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DIREITO ADMINISTRATIVO

LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Prof. Dr. Raimundo Oliveira Filho


NORMAS QUE REGULAM AS LICITAÇÕES PÚBLICAS

• Lei nº 8.666, de 21.06.1993 – Lei de Licitações e Contratos


Administrativos.
• Lei nº 8.987, de 13.02.95 – Lei das Concessões de Serviços Públicos

• Lei nº 10.520, de 17.07.02 – Lei do Pregão


• Lei Complementar nº 123, de 14.12.06 – Lei Geral das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (capítulo V – Regras
de Tratamento Diferenciado)
• Lei nº 12.232/10 – Contratação de Serviços de Publicidade por
intermédio de agências de publicidade
• Lei nº 12.462, de 05.08.12 – Estabelece o Regime Diferenciado de
Contratações Públicas – RDC
• O BTS - Built To Suit está previsto na lei 8.245 de 1991
Lei n. Lei n.
8.666/93 10.520/02

Lei Geral de Licitações e


Contratos
Lei do Pregão

Cinco modalidades Pregão em duas formas

Idealizada para selecionar Idealizada para


pessoas selecionar coisas

Soluções ideais para Soluções ideais para


contratação de obras bens e serviços comuns
O QUE SIGNIFICA LICITAÇÃO?

• Licitação é o processo seletivo, previsto em lei, prévio a uma


contratação pública.

• É um certame que as entidades governamentais devem promover


e no qual abrem disputa entre os interessados em com elas travar
determinadas relações de conteúdo patrimonial, para escolher a
proposta mais vantajosa às conveniências públicas.
O QUE SIGNIFICA LICITAÇÃO?

• Art. 3º (Lei nº 8.666/93) - A licitação destina-se a garantir a


observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar
a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada
e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos.
O QUE SIGNIFICA LICITAÇÃO?

• "Licitação é o procedimento administrativo pelo qual uma pessoa


governamental, pretendendo alienar, adquirir ou locar bens,
realizar obras ou serviços, outorgar concessões, permissões de
obra, serviço ou de uso exclusivo de bem público, convoca,
segundo condições estipuladas previamente, interessados na
apresentação de propostas a fim de selecionar a que se revele
mais conveniente em função de parâmetros antecipadamente
estabelecidos e divulgados."
Na Constituição Federal:
“licitar é preciso, o resto é relativo”

• Art. 37. (...)

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,


compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (...)
• Lei Nº 8.666/93

• Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio


constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa
para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade
com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada
pela Lei nº 12.349, de 2010)
SÃO FINALIDADES OU OBJETIVOS DA LICITAÇÃO PÚBLICA:
§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:

§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
• PRINCÍPIOS DE LICITAÇÃO

• Art. 3º da Lei nº 8.666/93:


• a) legalidade;
• b) impessoalidade;
• c) moralidade;
• d) igualdade;
• e) publicidade;
• f) probidade administrativa;
• g) vinculação ao instrumento convocatório;
• h) julgamento objetivo.
• Impessoalidade - não cabem favoritismos.

• Igualdade - as condições estabelecidas não podem


discriminar os concorrentes, estabelecendo cláusulas que
contenham preferências, limitações desarrazoadas ou que
comprometam a competição (art. 3º, § 1º).
• Publicidade:

• a) art. 3º, § 3º - a licitação não será sigilosa, sendo públicos e


acessíveis ao público os atos de seu procedimento (salvo quanto ao
conteúdo das propostas até a respectiva abertura);

• b) art. 4º - qualquer cidadão pode acompanhar seu


desenvolvimento;

• c) art. 15, § 2º e § 6º - preços registrados devem ser publicados na


imprensa oficial a cada 3 meses;

• d) art. 16 - publicação da relação de todas as compras feitas pela


Administração;

• e) art. 41, § 1º - faculdade para o cidadão impugnar edital;

• f) art. 113, § 1º - representação ao TCU ou TCE.


• Moralidade - atendimento de padrões éticos => lealdade e
boa-fé.

• Vinculação ao Instrumento Convocatório - art. 41 da Lei nº


8.666/93: "A Administração não pode descumprir as normas e
condições do edital, ao qual se acha vinculada".

• Julgamento Objetivo - não pode haver influxo de subjetivismo


(art. 45 da Lei nº 8.666/93).
• QUEM ESTÁ OBRIGADO A LICITAR

• Art. 37, caput e XXI, CF - pessoas de direito público de capacidade


política e suas entidades da Administração Direta, Indireta e
Fundacional.

• Art. 1º, § único, da Lei 8.666/93, reafirma isto.

• Art. 119 e § único - Sociedade de Economia Mista, Empresas Públicas


editarão regulamentos próprios e ficarão assujeitados às disposições
da Lei nº 8.666/93. (Ver art. 173, § 1º, III, da EC nº 19/98.)

• Em alguns casos, a licitação é incompatível com o escopo das


sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica.

• Em regra, devem licitar.


 MODALIDADES DE LICITAÇÃO

 Art. 22 => MODALIDADES:

a) CONCORRÊNCIA;

b) TOMADA DE PREÇOS;

c) CONVITE;

d) CONCURSO;

e) LEILÃO;

f) PREGÃO. (Lei nº 10.520/2002)

Art. 22, § 8º => não cabe outra modalidade ou combinação


senão as acima mencionadas.
 CONCORRÊNCIA => é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu
objeto.
 TOMADA DE PREÇOS => envolve interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem às condições exigidas para
cadastramento até o 3º dia anterior à data do recebimento das
propostas.
 CONVITE => licitação entre interessados no ramo,
cadastrados ou não. Número mínimo de 3 (três).
Instrumento convocatório afixado em local
apropriado. Demais interessados, previamente
cadastrados, que manifestarem seu interesse em
24 horas, podem participar;
• CONCURSO => para trabalho técnico, científico ou
artístico, mediante instituição de prêmio. Edital prevê
antecedência de 45 dias.

• LEILÃO => para venda de bens móveis inservíveis,


apreendidos ou penhorados ou imóveis provenientes de
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento. (art.
19)
• PREGÃO =>É a modalidade licitação em que disputa pelo
fornecimento de bens e serviços comuns é feita em sessão pública.

• Os licitantes apresentam suas propostas de preço por escrito e por


lances verbais, independentemente do valor estimado da contratação.

• Ao contrário do que ocorre em outras modalidades, no Pregão a


escolha da proposta é feita antes da análise da documentação, razão
maior de sua celeridade.
• O PREGÃO É MODALIDADE ALTERNATIVA ao convite, tomada
de preços e concorrência para contratação de bens e serviços
comuns. Não é obrigatória, mas deve ser prioritária e é
aplicável a qualquer valor estimado de contratação.
• CONVITE:
- novo interessado a cada novo convite (art. 22, § 6º);
- convite com menos de três convidados deve ser objeto de
justificação (art. 22, § 7º).

• Quando couber CONVITE, a Administração pode utilizar a


TOMADA DE PREÇOS e, em qualquer caso, a CONCORRÊNCIA.

• Quando se tratar de bens e serviços que não sejam de


engenharia, a Administração pode optar pelo PREGÃO.
• OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA:
Decreto 9.412/2018 - art. 23 da Lei nº 8.666/1993.

• Concorrência: acima de R$ 3,3 milhões


• Tomada de preços: R$ até R$ 3,3 milhões
• Convite: até R$ 330 mil
• Dispensa de licitação: até R$ 33 mil

• DEMAIS COMPRAS E SERVIÇOS:


• Concorrência: acima de R$ 1,43 milhões

• Tomada de preços: até R$ 1,43 milhões

• Convite: até R$ 176 mil

• Dispensa de licitação: até R$ 17,6 mil


• Definição de obras, serviços e compras de grande vulto (art. 6º, V): R$ 82,5 milhões (= 25
vezes o valor da concorrência para obras e serviços de engenharia);

• Limite para utilização do leilão para venda de bens móveis (art. 17, §6º): até R$ 1,43
milhões;

• Limite para aquisição por dispensa de licitação de produto para pesquisa e


desenvolvimento (art. 24, XXI): R$ 660 mil (=20% do valor da tomada de preços para obras e
serviços de engenharia);

• Limite para realização de audiência pública – licitações de imenso vulto (art. 39): R$ 330
milhões (=100 vezes o alor da concorrência para obras e serviços de engenharia);

• Limite para celebração de contrato verbal – pequenas compras de pronto pagamento (art.
60, parágrafo único): R$ 8.800,00;

• Limite para dispensa do recebimento provisório de obras e serviços (art. 74, III): R$ 176 mil
Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da
execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:
• PROCEDIMENTOS PARA A ABERTURA DE PROCESSO LICITATÓRIO

A fase interna do procedimento relativo às licitações públicas observará


a seguinte sequência de atos preparatórios:

a) solicitação expressa do setor requisitante interessado, com indicação


de sua necessidade;

b) aprovação da autoridade competente para início do processo


licitatório, devidamente motivada e analisada sob a ótica da
oportunidade, conveniência e relevância para o interesse público;
c) estimativa do valor da contratação, mediante comprovada pesquisa
de mercado;

d) indicação de recursos orçamentários para fazer face à despesa;

e) verificação da adequação orçamentária e financeira, em


conformidade com a Lei de responsabilidade Fiscal, quando for o caso;

f) elaboração de projeto básico, obrigatório em caso de obras e serviços;

g) definição da modalidade e do tipo de licitação a serem adotados.


• Com o advento da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000,
intitulada Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

• Outras exigências foram impostas ao gestor público para promover


licitações públicas, em especial quando a despesa se referir à:

• Criação:;

• Expansão;

• Aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da


despesa.
• NESSE CASO, SÃO CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A EFETIVAÇÃO
DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO A EXISTÊNCIA DE:

 estimativa de impacto orçamentário-financeiro no exercício em que


deva entrar em vigor a despesa e nos dois anos subsequentes;

 declaração do ordenador de despesa de que o aumento tem


adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e
compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias.
VISÃO SISTÊMICA DA CONTRATAÇÃO

Planejamento:
delimitação da Termo de Referência
Formalização (pedido) Pesquisas de mercado
necessidade e indicação (Projeto Básico)
de possível solução

Aprovação da minuta do Providências


Edital conforme a
edital e contrato pelo Aprovação do TR/PB orçamentárias de
modalidade licitatória
jurídico preparação

Seleção do fornecedor
Celebração do Contrato Execução e controle do
Publicações (disputa ou contratação
(ou outras formas) contrato
direta)
• PRESSUPOSTOS DA LICITAÇÃO

a) pressuposto lógico - pluralidade de objetos e de ofertantes -


licitação não é fim, é meio;

• b) pressuposto jurídico - meio apto para travar uma relação


jurídica (exceção: dispensa e inexigibilidade);

• c) pressuposto fático - existência de interessados em disputá-la.


A primeira peça do
processo licitatório:

O PEDIDO
PEDIDO
• Antecedência - Planejamento
• Origem: setor requisitante
• Destino: ordenador de despesas
• Indicação sucinta do OBJETO
• Indicação do recurso orçamentário
• Justificativa sintética

Análise: Aprovado?
Pedido Processo
conveniência e
submetido  Sim autuado
oportunidade
TERMO DE REFERÊNCIA E PROJETO BÁSICO

Termo de • Projeto Básico


Referência • Projeto Executivo

Pregão Demais modalidades


››Obras, serviços de
››Bens e serviços engenharia ou de T.I.
comuns
TERMO DE REFERÊNCIA

• Origem: setor requisitante (com auxílio dos demais setores


técnicos envolvidos)
• Justificar a necessidade da aquisição
– Motivos (Porquê?)
– Finalidade (Para que?)
– Fundamentação legal (Há respaldo legal?)
• Definir objetivamente o objeto, sem restrições injustificadas e
com todas as justificativas técnicas
• Definição das unidades e das quantidades em função do
consumo provável mediante adequadas técnicas
quantitativas de estimação
• Qualificação técnica
 EXEMPLOS DE JUSTIFICATIVA
OBJETO: Aquisição de veículos, do tipo passeio e utilitário, para atender as
necessidades de renovação da frota do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão – MP

JUSTIFICATIVA
- A aquisição é viável e pode ser considerada da maior conveniência, visto que, da
frota de 34 (trinta e quatro) em operação, 54% (cinquenta e quatro por cento) se
encontram com mais de 7 (sete) anos de uso, sendo que, 03 (três) destes,
encontram-se em situação precária em decorrência da utilização prolongada, o que
os torna antieconômicos, de manutenção onerosa e baixo rendimento, com
recorrentes idas e permanências em oficinas ao longo do ano;
- Foi procedida consulta ao Departamento de Logística e Serviços Gerais – DLSG,
que, por meio do Memo n.º 395/2000/CGLOG, de 25/10/2000, informou não
haver, no presente momento, disponibilidade de veículos para fins de
reaproveitamento por este Ministério. Sendo assim, conforme dispõe a Instrução
Normativa n.º 09 de 26/08/1994, cabe a esta Subsecretaria de Planejamento,
Orçamento e Administração – SPOA, como Unidade responsável pelas Atividades
de Serviços Gerais deste Ministério, elaborar o Plano Anual de Aquisição de
Veículos – PAAV, objetivando suprir deficiências ou renovação da sua frota;
OBJETO: Serviços de telefonia
JUSTIFICATIVA:
A contratação do Serviço Telefônico Fixo Comutado na modalidade Local, Longa
Distância Nacional e o Serviço Telefônico Fixo Comutado na modalidade Longa Distância
Internacional de caráter continuado, se justifica em manter em perfeito funcionamento
as Unidades Penais Federais no tocante aos serviços de comunicação entre os setores
da Penitenciária, através de transferência de ramais, na continuidade dos serviços
administrativos, nas inclusões, remoções, transferências de presos, marcação de visitas
aos internos, marcação de visitas com os advogados, comunicação com as demais
Unidades do Sistema Penitenciário Federal, com a sede do Departamento Penitenciário
Nacional e com os demais órgãos da Administração pública.
O quantitativo mensal de minutos, constante neste Termo de Referência, foi estimado
em dados estatísticos dos contratos anteriores e na demanda de uso dos períodos
anteriores. O serviço telefônico correspondente a Longa distância internacional se
justifica pela iminência do uso, uma vez que o Sistema Penitenciário Federal custodia
presos ligados a crimes transnacionais.
Por se tratar de custodiar presos de alta periculosidade, conforme determina a Lei de
Execução Penal, a Penitenciaria Federal custodia presos nacionais e transnacionais,
prevendo as mesmas necessidades com outros países, necessitando de ligações
internacionais.
OBJETO: Aquisição e instalação de aparelhos de ar-condicionado, tipo split, destinados
às Penitenciárias Federais em Mossoró/RN, em Porto Velho/RO e em Campo
Grande/MS.

JUSTIFICATIVA: O ambiente climatizado é imprescindível, não só pelas altas


temperaturas das cidades onde estão situadas as Unidades Penais Federais citadas,
mas pela composição dos ambientes na unidade penal, com utilização de
microcomputadores, monitores, central PABX, servidores e outros equipamentos para
monitoramento dos ambientes das referidas Penitenciárias. Todos os aparelhos citados
necessitam de ambiente com temperatura adequada para o seu funcionamento,
mesmo porque são fontes geradoras de calor, podendo na inexistência de ar
condicionado, aumentar a temperatura ambiente, inclusive gerando algum dano, por
serem utilizados sob calor intenso, ou seja, sem refrigeração.
Os municípios de Mossoró/RN e de Porto Velho/RO têm temperaturas superiores a
40°C no verão.
Ressaltamos que as especificações, inclusive suas capacidades, foram fruto de estudo
da metragem dos ambientes onde serão instalados os equipamentos, inclusive com a
observância de itens geradores de calor, como computadores, monitores e o número
de ocupantes.
Além disto, as especificações são comuns no mercado e possibilitam grande
concorrência entre os diversos fabricantes existentes no país.
Os quantitativos correspondem à demanda das unidades penais.
OBJETO: Formação de registro de preços para aquisição de aparelho de
barbear, escova dental, sabonete 90 gramas, creme dental, desodorante tipo roll
on, cortadores de unha em inox grande, sabão em barra, par de tênis, par de
sandálias, absorventes higiênicos externos, fraldas descartáveis, porta-
cápsula, papel higiênico, papel toalha, sabonete líquido, álcool gel, saboneteira
e porta papel toalha com entrega parcelada e descentralizada, para as
Penitenciárias Federais.

JUSTIFICATIVA: O DEPEN se obriga a adquirir todos os insumos necessários para que no


momento da visita seja utilizado pelos visitantes e crianças, evitando a entrada de objetos
que possam trazer risco a Penitenciária, garantindo assim maior segurança aos detentos e
aos servidores do local.
A aquisição dos materiais, objeto deste Termo de Referência não estão previstos nos
contratos firmados com as empresas que prestam os serviços de limpeza e conservação nas
Penitenciárias Federais.
O quantitativo leva em conta o uso contínuo por 208 presos previstos em cada Unidade
Penal Federal.
O creme dental e o sabonete não poderão ser da cor branca e nem de cores claras devido às
questões de segurança. Pelo fato da parede da cela ser da cor branca não poderão ser
entregues os referidos materiais em cores claras, pois podem ser usados para cobrir buracos
nas paredes onde os presos venham esconder objetos não permitidos, tornando difícil a
visualização do Agente Penitenciário no procedimento de revista de cela. (continua...)
O quantitativo de 18.798 cremes dentais justifica-se pela periodicidade de troca, que
ocorre a cada 21 dias, necessitando de 4.699 unidades para atender os 208 presos
previstos na lotação, anualmente, em cada Unidade Penal Federal.
O quantitativo de 1.400 cortadores de unha justifica-se pela necessidade de
individualização deste material por preso a fim de se evitar a transmissão de doenças. O
cortador de unha é de uso contínuo e pessoal sendo indispensável o seu fornecimento
aos presos de cada unidade Penal Federal.
O quantitativo de 7.030 escovas dentais justifica-se pela periodicidade de troca, que se
dá a cada 08 semanas, necessitando de 1.757 unidades anuais para cada Unidade Penal
Federal.
O quantitativo de 56.243 sabonetes 90 gramas justifica-se pela periodicidade de troca,
que se dá a cada 07 dias, sendo necessárias 14.060 unidades para atender os 208
presos, previstos na lotação, durante as 52 semanas no ano, em cada Unidade Penal
Federal.
O quantitativo de 18.798 desodorantes justifica-se pela periodicidade de troca, que se
dá a cada 21 (vinte e um) dias, sendo necessárias 4.699 unidades para atender os 208
presos, previstos na lotação, anualmente, em cada Unidade Penal Federal.
O quantitativo de 19.968 barbeadores justifica-se pela periodicidade de troca, que
ocorre a cada 14 dias, necessitando de 540 unidades mensal e 6.489 unidades anuais
para cada Unidade Penal Federal. (continua...)
O material é de uso pessoal e consumido diariamente. Isto implica na existência de um
estoque mínimo para o devido fornecimento. No entanto é mais conveniente a previsão
de entregas parceladas dos referidos materiais a fim de se evitar a formação de grandes
estoques nas Penitenciárias. E ainda, devido às entradas e saídas de presos do Sistema
Penitenciário Federal o quantitativo dos materiais varia de acordo com a demanda de
cada uma das 4 (quatro) Penitenciárias Federais.
A periodicidade da troca dos materiais é regulada pela Portaria n° 63/2009-DEPEN/MJ. A
Portaria não prevê os quantitativos e a periodicidade das entregas dos tênis e das
sandálias, no entanto prevê a substituição destes materiais logo que se apresentem em
más condições de uso.
Visto que os internos desempenham atividades esportivas usando os tênis e usa as
mesmas sandálias durante todo o tempo, verifica-se um desgaste frequente em tais
materiais. Assim, justifica o quantitativo dos materiais exposto no anexo I deste Termo de
Referência.
Para estimar a quantidade dos materiais citados no objeto deste Termo de Referência
(anexo I-A) foi utilizada a ocupação de 208 presos em cada unidade penal e os prazos de
reposição regulados pela Portaria n° 63/2009-DEPEN/MJ. Devido à rotatividade de presos
e os materiais serem de uso pessoal, estimou-se o quantitativo total anual com uma
margem de 30% acima.
Os materiais adquiridos por este órgão, através do último Pregão 19/2010, já foram
empenhados na sua totalidade e por isso justifica um novo procedimento licitatório.
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

• “Termo de referência é o documento que deverá conter


os elementos técnicos capazes de propiciar a avaliação
do custo com a contratação e os elementos técnicos
necessários e suficientes, com nível de precisão
adequado para caracterizar o serviço a ser contratado e
orientar a execução e fiscalização contratual.”
(IN 02/08, anexo II.)

• A elaboração do termo de referência é obrigatória? E nas


contratações diretas?
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

EXEMPLO:

• Uma secretaria precisa adquirir papel A4 para


diversas escolas.

O que se faz necessário saber para realizar a compra


adequada desse bem?
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

IMPRESCINDÍVEL:
• Saber qual o papel necessário;
• Qual qualidade do papel;
• Conhecer o quantitativo necessário ao setor requisitante;
• Obter o valor de mercador do objeto a ser adquirido;
• Decidir se o objeto será entregue em único local ou nas diversas
unidades;
• Informar quem irá gerenciar o respectivo contrato;

No T.R estarão todas as dimensões do objeto que se pretende


contratar por pregão. Se for deficiente ou omisso, certamente
conduzirá o certame ao fracasso.
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

• Check list :
– Necessidade;
– Definição do objeto;
– Justificativa;
– Especificação do objeto;
– Responsabilidade das partes;
– Estimativa de custos (pesquisa de mercado);
– Cronograma físico‐financeiro; Condições de recebimento;
– Critérios de escolha da proposta;
– Definição da empreitada;
– Prazo de execução;
– Procedimentos de gerenciamento e fiscalização
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

• ELEMENTOS:
• Necessidade
– É o problema a ser atendido (não confundir com a
solução!);
– Exigir os requisitos indispensáveis;
– Exigências restritivas;

Qual a Determinado órgão deflagrou licitação para suprir sua


necessidade? necessidade de utilização de 50 dispositivos de memória
externa (HD’s externos de 1tb) para as unidades
administrativas.
Essa necessidade descrita está corretamente definida?
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

• ELEMENTOS:

• Definição do objeto
– É a solução para o problema;
– Adequação à necessidade;
– Economicidade;
– Ampliação da competição, salvo se não for tecnicamente
possível.
– Delimitação completa do objeto – ênfase na necessidade;
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

• ELEMENTOS:

• Justificativa
– Motivar a solução escolhida;
– Justificar eventuais descrições restritivas;
– Benefícios diretos e indiretos;
– Agrupamentos de itens em lotes;
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

• ELEMENTOS:

• Especificação do objeto
– Definição precisa, suficiente e clara;
– Evitar detalhamento excessivo e desnecessário;
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA

• ELEMENTOS:

• Detalhamento
– No critério menor preço;
– Cuidados com as restrições;
– Direcionamentos;
– Padrão Final de qualidade;
– Indicação de marca – Art. 7º, §5º, Lei 8.666/93;
ELABORAÇÃO DE TERMO DE REFERÊNCIA
• ELEMENTOS:
• Parcelamento X Fracionamento
– Fracionamento – Fraude;
– Parcelamento do objeto
• Art. 23, §1º, Lei nº 8.666/93;
• Aproveitamento dos recursos disponíveis;
• Ampliação da competitividade;

• Itens e Lotes
– Desempenho;
– Vantagem;
– Garantir satisfatória execução e a integridade do conjunto
do objeto;
Compromete a
execução
Viabilidade
técnica
• Há casos obrigatórios Parcelas
independentes
• Há casos facultativos
• E há casos impossíveis Economia de
escala
Viabilidade
Parcelar?
econômica
Ampliar a
competitividade

Racionalização da
licitação
Questões
administrativas
Gestão contratual
TIPOS DE LICITAÇÃO:

O tipo de licitação não deve ser confundido com modalidade de licitação.

Tipo é o critério de julgamento utilizado pela Administração para seleção da


proposta mais vantajosa.

MODALIDADE É PROCEDIMENTO.

Os tipos de licitação mais utilizados para o julgamento das propostas são os
seguintes:

MENOR PREÇO.

 Seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração é a de


menor preço.
MELHOR TÉCNICA.

A proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida com


base em fatores de ordem técnica.

É usado exclusivamente para serviços de natureza


predominantemente intelectual, em especial na elaboração de
projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de
engenharia consultiva em geral, e em particular, para elaboração de
estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.
TÉCNICA E PREÇO

A proposta mais vantajosa para a Administração é escolhida com


base na maior média ponderada, considerando-se as notas obtidas
nas propostas de preço e de técnica. É obrigatório na contratação de
bens e serviços de informática, nas modalidades tomada de preços e
concorrência.

MAIOR LANCE OU MELHOR OFERTA – Ocorre para os casos


de leilão.
FASES DA LICITAÇÃO.

Os atos de licitação devem desenvolver-se em seqüência lógica, a partir da


existência de determinada necessidade pública a ser atendida.

O procedimento tem início com o planejamento e prossegue até a assinatura do


respectivo contrato ou a emissão de documento correspondente, em duas fases
distintas:

FASE INTERNA OU PREPARATÓRIA.

Delimita e determina as condições do ato convocatório antes de trazê-las ao


conhecimento público.

FASE EXTERNA OU EXECUTÓRIA.

Inicia-se com a publicação do edital ou com a entrega do convite e termina com a


contratação do fornecimento do bem, da execução da obra ou da prestação do
serviço.
 ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DE LICITAÇÃO

Ambos os institutos da REVOGAÇÃO e da ANULAÇÃO estão previstos


no artigo 49 da Lei nº 8.666/93.

A REVOGAÇÃO DA LICITAÇÃO se justifica quando esta decorre de fato


superveniente devidamente comprovado, e de motivação, pertinentes e
suficientes para justificar tal conduta.

A ANULAÇÃO DA LICITAÇÃO ocorre de forma obrigatória quando


constatada ilegalidade nesta, onde, a administração pública pode agir de ofício
ou mediante provocação de terceiros interessados, via parecer escrito e
fundamentado.

§ 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não


gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59
desta Lei.

É a hipótese da ilegalidade ser imputável à própria Administração, onde esta


deverá ela mesma promover a responsabilidade de quem lhe deu causa.
§ 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato,
ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

A nulidade induz àquela postulada nos contratos, ficando a Administração


obrigada a indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data
em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados,
contanto que não lhe seja imputável.

§ 3o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o


contraditório e a ampla defesa.

§ 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do


procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação.
ADJUDICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE LICITAÇÃO.

Nos termos do artigo 38, inciso VII do Estatuto das Licitações e


Contratos Administrativos, a ADJUDICAÇÃO ocorre antes da
HOMOLOGAÇÃO:

Artigo 38 – O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de


processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado,
contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do
recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:

VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;


ADJUDICAÇÃO: após o julgamento das propostas, ao licitante
vencedor será adjudicado o objeto licitado .

COMPETE A COMISSÃO DE LICITAÇÃO realizar o


julgamento das propostas e adjudicar o objeto da licitação à licitante
vencedora.

HOMOLOGAÇÃO: após a fase de julgamento, Adjudicação e


decorridos todos os prazos de recurso, a autoridade competente
ratificará todos os atos anteriores confirmando sua validade perante a
lei.

COMPETE A AUTORIDADE SUPERIOR, o ato de homologar a


licitação confirmando todos os atos praticados no procedimento
licitatório.
LICITAÇÃO DISPENSADA, DISPENSA DE LICITAÇÃO E INEXIGIBILIDADE DE
LICITAÇÃO.

 A regra geral que disciplina as contratações públicas tem como premissa


a obrigatoriedade da realização de licitação para a aquisição de bens e a
execução de serviços e obras.

 Como em toda regra há exceções, não seria diferente com a Lei de


Licitações (lei nº. 8.666/93). Esse diploma legal dispõe algumas hipóteses
nas quais, a obrigatoriedade de realizar licitação estará afastada.
• LICITAÇÃO DISPENSADA, DISPENSA DE LICITAÇÃO E
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO.

 Pode-se classificar essas hipóteses em três figuras distintas:


a licitação dispensada, a licitação dispensável e a inexigibilidade
de licitação.

 Na Licitação Dispensável, o administrador, se quiser, poderá


realizar o procedimento licitatório, sendo, portanto, uma faculdade.

 Com relação à Licitação Dispensada, o administrador não pode


licitar, visto que já se tem a definição da Pessoa (Física ou Jurídica),
com quem se firmará o contrato.
Assim, na licitação dispensada não existe a faculdade para se fazer a
análise do caso concreto, inclusive com relação ao custo-benefício
desse procedimento e a bem do interesse público, levando-se em
conta o princípio da eficiência, pois, em certas hipóteses, licitar pode
não representar a melhor alternativa.

Já a inexigibilidade de licitação se refere aos casos em que o


administrador não tem a faculdade para licitar, em virtude de não
haver competição ao objeto a ser contratado, condição imprescindível
para um procedimento licitatório.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à
existência de interesse público devidamente justificado, será precedida
de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
DISPENSA DE LICITAÇÃO

Dispensa, juntamente com inexigibilidade, são formas anômalas de contratação


por parte da Administração Pública.

Por isso, devem ser tidas como exceções a serem utilizadas somente nos casos
imprescindíveis. A Lei 8.666/93 ampliou consideravelmente o leque de
possibilidades de se dispensar o procedimento licitatório.

A dispensa é figura que isenta a Administração do regular procedimento


licitatório, apesar de no campo fático ser viável a competição. Pela exigência de
vários particulares que poderia ofertar o bem ou serviço.
 É de se inferir que a dispensa de licitação, prevista tanto no art. 17 quanto
no art. 24 da Lei 8.666/93, só deve ocorrer por razões de interesse público.

 Obviamente, nesses casos, a realização da licitação viria tão-somente


sacrificar o interesse público, motivo pelo qual o legislador concedeu ao
administrador a faculdade de dispensar o certame nos casos expressamente
previstos.

 A dispensa de licitação só deve acontecer em estrita observância aos casos


nomeados nos o incisos do art. 24 do Estatuto Licitatório.

 Quando houver dúvida a respeito de exigência ou não da licitação, deve-se


realizar o certame.
 LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (Art. 24):

I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento)
do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que
não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para
obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser
realizadas conjunta e concomitantemente;

II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do
limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para
alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a
parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que
possa ser realizada de uma só vez;

III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;


IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar
prejuízo ou omprometer a segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os
bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e
para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos,
contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação
dos respectivos contratos;

V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,


justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração,
mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;

VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular


preços ou normalizar o abastecimento;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou
forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes,
casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e,
persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou
serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos
serviços;

VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de


bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre
a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico
em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;

IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança


nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República,
ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de
bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre
a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico
em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;

IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança


nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República,
ouvido o Conselho de Defesa Nacional;

XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros


perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos
licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço
do dia;
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento
institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso,
desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos;

XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo


internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as
condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder
Público;

XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos


históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou
inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso
da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de
serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos
ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim
específico;

XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou


estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de
garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia;

XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de


navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de
deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos,
aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de
movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos
prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das
operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do
inciso II do art. 23 desta Lei:
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com
exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver
necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio
logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de
comissão instituída por decreto;

XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem


fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da
Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de
mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado;

XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e


desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a
20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea “b” do inciso I do caput
do art. 23;
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica
e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo
as normas da legislação específica;

XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de


economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou
alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado;

XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as


organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de
governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT
ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o
licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida;

XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou


com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços
públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de
consórcio público ou em convênio de cooperação;

XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de


resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema
de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas
formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas
pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de
equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde
pública;
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade
tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão
especialmente designada pela autoridade máxima do órgão;

XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos


contingentes militares das Forças Singulares brasileiras
empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente
justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e
ratificadas pelo Comandante da Força;

XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou


privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de
assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional
de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura
Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal;
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts.
3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados
os princípios gerais de contratação dela constantes;

XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de


produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito
da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato
da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes
produtos durante as etapas de absorção tecnológica;

XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a


implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à
água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as
famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de
água;
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno
de insumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por
fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade
apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou
fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento
institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na
gestão administrativa e financeira necessária à execução desses projetos,
ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos
estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso
XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em
data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;
XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de
estabelecimentos penais, desde que configurada situação de grave e iminente
risco à segurança pública.

§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20%


(vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios
públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou
fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas.

§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a


administração pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se
aplica aos órgãos ou entidades que produzem produtos estratégicos para o
SUS, no âmbito da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme
elencados em ato da direção nacional do SUS.

§ 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a


obras e serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em
regulamentação específica.

§ 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9º à hipótese


prevista no inciso XXI do caput.
OUTRAS HIPÓTESES DE LICITAÇÃO DISPENSADA

As hipóteses de ocorrência de licitação dispensada estão


dispostas in verbis no art. 17, incs. I e II da Lei nº. 8.666/93, que se
apresentam por meio de uma lista que possui caráter exaustivo,
não havendo como o administrador criar outras figuras:

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública,


subordinada a existência de interesse público devidamente
justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes
normas:

I - Alienação de bens imóveis (art. 17, I).

Regra geral: interesse público, avaliação, autorização legislativa


para Administração direta, autárquica e fundacional e
concorrência.
EXCEÇÃO - LICITAÇÃO DISPENSADA:

a) dação em pagamento;
b) doação, só para órgão ou entidade da Administração
Pública;
c) permuta, por outro imóvel cuja localização condicione a
escolha;
d) investidura;
e) venda à entidade da Administração Pública;
f) alienação, concessão de direito real de uso, locação ou
permissão de uso de imóveis para programas habitacionais;

II - Alienação de bens móveis (art. 17, II)


Regra geral: interesse público, avaliação e licitação.
LICITAÇÃO DISPENSADA:

a) doação para fins de uso de interesse social;


b) permuta entre órgãos e entidades da Administração Pública;
c) venda de ações em bolsa;
d) venda de títulos na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgão ou
entidade, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outro órgão ou
entidade da Administração Pública.
Podemos dizer que as principais hipóteses de licitação
dispensada estão voltadas para os institutos da dação em
pagamento, da doação, da permuta, da investidura, da alienação
de alguns itens, da concessão do direito real de uso, da locação e
da permissão de uso.

Além desses incisos, o art. 17 apresenta, ainda, o § 2º, que


dispõe sobre a possibilidade de licitação dispensada quando a
Administração conceder direito real de uso de bens imóveis, e
esse uso se destinarem a outro órgão ou entidade da
Administração Pública.
Essas figuras têm como característica a impossibilidade de
se obter um procedimento competitivo, pois em alguns
casos, inclusive, já se tem o destinatário certo do bem,
como por exemplo, na dação em pagamento.

Dessa maneira, um fator importante a ser considerado na


aplicação desse permissivo, é que qualquer alienação, tanto
de bens móveis, quanto de bens imóveis, deve ser precedida
de uma avaliação prévia da Administração, com a definição
de um valor mínimo, para fim de orientar os procedimentos,
sem ferir o interesse público, nem tampouco a legalidade.
HIPOTESE EM QUE A LICITAÇÃO É DISPENSADA:

Em razão do Pequeno valor (incisos I e II);

Em situações Excepcionais (Incisos III, IV, V, VI, VII, IX, XI, XIV e
XVII);

Em razão do objeto ( incisos X,XII,XV, XVII, XIX e XXI);

Em razão da pessoa (incisos VIII, XIII, XVI, XX, XXII, XXIII e XXIV)
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Quando houver inviabilidade de competição (art. 25) e, em
especial:

I) para aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que


só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou
representante comercial exclusivo, vedada preferência de
marca, exigida comprovação de exclusividade por
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda,
por entidades equivalentes;

II) serviços técnicos enumerados no art. 13, de natureza


singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização (não aplicável à publicidade ou divulgação);
III) para contratação de profissional de qualquer setor
artístico consagrado.

- A enumeração não é exaustiva.

- Sociedade de Economia Mista que explora atividade


econômica.

- Venda de produtos => licitação é inexigível por falta


de pressuposto jurídico (outro bem jurídico
prevalece) => - interesse social.

- segurança nacional.

- Veja art. 17, II, "c" e "e" => licitação dispensada.


SERVIÇOS TÉCNICOS DA NATUREZA SINGULAR

- Art. 25, § 1º => notória especialização => conceito do


profissional permite inferir que seu trabalho é essencial e o
mais adequado.

- Art. 13 => serviços técnicos profissionais especializados =>


para haver inexigibilidade, tem de estar caracterizado um
serviço de natureza SINGULAR.

O desempenho de tal serviço deve demandar qualificação


incomum.
JUSTIFICAÇÃO DE DISPENSA E DE INEXIGIBILIDADE

- Art. 26 => Justificadas e comunicadas em 3 dias à entidade superior


para ratificação e publicação em 5 dias na imprensa oficial
(condição de eficácia):

- art. 17, § 2º, § 4º;

- art. 24, inciso III a XXIV;

- art. 25 => inexigibilidade;

- art. 8º, § único => retardamento proibido de obra com previsão


orçamentária e financeira.
Habilitação jurídica

Declaração quanto Qualificação


a trabalho infantil Técnica

Habilitação

Qualificação
Regularidade fiscal
econômico -
e trabalhista
financeira
• HABILITAÇÃO JURÍDICA:
– É a comprovação da existência regular e civil da licitante
– Depende do tipo da licitante
• Regularidade fiscal e trabalhista:
– Inscrição no CPF ou CNPJ
– Inscrição municipal ou estadual de acordo com o ramo e
compatível com o objeto
– REGULARIDADE com as fazendas federal, estadual e
municipal da sede da licitante
– Trabalhista: novidade. Cuidado para com a
responsabilização futura
– REGULARIDADE com a Seguridade Social e com o FGTS
– Certidão negativa junto à Justiça Trabalhista
• QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

– Boa situação financeira: balanço patrimonial e demonstrações


contábeis
– Certidão negativa de falência da sede da licitante
– Garantia – Limitada a 1% do valor estimado – ATENÇÃO: vedado para o
Pregão (art. 5º, I, 10.520/02)
• Não confundir com garantia para a contratação (art. 56 da
8.666/93)
– SEMPRE proporcional à parcela do objeto sobre a qual a licitante
apresenta proposta
Registro da empresa na entidade
profissional competente

Atestados registrados nas entidades


profissionais competentes

INDICAÇÃO das instalações, do


Operacional aparelhamento e do pessoal técnico

Prova de atendimento de requisitos


previstos em lei especial, quando o caso

ATENÇÃO: Vistoria prévia


INDICAÇÃO de responsável técnico
inscrito na entidade profissional
competente
INDICAÇÃO de responsável técnico inscrito
na entidade profissional competente
Profissional
Atestados do responsável técnico
registrados na entidade competente
ANOTAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
• Possibilidade de soma de atestados
• Não limitação de tempo – é a regra
• Somente para parcelas relevantes do objeto
• Somente condições que sejam POSSÍVEIS de fiscalizar
• Fornecimento de bens: exigência de atestados é razoável
quando envolver logística diferençada – ao contrário, o
risco é zero
• Não se pode exigir a apresentação de certificações
específicas e emitidas por organismos privados que
atuam no mercado
• Exigência de execução anterior limitada a 50% do objeto
licitado – somente para a empresa (há exceções)
Empresas e
Problemas profissionais
Soluções mais
mais mais
complexas
complexos competentes e
especializados
FRACIONAMENTO DA DESPESA

• O que é?
• Casos
– Várias contratações
– Aditivos
– Várias dispensas (em razão do valor)
• Como evitar?
– Planejamento
– Pregão

 ATENÇÃO: Prorrogações contratuais


SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP

• Conceito
• Finalidade
• Características
• Obrigatoriedade
• Vantagens
• Desvantagens
• Procedimentos
• Decreto Estadual 18.340/13

• O Sistema de Registro de Preços, quando bem usado, é uma das mais


SRP eficientes ferramentas de planejamento das contratações públicas.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP

• O sistema de registro de preços constitui ferramenta colocada à disposição


da Administração para viabilizar a contratação de bens e serviços de
consumo constante e de difícil mensuração, por meio do qual é firmado
compromisso de contratação com terceiros, materializado na ata
de registro de preços.

• Até mesmo em função das particularidades desse sistema, será possível


adotá-lo diante de demandas padronizadas, o que impede sua adoção para
serviços de engenharia mais complexos.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP

• Cuidado com a definição dos quantitativos

• Quantitativos mínimos e máximos

• Preços inalterados

• Licitação posterior: preferência do detentor da primeira ata

• Divulgação dos preços

• Precedido de AMPLA pesquisa de mercado

• Prazo de validade

• Cronograma de desembolso
SRP – ADESÃO

• Para a formalização de carona em ata de registro de preços,


devem ser obedecidos os seguintes critérios:

– a) aquisições ou contratações adicionais a atas de registro de preços


não poderão exceder, por órgão ou entidade, a 100% (cem por cento)
dos quantitativos dos itens do instrumento convocatório e
registrados na ata de registro de preços para o órgão gerenciador e
órgãos participantes;

– b) o instrumento convocatório deverá prever que o quantitativo


decorrente das adesões à ata de registro de preços não poderá
exceder, na totalidade, ao quíntuplo do quantitativo de cada item
registrado na ata de registro de preços;
SRP – ADESÃO

• c) deverá ser previamente demonstrada a viabilidade econômica,


financeira e operacional da adesão à ata de registro de preços por
outro órgão ou entidade diversa do beneficiário do registro de
preços, mediante avaliação e exposição em processo próprio
interno, inclusive por meio de cotação de preços (formalismo
processual), estendendo-se as mesmas vantagens auferidas pelo
gestor da ata;

• d) na hipótese de o edital do registro de preços prever o instituto


do “carona”, o licitante que pretender fornecer ao “carona” deverá
demonstrar sua qualificação técnica e econômica relativamente a
esse quantitativo adicional, demonstrando a aptidão também para
esse fornecimento;

• e) deverá ser comprovada a vantagem para que o “carona” possa


usar a ata de registro de preços da qual não tenha participado do
certame licitatório, em razão dos preços e condições do Sistema de
Registro;
SRP – ADESÃO

• f) a prévia Consulta e anuência do órgão gerenciador da ata de


registro de preços, uma vez concedida, deverá indicar os possíveis
fornecedores e respectivos preços a serem praticados, obedecida a
ordem de classificação;

• g) a aceitação do fornecedor beneficiário da contratação pretendida


fica condicionada à demonstração da ausência de prejuízos às
obrigações assumidas na ata de registro de preços;

• h) deverão ser mantidas as mesmas condições existentes na ata de


registro de preço;

• i) o prazo de validade da ata de registro de preços não poderá ser


superior a um (1) ano, nos termos do inciso III do § 3º do artigo 15
da Lei nº 8.666/1993, sendo vedadas prorrogações que ultrapassem
o prazo fixado nesse dispositivo legal, observando-se, ainda, o
quanto dispõe a Decisão Normativa n. 03/2014/TCE-RO.
SRP – ADESÃO

Termo de Referência Análise do TR Pesquisa de Mercado

Comprovar a
Anuência do órgão vantajosidade pela Verifica existência de
gerenciador Adesão em Registro de Preço
detrimento a licitação

Anuência da empresa Aprovação assessoria Procedimentos para


detentora da Ata jurídica contratação
MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

• Capítulo V da Lei Complementa 123/2006 e suas


alterações
Lei Complementar 123/2006 e suas alterações

• Art. 47. Nas contratações públicas da administração direta e


indireta, autárquica e fundacional, federal, estadual e municipal,
deverá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado
para as microempresas e empresas de pequeno porte
objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e
social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência

das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica.


Lei Complementar 123/2006 e suas alterações
• Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei
Complementar, a administração pública:

– I - deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à


participação de microempresas e empresas de pequeno porte nos itens
de contratação cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

– II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados à aquisição


de obras e serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de
microempresa ou empresa de pequeno porte;

– III - deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens de


natureza divisível, cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto
para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.
Lei Complementar 123/2006 e suas alterações

• § 2o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, os empenhos e


pagamentos do órgão ou entidade da administração pública poderão ser
destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno porte
subcontratadas.

• § 3o Os benefícios referidos no caput deste artigo poderão,


justificadamente, estabelecer a prioridade de contratação para as
microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local ou
regionalmente, até o limite de 10% (dez por cento) do melhor preço válido.
Lei Complementar 123/2006 e suas alterações

• Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar
quando:

– II - não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos


enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados
local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no
instrumento convocatório;

– III - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e


empresas de pequeno porte não for vantajoso para a administração pública
ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;

– IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da


Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, excetuando-se as dispensas tratadas
pelos incisos I e II do art. 24 da mesma Lei, nas quais a compra deverá ser
feita preferencialmente de microempresas e empresas de pequeno porte,
aplicando-se o disposto no inciso I do art. 48.
Lei Complementar 123/2006 e suas alterações

• Benefícios Obrigatórios:

1. Reserva de Cotas – até 25%;

2. Licitação Exclusiva de até R$80.000,00 (global ou por lote);

3. Adiamento da Regularidade Fiscal;

4. Lance de Desempate (5% ou 10%, conforme o caso);

5. Preferência para empresa local com valor superior. (§3º Art. 48, LC

123/06 combinado com I e II, § 2º, Art. 1º Decreto 8.538/15)


Lei Complementar 123/2006 e suas alterações

• Adjudicação

• Dois lotes/grupos

– Mesma empresa e mesmo preço (Ok)

– Mesma empresa e Valores diferentes (Vale menor preço)

• (§ 3º Art. 8º Decreto 8.538/15)

– Diferentes empresas e valores diferentes (Ok, prudente negociar)


Lei Complementar 123/2006 e suas alterações

• Na hipótese de não haver vencedor para a cota reservado poderá


adjudicar ao vencedor da cota principal ou, diante de recusa aos licitantes
remanescentes, desde que pratiquem o preço do primeiro colocado.
Desde que previsto em edital (§ 2º Art. 8º Decreto 8.538/15);

• Nas licitações de SRP ou entregas parceladas, deverá dar prioridade de


aquisição aos produtos das cotas reservadas (§ 4º Art. 8º Decreto
8.538/15).
• A Administração Pública em geral deverá restringir a utilização
do critério de julgamento menor preço por lote, reservando-a
àquelas situações:

• a fragmentação em itens acarretar a perda do conjunto;

• perda da economia de escala;

• redundar em prejuízo à celeridade da licitação;

• ocasionar a excessiva pulverização de contratos ou resultar


em contratos de pequena expressão econômica.
Bom estudo!
“Se você encontrar um caminho sem obstáculos, ele
provavelmente não leva a lugar nenhum”.
(Frank Clark)

Um “não” dito com convicção é melhor e mais


importante que um “sim” dito meramente para agradar,
ou pior ainda, para evitar complicações. (Mahatma
Gandhi)

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