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1.

(Enem/2018)

A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e


impulsionou a modificação de outros já estabelecidos nas esferas da
comunicação e da informação. A principal consequência criticada na tirinha
sobre esse processo é a

a) criação de memes.
b) ampliação da blogosfera.
c) supremacia das ideias cibernéticas.
d) comercialização de pontos de vista.
e) banalização do comércio eletrônico.

2. (Enem/2018)

“Acuenda o Pajubá”: conheça o “dialeto secreto” utilizado por gays e


travestis
Com origem no iorubá, linguagem foi adotada por travestis e ganhou a
comunidade
“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu
puxo teu picumã!” Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é porque você
manja alguma coisa de pajubá, o “dialeto secreto” dos gays e travestis.

Adepto do uso das expressões, mesmo nos ambientes mais formais, um


advogado afirma: “É claro que eu não vou falar durante uma audiência ou uma
reunião, mas na firma, com meus colegas de trabalho, eu falo de ‘acué’ o
tempo inteiro”, brinca. “A gente tem que ter cuidado de falar outras palavras
porque hoje o pessoal já entende, né? Tá na internet, tem até dicionário...”,
comenta.

O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, a dicionária da língua afiada,


lançado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred Libi. Na
obra, há mais de 1 300 verbetes revelando o significado das palavras do
pajubá.

Não se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe-se que há
claramente uma relação entre o pajubá e a cultura africana, numa costura
iniciada ainda na época do Brasil colonial.

Disponível em: www.midiamax.com.br. Acesso em: 4 abr. 2017 (adaptado).

Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se


como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por
a) ter mais de mil palavras conhecidas.
b) ter palavras diferentes de uma linguagem secreta.
c) ser consolidado por objetos formais de registro.
d) ser utilizado por advogados em situações formais.
e) ser comum em conversas no ambiente de trabalho.
3. (Enem/2018)

Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda nodosa que me pintou as
costas de manchas sangrentas. Moído, virando a cabeça com dificuldade, eu
distinguia nas costelas grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me
em panos molhados com água de sal – e houve uma discussão na família.
Minha avó, que nos visitava, condenou o procedimento da filha e esta afligiu-
se. Irritada, ferira-me à toa, sem querer. Não guardei ódio a minha mãe: o
culpado era o nó.RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro. Record, 1998.

Num texto narrativo, a sequência dos fatos contribui para a progressão


temática. No fragmento, esse processo é indicado pela

a) alternância das pessoas do discurso que determinam o foco narrativo.


b) utilização de formas verbais que marcam tempos narrativos variados.
c) indeterminação dos sujeitos de ações que caracterizam os eventos narrados.
d) justaposição de frases que relacionam semanticamente os acontecimentos
narrados.
e) recorrência de expressões adverbiais que organizam temporalmente a
narrativa.
4. (Enem/2018)

ROSA, R. Grande sertão: veredas: adaptação da obra de João Guimarães Rosa. São Paulo: Globo, 2014 (adaptado)
A imagem integra uma adaptação em quadrinhos da obra Grande sertão:
veredas, de Guimarães Rosa. Na representação gráfica, a inter-relação de
diferentes linguagens caracteriza-se por

a) romper com a linearidade das ações da narrativa literária.


b) ilustrar de modo fidedigno passagens representativas da história.
c) articular a tensão do romance à desproporcionalidade das formas.
d) potencializar a dramaticidade do episódio com recursos das artes visuais.
e) desconstruir a diagramação do texto literário pelo desequilíbrio da
composição.

5. (Enem/2018)

Mais big do que bang

A comunidade científica mundial recebeu, na semana passada, a confirmação


oficial de uma descoberta sobre a qual se falava com enorme expectativa há
alguns meses. Pesquisadores do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian
revelaram ter obtido a mais forte evidência até agora de que o universo em que
vivemos começou mesmo pelo Big Bang, mas este não foi explosão, e sim uma
súbita expansão de matéria e energia infinitas concentradas em um ponto
microscópico que, sem muitas opções semânticas, os cientistas chamam de
“singularidade”. Essa semente cósmica permanecia em estado latente e, sem
que exista ainda uma explicação definitiva, começou a inchar rapidamente [...].
No intervalo de um piscar de olhos, por exemplo, seria possível, portanto, que
ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.

ALLEGRETTI, F. Veja, 26 mar. 2014 (adaptado).

No título proposto para esse texto de divulgação científica, ao dissociar os


elementos da expressão Big Bang, a autora revela a intenção de

a) evidenciar a descoberta recente que comprova a explosão de matéria e


energia.
b) resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe evidências para a teoria
do Big Bang.
c) sintetizar a ideia de que a teoria da expansão de matéria e energia substitui
a teoria da explosão.
d) destacar a experiência que confirma uma investigação anterior sobre a teoria
de matéria e energia.
e) condensar a conclusão de que a explosão de matéria e energia ocorre em
um ponto microscópico.
6. (Enem/2018)

Somente uns tufos secos de capim empedrados crescem na silenciosa baixada


que se perde de vista. Somente uma árvore, grande e esgalhada mas com
pouquíssimas folhas, abre-se em farrapos de sombra. Único ser nas cercanias,
a mulher é magra, ossuda, seu rosto está lanhado de vento. Não se vê o
cabelo, coberto por um pano desidratado. Mas seus olhos, a boca, a pele –
tudo é de uma aridez sufocante. Ela está de pé. A seu lado está uma pedra. O
sol explode.

Ela estava de pé no fim do mundo. Como se andasse para aquela baixada


largando para trás suas noções de si mesma. Não tem retratos na memória.
Desapossada e despojada, não se abate em autoacusações e remorsos. Vive.

Sua sombra somente é que lhe faz companhia. Sua sombra, que se derrama
em traços grossos na areia, é que adoça como um gesto a claridade
esquelética. A mulher esvaziada emudece, se dessangra, se cristaliza, se
mineraliza. Já é quase de pedra como a pedra a seu lado. Mas os traços de
sua sombra caminham e, tornando-se mais longos e finos, esticam-se para os
farrapos de sombra da ossatura da árvore, com os quais se enlaçam.

FRÓES, L. Vertigens: obra reunida. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Na apresentação da paisagem e da personagem, o narrador estabelece uma


correlação de sentidos em que esses elementos se entrelaçam. Nesse
processo, a condição humana configura-se

a) amalgamada pelo processo comum de desertificação e de solidão.


b) fortalecida pela adversidade extensiva à terra e aos seres vivos.
c) redimensionada pela intensidade da luz e da exuberância local.
d) imersa num drama existencial de identidade e de origem.
e) imobilizada pela escassez e pela opressão do ambiente.
7. (Enem/2018)

Disponível em: www.separeolixo.gov.br. Acesso em: 4 dez. 2017 (adaptado)


Nessa campanha, a principal estratégia para convencer o leitor a fazer a
reciclagem do lixo é a utilização da linguagem não verbal como argumento para

a) reaproveitamento de material.
b) facilidade na separação do lixo.
c) melhoria da condição do catador.
d) preservação de recursos naturais.
e) geração de renda para o trabalhador.

8. (Enem/2013)

Disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com.br. Acesso em: 21 set. 2011.

Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor


está indicado pelo(a)

a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao


final.
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as
ações.
c) retomada do substantivo "mãe", que desfaz a ambiguidade dos sentidos a
ele atribuídos.
d) utilização da forma pronominal "la", que reflete um tratamento formal do filho
em relação à "mãe".
e) repetição da forma verbal "é", que reforça a relação de adição existente
entre as orações.

9. (Enem/2014)

Censura moralista
Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-se, em crise. Comenta-se esta
crise, por exemplo, apontando a precariedade das práticas de leitura,
lamentando a falta de familiaridade dos jovens com livros, reclamando da falta
de bibliotecas em tantos municípios, do preço dos livros em livrarias, num
nunca acabar de problemas e de carências. Mas, de um tempo para cá,
pesquisas acadêmicas vêm dizendo que talvez não seja exatamente assim,
que brasileiros leem, sim, só que leem livros que as pesquisas tradicionais não
levam em conta. E, também de um tempo para cá, políticas educacionais têm
tomado a peito investir em livros e em leitura.

LAJOLO, M. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 2 dez. 2013 (fragmento).

Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais ou escritos, posicionam-se


frente a assuntos que geram consenso ou despertam polêmica. No texto, a
autora

a) ressalta a importância de os professores incentivarem os jovens às práticas


de leitura.
b) critica pesquisas tradicionais que atribuem a falta de leitura à precariedade
de bibliotecas.
c) rebate a ideia de que as políticas educacionais são eficazes no combate à
crise de leitura.
d) questiona a existência de uma crise de leitura com base nos dados de
pesquisas acadêmicas.
e) atribui a crise da leitura à falta de incentivos e ao desinteresse dos jovens
por livros de qualidade.

10. (Enem/2016)

Antiode

Poesia, não será esse


o sentido em que
ainda te escrevo:
flor! (Te escrevo:
flor! Não uma
flor, nem aquela
flor-Virtude – em disfarçados urinóis).
Flor é a palavra
flor; verso inscrito
no verso, como as
manhãs no tempo.
Flor é o salto
da ave para o voo:
o saltofora do sono
quando seu tecido
se rompe; é uma explosão
posta a funcionar,
como uma máquina,
uma jarra de flores.
MELO NETO, J. C. Psicologia da composição Rio de Janeiro Nova Fronteira, 1997 (fragmento)

A poesia é marcada pela recriação do objeto por meio da linguagem, sem


necessariamente explicá-lo. Nesse fragmento de João Cabral de Melo Neto,
poeta da geração de 1945, o sujeito lírico propõe a recriação poética de

a) uma palavra, a partir de imagens com as quais ela pode ser comparada, a
fim de assumir novos significados.
b) um urinol, em referência às artes visuais ligadas às vanguardas do início do
século XX.
c) uma ave, que compõe, com seus movimentos, uma imagem historicamente
ligada à palavra poética.
d) uma máquina, levando em consideração a relevância do discurso técnico-
científico pós-Revolução Industrial.
e) um tecido, visto que sua composição depende de elementos intrínsecos ao
eu lírico.
11. (Enem/2017) Essas moças tinham o vezo de afirmar o contrário do que
desejavam. Notei a singularidade quando principiaram a elogiar o meu paletó
cor de macaco. Examinavam-no sérias, achavam o pano e os aviamentos de
qualidade superior, o feitio admirável. Envaideci-me: nunca havia reparado em
tais vantagens. Mas os gabas se prolongaram, trouxeram-me desconfiança.
Percebi afinal que elas zombavam e não me susceptibilizei. Longe disso: achei
curiosa aquela maneira de falar pelo avesso, diferente das grosserias a que me
habituara. Em geral me diziam com franqueza que a roupa não me assentava
no corpo, sobrava nos sovacos.

RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994.

Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para


introduzir e retomar ideias, promovendo a progressão do tema. No fragmento
transcrito, um novo aspecto do tema é introduzido pela expressão

a) "a singularidade".
b) "tais vantagens".
c) "os gabos".
d) "Longe disso".
e) "Em geral".

12. (Enem Digital 2020)


Qual a influência da comunicação nos fluxos migratórios?
Denise Cogo, doutora em comunicação, discute a relação entre as tecnologias
digitais e as migrações no mundo.
Para a especialista, grande parte das representações e das experiências que
conhecemos dos imigrantes chega pela mídia. “A mídia é mediadora das
relações”, explica.
O imigrante não é só um sujeito econômico, mas, explica Cogo, um sujeito
sociocultural. Portanto, a comunicação integra a trajetória das migrações dentro
de um processo histórico. “Desde o planejamento e o estudo das políticas
migratórias para o país de destino até o contato com amigos e familiares, o
encontro dos fluxos migratórios com as tecnologias digitais traz novas
perspectivas para os sujeitos. Também se abre a possibilidade para que, com
um celular na mão, os próprios imigrantes possam narrar suas histórias,
construindo novos caminhos”, analisa.
Disponível em: http://operamundi.uol.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017
(adaptado).
Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos sujeitos na escrita de suas
histórias, o texto apresenta uma visão positiva sobre a presença da(s):
a) economia na formação cultural dos sujeitos.
b) manifestações isoladas nos processos de migração.
c) narrações oficiais sobre os novos fluxos migratórios.
d) abordagens midiáticas no tratamento das informações.
e) tecnologias digitais nas formas de construção da realidade.

13. Reconhecimento facial: o que se pode esperar dele?


A tecnologia não é nova, mas está cada vez mais avançada. O conceito foi
desenvolvido na década de 1960 por Woodrow "Woody" Bledsoe para a
Panoramic Research e até hoje os preceitos são os mesmos: boa parte dos
sistemas ainda aposta em imagens 2D, já que a maioria dos bancos de dados
de referência tem apenas esse tipo de foto.
Ela é, portanto, uma forma de autenticação biométrica que permite confirmar
uma identidade. O processo de identificação usa as medidas do formato e da
estrutura facial, que são únicas para cada indivíduo. Aí começam os
problemas: embora seja bastante interessante, ela pode ser controversa.
É essa a tecnologia usada no Facebook para sugerir marcações em fotos — e
quem tem irmãos sabe que o sistema pode ser bastante falho na tarefa de
diferenciar pessoas com características semelhantes. Isso porque informações-
chave das imagens (como o tamanho e o formato de nariz, boca e olhos, bem
como a distância entre diferentes pontos da face) são comparadas com um
banco de dados. Há até quem tenha processado a rede social por ter sido
identificado em imagens sem ser informado.
Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/reconhecimento-facial-o-que-
se-pode- esperar-dele/84009>. (Adaptado)

Entre as possibilidades promovidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias


de autenticação biométrica, o texto destaca:
a) a auditoria das ações públicas por meio da fiscalização remota.
b) a distinção de postagens vinculadas às redes sociais, como o Facebook.
c) a obtenção de informações por meio de traços faciais singulares.
d) a disponibilidade de recursos de publicidade com base em expressões
faciais.
e) o armazenamento de dados entre órgãos governamentais e privados.

14. (Enem 2020)


Hino à Bandeira
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
BILAC, O.; BRAGA, F. Disponível em: www2.planalto.gov.br.
Acesso em: 10 dez. 2017 (fragmento).

No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso utilizado para exaltar o símbolo


nacional na medida em que:
a) remete a um momento futuro.
b) promove a união dos cidadãos.
c) valoriza os seus elementos.
d) emprega termos religiosos.
e) recorre à sua história.

15.

Arte de “João Montanaro”. Disponível em:


<https://relatividade.wordpress.com/2010/11/06/olha-mae-um-twitter/>. Acesso
em 23 jul. 2021.
O humor na charge é provocado porque a personagem comete um deslize
referente a um dos fatores pragmáticos do texto, sendo ele:

a) a intencionalidade, considerando que o deslize cometido pela personagem


foi proposital.
b) a informatividade, pois a personagem desconhece a figura de um pássaro,
assim como desconhece o símbolo da rede social mencionada.
c) a situacionalidade, já que a situação comunicativa permite facilmente que um
pássaro seja confundido com o símbolo de uma conhecida rede social.
d) a informatividade, uma vez que o humor decorre do fato de que ele não
conhece o pássaro e faz referência ao símbolo do Twitter devido ao seu
desconhecimento de mundo e conhecimento de mídias sociais.
e) a intertextualidade, visto que a personagem propositalmente menciona a
rede social Twitter com a única intenção de que o diálogo entre os textos
desperte o humor na narrativa.

16. (Enem 2018)


ABL lança novo concurso cultural:
“Conte o conto sem aumentar um ponto”
Em razão da grande repercussão do concurso de Microcontos do Twitter da
ABL, o Abletras, a Academia Brasileira de Letras, lançou, no dia do seu
aniversário de 113 anos, um novo concurso cultural intitulado “Conte o conto
sem aumentar um ponto”, baseado na obra A cartomante, de Machado de
Assis. “Conte o conto sem aumentar um ponto” tem como objetivo dar um final
distinto do original ao conto A cartomante de Machado de Assis, utilizando-se o
mesmo número de caracteres – ou inferior – que Machado concluiu seu
trabalho, ou seja, 1 778 caracteres.
Vale ressaltar que, para participar do concurso, o concorrente deverá ser
seguidor do Twitter da ABL, o Abletras.
Disponível em: www.academia.org.br. Acessado em: 18 out. 2015 (adaptado).

O Twitter é reconhecido por promover o compartilhamento de textos. Nessa


notícia, essa rede social foi utilizada como veículo/suporte para um concurso
literário por causa do(a):
a) limite predeterminado de extensão do texto.
b) interesse pela participação de jovens.
c) atualidade do enredo proposto.
d) fidelidade a fatos cotidianos.
e) dinâmica da sequência narrativa.

17. O que é música?

A pergunta “o que é música” tem sido alvo de discussão há décadas. Alguns


autores defendem que música é a combinação de sons e silêncios de uma
maneira organizada. Vamos explicar: um ruído de rádio emite sons, mas não
de uma forma organizada, por isso não é classificado como música. Essa
definição parece simples e completa, mas definir música não é algo tão óbvio
assim. Podemos classificar um alarme de carro como música? Ele emite sons e
silêncios de uma maneira organizada, mas garanto que a maioria das pessoas
não chamaria esse som de música.
Disponível em: <https://www.descomplicandoamusica.com/o-que-e-musica/>.
Acesso em 23 jul. 2021.

O fragmento define o que é a música de forma simplificada. Como estratégia


de construção do texto, o autor faz uso recorrente de:
a) enumerações para sustentar o ponto de vista apresentado.
b) exemplificações para ilustrar a distinção entre a música e outros sons
cotidianos.
c) generalizações para sintetizar as diversas percepções sobre o que é a
música.
d) adjetivações para descrever os tipos de música.
e) sinonímias para retomar as características das obras musicais.
18. (Enem 2020)
Chiquito tinha quase trinta quando conheceu Mariana num baile de casamento
na Forquilha, onde moravam uns parentes dele. Por lá foi ficando,
remanchando. Fez mal à moça, como costumavam dizer, tiveram de casar às
pressas. Morou uns tempos com o sogro, descombinaram. Foi só conta de
colher o milho e vender. Mudou pra casa do velho Chico Lourenço [seu pai].
Fumaça própria só viu subir um par de anos depois, quando o pai repartiu as
terras. De tão parecidos, pai e filho nunca combinaram direito. Cada qual mais
topetudo, muitas vezes dona Aparecida ouvia o marido reclamar da natureza
forte do filho. Ela escutava com paciência e respondia dum jeito sempre igual:

Vinha um brilho nos olhos, o velho se acalmava.


ROMANO, O. Casos de Minas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Os ditados populares são frases de sabedoria criadas pelo povo, utilizadas em
várias situações da vida. Nesse texto, a personagem emprega um ditado
popular com a intenção de:
a) criticar a natureza forte do filho.
b) justificar o gênio difícil de Chiquito.
c) legitimar o direito do filho à herança.
d) conter o ânimo violento de Chico Lourenço.
e) condenar a agressividade do marido contra o filho.

19.
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas. Difícil de mandar recado para ela. Não
havia e-mail. O pai era uma onça. A gente amarrava o bilhete numa pedra
presa por um cordão. E pinchava a pedra no quintal da casa dela. Se a
namorada respondesse pela mesma pedra era uma glória! Mas por vezes o
bilhete enganchava nos galhos da goiabeira. E então era agonia. No tempo do
onça era assim.
BARROS, Manoel de. Texto extraído do livro “Tratado geral das grandezas do
ínfimo”, Editora Record – Rio de Janeiro, 2001, pág. 17.
Nesse texto, a mobilização do uso padrão das formas verbais:
a) está a serviço do projeto literário, auxiliando na distinção das ações de um e
de outro personagem.
b) auxilia na caracterização do tempo, do espaço e dos personagens da
narrativa.
c) alterna os tempos da narrativa, fazendo progredir as ideias do texto.
d) ajuda a localizar o enredo em um tempo ora mais, ora menos distante do
presente.
e) traduz a reminiscência de fatos passados que ficaram registrados na vida
íntima do narrador.

20. (Enem 2018)


Disponível em: http://arquivo-x.webnode.com. Acesso em: 5 dez. 2012.
Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, recorrendo à estratégia
argumentativa de:
a) mostrar que um bom trabalho como pai implica a valorização por parte do
filho.
b) apelar para a necessidade que o pai demonstra de ser bem-visto pela
família.
c) explorar a preocupação do pai com a própria imagem e popularidade.
d) atribuir seu ponto de vista a terceiros para respaldar suas intenções.
e) gerar um conflito entre a solicitação da mãe e os interesses do pai.

21. Você recebe uma mensagem no celular, lê integralmente ou parte dela e a


repassa, sem ter sequer o cuidado de checar se é verdadeira? Então, fique
atento, porque você pode estar ajudando a propagar uma fake news. A
expressão, em inglês, significa notícia falsa e já tomou conta do vocabulário
brasileiro. Aliás, as “fake news” ultrapassaram as fronteiras do uso de termos
estrangeiros e passaram a fazer parte, também, da rotina do brasileiro, seja na
propagação ou na reparação delas. A justificativa do professor José Eduardo
de Santana Macêdo, doutor em Direito Político e Econômico e mestre em
Direito Constitucional, é de que a sociedade moderna goza de um privilégio
totalmente inexistente no passado, o do acesso ilimitado à informação. Mas,
claramente, não tem sabido lidar com esse privilégio. “No que antes se
dependia do jornal impresso ou de informações divulgadas pelas ondas do
rádio e da televisão, esses meios praticamente sucumbiram como fonte de
notícias e estão se reinventado para não se tornarem obsoletos”, ressalta
Eduardo Macêdo.
Disponível em: <http://jlpolitica.com.br/reportagem-especial/fake-news-viraram-
estrategia-politica>.

O texto expõe a preocupação de um professor ligado à área do Direito sobre o


compartilhamento de conteúdos falsos impulsionado pelo(a):
a) acesso facilitado e irrefletido às informações no ambiente digital.
b) displicência natural das pessoas que navegam pela internet.
c) obsolescência dos meios de veiculação de notícias como rádio e televisão.
d) impossibilidade de identificação da origem dos textos.
e) disseminação de ações criminosas na internet.

22. (Enem 2019)


A ciência do Homem-Aranha
Muitos dos superpoderes do querido Homem-Aranha de fato se assemelham
às habilidades biológicas das aranhas e são objeto de estudo para produção de
novos materiais.
O “sentido-aranha” adquirido por Peter Parker funciona quase como um sexto
sentido, uma espécie de habilidade premonitória e, por isso, soa como um
mero elemento ficcional. No entanto, as aranhas realmente têm um sentido
mais aguçado. Na verdade, elas têm um dos sistemas sensoriais mais
impressionantes da natureza.
Os pelos sensoriais das aranhas, que estão espalhados por todo o corpo,
funcionam como uma forma muito boa de perceber o mundo e captar
informações do ambiente. Em muitas espécies, esse tato por meio dos pelos
tem papel mais importante que a própria visão, uma vez que muitas aranhas
conseguem prender e atacar suas presas na completa escuridão. E por que os
pelos humanos não são tão eficientes como órgãos sensoriais como os das
aranhas? Primeiro, porque um ser humano tem em média 60 fios de pelo em
cada cm² do corpo, enquanto algumas espécies de aranha podem chegar a ter
40 mil pelos por cm²; segundo, porque cada pelo das aranhas possui até 3
nervos para fazer a comunicação entre a sensação percebida e o cérebro,
enquanto nós, seres humanos, temos apenas 1 nervo por pelo.
Disponível em: http://cienciahoje.org.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
Como estratégia de progressão do texto, o autor simula uma interlocução com
o público leitor ao recorrer à:
a) revelação do “sentido-aranha” adquirido pelo super-herói como um sexto
sentido.
b) caracterização do afeto do público pelo super-herói marcado pela palavra
“querido”.
c) comparação entre os poderes do super-herói e as habilidades biológicas das
aranhas.
d) pergunta retórica na introdução das causas da eficiência do sistema
sensorial das aranhas.
e) comprovação das diferenças entre a constituição física do homem e da
aranha por meio de dados numéricos.

23.

Meninos Carvoeiros
Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
— Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.

Os burros são magrinhos e velhos.


Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.

(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um
gemido.)

— Eh, carvoero!
Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles ...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!

—Eh, carvoero!

Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,


Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados.
BANDEIRA, Manuel. Meninos Carvoeiros. Petrópolis, 1921.

No poema de Manuel Bandeira, há uma crítica:


a) ao abandono infantil, visto que muitos pais se colocam em posição distante
na criação dos filhos.
b) à violência contra crianças, que são vulneráveis à exploração de adultos
quando não há políticas públicas de proteção.
c) ao trabalho precoce, que degrada a infância de muitas crianças vítimas da
pobreza social.
d) à desnutrição infantil, já que a condição de miséria de muitos infantes
desencadeia um quadro grave de fome entre uma parcela da população.
e) à perda da infância, substituída pelo trabalho forçado em carvoarias,
contrário aos índices ideais de escolarização.

24. (Enem 2019)


Um amor desse
Era 24 horas lado a lado
Um radar na pele, aquele sentimento alucinado
Coração batia acelerado
Bastava um olhar pra eu entender
Que era hora de me entregar pra você
Palavras não faziam falta mais
Ah, só de lembrar do seu perfume
Que arrepio, que calafrio
Que o meu corpo sente
em que eu queira, eu te apago da minha mente
Ah, esse amor
Deixou marcas no meu corpo
Ah, esse amor
Só de pensar, eu grito, eu quase morro
AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R. Coração pede socorro.
Rio de Janeiro: Som Livre, 2018 (fragmento).
Essa letra de canção foi composta especialmente para uma campanha de
combate à violência contra as mulheres, buscando conscientizá-las acerca do
limite entre relacionamento amoroso e relacionamento abusivo. Para tanto, a
estratégia empregada na letra é a:
a) revelação da submissão da mulher à situação de violência, que muitas vezes
a leva à morte.
b) ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da mulher agredida, que
continuamente pede socorro.
c) exploração de situação de duplo sentido, que mostra que atos de dominação
e violência não configuram amor.
d) divulgação da importância de denunciar a violência doméstica, que atinge
um grande número de mulheres no país.
e) naturalização de situações opressivas, que fazem parte da vida de mulheres
que vivem em uma sociedade patriarcal.

25.

QUINO. Disponível em: <https://vonomatopeia.wordpress.com/2008/11/21/isso-


non-ecziste/>. Acesso em 23 jul. 2021.

Mafalda é uma personagem criada pelo cartunista argentino Quino (1932-


2020), de característica inquieta e contestadora, que procura sempre formas de
questionar o mundo à sua volta. Na tira, Mafalda e o pai compreendem a
expressão “ano que vem” de maneiras distintas. É possível discriminar os
diferentes pontos de vista na fala dos personagens à medida que:
a) o posicionamento questionador de Mafalda destoa-se da alienação
representada pela figura do adulto, porque defende um ponto apresentado
como certo e indiscutível.
b) a expressão “ano que vem” refere-se abstratamente a um amplo
acontecimento futuro e, por isso, Mafalda acredita ser provável a sua
ocorrência.
c) a questão da forma como as crianças entendem a passagem do tempo está
relacionada com as experiências reais já vividas, o que dificulta a construção
de dimensões temporais que não sejam referentes a um tempo pretérito.
d) o questionamento de Mafalda está baseado na recorrência de respostas
inverídicas dadas pelos adultos como forma explícita de desviar-se de
situações controversas.
e) Mafalda expressa sua dúvida em relação ao mundo adulto ao achar que não
basta dizer “ano que vem”, é preciso comprovar que ele virá mesmo, enquanto
seu pai apoia-se na consciência de que o tempo passa naturalmente.

26. (Enem 2019)


O craque crespo
Desde que Neymar despontou no futebol, uma de suas marcas registradas é o
cabelo. Sempre com um visual novo a cada campeonato. Mas nesses anos de
carreira ainda faltava o ídolo fazer uma aparição nos gramados com seu cabelo
crespo natural, que ele assumiu recentemente para a alegria e a autoestima
dos meninos cacheados que sonham ser craques um dia.
É difícil assumir os cachos e abandonar a ditadura do alisamento em um
mundo onde o cabelo liso é tido como o padrão de beleza ideal. Quando
conseguimos fazer a transição capilar, esse gesto nos aproxima da nossa real
identidade e nos empodera. Falo por experiência própria. Passei 30 anos
usando cabelos lisos e já nem me lembrava de como eram meus fios naturais.
Recuperar a textura crespa, para além do cuidado estético, foi um ato político,
de aceitação, de autorreconhecimento e de redescoberta da minha negritude.
O discurso dos fios naturais tem ganhado uma representação cada vez mais
positiva, valorizando a volta dos cachos sem cair no estereótipo do “exótico”,
muito comum no Brasil. O cabelo crespo, definitivamente, não é uma moda
passageira. Torço que para Neymar também não seja.
Alexandra Loras é ex-consulesa da França em São Paulo, empresária,
consultora de empresas e autora de livros.
LORAS, A. O craque crespo. Disponível em: http://diplomatique.org.br.
Acesso em: 1 set. 2017.

Considerando os procedimentos argumentativos presentes nesse texto, infere-


se que o objetivo da autora é:
a) valorizar a atitude do jogador ao aderir à moda dos cabelos crespos.
b) problematizar percepções identitárias sobre padrões de beleza.
c) apresentar as novas tendências da moda para os cabelos.
d) relatar sua experiência de redescoberta de suas origens.
e) evidenciar a influência dos ídolos sobre as crianças.

27.
Disponível em:
< https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/blogdodesenvolvimento/detalhe/
Saneamento-infograficos-mostram-importancia-do-tema-para-o-
desenvolvimento/>. Acesso em 23 jul. 2021.

Esse infográfico revela que o BNDES se mobilizará em prol do cumprimento de


um dos objetivos da Agenda 2030 da ONU: a universalização do saneamento
básico. A leitura dessa representação visual de informações permite afirmar
corretamente que, para essa meta ser atingida, é indispensável que:
a) o investimento em sistemas de abastecimento de água seja priorizado em
relação à ampliação do esgotamento sanitário.
b) as pessoas desprovidas de água tratada e saneamento, de maneira geral,
envolvam-se em projetos estruturados pelo BNDES.
c) os investimentos em saneamento básico sejam ampliados para que a meta
do Plano Nacional de Saneamento Básico seja cumprida até 2030.
d) a disponibilidade e a gestão sustentável de água e esgoto sejam ampliadas
progressivamente em todos os estados brasileiros.
e) os brasileiros tomem consciência da importância do apoio de instituições
bancárias para o acesso aos serviços de saneamento básico.

28.

BRANCO, A. Disponível em: www.oesquema.com.br. Acessado em: 30 jun.


2015 (adaptado).
A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e
impulsionou a modificação de outros já estabelecidos nas esferas da
comunicação e da informação. A principal consequência criticada na tirinha
sobre esse processo é a:
a) criação de memes.
b) ampliação da blogosfera.
c) supremacia das ideias cibernéticas.
d) comercialização de pontos de vista.
e) banalização do comércio eletrônico.

29. Alvo de racismo, Webó comemora atitude de jogadores em PSG x Istanbul:


"Haverá antes e depois"
Camaronês da comissão técnica da equipe turca, no entanto, reitera que não
quer ser lembrado por episódio ocorrido na Liga dos Campeões: "Têm sido os
dias mais difíceis da minha carreira"
Autor da acusação de racismo que interrompeu o jogo PSG e Istanbul
Basaksehir pela Champions, o camaronês Webó comemorou a atitude dos
jogadores das duas equipes. Ex-atacante e auxiliar do time turco, ele sofreu
ofensas do quarto árbitro romeno Sebastian Coltescu e contou com a
solidariedade de todos os atletas, que se recusaram a seguir a partida. Em
entrevista à emissora “BBC”, ele reiterou o marco histórico do ato. “Na minha
opinião, há um antes e depois de 8 de dezembro (de 2020). Vai ser lembrado.
Nós mostramos que podemos fazer aquilo (abandonar a partida) e vamos
fazer. Não é o árbitro que vai parar isso, são os jogadores” — Pierre Webó, à
"BBC".
Disponível em:
<https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/alvo-de-
racismo-webo-comemora-atitude-de-jogadores-em-psg-x-istanbul-havera-
antes-e-depois.ghtml>. Acesso em 23 jul. 2021

A notícia vinculada a um portal de notícias esportivas aborda a importância da


reação dos jogadores contra:
a) o discurso de superioridade baseado na nacionalidade.
b) a atitude de hostilidade em relação a determinada categoria de pessoas.
c) o abandono de funções desportivas sem o aval dos dirigentes da partida.
d) o tratamento agressivo destinado aos adversários esportivos.
e) o abuso de autoridade dos responsáveis por se fazer cumprir as regras do
esporte.

30. (Enem 2017)

DAHMER, A. Disponível em: www.malvados.com.br.


Importantes recursos de reflexão e crítica próprios do gênero textual, esses
quadrinhos possibilitam pensar sobre o papel da tecnologia nas sociedades
contemporâneas, pois:
a) indicam a solidão existencial dos usuários das redes sociais virtuais.
b) criticam a superficialidade das relações humanas mantidas pela internet.
c) retratam a dificuldade de adaptação de pessoas mais velhas às relações
virtuais.
d) ironizam o crescimento da conexão virtual oposto à falta de vínculos reais
entre as pessoas.
e) denunciam o enfraquecimento das relações humanas nos mundos virtual e
real contemporâneos.

31. Um daltônico sonha com cores que não vê?


Não. Não dá para sonhar com um tipo de luz que seu cérebro nunca processou
– vide o fato de que nenhum humano vê ultravioleta em seus sonhos.
Não. O daltonismo é uma condição genética hereditária. O daltônico nasce com
a condição e nunca viu certas cores que a maioria das pessoas enxerga – por
isso, não tem a mesma referência de mundo que os não daltônicos. Não se
pode sonhar com algo que seu cérebro nunca processou.
As cores são ondas eletromagnéticas (luz) de diferentes comprimentos.
Percebemos essas ondas graças a células nas retinas chamadas cones. São
três tipos: um detecta os comprimentos de onda puxados para o vermelho,
outro se dedica à região verde, e um terceiro é responsável pelo azul. Juntos,
eles dão conta de todas as cores que conseguimos ver – o espectro visível.
Os daltônicos possuem deficiências nesses cones, que variam de acordo com
diferentes tipos e graus de daltonismo. Não é como se eles vissem uma
mancha preta no lugar do verde, do vermelho ou do azul. Eles continuam
vendo algum tipo de cor ali, mesmo que seja um tom amarronzado.
Disponível em: <https://super.abril.com.br/blog/oraculo/um-daltonico-sonha-
com-cores-que-nao-ve/>. Acesso em 23 jul. 2021.

Nesse texto de caráter científico, a autora chama a atenção dos leitores por um
questionamento curioso sobre um daltônico com a intenção de:
a) evidenciar uma descoberta científica que comprova a manifestação de cores
entre indivíduos com particularidades genéticas.
b) resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe evidências de como as
cores são processadas pelos seres humanos.
c) sintetizar a ideia de que as cores são detectadas a partir de ondas
eletromagnéticas que se transformam em um espectro visível.
d) destacar a experiência que confirma uma investigação sobre a forma como
os daltônicos processam cores diferentes em seu cérebro.
e) condensar a conclusão de que as cores são vistas de maneiras distintas por
cada um dos indivíduos.

32. (Enem 2010)


As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às
variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que
configuram a linguagem oral entre avô e neto neste texto é:

a) Opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”.

b) ausência de artigo antes da palavra “árvore”.

c) O emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”.

d) O uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”.


e) A utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa.

33. (Enem 2010) Carnavália


Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim?
[...]
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento).

No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que a junção coração + samba +


tamborim, refere- se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola
de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da mensagem,
com o coração no ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um(a):
a) Estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados em outras línguas
e representativos de outras culturas.
b) Neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o
sistema da língua disponibiliza.
c) Gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e
que pode vir a se disseminar em uma comunidade mais ampla.
d) Regionalismo, por ser palavra característica de determinada área geográfica
e) Termo técnico, dado que designa elemento de área específica de atividade.

34. (Enem 2010) O Chat e sua linguagem virtual


“O significado da palavra chat vem do inglês e quer dizer “conversa”. Essa
conversa acontece em tempo real, e, para isso, é necessário que duas ou mais
pessoas estejam conectadas ao mesmo tempo, o que chamamos de
comunicação síncrona. São muitos os sites que oferecem a opção de bate-
papo na internet, basta escolher a sala que deseja “entrar”, salas são divididas
por assuntos, como educação, cinema, esporte, música, sexo, entre outros.
Para entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie de apelido que
identificará o participante durante a conversa. Algumas salas restringem a
idade, mas não existe nenhum controle para verificar se a idade informada é
realmente a idade de quem está acessando, facilitando que crianças e
adolescentes acessem salas com conteúdos inadequados para sua faixa
etária.”

Segundo o texto, o chat proporciona a ocorrência de diálogos instantâneos com


linguagem específica, uma vez que nesses ambientes interativos faz-se uso de
protocolos diferenciados de interação. O chat, nessa perspectiva, cria uma
nova forma de comunicação porque:

a) Possibilita que ocorra diálogo sem a exposição da identidade real dos


indivíduos, que podem recorrer a apelidos fictícios sem comprometer o fluxo da
comunicação em tempo real.
b) Disponibiliza salas de bate-papo sobre diferentes assuntos com pessoas
pré-selecionadas por meio de um sistema de busca monitorado e atualizado
por autoridades no assunto.
c) Seleciona previamente conteúdos adequados à faixa etária dos usuários que
serão distribuídos nas faixas de idade organizadas pelo site que disponibiliza a
ferramenta.
d) Garante a gravação das conversas, o que possibilita que um diálogo
permaneça aberto, independente da disposição de cada participante.
e) Limita a quantidade de participantes conectados nas salas de bate-papo, a
fim de garantir a qualidade e eficiência dos diálogos, evitando mal-entendidos.

35. (Enem 2010) Resta saber o que ficou das línguas indígenas no português
do Brasil. Serafim da Silva Neto afirma: “No Português do Brasil, não há,
positivamente, influência das línguas africanas ou ameríndias”. Todavia, é difícil
de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois séculos não deixasse
marcas no português do Brasil.

ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de


Janeiro: Lucerna, 2003 (adaptado).
No final do sec. XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta, que
continha um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto chamada
“demótico”, e o mesmo texto escrito em grego. Até então, a antiga escrita
egípcia não estava decifrada. O inglês Thomas Young estudou o objeto e fez
algumas descobertas como, por exemplo, a direção em que a leitura deveria
ser feita. Mais tarde, o francês Jean- François Champollion voltou a estudá-la e
conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego, provando que, na
verdade, o grego era a língua original do texto e que o egípcio era uma
tradução.

Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas, que:


a) Cada língua é única e intraduzível.
b) Elementos de uma língua são preservados, ainda que não haja mais falantes
dessa língua.
c) A língua escrita de determinado grupo desaparece quando a sociedade que
a produzia é extinta.
d) O egípcio antigo e o grego apresentam a mesma estrutura gramatical, assim
como as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil.
e) O egípcio e o grego apresentavam letras e palavras similares, o que
possibilitou a comparação linguística, o mesmo que aconteceu com as línguas
indígenas brasileiras e o português do Brasil.

36. (Enem 2010) Texto I

O chamado “fumante passivo” é aquele indivíduo que não fuma, mas acaba
respirando a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor. Até hoje, discutem-se
muito os efeitos do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem não fuma não
é obrigado a respirar a fumaça dos outros. O fumo passivo é um problema de
saúde pública em todos os países do mundo. Na Europa, estima-se que 79%
das pessoas estão expostas à fumaça “de segunda mão”, enquanto, nos
Estados Unidos, 88% dos não fumantes acabam fumando passivamente. A
Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a
terceira entre as principais causas de morte no país, depois do fumo ativo e do
uso de álcool.

Disponível em: www.terra.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).

Texto II
Ao abordar a questão do tabagismo, os textos I e II procuram demonstrar que:
a) A quantidade de cigarros consumidos por pessoa, diariamente, excede o
máximo de nicotina recomendado para os indivíduos, inclusive para os não
fumantes.
b) Para garantir o prazer que o indivíduo tem ao fumar, será necessário
aumentar as estatísticas de fumo passivo.
c) A conscientização dos fumantes passivos é uma maneira de manter a
privacidade de cada indivíduo e garantir a saúde de todos.
d) Os não fumantes precisam ser respeitados e poupados, pois estes também
estão sujeitos às doenças causadas pelo tabagismo.
e) O fumante passivo não é obrigado a inalar as mesmas toxinas que um
fumante, portanto depende dele evitar ou não a contaminação proveniente da
exposição ao fumo.

37. (Enem 2010)


Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja
conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude
feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que
está empolgando centenas de moças, atraindo- as para se transformarem em
jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar
este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas
funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os
jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros
femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo
outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil
estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos
destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão
presas à mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e
extravagantes.
Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.

O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira,


encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da República Getúlio
Vargas. As opções linguísticas de mostram que seu texto foi elaborado em
linguagem:
a) Regional, adequada à troca de informações na situação apresentada.
b) Jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol.
c) Coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum.
d) Culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.
e) Informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor.

38. (Enem 2009)


Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra e veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso
cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei
que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente
conversar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo:
Parábola, 2004 (adaptado).

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o


cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente
devido:
a) À adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela
informalidade.
b) À iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) Ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) À intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
e) Ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.

39. (Enem 2009)


Para o Mano Caetano
O que fazer do ouro de tolo
Quando um doce bardo brada a toda brida,
Em velas pandas, suas esquisitas rimas?
Geografia de verdades, Guanabaras postiças
Saudades banguelas, tropicais preguiças?
A boca cheia de dentes
De um implacável sorriso
Morre a cada instante
Que devora a voz do morto, e com isso,
Ressuscita vampira, sem o menor aviso
[...]

E eu soy lobo-bolo? lobo-bolo


Tipo pra rimar com ouro de tolo?
Oh, Narciso Peixe Ornamental!
Tease me, tease me outra vez 1
Ou em banto baiano
Ou em português de Portuga
De Natal
[...]

1 Tease me (caçoe de mim, importune-me).


LOBÃO. Disponível em: http://vagalume.uol.com.br. Acesso em: 14 ago. 2009
(adaptado).

Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos


da língua portuguesa, a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa
letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais
na seguinte passagem:
a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “Lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)

40. (Enem 2009)

A linguagem da tirinha revela:

a) O uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.


b) O uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua.
c) O caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo
quadrinho.
d) O uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de
emergência.
e) A intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia
entre eles.
41. (Enem 2009) Cuitelinho
Cheguei na bera do porto
Onde as onda se espaia.
As garça dá meia volta,
Senta na bera da praia.
E o cuitelinho não gosta
Que o botão da rosa caia.
Quando eu vim da minha terra,
Despedi da parentaia.
Eu entrei em Mato Grosso,
Dei em terras paraguaia.
Lá tinha revolução,
Enfrentei fortes bataia.
A tua saudade corta
Como o aço de navaia.
O coração fica aflito,
Bate uma e outra faia.
E os oio se enche d´água
Que até a vista se atrapaia.
Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo:
Parábola, 2004.
Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho manifesta aspectos culturais de
um povo, nos quais se inclui sua forma de falar, além de registrar um momento
histórico.
Depreende-se disso que a importância em preservar a produção cultural de
uma nação consiste no fato de que produções como a canção Cuitelinho
evidenciam a

a) Recriação da realidade brasileira de forma ficcional.


b) Criação neológica na língua portuguesa.
c) Formação da identidade nacional por meio da tradição oral.
d) Incorreção da língua portuguesa que é falada por pessoas do interior do
Brasil.
e) Padronização de palavras que variam regionalmente, mas possuem mesmo
significado.

42. (Enem 2009) Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos


ligados a variedades da língua portuguesa no mundo e no Brasil.
Texto I
Acompanhando os navegadores, colonizadores e comerciantes portugueses
em todas as suas incríveis viagens, a partir do século XV, o português se
transformou na língua de um império. Nesse processo, entrou em contato —
forçado, o mais das vezes; amigável, em alguns casos — com as mais diversas
línguas, passando por processos de variação e de mudança linguística. Assim,
contar a história do português do Brasil é mergulhar na sua história colonial e
de país independente, já que as línguas não são mecanismos desgarrados dos
povos que as utilizam. Nesse cenário, são muitos os aspectos da estrutura
linguística que não só expressam a diferença entre Portugal e Brasil como
também definem, no Brasil, diferenças regionais e sociais.
PAGOTTO, E. P. Línguas do Brasil. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br.
Acesso em: 5 jul. 2009 (adaptado).

Texto II
Barbarismo é vício que se comete na escritura de cada uma das partes da
construção ou na pronunciação. E em nenhuma parte da Terra se comete mais
essa figura da pronunciação que nestes reinos, por causa das muitas nações
que trouxemos ao jugo do nosso serviço. Porque bem como os Gregos e
Romanos haviam por bárbaras todas as outras nações estranhas a eles, por
não poderem formar sua linguagem, assim nós podemos dizer que as nações
de África, Guiné, Ásia, Brasil barbarizam quando querem imitar a nossa.
BARROS, J. Gramática da língua portuguesa. Porto: Porto Editora, 1957
(adaptado).

Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras línguas e


processos de variação e de mudança decorridos desse contato. Da
comparação entre os textos, conclui-se que a posição de João de Barros (Texto
II), em relação aos usos sociais da linguagem, revela:
a) Atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações a serviço de
Portugal possuíam e, ao mesmo tempo, de benevolência quanto ao
conhecimento que os povos tinham de suas línguas.
b) Atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das nações sob domínio
português, dado o interesse dos falantes dessa línguas em copiar a língua do
império, o que implicou a falência do idioma falado em Portugal.
c) O desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da variante padrão da
língua grega — em oposição às consideradas bárbaras —, em vista da
necessidade de preservação do padrão de correção dessa língua à época.
d) Adesão à concepção de língua como entidade homogênea e invariável, e
negação da ideia de que a língua portuguesa pertence a outros povos.
e) Atitude crítica, que se estende à própria língua portuguesa, por se tratar de
sistema que não disporia de elementos necessários para a plena inserção
sociocultural de falantes não nativos do português.

43. Leia o poema a seguir:

A cantiga

“Ai cigana ciganinha,


ciganinha, meu amor".
Quando escutei essa cantiga
era hora do almoço, há muitos anos.
A voz da mulher cantando vinha de uma cozinha,
ai ciganinha, a voz de bambu rachado
continua tinindo, esganiçada, linda,
viaja pra dentro de mim, o meu ouvido cada vez melhor.
Canta, canta, mulher, vai polindo o cristal,
canta mais, canta que eu acho minha mãe,
meu vestido estampado, meu pai tirando boia da panela,
canta que eu acho minha vida.

(Adélia Prado. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.)


Acerca desse poema, é correto afirmar que:

a) a poeta tem consciência de que seu passado é irremediavelmente perdido.


b) existe um tom sarcástico e um saudosismo de raiz romântica.
c) a cantiga faz com que a poeta reviva uma série de lembranças afetivas.
d) predomina o tom satírico e o caráter autobiográfico.
e) desvaloriza os elementos da cultura popular.

44. A respeito da obra Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus,


podemos afirmar que:
a) trata-se de uma autobiografia totalmente fiel à vida da autora, não podendo
ser considerada como obra literária.
b) trata-se de uma obra importante por trazer representatividade para a autoria
feminina, negra e de localização periférica e marginalizada.
c) pode ser considerada como um romance distópico, uma vez que narra uma
situação exclusivamente fictícia de caos social.
d) pode ser considerada uma sátira muito cômica à vida na favela em contraste
com a vida nos bairros nobres da cidade de São Paulo.
e) representa uma alegoria dos problemas sociais que ocorrem na Europa
decorrentes dos preconceitos de classe e racial.

45. No Brasil, o Classicismo é mais conhecido como Quinhentismo,


abrangendo toda a produção literária da fase renascentista no século XVI. Toda
literatura desse período foi escrita por portugueses e resume-se à:
a) literatura de catequese, cuja principal função era doutrinar os indígenas
segundo os preceitos cristãos. São escritos, principalmente, dos padres
Antônio Vieira e José de Anchieta.
b) literatura de informação, com documentos sobre as terras descobertas, suas
belezas e habitantes, e também a literatura indígena, que foi posteriormente
traduzida para o português.
c) literatura de informação, representada principalmente pela Carta de Pero
Vaz de Caminha, cuja finalidade era a de relatar as características da terra
descoberta, e a literatura jesuíta, que produziu textos simples com a finalidade
de catequizar os índios.
d) literatura de protesto, produzida para denunciar o extermínio da população
indígena e os desmandos da coroa portuguesa no Brasil. Essa literatura foi
representada por nomes como Gonçalves Dias e Padre José de Anchieta.
e) literatura de formação, cuja principal função era alfabetizar os indígenas para
que eles pudessem produzir a literatura brasileira independentemente da
literatura portuguesa.

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25 26 27

28 29 30 31 32 33 34 35 36

37 38 39 40 41 42 43 44 45

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