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6 meses para o Enem


LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Essa competência é avaliada tanto na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias,
quanto na Redação, em que o aluno deve demonstrar domínio da norma padrão da língua
portuguesa, capacidade de compreensão e interpretação de textos, habilidades de escrita e
análise crítica de questões sociais contemporâneas. O conhecimento nessa área é fundamental
para uma boa pontuação no Enem e para a formação integral dos estudantes.
As matérias cobradas nessa competência são Português, Inglês ou Espanhol e Literatura.

PORTUGUÊS

Leitura, interpretação e inferência de textos verbais, não verbais e


mistos
A habilidade de leitura, interpretação e inferência de textos é fundamental para se sair bem
na prova. Os assuntos mais cobrados incluem a compreensão de textos verbais, como artigos de
opinião e reportagens, a análise de textos não verbais, como gráficos e tabelas, e a interpretação
de textos mistos, que combinam elementos verbais e não verbais. Além disso, é importante ter
conhecimentos sobre os gêneros textuais e suas características, bem como sobre as técnicas de
argumentação e persuasão utilizadas pelos autores. A prática constante da leitura e interpretação
de diferentes tipos de textos é fundamental para se preparar para o Enem.

FÁCIL

O cartaz aborda a questão do aquecimento global. A


relação entre os recursos verbais e não verbais nessa
propaganda revela que:
a) o discurso ambientalista propõe formas radicais de
resolver os problemas climáticos;
b) a preservação da vida na Terra depende de ações de
dessalinização da água marinha;
c) a acomodação da topografia terrestre desencadeia o
natural degelo das calotas polares;
d) o descongelamento das calotas polares diminui a
quantidade de água doce potável do mundo;
e) a agressão ao planeta é dependente da posição
assumida pelo homem frente aos problemas
ambientais.

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INTERMEDIÁRIO

A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro resultado multiplicar em enormes
proporções tanto a massa das notícias que circulam quanto as ocasiões de sermos solicitados
por elas. Os profissionais têm tendência a considerar esta inflação como automaticamente
favorável ao público, pois dela tiram proveito e tornam-se obcecados pela imagem liberal do
grande mercado em que cada um, dotado de luzes por definição iguais, pode fazer sua escolha
em toda liberdade. Isso jamais foi realizado e tende a nunca ser.
Na verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores, mesmo se se abandonam a sua
bulimia1 não são realmente nutridos por esta indigesta sopa de informações e sua busca
finaliza em frustração. Cada vez mais frequentemente, até, eles ressentem esse bombardeio
de riquezas falsas como agressivo e se refugiam na resistência a toda ou qualquer informação.
O verdadeiro problema das sociedades pós-industriais não é a penúria2, mas a abundância.
As sociedades modernas têm a sua disposição muito mais do que necessitam em objetos,
informações e contatos. Ou, mais exatamente, disso resulta uma desarmonia entre uma
oferta, não excessiva, mas incoerente, e uma demanda que, confusamente, exige uma escolha
muito mais rápida a absorver. Por isso os órgãos de informação devem escolher, uma vez que
o homem contemporâneo apressado, estressado, desorientado busca uma linha diretriz, uma
classificação mais clara, um condensado do que é realmente importante.
1
fome excessiva, desejo descontrolado.
2
miséria, pobreza.
VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa: Armand Colin, 1975 (adaptado).

Com o uso das novas tecnologias, os domínios midiáticos obtiveram um avanço maior e
uma presença mais atuante junto ao público, marcada ora pela quase simultaneidade das
informações, ora pelo uso abundante de imagens.
A relação entre as necessidades da sociedade moderna e a oferta de informação, segundo o
texto, é desarmônica, porque
a) o jornalista seleciona as informações mais importantes antes de publicá-las.
b) o ser humano precisa de muito mais conhecimento do que a tecnologia pode dar.
c) o problema da sociedade moderna é a abundância de informações e de liberdade de
escolha.
d) a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm para digerir a quantidade de
informação disponível.
e) a utilização dos meios de informação acontece de maneira desorganizada e sem controle
efetivo.

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DIFÍCIL

PALAVRA – As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo,


advérbio, conjunção, pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as
palavras pela alma porque gostam de brincar com elas, e para brincar com elas é preciso ter
intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, explica, ofende ou elogia, se coloca entre
o significante e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às coisas, fazer sentido. A
palavra nuvem chove. A palavra triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa. A
palavra fogo queima. A palavra faca corta. A palavra carro corre. A palavra “palavra” diz. O que
quer. E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma, mas são diferentes das pessoas em
vários pontos. As palavras dizem o que querem, está dito, e pronto.
FALCÃO, A. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Salamandra, 2013 (adaptado).

Esse texto, que simula um verbete para a palavra “palavra’’, constitui-se como um poema
porque
a) tematiza o fazer poético, como em “Os poetas classificam as palavras pela alma”.
b) utiliza o recurso expressivo da metáfora, como em “As palavras têm corpo e alma”.
c) valoriza a gramática da língua, como em “substantivo, adjetivo, verbo, advérbio,
conjunção”.
d) estabelece comparações, como em “As palavras têm corpo e alma, mas são diferentes das
pessoas”.
e) apresenta informações pertinentes acerca do conceito de “palavra”, como em “As
gramáticas classificam as palavras”.

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Gêneros textuais
É fundamental conhecer os diferentes gêneros textuais e suas características. Os assuntos mais
cobrados incluem a compreensão de textos narrativos, como contos e crônicas, textos descritivos,
como relatos de viagem e perfis, textos dissertativos-argumentativos, como artigos de opinião e
dissertações, e textos injuntivos, como manuais e receitas. Além disso, ter conhecimentos sobre
as estratégias de produção textual e os elementos que compõem cada gênero é indispensável. A
prática constante da produção textual é fundamental para se preparar para o Enem.

FÁCIL

O humor e a língua
Há algum tempo, venho estudando as piadas, com ênfase em sua constituição linguística.
Por isso, embora a afirmação a seguir possa parecer surpreendente, creio que posso garantir
que se trata de uma verdade quase banal: as piadas fornecem simultaneamente um dos
melhores retratos dos valores e problemas de uma sociedade, por um lado, e uma coleção
de fatos e dados impressionantes para quem quer saber o que é e como funciona uma língua,
por outro. Se se quiser descobrir os problemas com os quais uma sociedade se debate, uma
coleção de piadas fornecerá excelente pista: sexualidade, etnia/raça e outras diferenças,
instituições (igreja, escola, casamento, política), morte, tudo isso está sempre presente nas
piadas que circulam anonimamente e que são ouvidas e contadas por todo mundo em todo o
mundo. Os antropólogos ainda não prestaram a devida atenção a esse material, que poderia
substituir com vantagem muitas entrevistas e pesquisas participantes. Saberemos mais
a quantas andam o machismo e o racismo, por exemplo, se pesquisarmos uma coleção de
piadas do que qualquer outro corpus.
POSSENTI. S. Ciência Hoje, n. 176, out. 2001 (adaptado).

A piada é um gênero textual que figura entre os mais recorrentes na cultura brasileira,
sobretudo na tradição oral. Nessa reflexão, a piada é enfatizada por
a) sua função humorística.
b) sua ocorrência universal.
c) sua diversidade temática.
d) seu papel como veículo de preconceitos.
e) seu potencial como objeto de investigação.

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INTERMEDIÁRIO

A última edição deste periódico apresenta mais uma vez tema relacionado ao tratamento
dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora passa pelo
problema do material jogado na estrada vicinal que liga o município de Rio Claro ao distrito
de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou mais uma forma errada
de destinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos
moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez de um destino correto,
procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma situação no mínimo incômoda. Se você sai de
casa para jogar o lixo em outra localidade, por que não o fazer no local ideal? É muita falta de
educação achar que aquilo que não é correto para sua região possa ser para outra. A reciclagem
do lixo doméstico é um passo inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos aos
mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática o errado. Um perigo!
Disponível em: http://jornaldacidade.uol.com.br. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado).

Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença
traz à tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é
a) apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo próprio veículo.
b) chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no jornal.
c) provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos apresentados.
d) interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes para a opinião pública.
e) trabalhar uma informação previamente apresentada com base no ponto de vista do autor
da notícia.

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DIFÍCIL

Pode aparecer onde menos se espera em


cinco formas diferentes.
É por isso que o Dia Mundial Contra a
Hepatite está aí para alertar você.
As hepatites A, B, C, D e E têm diversas
causas e muitas formas de chegar até você.
Mas, evitar isso é bem simples. Você, só
precisa ficar atento aos cuidados necessários
para cuidar do maior bem que você tem:
A SUA SAÚDE!

Disponível em: http://farm5.static.flickr.com. Acesso em: 26 out. 2011 (adaptado).

Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não verbais são usados com o objetivo de
atingir o público-alvo, influenciando seu comportamento. Considerando as informações
verbais e não verbais trazidas no texto a respeito da hepatite, verifica-se que
a) o tom lúdico é empregado como recurso de consolidação do pacto de confiança entre o
médico e a população.
b) a figura do profissional da saúde é legitimada, evocando-se o discurso autorizado como
estratégia argumentativa.
c) o uso de construções coloquiais e específicas da oralidade são recursos de argumentação
que simulam o discurso do médico.
d) a empresa anunciada deixa de se autopromover ao mostrar preocupação social e assumir
a responsabilidade pelas informações.
e) o discurso evidencia uma cena de ensinamento didático, projetado com subjetividade no
trecho sobre as maneiras de prevenção.

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Variação linguística
A variação linguística é um assunto importante, pois a prova exige a compreensão e a
interpretação de diferentes variedades linguísticas presentes no Brasil. Os assuntos mais
cobrados incluem o conhecimento sobre as variações regionais, sociais e históricas da língua, os
registros formais e informais, as gírias e expressões idiomáticas, além das variações presentes em
diferentes contextos comunicativos. É fundamental conhecer as características de cada variedade
linguística e sua relação com a cultura e a sociedade.

FÁCIL

Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. “Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo)”.
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto


a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.

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INTERMEDIÁRIO

É possível afirmar que muitas expressões idiomáticas transmitidas pela cultura regional
possuem autores anônimos, no entanto, algumas delas surgiram em consequência de
contextos históricos bem curiosos. “Aquele é um cabra da peste” é um bom exemplo dessas
construções.
Para compreender essa expressão tão repetida no Nordeste brasileiro, faz-se necessário
voltar o olhar para o século 16. “Cabra” remete à forma com que os navegadores portugueses
chamavam os índios. Já “peste” estaria ligada à questão da superação e resistência, ou mesmo
uma associação com o diabo. Assim, com o passar dos anos, passou-se a utilizar tal expressão
para denominar qualquer indivíduo que se mostre corajoso, ou mesmo insolente, já que a
expressão pode ter caráter positivo ou negativo. Aliás, quem já não ficou de “nhenhe-nhém”
por aí? O termo, que normalmente tem significado de conversa interminável, monótona ou
resmungo, tem origem no tupi-guarani e “nhém” significa “falar”.
Disponível em: http:///leiturasdahistoria.uol.com.br. Acesso em: 13 dez. 2017

A leitura do texto permite ao leitor entrar em contato com


a) registros do inventário do português brasileiro.
b) justificativas da variedade linguística do país.
c) influências da fala do nordestino no uso da língua.
d) explorações do falar de um grupo social específico.
e) representações da mudança linguística do português.

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DIFÍCIL

O tradicional ornato para cabelos, a tiara ou diadema, já foi uma exclusividade feminina.
Na origem, tanto “tiara” quanto “diadema” eram palavras de bom berço. “Tiara” nomeava o
adorno que era o signo de poder entre os poderosos da Pérsia antiga e povos como os frísios,
os bizantinos e os etíopes. A palavra foi incorporada do Oriente pela Grécia e chegou até nós
por via latina, para quem queria referir-se à mitra usada pelos persas. Diadema era a faixa ou
tira de linho fino colocado na cabeça pelos antigos latinos, herança do derivado grego para
diádo (atar em volta, segundo o Houaiss). No Brasil, a forma de arco ou de laço das tiaras
e alguns usos específicos (o nordestino “gigolete” faz alusão ao ornato usado por cafetinas,
versões femininas do “gigolô”) produziram novos sinônimos regionais do objeto.
Os sinônimos da tiara. Língua Portuguesa, n. 23, 2007 (adaptado).

No texto, relata-se que o nome de um enfeite para cabelo assumiu diferentes denominações ao
longo da história. Essa variação justifica-se pelo(a)
a) distanciamento de sentidos mais antigos.
b) registro de fatos históricos ocorridos em uma dada época.
c) associação a questões religiosas específicas de uma sociedade.
d) tempo de uso em uma comunidade linguística.
e) utilização do objeto por um grupo social.

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LITERATURA

Interpretação de poemas
Entre os temas mais recorrentes nas questões que envolvem a interpretação de poemas,
destacam-se a identificação e análise de figuras de linguagem, a compreensão de temas sociais, a
familiaridade com a poesia moderna, a identificação de técnicas de composição, a compreensão
dos diferentes estilos literários e interpretação crítica, que envolvem a análise do contexto histórico
e social em que o poema foi escrito e a reflexão sobre as possíveis mensagens e críticas do autor.

FÁCIL

Comportamento geral
Você deve estampar sempre um ar de alegria
E dizer: tudo bem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
E esquecer que está desempregado

Você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com teu carnaval

Você deve aprender a baixar a cabeça


E dizer sempre: muito obrigado
São palavras que ainda te deixam deixar
Por ser homem bem disciplinado

Deve pois só fazer pelo bem da nação


Tudo aquilo que for ordenado
Pra ganhar um fuscão no juízo final
E diploma de bem-comportado
GONZAGUINHA, Luiz Gonzaga Jr. Rio de Janeiro: Odeon, 1973 (fragmento).

Pela análise do tema e dos procedimentos argumentativos utilizados na letra da canção


composta por Gonzaguinha na década de 1970, insere-se o objetivo de
a) ironizar a incorporação de ideias e atitudes conformistas.
b) convencer o público sobre a importância dos deveres cívicos.
c) relacionar o discurso religioso à resolução de problemas sociais.
d) questionar o valor atribuído pela população às festas populares.
e) defender uma postura coletiva indiferente aos valores dominantes.

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INTERMEDIÁRIO

Para o Mano Caetano


O que fazer do ouro de tolo
Quando um doce bardo brada a toda brida,
Em velas pandas, suas esquisitas rimas?
Geografia de verdades, Guanabaras postiças
Saudades banguelas, tropicais preguiças?
A boca cheia de dentes
De um implacável sorriso
Morre a cada instante
Que devora a voz do morto, e com isso,
Ressuscita vampira, sem o menor aviso
[...]
E eu soy lobo-bolo? lobo-bolo
Tipo pra rimar com ouro de tolo?
Oh, Narciso Peixe Ornamental!
Tease me, tease me outra vez1
Ou em banto baiano
Ou em português de Portugal
De Natal
[...]
LOBÃO. Disponível em: http://vagalume.uol.com.br. Acesso em: 14 ago. 2009 (adaptado).

Tease me (caçoe de mim, importune-me).


1

Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua


portuguesa, a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o
extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem:
a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)

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DIFÍCIL

da sua memória
mil
e
mui
tos
out
ros
ros
tos
sol
tos
pou
coa
pou
coa
pag
amo
meu
ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espaço. São Paulo: Perspectiva, 1998.

Trabalhando com recursos formais inspirados no concretismo, o poema atinge uma


expressividade que se caracteriza pela
a) interrupção da fluência verbal, para testar os limites da lógica racional.
b) reestruturação formal da palavra, para provocar o estranhamento no leitor.
c) dispersão das unidades verbais, para questionar o sentido das lembranças.
d) fragmentação da palavra, para representar o estreitamento das lembranças.
e) renovação das formas tradicionais, para propor uma nova vanguarda poética.

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Segunda geração modernista
A segunda geração modernista é um período importante da literatura brasileira que pode
ser cobrado no Enem. Entre os temas mais recorrentes nas questões que envolvem essa época,
destacam-se o estudo de obras de autores como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de
Melo Neto e Vinicius de Moraes. É importante conhecer os principais temas e características da
segunda geração modernista, como a poesia social, a crítica à sociedade e ao governo, o uso de
técnicas inovadoras de composição, além de estar atento à influência do contexto histórico e
social da época na produção literária.

FÁCIL

O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa
de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar
dele, criou porque quis. Com um prosador cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se diante de
sua máquina, acende um cigarro, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um
fato qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com duas
artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.

Nesse trecho, Vinicius de Moraes exercita a crônica para pensá-la como gênero e prática. Do
ponto de vista dele, cabe ao cronista
a) criar fatos com a imaginação.
b) reproduzir as notícias dos jornais.
c) escrever em linguagem coloquial.
d) construir personagens verossímeis.
e) ressignificar o cotidiano pela escrita.

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INTERMEDIÁRIA

No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil havia duas literaturas
independentes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele
muito diferentes por formação histórica, composição étnica, costumes, modismos linguísticos
etc. Por isso, deu aos romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte.
Em nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar com bastante engenho
que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas, refletindo as características locais.
CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 2003.

Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de


determinadas regiões nacionais, sabe-se que
a) o romance do sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urbana, colocando
em relevo a formação do homem por meio da mescla de características locais e dos
aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia.
b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da
urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças.
c) o romance do nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vocabulário,
pelo temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, e assume
frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos.
d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em relevo
a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas
que caracterizam o nosso povo.
e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas
das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano
em confronto com a modernização do país promovida pelo Estado Novo.

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DIFÍCIL

Mas seu olhar verde, inconfundível, impressionante, iluminava com sua luz misteriosa
as sombrias arcadas superciliares, que pareciam queimadas por ela, dizia logo a sua origem
cruzada e decantada através das misérias e dos orgulhos de homens de aventura, contadores
de histórias fantásticas, e de mulheres caladas e sofredoras, que acompanhavam os maridos
e amantes através das matas intermináveis, expostas às febres, às feras, às cobras do sertão
indecifrável, ameaçador e sem fim, que elas percorriam com a ambição única de um “pouso”
onde pudessem viver, por alguns dias, a vida ilusória de família e de lar, sempre no encalço dos
homens, enfebrados pela procura do ouro e do diamante.
PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.

Ao descrever os olhos de Maria Santa, o narrador estabelece correlações que refletem a


a) caracterização da personagem como mestiça.
b) construção do enredo de conquistas da família.
c) relação conflituosa das mulheres e seus maridos.
d) nostalgia do desejo de viver como os antepassados.
e) marca de antigos sofrimentos no fluxo de consciência.

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Romantismo
O Romantismo é um período importante da literatura brasileira que é cobrado com frequência.
Entre os temas mais recorrentes nas questões que envolvem essa época, destacam-se o estudo de
obras de autores como Álvares de Azevedo, Castro Alves e Gonçalves Dias. É importante conhecer
os principais temas e características do Romantismo, como a valorização do sentimento, a
exaltação da natureza, a idealização do amor e a crítica ao sistema escravocrata. Além disso, é
importante entender a influência do contexto histórico e social da época na produção literária.

FÁCIL

MEIRELLES. V. Batalha dos Guararepes. Óleo sobre tela. 494,5 x 923 cm. 1879. Museu Nacional de Belas Artes,
Rio de Janeiro. Disponível em: www2.uol.com.br. Acesso em 9 jul, 2015.

Pertencente ao Romantismo, a obra de Victor Meirelles caracteriza-se como uma


a) descrição dramática da guerra.
b) inclinação ao retrato nacionalista.
c) estilização das revoltas populares.
d) construção da identidade brasileira.
e) representação das obras francesas.

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INTERMEDIÁRIO

MEIRRELES, V. Moema, Óleo sobre tela, 129 cm x 190 cm. Masp, São Paulo, 1866.
Disponível em: www.masp.art.br. Acesso em: 13 ago. 2012 (adaptado).

Nessa obra, que retrata uma cena de Caramuru, célebre poema épico brasileiro, a filiação à
estética romântica manifesta-se na
a) exaltação do retrato fiel da beleza feminina.
b) tematização da fragilidade humana diante da morte.
c) ressignificação de obras do cânone literário nacional.
d) representação dramática e idealizada do corpo da índia.
e) oposição entre a condição humana e a natureza primitiva.

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DIFÍCIL

Texto I
A canção do africano
Lá na úmida senzala.
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia-voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez p’ra não o escutar!
“Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita.
Mas à outra eu quero bem.”
ALVES, C. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995 (fragmento).

Texto II
No caso da Literatura Brasileira, se é verdade que prevalecem as reformas radicais, elas
têm acontecido mais no âmbito de movimentos literários do que de gerações literárias. A
poesia de Castro Alves em relação à de Gonçalves Dias não é a de negação radical, mas de
superação, dentro do mesmo espírito romântico.
MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003 (fragmento)

O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica a afirmação de João Cabral de Melo Neto
porque
a) exalta o nacionalismo, embora lhe imprima um fundo ideológico retórico.
b) canta a paisagem local, no entanto, defende ideais do liberalismo.
c) mantém o canto saudosista da terra pátria, mas renova o tema amoroso.
d) explora a subjetividade do eu lírico, ainda que tematize a injustiça social.
e) inova na abordagem de aspecto social, mas mantém a visão lírica da terra pátria.

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