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DESIGN
CONTEMPORÂNEO
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INICIAR
introdução
Introdução
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Design no Brasil
O Brasil vive e faz design há muito tempo. De acordo com o historiador Rafael
Cardoso (2005), o design, como atividade de projeto de complexidade conceitual
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Desde o início do período imperial, que se estendeu de 1822 a 1889, existiu uma
cultura projetiva em design ou relacionada ao projeto no Brasil, o que envolveu
a criação de marcas registradas e rótulos comerciais, tendo ocorrido em função
do crescimento urbano e do progresso técnico do setor de transportes, que
facilitou a circulação de mercadorias para exportação e consumo interno, assim
como a necessidade de inserção da economia nacional na economia capitalista
industrial que começava a surgir a nível mundial. Tal cultura está relacionada a
questões de ordem comunicacional e/ou identi cadora para a produção de
impressos, marcas registradas e rótulos comerciais, aplicados à fabricação,
distribuição e ao consumo de produtos industriais, que podem ser observados
em imagens, tipogra as, textos, nomes e formatos dos registros, e rótulos com
as marcas, depositados nos livros-registros da Junta Comercial, no último
quartel do século XIX, na cidade do Rio de Janeiro (Distrito Federal), adquiridos
pelo Arquivo Nacional.
Figura 2.1 - Rótulos no Brasil Imperial: (A) de fumo: Superior Fumo de Minas
/Artigas, produzido Ramon Anido / Leivas, Saraiva & Cia, no Rio de Janeiro.
Registrado em 1878 na Junta Comercial, número de registro 258 / IC3 14.
Arquivo Nacional, Rio de Janeiro; (B) Xarope d’Abacaxi / Sirop d’Ananas,
produzido por H. Rouquayrol, Champenois & Cie. (Paris), produzido em
Pernambuco. Registrado em 1888 na Junta Comercial, número de registro 238 /
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IC3 46.
Arquivo Nacional, Rio de Janeiro
Fonte: Cardoso (2005. p.34); Cardoso (2005, p.35).
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Figura 2.2 - (A) Página de abertura da Revista Ilustrada, no seu segundo ano
(1877). A charge satiriza o Barão de Cotegipe, ministro da fazenda, e também o
legislativo, por sugarem as forças do Brasil moribundo, representado por um
índio, como de costume; (B) Capa do primeiro número da luxuosa revista
Illustração do Brazil, mostrando o retrato da princesa Isabel, do conde d’Eu e do
lho do casal, o príncipe do Grão-Pará, junho de 1876
Fonte: Cardoso (2008, p. 45); Cardoso (2005. p.70).
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atividade projetual que caracteriza o que hoje é conhecido como design passou
a ser exercido nas últimas décadas do século XIX, em associação com o primeiro
surto industrial brasileiro, que ocorreu entre 1870 e 1880, o que trouxe
importantes consequências para a formação de um mercado consumidor
interno e para o processo de desenvolvimento de uma tradição em design no
país.
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O período em que o Art Nouveau (e o Art Déco) apareceu no Brasil coincide com
um momento de modernização do País e renovação do mercado editorial
nacional. Nesse contexto, surgem diversas revistas, tais como: O Malho (Figura
2.4A), a Careta, Ilustração Brasileira, Para Todos... e o infantil Tico-Tico. Nesse
mercado, destacam-se as ilustrações e caricaturas de J. Carlos. O período de
1910 até 1930 caracteriza-se por um período de efervescência do mercado
editorial no Brasil, no qual se destacam os ilustradores K. Lixto, Guevara, Raul e
Fritz.
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Figura 2.4 - (A) Capa da revista O Malho, de 1919, criada por Di Cavalcanti,
artista ativo na área de design grá co. Conforme Cardoso (2000), é possível
observar nessa capa formas e temas do art déco em pleno auge do art nouveau
no Brasil, o que sugere que os dois estilos se confundem na prática editorial no
País, no período em questão; J. Carlos (B) Capa do segundo número da revista A
Maçã, 1922; e (C) Página editorial da revista A Maçã, 1922
Fonte: Casa Rui Barbosa; Cardoso (2005, p. 95); Cardoso (2005, p.110).
A revista Para Todos... é considerada “a menina dos olhos” de J. Carlos. Foi criada
em 1918 e circulou até 1926, sendo uma revista relacionada ao cinema, e
lt d úbli f i i j lh d l édi lt
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voltada para o público feminino jovem, mulheres de classe média e alta, o que
permitiu à revista maior liberdade grá ca (Figura 2.5).
Figura 2.5 - J. Carlos. (A) Quatro capas sequenciais de Para Todos…, contando
uma história relacionada ao Carnaval e seus personagens, 1928; e, (B) Desenhos
e fotogra as que estabelecem um diálogo irônico nas páginas de Para Todos…
Fonte: Cardoso (2005, p.142); Cardoso (2005, p.147).
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da guerra na Europa. A partir da década de 1950, o Brasil passa por uma intensa
transformação, ocorrendo um grande processo de urbanização e uma
industrialização forçada, em função de visões e políticas nacionalistas e
desenvolvimentistas (“Cinquenta anos em cinco”) no país.
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De acordo com Chico Homem de Melo (2006), no projeto grá co dessa revista
havia grande exibilidade e liberdade para experimentações grá cas pois texto,
imagem e diagramação interagiam no sentido de promover um único diálogo.
Muitas vezes, a ilustração dava a tônica da página e estabelecia a mancha
grá ca. É importante mencionar também que há uma ruptura com os padrões
existentes no design editorial de capas uma vez que o logotipo da revista era
posicionado de modo distinto em cada edição, sem interferir na identidade da
revista Senhor, que resultava de um conjunto de elementos grá cos, e não
apenas de um elemento isolado. A revista também explora as limitações da
produção grá ca, sendo quase inteiramente produzida em uma cor, buscando
explorar novas possibilidades expressivas com poucos recursos grá cos (Figura
2.7E).
Nos anos de 1950, ocorre também a entrada o cial dos ideais concretistas no
Brasil que se inicia com a poesia concreta (Noigandres). O concretismo, cuja
gênese está ligada aos movimentos de vanguarda europeus do início do século
XX, particularmente o grupo De Stijl, está aglutinado no Brasil em torno dos
grupos Ruptura, em São Paulo, e Frente, no Rio de Janeiro. Os seus teóricos mais
radicais, como Waldemar Cordeiro, do grupo Ruptura, postulam uma arte
racional e objetiva, instaurando no país uma revolução estética com novas
maneiras de pensar e fazer no campo das artes plásticas, do design, da poesia e
da publicidade. Nesse contexto, grandes transformações artísticas marcam o
eixo Rio-SP, proporcionadas em grande parte pela repercussão das Bienais de
São Paulo. A partir da premiação da escultura Unidade Tripartida, do suíço Max
Bill, na primeira edição da Bienal, os artistas, designers e poetas que já focam
suas experiências na construção racional e no abstracionismo passam a
enfatizar modelos europeus construtivistas e funcionalistas em seu trabalho,
como possibilidade de expressão e comunicação de novos valores da nova
sociedade que emergia dos novos centros urbanos, e do homem moderno. O
concretismo alcança a sua popularização nos anúncios publicitários da revista O
Cruzeiro.
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empresas, tais como o banco Itaú, Klabin e Coqueiro/Metal Leve, entre outros
(Figura 2.8A).
Outro grande ícone do design grá co brasileiro que se destaca pela sua
colaboração na implantação da ESDI, e pelo seu trabalho na área de identidade
visual é Aloísio Magalhães, considerado o mais in uente designer brasileiro do
século XX. Embora tenha iniciado sua trajetória com o movimento O Grá co
Amador, em Recife, o designer alcança visibilidade durante as décadas de 1960 e
1970, a partir de seus projetos de identidade visual para a Fundação Bienal de
Sã P l U i id d d B íli U ib Li ht P t b á S C
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de 1960, utilizada por designers, com diferentes visões, mas pertencentes aos
circuitos mais eruditos da pro ssão.
Figura 2.9 - Rogério Duarte. (A) Capa do do primeiro álbum de Caetano Veloso,
f t d D id D Zi N t t
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com uma foto de David Drew Zingg. Na capa, o cantor aparece em um porta-
retrato segurado por uma mulher. O álbum traz faixas como “Tropicália”,
“Alegria, Alegria” e “Soy Loco Por Ti América”, 1968; e, (B) Capa do segundo
álbum de Gilberto Gil, que possui a participação dos Mutantes em “Pega a Voga,
Cabeloudo”, 1968.
Fonte: Melo (2005, p. 198, 204).
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praticar
Vamos Praticar
Faça uma leitura do trecho a seguir, que foi extraído de uma palestra proferida pelo
designer Aloísio Magalhães por ocasião dos 15 anos de existência da ESDI, sobre o
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Na capa de disco The sound of Harlem, de 1964 (Figura 2.10A), Milton Glaser
utiliza guras contornadas por nanquim, coloridas através de películas adesivas,
que integra a iconogra a sintética dos quadrinhos, o sinuoso desenho curvilíneo
dos arabescos persas e o art nouveau, a cor chapada das gravuras japonesas e
dos recortes de Matisse, além da dinâmica da pop art, o que resulta numa
solução inovadora para esse projeto. Em um outro trabalho, o cartaz de Bob
Dylan, de 1967, (Figura 2.10B), Glaser elabora uma imagem singular do músico,
utilizando uma silhueta preta com cabelos em cores claras, inspirados no art
nouveau, combinado sua visão pessoal com a essência do tema.
inovadoras. Na capa do disco The threepenny opera (A Ópera dos Três Vinténs),
na Figura 2.10D, Chwast combina a gravura expressionista alemã com
deslocamentos espaciais surreais e cores dinâmicas encontradas na arte
primitiva. Tanto Glaser quanto Chwast desenvolvem uma série de displays
(Figura 2.10C), que inicialmente são letras para trabalhos, mas depois passam a
ser desenvolvidos como alfabetos inteiros.
Bert F. “Herb” Lubalin, designer grá co e type designer, é responsável por um dos
maiores avanços do design grá co americano, uma vez que abandona as regras
e a prática tipográ ca moderna, considerando os caracteres alfabéticos como
forma visual e, ao mesmo tempo, como comunicação de mensagens. Ou seja,
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Figura 2.11 – Herb Lubalin. (A) Logotipo da revista Avant Garde, 1968; (B)
Tipograma de um cartaz de anúncio de tipos Stettler, 1965. Marriage
(Casamento), “a mais licenciosa das instituições humanas”, se torna uma
ilustração pela junção dos “RR”; e, (C) Herb Lubalin (designer) e Tom Carnase
(letrista), proposta de logotipo de revista, 1967. O ampersand envolve e protege
a “child” (criança) em uma metáfora visual para o amor materno.
Fonte: Avant Garde (magazine) / Wikimedia Commons; Meggs e Purvis (2009, p.
512).
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Lubalin projetou a fonte ITC Avant Garde (Figura 2.11A), tendo colaborado com
Ralph Ginsburg, como diretor de arte no desenho e leiaute das revistas Eros
(Figura 2.12 A e 2.12B), Fact e Avant Garde, sendo a última uma luxuosa revista
que publica ensaios visuais, cção e reportagem, e que, até o nal da década de
1960, passa a assumir um formato quadrado. Em 1970, Lubalin funda a
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A Pós-Modernidade
As décadas de 1970 e 1980 são marcadas por um contexto sociopolítico e
econômico de caráter conservador (“era Reagan” nos Estados Unidos; “era
Thatcher” ou “thatcherismo” na Grã-Bretanha), havendo uma crise da
inteligência crítica, o que resulta numa crise intelecto-cultural que é dominante
durante toda essa época, e é denominada de pós-moderna.
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Design Pós-Moderno
Segundo Lupton e Miller (1996), o desenvolvimento do design pós-moderno está
relacionado ao movimento da Pop Art; aos conceitos das teorias pós-
estruturalistas de signi cação que se popularizaram nas escolas de design
americanas, como o “descontrutivismo” de Jacques Derrida, que se pauta na
ideia da inexistência de signi cados xos para qualquer texto escrito, sendo
esse frequentemente submetido às forças externas que, incessantemente,
reestruturam seu signi cado, fornecendo novas leituras e interpretações; e
também às teorizações propostas pelo arquiteto Robert Venturi em seu livro
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De acordo com Meggs e Purvis (2009), no campo do design grá co, o pós-
moderno constitui-se em um movimento, com vertentes em várias direções, tais
como a rebeldia da new wave typography dos novos designers suíços, liderados
por Wolfgang Weingart; a pluralidade e o ecletismo dos trabalhos dos designers
do Grupo Memphis de Milão, de William Longhouser, na Costa Leste dos EUA, e
dos designers da costa oeste dos EUA, principalmente de San Francisco, a partir
da década de 1980; o movimento retrô, que revive e/ou reinventa soluções
vernaculares e modernistas europeias e norte-americanas do período entre
guerras (baseadas em grande parte na art déco daquele período), como se
observa nos trabalhos de Neville Brody para as revistas The Face e Arena,
também na década de 1980; e a revolução digital, com o aparecimento do
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N t t W i t b õ i i i t é d i t l ã
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Movimento Punk
Na década de 1970, surge o movimento punk, cuja manifestação no design
grá co ocorre através da assimilação do ruído, do feio, do não design. O estilo
punk está nas ruas de Londres, associado às drogas e à cultura pop, e procura
chocar em todos os sentidos. Segundo Hollis (2001), se o movimento dadá se
coloca como uma antiarte, o punk é o antidesign. O principal veículo de
comunicação das ideias do movimento punk é o fanzine, também conhecido
como zine (que se origina da junção das palavras em inglês “fan” e “magazine”,
“fanzine”), ou uma mídia alternativa, na qual os adeptos ou os fãs podem
expressar seus gostos, suas criações e suas opiniões. A prática do fanzine se
relaciona com a ética do Do It Yourself (DIY), e sua produção envolve o uso de
imagens e letras recortadas de jornais, máquinas de escrever, e letras feitas à
mão, coladas sem muita preocupação com a ordem e o acabamento. Dentre os
fanzines do movimento punk, destacam-se o Sni n’ Glue, da Inglaterra (de Mark
Perry), e Punk, de Nova York (de John Holmstrom, Ged Dunn e Legs McNeil) nos
anos 1970.
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Grupo Memphis
No campo de design de produtos, o Pós-Modernismo resulta no emprego de
formas simbólicas e superfícies coloridas, que passam a ser totalmente
independentes dos aspectos funcionais dos objetos, considerando a questão
levantada pelo lósofo e semioticista Roland Barthes de que todos os objetos
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Figura 2.17 - (A) Ettore Sottsass. Estante Carlton, 1981. Madeira e plástico
laminado. 194,9 cm x 189,9 cm x 40 cm. John C. Waddell Collection, Gift of John
C. Waddell, 1997; e, (B) Christoph Radle Valentina Grego. Projetos de logotipo do
estúdio Memphis, início dos anos 1980.
Fonte: Schneider (2010, p. 154); Meggs (2009, p. 308).
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No campo do design grá co, o Memphis foi dirigido por Cristoph Radl. O
experimentalismo do Memphis, o fascínio por superfícies coloridas, os padrões
táteis e decorativos exercem in uência no campo do design em todo o mundo.
praticar
Vamos Praticar
“[No]...imaculado ambiente acadêmico, o sempre inquieto Weingart
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a) Weingart defende ideias e práticas no design tipográfico relacionadas aos princípios do design
moderno suíço, pois não tem a intenção de criar um estilo.
b) Wolfang Weingart questiona os princípios de uso da tipografia estabelecidos pelo design
moderno suíço por meio de experimentações visuais, as quais têm o objetivo de repensar e ampliar
os princípios já estabelecidos.
c) Weingart questiona o uso de experimentações no design que se desviem dos princípios já
estabelecidos do design moderno por considerá-las como o “creme do design”.
d) Weingart desenvolve novos recursos gráficos para o design tipográfico e, sem ter a intenção,
acaba criando um estilo que depois condena ou não acha apropriado para ser utilizado pois se trata
do “creme do design”.
e) Os novos recursos gráficos desenvolvidos por Weingart para o design tipográfico são
considerados inúteis por ele mesmo por se tratarem de fragmentos isolados que podem ser
utilizados por designers sem idèias próprias.
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Tal movimento é denominado de “retrô”, e não está identi cado com algum
tempo, escola ou designer especí co, mas refere-se ao interesse que surge
pelas propostas estéticas da primeira metade do século XX, particularmente o
art déco e as fontes tipográ cas maneiristas das décadas de 1920 e 1930,
praticamente esquecidos durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto,
surge o design vernacular que, a liado ao retrô, constitui-se, segundo Meggs e
Purvis (2009), na estética de formas grá cas de uso corriqueiro, tais como
cartões de beisebol, caixas de fósforo, ilustrações de comerciais antigos,
cartazes de circo, entre outros impressos comerciais de décadas anteriores.
Od i t ôd N Y k t b lh d ú d
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praticar
Vamos Praticar
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III. O design da capa de disco da banda Franz Ferdinand pode ser considerado como
um design retrô, pois a construção de sua imagem utiliza um planejamento grá co
similar ao design grá co de Rodchenko, ou seja, eliminação de detalhes
desnecessários, ênfase na composição diagonal dinâmica, posicionamento e o
movimento dos objetos no espaço, de modo a envolver o espectador.
a) I apenas
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a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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Figura 2.20 (A) à esquerda: Rudy VanderLans. Capa para Emigre, n.º 11, 1989.
Três níveis de informação visual são estrati cados no espaço dimensional; (B).À
direita: Glenn A. Suokko (designer) e Emigre Graphics, capa para Emigre, nº 10,
1989. A sintaxe tipográ ca tradicional cedeu lugar a uma experiência em
sequenciamento não convencional de informações, para uma edição especial
sobre o intercâmbio entre designers da Cranbrook e da Holanda.
Fonte: Meggs (2009. p. 631).
Figura 2.21 Edward Fella. (A) Mala direta para Detroit Focus Gallery, 1987. A
tipogra a “transparente” da comunicação de massa dá lugar a uma tipogra a
que remete a sua forma, história e processos deprodução; (B)Anúncio para uma
palestra, 1995. Uma miscelânea de letras pessoais e excêntricas é composta com
lógica conectiva e extravagância visual.
Fonte: Meggs (2009. p. 633).
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Figura 2.23 (A) David Carson (diretor de arte) e Pat Blashill (fotógrafo). Hanging
at Carmine Street (Dando um tempo na rua Carmine), Beach Culture, 1991.
Reagindo ao título de uma matéria editorial sobre uma piscina pública, Carson
se inspirou a “dar um tempo” com a tipogra a convencional; (B)David Carson
(diretor de arte) e John Ritter (fotógrafo). Is Techno Dead?(O tecno está morto?),
Ray Gun, 1994. Tipos textuais e intervalos espaciais se juntam a fotos
manipuladas por computador numa melodia rítmica de formas brancas e
escuras; (C)David Carson (diretor de arte) e Chris Cu aro (fotógrafo). Morrissey:
The Loneliest Monk (Morrissey: o monge mais solitário), Ray Gun, 1994. O corte
fotográ co incomum e o título desconstruído
transmitem o romantismo e o mistério do músico.
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Em seu trabalho realizado até 1996 ( gura 2.23A e 2.23B), ele cria uma estética
visual que rompe com todos os princípios de legibilidade. Seu trabalho se
caracteriza pela exibilização, transgressão, desconstrução; números são
rotacionados e se transforma em letras, letras mal impressas de placas de rua e
fotogra as com pouco contraste e desfocadas são valorizadas; e Carson inverte
a hierarquia de elementos visuais numa capa de revista, colocando em evidência
elementos, como códigos de barras entre outros. Dentre os seus trabalhos na
área editorial, destaca-se a revista Ray Gun ( guras 2.23C). A revista de Carson
não precisa ser lida, mas interpretada, ou simplesmente observada como uma
dinâmica de signos que estão à disposição.
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praticar
Vamos Praticar
“O mundo na era da informação se compõe de visões fragmentadas e fragmentos de
visões, cuja totalidade é recomposta na mente de cada um, e sempre de forma
passageira. O grande símbolo da época é, mais uma vez, a Internet, mas a expressão
mais corriqueira dessa fragmentação está no uso cotidiano que se faz de uma
televisão com controle remoto. [...] O velho senso de mistério e de magia diante da
folha em branco, experiência fundadora nos relatos de tantos mestres do passado,
de nitivamente não parece se traduzir com a mesma intensidade para o espaço da
tela apinhada de ícones e barras de ferramentas. Uma crítica similar pode ser feita
com relação à Internet, outra grande área de crescimento para o design nos últimos
anos. [...] Em meio à fragmentação tão característica e potencialmente tão
enriquecedora da experiência pós-moderna, é importante não perder de vista a busca
por narrativas mais amplas e uni cadas.
CARDOSO, Rafael. Uma introdução à história do design. São Paulo: Edgard Blucher,
2008 212 215
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2008. p. 212-215.
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in dica ções
Material Complementar
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LIVRO
Editora: Rosari
ISBN: 85-88343-28-2
FILME
Helvetica, o ilme
Ano: 2007
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p p p
projetos de design.
TRAILER
con clusã o
Conclusão
Até a metade do século XX, o design moderno estrutura a prática do design por
meio da ordem pautada no sistema de grid, na neutralidade e na legibilidade da
tipogra a. A partir da década de 1960, com uma severa crítica a uma sociedade
de consumo e à desconstrução do discurso modernista, e também com a
Revolução Digital, outros caminhos são explorados. A história recente do design
mostra que existem diversas maneiras de organizar a informação e as imagens
e que a decisão de usar um grid sempre depende da natureza do conteúdo a ser
trabalhado no projeto. Por vezes, o conteúdo precisa ignorar uma estrutura
para gerar um envolvimento intelectual mais profundo do seu usuário, ou
evocar reações emotivas especí cas. Sem a necessidade de tornar legível um
texto ou claramente visível e compreensível uma imagem, o designer pode
expressar livremente a sua criatividade e os valores subjetivos, portanto agora é
í l bé f ã
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referên cias
Referências Bibliográ cas
______ (Org.) O design brasileiro antes do design: aspectos da história grá ca,
1870-1960. São Paulo: Cosac Naify, 2005.
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HOLLIS, R. Design grá co: uma história concisa. Tradução de Carlos Daudt. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.
MEGGS, P. B.; PURVIS, A. W. História do design grá co. Tradução de Cid Knipel.
São Paulo: Cosac Naify, 2009.
MELO, C. H. de (Org.) Design grá co brasileiro: Anos 60. São Paulo: CosacNaify,
2006.
______. Linha do tempo do design grá co no Brasil. São Paulo: Cosac Naify,
2011.
______; IZENOUR, S. Aprendendo com Las Vegas. São Paulo: Cosac Naify, 2003
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