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Trabalho de Geografia

Danilo Monteiro de Oliveira


Giovanni Giardinieri de Azevedo Moreira Bastos
Heitor Gonçalves Sarmet Moreira Rocha
Jhulie Guerreiro Vianna
Maria Eduarda Mendonça de Souza
Yasmin Santos Cabral

3º. Ano Técnico de Informática

Campos dos Goytacazes/RJ

Outubro/2022
História do Grafite

A arte rupestre pode ser considerada como um grafite; a arte urbana que os povos gregos antigos
usavam para transmitir mensagens pelas ruas das cidades com desenhos e poesias; além disso os
romanos remetem ao significado da palavra grafite que é “escritas feitas com carvão”, pois eles
escreviam nas construções com carvão em protesto.
O grafite é uma expressão artística antiga, e como não está em lugares específicos para a
apresentação de artes como teatros, museus, e afins, dá a todas as pessoas acesso à arte.
A arte urbana tem valor cultural muito importante para aqueles que não têm condições financeiras
de aprender sobre arte ou visitar lugares destinados a ela.

O início e a expansão dessa arte são explicados por alguns como advinda dos movimentos
contraculturais de estudantes parisienses em maio de 1968, pois esses jovens realizaram protestos
políticos por meio de pinturas em muros.
Mas foi nos Estados Unidos, mais precisamente nas periferias de Nova York, que o grafite ganhou
propulsão para ocupar ruas e becos de todo o mundo. Na década de 70, em meio à negligência,
falta de planejamento urbano e expansão da criminalidade, jovens de bairros da periferia nova-
iorquina passam a difundir uma nova linguagem artística.
A contracultura se expressou também no Brasil por meio da arte, principalmente no movimento
tropicalista. A cidade de São Paulo se tornou cenário de ascensão do grafite em meio à urgência de
produzir diferentes expressões que falavam sobre opressões e mazelas sociais.
Um dos primeiros trabalhos de grafite feitos em locais públicos da capital paulista foi do artista
Alex Vallauri. A obra intitulada Boca de alfinete evidenciou a censura da ditadura militar. Foi pelo
seu pioneirismo e sua influência que o dia de sua morte, 27 de março, tornou-se a data
comemorativa ao Dia do Grafite no Brasil.
O período da ditadura militar evidenciou o desafio de fazer arte também pelos grafiteiros, já que a
prática do grafite era considerada ilegal. A busca por expressar as aflições sociais sempre esteve
associada ao fazer grafite.

Grafite e o Espaço Urbano

Os grafiteiros expressam narrativas da cidade, questões diversas que atravessam a realidade social,
propondo críticas e reflexões por meio das formas, cores e traços nos muros. Junto a outras
expressões artísticas, o grafite faz parte da cultura popular do hip hop, que traduz as vivências da
rua por meio da arte. Sendo muito utilizado como forma de crítica social, e, além disso, é uma
maneira de intervenção direta na cidade, democratizando assim, os espaços públicos.

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Com eles, muros e fachadas transformam-se em algo além, ganham vida e cor, atraem a atenção
das pessoas, alteram a característica do lugar e o caráter de sua ambiência.

Grafite x Pichação

Por apresentarem algumas características em comum, o grafite é facilmente confundido com a


pichação. Entretanto, a pichação é caracterizada pela escrita em locais públicos sem autorização,
muitas vezes com o objetivo de insultar alguém ou protestar contra algo.

O grafite se refere a uma manifestação artística, que envolve um processo de criação feito com
autorização, e torna-se assim, um importante instrumento de protesto e de transgressão dos valores
estabelecidos. Esse tipo de expressão possibilitou a comunicação entre os moradores da cidade, a
união de muitas culturas que coexistem; em outras palavras, facilitou a fusão entre o centro e a
periferia. Já a pichação é uma intervenção agressiva associada a atos de vandalismo

Grafite em Campos

No dia 20/04/2017 cerca de 150 pessoas compareceram no mutirão para grafitar o Colégio
Estadual Constantino Fernandes, que havia sido pichado por alunos dias antes.
A ressignificação do famoso conjunto de prédios “Pombal” no bairro Pecuária, em que Andinho
Ide, Pablo Malafaia e Jhony Misterbod, três artistas de Campos dos Goytacazes, fizeram grafites
de moradores dos prédios.
E outro exemplo, foi o grafite feito por diversos artistas no muro da Beira Rio.

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Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/346230/descriminalizacao-do-grafite-
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