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1. INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………3
2. OS VASOS ANTROPOMÓRFICOS………………………………………………..4
3. A FÁBRICA DE MIRAGAIA………………………………………………………….7
3.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
6.1. DESCRIÇÃO
7. REGISTO FOTOGRÁFICO…………………………………………………………..22
8. BIBLIOGRAFIA………………………………………………………………………...23
Trabalho Final de Faiança Portuguesa Caneca Antropomórfica de Miragaia – Regina Maria Rocha Novais
1. INTRODUÇÃO
Através da Dra. Margarida Rebelo foi-nos concedido o acesso a esta peça que se
encontra nas reservas do museu, bem como nos foi disponibilizada toda uma vasta
bibliografia sobre faiança portuguesa, Toby Jugs e a ficha de inventário do objeto,
além de uma entrevista na qual a Dra. Margarida nos forneceu informações
riquíssimas.
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2. OS VASOS ANTROPOMÓRFICOS
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3. OS TOBY JUGS
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Outra inspiração para os Toby Jugs foi Sir Toby Belch, personagem cômico, glutão e
beberrão da peça Twelfth Night de William Shakespeare, escrita por volta de 1601-
1602. Entretanto, a versão mais famosa e aceite é que as canecas antropomórficas
retratam Toby Philpot, personagem do poema The Brown Jug, escrito em 1761 por
Francis Fawkes que descreve como os restos mortais do beberrão transformaram-se
em barro no túmulo, que foi apanhado por um oleiro que o transformou num canjirão.
Após a publicação do poema a editora inglesa Carver and Bowles publicou uma
gravura da tal personagem fictícia Toby Philpot, representada como um senhor
embriagado, de aspecto bonachão e jovial, com uma caneca de cerveja numa mão e
um cachimbo na outra. Diz-se ainda que Toby Philpot era na verdade Harry Elwes, um
homem de Yorshire que bebeu 2.000 litros de cerveja numa caneca castanha.
Fig. 9 – Toby Jug, Fig. 10 – Toby Jug atribuído Fig. 11 – The Long Face Toby Jug,
atribuído a Whieldon a Ralph Wood Ralph Wood
Seja qual for a lenda, o certo é que após a publicação da gravura em 1761, os oleiros
de Sttafordshire transcreveram para a faiança a personagem e imortalizaram o Toby
Jug. Não se pode dizer com precisão qual o primeiro oleiro a fazer a caneca, mas
supõe-se que tenha sido Ralph Wood. A tradicional caneca representa um homem
sentado sobre um banco, cadeira, mala de viagem ou montículo de terra, trajando
roupas populares típicas do século XVIII e chapéu tricórnio na cabeça, o qual serve de
tampa. Por vezes tem entre as pernas um barril. O período áureo dos Toby Jugs
ingleses vai de 1760/70 a 1820/30 e foi amplamente copiado em toda a europa.
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4. A FÁBRICA DE MIRAGAIA
4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
“Para se suprir este desmazelo….se provia esta capital e o Reino inteiro e os seus
Domínios Ultramarinos de louças estrangeiras que a esta chegavam de Sevilha 7
embarcações inteiras, de Valença, Gênova, Veneza, Holanda e França em caixas, e todas
estas louças eram de barro vidrado de branco com as suas pinturas azuis. Também
havia louça inglesa…de pó de pedra”.¹
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1 Citado por Vasco Valente no livro Cerâmica Artística Portuense dos Séculos XVIII e XIX, extraído de um
extrato da Alfândega de 1793, da autoria de Manuel Joaquim Rebelo.
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A Fábrica de Louças de Miragaia foi fundada em 1775 por João da Rocha e seu
sobrinho João Bento da Rocha, membros de uma importante dinastia industrial do
Porto que teve ingerência nas cinco principais fábricas de louça do Norte do país²,
tendo sido estabelecida nas traseiras da Igreja de S. Pedro de Miragaia. A ambição da
fábrica de Miragaia ou o que se pode hoje chamar de sua missão empresarial era
precisamente atender à necessidade de uma produção interna que fizesse frente à
importação, como está documentado no Livro dos Termos dos Mestres Fabricantes,
de 1775:
“Manufaturar toda a qualidade de peças da dita louça à maneira da que vem dos países
estrangeiros”. ³
O primeiro mestre da fábrica foi Sebastião Lopes Gavixo, natural do Porto, cuja
especialidade era a pintura. Gavixo já tinha trabalhado em Massarelos e Coimbra,
(entre 1763 e 1767), na Fábrica do Rato (1767) durante a época de Tomás Brunetto e
Estremoz (1773-17774). A pedido de João da Rocha, Sebastião Lopes Gavixo foi
examinado na Real Fábrica do Rato por Sebastião Inácio de Almeida para ver se
estaria apto a assumir as funções de mestre na Fábrica de Miragaia. Em 1813 a
fábrica é assumida pelo mestre Manuel Mendes Teixeira.
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Em 1779 falece João da Rocha, deixando a fábrica para seu sobrinho Francisco
Soares da Rocha que na altura vivia no Brasil. Este foi o grande impulsionador da
fábrica. Seu espírito empreendedor fez com que passasse a frequentar as feiras da
província, a partir de 1824, obtendo um grande aumento nas vendas o que levou o
industrial a arrendar outras fábricas do Porto e de Gaia (Massarelos e Santo António
do Vale da Piedade). Este fato pode ter gerado uma certa uniformidade na produção
de todas as fábricas em questão, devido ao intercâmbio de artistas e técnicas entre
elas. Rocha Soares também pretendia expandir a fábrica para o Brasil, o que ficou
frustrado com a sua morte, em 1829. A partir dessa data, lidera a fábrica Francisco da
Rocha Soares Filho até em 1852, quando foi declarada a falência, em muita parte
devida às atividades políticas do proprietário, envolvido nas guerras liberais.
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2 Vasco Valente, Cerâmica Artística Portuense dos Séculos XVIII e XIX
3 Citado no Catálogo da Fábrica de Miragaia, do Museu Nacional Soares dos Reis
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do fabrico de cerâmica do país é a existência de um
manuscrito com 126 receitas de vidrados e tintas da
Fábrica de Miragaia, no acervo da Biblioteca
Municipal do Porto. Não se conhece documento
semelhante de qualquer outra fábrica do país.
A faiança deste período é feita com uma pasta mais escura nos primeiros tempos, de
cor alaranjada ou acastanhada. O vidrado é feito com esmalte estanífero, a pintura das
peças é exclusivamente feita à mão com cores de alto fogo (azul, verde, amarelo e
vinoso, por vezes aparecendo também laranjas, castanhos, preto e roxo). Os motivos
decorativos eram principalmente vegetalistas, havendo também paisagens de
características orientais e menos frequentemente aparecem também representações
da figura humana, como por exemplo os pratos de prendas de noivos.
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4 Alguns autores como Vasco Valente dividem em três períodos. Preferimos seguir a classificação do
Catálogo da Fábrica de Miragaia do Museu Nacional Soares dos Reis.
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A tipologia predominante sãos os serviços (de chá, café ou jantar), peças de higiene
(gomis, lavandas, bacias de barba, etc.) e peças de farmácia – potes e canudos que
eram bojudos e arredondados com um estrangulamento central na primeira fase. A
influência inglesa irá aos poucos suplantar a francesa e a de Delft.
Miragaia são os pratos e travessas de abas vazadas, Fig. 15 – “Faixa de Rouen” pintada
em prato da Fábrica de Miragaia,
com decoração pintada a amarelo, verde, azul e MNSR.
vinoso sobre um vidrado colorido azul de safra.
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Fig. 16 – Garrafa antropomórfica, séc. XVIII/XIX, coleção Lopo de Castro Feijó, com marca “R”
Fig. 17 – Toby Jug, séc. XVIII/XIX, coleção Lopo de Castro Feijó, com marca “R”
Fig. 18 – Toby Jug, séc. XVIII/XIX, coleção particular, com marca “R”
Fig. 19 – Toby Jug, séc. XVIII/XIX, MNAA, sem marcas
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O segundo período vai de 1822 a 1850, fase final da direção de Francisco da Rocha
Soares (até sua morte em 1829) e início da direção de Francisco Rocha Soares Filho.
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vasos e esculturas de Jardim, cujos desenhos eram feitos pelo lente da Academia de
Marinha e Comércio Raimundo Joaquim da Costa e pelo arquiteto Joaquim da Costa
Fig. 22 – Vaso de jardim Fig. 23 – Par de leões moldados em faiança com esmalte branco,
moldado com a marca da têm a marca da Fábrica de Miragaia estampilhada em azul.
Fábrica de Miragaia
estampilhada em azul.
Alguns autores, como Vasco Valente, afirmam que neste período foi iniciado o fabrico
de louça de pó de pedra, mas não há registos de quaisquer peças desse tipo
confirmadamente de Miragaia. O final do segundo período coincide com o declínio da
Fábrica de Miragaia, que em 1852 tem sua falência declarada.
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5. A IMPORTAÇÃO DO MODELO TOBY JUG
A faiança portuguesa sempre foi uma das melhores artes aqui produzidas, por oleiros
de grande habilidade, exibindo desde sempre características particulares que a
distingue dos exemplares estrangeiros. Não obstante a influência e inspiração de
outros centros produtores no tocante a técnicas de fabrico e pinturas, é nos nuances
estilísticos que a faiança portuguesa imprime sua marca singular. É lugar-comum
ouvir-se dizer que os mestres oleiros portugueses tinham modelos de referência, mas
nunca copiavam-nos e sim reinterpretavam tais modelos.
Os Toby Jugs mais antigos são atribuídos a três importantes oleiros – John Ashbury,
Thomas Whieldon e Ralph Wood, todos assentados na zona de Sttaforshire, embora
não haja evidências acerca de quem produziu o primeiro modelo de Toby Jug.
Contudo, Ralph Wood foi o primeiro a marcar uma peça com a impressão “Ra Wood”.
Outras zonas da Inglaterra também produziram tobies, entre elas as mais importantes
são Portobello e Yorkshire. Já no século XIX, o oleiro mais importante foi John
Davenport.
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É Ralph Wood quem é tido como autor dos melhores exemplares da produção inglesa
e principal responsável pelos padrões seguidos pelos outros oleiros, havendo hoje
uma designação de Toby Tipo Wood (Wood-Type Toby Jug) no mercado.
Há, entretanto, muita semelhança na produção das diversas fábricas inglesas, devido
ao fato de haver migração entre os artistas de uma fábrica para outra e uma troca ou
intercâmbio dos moldes, levada pelo oleiro.
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medindo excepcionalmente 29, 32 e até 37,5cm e estão geralmente assentes sobre
uma base retangular de canto côncavos.
Long Face Toby – Semelhantes ao Ordinary Toby, Fig. 28 – The Hearty Good
Fellow Toby Jug, em
mas com um rosto mais comprido. Diz-se que foi Pearlware
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Rodney Sailor – Representa um marinheiro, com
calças às riscas, colete amarelo e casaco azul,
sentado sobre uma cadeira sob a qual está uma arca
de navio e geralmente segura um copo com a mão
direita, também atribuída a Ralph Wood o primeiro
modelo;
É evidente a inspiração, não apenas temática mas também de estilos e técnicas entre
as peças portuguesas e as inglesas, mas as primeiras nunca são uma mera cópia das
últimas, mas antes uma reinterpretação dos modelos, fato que, aliás, acontece em
todas as tipologias de faiança fabricadas em Portugal.
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5 Os Vasos Antropomórficos, Alberto Santos
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Muitos Toby Jug portugueses têm sido vendidos
no mercado internacional como se fosse de
fabrico inglês, por mera má classificação ou por
interesses. Mas há certos detalhes que facilitam
em muito a identificação de uma peça portuguesa,
caso não seja marcada, como a borracha ou
cabaça para vinho no lugar do canjirão de cerveja
ou homens a tocar guitarras ou violas, gosto
tipicamente mediterrânico (ver Figura 19).
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Outra característica típica dos Toby Jugs portugueses
é a pega, peça de feitio independente e diretamente
aplicada sobre as costas das figuras. Assim sendo,
quando o homem está sentado sobre uma cadeira,
esta não terá espaldar. Algumas peças de fabrico
português têm pegas em forma de tranças de cabelo
ou cordões entrelaçados, sem semelhante noutro
país.
Fig. 33 – Pormenor da base da Figura Fig. 34 – Toby Português, sem marcas, coleção
18, Fábrica de Miragaia Alberto Santos. Pega diretamente sobre o dorso
da figura
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6. A PEÇA DA FÁBRICA DE MIRAGAIA
6.1. DESCRIÇÃO
Este Toby Jug pertence ao Museu Nacional Soares dos Reis desde o ano de 1940,
quando foi adquirida por compra pelo valor de 130 escudos. Atualmente encontra-se
na reserva e não faz parte da exposição permanente de faianças daquela instituição.
Além da marca “R” no fundo da base, cuja pintura não resistiu bem à cozedura e está
bastante apagada, pode-se determinar que é de fabrico de Miragaia pela semelhança
com outra peça desta fábrica (Figura 18), que tem a mesma marca e as mesmas
características fisionômicas, embora bastante diferentes quanto à pintura, podendo-se
inclusive afirmar que foram feitas a partir do mesmo molde.
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A cor bastante clara do vidrado de base da
peça (estanífero) também é característico da
Fábrica de Miragaia, bem como as quatro
cores básicas da pintura deste Toby Jug –
azul, amarelo, verde (Cobre) e o vinoso
(Manganês), o que aponta para o primeiro
período de produção da fábrica.
Fig. 35 – Marca “R” quase apagada
O modelo inglês de inspiração é o Toby Jug do tipo Rodney Sailor (Figura 28), cuja
criação é atribuída a Ralph Wood, esta de expressão corporal muito mais rígida e
semblante soturno, enquanto que a peça de Miragaia apresenta uma torção bastante
mais acentuada do tronco, o que confere maior graciosidade e leveza à figura e possui
feições de calma alegria e vivacidade. A semi-torção do torso assemelha-se mais ao
modelo The Hearty Good Fellow (Figura 27) e podemos até imaginar que o artista
incorporou características dos dois modelos ingleses num só.
Alguns detalhes conferem particular interesse a esta peça, notadamente a pintura das
calças em quadrados alternados em preto, verde, amarelo e azul, ao invés das
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convencionais calças às riscas, não encontrada em qualquer outra peça peça
portuguesa ou estrangeira. Novamente pela pintura, um pormenor vem conferir
unicidade ao Toby Jug da Fábrica de Miragaia – o copo em branco e a garrafa pintada
de preto, como se querendo sugerir que o copo está vazio, mas a garrafa ainda cheia!
E por fim, o colete desabotoado, revelando não apenas a camisa, mas o estado
intoxicado da personagem.
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desenhado (moldado) um espaldar de cadeira e deste é que se desenvolve a asa.
Ora, a existência do espaldar não poderia ser menos desnecessária do que neste
caso, pois o homem senta-se sobre um bloco (alusivo a uma arca) e não sobre uma
cadeira. Sabemos que os marinheiros representados nos Rodney Sailor sentam-se
sobre uma cadeira, sob a qual está uma arca de navio. Neste caso, o artista omitiu o
assento mas não o espaldar.
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7. REGISTO FOTOGRÁFICO
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8 BILIOGRAFIA
WEBGRAFIA
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Collecting British Toby Jugs – Price and Evaluation, Francis Joseph
Publications, Author Vitor Hugo Schuler – www.issuu.com
1stDibs – www.1stdibs.com
Matriznet – www.matriznet.dgpc.pt
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9 ANEXO – FICHA DE INVENTÁRIO DO MNSR
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ANEXO - FOLHA 2
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ANEXO - FOLHA 3
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ANEXO - FOLHA 4
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