Você está na página 1de 29

A Semana da Arte

Moderna
São Paulo,1922.

Prof.
Brenda Bosi
Principais características:

A Semana de Arte Moderna


foi realizada nos dias

13,15 e 17 de fevereiro
de 1922 no Teatro
Municipal de São Paulo.
Principais características:

Foram apresentadas novas


correntes artísticas que se
opunham ao estilo
tradicional.
Principais características:

No começo do Século XX, diante de tantas transformações


industriais, econômicas e sociais no mundo, a Arte aqui no
Brasil também buscava uma renovação social. Os artistas
envolvidos nessa nova cultura, inspirados nas vanguardas
europeias, propunham várias vertentes que refletissem a
busca do homem pela liberdade total de criação. Logo,
houve um rompimento com a arte acadêmica tradicional,
colaborando para uma mudança estética e para o
Movimento Modernista no Brasil.
O que foi?
A Semana da Arte Moderna tinha como
objetivo mostrar as novas tendências
artísticas que já vigoravam na Europa.

Esta nova forma de expressão não foi


compreendida pela elite paulista, que era
influenciada pelas formas estéticas
europeias mais conservadoras. O
idealizador desde evento artístico e cultural
foi o pintor Di Cavalcanti.
Principais objetivos:

➢ Acertar os ponteiros das expressões artísticas com a modernidade da


época;

➢ Romper com os padrões clássicos;

➢ Apresentar correntes artísticas (futurismo, dadaísmo, expressionismo,


surrealismo e cubismo);

➢ Buscar o antropofagismo (na arte, absorver as influências estrangeiras


e recriá-las com elementos da cultura nacional);

➢ Criar uma arte puramente brasileira.


Charge fazendo referência aos objetivos modernistas.
Artistas idealizadores:

Anita Catarina Malfatti; Oswald de Andrade;

Di Cavalcanti; Heitor Vila-Lobos.

Lasar Segall; Mario de Andrade;

Tarsila do Amaral; Ismael Nery;

Manuel Bandeira;
Principais nomes do modernismo brasileiro

• Tarsila do
Amaral

Artes plásticas
Tarsila do Amaral- Abaporu
Tarsila do Amaral- Operários
Tarsila do Amaral- São Paulo
Tarsila do Amaral- A família
Principais nomes do modernismo brasileiro

• Di Cavalcanti

Artes plásticas
Di Cavalcanti- Mulata
Di Cavalcanti- Mulheres Protestando
Di Cavalcanti- Baile Popular
Principais nomes do modernismo brasileiro

• Anita Malfatti

Artes plásticas
Anita Malfatti- A boba
Anita Malfatti- O Sanfoneiro
O “Grupo dos Cinco”
O “Grupo dos Cinco”
Formado pelas pintoras Tarsila
do Amaral e Anita Malfatti, e
pelos escritores Mario de
Andrade, Menotti Del Picchia e
Oswald de Andrade, O Grupo dos
Cinco foi pioneiro em instaurar o
Modernismo no Brasil.
O “Grupo dos Cinco”
MOTIVAÇÕES

• Insatisfação com o modelo de arte


que vinha sendo importado da
Europa;

• Influência do Modernismo Europeu;

• Desejo de dar mais personalidade a


cultura nacional;
Antecedentes da Semana de 22

1912

• Chegada de Oswald de Andrade da Europa trazendo as


ideias Cubistas e Futuristas;

• Afirmou: “Estamos atrasados cinquentas anos em


cultura, chafurdados ainda em pleno Parnasianismo.”
Antecedentes da Semana de 22

1913

• Exposição de Pintura Expressionista


de Lasar Segall;

• Mario de Andrade: “A primeira


exposição de pintura não
acadêmica em nosso país.”
A relíquia- Lasar Segall 1913
Antecedentes da Semana de 22

1917 (ESTOPIM)

• Exposição de Anita Malfatti;

• Causa o primeiro confronto aberto entre


Monteiro Lobato com o artigo “Paranoia
ou Mistificação” e os artistas que estão
produzindo obras modernas.
Ver- Anita Malfatti 1917
Antecedentes da Semana de 22

Recém-chegada da Europa e dos Estados Unidos, onde foi estudar pintura, Anita Malfatti,
resolveu, com o apoio dos amigos, organizar a sua exposição de pintura moderna nos meses
de dezembro de 1917 e janeiro de 1918.

Ela e um grupo de vanguardistas de São Paulo acreditavam que havia chegado a hora da
arte no Brasil abandonar os modelos tradicionais e buscar novos rumos.

No acanhado meio artístico paulistano, a exposição provocou comentários contra e a favor.


No entanto um artigo do Jornal “O Estado de São Paulo”, de autoria de Monteiro Lobato, que
também era crítico de arte, ultrapassou dos limites da sua conhecida lucidez.
Crítica de Monteiro Lobato

“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas(..) A
outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz
de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como
furúnculos da cultura excessiva. (...) Embora eles se deem como novos, precursores de uma
arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranoia e
com a mistificação.(...) Essas considerações são provocadas pela exposição da senhora
Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no
sentido das extravagâncias de Picasso e companhia”.
Antecedentes da Semana de 22
“A reação da elite paulistana, que confiava cegamente nas opiniões e gostos pessoais do autor de Urupês,
é imediata: escândalo, quadros devolvidos, uma tentativa de agressão à pintora, a mostra é fechada antes
do tempo.

O artigo demolidor e as suas consequências serviram para que os jovens "vanguardistas" brasileiros, até
então dispersos, isolados em pequenos agrupamentos, se unissem em torno de um ideal comum:
destruir as manifestações artísticas que remontavam ao século XIX, especificamente, no caso da
literatura, o parnasianismo poético, medíocre e superado.

Neste sentido, a exposição de Anita Malfatti funciona como estopim de um movimento que explodiria
na Semana de Arte Moderna de 1922.

Você também pode gostar