz à redação do art. 3o, caput, da LLC.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 10: CESPE - 2008 - STJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO - INFORMÁTICA

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( ) Fazem parte do conjunto de princípios básicos da licitação o da


impessoalidade, o da publicidade e o do julgamento subjetivo.
Comentários:
Alternativa “A”: errada. Os princípios da impessoalidade e o da publicidade
estão previstos no art. 3o, da LLC, mas o julgamento subjetivo está
equivocado.

LLC:
“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e
será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos.”

Para lembrar, o julgamento das propostas deve obedecer aos critérios


objetivamente previstos no edital ou no convite. Com isso, é reduzida a
margem de julgamento subjetivo na licitação.

LLC:
“Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em
consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite,
os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por
esta Lei.
§ 1o É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator
sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que
indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.
§ 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no
edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo
perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais
licitantes.
........................................
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a
Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em
conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente
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estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores


exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição
pelos licitantes e pelos órgãos de controle.”

Resposta: Falsa.

QUESTÃO 11: CESPE - 2009 - TCE-TO - TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO -


CONTABILIDADE

O descumprimento dos princípios da licitação descaracteriza o instituto e


invalida seu resultado seletivo. Quanto aos princípios da licitação, assinale a
opção correta.
a) Procedimento formal corresponde à obrigatoriedade de estrita obediência às
exigências formais, ainda que seu descumprimento não cause nenhum dano a
qualquer das partes.
b) Publicidade de seus atos significa exigência de julgamento em ato público e
com a presença dos interessados.
c) Igualdade entre os licitantes pressupõe que não haja requisitos mínimos à
participação no edital ou convite.
d) Vinculação ao edital significa que a administração, por interesse público,
pode modificar as condições do edital, no decorrer do processo licitatório,
mediante comunicação aos licitantes.
e) Adjudicação compulsória implica vedar à administração, uma vez concluído
o procedimento licitatório, a atribuição de seu objeto a quem não seja o
legítimo vencedor.
Comentários:
Alternativa “A”: errada. O princípio do procedimento formal está bem
próximo ao da legalidade (art. 4o, § único, da LLC). As formalidades
consideradas desnecessárias, ou seja, que não causem prejuízo efetivo
aos licitantes devem ser desconsideradas, pois constituirão mero
formalismo. Nesse caso, a Administração poderá invocar o princípio de que
não há nulidade sem que haja prejuízo para as partes, muito utilizado
nos processos judiciais, o qual corresponde à expressão francesa “pas de
nullité sans grief” (“não existe nulidade sem prejuízo”).
Logo: não se anula o ato se houver irregularidades formais
irrelevantes, que não causaram prejuízo a nenhuma das partes. Muito bem,

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se por acaso cair essa na prova, você já sabe que a nulidade pode ser
superada se não causar um prejuízo efetivo para os licitantes!
Alternativa “B”: errada. Na conhecida obra “Direito Administrativo
Brasileiro”, inaugurada por HELY LOPES MEIRELLES (Malheiros Editores, SP, 37a
edição, 2010, página 288), defende-se que o julgamento das propostas pode
ser feito em recinto fechado, “sem a presença dos interessados, para que
os julgadores tenham a necessária tranquilidade na apreciação dos elementos
em exame e possa discutir livremente as questões a decidir.”
E, de acordo com a mesma doutrina, após as análises das propostas,
deve-se seguir para a divulgação do resultado (aplicação do princípio da
publicidade), visando propiciar aos interessados a interposição de recursos e
a adoção de medidas judiciais cabíveis.
Fica ressaltado, portanto, que a importância da publicidade no processo
licitatório é muito grande! Pois, sem a publicidade correta, o processo torna-se
passível de nulidade! Mas, ao mesmo tempo, guardem que o único momento
de “portas fechadas” seria o da reunião da comissão para discutir e julgar as
propostas internamente. Esclareço: depois dessa “discussão interna”, a
comissão deverá reabrir “as portas”, e aplicar seguimento ao processo
licitatório, com a necessária divulgação do julgamento das propostas.
Alternativa “C”: errada. O princípio da igualdade não pode obrigar a
Administração a deixar de impor requisitos mínimos no edital ou convite. O
que não pode acontecer é o desrespeito das limitações impostas ao Poder
Público licitante que frustrem o caráter competitivo da licitação, nos termos do
art. 3o, § 1o, da LLC.

LLC:
“Art. 3o ........................................................................................
..................................
§ 1o É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas
ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu
caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da
sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato,
ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no
8.248, de 23 de outubro de 1991;

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II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal,


trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras
e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local
de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências
internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o
da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.”

Alternativa “D”: errada. O edital e o convite possuem força de “lei interna”


da licitação! Pela LLC: “Art. 41. A Administração não pode descumprir as
normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.”
Alternativa “E”: correta. Pelo princípio da adjudicação compulsória ao
vencedor, o resultado da licitação corresponde a um dever absoluto para a
Administração de adjudicar com o vencedor da licitação?! Isso mesmo!
Explico mais: por esse princípio, se a Administração for realmente contratar
o objeto licitado, não poderá contratar com outra pessoa senão com o próprio
vencedor do certame licitatório! Ou seja: o vencedor possui direito à
adjudicação, mas não ao contrato imediato!
Resposta: alternativa “E”.

QUESTÃO 12: CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ

Conforme o disposto no art. 3.º da Lei n.o 8.666/1993, a licitação destina-se a


garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a
proposta mais vantajosa para a administração. Com relação ao dever
constitucional de licitar e à possibilidade excepcional de não fazê-lo, assinale a
opção correta.
a) É dispensável a licitação para a aquisição de bem fornecido por uma única
empresa.
b) É necessária a licitação no caso de dação em pagamento.
c) É inexigível a licitação para a contratação de obra de pequeno valor.
d) Dispensa-se a licitação quando o prazo necessário à realização do
procedimento licitatório for incompatível com a urgência na execução do
contrato.
e) Nos casos de inexigibilidade de licitação, há possibilidade de competição
entre particulares.
Comentários:

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Alternativa “A”: errado. Essa hipótese é de inexigibilidade de licitação


(art. 25, inciso I, da LLC), e não de dispensa. Se não há outro fornecedor,
haverá exclusividade no fornecimento!
Alternativa “B”: errado. A dação de imóvel em pagamento é causa de
licitação dispensada (art. 17, inciso I, alínea “a”, da LLC). Vamos aproveitar
para relembrar as diferenças básicas sobre a licitação dispensada, dispensa e
inexigibilidade de licitação:

LICITAÇÃO DISPENSADA: a Administração deve deixar de realizar a


licitação!

LICITAÇÃO DISPENSÁVEL: a Administração pode deixar de realizar a


licitação!

LICITAÇÃO INEXIGÍVEL: a licitação é inviável!

Alternativa “C”: errada. A contratação de obra de pequeno valor é causa


de dispensa de licitação (art. 24, inciso I, da LLC), e não de inexigibilidade.
Alternativa “D”: correta. Essa é causa de dispensa de licitação, também
chamada de contrato emergencial, prevista no art. 24, da LLC: “IV - nos
casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros
bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de
obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;”.
Alternativa “E”: Nos casos de inexigibilidade de licitação, não há
possibilidade de competição entre particulares, de acordo com o art. 25, da
LLC: “Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de
competição, (...).”
Resposta: Alternativa “D”.

QUESTÃO 13: CESPE - 2010 - TRE-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA

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( ) A legislação de regência admite a dispensa de licitação na hipótese de


contratação realizada por sociedade de economia mista, com suas subsidiárias
ou controladas, para a aquisição de bens, com a exigência de que seja
observada a compatibilidade do preço contratado com o praticado no mercado.
Comentários:
Correta. É o que diz o art. 24, inciso XXIII, da LLC”: XXIII – na
contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista
com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens,
prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;”.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 14: UNIRIO - 2009 - UNIRIO - ADMINISTRADOR

Dispensada, como procedimento licitatório, é apropriado para alienar bens


móveis da União, previsto na Lei nº 8.666/93, no seguinte caso:
a) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da
Administração Pública.
b) doação, para fins residenciais de classe média.
c) pregão ou convite.
d) venda de ativos em ouro do Banco Bradesco S/A.
e) venda de vinhos da Embrapa, exclusivamente para o Itamarati (MRE).
Comentários:
Trata-se a alternativa “A”, que descreve a permuta de bens entre órgãos
ou entidades da Administração, de dispensa de licitação prevista no art. 17,
inciso II, alínea “b”, da LLC: “Art. 17. A alienação de bens da Administração
Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado,
será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: (...) II - quando
móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos
seguintes casos: (...); b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou
entidades da Administração Pública;”.
Resposta: Alternativa “A”.

QUESTÃO 15: CESPE - 2011 - CORREIOS - ANALISTA DE CORREIOS - CONTADOR

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( ) De acordo com a lei, é dispensada a licitação para a prestação de


serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno por órgãos
ou entidades que, criados para esse fim específico, integrem a administração
pública.
Comentários:
Errada. É a hipótese dispensa de licitação prevista no art. 24, inciso
XVI, da LLC, portanto, não é caso de licitação dispensada: “Art. 24. É
dispensável a licitação: (...); XVI - para a impressão dos diários oficiais, de
formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas
oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa
jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que
integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;”.
Resposta: Falsa.

QUESTÃO 16: CESPE - 2009 - AGU - ADVOGADO

( ) As hipóteses de dispensa de licitação previstas na Lei n.º 8.666, de 21


de junho de 1993, são taxativas, não comportando ampliação, segundo
entendimento de Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Já em relação à inexigibilidade,
a referida lei não prevê um numerus clausus. No caso de doação com encargo,
estabelece o mencionado diploma legal que deverá a administração pública
realizar licitação, dispensada no caso de interesse público devidamente
justificado..
Comentários:
Todas as hipóteses de dispensa de licitação estão previstas nos incisos I
a XXXI do art. 24, da LLC. Logo, trata-se de um rol taxativo (“numerus
clausus”)!
Já as situações de inexigibilidade de licitação previstas nos incisos I a
III do art. 25, da LLC, são meramente exemplificativas (“numerus
apertus”): “Art. 25.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 17: ESAF - 2006 - CGU - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - ÁREA -


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - PROVA 2

Na hipótese da contratação direta, com dispensa de licitação, em razão de


situação de emergência ou de calamidade pública, o contrato decorrente

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a) tem prazo máximo de duração de 360 dias.


b) tem prazo máximo de duração de 120 dias, vedada a sua prorrogação.
c) tem prazo máximo de duração de 180 dias, permitida uma única
prorrogação.
d) tem prazo máximo de duração de 180 dias, vedada a sua prorrogação.
e) tem prazo máximo de 360 dias, podendo ser prorrogado se persistir a
situação de emergência.
Comentários:
Correta. Esse é o caso de contratação emergencial, que poderá ter
duração máxima de 180 dias, ininterruptos e improrrogáveis, de acordo com o
art. 24, da LLC: “IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública,
quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens
necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as
parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de
180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência
da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos
contratos;”
Sobre o assunto, vejam só:
⇒ Urgência: deve ser demonstrada uma situação que não possa
aguardar a demora dos trâmites de uma licitação.
⇒ Interesse público: situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros
bens, públicos ou particulares.
⇒ Prazo máximo do contrato emergencial: 180 dias, consecutivos e
ininterruptos, vedada a prorrogação contratual.
⇒ Inércia na adoção tempestiva de medidas para licitar: o Tribunal
de Contas da União (TCU) não tem aceito dispensa nos casos de inércia em
licitar anteriormente à dispensa, diante da comprovada preexistência da
necessidade administrativa.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 18: CESPE - 2009 - TCU - TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
AULA 01 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA
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ADMINISTRATIVA

( ) Se, na comemoração do centenário de determinada instituição da


administração pública federal, o responsável pela instituição e pela celebração
da data promover a contratação direta, com dispensa de licitação, de serviços,
justificando a situação emergencial, tal contratação afrontará a lei em exame,
pois a situação descrita não é passível de contratação emergencial sem
licitação.
Comentários:
Correta. Como falamos sobre a questão anterior, a falha na
programação da Administração não tem sido admitida como justificativa para
a contratação emergencial do art. 24, inciso IV, da LLC. A inércia é evidente
nesse caso, uma vez que o aniversário da cidade é uma data prevista, o que
propicia a providência da licitação com a devida antecedência.
Por essas razões, a banca CESPE apontou como verdadeira a afirmação.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 19: FCC - 2006 - TRT-24R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA

Sobre as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação, é correto afimar:


a) É dispensável a licitação quando houver inviabilidade jurídica de se instaurar
competição entre eventuais interessados no objeto do certame.
b) A União discricionariamente decidirá sobre a dispensa de licitação quando
pretender vender um imóvel de sua propriedade a uma autarquia federal.
c) Para a aquisição de bens necessários ao atendimento de determinada
situação emergencial, o Poder Público poderá dispensar o procedimento
licitatório.
d) Na licitação deserta verifica-se a inviabilidade de competição ante a
inabilitação de todos os concorrentes.
e) É inexigível a licitação para a contratação de empresa de notória
especialização, prestadora de serviços de publicidade, de natureza singular.
Comentários:
Alternativa “A”: errada. Essa é causa de inexigibilidade de licitação (art.
25, da LLC), e não de dispensa.

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Alternativa “B”: errada. As licitações dispensadas são vinculadas, não


deixando possibilidade para o administrador fazer licitação (art. 17, inciso I,
alínea “e”, da LLC).
Alternativa “C”: correta. Essa é a possibilidade de contrato emergencial
(art. 24, inciso IV, da LLC).
Alternativa “D”: errada. A licitação fracassada ocorre quando todos os
licitantes são inabilitados ou suas propostas são desclassificadas. Nesse caso,
pode-se reabrir a possibilidade de apresentação de documento ou de nova
proposta, de acordo com o art. 48, § 3o, da LLC. Não se trata, portanto, de
inexigibilidade de licitação.

ATENÇÃO: licitação deserta ≠≠≠


licitação fracassada!
Licitação deserta: nesse caso, é admissível a dispensa de
licitação (art. 24, inciso V, da LLC)!
Licitação fracassada: gera a necessidade de abertura de prazo
para apresentação de documentação (em caso de inabilitação de
todos os licitantes) ou nova proposta (em caso de
desclassificação de todas as propostas).
LLC:
“Art. 48. ........................................................................................
................................................
§ 3o Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as
propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos
licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova
documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas
neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para
três dias úteis.”

Alternativa “E”: errada, porque o art. 25, inciso II, da LLC, vedou a
contratação por inexigibilidade de licitação de serviços de publicidade e
divulgação: “Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de
competição, em especial: (...); II - para a contratação de serviços técnicos
enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou
empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;”
Resposta: alternativa “C”.

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QUESTÃO 20: FCC - 2002 - TRE-CE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA

Quando todos os licitantes forem inabilitados em uma licitação,


a) a Administração poderá conceder prazo a todos os licitantes para que
apresentem nova documentação.
b) a Administração poderá afastar algumas exigências do edital que não
tenham sido atendidas, habilitando os licitantes.
c) essa licitação deverá ser revogada pela Administração, considerando-se
deserta.
d) essa licitação deverá ser anulada pela Administração, considerando-se
deserta.
e) essa licitação deverá ser revogada pela Administração, considerando-se
fracassada.
Comentários:
A opção do administrador está no art. 48, da LLC: “§ 3o Quando todos
os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem
desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito
dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas
escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a
redução deste prazo para três dias úteis.”

ATENÇÃO: a Administração poderá revogar a licitação se o


licitante vencedor desistir de assinar o contrato!
Nesse caso, não houve início de execução, pois o contrato não
foi assinado.
A Administração pode tomar duas decisões:
• convocar os remanescentes, na ordem de
classificação para assinar o contratos nas mesmas
condições propostas pelo licitante vencedor; ou
• revogar a licitação.
LLC:
“Art. 64. ...................................................................................
................................................

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§ 2o É facultado à Administração, quando o convocado não


assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento
equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os
licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-
lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo
primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de
conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação
independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei.”

Resposta: Alternativa “A”.

QUESTÃO 21: CESPE - 2009 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - 3 - PRIMEIRA


FASE (JAN/2010)

Assinale a opção correta quanto às hipóteses legais de dispensa de licitação.


a) É possível a contratação direta nas hipóteses de licitação deserta e de
licitação fracassada.
b) Admite-se dispensa de licitação na contratação de remanescente de obra,
serviço ou fornecimento, em decorrência de rescisão contratual, uma vez
atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas
condições oferecidas pelo licitante vencedor.
c) Configura hipótese de dispensa de licitação a aquisição, pela União, estados,
DF e municípios, de determinados produtos, com a finalidade de normalizar o
abastecimento.
d) Constitui hipótese de dispensa de licitação a contratação de profissional de
qualquer setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou
pela opinião pública.
Comentários:
Alternativa “A”: A contratação direta por licitação deserta (sem
licitantes) é possível, à luz do art. 24, inciso V, da LLC. Mas, a licitação
fracassada (todos os licitantes foram inabilitados ou suas propostas foram
desclassificadas) não gera dispensa de licitação (art. 48, § 3o, da LLC).
Alternativa “B”: correta. Trata-se da dispensa licitatória para contratação
de remanescente de obra prevista no art. 24, inciso XI, da LLC: “XI - na
contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em
consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de

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classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas


pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido”.
Alternativa “C”: errada. A hipótese de dispensa do art. 24, inciso VI, da
LLC, é exclusiva para a União: “VI - quando a União tiver que intervir no
domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento”.
Alternativa “D”: errada. Esse caso é inexigibilidade, e não de dispensa, de
acordo com a LLC: “Art. 25. É inexigível a licitação quando houver
inviabilidade de competição, em especial: (...); III - para contratação de
profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
pública.”

DICA: caso estiver com alguma dificuldade para guardar a


matéria, procure memorizar, em primeiro lugar, as hipóteses de
inexigibilidade! Após, fixem bem as demais situações de licitações
dispensadas, depois as de dispensa de licitação! Faça esse
exercício!
LLC:
“Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de
competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam
ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de
exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de
registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou
o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda,
pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta
Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado
pela crítica especializada ou pela opinião pública.”

Resposta: Alternativa “B”.

QUESTÃO 22: FGV - 2008 - SENADO FEDERAL - ADMINISTRADOR

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( ) Pode ser dispensada a licitação para a contratação de serviços que se


destinem a atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras
voltadas a operações de paz no exterior.
Comentários:
Correta. É caso de dispensa de licitação, de acordo com o art. 24, da
LLC: “XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos
contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em
operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e
à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da
Força”.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 23: FGV - 2008 - SENADO FEDERAL - ADMINISTRADOR

( ) Todas as hipóteses de inexigibilidade de licitação, sem exceção, devem


ser devidamente justificadas e comunicadas à autoridade superior competente
dentro de 3 (três) dias, para ratificação e publicação na imprensa oficial no
prazo de 5 (cinco) dias.
Comentários:
Correta. Esse procedimento está de acordo com o art. 26, da LLC.
Isso também se aplica para as hipóteses de dispensa de licitação
previstas no art. 24, incisos III ao XXXI, da LLC, e para os casos de
retardamento na execução de obra ou serviço de que trata o art. 8o,
parágrafo único, da LLC.

LLC:
“Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III
e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art.
25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do
parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro
de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e
publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como
condição para a eficácia dos atos.
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de
retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber,
com os seguintes elementos:
I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que
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justifique a dispensa, quando for o caso;


II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
III - justificativa do preço.
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os
bens serão alocados.”

LLC:
“Art. 8o A execução das obras e dos serviços deve programar-se,
sempre, em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e
considerados os prazos de sua execução.
Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado da execução
de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se existente previsão
orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira ou
comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho
circunstanciado da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei.”

Para memorizar, como condição de eficácia desses tipos de ato deve ser
previamente observado o procedimento descrito no quadros abaixo:

COMUNICAÇÃO À AUTORIDADE SUPERIOR: prazo de 3 dias!

RATIFICAÇÃO DA AUTORIDADE SUPERIOR + PUBLICAÇÃO: prazo


de 5 dias!

Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 24: CESPE - 2011 - TRE-ES - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA - ESPECÍFICOS

( ) É dispensável a licitação caso haja possibilidade de comprometimento


da segurança nacional nos casos estabelecidos em decreto do presidente da
República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional.
Comentários:
Correta. Esse caso é de dispensa de licitação, e está previsto no art. 24,
da LLC: “IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança

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nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República,


ouvido o Conselho de Defesa Nacional”.
Não pode esquecer que o Conselho de Defesa Nacional deve ser
ouvido.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 25: CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ

De acordo com a Lei n.º 8.666/1993, assinale a opção correta.


a) Será inexigível a licitação quando não acudirem interessados à licitação
anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
administração, mantidas, nesse caso, todas as condições preestabelecidas.
b) É inexigível a licitação nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.
c) Será dispensável a licitação para as compras de material de uso pessoal e
administrativo pelas Forças Armadas, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais,
aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto.
Comentários:
Alternativa “A”: errada. Esse caso é de dispensa de licitação, e não de
inexigibilidade, de acordo com o art. 24, da LLC: “V - quando não acudirem
interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser
repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as
condições preestabelecidas”.
Alternativa “B”: errada. Esse caso é de dispensa de licitação, e não de
inexigibilidade, de acordo com o art. 24, da LLC: “III - nos casos de guerra ou
grave perturbação da ordem”.
Alternativa “C”: errada. A situação não é exatamente de dispensa, pois
não cabe a dispensa para materiais de uso pessoal e administrativo, conforme
o art. 24, da LLC: “XIX - para as compras de material de uso pelas Forças
Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo,
quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura
de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de
comissão instituída por decreto”.
Resposta: “NDA”.

QUESTÃO 26: CESPE - 2009 - TCE-ES - PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS

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As hipóteses de licitação dispensável não incluem


a) a aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos
contingentes militares das forças singulares brasileiras empregadas em
operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e
à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo comandante da força.
b) o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no país, que
envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional,
mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade
máxima do órgão.
c) a contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos
sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta
seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder
público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
d) a contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica com
concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação
específica.
e) a aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que possam ser
fornecidos somente por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo.
Comentários:
Alternativa “A”: é hipótese de dispensa de licitação prevista no art. 24,
da LLC: “XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender
aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em
operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e
à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da
Força”.
Alternativa “B”: é hipótese de dispensa de licitação prevista no art. 24,
da LLC: “XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade
tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente
designada pela autoridade máxima do órgão”.
Alternativa “C”: é hipótese de dispensa de licitação prevista no art. 24,
da LLC: “XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização
de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema

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de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas


exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder
público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública”.
Alternativa “D”: é hipótese de dispensa de licitação prevista no art. 24,
da LLC: “XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia
elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado,
segundo as normas da legislação específica”.
Alternativa “E”: é hipótese de inexigibilidade de licitação prevista no
art. 25, da LLC: “Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade
de competição, em especial: I - para aquisição de materiais,
equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor,
empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado
fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a
licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação
Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;”.
Resposta: Alternativa “E”.

QUESTÃO 27: CESPE - 2011 - STM - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRAÇÃO –


ESPECÍFICOS

( ) Configura-se situação de inexigibilidade de licitação a contratação


realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas
subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou
obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado.
Comentários:
Errada. Não se trata de inexigibilidade de licitação, pois o enunciado
descreveu situação fática que justifica a dispensa de licitação prevista no
art. 24, da LLC: “XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou
sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a
aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que
o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado”.
Resposta: Falsa.

QUESTÃO 28: CESPE - 2012 - TC-DF - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO

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( ) Se a administração pública contratar um jurista de renome para emitir


parecer a respeito de caso único e complexo, tal fato caracterizará uma
situação típica de dispensa da licitação.
Comentários:
Alternativa “A”: errada. Trata-se de inexigibilidade de licitação e não
de dispensa (art. 25, inciso II, combinado com o art. 13, inciso II, da LLC).
Notem bem que não basta ser profissional especializado (art. 13, da LLC),
deve possuir notória especialização (art. 25, § 1o, da LLC).

LLC:
“Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos
profissionais especializados os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou
tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
...................................
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de
competição, em especial:
..................................
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13
desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de
publicidade e divulgação;
...................................
§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa
cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho
anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento,
equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades,

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permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais


adequado à plena satisfação do objeto do contrato.”

Resposta: Falsa.

AULA 01 - EXERCÍCIOS REPETIDOS


Dever de licitar. Competência legislativa.
Procedimento vinculado e ato administrativo
formal. Tríplice finalidade. Princípios. Licitação
dispensada. Dispensa de Licitação.
Inexigibilidade de Licitação.

QUESTÃO 1: CESPE - 2011 - FUB - BIBLIOTECÁRIO DOCUMENTALISTA –


ESPECÍFICOS

( ) A obrigatoriedade de licitação é princípio expresso na Constituição


Federal de 1988.

QUESTÃO 2: CESPE - 2007 - TCU - TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO

( ) O conceito de licitação pública remete à ideia de disputa isonômica


entre as partes concorrentes ao fim da qual deve ser selecionada a proposta
mais vantajosa para a administração pública, com vistas à celebração de um
contrato administrativo.

QUESTÃO 3: CESPE - 2004 - STM - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA

( ) Subordinam-se aos preceitos da Lei n.º 8.666/1993, além dos órgãos


da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal (DF) e pelos
municípios, excetuando-se apenas as sociedades de economia mista.

QUESTÃO 4: CESPE - 2009 - TRE-MA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA

Uma empresa pública abriu licitação para a compra de grande quantidade de


material permanente. A concorrente vencedora apresentou certidões falsas,
com a conivência do presidente da comissão de licitação. Contudo, a fraude

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veio a ser descoberta por meio de denúncia. Diante desse quadro, o presidente
da empresa pública decidiu anular todo o processo licitatório.
Acerca dessa situação hipotética, avalie a opção correta.
a) A obrigatoriedade de que a administração realize licitação pública para
celebração de seus contratos não é um princípio constitucional.
b) Por estarem equiparadas às sociedades de economia mista, as empresas
públicas somente estão obrigadas a realizar compras mediante licitação se o
valor for superior a 3 milhões de reais.
c) Excetuando-se os casos de dispensa de licitação previstos em lei, as
empresas públicas são obrigadas a realizar licitações para aquisição de bens e
serviços. Já as sociedades de economia mista, por possuírem também capital
privado, gozam de maior flexibilidade e agilidade, estando dispensadas desse
encargo.

QUESTÃO 5: CESPE - 2008 - MPE-RO - PROMOTOR DE JUSTIÇA

( ) O estado de Rondônia editou uma lei disciplinando o sistema de


registro de preços. Nessa situação, a referida lei é inconstitucional, já que é de
competência privativa da União legislar acerca de licitações públicas.

QUESTÃO 6: CESPE - 2011 - CORREIOS - ANALISTA DE CORREIOS -


ADMINISTRADOR

( ) Embora o princípio do formalismo não esteja expresso na Lei de


Licitações, todo procedimento licitatório se caracteriza pela formalidade e
solenidade; por essa razão, o desrespeito a esse princípio acarreta a nulidade
do certame devido a vício de forma.

QUESTÃO 7: CESPE - 2005 - TRE-MA - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA

( ) As licitações destinam-se a garantir a observância do princípio


constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a
administração.

QUESTÃO 8: CESPE - 2006 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA

Assinale a opção em que todos os princípios explícitos citados estão


expressamente previstos na Lei de Licitações.

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a) impessoalidade, igualdade e razoabilidade.


b) probidade administrativa, publicidade e eficiência.
c) vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo e moralidade.
d) vinculação ao instrumento convocatório, moralidade e razoabilidade.

QUESTÃO 9: CESPE - 2011 - STM - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA - ESPECÍFICOS

( ) De acordo com a legislação brasileira, a licitação deve seguir,


obrigatoriamente, os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos.

QUESTÃO 10: CESPE - 2008 - STJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO - INFORMÁTICA

( ) Fazem parte do conjunto de princípios básicos da licitação o da


impessoalidade, o da publicidade e o do julgamento subjetivo.

QUESTÃO 11: CESPE - 2009 - TCE-TO - TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO -


CONTABILIDADE

O descumprimento dos princípios da licitação descaracteriza o instituto e


invalida seu resultado seletivo. Quanto aos princípios da licitação, assinale a
opção correta.
a) Procedimento formal corresponde à obrigatoriedade de estrita obediência às
exigências formais, ainda que seu descumprimento não cause nenhum dano a
qualquer das partes.
b) Publicidade de seus atos significa exigência de julgamento em ato público e
com a presença dos interessados.
c) Igualdade entre os licitantes pressupõe que não haja requisitos mínimos à
participação no edital ou convite.
d) Vinculação ao edital significa que a administração, por interesse público,
pode modificar as condições do edital, no decorrer do processo licitatório,
mediante comunicação aos licitantes.
e) Adjudicação compulsória implica vedar à administração, uma vez concluído
o procedimento licitatório, a atribuição de seu objeto a quem não seja o
legítimo vencedor.
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QUESTÃO 12: CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ

Conforme o disposto no art. 3.º da Lei n.o 8.666/1993, a licitação destina-se a


garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a
proposta mais vantajosa para a administração. Com relação ao dever
constitucional de licitar e à possibilidade excepcional de não fazê-lo, assinale a
opção correta.
a) É dispensável a licitação para a aquisição de bem fornecido por uma única
empresa.
b) É necessária a licitação no caso de dação em pagamento.
c) É inexigível a licitação para a contratação de obra de pequeno valor.
d) Dispensa-se a licitação quando o prazo necessário à realização do
procedimento licitatório for incompatível com a urgência na execução do
contrato.
e) Nos casos de inexigibilidade de licitação, há possibilidade de competição
entre particulares.

QUESTÃO 13: CESPE - 2010 - TRE-BA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA

( ) A legislação de regência admite a dispensa de licitação na hipótese de


contratação realizada por sociedade de economia mista, com suas subsidiárias
ou controladas, para a aquisição de bens, com a exigência de que seja
observada a compatibilidade do preço contratado com o praticado no mercado.
Comentários:
Correta. É o que diz o art. 24, inciso XXIII, da LLC”: XXIII – na
contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista
com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens,
prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;”.
Resposta: Verdadeira.

QUESTÃO 14: UNIRIO - 2009 - UNIRIO - ADMINISTRADOR

Dispensada, como procedimento licitatório, é apropriado para alienar bens


móveis da União, previsto na Lei nº 8.666/93, no seguinte caso:

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a) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da


Administração Pública.
b) doação, para fins residenciais de classe média.
c) pregão ou convite.
d) venda de ativos em ouro do Banco Bradesco S/A.
e) venda de vinhos da Embrapa, exclusivamente para o Itamarati (MRE).

QUESTÃO 15: CESPE - 2011 - CORREIOS - ANALISTA DE CORREIOS - CONTADOR

( ) De acordo com a lei, é dispensada a licitação para a prestação de


serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno por órgãos
ou entidades que, criados para esse fim específico, integrem a administração
pública.

QUESTÃO 16: CESPE - 2009 - AGU - ADVOGADO

( ) As hipóteses de dispensa de licitação previstas na Lei n.º 8.666, de 21


de junho de 1993, são taxativas, não comportando ampliação, segundo
entendimento de Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Já em relação à inexigibilidade,
a referida lei não prevê um numerus clausus. No caso de doação com encargo,
estabelece o mencionado diploma legal que deverá a administração pública
realizar licitação, dispensada no caso de interesse público devidamente
justificado..

QUESTÃO 17: ESAF - 2006 - CGU - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - ÁREA -


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - PROVA 2

Na hipótese da contratação direta, com dispensa de licitação, em razão de


situação de emergência ou de calamidade pública, o contrato decorrente
a) tem prazo máximo de duração de 360 dias.
b) tem prazo máximo de duração de 120 dias, vedada a sua prorrogação.
c) tem prazo máximo de duração de 180 dias, permitida uma única
prorrogação.
d) tem prazo máximo de duração de 180 dias, vedada a sua prorrogação.
e) tem prazo máximo de 360 dias, podendo ser prorrogado se persistir a
situação de emergência.

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QUESTÃO 18: CESPE - 2009 - TCU - TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA


ADMINISTRATIVA

( ) Se, na comemoração do centenário de determinada instituição da


administração pública federal, o responsável pela instituição e pela celebração
da data promover a contratação direta, com dispensa de licitação, de serviços,
justificando a situação emergencial, tal contratação afrontará a lei em exame,
pois a situação descrita não é passível de contratação emergencial sem
licitação.

QUESTÃO 19: FCC - 2006 - TRT-24R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA

Sobre as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação, é correto afimar:


a) É dispensável a licitação quando houver inviabilidade jurídica de se instaurar
competição entre eventuais interessados no objeto do certame.
b) A União discricionariamente decidirá sobre a dispensa de licitação quando
pretender vender um imóvel de sua propriedade a uma autarquia federal.
c) Para a aquisição de bens necessários ao atendimento de determinada
situação emergencial, o Poder Público poderá dispensar o procedimento
licitatório.
d) Na licitação deserta verifica-se a inviabilidade de competição ante a
inabilitação de todos os concorrentes.
e) É inexigível a licitação para a contratação de empresa de notória
especialização, prestadora de serviços de publicidade, de natureza singular.

QUESTÃO 20: FCC - 2002 - TRE-CE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA

Quando todos os licitantes forem inabilitados em uma licitação,


a) a Administração poderá conceder prazo a todos os licitantes para que
apresentem nova documentação.
b) a Administração poderá afastar algumas exigências do edital que não
tenham sido atendidas, habilitando os licitantes.
c) essa licitação deverá ser revogada pela Administração, considerando-se
deserta.
d) essa licitação deverá ser anulada pela Administração, considerando-se
deserta.
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e) essa licitação deverá ser revogada pela Administração, considerando-se


fracassada.

QUESTÃO 21: CESPE - 2009 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - 3 - PRIMEIRA


FASE (JAN/2010)

Assinale a opção correta quanto às hipóteses legais de dispensa de licitação.


a) É possível a contratação direta nas hipóteses de licitação deserta e de
licitação fracassada.
b) Admite-se dispensa de licitação na contratação de remanescente de obra,
serviço ou fornecimento, em decorrência de rescisão contratual, uma vez
atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas
condições oferecidas pelo licitante vencedor.
c) Configura hipótese de dispensa de licitação a aquisição, pela União, estados,
DF e municípios, de determinados produtos, com a finalidade de normalizar o
abastecimento.
d) Constitui hipótese de dispensa de licitação a contratação de profissional de
qualquer setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou
pela opinião pública.

QUESTÃO 22: FGV - 2008 - SENADO FEDERAL - ADMINISTRADOR

( ) Pode ser dispensada a licitação para a contratação de serviços que se


destinem a atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras
voltadas a operações de paz no exterior.

QUESTÃO 23: FGV - 2008 - SENADO FEDERAL - ADMINISTRADOR

( ) Todas as hipóteses de inexigibilidade de licitação, sem exceção, devem


ser devidamente justificadas e comunicadas à autoridade superior competente
dentro de 3 (três) dias, para ratificação e publicação na imprensa oficial no
prazo de 5 (cinco) dias.

QUESTÃO 24: CESPE - 2011 - TRE-ES - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA - ESPECÍFICOS

( ) É dispensável a licitação caso haja possibilidade de comprometimento


da segurança nacional nos casos estabelecidos em decreto do presidente da
República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional.

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QUESTÃO 25: CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ

De acordo com a Lei n.º 8.666/1993, assinale a opção correta.


a) Será inexigível a licitação quando não acudirem interessados à licitação
anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
administração, mantidas, nesse caso, todas as condições preestabelecidas.
b) É inexigível a licitação nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.
c) Será dispensável a licitação para as compras de material de uso pessoal e
administrativo pelas Forças Armadas, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais,
aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto.

QUESTÃO 26: CESPE - 2009 - TCE-ES - PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS

As hipóteses de licitação dispensável não incluem


a) a aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos
contingentes militares das forças singulares brasileiras empregadas em
operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e
à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo comandante da força.
b) o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no país, que
envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional,
mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade
máxima do órgão.
c) a contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos
sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta
seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder
público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
d) a contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica com
concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação
específica.
e) a aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que possam ser
fornecidos somente por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo.

QUESTÃO 27: CESPE - 2011 - STM - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRAÇÃO –


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ESPECÍFICOS

( ) Configura-se situação de inexigibilidade de licitação a contratação


realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas
subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou
obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado.

QUESTÃO 28: CESPE - 2012 - TC-DF - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO

( ) Se a administração pública contratar um jurista de renome para emitir


parecer a respeito de caso único e complexo, tal fato caracterizará uma
situação típica de dispensa da licitação.
\

AULA 01 – RESUMO
Dever de licitar. Competência legislativa.
Procedimento vinculado e ato administrativo
formal. Tríplice finalidade. Princípios. Licitação
dispensada. Dispensa de Licitação.
Inexigibilidade de Licitação.

Licitação: A Administração deve licitar antes de celebrar


contratos para obras, serviços, compras e
alienações (art. 37, inciso XXI, da CF).
Não é um princípio absoluto, pode ser
excepcionado pela lei.
Contratações diretas: hipóteses de
contratação sem licitação, autorizadas por lei
(ex.: arts. 24 e 25, da LLC).
A licitação é uma sequencia de atos previstos
em lei, que caracteriza ato administrativo
formal (art. 4o, da LLC), e um procedimento
vinculado (obrigatório de ser seguido, por lei).

Tríplice finalidade (art. 3o, a) garantir a observância do princípio


caput, da LLC): constitucional da isonomia: assegurar a
participação de todos os interessados na

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competição;
b) permitir a melhor contratação possível:
proposta mais vantajosa para a Administração;
c) permitir a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável:
envolve o desenvolvimento socioeconômico do
País, o bem-estar da população, a
independência tecnológica do País, a busca do
pleno emprego, etc.

União: Competência para editar normas gerais sobre


licitações e contratos.

Estados: Competência para editar normas


suplementares às normas gerais da União,
sobre licitações e contratos.
Competência para editar normas especificas,
sobre licitações e contratos, quando houver
delegação da União, feita por meio de lei
complementar.

Municípios: Competência para editar normas


suplementares às normas gerais da União,
sobre licitações e contratos.
Competência para editar normas
suplementares às normas específicas do
Estado a que pertencer, sobre licitações e
contratos.

Princípio do procedimento É ligado ao princípio da legalidade.


formal: Determina a observação fiel das formalidades
licitatórias previstas em lei, sob pena nulidade
(cabe apuração de responsabilidade do servidor
que lhe der causa).
Exceção ao princípio: descumprimento de
formalidades desnecessárias que não causem
prejuízo aos licitantes devem ser
desconsideradas, pois são mero formalismo.

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Para tanto, a Administração invoca o princípio


de que não há nulidade sem que haja
prejuízo para as partes, utilizado em
processos judiciais, e correspondente à
expressão francesa “pas de nullité sans grief”.

Princípios básicos da legalidade;


licitação, em todas as impessoalidade;
suas modalidades (art. 3o,
caput, da LLC): moralidade;
igualdade;
publicidade;
probidade administrativa;
vinculação ao instrumento
convocatório; e
julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos.

Sigilo na apresentação Esse tipo de sigilo está ligado ao princípio da


das propostas: igualdade entre os licitantes, já que estaria
prejudicada a igualdade se algum dos licitantes
conhecesse com antecedência a proposta de
outro concorrente.
Caso essa regra for violada, pode ser anulado o
processo licitatório, além de configurar a prática
do ilícito penal previsto no art. 94, da LLC.

Adjudicação compulsória Vencedor da licitação: possui direito à


ao vencedor: adjudicação, mas não ao contrato imediato.

Objeto da licitação: Licitação por itens: o objeto é licitado em


partes autônomas, desde que seja viável e
esteja previsto no edital, para atender ao
princípio da eficiência e da economicidade.
Licitação por lote único: o objeto é indivisível
na licitação.
Silêncio do edital: a licitação será por lote
único, devendo as propostas parciais ser
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desclassificadas.

Exceções ao dever de Licitação dispensada: a Administração deve


licitar: deixar de realizar a licitação.
Licitação dispensável: a Administração pode
deixar de realizar a licitação.
Licitação inexigível: a licitação é inviável.

Providências obrigatórias • FAZER COMUNICAÇÃO à autoridade


para dispensas de superior: dentro do prazo de 3 dias.
o
licitação (arts. 17, §§ 2 e • OBTER RATIFICAÇÃO da autoridade
4o, e 24, incisos III a superior a ser PUBLICADA na imprensa
XXXI); licitações oficial: em 5 dias, após a comunicação.
inexigíveis (art. 25, da
LLC); e retardamento de • CONDIÇÃO DE EFICÁCIA: esse
obra ou serviço (art. 8o, procedimento deve ocorrer dentro dos
parágrafo único, da LLC): prazos indicados (3 dias + 5 dias), como
condição de eficácia do ato.

AULA 01 - GABARITO

1–V 2–V 3–F 4 - NDA 5–F

6–F 7–V 8–C 9–V 10 – F

11 – E 12 – D 13 – V 14 – A 15 – F

16 – V 17 – V 18 – V 19 – C 20 – A

21 – B 22 – V 23 – V 24 – V 25 – NDA

26 – E 27 – F 28 – F

Pessoal, até a AULA 02, com mais teoria e exercícios para trabalhar na
matéria!
Abraços, e bons estudos!
Carlos Bandeira

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