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Arte Moderna: Modernismo brasileiro

O que é ser moderno? O que é ser moderna?


O que é ser moderno?

Quando pensamos em modernidade, é comum que as imagens formadas em


nossa mente remetam a inovações, invenções e uma serie de artefatos criados
pelo ser humano para facilitar sua vida e trazer progresso.
O que é moderno carrega uma essência de novidade, de algo que aponta para o
futuro. Ser moderno, nos dias atuais, também se relaciona a tecnologia e com o
modo veloz e agitado em que vivemos. A modernidade aprende com o passado,
mas caminha sem olhar para trás, a passos largos, rumo a um futuro que espera
ser grandioso.
Na história, Modernidade é o período inaugurado a partir do renascimento da
ciência, das artes e da matemática. O ano de 1453, a tomada de
Constantinopla pelos turcos otomanos é considerada o marco histórico do
início da Era Moderna e do Fim da Idade Média
 
É chamada de Arte Moderna a produção artística do final
do século XIX, mais especialmente do Impressionismo, por
volta de 1860, e as expressões surgidas na primeira metade
do século XX, ou seja, entre 1901 e 1950.
O Brasil moderno
No início do século XX, o Brasil crescia economicamente tendo o café como
principal produto de exportação, que se transformou em nossa “valiosa moeda”.

As fabricas estavam instaladas e havia necessidade de mais mão de obra, o que


atraiu imigrantes de diversos países, em sua grande maioria europeus. O
momento econômico promissor que o país vivia também permitia à classe
burguesa mandar seus filhos estudarem na Europa e lá muitos conheceram o
modernismo. Os intelectuais brasileiros, principalmente aqueles que viajavam
para o velho continente, foram influenciados pelas vanguardas europeias. O
clima de rompimento com o passado cultural e artístico vivido pelos artistas
europeus encontrou solo fértil em terras brasileiras, determinando o surgimento
do chamado modernismo brasileiro.
Tarsila do Amaral (1886-1973) – Operários - de 1933 
Características do Modernismo Brasileiro

 Ruptura com as tradições


 Nacionalismo
• Regionalismo e valorização da figura do brasileiro
 Urbanismo e transformações sociais
 Subjetividade
 Influência das vanguardas europeias
Em muitas obras modernistas, podem ser visualizadas, os chamados
“elementos brasileiros” nas composições, que representam uma noção
historicamente construída daquilo que seria considerado tipicamente
nacional.
Das temáticas que identificam esse tipo de produção, podem ser citadas,
entre outros elementos, o povo formado pela mistura étnica (brancos,
negros e indígenas), a natureza, os alimentos típicos, além de questões
sociais como trabalho.
Que elementos tipicamente brasileiros você percebe na imagem da obra de
Di Cavalcante?

Di Cavalcanti - Pescadores, 1951


Como surgiu o Modernismo no Brasil?
O Brasil, até o modernismo, produzia uma arte acadêmica, com toda a
tradição europeia ensinada nas universidades. A elite paulistana, que
comandava a economia do café, era uma sociedade conservadora, voltada
para expressões que vigoravam em Paris e em outras cidades da Europa do
século XIX.
Dois eventos podem ser considerados marco para o início da transformação da
produção artística tradicional brasileira:

1. Exposição de Lasar Segall, em 1913, com 53 obras modernistas.


2. Exposição de Anita Malfatti, em 1917, no evento chamado de “Exposição de
Arte Moderna”.
A exposição do lituano Lasar Segall (1889 -1957), em 1913, trouxe pela primeira
vez ao Brasil obras do modernismo, Segall realizou uma exposição individual
com 53 obras, em sua maioria impressionistas. A elite paulistana visitou e
respeitou a exposição do artista estrangeiro, sem demostrar qualquer tipo de
rejeição ao seu estilo.

Lassar Segall - Interior de pobres II – 1921

Lasar Segall se apaixonou pelo Brasil, naturalizou-


se brasileiro e criou obras com “temáticas
brasileiras”, como as mulatas, as frutas típicas
nacionais, os marinheiros e o povo.
A exposição de Anita Malfatti (1889 – 1957) foi em 1917, no evento chamado de
“Exposição de Arte Moderna”.
Com traços expressionistas e crítica nacionalista, a arte de Anita Malfatti foi bem recebida
por um grupo de artistas vanguardistas do Brasil, eram eles: Mário de Andrade, Oswald de
Andrade e Menotti del Pícchia.

Porém, para a elite paulistana conservadora, uma artista


mulher e brasileira fazendo arte moderna não foi algo
bem-aceito. As obras e a artista foram duramente
criticadas, sobretudo por Monteiro Lobato, reconhecido
crítico de arte e principal representante daqueles que
defendiam uma arte mais tradicional.

Anita Malfatti - Mulher de cabelos verdes - 1915, 1916.


O desejo pelo moderno
Após a exposição de Anita Malfatti e a severa crítica que ela recebeu, os artistas que
buscavam uma reformulação na produção da arte brasileira resolveram agir e realizaram a
Semana de Arte Moderna. Tais artistas conheciam as Vanguardas Europeias e queriam
romper com as tradições artísticas do Brasil, que ainda estava atreladas ao romantismo do
século XIX.
O Modernismo brasileiro, desde o seu surgimento, foi um movimento que se manifestou
em diversas formas de expressão artística. Alguns nomes importantes desse movimento
São:
Nas Artes visuais – Anita Malfatti, Di Cavalcante, Tarsila do Amaral e Candido Portinari.
Na Literatura – Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira e Carlos Drummond
de Andrade.
Na Música – Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone e Camargo Guarnieri
A semana de 1922
Em fevereiro de 1922, foi organizada a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de
São Paulo.

Os artistas envolvidos buscavam por uma


identidade brasileira em suas produções,
ansiavam por liberdade de expressão e
propunham que fossem traçados pelos artistas
caminhos livres dos padrões preestabelecidos.
Essa ruptura foi proposta pelo manifesto
Antropofágico e pode-se dizer que foi um
caminho sem volta.
 

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