Você está na página 1de 46

Programa de Pós-Graduação em Design – UFRGS

Mestrado e Doutorado em Design

HISTÓRIA DO DESIGN NO BRASIL


(2023)

Módulo II
31/07/2023

Campo profissional: Do inicio do século aos anos 1950


Campo gráfico antes do Design Concretista – Introdução, consolidação e transição
tecnológica do design moderno no campo do mobiliário e interiores ‐ Pioneiros do campo
profissional – Industrialização, Arte Concreta e o campo profissional do design brasileiro.

Marcos Braga
bragamcb@usp.br
Meados do século XIX , a produção de móveis intensifica-se pelas
mãos de artistas e artesãos brasileiros e europeus que aqui se
radicaram; a produção seguiu os principais estilos de modelos
europeus;

Liceu de Artes e Ofícios: Rio de Janeiro (1858); Bahia (1872); São


Paulo (1873); Pernambuco (1880). Responsáveis pela formação de mão
de obra especializada; produção de alta qualidade, processos manuais
e mecânicos bastante simples capazes de competir com os móveis
produzidos da Europa.

Sheraton Brasileiro: Estilo neoclássico originalmente inglês, adotado no


Brasil com interpretações regionais. Canapé, Século XIX - Assento de
palhinha estrutura de jacarandá e canela com detalhes em marchetaria
Campo profissional Arquitetônico
Eclético x Neo Colonial
“Desde meados da década de 1910, o trabalho orquestrado de alguns arquitetos de elite iniciou a
valorização da arquitetura barroca das vilas luso – brasileirs dos séculos XVI a XVIII. Esse apreço pelo
“neo-colonial” firmava-se por oposição ao ‘artificialismo’ dos estilos importados e pela crença na
funcionalidade do “colonial”. Durand

A corrente “neo-colonial” se originou em São Paulo, por intermédio de Ricardo Severo, sócio de Ramos
de Azevedo, e do francês Victor Dubugras. Este último chega a São Paulo em 1891, onde trabalha no
escritório de Ramos de Azevedo e atua como professor da escola Politécnica. Dubugras torna-se amigo
do então prefeito Washington Luis, “amante da história bandeirante” e “juntos realizaram viagem ao
interior do estado, recolhendo vestígios da pretérita arquitetura paulista”. Cavalcanti

Cama estilo colonial Brasileiro Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN (nº1 e 5)
1922 1922
Semana de Arte Moderna: Lançamento da Revista Klaxon
a capa do programa, 1ª modernista brasileira
por Di Cavalcanti Mensal, durou até 1923.
Menotti del Picchia, Mário de Andrade
Fundação do e Guilherme de Almeida
Partido Comunista do Brasil
Slide: Mariana Jorge e Rosana Martinez
Gregori Warchavchic (1896/1972)

Rua Itápolis - 26 de março a 20 de abril de 1930

Projetos de moveis
para área de estudos e trabalho
da Residência A.Schwartz. 1932
Móveis CIMO S.A
Irmãos Zipperer - Rio Negrinho, SC – 1912 – 1968
1921 – Ehrl & Cia. – serraria e fábrica de caixas

O Arco vergado foi a solução para substituir a cola, permitindo


que as cadeiras fossem desmontadas e embaladas para o
transporte, à exemplo das cadeiras tipo “vienenses” produzidas
por Michel Thonet

“Primeiro produto da fábrica, a Cadeira 1001 é


resultado do aproveitamento das sobras de
imbuia das caixas de frutas que eram
produzidas na serraria. Já nasceu da
preocupação ecológica e industrial dos
proprietários”, Angélica Santi

Produzida no inicio dos anos 1930, foi


adaptada para uso de laminado no assento ,
encosto e arcos. Os pés eram de imbuia..
Chegou a 30 mil unidades por mês.
Iniciativas na modernização da mobília brasileira

Num primeiro momento, os arquitetos modernos brasileiros começaram a


sentir falta de um mobiliário adequado à arquitetura que vinham
desenvolvendo. Assim, alguns passaram a desenhar móveis específicos
para seus projetos.

Trata-se de uma renovação formal, numa tentativa de conciliar mobiliário e


arquitetura, produzida de forma artesanal, com modelos exclusivos ou de
muito baixa seriação.

O material mais freqüentemente utilizados eram madeiras de lei,


especialmente o jacarandá.

Os centros em que essas transformações ocorreram foram, da mesma


forma que ocorreu na arquitetura, o Rio de Janeiro e São Paulo.
John Graz, suiço chega ao Brasil em 1920

Porta da residência Celso Figueiredo


fabrica de moveis patente

A Cama Patente foi criada em 1915 em Araraquara,


pelo espanhol Celso Martínez Carrera.
O campo gráfico no Brasil dos anos 1910 aos anos 1930

Final do século XIX e início do século XX : contextos

• Advento da República 1889: idéias de progresso e idéias políticas


• Fundação da Academia de Letras em 1897
• Na capital federal começava a Belle Èpoque
• Salões literários e encontros em livrarias
• Correntes literárias de influência européia e de temas brasileiros
• Nas cidades formou-se uma classe média com poder de compra e que
compôs uma boa parte dos leitores com interesses variados em termos do
consumo de impressos

• Até início do século XX, predomínio da tecnologia de impressão usados no


século XIX, como Litogravura e Tipografias de composição manual

• Nas primeiras décadas do século XX cresce gradualmente o número de


máquinas de composição mecânica (linotipia, monotipia ), principalmente
durante a primeira guerra

• Aumento da abertura de gráficas nesta virada de século em todo o país:


Curitiba, Joinville, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife etc
Final do século XIX e início do século XX : contextos

• No século XIX, muitos gráficos vieram em meio aos trabalhadores imigrantes


das lavouras. No início do século XX, já há imigrantes que chegam
diretamente para trabalhar no campo gráfico.

• Ocorrência de compra de maquinário usado das grandes gráficas pelos


pequenos empreendimentos gráficos

• Até início do século XX, os sistemas mais modernos de impressão


pertenciam as empresas que editavam os jornais e revistas mais
importantes. As gráficas desses periódicos em geral imprimiam outros
produtos, como livros.

• Até cerca de 1920, as gráficas são ‘casa de obras’: imprimem de tudo, é


minoria as que se dedicam a nichos específicos de mercado

• Grandes nomes figuram entre os colaboradores dos jornais e revistas da


época ( Lima Barreto, Monteiro Lobato, José Veríssimo, entre outros)

• Em 1906 é implantada a Fábrica de Papel Paulista Klabin. O fabrico de


papéis era até então raro no país. Porém, no início do século XX abrem-se
novas fábricas e em 1920 elas já são dezessete em todo o Brasil
Aumenta a diversificação de revistas
que existia desde o final
do século XIX.

Artistas gráficos tiveram nas revistas


um importante campo de trabalho.
tanto nas satíricas quanto nas
literárias.

Pimenta de Mello e Cia – maior editora


revistas da época – O Malho, Tico-Tico
Leitura Para Todos e Cinearte
1922 – Revista ilustrada “A Maçã” – Rio de Janeiro
- Criada por Humberto de Campos , era voltada ao público masculino..
- Variedade de ilustrações e acabamentos tipográficos
- Ilustrações provocantes para a época, referência constante de Eva e a maçã
- Formato de aprox. 18 x 27 cm
- Influência inicial do art nouveau
- 1923 – Andrés Guevara, reestruturação gráfica: influência art decó,, capas são mais
simbólicas e impactantes, diagramação inovadora e maior uso da fotografia..
- Guevara contou com diferentes colaboradores.

1922 1923 1925 – capa de K.Lixto


J. Carlos
1908 a 1921 - Careta
1922 – O Malho e
Paratodos

(caricaturas, charges,
ilustrações, letras
capitulares, adornos,
vinhetas, logotipos,
desenhos infantis e de
publicidade, esquetes de
humor, produção de
cenários e figurinos para
teatro e até esculturas)
Influências do Art Déco

Assim como ocorreu na gráfica da


Livraria do Globo, muitas das grandes
Editoras e gráficas funcionaram
gradativamente em regime de divisão
e especialização do trabalho: da produção à arte.

1929 – Capa de Sotéro Cosme do primeiro número


da Revista do Globo. Rio Grande do Sul
( Gomes In Cardoso, 2005 )
Ary Fagundes 1939
Capas da Revista do Globo – anos 1930 - Edgar Koetz (1914 – 1969)

desenhista, gravador, artista


gráfico, capista, ilustrador e
pintor brasileiro
Livros - anos 1930

• Novas idéias com novas elites no poder


• Grande atuação dos modernistas em várias áreas culturais e no governo
• Livrarias de importantes editoras foram ponto de encontro de intelectuais
• De 1930 à 1936 há um aumento de 600% na edição de livros
• Getúlio Vargas criou Institutos controladores de políticas para alguns setores.
Entre estes estava o do Livro que tinha como um dos objetivos publicar toda
obra luso-brasileira com dificuldades de ser editado por particulares
- Diminuição das taxas de analfabetismo e crescimento do livro escolar
• Foram criados incentivos à fabricação do papel
• Grande venda de máquinas por firmas estrangeiras no Brasil
• Grande número de imigrantes técnicos desde os anos 1920
• Em 1937 há cerca de 2 mil tipografias no País, mas poucas preparadas
para a produção de livros. Maior concentração de gráficas no Sul
- Importa os 1os monotipos americanos para sua editora e mantêm política de
atualização de máquinas
- 1918 - marco para a história editorial brasileira – o livro Urupês tem sua 1ª
edição de mil exemplares esgotadas em 1 mês.
- Em 1925 com um sócio constitui a Companhia Editora nacional que se tornará a maior
produtora de livros nos anos 1940

“Monteiro Lobato autor e editor: capa ilustrada para ganhar leitores; na revista,
modernização de idéias para um país jovem.” Camargo, 2003.
Publicidade
• Até início do século XX, a arte publicitária ficava a cargo dos próprios
litógrafos e gráficos ou de artistas contratados por estes

• O conceito da mensagem e da imagem eram muitas vezes propostos pelos


clientes

• A Eclética, criada em 1914, foi a primeira agência brasileira de publicidade

• Até meados dos anos 1920, as agências no Brasil cuidavam apenas


da corretagem dos anúncios e não das artes

• A estética das artes publicitárias possuíam influência européia desde o


século XIX e continuaram assim até final dos anos 1920 quando se iniciou
gradativo processo de influência da propaganda norte-americana

• A chegada da agência norte-americana Thompson em 1929 provoca


o fim de amadorismos no setor.
“Em 1988, a Leonoir, Cateyson & Cia
Instalava-se como tipografia e como
primeira agência de criação de Cartazes”
(Camargo, 2003 )
Geraldo Orthoff (1903- 1993),
Origem austríaca.
Artista plástico e gráfico.
paginador artístico da revista O
Cruzeiro (1928)
publicidade para produto
farmacêutico, revista O Cruzeiro,
fevereiro 1937.

Geraldo Orthoff, páginas


de publicidade em
revista, O Cruzeiro,
1945 e 1947.
1937
Ditadura getulista, Estado Novo (até 1945)

Início da construção da sede do MEC no Rio


de Janeiro, com projeto de Lucio Costa e Le
Corbusier, considerado “o ponto inicial de
uma arquitetura moderna de feitio brasileiro”.
Prédio concluído só em 1945
Projeto de Lucio Costa, Carlos Leão, Oscar
Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani
Vasconcellos e Jorge Machado Moreira.
Terraço-jardim do edifício por Roberto Burle
Marx
Anos 1940

- Governo Vargas e a política de Cultura Nacional


- Modernismo - Nacionalismo via regionalização
• Classes Sociais
– Proletariado Urbano;
- Burguesia Industrial e Financeira;
- Classes Médias, ligadas à burocracia estatal, empresas privadas e setor de
serviços
• Segunda Guerra Mundial:
- Chegada de imigrantes. Apesar de seus ideais nacionalistas, o movimento modernista
não fez restrição ao trabalho desses estrangeiros.
-Estímulo ao desenvolvimento da indústria nacional

• Com a desenvolvimento da indústria, aumenta o gosto pelo estilo moderno


• Expansão da Arquitetura Moderna para classe média
• Expansão do gosto pelo design moderno de interiores
• Arquitetura Industrializada : Casas populares e seriação de elementos arquitetônicos
• Nacionalização da Arquitetura Moderna
• Nacionalização do Móvel Moderno: Materiais nacionais e produção local disponível
Desenho / forma : Europeu e Internacional
Joaquim Tenreiro

Poltrona Leve, 1942 Cadeira Recurva, 1949 Cadeira, 1961


Madeira Imbuia preta, Jacarandá e palhinha Jacarandá e palhinha natural
estofada com tecido
Lina Bo Bardi

Lina chegou ao Brasil em 1946,


sete anos após ter se
diplomado na Faculdade de
Arquitetura de Roma. O contato
com o grupo de arquitetos
modernos lhe trouxe muito
entusiasmo e otimismo.
Pequeno auditório
do MASP

1947 - Enquanto desenhava o


mobiliário para o auditório do
MASP, deu-se conta da
inexistência de móveis
modernos no mercado como de
profissionais capacitados para
realizá-los.

Cadeira empilhável, 1947


Couro e madeira
Embalagens e marcas
“Até 1945, eram relativamente poucos os produtos de primeira necessidade,
produzidos no Brasil, comercializados pré-acondicionados. Entre esses estavam
café torrado e moído, açúcar refinado, óleo de semente de algodão, extrato de
tomate em latas pequenas, vinagre e, logicamente, cerveja, guaraná e cigarro.”

Além desses produtos, “havia goiabada, marmelada, sardinhas e manteiga em


latas litografadas. A presuntada e as salsichas vinham em latas com rótulo
de papel” (VIEIRA, 1985).

Vários produtos, incluindo os perecíveis, eram pesados no balcão e vendidos


a granel, em geral embrulhados em folhas de papel tipo manilha/ padeiro ou
acondicionados em saquinhos de papel sem marca.

As marcas vieram inicialmente para identificar o fabricante e aos poucos passaram


a distinguir um produto do outro. O desenvolvimento do comércio e da competição
entre fabricantes auxiliou o impulso para embalagens e marcas.
1930 2ª lata
1929 do Polvilho
Sabonetes Phebo
Leite de Rosas da Granado
Mário Gouveia Santiago
Publicidade para o Biotonico Fontoura, início Cartaz publicado na revista Vida Doméstica
do século XX. 1908 - João Silvério (RJ) em outubro de 1952. Em 1948, o
Biotônico Fontoura já figurava entre os
produtos de maior prestígio e preferência dos
consumidores.
Lançamento do primeiro sorvete
industrializado do país, Sorvex Kibon.
Gerard Wilda cria a marca e Orígenes
Lessa o nome da empresa (em 1943)
que se transferiu de Xanguai para o
Brasil em 1941.
Anos 1950

• Industrialização tardia de maneira geral no Brasil;

Características gerais dos anos 1950:


• Substituição das importações devido à guerra;
• Indústria de base;
• Aumento e diversificação da produção de bens no país;
• Crescimento urbano e verticalização das principais cidades;
• Euforia desenvolvimentista;
• Continuidade da chegada de imigrantes europeus;
• Crescimento dos Meios de Comunicação de massa.

Avenida São João na década de 1950


1950
Inauguração do Estádio do Maracanã, no Rio,

1956
Juscelino Kubitschek toma posse na Presidência da
República com 36% dos votos. Promete 50 anos em
5, a construção da nova capital e a implantação de
um amplo parque industrial, baseado sobretudo na
indústria automobilística. Começa a fabricação do
carro DKW Vemag, com 50% de peças nacionais.

1958
•Brasil vence a Copa do Mundo
na Suécia.

•Filme Orfeu Negro, de Marcel


Camus, ganha a Palma de
Ouro em Cannes.
Anos 1950
• O campo do Mobiliário e Interiores modernos seguiu a implantação da Arquitetura
Moderna, e há uma comercialização em maior escala do móvel Moderno (magazines).

Características do campo gráfico dos anos 1950:


• Movimento da arte concreta no Brasil
• Debate Unidade e produção - Design
• Crescimento dos Meios de Comunicação de massa
• Abertura de indústrias gráficas : MG, SP, Guanabara e RS possuíam em
1960: 72% dos estabelecimentos. SP tinha 42% dos estabelecimentos. A maioria
pequenas gráficas. Crescimento de 143% da indústria gráfica nos anos 1950 graças a
incentivos fiscais e licenças para importação.
1952
Lançamento da Revista
Manchete, no Rio

Nov. 1955

“Abre-se espaço para a mulher


leitora, ainda dona-de-casa ou
futura esposa.” (Camargo, 2003)

A revista Manequim foi a primeira revista de


moda com moldes lançada no país, primeiro
número lançado em 1959, editora Abril.
“A alta sociedade carioca se encontrava nas revistas Sombra e Rio. [...] Eram publicações
cuidadosas, com requintes gráficos e dirigidas a um público especial.” (Camargo, 2003)

Capa de Carlos Thiré, para Capa desenhada por Di “Sombra, dos anos 1940,
revista Rio, 1946. Cavalcanti para a Rio, em tinha envergadura literária e
1947.. destacou-se também pelo
refinamento visual, que
refletia tendências do design
nacional.” (Camargo, 2000)
A revista Senhor, criada em 1959 e editada por Nahum
Sirotsky, reuniu grandes nomes: Clarisce Lispector, Newton
Rodrigues, Paulo Francis, Vinícius de Morais, Bea Feitler,
Jaguar, Scliar e Glauco Rodrigues.

Set. 1960
IAC – MASP
Idealizado e coordenado Lina Bo Bardi (1914 - 1992)
Pietro Maria Bardi (1900 - 1999)
Inaugurado em 1º.março de 1951
e encerra as atividades no fim de 1953.

Baseado na Bauhaus e Institute of Design de Nagy

Alexandre Wollner, Emilie Chamie,


Ludovico Martino, Mauricio Nogueira Lima,
Antonio Maluf, Estella Aronis, Luiz Hossaka,
Aparicio Basilio da Silva

Vestidos Luisa Sambonet


Alexandre Wollner Alunos compunham as
vitrines das lojas Mappin
Experiência do Trabalho dentro do Museu
Profa. Débora Gigli Buonano
Formas – 1951 - Ivan Serpa ganhou o prêmio de jovem pintor
nacional na I Bienal de São Paulo com o quadro Formas.

Antonio Maluf
Alexandre Wollner Cartaz da I Bienal do Museu de Arte
Cartaz, 1955. Moderna de São Paulo, 1951.
Lygia Pape
Identidade visual para a piraquê
Lygia Pape aplicou no desenho das
embalagens os principais jogos óticos
usados pelo construtivismo.
Fotografias dos biscoitos foram
tratadas como formas geométricas,
que se sobrepõem em planos e
contraplanos e criam seqüências
matemáticas no espaço.

Lygia Pape, déc. 1960


Embalagens para a piraquê
Móveis Z

Cadeiras dobráveis, anos 1950

Poltrona, anos 1950


Estrutura em madeira compensada
e estofado em tecido
Cadeiras Aflalo, 1953
Ferro soldado, palhinha e estofado

Carlos Millan, 1953


Poltrona Millan
Madeira Ipê, encosto em palhinha
natural e acento em tecido
Unilabor (1954-1967, São Paulo)

• Comunidade de trabalho, criada em


meados de 1954,no bairro do Ipiranga,
visando uma produção em série de
móveis e objetos.
• Organização cooperativa – divisão
participativa de lucros e decisões,
liderados pelo frei João Batista Pereira
dos Santos.
• Geraldo de Barros associou-se à equipe
de profissionais de várias áreas e foi
responsável pelo desenho de toda a
produção e pelo nome Unilabor, a marca
e a programação visual.
• Produção de móveis de madeira e ferro,
ainda muito próximos das condições
artesanais.
• A Unilabor cresceu e abandonou os
móveis por encomenda e os desenhos Uma das oficinas da Unilabor, 1957
(foto de Geraldo de Barros)
exclusivos e constituiu estoque próprio.
Mesa (1954) e cadeira (1956)
Ferro

Estante, anos 1950


Ferro, madeira e fórmica
Michel Arnoult

Você também pode gostar