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20/10/17 – Direito Econômico e Bancário – Início G2

A ORDEM ECONÔMICA E A INTERVENÇÃO DO ESTADO

1- Noções Gerais: A intervenção do Estado sobre a ordem econômica poderá acontecer de duas
formas: Uma atuação direta, na qual o poder público age como empresario fosse; e uma atuação
indireta na qual realiza atos fiscalizatórios e regulatórios.
É a própria CF que permite essa atuação informando inclusive como e quando ela deve acontecer.

2- Formas de atuação:
a) Atuação direta:
a.1 – Através da Administração indireta. As empresas públicas e sociedade de economia mista são
empresas para as quais a administração direta do estado repassou parte de suas atividades uma vez
que alguns de seus serviços tem um alto custo operacional e acabam sendo inviáveis sobre o ponto
de vista financeiro, o que justifica o repasse da atividade.
Assim podemos dizer que o Estado atua na economia a partir dos exercícios das atividades
realizadas por empresas públicas e sociedades de economia mista.
Segundo o art. 173 da CF a administração indireta no Brasil só poderá atuar em negócios que
envolvam a satisfação do interesse coletivo ou que correspondam a interativos de segurança
nacional. São exemplos de empresas públicas que atuam na área da segurança nacional:
INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária), INBEL (Indústria de Material Bélico
do Brasil), ENGEPROM (empresa Gerencial de Projetos Navais).
São exemplos de empresas públicas e sociedades de economia mista que atuam na área da
satisfação de interesse coletivo relevante: BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
Social), Caixa Econômica Federal, CONAB (Companhia Nacional de )
Sociedade de Economia mista: Banco do Brasil, Eletrobras.
Empresas públicas e sociedade de economia mista que atuam em monopólio: Correios, Casa da
Moeda, Petrobras,

a.2- Através das concessionárias e permissionárias: Quando o Estado repassa o serviço público para
uma empresa privada mediante contrato administrativo com a possibilidade de aferição de lucro o
que se tem é a concessão ou permissão de serviço público.
A concessão se diferencia da permissão por ter contratos de prazo determinado licitação modalidade
concorrência e delegação de poder exclusivamente a pessoas jurídicas. Na permissão o contrato é
precário e existe a possibilidade de ser realizado tanto junto a pessoas físicas quanto jurídicas.

b) Intervenção: O Estado atua indiretamente na ordem econômica, principalmente a partir da


elaboração de leis que tenham um conteúdo econômico que tratem sobre planejamento ou que de
alguma forma regulem setores da economia.

ENTREGAR NO DIA DA PROVA: Fazer uma pesquisa sobre a construção do porto maravilha no
rio de Janeiro, analisando os seguintes pontos: a) Parceiros b) Valor do contrato c) Objeto do
contrato d) Objetivos e) Situação atual.

10/11/17

DAS PARCERIAS PÚBLICO – PRIVADAS: Para a lei especial a parceria público-privada é um


contrato administrativo de concessão e possui duas modalidades:
a) Concessão patrocinada: É aquela em que o Estado realiza o contrato de concessão permitindo que
a contratada cobre tarifa dos usuários dos serviços.
b) Concessão administrativo: É o contrato de prestação de serviços no qual a administração pública
é a usuária do mesmo.
A DEFESA DA LIVRE CONCORRÊNCIA

1- Conceito: A livre iniciativa é o princípio que permite e viabiliza o acesso dos empeendedores aos
mercados. A concorrrência por sua vez é responsável pelo aquecimento da atividade em temos
práticos, uma vez que fomenta a utilização de estratégias competitivas tornando a realização da
atividade mais benéfica e mais eficiente para o mercado de consumo.
O Estado protege a livre concorrência basicamente para impedir os abusos decorrentes do poder
econômico. Também para garantir aos consumidores o acesso a uma razoável multiplicidade de
escolhas.

A Concorrência Perfeita que é o que se almeja nas economias liberais não pode ser verificada se
não na teoria. Ela tem as seguintes características:
a) Correspondência exata entre oferta e demanda.
b) Produto produzido por qualquer agente econômico é exatamente equivalente aos que os demais
empresarios.
c) Não há nenhum empecilho a entrada de novas empresas no mercado.
d) Consumidores e fornecedores tenham conhecimento técnico a respeito do mercado.
e) Os fatores de produção podem deslocar-se livremente de um setor para o outros.

Legislação: As leis que tentam impedir os abusos economicos no Brasil são as mesmas que visam
contra desguiladade competitiva: 9279/96 e 12529/11

3- Sistema de proteção segundo a Lei n] 12529/11

a) Finalidade da Lei: Esta lei se destina a proteger a ordem econômica viabilizando a livre
concorrência mas também protegendo seus princípios condelados que só a livre iniciativa, a função
social da propriedade, a defesa dos consumidores e a repressão ao abuso do poder economico.
b) Territorialidade: Além de proteção aplica-se as práticas cometidas em um território nacional ou
que ele produza ou possa produzir efeitos.
c) SBDC – Sistema Brasileiro de Defesa Econômica da Concorrência: A uma autarquia federal
ligado ao ministério da justiça que realiza funções administrativas visando a aplicação da lei na
repressão do abuso do poder econômico.
I – Tribunal administrativo de defesa econômica: Julga na seara dos procedimentos administrativos
os processos instaurados pela super intendência geral;
II – Super intendência geral: em primeiro lugar cabe a super intedência geral o exercicio de funções
ataves do acompanhamento das principais empresas do mercado a fim de que se possa detectar
possíveis infrações; Em segundo lugar instaura e instrui processo administrativo voltado a
verificação de punição administrativa dos infratores da lei.

17/11/17

Inciso III: Departamento de estudos econômicos: Da parecer em direito econômico.


É o art. 17 da lei 12.529/11 quem traz as informações a respeito da competência deste departamento
o qual será dirigido por um economista chefe o qual terá incumbência de elaborar estudos e
pareceres econômicos tanto para auxiliar a superintendência quanto para auxiliar o tribunal.
* SECRETARIA DE ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO: A secretaria é fruto do
desmembramento da secretaria de politica econômica do ministério da fazenda. Tem como função
opinar nos aspectos referentes a promoção da concorrência, no âmbito das proposições legislativas,
no aumento de tarifas prestando consultoria a agencias reguladoras, elabora estudos em setores
específicos da economia, para formulação de politicas Públicas voltadas a proteção da livre
concorrência, propõe a revisão de leis, e outros atos normativos da administração Pública federal e
por fim presta consultoria ao CADE sempre que solicitado.
- proposições legislativas
- Avaliação de tarifas – autarquias especiais
- Coopera com o CADE
4) A PROCURADORIA DO CADE: Segundo o artigo 15 da lei 12.529/11, o CADE terá uma
procuradoria a qual exercera as seguintes funções:
a) Prestação de consultoria e assessoria jurídica junto ao CADE.
b) Execução judicial das decisões e julgados do CADE.
c) Promoção de acordos relativos a infrações contra a ordem econômica.
d) Emissão de parecer jurídico nos processos de competência do CADE.
Obs.: Nos termos do art. 16 da lei 12.529/11 o procurador geral será nomeado pelo presidente da
republica com posterior aprovação do senado federal.
5) INFRAÇÕES À ORDEM ECONÔMICA: A defesa da concorrência contra os atos de abuso do
poder econômico, pode ocorrer de duas formas:
a) Quando a ação do agente econômico visa a limitação da concorrência, o aumento arbitrário de
seus lucros, condutas que merecem uma ação punitiva do estado.
b) Quando há a necessidade de um controle preventivo das estruturas e das reorganizações das
empresas por conta da aquisição, fusão ou incorporação destas bem como outras ações que
implicam na mudança da oferta de determinados bens ou serviços.
As infrações podem ser cometidas por pessoas físicas ou jurídicas inclusive de direito
público. Podem ainda ser praticadas por entes despersonalizados, sendo responsabilidade aplicada
tanto a empresa quanto aos seus representantes de forma solidaria.
O art. 36 da lei 12.529/11, descreve as condutas que caracterizam os atos de abuso do poder
econômico. São eles:
- Limitar, falsear ou prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa;
- Dominar o mercado relevante de bens e serviços;
- Aumentar arbitrariamente os lucros;
- E exercer de forma abusiva uma posição dominante.
O art. 36 não é taxativo, uma vez que é possível que o CADE considere uma conduta isolada como
infração mesmo que ela não esteja descrita na lei.
Obs.: Segundo o art. 86 da lei 12.529/11 tem sido possível a realização de acordo de leniência com
a extinção da ação punitiva da adm. Pública sobre as empresas reduzindo-se a penalidade aplicada
de 1 a 2/3. Para isso se fazem necessário que desta colaboração administração Pública obtenha tanto
a identificação dos envolvidos, quanto informações e documentos que comprovem a infração.

ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL


1) Noções Gerais: A ondem econômica internacional, tem por objetivo estabelecer um
enquadramento jurídico uniforme e cosmopolita destinado a harmonização e aprimoramento das
relações comerciais e econômicas desenvolvidas pelas pessoas jurídicas de direito público externa.
(países).
Na atualidade existe uma demanda importante pela regulação da atividade em uma perspectiva
mundial o que propõe a criação formal de organismos internacionais, bem como das praticas
econômicas internacionais a partir de normas que regulem os mercados como um todo.

24/11/17

ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL

1-Noções Gerais:
* Lex Mercatoria: É o sistema de regras que advem do costume internacional no âmbito das
atividades econômicas e que servirá de base para a formação de um mercado internacional com
regras próprias.

2- Comércio Internacional: É a matéria do Direito Econômico que tem por objeto compreender o
intercâmbio de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na atualidade
conta com apoio da organização mundial do comércio que consiste em um órgão de amplitude
internacional ligado a ONU que auxilia na padronização das normas no comércio internacional.

Na atualidade assim como na era antiga, o papel do comércio internacional é extramente importante
pois fomenta a expansão dos mercados o que consequentemente acarreta desenvolvimento,
Entretanto esse desenvolvimento é desigual e a existência de um organismo internacional
responsável por normatizar o comércio internacional ainda não foi capaz de dirimir os problemas
decorrentes desta prática.

3- Do Reflexo do Direito Econômico na Teoria das Relações Internacionais: Com desgaste do


direito de guerra, como via de resolução de conflitos surge o estudo das relações internacionais, o
qual daria compreender qual a melhor maneira de se evitar os conflitos bélicos uma vez que todos
traziam prejuízos para os países envolvidos. A partir daí surgiram várias escolas de pensamento as
quais procuraram verificar qual o impacto das relações comerciais na melhora das relações entre
países.
a) Escola Liberal: Os seguidores desta linha partem da premissa de que a uma crescente
interdependência econômica entre países. Na atualidade isso vem sento potencializado pelo avanço
das comunicações e o incentivo ao consumo.
b) Sistema – Mundo: É a segunda escola teórica das relações internacionais que trata a respeito do
comércio internacional. Toma por base a ideia de que o sistema mundial inclui uma desigualdade
hierárquica da distribuição e é estruturada na concentração de certos tipos de produção e
monopólios o que consequentemente acarreta alta rentabilidade para um grupo de países.
c) Marxista: Para essa escola a política de expansão econômica é conflituosa por si só uma vez que
propõem um desenvolvimento unilateral que socorrem na realidade os detentores do capital. Eles
defendem uma revolução proletária em escala mundial de forma a impedir a persecução do lucro
com base na exploração e do empobrecimento de um país pelo outro.

4- A Ordem Econômica Internacional e a CF Brasileira: O art. 4 da CF traz alguns princípios que


são a base das relações internacionais para o Brasil. Dentre os mais importantes e que tem relação
com a teoria econômica estão: Prevalência dos Direitos Humanos, a solução pacifica de conflitos, a
cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a integração econômica, política e
social dos povos da América Latina.

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