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Arte e o grafite

Trabalho de artes

Eduarda maia,Sarah Gonçalves 3°1


2023
Introdução

A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais
popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios
dessa arte deixado pelo homem através dos tempos em sua passagem, a manifestação mais
antiga, foram os desenhos feitos nas paredes das cavernas. Aquelas pinturas rupestres são os
primeiros exemplos de grafite que encontramos na história da arte. Elas representam animais,
caçadores e símbolos muito dos quais, ainda hoje, são enigmas para os arqueólogos, mas que
de fato são significantes aos seres daquele contexto, como uma forma de expressão ou talvez
transcrição do momento histórico. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na
década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas
marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e
desenhos.

O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse
movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive,
principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas. O grafite
foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se
contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um
toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o
mundo. Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite
é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e
vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros,
edifícios, monumentos e vias públicas. Hoje, para expressar essa arte, os grafiteiros usam látex,
tintas em spray. Não pintam cervos e bisões, mas sim ideias, signos que compõe o visual
urbano, talvez o contexto atual, decorrente de uma evolução
A palavra grafite vem do italiano grafito, que quer dizer em latim e italiano “escritas feitas com
carvão” ou “escritas feitas em paredes”. No idioma grego, a palavra vem de graphéin, que
significa “escrever”. O grafite remonta à pré-história e às manifestações dos romanos antigos
feitas nas paredes como forma de protesto.

O início e a expansão dessa arte são explicados por alguns como advinda dos movimentos
contraculturas de estudantes parisienses em maio de 1968, pois esses jovens realizaram
protestos políticos por meio de pinturas em muros. Mas foi nos Estados Unidos, mais
precisamente nas periferias de Nova York, que o grafite ganhou propulsão para ocupar ruas e
becos de todo o mundo. Na década de 70, em meio à negligência, falta de planejamento
urbano e expansão da criminalidade, jovens de bairros da periferia nova-iorquina passam a
difundir uma nova linguagem artística.

A contracultura se expressou também no Brasil por meio da arte, principalmente no


movimento tropicalista. A cidade de São Paulo se tornou cenário de ascensão do grafite em
meio à urgência de produzir diferentes expressões que falavam sobre opressões e mazelas
sociais. Um dos primeiros trabalhos de grafite feitos em locais públicos da capital paulista foi
do artista etíope, radicado no Brasil, Alex Vallauri. A obra intitulada Boca de alfinete (1973)
evidenciou a censura da ditadura militar. Foi pelo seu pioneirismo e sua influência que o dia de
sua morte, 27 de março, tornou-se a data comemorativa ao Dia do Grafite no Brasil.

Tipos de grafites:

3D style: pinturas em três dimensões que utilizam efeitos de preenchimento de luzes, sombras,
contornos e profundidade, materializando na imagem a ideia de Movimento e realidade.

•Throw up ou Bombs: usado em pinturas rápidas, com formato arredondado e letras gordas,
engraçadas ou deformadas.

•Wild style: estilo sem definição, com letras entrelaçadas e uso de muita cor, o que dificulta a
leitura.

•Free style: estilo livre, feito da forma que o grafiteiro preferir.

ARTISTA ESTRANGEIRO:

Aryz é um artista espanhol bastante conhecido por produzir sua arte em grande escala em
murais enormes e fachadas de prédios.

ARTISTA BRASILEIRO:

Considerados os grafiteiros mais famosos do Brasil, Os Gêmeos, Otávio e Gustavo Pandolfo,


trabalhando com materiais recicláveis, esses grafiteiros famosos
Principais termos e gírias utilizadas nessa arte:

Bite significa imitar o estilo de outro grafiteiro; Crew é o nome dado ao conjunto de grafiteiros
que praticam a sua arte em conjunto e simultaneamente; Tag é a assinatura do grafiteiro; Piece
é um grafite onde se usa mais de 3 cores;Toy é o nome dado a um grafiteiro iniciante; Spot é o
lugar onde o grafite é feito;Wildstyle é um estilo específico de grafite caracterizado pelo uso de
letras entrelaçadas; Free style é um trabalho livre, em geral improvisado:Bomb é o nome dado
ao grafite ilegal, feito por isso de modo rápido e durante a noite. Quem faz o bomb é chamado
de bomber.

Descrição

Normalmente distingue-se o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pichação, quase


sempre considerada como contravenção. No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis, como os
brasileiros, “Os gêmeos”, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo, aí
incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres, admitem ter um passado de pichadores.
Na lingua inglesa, contudo, usa-se o termo grafitti para ambas as expressões. Desde o início os
artistas eram chamados de Writerse (escritores), costumavam escrever os seus próprios nomes
ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais da realidade-em-que-
viviam. Tais desenhos eram feitos, na maioria em trens porque o verdadeiro interesse do
grafiteiro era passar aquela mensagem para o maior número de pessoas. Outro modo de
passar a sua mensagem era os muros das cidades. Ocorreu um avanço no mundo do grafite,
grafiteiros criaram os chamados “Tags” que são na verdade como uma marca registada, ou
seja, as suas assinaturas. Alguns até criam figuras, personagens, usados nos seus grafites, as
chamadas “bonecos”. Para finalizar, o grafite surgiu nos EUA e hoje está nas maiores cidades do
mundo..

ARTE x VANDALISMO

Qual é o limite?? A legislação brasileira que trata da aplicação de sanções penais e


administrativas em decorrência de atividades lesivas ao meio ambiente (artigo 65 da Lei nº
9.605/1998), pune aquele que “pichar, grafitar ou, por outro meio, conspurcar edificação ou
monumento urbano". A pena é de três meses a um ano e aumenta de seis meses a um ano se
o ato for praticado contra monumento ou lugares tombados em virtude de seu valor artístico,
arqueológico ou histórico. Daí que o legislador, sem muita dificuldade e em boa hora,
interpretou a vontade popular e retirou a grafitagem do limbo, introduzindo-a no rol de
condutas lícitas, decretando, em consequência, sua descriminalização pela Lei nº 12.408, de
maio de 2011. De forma expressa, determina o permissivo legal: "Não constitui crime a prática
de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante
manifestação artistica, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário
ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão
competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos
governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e
artístico nacional".
Grafite no Brasil

A história do grafite no Brasil surgiu na década de 70, precisamente na cidade de São Paulo.
ELA NASCE numa época conturbada da história do Brasil, em que a população era silenciada
pela censura com a ditadura militar no poder. Paralelamente ao movimento que despontava
em Nova lorque, o grafite surge no cenário nacional como uma arte transgressora. A linguagem
da rua não pede licença e grita nas paredes da cidade os incômodos de uma geração.

A partir de então, a arte de grafitar se transforma em um importante veículo de comunicação


urbana e colabora para a existência de outras vozes. Outros sujeitos históricos e ativos passam
a ter a chance de participar artistica e politicamente da Cidade. É importante ressaltar que o
grafite, inicialmente, foi uma arte caracterizada pela autoria anónima. O grafiteiro ou writter –
transformava a cidade em um suporte de comunicação artística sem delimitação de espaço,
mensagem ou mensageiro.

Portanto, a preocupação naquele momento era a arte em si e não o nome de seu autor. Por
esse motivo, os ditos “cânones” são retirados de sua posição central para dar lugar a uma arte
de todos e para Todos. Assim, desde a década de 70, os grafiteiros brasileiros se apropriaram
do espaço público a fim de transmitirem mensagens de cunho politico, social, cultural,
humanitário e, sobretudo, artístico. Um importante nome do grafite no Brasil foi o artista Alex
Vallauri (1949-1987), considerado precursor do movimento no país. Ele utilizou diversos
suportes para estampar sua arte, além dos muros e paredes da cidade. Seus desenhos eram
simples e objetivos em meio ao caos urbano, facilitando a compreensão da Mensagem. A arte
nesse momento, passa a ser não somente vista dentro dos museus ou dos centros culturais,
mas também nas paredes das ruas, nos túneis e nos prédios da cidade.

Com efeito, o grafite é definido como mais que uma linguagem artística, torna-se assim, um
importante instrumento de protesto e de transgressão dos valores estabelecidos. Esse tipo de
expressão possibilitou a comunicação entre os moradores da cidade, a união de muitas
Culturas que coexistem; em outras palavras, facilitou a fusão entre o centro e a periferia. No
Brasil, essa arte disseminou-se rapidamente pelo país e, hoje em dia, segundo estudiosos do
tema, o grafite brasileiro é considerado um dos melhores do mundo.

O grafite costuma ser dividido em dois grupos:

SPRAY ART, promovida com o uso de spray, em geral de modo rápido, utilizando formas ou
palavras simples e breves;

STENCIL ART, feita a partir de um cartão com formas recortadas que são colocadas no local
desejado e recebem o spray de tinta. A tinta passa pelos orifícios do desenho, que é retirado
posteriormente.
OS GÊMEOS

Os Gêmeos são uma dupla de irmãos grafiteiros de São Paulo, nascidos em 1974, cujos nomes
reais são Otávio Pandolfo e Gustavo Pandolfo. Formados em desenho de comunicação pela
Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, começaram a pintar grafites em 1990 no bairro em
que cresceram, o Cambuci, e gradualmente tornaram-se uma das influências mais importantes
na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite. Os trabalhos da dupla
estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba,
entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política; o estilo
formou-se tanto pelo hip hop tradicional como pela pichação.

Em 22 de maio de 2008, executaram a pintura da fachada da Tate Modern, de Londres, para a


exposição Street Art., juntamente com o grafiteiro brasileiro Nunca, o grupo Faille, de Nova
York; JR, de Paris; Blu, da Itália; e Sixeart, de Barcelona.Quando crianças, nas ruas do
tradicional bairro do Cambuci (SP), desenvolveram um modo distinto de brincar e se comunicar
através da arte. Com o apoio da família, e a chegada da cultura Hip Hop no Brasil nos anos 80,
OSGEMEOS encontraram uma conexão direta com seu universo mágico e dinâmico e um modo
de se comunicar com o público. Exploravam com dedicação e cuidado as diversas técnicas de
pintura, desenho e escultura, e tinham as ruas como seu lugar de estudo.

Nunca deixaram de fazer graffiti, mas, com o passar dos anos, esse universo criado pela dupla,
com o qual sonham e se inspiram, ultrapassou as ruas, se transformando numa linguagem
própria e em constante evolução, com outras referências e influenciado por novas culturas.
Acreditam nos encontros e experiências que a vida proporciona, em seu ritmo natural e
delicado. Os artistas, hoje reconhecidos e admirados nacional e internacionalmente, usam
linguagens visuais combinadas, o improviso e lúdico para criar intuitivamente uma variedade
de projetos pelo mundo.3/5D Realizaram inúmeras mostras individuais e coletivas em museus
e galerias de diversos países, como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra,
Alemanha, Lituânia e Japão. Para entender a obra de OSGEMEOS é necessário deixar que a
razão de lugar ao imaginário - atravessar portas, se permitir perceber as sutilezas e embarcar
numa experiência que excede a visual. Sentir, antes, para entender depois.

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