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LICITAÇÕES E CONTRATOS
1. LICITAÇÕES PÚBLICAS
1.1. CONCEITO
O art. 22, XXVII, da CF, outorga à União a competência privativa para legislar sobre
normas gerais de licitação e contratos.
A competência privativa é para normas gerais, podendo as demais entidades
federativas legislar sobre normas específicas de licitações e contratos.
Se a União não tivesse legislado, ainda assim o Estado não poderia legislar sobre
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normas gerais, pois a competência não é
concorrente, e sim privativa.
Atente-se que, naquilo que é geral, a lei que tratar de licitação terá caráter nacional,
mas naquilo que for específico terá natureza federal, regulando apenas o campo federal, o
que não impede que no campo estadual ou municipal haver uma regulação diversa.
O art. 22, XXVII, vai remeter ao inciso XXI do art. 37 da CF, que diz que obras,
serviços, compra e alienações serãocontratados por meiode licitação pública que vão
assegurar igualdade de condiçõesa todos os concorrentes.
Dessa forma, garante-se isonomia, de forma que só é possível que se institua
exigências de qualificação técnica e econômica que se mostrem indispensáveis ao
cumprimento da licitação.
O art. 22, XXVII, faz uma alusão ao inciso III, §1º, do art. 173 da CF. Este dispositivo
diz que a lei vai estabelecer o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista e suas subsidiárias que explorem atividade econômica.
O entendimento que prevalece é que, se for para a atividade fim, essas empresas
nem deverão fazer licitação. E se for para atividade meio, será necessária a licitação.
O art. 175 da CF, ao tratar de prestações de serviços públicos, afirma que a
prestação do serviço público se dá diretamente pelo poder público ou sob regime de
concessão ou permissão, que decorrerá sempre através de licitação.
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1.5. PRINCÍPIOS GERAIS DA
LICITAÇÃO
A lei de licitações, em seu art. 3º, traz os princípios básicos da licitação:
• Legalidade
• Impessoalidade
• Moralidade
• Publicidade
• Igualdade
• Vinculação ao instrumento licitatório
• Julgamento objetivo
• Probidade
1.5.1. LEGALIDADE
1.5.2. IMPESSOALIDADE
Quando o poder público contratar, deverá fazê-lo com base na melhor proposta, e não
com o licitante A ou B. Quando é feito o contrato, o responsável pela licitação não está
contratando em nome próprio, e sim em nome do poder público.
1.5.3. MORALIDADE
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1.5.4. IGUALDADE
1.5.5. PUBLICIDADE
1.5.6. PROBIDADE
O princípio do sigilo das propostas impede que a proposta seja publicizada antes da
abertura dos envelopes.
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Há um edital que convoca os interessados
que irão apresentar uma proposta de fornecimentode um bem, por exemplo. É importante
que essas manifestações sejam mantidas em sigilo até a efetiva abertura conjunta e pública,
para que as empresas não possam combinar entre si e nem mudar a proposta, ajustando- a
por saber o preço da outra.
Há inclusive crime da lei de licitações para o caso de haver violação a este sigilo.
• dispensa de licitação
• inexigibilidade de licitação
• Licitação dispensada
• Licitação dispensável
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Em relação aos bens móveis, a
alienação dependerá de:
• Avaliação prévia
• Licitação na modalidade de concorrência ou leilão
Essa licitação será dispensada quando houver doação, permuta e venda de bens
produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da administração pública e outros
casos previstos em lei.
Nesses casos, apesar de também serem taxativas, o gestor poderá entender que a
realização da licitação atende ao interesse público, podendo realizá-la, caso assim
entenda.
A licitação é dispensável:
Se o consórcio público for formado por mais de 3 entes públicos, será triplicado
os 10%, alcançando os 30% do valor da modalidade convite.
• Guerra
• Grave perturbação da ordem
• Emergência ou calamidade pública, caso em que será preciso licitar apensa os
bens necessários àquela situação, e para as parcelas de obras e serviços que
possam ser concluídos no prazo máximo de 180 dias, contados do fato que
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ensejou a contratação.
• Licitação deserta: é a licitação que ninguém apareceu, ocorrendo quando não
acudirem
interessados à licitação, não podendo se repetir sem prejuízo para a
administração.
• Houver interesse de intervenção ao domínio econômico: nesses casos, em
que a União age para regularizar determinado abastecimento ou regularizar os
preços, a licitação será dispensável.
• Houver propostas incompatíveis: a proposta será tida como incompatível
quando as propostas consignam preços manifestamente superiores aos
praticados no mercado. Neste caso, haverá uma renovação das propostas. Caso
persista esta situação, será admitido a adjudicação direta pelo valor que não seja
superior ao constante no registro de preços.
• Contratação de órgãos da administração pública: bens produzidos ou serviços
prestados pela administração pública, e que tenha sido criado para este fim
específico, autoriza a dispensa.
• Segurança nacional: também poderá justificar a dispensa de licitação.Locação
de imóvel: mas para dispensar deverá obedecer a alguns critérios: i) deve atingir
as finalidades precípuas da administração; ii) motivos para que seja no imóvel a
escolha; iii) preço compatível com o valor de mercado.
• Contratação remanescente: neste caso, há uma contratação remanescente de
obras, serviços
ou fornecimento, pois houve uma rescisão contratual, sendo necessário
vislumbrar o segundo colocado da lista da licitação, submetendo-se este às
mesmas condições do vencedor da licitação.
• Compras de gêneros perecíveis: os hortifrutigranjeiros, pães, etc.
• Contratação de institutos de pesquisa: é necessário que a instituição não tenha
fins lucrativos. Com base nisso, entende-se que é lícito a contratação de serviços
de concurso público por meio direto.
• Acordo internacional para aquisição de bens e serviços: é necessário apenas
que este acordo
internacional seja específico nesse sentido.
• Compra de obras de arte e objetos históricos
• Impressões e serviços de informática
• Aquisição vinculada à garantia: no caso de faltar alguma peça, e para não
perder a garantia, seja necessária adquirir diretamente o produto com o
fornecedor, a fim de promover a manutenção do objeto.
• Abastecimento de embarcação, aeronaves ou tropas: para padronização do
material militar,
salvo o de uso especial ou administrativo.
• Contratação de associação de portadores de deficiência: desde que não tenha
fins lucrativos.
• Pesquisa e desenvolvimento: limitada no caso de obras e engenharia em 300 mil
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reais.
• Contratação de energia elétrica e gás natural: se estiver diante de um único
fornecedor de gás ou energia elétrica, a hipótese será de inexigibilidade de
licitação.
• Contratação de subsidiárias e empresas controladas
• Contratação de organizações sociais para prestação de serviços públicos:
desde que estejam contempladas as atividades no contrato de gestão. A doutrina
estende essa regra às OSCIP’s, desde que para cumprimento do termo de
parceria.
• Contratação de instituição científica e tecnológica: busca-se a transferência
de tecnologia, sendo o licenciamento do direito de uso ou exploração de uma
criação que está protegida por lei.
Ressalta-se que instituição científica e tecnológica é órgão ou entidade da
administração pública, tendo como missão executar atividades de pesquisa.
Agência de fomento é órgão ou instituição que pode ter natureza pública ou
privada, tendo como objetivo financiar o desenvolvimentoda ciência, tecnologia
ou inovação.
• Contratação de consórcio público ou convênio de cooperação: celebrado o
contrato de programa com determinado ente da federação, a contratação poderá
ser feita diretamente, sem a necessidade de licitação. Lembrando que o consórcio
poderá ter personalidade jurídica de direito público ou privado.
• Contratação nos casos de resíduos sólidos: para contratação de coleta,
processamento e da comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis,
será dispensável a li citação para a contratação de cooperativas, formadas por
pessoas físicas de baixa renda, assim reconhecidas pelo poder público.
• Complexidade tecnológica e defesa nacional: portanto, bens e serviços que
exijam cumulativamente uma complexidade tecnológica e necessidade de se
garantir a defesa nacional, podem ser contratados diretamente, sem licitação.
• Contingentes militares: para aquisição de bens e serviços para atender
contingentes militares
para realização de missão de paz no exterior, poderá se dar de forma direta.
• Assistência técnica e extensão rural por meio do PRONATERRA: há uma
contratação de uma instituição com fins lucrativos ou não, mas que preste
serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do PRONATERRA.
• Estímulo à inovação científica
• Transferência de produtos estratégicos para o SUS
• Contratação de entidades sem fins lucrativos para combate à seca: objetivo
é implementar cisternas e outras tecnologias para obtenção de água.
• Contratação direta de insumos que se mostrem estratégicos para a saúde.
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• Aquisição junto a um fornecedor
exclusivo: é vedada a preferência por marca, mas a
exclusividade é do fornecedor. Essa exclusividade pode ser absoluta (só há um no
país) ou relativa (só há um no local da licitação).
• Contratação de serviços técnicos especializados: é inexigível a licitação, pois
se está diante de uma situação em que há uma notória especialização do
contratado e se está diante de um serviço a ser prestado dotado de singularidade.
São dois requisitos:
i) notória especialização;
ii) singularidade do serviço. Isso justifica a contratação de determinados
escritórios de advocacia pelo governo para defender determinados assuntos.
• Contratação de profissional do setor artístico: poderá ser feita diretamente ou
pelo empresário exclusivo desse artista, desde que seja consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública.
Para haver licitação é necessário que se cumpra os 3 requisitos, pois, não havendo
um deles, não será possível a licitação:
• Pressuposto lógico: pluralidade de bens e fornecedores de bens admitem a
licitação. Se o fabricante for exclusivo, mas houver mais de um fornecedor,
segundo o STJ, não há inexigibilidade.
• Pressuposto fático: generalidade da contratação admite a licitação. Deve haver
uma contratação específica para haver a inexigibilidade. Ex.: contratação de um
advogado famoso para uma causa singular.
• Pressuposto jurídico: interesse público. Sempre que a licitação prejudicar o
interesse público, a licitação será inexigível. O TCU entende que as EP/SEM não
precisam licitar para as suas atividades-fim, quando se tratar de exploração
econômica.
Nas situações de inexigibilidade e nas situações de dispensa, se ficar comprovado
que houve superfaturamento, respondem solidariamente o fornecedor, o prestador de
serviços e também o agente público, sem prejuízo de outras sanções.
• Concorrência
• Tomada de preço
• Convite
• Concurso
• Leilão
• Pregão
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A modalidade de licitação é determinada
de acordo com o valor da licitação, se será concorrência, tomada de preço ou convite.
Também poderá ser com base no objeto é que será determinada a licitação,
podendo ser concurso, leilão ou pregão.
A escolha da modalidade vai depender desses dois
critérios. No tocante ao valor, a escolha ocorre da
seguinte forma:
• Obras e serviços de engenharia:
o até 150 mil é modalidade convite.
o de 150 mil reais e 1,5 milhões é modalidade tomada de preços.
o acima de 1,5 milhões de reais é modalidade concorrência.
1.7.1. CONCORRÊNCIA
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Depois do projeto básico, há o projeto
executivo e depois a obra propriamente. O projeto executivo contém um cronograma, sendo
o roteiro a ser seguido por quem irá executar aquela obra. A lei 8.666/93 prevê que quem
faz o projeto básico não pode, sob nenhuma hipótese, ganhar a licitação para construir para
que se evite fraude. A regra é que pode ser contratado somente para fiscalizar a obra. Se
teria uma li citação somente para fazer o projeto básico e outra licitação para fazer o projeto
executivo.
A lei 8.666/93, entretanto, prevê a possibilidade de que a pessoa que se sagrar
vencedora na licitação já fazer também o projeto executivo. Quem ganha a licitação vê o
projeto básico, já sabe o que vai fazer e, além disso, o edital pode conter uma cláusula que
estabelece que essa empresa também fará o projeto executivo. O que não pode é quem vai
fazer a obra fazer também o projeto básico.
No RDC (Regime Diferenciado de Contratações Públicas) admite-se, nessa
modalidade específica, que haja uma contratação integrada de forma que a mesma empresa
faça o projeto básico, o projeto executivo e a obra. A administração faz um anteprojeto
muito simples e quem vai presentear o projeto arquitetônico, os materiais etc., é a própria
empresa que quer construir. Issoé contratação integrada, a empresa vencedora faz tudo, do
projeto básico até a obra.
Na lei das estatais não se admite exatamente o que é admitidono RDC. Não é
possível que a empresa faça o projeto básico, executivo e obra, mas admite-se a contratação
semi-integrada, que é próximo do RDC. Em outras palavras, no estatuto das estatais, o
projeto básico deve ser feito por uma outra empresa. Entretanto, poderá a empresa
contratada, além de fazer o projeto executivo, fazer alterações no projeto básico.
Existem hipóteses em que a concorrência terá aplicação independentemente do
valor envolvido:
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condições previstas no edital de cadastramento
até o 3º dia anterior à data do recebimento das propostas.
Na esfera federal, esse cadastramento é feito no SICAF (Sistema de Cadastro
Federal). Esse cadastro tem duração de 1 ano.
1.7.3. CONVITE
Pode ser que a comissão seja composta por 1 servidor, desde que seja efetivo do
órgão.
1.7.4. CONCURSO
1.7.5. LEILÃO
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• alienação de bens móveis
inservíveis, apreendidos ou penhorados (empenhado) pela a administração
• alienação de bens imóveis cuja aquisição tenha derivado de procedimentos
judiciais ou dação em pagamento
O maior lance ou maior oferta deverá ser ao menos o valor da avaliação.
Acima de 650 mil reais, não se pode fazer leilão. Sempre o tipo será maior lance, devendo ser
superior ao da avaliação.
1.7.6. PREGÃO
O pregão poderá se dar de forma eletrônica ou presencial. A Lei 10.520 diz que a
adoção da modalidade de pregão é facultativa.
Todavia, os regulamentos federais têm estabelecido que, para aquisição e bens e
serviços comuns, é obrigatória a modalidade pregão e preferencial a adoção de forma
eletrônica, pois aumenta o número de pessoas que pode se interessar em participar.
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• Apresentação de lances: além das
propostas que são inicialmente apresentadas, os licitantes podem apresentar
lances verbais e consecutivos. No caso do pregão presencial, estes lances
poderão ser feito pelos licitantes que tiverem até 10% de sua proposta superior
à dos vencedores. Encerrada a etapa dos lances, o pregoeiro pode realizar uma
negociação com o licitante que apresentou a proposta mais vantajosa. O que não
pode ocorrer é negociar condições diferentes das previstas no edital, pois está
vinculado ao instrumento convocatório.
• Fase única recursal: o pregão só tem a possibilidade de apresentar o recurso
uma vez.
• Publicação do edital
• Habilitação das propostas
• Classificação
• Homologação
• Adjudicação
• Publicação do edital
• Classificação das propostas
• Habilitação das propostas
• Adjudicação do objeto
• Homologação
Todos os licitantes que apresentem até 10% da proposta vencedora passam para a
próxima fase. Na classificação, passarão no mínimo 3 propostas para os lances verbais.
Não havendo o mínimo 3 propostas com valores de até 10%, serão chamados os
licitantes que ultrapassaram os 10% para promoverem lances verbais.
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Caso o primeiro colocado não seja
habilitado, será chamado o segundo colocado, mas não na proposta do primeiro, pois este
já teve a oportunidade de baixar sua proposta nos lances verbais. Neste caso, será chamado
o segundo para uma negociação do preço.
Habilitado o licitante, o pregoeiro irá adjudicar. Neste momento, haverá o prazo de
recurso, devendo este ser imediato. Se recorrer imediatamente, haverá o prazo de 3 dias
para elaborar as razões.
Como se quer aqui a melhor técnica, chama-se o primeiro colocado para negociar
com ele o preço.
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Aqui há uma avaliação única dos dois tipos diferentes de propostas, realizando uma
média ponderada para dizer quem vencer.
O licitante oferece uma oferta, com maior valor possível. O parâmetro mínimo é o
valor da avaliação do bem.
2. PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
2.1. FASE INTERNA
Este valor poderá ser para uma licitação ou para licitações simultâneas ou
sucessivas.
• Licitações simultâneas: são as que têm objetos similares, mas tem uma
realização prevista com
intervalos não superiores a 30 dias, entre uma e outra.
• Licitações sucessivas: são licitações que também têm objetos similares, mas o
edital subsequente tem uma data anterior a 120 dias, após o término do contrato
resultante da licitação antecedente. Há uma licitação sucessiva quando entre o
término da contratação da licitação vigente (antecedente) e a publicação do novo
edital tem um intervalor de até 120 dias.
Por conta disso, é necessário verificar se os valores das licitações ultrapassam 100
vezes o valor máximo da tomada de preço para promover audiência pública.
Os resumos dos editais devem ser publicados pelo menos uma vez no Diário Oficial
da União, se for entidade federal, ou no Diário Oficial do Estado ou do DF, se a licitação
tiver caráter estadual, municipal ou distrital.
Ainda, publica-se ao menos uma única vez em jornal diário de grande circulação,
normalmente feito no Estado. Se o município tiver um jornal de grande circulação, também
será feito nesse jornal local.
Na modalidade de licitação convite, não é necessária essa publicação, bastando que
a unidade administrativa afixe na parece, em local apropriado, a cópia da carta-convite.
O prazo mínimo para receber as propostas ou realizar o evento em que as
propostas serão apresentadas dependerá da modalidade licitatória:
• Concurso: prazo de 45 dias.
• Concorrência: via de regra, o prazo é de 30 dias. Mas se for regime de
empreitada integral ou do tipo melhor técnica ou técnica e preço, o intervalo
será de 45 dias.
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• Tomada de preços: via de regra, o
prazo é de 15 dias. Se a licitação for do tipo melhor técnica
ou técnica e preço, o prazo é de 30 dias.
• Leilão: o prazo é de 15 dias.
• Pregão: o prazo é de 8 dias úteis.
• Convite: o prazo é de 5 dias úteis.
2.2.2. HABILITAÇÃO
• Habilitação jurídica
• Habilitação técnica
• Qualificação econômico-financeira
• Regularidade fiscal e trabalhista
• Necessidade de se comprovar a observância do preceito que veda o trabalho
noturno, perigoso e insalubre para menores de 18 anos e para qualquer tipo de
trabalho para os menores de 16 anos, salvo se for aprendiz a partir dos 14 anos.
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A lei de licitações, em seu art. 32, §1º, diz que a exigência de documentos de
habilitação poderá ser dispensada se for realizado na modalidade:
• Concurso
• Convite
• Fornecimento de bem para pronta entrega
• Leilão
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Supondo que de 10 interessados, 5 foram
considerados habilitados, ficando os outros 5 inabilitados.
Se alguma das empresas for de pequeno porte ou microempresa, terá essa preferência no
desempate, diminuindo a sua proposta. Se ela não diminuir, então irá em pé de igualdade
passar pelos critérios acima mencionados. O empate é considerado até 10% a mais da
proposta vencedora. Já no pregão, esse empate ficto é limitado a 5% para as empresas de
pequeno porte ou microempresa.
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O primeiro classificado não tem o direito
subjetivo à adjudicação, ou seja, pode haver a homologação, mas não haver a adjudicação.
O adjudicatário também não tem direito subjetivo ao contrato.
A administração fica vinculada à licitação, mas não fica obrigada a contratar. O
particular também fica vinculado, mas deverá celebrar o contrato dentro do prazo de 60
dias, a contar da abertura da proposta. Se não assinar no prazo, sofrerá sanções. Se a
administração não o convocar no prazo, poderá ele se recusar a assinar após o prazo. Neste
caso, chamará o segundo colocado para celebrar o contrato na proposta do primeiro.
No pregão, essa adjudicação é feita pelo próprio pregoeiro.
2.2.6. RECURSOS
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objeto residual. Isto quer dizer que
situações em que não foram contempladasno recurso hierárquico ou pedido de
reconsideração serão abarcadas pela representação.
O prazo para recursos não é prazo para juntar documentos obrigatórios, devendo
ser entregue dentro do prazo mínimo estabelecido pela modalidade licitatória.
No pregão, quando é declarado o vencedor, qualquer licitante pode manifestar
imediatamente e motivadamente a intenção de recorrer. Se não fizer temporariamente,
incidirá a preclusão. Manifestando o interesse de recorrer, será dado a ele o prazo de 3
dias para apresentar as razões do seu recurso, ficando desde já intimados os demais
licitantes para apresentarem contrarrazões, no prazo de 3 dias, a partir do esgotamento do
prazo do recorrente.
Esse princípio autoriza a administração a anular ou a revogar os seus atos, seja por
vício de legalidade ou por motivo de conveniência ou oportunidade.
A anulação é decorrente de um vício de legalidade, enquanto a revogação se dá por
falta de conveniência e oportunidade.
A invalidação, como regra, não gera a obrigação de indenizar do Estado em
favor do particular, salvo quando o contratado tiver executado várias obras até a data da
nulidade da licitação, além de ter de comprovar o fato de ter experimentado prejuízos. Por
essas obras e prejuízos comprovados, se não foi o causador da nulidade terá direito à
indenização.
No caso da revogação, estar-se diante de um juízo de conveniência e oportunidade.
A licitação poderá ser revogada por razões de interesse público. Tais razões devem se
dar por fato superveniente. É necessário que este fato superveniente esteja comprovado,
que se mostre pertinente e que se mostre suficiente para justificar essa conduta. A ideia é
impedir a arbitrariedade do administrador-gestor público.
Pode-se revogar a licitação, desde que só pode revogar por fato superveniente.
Este fato deverá ser pertinente, ou seja, ter relação com o objeto licitatório, além de ser
suficiente para justificar a medida tão gravosa como o é a revogação da licitação.
O particular terá 5 dias úteis para recorrer da decisão que revogou ou anulou a
licitação. O recurso não terá efeito suspensivo.
2.4. LICITAÇÕES PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE
PEQUENO PORTE
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A Lei 11.488/07 estendeu para as
sociedades cooperativas, que tenham auferido no calendário anterior receita bruta
idêntica às empresas de pequeno porte, o mesmo tratamento diferenciado das licitações
dado pela LC 123/06 às microempresas e empresas de pequeno porte.
• Microempresas: aquela que teve o faturamento bruto anual de até R$ 360 mil
reais.
• Empresas de pequeno porte: aquelas que tiveram receita bruta superior a R$
360 mil reais até R$ 4.8 milhões de reais.
3. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
3.1. CONCEITO
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3.2. ESPÉCIES
3.3. CARACTERÍSTICAS
• Formalismo:
Há uma necessidade de que os contratos administrativos sejam formalizados.
Esta é a regra, tanto que é nulo o contrato verbal celebrado com a administração.
As exceções em que se admite o contrato verbal ocorre quando há compras de
pronto pagamento com valor não superior a 5% da modalidade convite
(regime de adiantamento). O instrumento contratual, portanto, é obrigatório como
regra.
Nos casos de dispensa e de inexigibilidade de licitação, este
instrumentocontratual é obrigatório, quando esses preços estiverem
compreendidos nessas modalidades de licitação de dispensa ou de
inexigibilidade. Ou seja, nos casos de concorrência e tomada de preços, o
instrumento contratual sempre será escrito.
Se estivermos diante de dispensa ou inexigibilidade, em cujo valor do contrato se
insira no valor em que geralmente se exige concorrência ou tomada de preços, o
instrumento contratual será obrigatório.
Nos casos de compra de entrega imediata e integral dos bens adquiridos, esses
instrumentos contratuais poderão ser substituídos por outros instrumentos, como
a carta-contrato, nota de empenho de despesas, autorização de compras, ordem
de autorização de serviços, que são instrumentos mais simples. Nesses casos,
há documentos maissimples, pois a entrega é imediata e integral dos bens
adquiridos.
• Publicidade
A publicação resumida do instrumento contratual é uma condição de eficácia do
contrato. É indispensável para que o contrato tenha eficácia que ele seja
publicado.
• Mutabilidade
Mutabilidade é a possibilidade de mudar. É uma das características do contrato
administrativo, pois permite a sua alteração, inclusive de forma unilateral pela
administração pública.
Dirley da Cunha diz que a alteração do contrato poderá se dar por uma álea
administrativa, ou seja, ato decorrente da administração pública (fato do príncipe
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ou fato da administração), ou por uma
álea econômica (teoria da imprevisão).
Ronny Charles e Fernando Baltar vão dizer que deve ser acrescentado que é
possível haver alteração de contrato em decorrência do consenso entre as
partes, bem como outras áleas econômicas, como ocorre com o reajuste e com
a repactuação.
Essas alterações do contrato podem decorrer de ações ou omissões da
administração. No entanto, essas ações ou omissõesda administração podem
decorrer não como contratante, mas sim como poder público, gerando uma
repercussão do contrato.
Mesmo não sendo contratante, a administração promove uma alteração nas
circunstâncias, gerando alterações no contrato. Ex.: aumento do tributoque atinge
diretamente o contrato. Isso é denominado fato do príncipe. Nesse caso, a
administração, sem estar nas condições de contratante, altera circunstâncias que
atingem o contrato.
Se as ações ou omissões se dão quando da condição de contratante, e elas
prejudiquem ou desequilibrem as condições do contrato, haverá o fato da
administração. Ex.: administração demora para liberar o local da obra, causando
transtornos econômicos, devendo aumentar o valor do contrato.
Nos contratos administrativoscom repercussão econômica vão gerar direito à
recomposição em benefício de qualquer das partes contratantes, pois há uma
garantia constitucional que é a manutenção das condições efetivas das
propostas, denominada intangibilidade da manutenção das condições
econômicas.
• Cláusulas de privilégios (exorbitantes)
O regime jurídico dos contratos administrativos confere prerrogativas. Essas
colocam a administração em um patamar de superioridade na relação contratual
firmada. É a superioridade do interesse público sobre o privado.
A utilização dessas prerrogativas pela administração só pode ser feita para atingir
ao interesse público, e deve respeitar os limites legais e constitucionais.
O art. 58 da lei de licitações traz exemplos de cláusulas exorbitantes, também
conhecidas como cláusulas de privilégio.
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O art. 57 da lei de licitações diz que, em regra, os contratos vão durar enquanto
vigente o exercício financeiro (crédito orçamentário). Como o crédito orçamentário tem
vigência de um ano o prazo de duração do contrato será de 1 ano.
São exceções:
Para fins didáticos, Ronny Chales e Fernando Baltar sugerem que essas
prorrogações sejam divididas em duas espécies:
• Renovação: há prolongamento de um contrato de serviços contínuos. Ex.:
serviço contínuo de vigilância de 12 meses. Este contrato pode ser renovado por
mais 12 meses, continuando o pagamento. Trata-se de uma renovação contratual.
• Prorrogação em sentido estrito: a lei autoriza que os prazos e início da etapa
de execução, de conclusão ou de entrega sejam alterados, ou seja, há
prorrogação dos prazos, não necessariamente haverá uma repercussão
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econômica. Ex.: por conta de um fato
excepcional, prorroga-se o prazo por mais 90 dias. neste caso, há uma
prorrogação, não sendo necessariamente obrigatório a pagar algo a mais.
A alteração dos contratos administrativos deve observar uma limitação, ainda que
essa alteração se dê por acordo entre as partes.
• Em regra, poderá suprimir ou acrescentar até 25% do objeto inicialmente
contratado.
• Se for serviços de obra ou reforma de edifício ou de equipamento, esse
acréscimo poderá ser de até 50% do quantitativo originariamente fixado.
O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições anteriormente fixado,
os acréscimosou supressões do serviço.
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3.8. REVISÃO ECONÔMICA DO
CONTRATO
3.8.1. REAJUSTE
É possível que o poder público contrate a empresa que realizou o projeto básico ou
executivo da obra para que exerça o trabalho de fiscalização, de supervisão, de
gerenciamento daquele empreendimento, pois detém maior domínio de um servidor público.
A Lei de Licitações, no art. 71, diz que o contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato.
Logo, o contratado é o responsável pelos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais.
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3.9.5. SUBCONTRATAÇÃO
A inexecução do contrato pode ser total ou parcial, podendo ensejar a sua rescisão.
O art. 78 da Lei de Licitações elenca situações em que constitui motivo para rescisão
do contrato:
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calamidade pública, grave [Cite sua fonte aqui.]
perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de
optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja
normalizada a situação;
• não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para
execução de obra,
serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de
materiais naturais especificadas no projeto;
• ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada,
impeditiva da execução do contrato.
A rescisão contratual poderá ser amigável, unilateral ou ainda judicial:
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