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3º TRIMESTRE / 9º ANO

PROFESSORA MORGANA SENA VISOTO


SÉCULO XX NO BRASIL : O MODERNISMO

O começo do século XX no Brasil foi marcado


por fatos que mudaram sua história.
Dentre eles destacam-se
• o início da produção e a vinda de grande
número de imigrantes de diversos países.
• Como consequência o país assistiu a um
expressivo crescimento econômico e as
grandes transformações sociais,
resultantes do convívio com diferentes
culturas. SÉCULO XX NO BRASIL : O
MODERNISMO
• O
UMA NOVA ARTE BRASILEIRA

• Esta mudança ocorre primeiro na literatura. Escritores


como Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de
Andrade e outros tomam consciência da época em que
estavam vivendo.
• Para o escritor Oswald de Andrade, os artistas brasileiros
deveriam ter como ponto de partida as raízes nacionais.
(Queria uma nova proposta para a arte brasileira)
• Em busca de novos caminhos ganhou força a Semana de
Arte Moderna ou Semana de XXII, realizada no Teatro
Municipal de São Paulo, onde foram realizados concertos,
conferências, além de exposições de artistas plásticos.
LASAR SEGALL

• Em 1913, veio para o Brasil e suas primeiras exposições foram


realizadas nas cidades de São Paulo/SP e Campinas/SP.

• Em Campinas/SP, fez uma exposição no Centro de Ciências, Letras e


Artes, era o ano de 1913. A exposição numa Província e reduto de
figurativos acadêmicos, foi uma afronta, aos acadêmicos da época.

• Porém Lasar Segal, com sua simplicidade e magnetismo pessoal,


veio, expôs seus trabalhos e fez sucesso. A exposição de 1913, tem
que ser registrada como um marco, muito provavelmente Lasar
Segal simboliza um grande descobridor de terras estranhas e não
conhecidas, um bandeirante. (precursor do modernismo no Brasil)
OBRAS – Duas amigas
Menino com lagartixa
ANITA MALFATTI
• Em dezembro de 1917, Anita expõe, em São
Paulo, obras identificadas com a liberdade
formal das vanguardas europeias e norte-
americanas, como “A Boba”, “O Homem
Amarelo”, “A Mulher de Cabelos Verdes” e a
“Estudante Russa”. A reação nos meios
intelectuais, expressa no artigo de Monteiro
Lobato “Paranoia ou Mistificação”, é violenta.
• “Então começou o peso do ostracismo. Todo
meu trabalho ficou cortado, alunos, vendas
de quadros – e começaram as brigas nos
jornais”, revelou a pintora. Anita participa da
Semana de 22, mas ainda traumatizada pela
hostilidade ao seu trabalho, afasta-se,
progressivamente, da vanguarda.
• Todo meu trabalho ficou cortado, alunos,
vendas de quadros – e começaram as brigas
nos jornais”, revelou a pintora. Anita participa
da Semana de 22, mas ainda traumatizada
pela hostilidade ao seu trabalho, afasta-se,
progressivamente, da vanguarda.

• Anita foi influenciada na Alemanha pelo


EXPRESSIONISMO e nos Estados Unidos teve
contato com o MODERNISMO.
A mulher de cabelos verdes
O homem amarelo
A Boba
Viva a independência artística do Brasil!

• O ano de 1922 não era um ano qualquer, o país


comemorava o primeiro centenário da Independência e os
jovens modernistas desejavam redescobrir o Brasil,
libertando-o dos padrões estrangeiros.
• A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana
de 22, na verdade aconteceu durante apenas três dias, 13,
15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal em São
Paulo.
• Cada dia da semana foi dedicado a um tema:
respectivamente, pintura e escultura, poesia e literatura, e
música.
DI CAVALCANTI
• Depois das exposições de Segall e Anita, começou a
desenvolver-se a ideia de uma mostra coletiva com o
que havia de mais atualizado no país. Entre os artistas
interessados estava o pintor e o grande incentivador e
idealizador da Semana de Arte Moderna de 1922.
• Em suas obras destaca-se a presença da mulher negra.
• Influenciado por Picasso, Gauguin, Matisse e Braque,
mas ele transformou essa influência em uma produção
muito pessoal, associada aos temas nacionais.
Nascimento de Vênus
Pescadores
Vicente do Rego Monteiro

• Aos 12 anos estudou pintura na Europa;


• Aos 14 anos participou do Salão dos
Independentes em Paris;
• Influencias Cubistas;
• Voltou ao Brasil em 1917 e participou da
Semana de 22.
A Pietá
Menino e ovelha
Tarsila do Amaral
• Pintura ligada a nossas raízes culturais;
• Não participou da Semana de 22;
• Mas colaborou para a arte Moderna no Brasil;
• Influencias Cubistas e Impressionista;
• Ligada a Picasso e Brancusi;
• A obra de Tarsila do Amaral é dividida em três
principais fases: a primeira, chamada pau-
brasil; a segunda, antropofágica, e a terceira,
de cunho social.
1ª FASE – PAU BRASIL
• A fase PauBrasil (1924-1928)

• É possível observar pinturas com cores fortes


e nacionais (como o verde ,o azul e o
amarelo), cuja temática é o Brasil rural e
urbano, produzidas a partir da técnica
cubista.
O mamoeiro
2ª FASE ANTROPOFÁGICA

• Nesta fase (1928 a 1930), a artista ainda usava cores fortes,


mas os temas eram do seu imaginário, dos seus sonhos, de
lembranças de infância, de visões de objetos reais
transformados em bichos imaginários, ou em outras formas
diversas, que somente uma artista tão revolucionária, com
uma visão de vanguarda poderia criar.
• Em 1928, Tarsila presenteia Oswald de Andrade com o
quadro Abaporu. É a partir dessa pintura que o escritor
escreve o Manifesto Antropofágico que abre esse artigo e
dá início ao Movimento Antropofágico.
• Abaporu é a junção das palavras Aba (homem) e Poru (que
come carne humana).

• O Abaporu é o próprio homem antropofágico, palavra que


designa o mesmo conceito em grego. O termo se refere à
antigas civilizações que comiam a carne dos inimigos em
rituais, acreditando que poderiam assim absorver as
características deles.
• Por exemplo, se um guerreiro fosse muito valente e
conhecido por isso, aquele que comesse sua carne teria em
si agora essa nova característica, sem contudo perder as
suas.
Abaporu
3ª FASE PROBLEMAS SOCIAIS
• Em 1930 suas obras começaram a se
preocupar com os problemas sociais.

• A fase social (década de 1930) de Tarsila do


Amaral foi o período em que a artista
demonstrou sua preocupação com questões
sociais brasileiras.
Operários
Vitor Brecheret
• Escultor;
• Brecheret torna a escultura mais moderna;
• Suas obras afastam-se da imitação da
realidade;
• Volumes, linhas simples e formas
geométricas;
• Obras gigantescas e vasta produção;
Monumento às bandeiras
Bailarina
A arte brasileira após a Semana de Arte
Moderna
• Depois da semana de 1922 ganharam
destaque novos artistas plásticos que
valorizavam a cultura brasileira.

• Dentre eles destacam-se os pintores


Portinari, Cícero Dias, rebolo e Volpi e o
escultor Bruno giogi.
Portinari
• Nasceu em Brodósqui SP;
• Pintor;
• 1920 foi aluno da Escola Nacional de Belas- Artes;
• Muralista;
• Em suas obras o corpo humano sugere volume e os pés
enormes;
• Figuras relacionando intimidade com a terra;
• Sempre representando em tona muito vermelhos;
• Retratou retirantes nordestinos , cangaceiros e temas históricos;
• Retratou a infância.
Painel Guerra e Paz
Palhaços na gangorra
Bruno Giorgi

• Escultor;
• Nasceu em Mococa interior de São Paulo;
• Viveu em Roma na Itália;
• Aderiu ao movimento Modernista na década de 1930;
• Esculturas com sensação de movimento e vazio;
• Valorizava linhas, curvas e formas angulares;
• Introduz a forma geométrica no lugar da forma
humana;
• Troca o mármore branco pelo bronze.
Os Guerreiros
Meteoro
Alfredo Volpi
• Nasceu na Itália mas veio para o brasil com
um ano de idade, teve varias profissões;
• Ainda muito jovem descobriu a pintura
artística;
• Seus primeiros quadros eram paisagens,
interiores e figuras humanas, refletindo
ainda a vontade de retratar a realidade;
• Na segunda fase pintava fachadas de
casarios, mastros, bandeiras e fitas. Mas já
não pintava imitando a realidade;
• Valorizava as linhas e as cores;
• Pintava com tinta a base de têmpera;
• Conhecido como o mestre das bandeirinhas.
Bandeirinhas
A moderna arquitetura brasileira

• Se a Semana de Arte Moderna iniciou um


processo de superação do passado o mesmo
aconteceu com a arquitetura;
• A arte de um arquiteto não depende apenas dele,
depende antes de tudo do cliente;
• Estilo futurista;
• Uso de formas geométricas
• Uso de decoração em seus interiores.
Casa do ucraniano Gregori Warchavchik 1928
Prédio Martinelli

• O Brasil na primeira metade do século XX também


começa a construir seus arranha-céus;
• Primeiro não Brasil e na América Latina;
• Construído em são Paulo em 1922 a 1929;
• I30 metros de altura;
• 30 andares;
• Representa a inovação técnica e arquitetônica;
• Precursor doa altos prédios.
Martinelli

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