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DESIGN
CONTEMPORÂNEO
Dr. Franceli Guaraldo
INICIAR
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introdução
Introdução
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Design no Brasil
O Brasil vive e faz design há muito tempo. De acordo com o historiador Rafael
Cardoso (2005), o design, como atividade de projeto de complexidade
conceitual e utilização de códigos visuais preexistentes, surge no Brasil em
décadas anteriores a 1960.
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Figura 2.1 - Rótulos no Brasil Imperial: (A) de fumo: Superior Fumo de Minas
/Artigas, produzido Ramon Anido / Leivas, Saraiva & Cia, no Rio de Janeiro.
Registrado em 1878 na Junta Comercial, número de registro 258 / IC3 14.
Arquivo Nacional, Rio de Janeiro; (B) Xarope d’Abacaxi / Sirop d’Ananas,
produzido por H. Rouquayrol, Champenois & Cie. (Paris), produzido em
Pernambuco. Registrado em 1888 na Junta Comercial, número de registro 238
/ IC3 46.
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Figura 2.2 - (A) Página de abertura da Revista Ilustrada, no seu segundo ano
(1877). A charge satiriza o Barão de Cotegipe, ministro da fazenda, e também
o legislativo, por sugarem as forças do Brasil moribundo, representado por
um índio, como de costume; (B) Capa do primeiro número da luxuosa revista
Illustração do Brazil, mostrando o retrato da princesa Isabel, do conde d’Eu e
do filho do casal, o príncipe do Grão-Pará, junho de 1876
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Figura 2.3 - Eliseu Visconti. (A) Capa do primeiro número da Revue Du Brésil,
editada em Paris, 1896; (B) Cartaz da Companhia Antartica, 1920; e (C)
Projeto final para selo postal: A Aeronáutica, 1903
O período em que o
Art Nouveau
(e o
Art Déco
) apareceu no Brasil coincide
com um momento de modernização do País e renovação do mercado
editorial nacional. Nesse contexto, surgem diversas revistas, tais como:
O
Malho
(Figura 2.4A),
a Careta, Ilustração Brasileira, Para Todos
... e o infantil
Tico-Tico
. Nesse mercado, destacam-se as ilustrações e caricaturas de J.
Carlos. O período de 1910 até 1930 caracteriza-se por um período de
efervescência do mercado editorial no Brasil, no qual se destacam os
ilustradores K. Lixto, Guevara, Raul e Fritz.
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Figura 2.4 - (A) Capa da revista O Malho, de 1919, criada por Di Cavalcanti,
artista ativo na área de design gráfico. Conforme Cardoso (2000), é possível
observar nessa capa formas e temas do art déco em pleno auge do art
nouveau no Brasil, o que sugere que os dois estilos se confundem na prática
editorial no País, no período em questão; J. Carlos (B) Capa do segundo
número da revista A Maçã, 1922; e (C) Página editorial da revista A Maçã,
1922
Fonte: Casa Rui Barbosa; Cardoso (2005, p. 95); Cardoso (2005, p.110).
A revista
Para Todos
... é considerada “a menina dos olhos” de J. Carlos. Foi
criada em 1918 e circulou até 1926, sendo uma revista relacionada ao cinema,
e voltada para o público feminino jovem, mulheres de classe média e alta, o
que permitiu à revista maior liberdade gráfica (Figura 2.5).
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Figura 2.5 - J. Carlos. (A) Quatro capas sequenciais de Para Todos…, contando
uma história relacionada ao Carnaval e seus personagens, 1928; e, (B)
Desenhos e fotografias que estabelecem um diálogo irônico nas páginas de
Para Todos…
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Figura 2.7 - Carlos Scliar. (A) Capa da 1ª edição da revista Senhor, 1959; (B)
Capa da edição nº 7 da revista Senhor, 1959; (C) Glauco Rodrigues. Capa da
edição n˚ 36 da revista Senhor, 1962; (D) e (E) Páginas internas da revista
Senhor.
Nos anos de 1950, ocorre também a entrada oficial dos ideais concretistas no
Brasil que se inicia com a poesia concreta (
Noigandres
). O concretismo, cuja
gênese está ligada aos movimentos de vanguarda europeus do início do
século XX, particularmente o grupo De Stijl, está aglutinado no Brasil em torno
dos grupos Ruptura, em São Paulo, e Frente, no Rio de Janeiro. Os seus
teóricos mais radicais, como Waldemar Cordeiro, do grupo Ruptura, postulam
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uma arte racional e objetiva, instaurando no país uma revolução estética com
novas maneiras de pensar e fazer no campo das artes plásticas, do design, da
poesia e da publicidade. Nesse contexto, grandes transformações artísticas
marcam o eixo Rio-SP, proporcionadas em grande parte pela repercussão das
Bienais de São Paulo. A partir da premiação da escultura Unidade Tripartida,
do suíço Max Bill, na primeira edição da Bienal, os artistas, designers e poetas
que já focam suas experiências na construção racional e no abstracionismo
passam a enfatizar modelos europeus construtivistas e funcionalistas em seu
trabalho, como possibilidade de expressão e comunicação de novos valores
da nova sociedade que emergia dos novos centros urbanos, e do homem
moderno. O concretismo alcança a sua popularização nos anúncios
publicitários da revista O
Cruzeiro
.
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Figura 2.8 - Identidades visuais projetadas por (A) Alexandre Wollner e (B)
Aloísio MagalhãesA)
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praticar
Vamos Praticar
Faça uma leitura do trecho a seguir, que foi extraído de uma palestra proferida pelo
designer Aloísio Magalhães por ocasião dos 15 anos de existência da ESDI, sobre o
design industrial e seu desenvolvimento em países do Terceiro Mundo, como o
Brasil.
“[...] É preciso atentarmos para o fato de que nessa segunda metade do
século XX os conceitos de desenvolvimento socioeconômico e das relações
entre países de economia centralizadora e economia periférica precisam
ser revistos. Nesse caso, nossa posição no domínio do Desenho Industrial
pode oferecer, através da ótica abrangente que o modelo nos
proporcionou, condições de reconceituar a própria natureza da atividade
que nasceu voltada apenas para a solução de problemas emergentes da
relação tecnologia/usuário em contextos altamente desenvolvidos, a
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a)
Aloísio Magalhães indicou que existem diferenças na atividade do
desenhista industrial em função do contexto em que está inserido, mas que
sempre o profissional deve fazer uso do conceito de forma e função para o
exercício de projeto.
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois o autor defende que qualquer solução
de design precisa ser pensada tendo-se em vista o contexto no qual está
inserida.
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b)
Aloísio Magalhães considerou que, embora exista uma autenticidade na
cultura brasileira, essa característica não pode ser usada a favor de uma
originalidade, que deve dar lugar a uma exuberante presença da cópia e
atitude de mímese de outros valores culturais.
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois o autor defende o oposto, ou seja, as
soluções de design devem incorporar a inserção de valores culturais a favor
de uma originalidade.
c)
Aloísio Magalhães apontou que a atividade deve abandonar o conceito de
forma e função como tarefa prioritária e a visão consumista de produzir só
novos bens de consumo e repensar a atividade em função do contexto
brasileiro, no qual existe em um espectro amplo de possibilidades, em que
estão presentes situações, formas de fazer e de usar basicamente primitivas
e pré-industriais até tecnologias consideradas de ponta.
Feedback:
alternativa
correta
, pois, no trecho escolhido, o designer Aloísio
Magalhães defende que uma reconceituação da atividade do desenhista
industrial seja realizada no Brasil, a partir de uma abordagem que transcenda
a filosofia simplista de forma e função da produção de bens industriais de
consumo, e leve em consideração a diversidade de saberes, situações e
condições distintas existentes no contexto brasileiro.
d)
Aloísio Magalhães defendeu que os conceitos de desenvolvimento
socioeconômico e das relações entre países de economia centralizadora e
economia periférica precisam ser revistos, sendo importante que, nessa
última, a natureza da atividade de Desenho Industrial seja reconceituada a
partir da solução de problemas da relação tecnologia/usuário, como ocorre
em países desenvolvidos.
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois o autor defende o oposto, ou seja,
uma revisão de conceitos que norteiam a prática projetual, levando-se em
consideração o contexto inerente aos países periféricos, ou em
desenvolvimento, como o Brasil.
e)
Aloísio Magalhães argumentou que, em países em desenvolvimento como
o Brasil, o Desenho Industrial transita entre situações distintas e entre uma
diversidade de saberes, o que torna necessário que uma série de ações
sejam tomadas no sentido de diminuir e/ou atenuar tais desigualdades.
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Feedback:
alternativa
incorreta
, pois o autor defende o oposto, ou seja, que
a prática de design leve em consideração as desigualdades (ou
especificidades) e a diversidade de saberes encontrada em países em
desenvolvimento como o Brasil.
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O Design a partir da
Década de 1960
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Rassegna
, denominado de
Global Tools
, que busca, em seus três anos de
duração, montar uma rede de oficinas que incentive a criatividade através do
uso e da aplicação adequada de materiais técnicos naturais no design de
produtos, em Florença. Tais movimentos e grupos radicais de design são
dissolvidos em poucos anos, em meados da década de 1970, sendo também
absorvidos pela sociedade de consumo e a cultura industrial. Entretanto, tais
movimentos ou “antimovimentos” formaram a base de um novo pensamento,
desencadeando uma postura ou “uma atitude pós-moderna”.
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Figura 2.10 – Milton Glaser. (A) Capa de disco para The sound of Harlem (O
som do Harlem),1964. Nesse exemplo do uso inicial feito por Glaser da linha
de contorno e da cor chapada, as figuras são formas sem peso que fluem em
ritmo musical; (B) Cartaz de Bob Dylan, 1967. Transcendendo objeto e função,
essa imagem se tornou uma cristalização simbólica de sua época; Seymour
Chwast. © Projetos de tipos display. Chwast repete alegremente formas
vitorianas, art nouveau, arte op e art déco; e, (D) Capa de disco para The
threepenny opera, 1975. Inspirações diversas se combinam para captar a
ressonância da renomada peça alemã
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Figura 2.11 – Herb Lubalin. (A) Logotipo da revista Avant Garde, 1968; (B)
Tipograma de um cartaz de anúncio de tipos Stettler, 1965. Marriage
(Casamento), “a mais licenciosa das instituições humanas”, se torna uma
ilustração pela junção dos “RR”; e, (C) Herb Lubalin (designer) e Tom Carnase
(letrista), proposta de logotipo de revista, 1967. O ampersand envolve e
protege a “child” (criança) em uma metáfora visual para o amor materno.
Lubalin projetou a fonte ITC Avant Garde (Figura 2.11A), tendo colaborado
com Ralph Ginsburg, como diretor de arte no desenho e leiaute das revistas
Eros (Figura 2.12 A e 2.12B),
Fact e Avant Garde
, sendo a última uma luxuosa
revista que publica ensaios visuais, ficção e reportagem, e que, até o final da
década de 1960, passa a assumir um formato quadrado. Em 1970, Lubalin
funda a International Typeface Corporation (ITC); a partir de 1972, dá aulas na
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Figura 2.12 – Herb Lubalin (designer)e Bert Stern (fotógrafo). (A) Páginas de
Eros, 1962.Os riscos translúcidos de marca-texto feitos por Marilyn Monroe
ganham dramaticidade graças à escala; (B) Capa para a revista Eros, 1962. O
grid de imagens formado por tiras de contato é violado por uma tira que se
desvia para cima para se alinhar com o logotipo e o lide.; Herb Lubalin. (C)
Cartaz anunciando tipos Davida Bold,1965. Quatro versos do trava-língua de
Peter Piper compartilham um único “P” capitular; e, (D) Anúncio para
concurso de cartazes contra a guerra de Avant Garde, 1967. Unidade e
impacto resultam da compressão de informações complexas em um
retângulo dominado pela grande manchete em vermelho
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Figura 2.13 - (A) Rosmarie Tissi. Anúncio para E. Lutz & Company, 1964. O
espaço ganha vida por meio de desvios e ângulos sutis que lançam a página
em estado de animação suspensa; (B) Siegfried Odermatt. Anúncio para os
cofres Union, 1968. A sobreposição e o recorte da marca, impressa em preto e
cinza azulado, trazem para a página do jornal a vitalidade e o impacto da
forma pura; e, (C) Steff Geissbuhler. Capa de folheto da Geigy, 1965. A
legibilidade é sacrificada em favor da organização visual dinâmica
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A Pós-Modernidade
As décadas de 1970 e 1980 são marcadas por um contexto sociopolítico e
econômico de caráter conservador (“era Reagan” nos Estados Unidos; “era
Thatcher” ou “thatcherismo” na Grã-Bretanha), havendo uma crise da
inteligência crítica, o que resulta numa crise intelecto-cultural que é
dominante durante toda essa época, e é denominada de pós-moderna.
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Design Pós-Moderno
Segundo Lupton e Miller (1996), o desenvolvimento do design pós-moderno
está relacionado ao movimento da
Pop Art
; aos conceitos das teorias pós-
estruturalistas de significação que se popularizaram nas escolas de design
americanas, como o “descontrutivismo” de Jacques Derrida, que se pauta na
ideia da inexistência de significados fixos para qualquer texto escrito, sendo
esse frequentemente submetido às forças externas que, incessantemente,
reestruturam seu significado, fornecendo novas leituras e interpretações; e
também, às teorizações propostas pelo arquiteto Robert Venturi, em seu livro
escrito em 1960, intitulado
Complexidade e Contradição na Arquitetura
. Esse
livro é uma espécie de manifesto, no qual o autor defende que a
complexidade e a contradição são condições inerentes à vida e aos diversos
edifícios do passado histórico, e que devem estar presentes na criação de
uma nova arquitetura, a qual deve ser referencial, e ter o poder de evocar e
conter elementos dos estilos arquitetônicos do presente e do passado, além
de elementos lúdicos e engenhosos, sem que seja necessário se ater a
determinadas regras, tais como aquelas preconizadas pelo Estilo
Internacional. Em contraposição às ideias de Mies van Der Rohe de que “[...] o
menos é mais” (
less is more
), Venturi afirmou “o menos é entediante” (
less is
bore
). A mensagem de Venturi vai sendo gradualmente absorvida e, por volta
da década de 1980, emerge uma arquitetura que não se prende a um
conjunto de princípios preestabelecidos, mas que inclui diversas referências,
projetando um sentido de lugar ou uma atmosfera única cujo intuito é o de
transformar o ambiente em um ambiente especial para seus usuários, como
evidenciam as obras do próprio Robert Venturi e do arquiteto Charles Moore.
Em outro livro,
Aprendendo com Las Vegas
, Venturi observa a paisagem
urbana composta por outdoors, letreiros luminosos e edifícios comuns e
recomenda aos designers que aprendam com a vitalidade e o resplendor dos
elementos gráficos encontrados nos lugares de Las Vegas.
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Movimento Punk
Na década de 1970, surge o movimento punk, cuja manifestação no design
gráfico ocorre através da assimilação do ruído, do feio, do não design. O estilo
punk está nas ruas de Londres, associado às drogas e à cultura pop, e procura
chocar em todos os sentidos. Segundo Hollis (2001), se o movimento dadá se
coloca como uma antiarte, o punk é o antidesign. O principal veículo de
comunicação das ideias do movimento punk é o fanzine, também conhecido
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Figura 2.16 – Jamie Reid. (A) Cartaz para a banda Sex Pistols Anarchy in The
UK, 1976. Esse cartaz é considerado um trabalho essencial para o
estabelecimento de uma estética visual do Punk; e (B) Capa do single God
Save the Queen (Deus Salve a Rainha), 1977
Grupo Memphis
No campo de design de produtos, o Pós-Modernismo resulta no emprego de
formas simbólicas e superfícies coloridas, que passam a ser totalmente
independentes dos aspectos funcionais dos objetos, considerando a questão
levantada pelo filósofo e semioticista Roland Barthes de que todos os objetos
são representações simbólicas ou signos. Ocorre a reinterpretação das
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época (
Zeitgeist
), de modo similar a uma obra de arte. O segmento de design
de móveis e de interiores da década de 1980 propicia o surgimento do
denominado “design de autor”, no qual destacam-se Philippe Starck, Ron
Arad, Borek Sipek, Massimo Ghini.
praticar
Vamos Praticar
“[No]...imaculado ambiente acadêmico, o sempre inquieto Weingart
começou a questionar: por que o tipo precisa ser alinhado à esquerda e
irregular à direita? Por que os parágrafos precisam ser indentados? Não
queria rejeitar tudo o que viera antes dele, somente expandir esses
conceitos. Em 1968, teve início o curso de Design Gráfico Avançado, e ele
recebeu um convite para fazer parte do corpo docente no curso de
tipografia. Suas contribuições ao léxico do design gráfico são
consideráveis: espaços maiores que as letras, sobreposição de imagens
fotográficas e tipográficas, chapados e blocos inteiros de tipos em
negativo, indicação de grades e posterior violação das mesmas,
sublinhados, misturas nada convencionais de tipos com diferentes
tamanhos e pesos, tipografia em diagonal e o uso de formas geométricas
e unidades tipográficas como recursos ilustrativos – todos os elementos
que mais tarde seriam adotados como maneirismos contemporâneos.
Weingart ficou satisfeito? Dificilmente. Ele condenaria essa lista como o
‘creme do design’, algo que foi removido e usado em fragmentos isolados
por designers sem idéias próprias. ‘Jamais tive a intenção de criar um
estilo’. Tinha a intenção de descobrir uma nova atitude visual e um
método de experimentação baseado numa sólida experiência de ensino.”
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HELLER, S.
Linguagens do design:
compreendendo o design gráfico. São
Paulo: Rosari, 2007, p. 272.
a)
Weingart defende ideias e práticas no design tipográfico relacionadas aos
princípios do design moderno suíço, pois não tem a intenção de criar um
estilo.
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois Weingart é inquieto e realiza
experimentações no sentido de questionar e ampliar os princípios de
tipografia estabelecidos pelo design moderno suíço.
b)
Wolfang Weingart questiona os princípios de uso da tipografia
estabelecidos pelo design moderno suíço por meio de experimentações
visuais, as quais têm o objetivo de repensar e ampliar os princípios já
estabelecidos.
Feedback:
alternativa
correta
, pois, como o próprio excerto cita, Weingart
realiza experimentações no sentido de explorar e descobrir novas
possibilidades visuais de uso da tipografia no design.
c)
Weingart questiona o uso de experimentações no design que se desviem
dos princípios já estabelecidos do design moderno por considerá-las como o
“creme do design”.
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois Weingart defende as experimentações
no design à busca de soluções apropriadas ao contexto do projeto (ou que
ele vai comunicar), condenando o uso de recursos gráficos de modo isolado,
como um conjunto de regras fixas ou como um “estilo”
d)
Weingart desenvolve novos recursos gráficos para o design tipográfico e,
sem ter a intenção, acaba criando um estilo que depois condena ou não acha
apropriado para ser utilizado pois se trata do “creme do design”.
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois Weingart defende as experimentações
no design à busca de soluções apropriadas ao contexto do projeto (ou que
ele vai comunicar), condenando o uso de recursos gráficos de modo isolado,
como um conjunto de regras fixas ou como um “estilo”.
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e)
Os novos recursos gráficos desenvolvidos por Weingart para o design
tipográfico são considerados inúteis por ele mesmo por se tratarem de
fragmentos isolados que podem ser utilizados por designers sem idèias
próprias.
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois Weingart só considera inúteis a
utilização dos recursos gráficos na tipografia se estes estiverem dissociados
do sentido da mensagem, do contexto que o projeto pretende comunicar.
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Figura 2.18 - Paula Scher. (A) Cartaz para a CBS Records, 1979. O cartaz
apresenta uma síntese de fontes de inspiração díspares, nesse caso o
construtivismo russo e os cartazes xilográficos do século XIX; (B) Cartaz dos
relógios Swatch, 1985. Um cartaz famoso de Herbert Matter dos anos 1930,
parodiado para a Swatch, fabricante suíço de relógios; e (C) Carin Goldberg
(designer) e Frank Metz (diretor de arte). Capa de livro The Sonnets to Orpheus
(Sonetos a Orfeu), 1987. Motivos e letras sem serifa encerrados em retângulos
pretos eram inspirados pelos Wiener Werkstäte (Sezessionstil).
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III. O design da capa de disco da banda Franz Ferdinand pode ser considerado como
um design retrô, pois a construção de sua imagem utiliza um planejamento gráfico
similar ao design gráfico de Rodchenko, ou seja, eliminação de detalhes
desnecessários, ênfase na composição diagonal dinâmica, posicionamento e o
movimento dos objetos no espaço, de modo a envolver o espectador.
a)
I, apenas.
b)
I e II, apenas.
c)
I e III, apenas.
d)
II e III, apenas.
e)
I, II e III.
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uma das primeiras aplicações de software para leiaute que utiliza essa
linguagem, o
Pagemaker
(da Aldus), em 1985.
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Figura 2.20 (A) à esquerda: Rudy VanderLans. Capa para Emigre, n.º 11, 1989.
Três níveis de informação visual são estratificados no espaço dimensional;
(B).À direita: Glenn A. Suokko (designer) e Emigre Graphics, capa para Emigre,
nº 10, 1989. A sintaxe tipográfica tradicional cedeu lugar a uma experiência
em sequenciamento não convencional de informações, para uma edição
especial sobre o intercâmbio entre designers da Cranbrook e da Holanda.
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Figura 2.21 Edward Fella. (A) Mala direta para Detroit Focus Gallery, 1987. A
tipografia “transparente” da comunicação de massa dá lugar a uma
tipografia que remete a sua forma, história e processos deprodução;
(B)Anúncio para uma palestra, 1995. Uma miscelânea de letras pessoais e
excêntricas é composta com lógica conectiva e extravagância visual.
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Figura 2.22 Neville Brody. (A) Capa da revista Arena, 1986-1987; e, (B)
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Figura 2.23 (A) David Carson (diretor de arte) e Pat Blashill (fotógrafo).
Hanging at Carmine Street (Dando um tempo na rua Carmine), Beach Culture,
1991. Reagindo ao título de uma matéria editorial sobre uma piscina pública,
Carson se inspirou a “dar um tempo” com a tipografia convencional; (B)David
Carson (diretor de arte) e John Ritter (fotógrafo). Is Techno Dead?(O tecno está
morto?), Ray Gun, 1994. Tipos textuais e intervalos espaciais se juntam a fotos
manipuladas por computador numa melodia rítmica de formas brancas e
escuras; (C)David Carson (diretor de arte) e Chris Cuffaro (fotógrafo).
Morrissey
: The Loneliest Monk (Morrissey: o monge mais solitário), Ray Gun,
1994. O corte fotográfico incomum e o título desconstruído
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reflita
Reflita
Reflita sobre as afirmações “a forma segue a função”, base do
desenvolvimento do design modernista/funcionalista, e “a
forma segue a emoção”, que caracteriza o design no Pós-
Modernismo, após a Revolução Digital. Busque exemplos de
peças gráficas em mídias impressas e/ou digitais que
exemplificam a conceituação de design presente em cada uma
dessas afirmações.
saiba mais
Saiba mais
Para David Carson, um bom design é uma
viagem interminável de descoberta, e que
envolve um bom senso de humor. Para
conhecer mais a respeito da concepção do
processo de design de Carson, assista a uma
de suas palestras, denominada “Design e
Descoberta”, proferida em 2003.
ASSISTIR
ti
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praticar
Vamos Praticar
“O mundo na era da informação se compõe de visões fragmentadas e fragmentos
de visões, cuja totalidade é recomposta na mente de cada um, e sempre de forma
passageira. O grande símbolo da época é, mais uma vez, a Internet, mas a
expressão mais corriqueira dessa fragmentação está no uso cotidiano que se faz de
uma televisão com controle remoto. [...] O velho senso de mistério e de magia
diante da folha em branco, experiência fundadora nos relatos de tantos mestres do
passado, definitivamente não parece se traduzir com a mesma intensidade para o
espaço da tela apinhada de ícones e barras de ferramentas. Uma crítica similar
pode ser feita com relação à Internet, outra grande área de crescimento para o
design nos últimos anos. [...] Em meio à fragmentação tão característica e
potencialmente tão enriquecedora da experiência pós-moderna, é importante não
perder de vista a busca por narrativas mais amplas e unificadas.
CARDOSO, Rafael.
Uma introdução à história do design
. São Paulo: Edgard
Blucher, 2008. p. 212-215.
a)
A experiência pós-moderna é fragmentária e potencialmente
enriquecedora, enquanto a experiência moderna é totalizante e, por isso,
ultrapassada nesse novo século XXI.
Feedback:
alternativa
incorreta
, pois o autor afirma que, apesar de
vivermos na pós-modernidade, ainda buscamos a experiência moderna, visto
que ela nos fornece narrativas amplas e unificadas.
b)
A experiência pós-moderna é fragmentária e potencialmente
enriquecedora, porém, em meio ao mundo pós-moderno, continua-se
buscando narrativas mais amplas e unificadas, que caracterizam a
modernidade.
Feedback:
alternativa
correta
, pois o excerto do texto selecionado coloca
em evidência que a nossa experiência na Era da Informação, uma experiência
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=6%2f8Oy8iDFGnG03x7MepXHA%3d%3d&l=eccyPax4aMM29bpC7EhOjQ%3d%3d&cd=zo… 52/58
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