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QUESTÕES VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E TEXTOS RELAÇÃO ENTRE VERBAL E VISUAL

01 - (ACAFE SC/2017)

Assinale o texto que mais se ajusta à norma padrão escrita.

a) Se eu fosse o prefeito de Floripa, iria criar um espaço novo de lazer e entretimento


tipo os que se tem no Parque das Nações, em Lisboa, Portugal, do lado continental da
Ilha, onde estão a Capitania dos Portos, o estaleiro Shaefer, uma fábrica de gelo e
uma favela.

b) Seria cômico não fosse Lula o que incitaria quando havia ostracismo ou crise no
governo jogando nordestino contra sulistas, culpando a elites pela crise, mas
isentando seus comparsas e agora que roubaram e repassaram para seu filho e nora
2 milhões, todos como inocentes.

c) Estão pensando em elaborar outra Lei para que comportamento como este do
Conselheiro sejam considerados nobres e ao invés de apontar punições, apontem
para reconhecimento e valorização, inclusive com afastamento remunerado em
dobro até que esteja apto para aposentadoria.

d) Em uma entrevista concedida por Dilma para 4 ou 5 jornalistas da RBS, em resposta a


uma pergunta sobre o lazer da Presidente, ela respondeu que gostava de transitar,
altas horas da noite, incógnita, pelas ruas quase desertas de Brasília, pilotando uma
motocicleta.

Gab: D

03 - (IFAL/2017)

Leia atentamente os textos abaixo e assinale a alternativa que contém a afirmativa


correta.

Texto 2.

A casa era edificada com a arquitetura simples e grosseira, que ainda apresentam as
nossas primitivas habitações; tinha cinco janelas de frente, baixas, largas, quase
quadradas.
Do lado direito estava a porta principal do edifício, que dava sobre um pátio cercado
por uma estacada, coberta de melões agrestes. Do lado esquerdo estendia-se até à borda
da esplanada uma asa do edifício, que abria duas janelas sobre o desfiladeiro da rocha.

No ângulo que esta asa fazia com o resto da casa, havia uma coisa que chamaremos
jardim, e de fato era uma imitação graciosa de toda a natureza rica vigorosa e esplêndida,
que a vista abraçava do alto do rochedo.

José de Alencar, O Guarani. São Paulo, Ática, 1992.

Texto 3

Subitamente um cavalheiro aproximou-se do assaltante com um palmo de sorriso.


Colocou-se entre ele e a moça.

– Batista, você! Há quanto tempo! Ainda esta semana conversei com seu tio no
supermercado! Me dê um abraço, amigão! Mas, o que é isso? Vai sair por aí com esse baú
cheio de dinheiro? Não tem medo de ladrões, não?

Batista olhou para o chão mas não viu buraco algum para esconder-se.

A caixa, sorrindo, ao amigo dele:

– Seu Batista não vai sair com esse dinheiro, não; ele veio depositar…

Marcos Rey, O coração roubado e outras crônicas.


Coleção para gostar de ler, v. 19. São Paulo. Ática, 1996.

Os textos acima são exemplos, respectivamente, de

a) linguagem coloquial e linguagem culta.

b) linguagem culta e linguagem coloquial.

c) linguagem culta e linguagem formal.

d) linguagem familiar e linguagem informal.

e) linguagem coloquial e linguagem formal.

Gab: B

06 - (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/2016)


ISTOÉ. Disponível em: <https://www.google.com.br/?
gws_rd=ss#q=isto%C3%A9++medicode bolso>. Acesso em: 29 ago. 2015.

A análise dos aspectos verbais e não verbais da capa da revista em destaque permite
inferir que o enunciador

01. valida a importância das novas tecnologias no cotidiano médico, alicerçadas pelo
conhecimento científico, na busca da qualidade de vida.

02. critica a substituição dos graduados em Medicina por aplicativos que, embora façam
diagnósticos e monitorem certas doenças, não têm a mesma autonomia que eles.

03. ressignifica a função dos profissionais de saúde diante do desenvolvimento científico


e tecnológico na consolidação do bem-estar social.

04. informa sobre a popularização de softwares ou sistemas operacionais que se tornam


essenciais para o melhor e mais seguro acompanhamento de pacientes por seus
respectivos médicos.

05. apresenta uma solução para os que têm acesso restrito a especialistas da área
médica, a diagnósticos e monitoramentos, facilitando e potencializando o cuidado
com a saúde da coletividade.

Gab: 01

08 - (FGV /2016)
Examine a seguinte mensagem publicitária de uma empresa do ramo de construção civil:

Valor Setorial, junho de 2015.

a) Tanto a frase quanto a imagem que compõem essa propaganda estão divididas,
visualmente, em duas partes. Explique resumidamente a relação de sentido que
existe entre imagem e frase, em cada uma das duas partes.

b) Identifique algum recurso expressivo, sintático ou semântico, presente na frase do


anúncio.

Gab:

a) Na primeira parte do anúncio, tanto a frase quanto os elementos visuais da imagem,


que reproduzem um desenho, referem-se a um projeto (como mostra o desenho,
trata-se de um projeto de uma obra viária). A segunda metade do anúncio é
constituída de uma foto que reproduz a obra projetada na primeira metade já
realizada.

b) O uso da palavra “papel” em dois sentidos diferentes constitui um recurso semântico


(polissemia ou trocadilho) e a inversão da ordem das palavras na segunda parte da
frase vem a ser um recurso sintático (quiasmo ou, simplesmente, repetição).

09 - (UNIFOR CE/2016)
Observe a imagem:

Tanto a linguagem verbal quanto a não-verbal, como o caso da pintura em foco,


expressam sentimentos humanos e representam o estar-no-mundo. Levando-se em
consideração os textos abaixo quanto ao tema e à tipologia textual, é possível estabelecer
uma correspondência entre essa imagem e o texto da opção

a) Citavas-me. Punhas aspas. O teu encanto era essa – tão rara – cintilação de aspas.
Dizias: “Fulano disse-me”, “Cicrano contou-me.” Sublinhavas a inteligência e a beleza
das palavras dos outros.

(Inês Pedrosa, “Fazes-me Falta”)

b) No mistério do sem-fim / equilibra-se um planeta. / E, no planeta, um jardim, / e, no


jardim, um canteiro; / no canteiro uma violeta, / e, sobre ela, o dia inteiro, / entre o
planeta e o sem-fim, / a asa de uma borboleta.

(Cecília Meireles, “Canção Mínima”)

c) Provinciano que nunca soube / escolher bem uma gravata; / pernambucano a quem
repugna a faca do pernambucano; / poeta ruim que na arte da prosa / envelheceu na
infância da arte, / e até mesmo escrevendo crônicas / ficou cronista de província; /
arquiteto falhado / músico falhado (engoliu um dia / um piano, mas o teclado ficou
de fora); / sem família / religião ou filosofia; / Mal tendo a inquietação de espírito /
que vem do sobrenatural, / e em matéria de profissão / um tísico profissional.

(Manuel Bandeira, “Autorretrato”)


d) Não me lembro do amanhecer do sexto dia. Tenho uma ideia nebulosa de que,
durante toda a manhã, fiquei prostrado no fundo da balsa, entre a vida e a morte.

(Gabriel Garcia Marques, “Eu era um morto”)

e) A pintura é uma linguagem que tem como fundamento a utilização de massas de cor
para construir a imagem.

(Kátia Helena Pereira, “Como Usar Artes Visuais na Sala de Aula”

Gab: C

10 -

Quino. Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1988. p. 94-95.

13 - (UEG GO/2016)

O último quadro da tirinha, elaborado em linguagem não verbal, estabelece em relação à


fala de Felipe uma

a) contradição, pois se contrapõe à fala presente no quadro anterior.

b) confirmação, pois concorda com a fala do quadro anterior.

c) metáfora, pois transpõe o conteúdo da fala para a forma imagética.

d) decisão, pois mostra a ação que a personagem vai realizar.

e) metonímia, pois toma o resultado da ação como referência à totalidade.

Gab: A
Texto I

A palavra falada é um fenômeno natural; a palavra escrita é um fenômeno cultural. O


homem natural pode viver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode o homem a
que chamamos civilizado: por isso, como disse, a palavra escrita é um fenômeno cultural,
não da natureza mas da civilização, da qual a cultura é a essência e o esteio.

Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmente diferentes, os dois tipos de


palavra obedecem forçosamente a leis ou regras essencialmente diferentes. A palavra
falada é um caso, por assim dizer, democrático. Ao falar, temos que obedecer à lei do
maior número, sob pena de não sermos compreendidos ou sermos inutilmente ridículos.
Se a maioria pronuncia mal uma palavra, temos que a pronunciar mal: diremos anedota,
embora sabíamos que se deve dizer anécdota. Se a maioria usa de uma construção
gramatical errada, da mesma construção teremos que usar: diremos “hás-de tu
compreender”, embora saibamos que “hás tu de compreender” é a fórmula verdadeira.
Se a maioria caiu em usar estrangeirismos ou outras irregularidades verbais, assim temos
que fazer: “match de football” diremos, e não “partida de bolapé”. Os termos ou
expressões que na linguagem escrita são justos, e até obrigatórios, tornam-se uma
estupidez e pedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam-se até em má-
criação, pois o preceito fundamental da civilidade é que nos conformemos o mais possível
com as maneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quem falamos, ainda que nisso
faltemos às boas--maneiras ou à etiqueta, que são a cultura exterior.

(Fernando Pessoa, A Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1999)

Texto II

(...) há duas línguas no Brasil: uma que se escreve (e recebe o nome de “português”); e
outra que se fala (e que é tão desprezada que nem tem nome). E é esta última que é a
língua materna dos brasileiros; a outra (o “português”) tem de ser aprendida na escola, e
a maior parte da população nunca chega a dominá-la adequadamente.

Vamos chamar a língua falada no Brasil de vernáculo brasileiro (...). Assim, diremos que
no Brasil se escreve em português, uma língua que também funciona como língua de
civilização em Portugal e em alguns países da África. Mas a língua que se fala no Brasil é o
vernáculo brasileiro, que não se usa nem em Portugal nem na África.

(Mário A. Perini, Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 1997)

15 - (IBMEC SP/2017)

Nas considerações que fazem em relação à língua, os dois autores enfatizam o aspecto
cultural da língua escrita. No entendimento de ambos, ela é definida como uma
a) expressão espontânea, cujas regras de comunicação são menos rigorosas que as da
fala.

b) forma de expressão de menor importância, pois não é considerada língua materna.

c) equivalência da língua falada, pois serve aos mesmos propósitos de comunicação.

d) variedade linguística menos afetada pelos usos cotidianos, o que garante a sua
unidade.

e) manifestação linguística pura, por isso seu estudo e aprendizado têm prestígio social.

Gab: D

TEXTO: 5 - Comum à questão: 16

Leia o poema de Manuel Bandeira.

Evocação do Recife

Recife

Não a Veneza americana

Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais

Não o Recife dos Mascates

Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois

– Recife das revoluções libertárias

Mas o Recife sem história nem literatura

Recife sem mais nada

Recife da minha infância

A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado

e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas

Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê


na ponta do nariz

Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras

mexericos namoros risadas

A gente brincava no meio da rua

(...)

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros

Vinha da boca do povo na língua errada do povo

Língua certa do povo

Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil

Ao passo que nós

O que fazemos

É macaquear

A sintaxe lusíada

(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa, 1993. Adaptado)

16 - (IBMEC SP/2017)

O eu lírico afirma que “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros / Vinha da
boca do povo na língua errada do povo / Língua certa do povo / Porque ele é que fala
gostoso o português do Brasil”. Nessa perspectiva do eu lírico, um exemplo dessa fala
gostosa do português é:

a) Vós bem sabeis que o não dissemos por temer que vossa ira recaísse sobre nós.

b) Atônita, correu pelo saguão à procura de um eventual cavalheiro que ali não havia.

c) Encontrá-la-íamos com certeza nas areias da praia de Ipanema naquela manhã de sol.

d) Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar o pulso ao homem.

e) Me divirto vendo as crianças em dia de chuva, a chuva molha elas e está tudo bem.

Gab: E
TEXTO: 6 - Comum à questão: 17

De Caetano a Guimarães Rosa, veja as referências de Cármen Lúcia em seu discurso de


posse

POR LUMA POLETTI | 13/09/2016 10:00

Ao longo de seu discurso de posse, a ministra Cármen Lúcia, que assumiu a presidência
do Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (12), citou trechos de canções de
Caetano Veloso, Titãs, além de versos de Cecília Meirelles, Carlos Drummond de Andrade,
Paulo Mendes Campos e fez menção a Riobaldo, personagem de Grande Sertão: Veredas,
clássico de Guimarães Rosa e uma das mais.

A escolha das referências musicais da ministra dá pistas sobre sua visão acerca do atual
momento sociopolítico. Citando o cantor e compositor Caetano Veloso, presente na
sessão – que interpretou em voz e violão o hino nacional – Cármen Lúcia concordou que
“alguma coisa está fora da ordem”.

“Caetanos e não caetanos deste Brasil tão plural concluem em uníssono: alguma coisa
está fora de ordem, fora da nova ordem mundial”, disse a ministra. “O que nos cumpre, a
nós servidores públicos em especial, é questionar e achar resposta: de qual ordem está
tudo fora…”, acrescentou.

O cantor já se posicionou contra o governo do presidente Michel Temer, nos


bastidores da cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2016.

A nova presidente do STF também citou a música “Comida”, da banda Titãs. “Cumpre-
nos dedicar-nos de forma intransigente e integral a dar cobro ao que nos é determinado
pela Constituição da República e que de nós é esperado pelo cidadão brasileiro, o qual
quer saúde, educação, trabalho, sossego para andar em paz por ruas, estradas do país e
trilhas livres para poder sonhar além do mais. Que, como na fala do poeta da música
popular brasileira, ninguém quer só comida, quer também diversão e arte”.

Um dos compositores da canção citada é Arnaldo Antunes, que também se posicionou


contra o impeachment de Dilma Rousseff nas redes sociais.

Versos

Cármen Lúcia também citou versos da escritora Cecília Meireles, ao dizer que
“liberdade é um sonho que o mundo inteiro alimenta” – da obra Romanceiro da
Inconfidência, lançada em 1953. “Se, no verso de Cecília Meireles, a liberdade é um
sonho, que o mundo inteiro alimenta, parece-me ser a Justiça um sentimento, que a
humanidade inteira acalenta”, discursou a ministra.
Mais adiante em seu discurso, Cármen Lúcia fez menção a um personagem do livro
Grande Sertão: Veredas, do escritor mineiro (tal como a ministra) Guimarães Rosa.
“Riobaldo afirmava que 'natureza da gente não cabe em nenhuma certeza'. Mas parece-
me que a natureza da gente não se aguenta em tantas incertezas. Especialmente quando
o incerto é a Justiça que se pede e que se espera do Estado”, disse a nova presidente do
STF.

Em seguida, outro escritor mineiro foi lembrado por Cármen Lúcia. “Em tempos cujo
nome é tumulto escrito em pedra, como diria Drummond, os desafios são maiores. Ser
difícil não significa ser impossível. De resto, não acho que para o ser humano exista, na
vida, o impossível”, disse a ministra, em referência ao poema “Nosso tempo”, do escritor
mineiro.

A sucessora de Ricardo Lewandowski concluiu o discurso citando um terceiro escritor


mineiro: Paulo Mendes Campos. “O Judiciário brasileiro sabe dos seus compromissos e de
suas responsabilidades. Em tempo de dores multiplicadas, há que se multiplicarem
também as esperanças, à maneira da lição de Paulo Mendes Campos”, disse Cármen
Lúcia, em referência ao “Poema Didático”, de Paulo Mendes Campos.

Disponível em: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/de-caetano-a-guimaraes-


rosa-vejaas-
referencias-de-carmen-lucia-em-seu-discurso-de-posse/ . Acesso em: 26 set.2016.
[Adaptado]

17 - (PUC SP/2017)

Em relação ao uso da linguagem, tanto no editorial como na matéria de Poletti,

a) pelo fato de tratar de discurso de uma pessoa mais experiente, o vocabulário


predominante é o de épocas antigas.

b) por causa de muitas ocorrências retiradas de canções e textos literários, predomina o


registro coloquial.

c) em função do contexto de produção, há predomínio do registro linguístico formal.

d) pela presença de expressões linguísticas típicas da oralidade, o registro linguístico é


tipicamente regionalista.

Gab: C

TEXTO: 7 - Comum à questão: 18


Leia a passagem a seguir, retirada de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de
Assis.

“– “Morto! morto!” dizia consigo.

E a imaginação dela, como as cegonhas que um ilustre viajante viu desferirem o voo
desde o Ilisso às ribas africanas, sem embargo das ruínas e dos tempos, – a imaginação
dessa senhora também voou por sobre os destroços presentes até às ribas de uma África
juvenil... Deixá-la ir; lá iremos mais tarde; lá iremos quando eu me restituir aos primeiros
anos. Agora, quero morrer tranquilamente, metodicamente, ouvindo os soluços das
damas, as falas baixas dos homens, a chuva que tamborila nas folhas de tinhorão da
chácara, e o som estrídulo de uma navalha que um amolador está afiando lá fora, à porta
de um correeiro. Juro-lhes que essa orquestra da morte foi muito menos triste do que
podia parecer. De certo ponto em diante chegou a ser deliciosa. A vida estrebuchava-me
no peito, com uns ímpetos de vaga marinha, esvaía-se-me a consciência, eu descia à
imobilidade física e moral, e o corpo fazia-se-me planta, e pedra e lodo, e coisa nenhuma.

Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi menos a pneumonia, do que uma
ideia grandiosa e útil, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia, e
todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso. Julgue-o por si mesmo.”

18 - (PUC RS/2017)

Com base no texto, afirma-se:

I. A grande variedade de pronomes presentes no texto aponta para a existência de pelo


menos três elementos narrativos: Virgília, o narrador Brás Cubas e o leitor.

II. Expressões como “mais tarde”, “Agora”, “ribas de uma África juvenil” assinalam a
existência de diferentes planos temporais na narrativa, dos quais se destacam o
momento da enunciação, o passado recente e o passado mais remoto.

III. O último parágrafo do trecho, ao revelar a causa da morte do narrador a partir de


uma doença banal, serve de contraponto ao tom poético do parágrafo anterior.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são


a) I, apenas.

b) III, apenas.

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

Gab: E

Gab: C

Família

Três meninos e duas meninas,

sendo uma ainda de colo.

A cozinheira preta, a copeira mulata,

o papagaio, o gato, o cachorro,

as galinhas gordas no palmo de horta

e a mulher que trata de tudo.

A espreguiçadeira, a cama, a gangorra,

o cigarro, o trabalho, a reza,

a goiabada na sobremesa de domingo,

o palito nos dentes contentes,

o gramofone rouco toda noite

e a mulher que trata de tudo.

O agiota, o leiteiro, o turco,

o médico uma vez por mês,


o bilhete todas as semanas

branco! mas a esperança sempre verde.

A mulher que trata de tudo

e a felicidade.

Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do Mundo.


Rio de Janeiro: Record, 1999.

21 - (IFAL/2017)

As dúvidas sempre surgem ao se escreverem palavras como “agiota”, “leiteiro” e


“bilhete”: é com “g” ou “j”? é com “i” ou sem “i” antes do “r”? é só com “l” ou com “lh”?
Observe a grafia das palavras seguintes e assinale a alternativa em que todas estão
corretas.

a) tigela - cabeleireiro - empecilho

b) tijela - cabeleireiro - empecilho

c) tijela - cabelereiro - empecílio

d) tijela - cabeleireiro - empecílio

e) tigela - cabelereiro – empecilho

Gab: A

TEXTO: 11 - Comum à questão: 22


Disponível em: <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/df/43/ca/
df43ca008b34595a8f8c8c9e4e63b9c9.jpg>. Acesso: 03 dez. 2016.

22 - (IFPE/2017)

Indique a variedade predominante nas falas dos personagens do texto.

a) Variedade regional.

b) Variedade padrão.

c) Variedade histórica.

d) Variedade de gênero.

e) Variedade escolar.

Gab: A

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