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Índice:

I. Introdução:
II. Biografia da artista:
III. Contexto histórico
IV. Inspiração
V. Obras
VI. Conclusão
VII. Reflexão
I

Introdução

Nesta ficha, mergulharei profundamente na vida e obra da ilustre artista


portuguesa Raquel Roque Gameiro Otollini. Pretendo aprofundar-me na história dela,
no tempo em que viveu, no impacto das suas obras e na sua carreira artística. Ao
investigar a sua vida artística, quero não só entender as técnicas e formas que ela usou
nas suas criações, mas também descobrir como o contexto da sua época influenciou
o seu estilo único. Este estudo tem como objetivo destacar a riqueza da trajetória de
Raquel Roque Gameiro Otollini, contribuindo para uma compreensão mais profunda
do legado que ela deixou para as gerações futuras

II

BIOGRAFIA

Rachel Roque Gameiro Otollini, foi considerada a primeira e renomada


aguarelista portuguesa do século XX. Rachel nasceu em 1889, em Lisboa, mas passou
toda a sua infância na “Casa Roque Gameiro” com sua família, em Amadora. A
família de Rachel possuía grandes nomes da aguarela portuguesa, como seu pai
Alfredo Roque Gameiro e seus irmãos mais novos. O nome Roque Gameiro abrange
diversas conquistas e um forte significado para a história da arte portuguesa por
pertencer a artistas como, Alfredo Roque Gameiro, Mamia Roque Gameiro e a Rachel
Roque Gameiro, que possuíam técnicas encantadoras de expressarem em arte a
natureza local e retratos.

Inspirando-se na sua família, Raquel embarcou no mundo artístico ainda em


tenra idade, com apenas 7 anos. Desde a infância, a artista via a arte como um refúgio,
um espaço onde podia expressar livremente as suas fantasias, sem limitações. Sob a
influência do seu pai, Raquel Gameiro aventurou-se na aguarela. A sua primeira
pintura, realizada aos sete anos, encantou os familiares, que logo perceberam o talento
da filha mais velha.

Raquel e seus irmãos fizeram os estudos básicos em casa, com a mentaria de


seu pai, o que era comum na época. Seu pai ensinava a ela e a seus irmãos leitura e
escrita, mas principalmente arte. Durante esses anos, Raquel pudera evoluir imenso
seus traços e sua própria personalidade artística. Com a ajuda do pai, a artista mirim
Raquel Gameiro desabrochou-se em uma das maiores aguarelistas de Portugal.

No decorrer dos anos, Raquel destacou-se imenso no mundo da arte sendo


avaliada por críticas de jornais renomados de Lisboa que elogiaram sua originalidade
e estilo aguarelista. Raquel chegou a receber um subsídio de 7500$ para estudar arte
em Londres. Todavia, a artista teve de dar uma pausa em sua carreira artística após
casar-se com o conde Jorge Gomes Ottolini, um esposo que lhe ajudou a contruir uma
família com filhos, netos e bisnetos. Raquel veio a falecer em 1970, em Lisboa e nos
dias actuais é considerada por muitos uma mulher ímpar, por permanecer forte em um
período de guerras, ditadura e machismo.

III

Contexto Histórico

Raquel Roque Gameiro foi inserida num período histórico que abrangeu o
final do século XIX e parte do início do século XX. Ela testemunhou eventos como a
transição da monarquia para a República em Portugal, as duas Guerras Mundiais e
outras mudanças significativas na sociedade e na cultura.

No final do século XIX, ocorreu a transição de uma monarquia para uma


república em Portugal. Neste período da Primeira República também foi marcado por
um crescente interesse pelas artes e pela valorização da cultura portuguesa. Nesse
contexto, Raquel e outros artistas portugueses puderam encontrar espaço para
expressar sua arte e contribuir para o desenvolvimento do cenário artístico Português.

Em 1920, durante o início da Primeira Guerra Mundial, ocorreu o nascimento


de sua primeira filha com o conde Jorge Ottolini. Feliz com sua maternidade, Raquel
inspirou-se na filha para desenvolver um dos seus maiores projetos, “o bebé” um
livro biográfico que ganhou quatro versões nos anos posteriores. Raquel Gameiro
também vivenciou a época da ditadura de Salazar, inclusive em 1938, a artista foi a
responsável por elaborar cartazes promocionais para o seu regime ditatorial.

Através de sua arte e trajeto histórico, Raquel Gameiro é considerada uma


mulher ímpar nos dias de hoje, tornou-se uma inspiração para gerações futuras.
Testemunhar a ditadura de Salazar, onde os artistas eram censurados, perseguidos e
exilados. Raquel conseguiu conquistar uma carreira de sucesso e admiração em uma
época com poucos direitos favoráveis às mulheres.

IV

Inspiração

Alfredo Roque Gameiro, foi um dos maiores aguarelistas de Portugal, mas


também foi o pai de Raquel e seu tutor durante grande parte de sua trajetória. Raquel
inspirou-se imenso em seu pai, principalmente em seus primeiros trabalhos artísticos.
Com a ajuda de Alfredo, Raquel conseguiu aprender mais sobre arte e desenvolver o
seu próprio estilo artístico.

Uma viagem a ilha de São Tomé em 1953, deu a Raquel inspiração o suficiente
para fazer diversas obras. “notando-se que foi tema que a apaixonou lá e cá”

Mão inteligente: Raquel Roque Gameiro

Após sua passagem pela África, diversas obras de Raquel foram inspiradas por
características da cultura africana que a artista presenciou enquanto esteve explorando
o continente, Raquel também costumava pesquisar revistas e fotografias sobre a
cultura africana para usar de inspiração para criar novas artes. Um exemplo de como
Raquel Gameiro se inspirava na cultura africana em seus projetos, é a pintura (Mulher
de S. Tomé, publicada em 1953).
V

Obras

Raquel Roque Gameiro é conhecida pelas suas obras de arte delicadas e


detalhadas, especialmente ilustrações e pinturas. Assim como seu pai, Alfredo Roque
Gameiro, Raquel foi influenciada pela natureza e pela cultura portuguesa no seu
trabalho. As suas obras retratam com frequência paisagens, cenas do quotidiano e
figuras femininas, caracterizando-se por cores vivas e um estilo artístico distintivo.
As suas ilustrações apresentam muitas vezes elementos botânicos, como flores, folhas
e árvores, refletindo seu apreço pela natureza.

Raquel Gameiro recebeu reconhecimento por seu trabalho e contribuição para


a ilustração e arte em Portugal. Algumas de suas obras mais conhecidas incluem
ilustrações para livros infantis, capas de revista e pinturas de paisagens.

Capa da revista “Eva” em 1932: A capa que Raquel Gameiro criou para Eva em
1932 foi um marco em sua carreira. Sua arte era caracterizada pela delicadeza e
elegância, e essa capa não foi exceção. Raquel retratou uma mulher jovem e bela, com
detalhes sofisticados e uma paleta de cores suaves, criando uma imagem cativante que
capturava a essência da revista.

Figura 1: capa feita por Raquel para a


revista Eva (1932)
A Lição de Salazar: Por ocasião do décimo aniversário de António de Oliveira
Salazar na pasta das Finanças, Raquel Gameiro, elaborou, em 1938, cartazes de
propaganda para o regime. Genericamente «A lição de Salazar», dois são de sua
autoria: “Não havia portos que satisfazessem as exigências da economia nacional
(…) está a construí-los o Estado Novo”; “Graças à restauração financeira, iniciada
em 1928, os títulos do Estado e a moeda portuguesa (…) são hoje dos mais
acreditados no mundo”.

Figura 2Cartaz promocional do Estado Novo feito por Raquel


Gameiro (1938)

Figura 3 Figura 2Cartaz promocional do Estado Novo feito por Raquel


Gameiro (1938)
Mulheres de Nazaré: É uma pintura de Raquel Gameiro que retrata as mulheres de
Nazaré, uma cidade costeira em Portugal conhecida por suas tradições de pesca e cultura
vibrante. A pintura mostra mulheres vestidas com trajes tradicionais, como saias coloridas
e lenços na cabeça, envolvidas em suas atividades diárias.

Figura 4Mulheres de Nazaré- Raquel Gameiro (1929)

Pátio com Crianças: É uma pintura de Raquel Gameiro que retrata um pátio animado,
onde crianças brincam e se divertem. A cena transmite uma sensação de alegria e
inocência, capturando a energia e o entusiasmo das crianças em seu ambiente lúdico.
Figura 5: Pátio com crianças- Raquel Gameiro
(1909)

Foz Da Nazaré: A pintura “Foz da Nazaré” retrata a deslumbrante paisagem da foz do


rio Alcobaça, localizada na cidade costeira de Nazaré, em Portugal. A pintura transmite
uma sensação de poder e serenidade ao mesmo tempo, capturando a harmonia entre a
natureza e o mar.

Figura 6: Foz da Nazaré- Raquel Gameiro (1945)

Fazer a finalização do parágrafo


https://www.invaluable.com/auction-lot/raquel-roque-gameiro-foz-da-nazare-roque-
gameiro-429-c-41630f55a5 peguei as obras daqui
VI
Conclusão
Em conclusão, Raquel Roque Gameiro foi uma talentosa artista portuguesa que
deixou um legado significativo no mundo da pintura. Seu trabalho demonstrou habilidade
técnica excecional, atenção aos detalhes e uma capacidade única de capturar a essência
das pessoas, dos lugares e das tradições.

Ao longo de sua carreira, Raquel Gameiro recebeu vários prémios e honrarias,


reconhecendo sua contribuição para as artes visuais. Esses prémios são um testemunho
do talento e do impacto duradouro de suas obras.

Raquel Gameiro foi uma artista engajada e comprometida com o seu país. Ela dedicou-se
a registrar e preservar a cultura e as tradições portuguesas, retratando com sensibilidade
e autenticidade os costumes, as paisagens e as pessoas de sua terra natal.

VII

Reflexão

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