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1ª Série

Curitiba 2020

ENSINO MÉDIO LIVRO DO PROFESSOR | matemática

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© 2020 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem
autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

FICHA CATALOGRÁFICA
S132

SAE, 1. série : Matemática, 1. série : livro 1 : Ensino Médio : livro do professor


/ SAE DIGITAL S/A. - 1. ed. - Curitiba, PR : SAE DIGITAL S/A, 2020.

120 p. : il. ; 28 cm.

ISBN 978-85-535-1060-3

1. Matemática - Estudo e ensino (Ensino Médio). 2. Matemática (Ensino


Médio) - Problemas, questões, exercícios. I. Sistema de Apoio ao Ensino : o
passo à frente. II. Título : Matemática, 1. série : livro 1 : Ensino Médio : livro do
professor. I. Título.

CDD: 372.7
CDU: 373.3.016:510

Diretoria editorial Lucélia Secco


Coordenação editorial Tassiane Aparecida Sauerbier
Edição Anna Chiarello, Eliane Peixoto de Lima, Janile de Oliveira, Rodrigo Zeni Stocco
Revisão Camille Chiquetti, Everson de Lara Caetano, Gabriele Varão da Costa, Juliana Basichetti Martins, Kelly
Miranda, Marilene Wojslaw Pereira Dias, Pãmela Leal, Priscila de Jesus Sousa, Thainara Gabardo, Victor
Augusto de Lima Truccolo
Cotejo Emilly Nunes, Wagner Revoredo, Ludmilla Borinelli
Coordenação processos Erica Fujihara
Processos Cleyton Dall’Agnol, Janio Junior, Raul Jungles
Coordenação qualidade Mauricio Ragadalli
Qualidade Bruna Ferreira Rodrigues, Brunno Freire da Silva Neto, Henrique Moraes Sossélla Advincula Aguiar, Igor
Spisila, Mariana Chaves
Supervisão de produção visual Jessica Suelen de Morais
Iconografia Jhennyfer Pertille
Cartografia Júlio Manoel França da Silva
Ilustrações Deny Machado
Arte da capa Kássio Luiz Dias Nery | Rudy Bagozzi/Denis Makarenko/Shutterstock
Projeto gráfico Thiago Figueiredo Venâncio
Diagramação André Lima, Bruno Gogolla, Gustavo Ribeiro Vieira, Jéssica Suelen de Morais, Jéssica Xavier, Luisa
Piechnik Souza, Mariana Oliveira, Nadiny da Silva, Ralph Glauber, Silvia Santos, Thaisa Werner, Thiago
Figueiredo Venâncio
Créditos da capa Rodphothong Mr.Patchara/Shutterstock | michaeljung/Shutterstock
Autores Carolina de Almeida Santos Pinotti, Maria Fernanda Martini Campagnaro

Todos os direitos reservados.

Produção
SAE DIGITAL S/A.
R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150
Mossunguê – Curitiba – PR
0800 725 9797 | Site: sae.digital

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SUMÁRIO

Pilares pedagógicos......................................................................... IV

Tecnologia digital relevante – SAE DIGITAL...........................V

Ensino Médio....................................................................................... VI

Matriz de Referência do Enem..................................................VIII

Objetos de conhecimento............................................................ IX

Referências bibliográficas............................................................. IX

Conhecimentos de Matemática...................................................X

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Pilares pedagógicos
Os pilares pedagógicos do sistema de ensino do SAE Digital vêm ao encontro das habilidades espe-
radas dos aprendizes, expostos a um ambiente que exige leitura plural do mundo, caracterizada por
constantes mudanças nos campos científico, tecnológico e político.
Os desafios da atualidade preveem uma formação que priorize a capacidade de refletir e in-
terpretar as realidades local e global, bem como agir de acordo com as necessidades coletivas,
por meio do desenvolvimento da empatia, da resiliência e do senso de cooperação.
Para desenvolver habilidades que atendam a tão complexas necessidades, as estratégias do SAE
Digital estão fundamentadas em quatro pilares do trabalho pedagógico: protagonismo, rigor concei-
tual e conteúdo relevante, complexidade e saberes múltiplos e transformação da realidade.

Protagonismo
Uma prática pedagógica estruturada no protagonismo considera o estudante como centro do
processo de sua aprendizagem. Tem como ponto de partida os conhecimentos prévios que ele
possui para, a partir deles, promover o fortalecimento de sua identidade, a sua autonomia e o de-
senvolvimento das habilidades necessárias à concretização de seu projeto de vida e sua atuação
na sociedade com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Rigor conceitual e conteúdo relevante


Esse pilar, que abarca duas ideias complementares, corrobora o entendimento de que a edu-
cação deve sempre se pautar em bases conceituais do conhecimento acadêmico e científico. Na
era da informação, a escola assume o papel de propulsora da pesquisa para a escolha, a apropria-
ção e a produção do conhecimento por parte dos professores e dos estudantes, a fim de garantir
a sistematização dos processos de ensino e de aprendizagem pautados na relevância do currículo
e na precisão da cientificidade.

Complexidade e saberes múltiplos


O paradigma atual do conhecimento requer a superação da disposição estanque do currículo
escolar. Trazemos como proposta para o trabalho pedagógico o pilar complexidade e saberes
múltiplos visando ao desenvolvimento do pensamento complexo, que só se efetiva por meio de
um trabalho inter e transdisciplinar. Promover a religação dos saberes com vistas à formação de
leitores competentes e capazes de atuar em um cenário complexo é um dos compromissos impre-
teríveis dos quais a escola não pode se eximir.

Transformação da realidade
Com base no entendimento da educação como agente transformador da realidade, o sistema
de ensino do SAE Digital incorpora à sua proposta pedagógica um trabalho sistemático com te-
mas contemporâneos de relevância social que afetam a vida humana em escala local, regional e
global. Ao promover a consciência dos direitos e deveres de todo ser humano, o exercício pleno da
cidadania e a tomada de decisões para iniciativas concretas de impacto socioambiental, visamos
à manutenção do estado democrático de direito e à transformação da realidade.

Matriz de pilares do SAE


Rigor conceitual
Complexidade e Transformação da
Protagonismo e conteúdo
múltiplos saberes realidade
relevante

Mundo da ciência e da
Meu mundo Mundo revisitado Mundo transformado
tecnologia

Conhecimento de Conhecimento
Pensamento complexo Saberes ressignificados
mundo científico
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Inter e
Conhecimento prévio Currículo escolar Ações transformadoras
transdisciplinaridade

Autonomia Compreensão Reflexão Iniciativa concreta

IV

POR
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Tecnologia digital relevante – SAE DIGITAL
São recursos digitais – livros, atividades, jogos, realidade aumentada, vídeos, animações, apli-
cativos, plataforma adaptativa, avaliações, ferramentas de gestão escolar, de gestão da aprendi-
zagem e de desenvolvimento dos profissionais da Educação – concebidos com intencionalidade
pedagógica, integração à proposta e aos conteúdos dos materiais impressos e dinâmica eficiente,
a fim de que cumpram um papel efetivo no processo educativo, seja por meio
a) da interação do aluno com o conteúdo digital, que tenha como propósito contribuir com a sua
aprendizagem;
b) da sensibilização/motivação do aluno para a aprendizagem;
c) da promoção da apropriação de conceitos ou do desenvolvimento de habilidades e atitudes;
d) do controle do desempenho e das adaptações e personalizações necessárias a uma aprendizagem
significativa;
e) da gestão do desempenho e aprendizagem do aluno;
f ) da formação permanente do professor.

Outras considerações a
respeito de tecnologia
digital relevante
O projeto de Tecnologia Digital Relevante
– SAE Digital também tem como enfoque apro-
ximar a produção do SAE Digital às metodolo-
gias contemporâneas da aprendizagem:
● Por desenvolver o conteúdo digital pro-
duzido em consonância com o material
impresso pode ser considerado como
um modelo híbrido de ensino.
● Por promover a autonomia do aluno em
seu processo de aprendizagem, os ob-
jetos digitais podem ser considerados
como metodologia ativa.
● Por promover o uso de diversas mídias
digitais, os objetos digitais podem con-
tribuir para o letramento digital.
● Por ofertar feedbacks do desempe-
nho dos alunos, pode contribuir com
a regulação e a autorregulação da
aprendizagem.
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POR
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Ensino Médio
Há alguns anos os documentos oficiais que regulam a educação básica preveem o currículo do
Ensino Médio organizado em quatro grandes áreas do saber:
● linguagem e suas tecnologias;
● matemática e suas tecnologias;
● ciências da natureza e suas tecnologias;
● ciências humanas e suas tecnologias.
A integração dos componentes curriculares em quatro grandes áreas atende à necessidade
educacional e social premente de superar a fragmentação do currículo escolar. Outras necessida-
des da sociedade do século XXI também estão presentes no documento da BNCC, como o desen-
volvimento de competências e habilidades e a formação integral dos estudantes.
Essas e outras diretrizes são contempladas nos pilares pedagógicos SAE Digital – Protagonismo;
Rigor conceitual e conteúdo relevante; Complexidade e saberes múltiplos; Transformação da rea-
lidade – que estão presentes nos livros que compõem a coleção do Ensino Médio. Elas podem
ser percebidas tanto no que tange à organização curricular integrada proposta pela BNCC, como
também no que diz respeito aos objetivos de aprendizagem nesse documento, conforme consta
no texto a seguir:
“O Ensino Médio deve atender às necessidades de formação geral indispensáveis ao exercício
da cidadania e construir `aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e
os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea’, como
definido na Introdução desta BNCC (p. 14; ênfases adicionadas).
Para atingir essa finalidade, é necessário, em primeiro lugar, assumir a firme convicção de
que todos os estudantes podem aprender e alcançar seus objetivos, independentemente de suas
características pessoais, seus percursos e suas histórias. Com base nesse compromisso, a escola
que acolhe as juventudes deve:
● favorecer a atribuição de sentido às aprendizagens, por sua vinculação aos desafios da reali-
dade e pela explicitação dos contextos de produção e circulação dos conhecimentos;
● garantir o protagonismo dos estudantes em sua aprendizagem e o desenvolvimento de suas
capacidades de abstração, reflexão, interpretação, proposição e ação, essenciais à sua auto-
nomia pessoal, profissional, intelectual e política;
● valorizar os papéis sociais desempenhados pelos jovens, para além de sua condição de estu-
dante, e qualificar os processos de construção de sua(s) identidade(s) e de seu projeto de vida;
● assegurar tempos e espaços para que os estudantes reflitam sobre suas experiências e
aprendizagens individuais e interpessoais, de modo a valorizarem o conhecimento, confia-
rem em sua capacidade de aprender, e identificarem e utilizarem estratégias mais eficientes
a seu aprendizado;
● promover a aprendizagem colaborativa, desenvolvendo nos estudantes a capacidade de tra-
balharem em equipe e aprenderem com seus pares; e
● estimular atitudes cooperativas e propositivas para o enfrentamento dos desafios da comu-
nidade, do mundo do trabalho e da sociedade em geral, alicerçadas no conhecimento e na
inovação.” (BNCC, 2018).

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VI

POR
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Estrutura da coleção
A coleção do Ensino Médio é composta de:
1.ª série
● 4 volumes do Livro do aluno.
● 4 volumes do Livro do professor por componente curricular.
● 1 volume Livro da coordenação.
2.ª série
● 4 volumes do Livro do aluno.
● 4 volumes do Livro do professor por componente curricular.
● 1 volume Livro da coordenação.
Extensivo
● 4 volumes do Livro do aluno.
● 4 volumes do Livro do professor por componente curricular.
● 1 volume Livro da coordenação.

SÉRIE 1.a série 2. a série Extensivo

Livro principal em volume Livro principal em volume Livro principal em volume


LIVRO PRINCIPAL único – Linguagens, único – Linguagens, único – Linguagens,
– COMPONENTES Matemática, Ciências Matemática, Ciências Matemática, Ciências
CURRICULARES da Natureza e Ciências da Natureza e Ciências da Natureza e Ciências
Humanas Humanas Humanas
LIVRO PRINCIPAL
– NÚMERO DE
MÓDULOS POR 32* 32* 48**
COMPONENTE
CURRICULAR

MATERIAIS
Língua Espanhola • Arte • Filosofia • Sociologia • Caderno Questões Enem • Agenda
OPCIONAIS***

*Na 1.ª e na 2.ª série o componente curricular de Língua Portuguesa é organizado nas frentes: Texto e
Gramática, Produção de texto e Literatura, totalizando 48 módulos por ano.
Os componentes curriculares de Matemática, Física, Química e Biologia são organizados em frente A e frente
B.
Os componentes curriculares de Língua Inglesa, História e Geografia são organizados em frentes únicas.

** No Extensivo todos os componentes curriculares, com exceção de Língua Inglesa, são organizados em
frente A, frente B e frente C.
O componente curricular de Língua Inglesa é composto de 16 módulos no ano.

***Os livros de Língua Espanhola, Arte, Filosofia e Sociologia são anuais (1.ª série, 2.ª série e Extensivo),
organizados sempre em frente única.

NOVIDADES 2020
Para a coleção do Ensino Médio 2020, apresentamos atualizações que visam enriquecer
o trabalho das escolas e dos professores. São elas:
● Nova programação para o componente curricular de Geografia*.
● Conexões & Contextos por área de conhecimento para a 1.ª e 2.ª séries.
● Aplicativo da Plataforma Adaptativa.
● Cadernos digitais de atividades de Matemática e Física.
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● Proposta de redação modelo Enem no Caderno de atualidades.


● Correção dos simulados bimestrais.
● Capas com interação digital.

*A implantação da nova programação de Geografia será feita progressivamente: em 2020 – 1.ª série; 2021 – 2.ª série; 2022 – pré-vestibulares.

VII

POR
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Matriz de Referência do Enem
O cenário mundial atual e a legislação vigente sobre essa área no Brasil direcionam o trabalho pedagógico por meio de
competências e habilidades. As coleções do SAE Digital seguem as mesmas premissas, tendo como referência, no Ensino
Médio, a Matriz de Referência do Enem.
Além de trazermos competências e habilidades explícitas nos módulos da 1.ª e da 2.ª série, bem como indicações ao
lado de questões propostas, trazemos o documento completo para consulta da equipe pedagógica da escola.

Eixos cognitivos (comuns a todas as áreas de conhecimento)


I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática,
artística e científica e das línguas espanhola e inglesa.
I. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão
de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.
I. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representa-
dos de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.
I. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos dis-
poníveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.
I. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de
intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Matemática e suas Tecnologias


Competência de área 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 – Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações - naturais,
inteiros, racionais ou reais.
H2 – Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 – Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 – Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações
quantitativas.
H5 – Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.

Competência de área 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da rea-
lidade e agir sobre ela.
H6 – Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação
no espaço bidimensional.
H7 – Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 – Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 – Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução
de problemas do cotidiano.

Competência de área 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solu-
ção de problemas do cotidiano.
H10 – Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 – Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 – Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 – Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 – Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grande-
zas e medidas.

Competência de área 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solu-
ção de problemas do cotidiano.
H15 – Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 – Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
PI_EM20_1_MAT_L1

PI_EM20_1_MAT_L1

H17 – Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 – Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.

VIII

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Competência de área 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-
-científicas, usando representações algébricas.
H19 – Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 – Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 – Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 – Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 – Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.

Competência de área 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos
e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 – Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 – Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 – Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.

Competência de área 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e so-
ciais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade
para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.
H27 – Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela
de frequências de dados agrupados (não em classes) ou em gráficos.
H28 – Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 – Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 – Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.

Objetos de conhecimento
Matemática e suas Tecnologias
● Conhecimentos numéricos – operações em conjuntos numéricos (naturais, inteiros, racionais e reais), desigualda-
des, divisibilidade, fatoração, razões e proporções, porcentagem e juros, relações de dependência entre grandezas,
sequências e progressões, princípios de contagem.
● Conhecimentos geométricos – características das figuras geométricas planas e espaciais; grandezas, unidades de
medida e escalas; comprimentos, áreas e volumes; ângulos; posições de retas; simetrias de figuras planas ou espa-
ciais; congruência e semelhança de triângulos; teorema de Tales; relações métricas nos triângulos; circunferências;
trigonometria do ângulo agudo.
● Conhecimentos de estatística e probabilidade – representação e análise de dados; medidas de tendência central
(médias, moda e mediana); desvios e variância; noções de probabilidade.
● Conhecimentos algébricos – gráficos e funções; funções algébricas do 1.º e do 2.º graus, polinomiais, racionais,
exponenciais e logarítmicas; equações e inequações; relações no ciclo trigonométrico e funções trigonométricas.
● Conhecimentos algébricos/geométricos – plano cartesiano; retas; circunferências; paralelismo e perpendiculari-
dade, sistemas de equações.

Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação
Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
______. Ministério da Educação. Matriz de Referência do Enem. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Ite-
mid=310+enen.br> Acesso em: 10 ago. 2015.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares Nacionais. Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 239 p.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.
Disponível em: <http://pactoensinomedio.mec.gov.br/images/pdf/resolucao_ceb_002_30012012.pdf>. Acesso em: 10
ago. 2015.)
COSTA, Marta Morais da. Estrutura do Texto Literário. Curitiba: IESDE BRASIL S/A, 2012. 210 p.
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PI_EM20_1_MAT_L1

DIONISIO, Angela Paiva. Linguística II. Curitiba: IESDE BRASIL S/A, 2012. 262 p.
KLEIN, Lígia Regina. Fundamentos do Texto em Língua Portuguesa. 2. ed. Curitiba: IESDE BRASIL S/A, 2009. 192 p.
MORIN, Edgar. Introdução ao Pensamento Complexo. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 2007.
MUSSALIM, Fernanda. Linguística I. 1. ed. Curitiba: IESDE BRASIL S/A, 2012. 142 p.
SANTOS, Veraluce Lima dos. Ensino de Língua Portuguesa. Curitiba: IESDE BRASIL S/A, 2009.

IX

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Conhecimentos de Matemática
O conhecimento matemático sempre se fez necessário no cotidiano e na
rotina das pessoas. São inúmeras as situações em que a matemática está
presente de maneira palpável e/ou intrínseca. Podemos categorizar essa
afirmação com alguns exemplos: o uso da matemática é tido como uma
ferramenta primordial no auxílio a diversas áreas do conhecimento, como Ra z ã o e
P ro p o rç

01
ão

A_
T_
MA
1_
instrumento para enfrentar situações do cotidiano e como maneira de
Vic

20_
to
ri a

EM

Ka
l
Razão • Propo

ini
na/
rção • Regra
de Três • Porce

Shutte
ntagem

desenvolver habilidades de pensamento. A Matemática do Ensino Médio

rstock
Grandezas
e razões

deve se atentar não apenas para o ensino disciplinar de cunho enciclo-


Proporção
Divisão
proporciona Matemáti
l ca
Regra de três
mód. 01/16

pédico, mas contribuir para o desenvolvimento de competências e ha- 01


Porcentagem

STAR
T
Cozinha pr
oporciona
bilidades. Segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio do Div ersas situ
questões
proporçõe
ações
financeiras do cotidiano
se relacion
l
, divisão

Ministério da Educação
de comida am com Saiba ma
s é na culi i
is
e muitas nária. No , constru o conteú Proporção
vezes é cotidiano, ção civil do de pro
preciso nem sem etc. Um porções.
Obser ve cozinhar pre as refe a situaçã Por exe Existe um
est a rec mais par o em que mplo: valor, cham
eita de pão a que seja ições é comum proporção ado
de queijo, suf iciente ser vem todas as o uso de constante
áurea, que
é
cujo ren . pessoas
presentes real algébrica uma
dimento irracional.

[...] o ensino da Matemática pode contribuir para que os alunos


Ela
é de 100
unidades: vários luga aparece em
1 e meia xícara res
Além disso na natureza.
, existem outr
(chá) de leite coincidência as
meia xícara (ch integral s (ou

desenvolvam habilidades relacionadas à representação, com-


apontadas não)
por
á) de óleo amantes da estudiosos e
razão:
meio quilo de • Os espi
polvilho doce rais de
caracol aum um

preensão, comunicação, investigação e, também, à contextua- 2 ovos ligeiram


3 xícaras (ch
ente batidos
de tamanho
proporção em uma
• As espir
enta m
de 1,618.

lização sociocultural (2006, p. 69). á) de queijo mei ais das


de um giras sementes
Supond
a cura ralado sol
tam o tama aumen-
nho em uma
o que par prop orção
derando a o café de 1,618.
que cad da manhã • As folha
satisfazer a pes em uma s de
os convida soa come até convenção árvore dimi uma
dos. 4 pães de foram con nuem à

Para que esse objetivo seja alcançado há, no início de cada módulo
Note que queijo, ser vidadas medida que
proporcion a receita é par iam nec
essários 50 pessoa proporção subimos na
almente a apenas 200 pãe s e consi- de 1,618.
duas vez 100 uni s de que • A proporçã
es para dades, des ijo o
se obter ta form para fêmeas em de abelhas
relação a

de Matemática, um texto que ora envolve aplicações desta disciplina


Considerand 200 pãe a seria abel
o a rece s de queijo. pre ciso aum has mac
para serv
ir 7 pães ita de pão de que ent ar a
receita colmeia é hos numa
questões de queijo ijo apresen de 1,618.
a seguir. para cad • No corp
a) Quantas a particip tada anteriormen o hum
dividirmos ano, se
ante em te e que

em situações do dia a dia, ora envolve a história da Matemática. Ao


a
veze
O que isso s o número de unid
um café
da manhã um buffet tenha corpo com altura do
a
quer dize
r? ades a sere com 250 sido
convidados contratado entre o umb distância
chão, enco igo até o
m produz , resp
idas é mai onda às ntrar
or do que número 1,618 emos o
a quantid

propor questões relacionadas a esse texto inicial objetiva-se a son-


ade que a
receita rend madamente. , aproxi-
b) Quanto e? • As estre
seria nec las dian
essário de um astro princ te de
cada ingr se distribue ipal
ediente para

dagem de conhecimentos prévios bem como a conscientização por


m
atender aos espiral que numa
convidados segue uma
desta fest proporção
a? de 1,618.

parte do aluno de que o conhecimento matemático é uma criação do


c) Pesq
uise sob
verdadeira. re a proporção áure
Se possíve a
l, elaborem e converse com seu
uma apre s colegas
sentação se

ser humano e que surgiu da busca de soluções para problemas do


sobre o assu ela é
nto.

cotidiano. Ao explorar a história da Matemática busca-se também


uma atribuição de significados aos conhecimentos matemáticos.
Marcelo_Krellin
g/Shutterstock

MAT A
229

Com base nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio do


Ministério da Educação
A recuperação do processo histórico de construção do conhecimento
matemático pode se tornar um importante elemento de contextua-
lização dos objetos de conhecimento que vão entrar na relação di-
dática. A História da Matemática pode contribuir também para que
o ck
rst
te

EM
ut

2
0_1
h
/S

_MA
md

T_A_0
_
vip

o próprio professor compreenda algumas dificuldades dos alunos,


romeo

4 Relaçõe
que, de certa maneira, podem refletir históricas dificuldades presen- s e f u n çõ e
tes também na construção do conhecimento matemático (2006, p.
Matemáti
mód. 04/1
ca
s
04
6

86). Relações •
Funçõ es

Estudo das
funções
Classificação

Como fechamento de cada um dos módulos, é proposta uma atividade


de função

STAR
T
Relações
que, a priori, apresenta um caráter de pesquisa ou sugere a elaboração de e funções
Matemática
do cotidia
no
um pequeno projeto pelos alunos. Esta atividade pode apresentar ainda
Atualment
empresas e a pala
vra algo
acabam ritmo é
Eles faze “escolhend presente
m uma em nosso
aquele. análise do o” o que aparece cotidian

uma retomada aos assuntos tratados do módulo, a fim de investigar os


Este tipo que o usu nas linh o. Nas red
de interaç ário ma as es sociais
O algoritm ão com o is vê e inte do tempo de aco , por exe
usuário rage par rdo com mp
Ou seja, o repres
ent a um cam é um algo a oferece nossos inte lo, as
tem -se um ritmo que r conteú resses.
exemplo, problema inho/açõe escolhe. dos par

conhecimentos adquiridos pelo aluno.


par e deve-s s que se des ecidos com
necessário a frit ar um ovo e encont envolve
m em seq
s para se , o objeto rar uma
solução
1) quebra
ter um ovo inicial ser
ia o ovo . Est a solu uência para res
r o ovo; frit o? e o final, ção segue um olve r algo.
2) separa o ovo frit itinerário.
o, quais Por
r o ovo da os passos

Os conteúdos no livro de Matemática estão organizados em quatro


3) colo casca; que são
car uma
frigideira
4) por óleo no fogo;
na frigide
5) despej ira;

blocos: Números e operações; Funções; Geometria; Análise de dados


ar o ovo
6) colo na frigide
car sal no ira com
ovo; óleo;
7) espera
r o ovo frita
8) retirar r;

e Probabilidade; distribuídos em duas frentes, A e B. Na frente A, são


o ovo frito
Obser ve .
que o cam que est a é ape
inho seja nas um
esperada, diferente, a das ma
neiras de

trabalhados os Números e operações, as Funções e a Análise de dados,


o tendo um
linguagem ovo frito, denom a “entrad frit ar um
ovo, pod
de progra inamos a”, nes te em exis
mação. esses pas caso ovo tir outras
O exemp sos de algo , e conseg . Mesmo
soas, ma lo a seg ritmo. Alg uindo che
uir mostra oritmo é gar
s elas não como den na “saída ”

e na frente B, explora-se a Geometria e as Progressões Aritmética e


pende de um algo
têm con ritmo, “fri ominamo
algumas sciência tar o ovo sa
condiçõ que isso
es. Obser represent ”, que est á presen
ve: a um algo te
ritmo. Nes no cotidiano das

Geométrica.
te caso, pes-
frit ar o
ovo de-
Fritar ovo

No início da primeira série faz-se uma retomada de alguns concei- Fritar ovo
Sim

Tem ovo?
Não fritar
ovo

tos básicos estudados no Ensino Fundamental, para daí, explorar e Não


Posso ir ao
Não

aprofundar novos conceitos. A aprendizagem desses novos conceitos


mercado?
tock
anetta/Shutters

Sim
266
MAT A
wk1003mike;

exigirá dos alunos o desenvolvimento de habilidades de análise, in- Fritar ovo

terpretação, abstração e generalização. O professor, nesse cenário,


deve atuar como mediador do conhecimento e não apenas como um agente dis-
seminador de conceitos e ideias.
PI_EM20_1_MAT_L1

PI_EM20_1_MAT_L1

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Matemática – 1.a série
Livro Módulo Frente A Frente B

Introdução à geometria plana


Razões e proporções
1 Noções primitivas • Postulados ou axiomas •
Razão • Proporção • Regra de três • Porcentagem
Segmento de reta • Ângulos
Equações e sistemas lineares
Polígonos I
Produto notável • Fatoração • Sistemas lineares de
2 Polígono e região poligonal • O polígono • Polígonos
duas equações e duas incógnitas • Sistemas não
convexos e polígonos côncavos
lineares

1 Polígonos II
Teoria de conjuntos Número de diagonais de um polígono • Soma dos
Conjuntos, elemento e pertinência • Operações ângulos internos de um polígono convexo • Soma
3
com conjuntos • Conjuntos numéricos • Intervalos • dos ângulos externos de um polígono
Diagrama de Venn convexo • Ângulo interno (ai) e ângulo externo (ae)
de um polígono regular

Relações e funções Triângulos I


4
Relações • Funções O triângulo • Congruência de triângulos

Função afim Triângulos II


5
Função afim • Estudo do sinal da função afim Desigualdades nos triângulos • Teoremas

Função quadrática
Triângulos III
6 Função quadrática • Estudo do sinal da função
Bissetriz de um ângulo • Pontos notáveis do triângulo
quadrática
2
Composição e inversão das funções Quadriláteros notáveis
7
Função composta • Função inversa Quadriláteros

Inequações
Semelhança de triângulos e Teorema de Tales
Inequação do primeiro grau • Inequações do
8 Semelhança de triângulos • Teorema de Tales •
segundo grau • Inequação produto • Inequação
Relações métricas no triângulo retângulo
quociente
Função e equação modular Relações métricas em triângulos
Função definida por várias sentenças • Módulo • Relações métricas • Lei dos senos • Lei dos cossenos
9
Função modular • Equações modulares • • Relação entre altura e lados • Teorema de
Inequações modulares Pitágoras
Circunferência e círculo
Equação e inequação exponencial
10 Circunferência • Círculo • Circunferências: posições
Equações e inequações exponenciais
relativas • Ângulos na circunferência
3

Função exponencial Polígonos inscritos e circunscritos


11
Função exponencial Polígonos inscritos • Polígonos circunscritos

Áreas de figuras planas


Logaritmo
12 Área de polígonos • Casos particulares • Razão entre
Logaritmos
áreas

Equações e inequações logarítmicas Progressão aritmética I


13
Equações logarítmicas • Inequações logarítmicas Sequências • Progressão aritmética

Funções logarítmicas
Progressão aritmética II
14 Função logarítmica • Função exponencial versus
Soma dos termos de uma P.A. • Juros Simples
função logarítmica
4
Análise de tabelas e gráficos Progressão geométrica I
PI_EM20_1_MAT_L1

PI_EM20_1_MAT_L1

15
Tabelas • Gráficos Progressões geométricas

Estatística Progressão geométrica II


16 Frequências • Média • Moda e mediana • Desvio Produto dos termos • Soma dos termos de uma P.G.
médio • Variância • Desvio padrão • Juros Compostos

XI

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Anotações

PI_EM20_1_MAT_L1

XII

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ALUNO
MATERIAL DO
PI_EM20_1_MAT_L1

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Estrutura didática
Os livros da 1.ª e da 2.ª série apresentam uma organização de conteúdos e propostas de atividade que evidencia a
sequência didática da coleção e oferece ferramentas para auxiliar a prática dos professores e o estudo dos alunos.

Arrase no Enem: sempre


que o módulo trabalhar um
tema recorrente no Enem,
estará disponível por meio de
QR Code uma videoaula do
curso Arrase no Enem.

Seção Start: As atividades


propostas nas páginas de
abertura têm por objetivo
sensibilizar os alunos a res-
peito do conteúdo a ser ex-
plorado. Nelas são propostas
leituras, observação de ima-
gens e reflexões que servem
como ponto de partida para
a exploração do conteúdo e a
apreensão de novos saberes
e, também, para levantar
os conhecimentos prévios
dos alunos acerca do tema,
garantindo o protagonismo
do aluno em seu processo
de aprendizagem.

Desenvolvimento do conteúdo:
após o momento de sensibilização,
propomos o desenvolvimento do
conteúdo por meio de um texto teórico
construído alinhado aos pilares Rigor
conceitual e conteúdo relevante e
Complexidade e saberes múltiplos.

Terceira coluna: Nas colunas ex-


ternas das páginas encontram-se
as seções que complementam o
desenvolvimento do conteúdo. Essa
ampliação pode acontecer com indi-
cações de filmes, sites e livros, intro-
dução de exemplos, complementos
e curiosidades, indicação de pontos
de atenção, explicação de termos e
conceitos e sugestões de reflexões
de pesquisas.

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 14 10/09/2019 14:28:23


Seção Disciplina & sociedade/arte/cultura/meio ambiente/
tecnologia: nas seções que finalizam a exposição teórica dos módulos
são propostas atividades que propiciam a aplicação dos conceitos e, em
muitos casos, a reflexão, a análise e a construção de novos saberes. As
propostas podem indicar um trabalho coletivo com o objetivo de estimular
a interação com a comunidade em que se vive, alinhando-se aos pilares
de Complexidade e saberes múltiplos e Transformação da realidade.

Atividades: Concluindo a sequência didática dos


livros, os alunos são apresentados a um grupo de
questões dos mais relevantes vestibulares e do
Enem como forma de testar seus conhecimentos
e como autoavaliação. Elas são organizadas
em quatro seções: Resolvidos, Praticando,
Desenvolvendo habilidades e Complementares.
Dentro de cada uma das seções, as questões são
organizadas por seu grau de dificuldade. Todas
as seções apresentam questões fáceis, médias
e difíceis.
Na seção Desenvolvendo habilidades são
indicadas as competências e habilidades do Enem
exploradas em cada uma das questões.
Na seção Complementares há um grupo maior de
questões, dentre as quais encontram-se questões
desafio, conexões e discursivas.
Ainda na seção de atividades, você irá observar a
presença de QR Codes nas questões das últimas
provas do Enem. Esse QR code irá direcionar os
alunos para um vídeo no qual as questões são
comentadas.
Por fim, os QR Codes presentes ao final da seção de
atividades direcionam os alunos e os professores
aos gabaritos das questões, e os professores a
comentários de apoio e solucionários.

Na coleção 2020, o SAE Digital apresenta novos encartes de Conexões & Contextos para os livros da 1.ª e 2.ª séries.
Os livros apresentam temas 100% atualizados, sempre vinculados à Matriz de Referência do Enem, e são organizados
por área de conhecimento, de forma a garantir uma abordagem interdisciplinar.
No Livro do aluno, os encartes de Conexões & Contextos serão apresentados ao final de cada bloco de componen-
tes da área de conhecimento. Para os professores, o complemento vem junto ao livro de cada um dos componentes
curriculares.

NOVI
DADE

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CONHEÇA OS RECURSOS

DIGITAIS
PLATAFORMA ADAPTATIVA
ENTENDEU A AULA DE HOJE?
A plataforma adaptativa permite que você resolva exercícios encaminhados
pelo professor e revise o conteúdo visto na semana. Veja como é fácil:

Selecione a disciplina disponível e resolva


os 4 exercícios propostos na plataforma.

Caso seu desempenho esteja abaixo


Acesse o site ava.sae.digital
do esperado, você deverá assistir a
e insira seu login e senha.
2 uma videoaula sobre o conteúdo.

1 3
Após assistir à videoaula, 3 questões
4 deverão ser respondidas para finalizar
a tarefa e verificar seu aprendizado.

COMO VOCÊ E SUA FAMÍLIA ACOMPANHAM SEU DESEMPENHO?

Quando alguma atividade da plataforma adaptativa for agendada, aluno e responsável serão comunicados
por meio de um aplicativo. Além de enviar um lembrete da tarefa ao aluno, essa ferramenta permite ao
responsável o acompanhamento, em tempo real, do desempenho do estudante e o momento em que o
exercício é concluído.

As notificações serão enviadas quando:


Dmi T; Omelchenko; photka; Gts; GCapture/Shutterstock

• uma atividade for encaminhada; • Acesse a Play Store (Android) ou a App


Store (IOS) de seu smartphone e faça o
• restarem 24 horas para o encerra-
download do aplicativo SAE NOTIFICA.
mento do período para a atividade;
• No aplicativo, insira seu login e senha
• os exercícios forem resolvidos;
(aluno e responsável, conforme cadas-
• a tarefa não foi realizada. tro da escola).

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ARRASE NO ENEM
Quer acessar centenas de aulas para arrasar no ENEM?
Acesse a plataforma adaptativa com seu login e senha e clique em ARRASE NO ENEM. Você vai
encontrar inúmeras videoaulas com conteúdo completo para o ENEM.
E não acaba aí!
Você poderá contar com roteiros de estudos em formato PDF presentes em cada videoaula disponível.
Também é possível acessar as aulas pelos QRcodes presentes nas aberturas dos módulos.

SAE QUESTÕES
O QUE O ENEM ESTÁ AVALIANDO?
Com o aplicativo SAE QUESTÕES você poderá aprimorar seus estudos solucionando as questões
presentes nas edições da avaliação do ENEM.

TEMAS DA ATUALIDADE
Acessando o item “Atualidades” do aplicativo, é possível acompanhar o canal “DOBRADINHA SAE”, que traz,
semanalmente, um professor de redação juntamente com um professor de outra disciplina debatendo
temáticas da atualidade e dando dicas e sugestões de como escrever e estruturar uma boa redação.

QRCODE NAS QUESTÕES ENEM


As questões do ENEM possuem QR codes. Depois de resolver essas questões, confira o vídeo com a resolução
comentada. Para isso, acesse o item “Leitor QRcode” do aplicativo e posicione a câmera de seu smartphone em frente ao
código da questão. Para ter acesso a esse recurso, basta:

1. Baixar o aplicativo SAE QUESTÕES, disponível na Play Store (Android) e também


na App Store (IOS).

2. Fazer um cadastro informando um e-mail válido e elaborar uma senha de acesso.

SIMULADOR – TABELA PERIÓDICA

Em consonância com o Ano Internacional da Tabela


Periódica dos Elementos Químicos, declarado
pela ONU, apresentamos como Objeto Digital um
simulador da Tabela Periódica, que possibilita ao
aluno e ao professor interagirem de forma dinâmica
e interativa com os 118 elementos químicos.

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 17 10/09/2019 14:28:52


Organize seu estudo
O Ensino Médio é uma importante etapa de sua Outra etapa essencial para seu estudo autônomo
formação escolar e educacional, com a qual o SAE irá ocorre fora da escola: em casa ou em outro ambiente
ajudá-lo a se desenvolver em diferentes dimensões ao destinado a esse fim. Para esses momentos, aconselha-
longo dos três anos que estaremos juntos. -se uma série de atitudes que poderão ser ajustadas e

No entanto, vale salientar que nessa fase é muito proporcionarão um aproveitamento ideal do seu tempo

importante desenvolver um método de estudo. As ha- e energia.

bilidades a serem desenvolvidas e os conhecimentos a O local de estudo deve ser tranquilo e silencioso.
serem adquiridos e consolidados serão mais facilmen- Para que a sua concentração e a retenção do que se
te obtidos com uma metodologia de apoio e uma estra- estuda sejam maiores. Evite sons, música, televisão
tégia de estudo, estabelecidas conforme suas caracte- ou quaisquer outras distrações. Embora não pareça,
rísticas de disponibilidade de tempo, preferências por essas interferências podem atrapalhar, e muito, sua
horários, entre outras variáveis. concentração.

Há diferentes formas de organizar seu tempo Para quaisquer áreas do conhecimento, inicie seu
para estudar além daquele em que você está na sala estudo com uma rápida revisão do que foi desenvol-
de aula com seus professores e colegas. Há quem vido em sala de aula, tanto recorrendo ao seu mate-
prefira estudar assim que chega em casa (ou no am- rial do sistema SAE, quanto às anotações feitas em seu
biente destinado ao estudo), enquanto outros prefe- caderno. Dedique alguns minutos a isso. Em seguida,
rem ocupar-se com outras atividades e iniciar o estu- cumpra as atividades passadas pelos professores: as
do individual mais tarde. É uma opção pessoal. pesquisas da seção de fechamento dos capítulos (se

Entretanto, há determinadas atitudes que pode- houver) e, principalmente, os exercícios propostos.

rão ajudá-lo, independente de quaisquer variáveis. Procure fazer todas as questões ou atividades, pois a

Inicialmente, observe sua postura em sala de aula, du- quantidade deles é programada para que haja a fixa-

rante os trabalhos feitos em classe. ção dos conteúdos.

Ao iniciar as aulas, faça um “aquecimento” do con- O tempo de estudo também é muito importante.

teúdo: enquanto o professor prepara o ambiente de Procure destinar ao menos meia hora de estudo em

trabalho, realize uma rápida leitura daquilo que será casa para cada aula dada em sala de aula. Com isso, os

exposto na aula. Isso o ajudará a entender melhor os conteúdos a serem estudados não se acumulam e você

conteúdos e a sequência de ideias. Além disso, reco- evita trabalhos mais intensos e desgastantes nas datas

menda-se usar um caderno de anotações. Anotar os que antecedem as avaliações.

apontamentos feitos pelo professor é indispensável Lembre-se de que método de estudo é algo desen-
para seu estudo posterior. volvido individualmente e pode passar por ajustes.
Contudo nada substitui o trabalho feito pelo aluno so-
mado àquele desenvolvido na escola.

Bom estudo!

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Anotações

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MATEMÁTICA
1
SUMÁRI LIVRO
ATIVIDADES EXTRAS
1. Faça o download do aplicativo SAE
Questões ou qualquer aplicativo
de leitura QR Code.
2. Abra o aplicativo e aponte para o QR
Code ao lado.
3. As atividades extras desta disciplina
serão exibidas em sua tela.

Frente A

229
Razão e Proporção

241Equações e

251
Teoria de
sistemas lineares

conjuntos
266
Relações e funções

Frente B

278
Introdução à
Habilidades

• H3 - Resolver situação-problema envolvendo


conhecimentos numéricos.
geometria plana
292 Polígonos I
• H10 - Identificar relações entre grandezas e
unidades de medida.
• H12 - Resolver situação-problema que envolva

302
medidas de grandezas.
• H15 - Identificar a relação de dependência
entre grandezas.
Polígonos II

311
Triângulos I
• H16 - Resolver situação-problema envolvendo
a variação de grandezas, direta ou inversamente
proporcionais.
• H17 - Analisar informações envolvendo a
variação de grandezas como recurso para a
construção de argumentação.

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 228 10/09/2019 14:28:55


01
A_
Vic
tor

AT_
ia
Ka

_M
0_1
Razão e Proporção

lin
EM2

in
a/
S hu
ttersto
ck
Razão • Proporção • Regra de Três • Porcentagem
Matemática
mód. 01/16

Grandezas
e razões
Proporção
Divisão
proporcional
Regra de três Porcentagem

01
START
Saiba mais
mai

Cozinha proporcional Proporção


Existe um valor, chamado
Diversas situações do cotidiano se relacionam com o conteúdo de proporções. Por exemplo: proporção áurea, que é uma
constante real algébrica
questões financeiras, divisão de comida, construção civil etc. Uma situação em que é comum o uso de
irracional. Ela aparece em
proporções é na culinária. No cotidiano, nem sempre as refeições servem todas as pessoas presentes vários lugares na natureza.
e muitas vezes é preciso cozinhar mais para que seja suficiente. Além disso, existem outras
coincidências (ou não)
Observe esta receita de pão de queijo, cujo rendimento é de 100 unidades:
apontadas por estudiosos e
amantes da razão:
• Os espirais de um
1 e meia xícara (chá) de leite integral caracol aumentam
de tamanho em uma
meia xícara (chá) de óleo proporção de 1,618.
• As espirais das sementes
meio quilo de polvilho doce de um girassol aumen-
tam o tamanho em uma
2 ovos ligeiramente batidos proporção de 1,618.
• As folhas de uma
3 xícaras (chá) de queijo meia cura ralado árvore diminuem à
medida que subimos na
proporção de 1,618.
Supondo que para o café da manhã em uma convenção foram convidadas 50 pessoas e consi- • A proporção de abelhas
fêmeas em relação a
derando que cada pessoa come até 4 pães de queijo, seriam necessários 200 pães de queijo para abelhas machos numa
satisfazer os convidados. colmeia é de 1,618.
Note que a receita é para apenas 100 unidades, desta forma seria preciso aumentar a receita • No corpo humano, se
proporcionalmente duas vezes para se obter 200 pães de queijo. dividirmos a altura do
corpo com a distância
entre o umbigo até o
Considerando a receita de pão de queijo apresentada anteriormente e que um buffet tenha sido contratado chão, encontraremos o
para servir 7 pães de queijo para cada participante em um café da manhã com 250 convidados, responda às número 1,618, aproxi-
questões a seguir. madamente.
a) Quantas vezes o número de unidades a serem produzidas é maior do que a quantidade que a receita rende? • As estrelas diante de
O que isso quer dizer? um astro principal
se distribuem numa
2,5 ou duas vezes e meia. Espera-se que os alunos notem que a quantidade de pães aumentou e que isso também indica que deve espiral que segue uma
proporção de 1,618.
haver aumento dos ingredientes.

b) Quanto seria necessário de cada ingrediente para atender aos convidados desta festa?
Os alunos devem dobrar a quantidade de ingredientes e, ainda, adicionar metade da quantidade

de ingredientes da receita original, ou seja, 2,5 vezes a quantidade de ingredientes inicial.

c) Pesquise sobre a proporção áurea e converse com seus colegas se ela é


verdadeira. Se possível, elaborem uma apresentação sobre o assunto.
Professor: Proporção é um assunto que pode vir a gerar muitas dúvidas, por isso é importante reforçar
estes conceitos. Após a leitura do conteúdo, que pode ser feita juntamente com os alunos ou de ma-
neira individual, é interessante orientá-los quanto à realização da atividade. Explicando o que se pede,
reserve um tempo razoável para que eles possam raciocinar sobre a proporção envolvida.
Em proporção áurea oriente os alunos sobre o assunto, ajude-os a acharem fontes seguras. A ideia de
refutação da proporção áurea é um tema atual e deve ser levado em consideração.
Marcelo_Krelling/Shutterstock
MAT A 229

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 229 10/09/2019 14:29:00


Razão
Chamamos de razão a relação existente entre dois valores de uma mesma grandeza.
a
Tal relação é dada pelo quociente , onde a, b ∈  e b ≠ 0. Em outras palavras, a razão entre dois
b
números é a divisão entre o primeiro e o segundo.
 Exemplos:
1) Qual é a razão entre 2 e 3?
2 3
2) Qual é a razão entre e ?
3 5
Solução:
2
1)
3
2
3 2 5 10
2)   
3 3 3 9
5

Proporção
Chamamos de proporção a igualdade de duas ou mais razões.

Propriedades
Sejam a, b, c e d reais com b ≠ 0 e d ≠ 0.
Resolva
A figura mostra um pentá- a c
1) Se = , então ad = bc.
gono regular estrelado. b d
A
a c a b
2) Se = , então = .
b d c d
M R a c ac a c
E B 3) Se = , então   .
b d bd b d
N Q
a c ab c d ab c d
4) Se = , então  (se a ≠ 0 e c ≠ 0) ou  .
P b d a c b d
D C a c ac a2 c2
5) Se = , então = = .
Algumas medidas são:
b d bd b2 d2
AD = 7,6 cm  Exemplos:
AN = 4,7 cm k2 k
1) Determine o valor de k na expressão  .
AM = 2,9 cm 5 7
Solução:
Usando essas medidas, cal-
cule, com uma casa decimal, Aplicando a propriedade 1, temos
as seguintes razões: 7(k – 2) = 5k ⇒ 7k – 14 = 5k ⇒ 2k = 14 ⇒ k = 7.
AD AN a b c
e 2) Determine a, b e c sabendo que = = e que a + b + c = 26.
NA AM
5 2 6
Solução:
Professor, comente com os alunos a b c a  b  c 26
que se as medidas dos segmentos A partir da terceira propriedade, temos     2.
tivessem sido feitas com um
5 2 6 5  2  6 13
instrumento de maior precisão,
Portanto,
a razão obtida com três casas a
decimais seria 1,618.  2  a  10
Há mais de 500 anos antes de 5
Cristo, os gregos, estudando o b
pentágono regular estrelado, des- 2b4
cobriram essa razão e deram-lhe 2
o nome de número áureo ou c
número de ouro.  2  c  12
6
AD 7,6 cm 7,6
= = = 1,6
NA 4,7 cm 4,7
AN 4,7 cm 4,7
= = = 1,6
AM 2,9 cm 2,9

230 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 230 10/09/2019 14:29:02


3) A razão entre dois números é
5
2
e o produto Divisão proporcional
deles é 1 000. Determine esses números sabendo A divisão de um número em partes direta-
que eles são positivos. mente proporcionais a outros números for-
Solução: necidos consiste na determinação das parcelas
x 5 x y xy x 2 y 2 que são diretamente proporcionais a cada Saiba mais
= ⇒ = ⇒ = = um dos números dados, que, quando soma- Os conjuntos {a1, a2, ..., an}
y 2 5 2 10 25 4
das, totalizam o número original dado. e {b1, b2, ...,bn} representam
(multiplicando ambos os membros da igual- números em proporção
A divisão de um número em partes inver- direta se, e somente se, os
x y x y samente proporcionais a outros números for-
dade = por e , obtêm-se o último conjuntos
5 2 5 2 necidos consiste na determinação das parcelas 1 1 1
par de igualdades). {a1, a2, ..., an} e  , ,..., 
que são diretamente proporcionais ao inverso  b1 b2 bn 
de cada um dos números dados, que, quando representam números em
Então, como xy = 1000, proporção inversa. Usare-
somadas, totalizam o número original dado.
1000 x 2 mos esse fato para resolver
= ⇒ x 2 = 2500 ⇒ x = 50  Exemplos: problemas de divisão pro-
10 25 porcional composta.
1000 y 2 1) Divida o número 140 em partes diretamente
= ⇒ y 2 = 400 ⇒ y = 20
10 4 proporcionais aos números 8, 12 e 15.

Números proporcionais
Solução:
Devemos achar três números x, y e z de tal
forma que os conjuntos {x, y, z} e {8, 12, 15}
Considere dois conjuntos de números: representem números diretamente proporcio-
{a1, a2 , ..., an} e {b1, b2 , ..., b n}. Dizemos que esses nais e x + y + z = 140. Para isso, temos
números são:
x y z x+ y+z x y z
a) diretamente proporcionais se = = ⇒ = = =
8 12 15 35 8 12 15

a1 a2 an Então,
= = ...
= = k
b1 b2 bn 140 x
= ⇒ x = 32
35 8
140 y
em que k é chamado de constante de = ⇒ y = 48
proporcionalidade. 35 12
140 z
b) inversamente proporcionais se = ⇒ x = 60
35 15

a1 · b1 = a2 · b2 = ... = an · b n = k 2) Divida o número 180 em três partes inversamen-


te proporcionais aos números 6, 8 e 12.
em que k é chamado de constante de Solução:
Devemos achar três números x, y e z de tal
proporcionalidade inversa.
forma que os conjuntos {x, y, z} e {6, 8, 12}
 Exemplos: representem números inversamente propor-
cionais e x + y + z = 180. Para isso, temos Observação
1) Determine n e p sabendo que os conjuntos
{2, n, 12} e {3, 9, p} representam números direta- x · 6 = y · 8 = z · 12. Para dividirmos um número
mente proporcionais. Agora, dividimos tudo por MMC (6, 8, 12) = 24. em partes diretamente
proporcionais a {a1, a2, ...,
Solução: x y z x+ y+z x y z an} e {b1, b2, ...,bn}, basta
= = ⇒ = = =
Como os números estão em proporção dire- 4 3 2 9 4 3 2 dividir o número em partes
2 n 12 x y x z y xz+ y + z x y z
180 proporcionais aos respec-
ta, podemos escrever = = . = = = = ⇒= = = = tivos produtos, ou seja, a
3 9 p 49 3 4 2 3 2 9 4 3 2
{a1b1, a2b2,...., anbn}.
Então, 180 x x y z
20 = = ⇒=x = =80
Portanto,
2 n 9 44 3 2
= ⇒ 18 = 3n ⇒ n = 6 e
x
3 9 20 == y ⇒
20 ⇒ yx = 60
80
2 12 34
= ⇒ 2 p = 36 ⇒ p = 18
3 p zy ⇒ y = 60
220
0 == ⇒ z = 40
2) Determine K e L sabendo que os conjuntos {9, 6, 23
z
L, 2} e {8, K, 4, 36} representam números inversa- 20 = ⇒ z = 40
mente proporcionais. 2
Solução: 3) Faça a divisão de 981 em partes diretamente
Como os números estão em proporção inver- proporcionais a 2, 6 e 3 e inversamente propor-
sa, podemos escrever cionais a 5, 9 e 4, respectivamente.
9 · 8 = 6 · K = L · 4 = 2 · 36.
Então,
72 = 6 · K K = 12 e L · 4 = 72 L = 18.

MAT A 231

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 231 10/09/2019 14:29:05


Solução: Temos, então,
Observação
Aqui temos um problema de divisão pro- 2 6 3
Para razões inversamente k   k   k   981  k  540
proporcionais pode-se
porcional composta. Chamando de pi cada 5 9 4
inverter qualquer uma das uma das partes, temos, de acordo com o
enunciado, Logo, as partes procuradas são:
razões para que a proporção
seja considerada no cálculo. 2
p1  k  2
p1  540   216
5 5
6 6
p2  k  p2  540   360
9 9
3 3
p3  k  p3  540   405
4 4
p1  p2  p3  981

Regra de três
É um método utilizado para calcular os da- Solução:
dos referentes a grandezas proporcionais. Para montar a tabela, primeiramente, é preciso
notar que quanto menos pedreiros trabalhando,
Regra de três simples mais dias de trabalho são necessários. Logo, as
grandezas são inversamente proporcionais.
Na prática, resolver uma regra de três sim- pedreiros dias
ples é calcular o quarto termo de uma pro- 30 90
porção, em que os três primeiros termos são 10 x
conhecidos.
 Exemplo: Desse modo, escrevemos a proporção equivalente
30 x
João lê 10 livros em 360 dias. Proporcionalmente, = , mas invertendo uma das razões.
10 90
quantos livros ele lê em 306 dias? Simplificando e usando a propriedade fundamen-
Solução: tal das proporções, tem-se x = 270.
Monta-se uma tabela com os dados do problema. Portanto, 10 pedreiros levariam 270 dias para
As flechas indicam que as grandezas são direta- construir a mesma casa.
mente proporcionais, pois, quanto mais livros,
mais dias serão necessários para realizar a leitura. Regra prática

livros dias As grandezas são inversamente propor-


10 360 cionais se
x 306 mais implica menos
menos implica mais
Desse modo, podemos escrever a proporção

Regra de três composta


10 360
equivalente: = . Simplificando e usando a
x 306
propriedade fundamental das proporções, tem-se
20x = 170, ou seja, x = 8,5. É uma extensão da regra de três simples.
Usada para organizar os dados de 3 ou mais
Portanto, João lê 8 livros e meio em 306 dias.
grandezas proporcionais para calcular o valor
Regra prática desconhecido.
As grandezas são diretamente proporcio-  Exemplo:
nais se Para fabricar 10 colares, 10 funcionários precisam
mais implica mais de 5 horas de trabalho. Quantos funcionários
menos implica menos serão precisos, proporcionalmente, para fabricar
o dobro da quantidade de colares com a metade
do tempo?

Regra de três inversa Solução:


Primeiramente, analisam-se as grandezas, com-
Agora estudaremos, através de um exem- parando a quantidade de funcionários com as
plo, a regra de três inversa. Veja a seguir. outras: quanto mais funcionários, mais colares
 Exemplo: podem ser fabricados e, por sua vez, quanto mais
30 pedreiros constroem uma casa em 90 dias. funcionários, menos tempo de trabalho é preciso.
Proporcionalmente, quantos dias seriam neces- colares funcionários horas
sários para a construção da mesma casa se 20 10 10 5
pedreiros fossem despedidos? 20 x 2,5

232 MAT A 232

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 232 10/09/2019 14:29:05


Desse modo, podemos escrever a proporção Curiosidade
10 10 2 , 5 Regra prática
equivalente   , mas invertendo as As porcentagens estão
x 20 5 1) Tomar uma grandeza para analisar as muito presentes no nosso
razões inversas. Simplificando e usando a pro- demais a partir dela. cotidiano, por exemplo, nos
priedade fundamental das proporções, tem-se juros cobrados e nas com-
2) Escrever a proporção correspondente, pras a prazo. Veremos, ainda
2,5x = 100, ou seja, x = 40. invertendo as razões inversas. este ano, juros simples e
3) Usar a propriedade das proporções compostos.
Portanto, são necessários 40 funcionários para
fabricar 20 colares com 2,5 horas de trabalho. destacada na página anterior.

Porcentagem
Porcentagem é a razão cujo denominador é Solução:
igual a 100. Representamos uma porcentagem 12
12% de 250 = · 250 = 30.
pelo símbolo %. Por exemplo, quando escreve- 100
Logo, o desconto máximo é R$30,00.
mos 25% (lê-se: 25 por cento) estamos nos refe-
25 1
rindo à razão
100
ou, simplificando, .
4
Vejamos alguns exemplos de porcentagem
Problemas “tipo torneira”
com sua forma fracionária e decimal. Um tipo de problema comum é o que en-
volve torneiras enchendo juntas um recipiente.
 Exemplos: Para resolver esses problemas é necessário
20 1 calcular quanto cada uma das torneiras enche
1) 20% = = = 0,2
100 5 sozinha em uma mesma unidade de tempo.
75 3 Para achar quanto as torneiras encherão jun-
2) 75% = = = 0,75
100 4 tas naquela unidade de tempo basta somar os
100 valores de cada uma delas.
3) 100% = =1
100 Há diversos outros problemas que en-
Vamos entender o significado de porcen- volvem ideias similares e são resolvidos pelo
tagem. O que quer dizer, por exemplo, 25%? mesmo método.
25
Sabemos que 25% corresponde à fração ,  Exemplos:
100
ou seja, a cada 100, queremos 25. Então, 30%, 1) Uma torneira sozinha enche um tanque em
por exemplo, significa tomar 30 a cada 100. duas horas e outra também sozinha enche o
mesmo tanque em três horas. Quanto tempo as
Desse modo, se nos perguntarmos "quanto é
duas torneiras juntas levam para encher o tan-
40% de 200", podemos responder que 40% re- que?
presenta 40 a cada 100 e, como em 200 “cabem
Solução:
dois 100", temos que 40% de 200 é 80.
Deve-se observar que em uma hora a primei-
O mesmo seria obtido simplesmente pela 1
40 ra torneira sozinha enche do tanque e a
multiplicação da fração por 200. 2
100 1
segunda do tanque. Logo, as duas juntas,
 Exemplos: 3
1) Calcule as porcentagens: 1 1
em uma hora, encherão + do tanque.
a) 20% de 300; 2 3
Assim, teremos:
b) 45% de 250;
Solução: 1 1 6
    t 1  t  1h12 min
20 2 3 5
a) · 300 = 20 · 3 = 60
100 2) Uma torneira, aberta só, enche uma tanque em
45 45 5 horas e outra, igualmente só, o enche em seis
b) · 250 = · 25 = 112,5
100 10 horas. Por outro lado um ralo aberto esvazia o
2) Um produto que custava R$40,00 sofreu mesmo tanque em 10 horas. Estando o tanque
um acréscimo de 20%. Qual é o novo preço inicialmente vazio e abertas as duas torneiras e
do produto? o ralo, em quanto tempo o tanque estará cheio?
Solução: Solução:
20
20% de 40 = · 40 = 8. 1
100 1.ª torneira enche do tanque em 1 hora.
5
Logo, a mercadoria passou a custar R$48,00.
1
3) Um comerciante oferece um desconto de até 2.ª torneira enche do tanque em 1 hora.
6
12% se o cliente pagar à vista. Qual o maior des- 1
conto que se pode ganhar na compra à vista de O ralo esvazia do tanque em 1 hora.
uma mercadoria que custa R$250,00? 10

MAT A 233

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 233 10/09/2019 14:29:06


Logo, temos: Para saber mais

1 1 1  30
 + −  ⋅ t =1 ⇔ t = = 3 ,75 h = 3h45 min Qual a diferença entre porcentagem e
 5 6 10  8
percentagem?
3) (Enem-2013) Uma indústria tem um reservatório de água com
capacidade para 900 m3. Quando há necessidade de limpeza do Inicialmente, é preciso deixar claro que os dois ter-
reservatório, toda a água precisa ser escoada. O escoamento da mos referem-se à mesma coisa: a fração de um número
água é feito por seis ralos, e dura 6 horas quando o reservatório inteiro expressa em centésimos. As expressões, en-
está cheio. Esta indústria construirá um novo reservatório, com tretanto, ingressaram por caminhos distintos no cha-
capacidade de 500 m3, cujo escoamento da água deverá ser rea- mado Português Brasileiro. O vocábulo “percentagem”
lizado em 4 horas, quando o reservatório estiver cheio. Os ralos foi adaptado do termo inglês percentage. Este, por sua
utilizados no novo reservatório deverão ser idênticos aos do já vez, teria sido originado de per cent , derivado do latim
existente.
per centum. Segundo o Dicionário Houaiss, o termo
A quantidade de ralos do novo reservatório deverá ser igual percentagem, o mais antigo, teria sido adotado na
a
Língua Portuguesa ainda no século 19, a partir de
a) 2. d) 8. 1858. “Porcentagem”, por sua vez, é considerado um
b) 4. e) 9. abrasileiramento surgido da locução “por cento”, de
c) 5. uso corrente na língua portuguesa. Apesar de possi-
Solução: velmente ter sido cunhada no Brasil, a palavra também
é utilizada em Portugal, por influência do termo pour-
1.º Devemos observar a quantidade de grandezas no pro-
blema, neste caso, são três: capacidade, ralos e o tempo de centage, do idioma francês. [...]
escoamento. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-
2.º 900 m³ de capacidade para 6 ralos em 6h. portuguesa/fundamentos/qual-diferenca-porcentagem-
percentagem-502947.shtml. Acesso em: 12 ago. 2019.
3.º 500 m³ de capacidade para escoar em 4h. Queremos
descobrir a quantidade de ralos.
4.º
Capacidade (m³) Ralos Tempo (horas)
900 6 6
500 X 4

Analisando, duas grandezas são diretamente proporcio-


nais, a capacidade e quantidade de ralos, e o tempo de
escoamento é inversamente proporcional. Portanto, para
o cálculo devemos inverter a grandeza escoamento e mul-
tiplicar as demais.
6 900 4
5.º = ⋅
x 500 6
6 18
=
x 15
18 · x = 6 · 15 ·

90
x=
18
x=5
6.º Precisará de 5 ralos novos. Letra C.
Andrey_Popov/Shutterstock

234 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 234 10/09/2019 14:29:08


MATEMÁTICA E NATUREZA

Saiba mais
O termo albinismo é originário do latim Albus (alvo, branco), também pode ser usada a palavra hipo- A cada 13 de junho, o mundo
pigmentação (pouco pigmento). O albinismo é considerado um distúrbio genético de herança autossômica é lembrado de que pessoas
recessiva, ou seja, pai e mãe têm que carregar o alelo recessivo (o gene se expressa somente aos pares, re- com albinismo merecem
ter seus direitos à vida e
presentado por aa), porém pode não se manifestar numa geração em que o indivíduo produz a Tirosina à segurança protegidos.
(aminoácido que compõe a melanina, e tem como função distribuir a cor pelo corpo e proteger a pele), Pessoas com albinismo
representada pelo A, quando esta é normal, e afetada é representada pelo a. frequentemente sofrem
desafios e obstáculos para
seus direitos humanos, de
SOARES, R. C. P.; GUIMARÃES, C. M. Albinismo: aspectos sociais e necessidades de políticas públicas. Disponível estigmas e discriminações a
em: file:///C:/Users/everson.caetano/Desktop/3813-11020-1-PB.pdf. Acesso em: 19 ago. 2019. barreiras no acesso à saúde
e à educação. No Dia Inter-
Muitas vezes, para determinar se o indivíduo possui ou não o gene de determinada caracterís- nacional de Conscientização
tica, usa-se o cruzamento teste para verificar, veja a figura a seguir. sobre o Albinismo, é preciso
“reconhecer, celebrar e se
solidarizar com pessoas

Lera Efremova/Shutterstock
indivíduo normal indivíduo normal com albinismo ao redor

X
do mundo”.
gene albino ONU: é preciso reconhecer, celebrar

Aa Aa
e se solidarizar com pessoas com
albinismo. Disponível em: https://
nacoesunidas.org/onu-e-preciso-
gene normal reconhecer-celebrar-e-se-solidarizar-
com-pessoas-com-albinismo/. Acesso
(dominante) em: 19 ago. 2019.

A a AA
indivíduos
Professor: O texto inicial deve
ser trabalhado de modo que os
alunos relembrem como é feita a
normais porcentagem para descobrir os

A AA Aa Aa
genótipos e fenótipos, já vistos
anteriormente em ciências no 9º
ano. Além disso, tais características
como razão e proporção devem
ser questionadas quanto ao uso

a Aa aa aa
no cotidiano, levando-os a pensar
indivíduo sobre situações em que eles já
albino utilizaram esse conteúdo.

O albinismo é uma doença recessiva, ou seja, o gene dominante A indica a produção normal
e o recessivo a diz respeito à um déficit na produção de melanina. Logo, pessoas cujos genes são
homozigotos recessivos terão albinismo e para os heterozigotos ou homozigotos dominantes te-
rão a produção de melanina normal.
Levando em consideração o gene do albinismo, que é uma doença recessiva em que a pessoa
tem déficit na produção de melanina. O gene dominante A condiciona pigmentação normal da
pele e seu alelo a condiciona a ausência de pigmento. Portanto, indivíduos albinos são sempre
homozigotos recessivos para esse caráter.
Complete as porcentagens pedidas na tabela abaixo:

Probabilidade em porcentagens
Genótipos dos Pais
Genotípica Fenotípica

AA x AA __________%
100 AA __________%
100 normal, __________%
0 albino

AA x Aa __________%
50 AA, __________%
50 Aa __________%
100 normal, __________%
0 albino

AA x aa __________%
100 Aa __________%
100 normal, __________%
0 albino

Aa x aa __________%
50 Aa, __________%
50 aa __________%
50 normal, __________%
50 albino

Aa x Aa ________% AA,
25 ________%
50 Aa, ________%
25 aa __________%
75 normal, __________%
25 albino

aa x aa __________%
100 aa __________%
0 normal, __________%
100 albino

MAT A 235

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 235 10/09/2019 14:29:09


Resolvidos Praticando
2 5
1. (IFSP) Em uma maquete de um condomínio, um de seus prédios 1. Qual é a razão entre as razões e ?
de 80 metros de altura está com apenas 48 centímetros. A altura 5 2
de um outro prédio de 110 metros nessa maquete, mantidas as 2
devidas proporções, em centímetros, será de: 5 =2⋅2= 4
5 5 5 25
a) 56 d) 72 2
b) 60 e) 78
c) 66
 Solução: C
Temos que “80 está para 48”, assim como “110 está para x”:
80 ----------- 48
110 ----------- x
2. Calcule:
Dessa forma, temos que 80x = 5 280 ⇒ x = 66.
a) 25% de 70
2. Sete operários constroem 40 metros de muro em 18 dias, traba- b) 45% de 1250
lhando 12 horas por dia. Em quanto tempo 12 operários construirão c) 120% de 280
30 metros de muro trabalhando 9 horas por dia?
d) 75% de 75%
 Solução:
operários metros dias h por dia a) 25% de 70 = 0,25 · 70 = 17,5
b) 45% de 1250 = 0,45 · 1250 = 562,5
c) 120% de 280 = 1,2 · 280 = 336
7 40 18 12
d) 75% de 75% = 0,75 · 0,75 = 0,5625
12 30 x 9
Nesse caso, as grandezas operários e h por dia estão em proporção
inversa à grandeza dia, enquanto a grandeza metros está em pro-
porção direta com dia. Assim, podemos escrever:
18 12 40 9
= ⋅ ⋅ ⇔ 12 x = 7 ⋅ 18 ⇔ x =10 , 5 dias
x 7 30 12
3. (ESPM) Uma pessoa fez um investimento em ações. No primeiro 3. Paulo consegue estudar 6 páginas de um texto por hora. Quantas
semestre, ela perdeu 30% do capital aplicado e no segundo se- horas Paulo levará para estudar o livro inteiro, que possui 480
mestre ela recuperou 60% do que havia perdido. Em relação ao páginas?
investimento inicial, seu prejuízo nesses 2 semestres foi de:
6 páginas ----------- 1 hora
a) 22% d) 24% 480 páginas ----------- x horas
b) 12% e) 16% ⇒ 6x = 480 ⇒ x = 80 horas

c) 18%
 Solução: B
Suponhamos que x é o investimento inicial. Dessa forma, após a perda
do primeiro semestre, a pessoa terá 0,7x do seu capital inicial. Se no
segundo semestre ela recuperou 60% do que havia perdido, o valor
recuperado é dado por (x – 0,7x) · 0,6 = 0,18x. Dessa forma, nesses dois
semestres a pessoa ficou com 0,88x, ou seja, teve um prejuízo de 12%.
4. Divida o número 450 em partes diretamente proporcionais a 1,
4. (PUC-Rio) Em março, um modelo de geladeira custava R$1.000,00. 5, 9 e 15.
Em abril, o preço subiu 5% em relação a março. Em maio, caiu 10% x + y + z + w = 450.
em relação a abril e, em junho, voltou a subir 5% em relação a maio. x y z w x+y+z+w
= = = =
Qual é o preço da geladeira em junho? 1 5 9 15 30

a) R$992,25 Então,
 450
b) R$1.000,00 x = 30 = 15

c) R$990,05  y = 450 ⇒ y = 75
x y z w 450  5 30
d) R$993,50 = = = = ⇒
1 5 9 15 30  z = 450 ⇒ z = 135
e) R$1.001,00  9 30
 w 450
 Solução: A  = ⇒ w = 225
15 30
Se a geladeira teve um acréscimo de 5% de março para abril, o preço 5. Divida o número 360 em partes inversamente proporcionais a 3,
novo da geladeira é, em reais,1 000 + 5%(1 000) = 1 000 + 50 = 1 050. Se 4 e 6. x + y + z = 360
o preço da geladeira caiu 10% em maio, temos que o valor da mesma
x y z
nesse mês era dado, também em reais, por 1 050 · 0,9 = 945. Se em x ⋅3 = 4⋅y = 6⋅z ⇒ = =
4 3 2
junho subiu 5% em relação a maio, temos que o valor em junho da  360 x
geladeira é 945 + 0,05(945) = 945 + 47,25 = 992,25.  9 = 4 ⇒ x = 160

Então, x + y + z = x = y = z ⇒  360 = y ⇒ y = 120
9 4 3 2  9 3
 360 z
 = ⇒ z = 80
 9 2

236 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 236 10/09/2019 14:29:13


6. Em uma loja, uma jaqueta custava R$500,00. Como uma nova co- 2. C1:H3 (Enem-2016) Um paciente necessita de reidra-
leção estava chegando, um desconto de 15% foi dado na jaqueta. tação endovenosa feita por meio de cinco frascos de
Contudo, ela não foi vendida e a loja resolveu dar mais um desconto soro durante 24h. Cada frasco tem um volume de
de 10%. Foi então que Cleusa comprou a jaqueta. 800  mL de soro. Nas primeiras quatro horas, deverá
a) Quanto Cleusa pagou na jaqueta? receber 40% do total a ser aplicado. Cada mililitro de soro corres-
500 · (1 – 0,15) = 500 · 0,85 = 425 ponde a 12 gotas.
425 · (1 – 0,1) = 425 · 0,9 = 382,5
Cleusa pagou R$382,50 na jaqueta.
O número de gotas por minuto que o paciente deverá receber após
as quatro primeiras horas será
b) Se a loja tivesse dado um único desconto de modo que a a) 16 d) 34
jaqueta custasse o mesmo após os dois descontos, de quanto b) 20 e) 40
teria que ser esse desconto?
c) 24
1 · 0,85 · 0,90 = 0,765 = 76,5%.
Logo, equivale a um único desconto de 76,5%. 3. C1:H3 (Enem-2014) Uma ponte precisa ser dimensio-
nada de forma que possa ter três pontos de sustentação.
Sabe-se que a carga máxima suportada pela ponte será
7. Quatro pedreiros levam 18 dias para construir uma parede com
de 12t. O ponto de sustentação central receberá 60%
4 m de altura. Trabalhando 6 pedreiros e aumentando a altura para
da carga da ponte, e o restante da carga será distribuído igualmente
8 m, qual será o tempo necessário para completar essa parede?
entre os outros dos pontos de sustentação.
Primeiramente, colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Em seguida,
vamos inserir flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a No caso de carga máxima, as cargas recebidas pelos três pontos
incógnita e discordantes para as inversamente proporcionais, como mostra o esquema de sustentação serão, respectivamente,
a seguir:
a) 1,8t; 8,4t; 1,8t.
pedreiros altura dias
b) 3,0t; 6,0t; 3,0t.
4 4 18
6 8 x c) 2,4t; 7,2t; 2,4t.
d) 3,6t; 4,8t; 3,6t.
18 4 6
= ⋅ ⇔ 24x = 576 ⇔ x =24
x 8 4 e) 4,2t; 3,6t; 4,2t.
Logo, para completar essa parede serão necessários 24 dias. 4. C1:H3 (Enem-2014) Boliche é um jogo em que se arre-
messa uma bola sobre uma pista para atingir dez pinos,
8. Numa fábrica de brinquedos, 16 funcionários produzem 40 bonecas dispostos em uma formação de base triangular, bus-
em 10 dias. Quantas bonecas serão montadas por 8 funcionários cando derrubar o maior número de pinos. A razão entre
em 32 dias? o total de vezes em que um jogador derruba todos os pinos e o
número de jogadas determina o seu desempenho.
Funcionários Bonecas Dias Em uma disputa entre cinco jogadores, foram obtidos os seguintes
16 40 10 resultados:
8 x 32 • Jogador I – Derrubou todos os pinos 50 vezes em 85 jogadas.
Perceba que aumentando o número de funcionários, a produção de bonecas aumenta. • Jogador II – Derrubou todos os pinos 40 vezes em 65 jogadas.
Portanto, a relação é diretamente proporcional. Além disso, aumentando o número
de dias, a produção de bonecas aumenta. Portanto, a relação também é diretamente • Jogador III – Derrubou todos os pinos 20 vezes em 65 jogadas.
proporcional.
Assim, devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões.
• Jogador IV – Derrubou todos os pinos 30 vezes em 40 jogadas.
40 16 10 • Jogador V – Derrubou todos os pinos 48 vezes em 90 jogadas.
= ⋅ ⇔ 160x = 10 240 ⇔ x = 64
x 8 32 Qual desses jogadores apresentou maior desempenho?
Logo, são fabricadas 64 bonecas. a) I d) IV
b) II e) V
Desenvolvendo Habilidades
c) III
1. C1:H3 (Enem-2016) O veículo terrestre mais veloz já 5. C1:H3 (UERJ-2014 – adap.)
fabricado até hoje é o Sonic Wind LSRV, que está sendo
preparado para atingir a velocidade de 3 000 km/h. Ele
é mais veloz do que o Concorde, um dos aviões de
passageiros mais rápidos já feitos, que alcança 2 330 km/h.

Jim Davis. Disponível em: blog.estantevirtual.com.br.


O personagem da tira diz que, quando ameaçado, o comprimento
Para uma distância fixa, a velocidade e o tempo são inversamente de seu peixe aumenta 50 vezes, ou seja, 5 000%. Admita que, após
proporcionais. uma ameaça, o comprimento desse peixe atinge 1,53 metros.
BASILIO, A. Galileu, mar. 2012. Adaptado. O comprimento original do peixe, em centímetros, corresponde a:
Para percorrer uma distância de 1 000 km, o valor mais próximo a) 2,50
da diferença, em minuto, entre os tempos gastos pelo Sonic Wind b) 2,75
LSRV e pelo Concorde, em suas velocidades máximas, é
c) 3,00
a) 0,1 d) 11,2
d) 3,25
b) 0,7 e) 40,2
e) 3,50
c) 6,0

MAT A 237

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 237 10/09/2019 14:29:17


6. C1:H3 (Enem-2016) Num mapa com escala 1 : 250 000, 9. C1:H3 (Enem-2013) A figura apresenta dois mapas, em
a distância entre as cidades A e B é de 13 cm. Num outro que o estado do Rio de Janeiro é visto em diferentes
mapa, com escala 1 : 300 000, a distância entre as cida- escalas.
des A e C é de 10 cm.
Em um terceiro mapa, com escala 1 : 500 000 a distância entre as
cidades A e D é de 9 cm. As distâncias reais entre a cidade A e as
cidades B, C e D são, respectivamente, iguais a X, Y e Z (na mesma
unidade de comprimento).
As distâncias X, Y e Z, em ordem crescente, estão dadas em
a) X, Y, Z
b) Y, X, Z
c) Y, Z, X
d) Z, X, Y
e) Z, Y, X
7. C1:H3 (Enem-2015) A expressão “Fórmula de Young” é
utilizada para calcular  a dose infantil de um medica-
mento, dada a dose do adulto: Há interesse em estimar o número de vezes que foi ampliada a área
correspondente a este estado no mapa do Brasil.
idade da criança (em anos) Esse número é:
dose de criança = · dose de adulto
idade da criança (em anos) + 12 a) menor que 10.
Uma enfermeira deve administrar um medicamento X a  uma b) maior que 10 e menor que 20.
criança inconsciente, cuja dosagem de adulto é de 60 mg. A en- c) maior que 20 e menor que 30.
fermeira não consegue descobrir onde está registrada a idade da
d) maior que 30 e menor que 40.
criança no prontuário, mas identifica que, algumas horas antes, foi
administrada a ela uma dose de 14 mg de um medicamento Y, cuja e) maior que 40.
dosagem de adulto é 42 mg. Sabe-se que a dose da medicação Y 10. C1:H3 (Enem-2016) Para a construção de isolamento
administrada à criança estava correta. acústico numa parede cuja área mede 9 m2, sabe-se
Então, a enfermeira deverá ministrar uma dosagem do  medica- que, se a fonte sonora estiver a 3 m do plano da parede,
mento X, em miligramas, igual a o custo é de R$500,00. Nesse tipo de isolamento, a es-
a) 15 pessura do material que reveste a parede é inversamente propor-
b) 20 cional ao quadrado da distância até a fonte sonora, e o custo é
diretamente proporcional ao volume do material do
c) 30 revestimento.
d) 36 Uma expressão que fornece o custo para revestir uma parede de
e) 40 área A (em metro quadrado), situada a D metros da fonte sonora, é
500 ⋅ 81 500 ⋅ A ⋅ D2
8. C1:H3 (Enem-2015) Um pesquisador, ao explorar uma a) d)
floresta, fotografou uma caneta de 16,8 cm de compri- A ⋅ D2 81
mento ao lado de uma pegada. O comprimento da 500 ⋅ A
caneta (c), a largura (L) e o comprimento (C) da pegada, b) 500 ⋅ 3 ⋅D2
D2 e)
na fotografia, estão indicados no esquema. A
500 ⋅D2
c)
Caneta L = 2,2 cm A

c = 1,4 cm
11. C1:H3 (Enem-2017) O estado de qualquer substância
gasosa é determinada pela medida de três grandezas:
o volume (V), a pressão (P) e a temperatura (T) dessa
substância. Para os chamados gases “ideais”, o valor do
P⋅V
C = 3,4 cm quociente é sempre constante. Considere um reservatório que
T
está cheio de um gás ideal. Sem vazar o gás, realiza-se uma com-
pressão do reservatório, reduzindo seu volume à metade. Ao
A largura e o comprimento reais da pegada, em centímetros, são, mesmo tempo, uma fonte de calor faz a temperatura do gás ser
respectivamente, iguais a quadruplicada. Considere P0 e P1 respectivamente, os valores da
a) 4,9 e 7,6. pressão do gás no reservatório, antes e depois do procedimento
b) 8,6 e 9,8. descrito.
c) 14,2 e 15,4. A relação entre P0 e P1 é
d) 26,4 e 40,8. P0
a) P1 =
e) 27,5 e 42,5. 8
P0
b) P1 =
2
c) P1 = P0
d) P1 = 2P0
e) P1 = 8P0

238 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 238 10/09/2019 14:29:18


12. C1:H3 (Enem-2017) A mensagem digitada no celular, Complementares
enquanto você dirige, tira a sua atenção e, por isso, deve
ser evitada. Pesquisas mostram que um motorista que 1. (Unicamp) A razão entre a idade de Pedro e a de seu pai é igual a
dirige um carro a uma velocidade constante percorre 2 . Se a soma das duas idades é igual a 55 anos, então Pedro tem:
“às cegas” (isto é, sem ter visão da pista) uma distância proporcional 9
ao tempo gasto a olhar para o celular durante a digitação da men-
a) 12 anos.
sagem. Considere que isso de fato aconteça. Suponha que dois
motoristas (X e Y) dirigem com a mesma velocidade constante e b) 13 anos.
digitam a mesma mensagem em seus celulares. Suponha, ainda, c) 10 anos.
que o tempo gasto pelo motorista X olhando para seu celular en- d) 15 anos.
quanto digita a mensagem corresponde a 25% do tempo gasto
pelo motorista Y para executar a mesma tarefa. 2. (UFRGS) O salário bruto de uma pessoa sofre um desconto de 25%.
3
Disponível em: https://g1.globo.com/. Acesso em: 21 jul. 2012. Adaptado. Com um novo desconto de 11% sobre do seu salário bruto, o
5
A razão entre as distâncias percorridas às cegas por X e Y, nessa total de descontos sobre o salário bruto será de:
ordem, é igual a a) 21,6%
5 b) 26,4%
a)
4 c) 31,6%
1 d) 33,3%
b)
4 e) 36,3%
4
c) 3. Dois aumentos sucessivos de 15% e 20% representam um único
3 aumento de:
4 a) 30%
d)
1 b) 35%
3 c) 38%
e)
4 d) 42%
13. C1:H3 (Enem-2017) Um motorista de um carro flex e) 50%
(bicombustível) calcula que, abastecido com 45 litros
de gasolina ou com 60 litros de etanol, o carro percorre 4. Se uma mercadoria sofre um reajuste de 10% e, em seguida, um
a mesma distância. desconto de 10% é aplicado sobre a mesma, o que podemos afirmar
Chamando de x o valor do litro de gasolina e de y o valor do litro em relação ao valor original da mercadoria?
de etanol, a situação em que abastecer com gasolina é economica- a) Sofre um aumento de 1%.
mente mais vantajosa do que abastecer com etanol é expressa por b) Sofre um desconto de 1%.
x 4 c) Permanece o mesmo.
a) =
y 3 d) Sofre um aumento de 5%.
x 3 e) Sofre um desconto de 5%.
b) =
y 4 5. (UECE-2018) Uma torneira está gotejando de maneira regular e
x 4 uniforme. Observa-se que a cada 12 minutos o gotejamento enche
c) > um recipiente com volume de 0,000020 m3. Considerando um litro
y 3
equivalente ao volume de 1 dm3, é correto afirmar que o volume,
x 3 em litros, do gotejamento ao final de 30 minutos é
d) >
y 4 a) 0,15
x 4 b) 0,36
e) <
y 3 c) 0,24
14. C1:H3 (Enem-2017) Uma indústria tem um setor total- d) 0,05
mente automatizado. São quatro máquinas iguais, que 6. (Ibmec) Numa empresa de auditoria, há duas máquinas trituradoras
trabalham simultânea e ininterruptamente durante de papel, cuja função é fragmentar os documentos descartados
uma jornada de 6 horas. Após esse período, as máquinas todas as semanas nos escritórios da empresa. O volume de papel
são desligadas por 30 minutos para manutenção. Se alguma má- descartado semanalmente é sempre o mesmo e as duas máquinas
quina precisar de mais manutenção, ficará parada até a próxima levam juntas, trabalhando sem interrupções, 20 horas para frag-
manutenção. mentar todos os documentos. Cada uma das máquinas precisou
Certo dia, era necessário que as quatro máquinas produzissem ficar parada para manutenção durante uma semana, na qual
um total de 9 000 itens. O trabalho começou a ser feito às 8 horas. todo o papel foi triturado apenas pela outra. Percebeu-se que as
Durante uma jornada de 6 horas, produziram 6 000 itens, mas na máquinas não têm rendimento igual e que a mais rápida levou 9
manutenção observou-se que uma máquina precisava ficar parada. horas a menos que a mais lenta para fazer a fragmentação. O tempo
Quando o serviço foi finalizado, as três máquinas que continuaram que a mais lenta levou para triturar todo o papel sozinha é igual a:
operando passaram por uma nova manutenção, chamada de ma- a) 41 horas.
nutenção de esgotamento.
b) 43 horas.
Em que horário começou a manutenção de esgotamento?
c) 45 horas.
a) 16h 45min d) 21h 15min
d) 47 horas.
b) 18h 30min e) 22h 30min
e) 49 horas.
c) 19h 50min

MAT A 239

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 239 10/09/2019 14:29:20


7. (UECE) Um comerciante comprou um automóvel por R$18.000,00,
pagou R$1.000,00 de imposto e, em seguida, vendeu-o com um
lucro de 20% sobre o preço de venda. O lucro do comerciante foi:
a) R$3.750,00
b) R$4.050,00
c) R$4.350,00
d) R$4.750,00
8. (UFG-2014) No quadro a seguir são apresentados os valores, em
bilhões de dólares, dos dez países que mais transferiram dinheiro
de pessoas físicas para paraísos fiscais, entre 1970 e 2010.

País Valor transferido


Arábia Saudita 697
Argentina 902
Brasil 1 176
China 2 689
Coreia do Sul 1 761
Indonésia 749
Kuwait 1 122
México 943
Rússia 1 805
Venezuela 918

Superinteressante, São Paulo, ago. 2013, p.15. Adaptado.

Considerando-se somente as informações apresentadas no quadro,


o valor transferido pelo Brasil, nesse período, é:
a) aproximadamente, 68% maior do que o valor transferido pelos
países que fazem parte da Liga dos Estados Árabes.
b) superior a 30% do valor transferido pelos países que fazem
parte da Alca.
c) mais de 20% do valor transferido pelos países que fazem parte
do Brics.
d) aproximadamente, 26% do valor transferido pelos países que
fazem parte do G8.
e) mais de 60% do valor transferido pelos países que fazem parte
do Mercosul.
9. (UFG-2014) Um quebra-cabeça de 100 peças mede 26 cm por 36 cm,
enquanto outro quebra-cabeça de 2 000 peças mede 48 cm por
136 cm. Nessas condições,
a) calcule a razão entre a área média de uma peça do quebra-
-cabeça de 100 peças e do quebra-cabeça de 2 000 peças,
nessa ordem.
b) se uma pessoa gastou 10 horas para montar o quebra-cabeça
de 100 peças e 360 horas para montar o quebra-cabeça de 2 000
peças, calcule a diferença entre a quantidade média de peças que
ela colocou, por hora, para montar cada um dos quebra-cabeças.
10. (Unifesp-2016) A heparina é um medicamento de ação anticoagu-
lante prescrito em diversas patologias. De acordo com indicação
médica, um paciente de 72 kg deverá receber 100 unidades de
heparina por quilograma por hora (via intravenosa). No rótulo da
solução de heparina a ser ministrada consta a informação 10 000
unidades/50 mL.
a) Calcule a quantidade de heparina, em mL, que esse paciente
deverá receber por hora.
b) Sabendo que 20 gotas equivalem a 1 mL, esse paciente deverá
receber 1 gota a cada x segundos. Calcule x.
ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
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1. Faça downloaddodo aplicativo
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Questões ou qualquer aplicativo
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2. Abra aplicativo e aponte
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um dos Codesaoaolado.
lado
3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.

240 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 240 10/09/2019 14:29:21


02
Equações e

A_
AT_
An
at

_M
o

0_1

li
S
EM2

tyf
/Sh
sistemas lineares

u
ttersto
ck
Produtos notáveis • Fatoração • Sistemas de duas equações e duas incógnitas •
Discussão de sistemas lineares de duas equações e duas incógnitas • Sistemas não lineares
Matemática
mód. 02/16

02
Produtos
Equações
notáveis e
do 1.o grau
fatoração

START
Neste módulo, estudaremos alguns aspectos importantes da Matemática. Entre eles, o funciona-
Saiba mais
mai
mento dos sistemas lineares 2 x 2 e os sistemas lineares de ordens maiores. Leia o texto a seguir para
Carl Friedrich Gauss nasceu
compreender a importância e a aplicabilidade desses sistemas.
em 1777 e viveu até 1855.
É considerado um dos
maiores matemáticos de
Os Sistemas Lineares foram representados pela primeira vez há muitos anos, pois, no terceiro século a.C., os todos os tempos. Gauss teve
a estatura de Arquimedes e
chineses já dominavam a técnica de eliminação de coeficientes. O método de eliminação de Gauss era conhe- de Newton, e seus campos
cido pelos chineses no terceiro século a.C., mas carrega o nome de Gauss por causa de sua redescoberta em um de interesse excederam os
artigo no qual ele resolveu um sistema de equações lineares para descrever a órbita de um asteroide. (POOLE, de ambos. Gauss contribuiu
2004, p. 70.) para todos os ramos da
Matemática e para a Teoria
Logo fica evidenciado a razão da técnica de eliminação de coeficientes receber o nome de eliminação de dos Números.
Gauss e também da quantidade de tempo em que foi utilizada pela primeira vez pelos chineses. Um fato muito
relevante na história dos Sistemas de Equações Lineares foi a descoberta de uma situação-problema datada de
250 a.C., que utilizava conceitos de sistemas lineares para a resolução de uma problemática. A construção dessa
situação-problema em 250 a.C. consta num livro chinês, chamado: “Chiu-Chang Suan-Chu (Nove Capítulos
sobre Aritmética)”. O problema consistia numa situação cotidiana, descrevendo fatos como colheita e venda de
produtos:
Três fardos de uma boa colheita, dois fardos de uma colheita medíocre e um fardo de uma colheita ruim
foram vendidos por 39 dou. Dois fardos de boa, três da medíocre e um da ruim foram vendidos a 34 dou; e

Romolo Tavani/Shutterstock
uma boa, dois da medíocre e três da ruim foram vendidos a 26. Qual o preço recebido pela venda de cada fardo
associado à boa colheita, à colheita medíocre e à colheita ruim? JENSEN, Christian Albrecht.
Retrato do matemático
Na época, os chineses formularam esse problema empregando pedaços de bambus de diferentes cores para Carl Friedrich Gauss. 1840.
Óleo sobre tela.
representar os coeficientes das equações, dispostos de forma organizada em um quadro onde as colunas represen-
tavam a qualidade de cada colheita e o total vendido de todas as colheitas. A solução do problema era então obtida Disponível em: www.fem.unicamp.
br/~em313/paginas/person/gauss.
por uma sequência ordenada de manipulações nas linhas que compunham o quadro. (PEREIRA, HAFFNER, p.1) htm. Acesso em: 23 ago. 2017.

[...]
Portanto, fica mais evidenciada a importância que os Sistemas Lineares exerceram naquela época. Mesmo não
dominando conceitos da matemática, mas, por necessidade, construíram esse método para facilitar na organi-
zação da colheita. Sendo de forma fácil e organizada, porém bruta, eles utilizavam varas de bambu de diferentes
cores para representar os coeficientes das equações e resolviam o problema obtendo uma sequência ordenada
de manipulação nas linhas que compunham um quadro.

FERNANDES, W. M. A.; MIYSAKI, R. Sistemas Lineares


e Aplicações. Anais do IX Seminário de Iniciação
Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, Anápolis, 2011.

MAT A 241

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 241 10/09/2019 14:29:28


1. Junto com o professor e os colegas, e considerando o problema originalmente formulado pelos chineses,
encontre a representação algébrica do mesmo.
3x + 2y + z = 39

2x + 3y + z = 34
x + 2y + 3z = 26

2. Você acha que é possível solucionar o problema apenas com uma das equações descritas na questão 1?
Não é possível. Uma vez que uma equação com mais do que uma incógnita possui infinitas soluções.

kukiat B/Shutterstock
3. Como você faria para resolver o sistema descrito na questão 1?
Espera-se que o aluno responda que utilizará o método da substituição. Destaque que existem diferentes raciocínios para solucionar sistemas

lineares, como a regra de Cramer e o método da eliminação de Gauss, descrito no texto. Após abordar os conceitos do capítulo, sugira que os

alunos resolvam o sistema descrito na questão 1.

242 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 242 10/09/2019 14:29:32


Produtos notáveis
Cubo da soma de dois termos
Os produtos notáveis nada mais são do que expressões
algébricas que apresentam certa recorrência nos cálculos,
além de uma determinada regularidade que facilita cálcu-
Observe como podemos calcular o cubo de um binômio
los e resolução de problemas.
do tipo (a + b):
(a + b)3 = (a + b)2 · (a + b)
Quadrado da soma de (a + b)3 = (a2 + 2ab + b2) · (a + b)

dois termos
(a + b)3 = a2 · a + a2 · b + 2ab · a + 2ab · b +
+ b2 · a + b2 · b
O cálculo do quadrado de um binômio do tipo (a + b) (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
pode ser efetuado por meio da multiplicação desse binô- O cubo da soma de dois termos é dado pelo cubo do
mio por ele mesmo. Observe: primeiro termo, mais três vezes o quadrado do primeiro
(a + b)2 = (a + b) · (a + b) termo pelo segundo, mais três vezes o primeiro termo pelo
quadrado do segundo termo, mais o cubo do segundo
(a + b)2 = a · a + a · b + b · a + b · b
termo.
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
O quadrado da soma de dois termos é igual ao qua- (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
drado do primeiro termo, mais duas vezes o produto do
primeiro termo pelo segundo, mais o quadrado do se-

Cubo da diferença de dois


gundo termo.

termos
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

Observe como podemos calcular o cubo de um binômio


Quadrado da diferença de dois do tipo (a – b):

termos
(a – b)3 = (a – b)2 · (a – b)
(a – b)3 = (a2 – 2ab + b2) · (a – b)
O cálculo do quadrado de um binômio do tipo (a – b) (a – b)3 = a2 · a – a2 · b – 2ab · a + 2ab · b + b2 · a – b2 · b
também pode ser efetuado por meio da multiplicação (a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3
desse binômio por ele mesmo. Observe: O cubo da diferença de dois termos é o cubo do pri-
(a – b)2 = (a – b) · (a – b) meiro termo, menos três vezes o quadrado do primeiro
(a – b)2 = a · a – a · b – b · a + b · b termo pelo segundo, mais três vezes o primeiro termo pelo
quadrado do segundo termo, menos o cubo do segundo
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2
termo.
O quadrado da diferença de dois termos é igual ao
quadrado do primeiro termo, menos duas vezes o produto (a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3
do primeiro termo pelo segundo, mais o quadrado do se-
gundo termo.

(a – b)2 = a2 – 2ab + b2 Outros produtos notáveis


Com os desenvolvimentos de (a + b)2 e (a + b)3, podemos

Produto da soma pela diferença


facilmente obter:
(a + b) 4 = a4 + 4 a3b + 6a2b2 + 4 ab3 + b 4

de dois termos (a + b)5 = a5 + 5a4b + 10a3b2 + 10a2b3 + 5ab 4 + b5


E assim sucessivamente, como os coeficientes dados
O cálculo do produto de um binômio do tipo (a + b) por pelo esquema seguinte:
outro do tipo (a – b) pode ser efetuado por meio da proprie-
1
dade distributiva da multiplicação. Observe:
1+ 1
(a + b) · (a – b) = a2 – ab + ba – b2
1 2 +1
(a + b) · (a – b) = a2 – b2
1 3 3 + 1
O produto da soma pela diferença de dois termos é 1 4 6 4 + 1
igual ao quadrado do primeiro termo menos o quadrado
1 5 10 10 5 1
do segundo termo.
1 6 15 20 15 6 1
(a + b) · (a – b) = a2 – b2

MAT A 243

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 243 10/09/2019 14:29:33


Fatoração
Outras fatorações
Fatorar uma expressão algébrica é colocá-
Observação -la sob a forma de um produto de fatores, de

interessantes
Não existe um método geral tal forma que cada um deles possua o menor
que conduza sistematica- grau possível. Entre os casos usuais de fatora-
mente a fatoração de uma
ção destacam-se os seguintes:
expressão algébrica, uma ● Para todo natural n tem-se que:
vez que a fatoração pode ser ● Fator comum
até impossível; entretanto, an – bn = (a – b)(an–1 + an–2b + an–3b2 + ... +
é aconselhável seguir os ab + ac = a(b + c) + abn–2 + bn–1)
procedimentos básicos Se n for um natural ímpar podemos substi-
● Agrupamento
listados abaixo:
ab + ac + bd + cd = a(b + c) + d(b + c) = tuir b por (–b), na forma acima. Assim obtemos
• colocar, em primeiro outra forma para a fatoração da soma de duas
lugar, em evidência os = (b + c)(a + d) n-ésimas potências:
fatores que puderem
ser colocados; ● Trinômio quadrado perfeito ● a n + b n = (a + b)(a n–1 – a n–2b +
• verificar se é possível a + 2 ab + b = (a + b) e
2 2 2 + an–3b 2 – ... – ab n–2 + b n–1)
aplicar um dos produ-
a2 – 2ab + b2 = (a – b)2
tos notáveis; ● a3 + b3 + c3 – 3abc = (a + b + c)(a2 + b2 +
• fazer os agrupamentos ● Diferença de dois quadrados + c2 – ab – ac – bc)
dos termos de modo
que na fatoração de a2 – b2 = (a + b)(a – b)
● Identidade de Sophie Germain
cada dois apareça um ● Soma de cubos
fator comum. a4 + 4b4 = (a2 + 2b2 + 2ab)(a2 + 2b2 – 2ab)
a3 + b3 = (a + b)3 – 3ab(a + b) =
= (a + b)(a2 – ab + b2) ● Identidade de Lagrange
(ac ± bd)2 + (ad ± bc)2 = (a2 + b2)(c2 + d2)
● Diferença de cubos
a3 – b3 = (a – b)3 + 3ab(a – b) = Essa identidade mostra que se dois núme-
= (a – b)(a2 + ab + b2) ros são somas de dois quadrados, seu produto
também é uma soma de dois quadrados.

Sistemas de duas equações e duas incógnitas


Método de comparação
Vamos expor os principais métodos de re-
solução desse tipo de sistema.
Deve-se isolar uma das incógnitas em am-

Método de substituição bas as equações e, em seguida, igualar as duas


expressões.
Deve-se isolar uma das incógnitas em uma  Exemplo:
das equações e, em seguida, substituir essa ex- 2 x − 3 y = 4
Resolver o sistema: 
pressão na outra equação. 3 x − 2 y = 11
 Exemplo: Solução:
2 x − 3 y = 4
Resolver o sistema:  Na primeira equação vamos isolar a incógnita x:
3 x − 2 y = 11 4 + 3y
2x −3y = 4 ⇒ 2x = 4 + 3y ⇒ x =
Solução: 2
Na primeira equação vamos isolar a incógnita x: Na segunda equação vamos isolar também a
4 + 3y incógnita x:
2x − 3 y = 4 ⇒ 2x = 4 + 3 y ⇒ x = 2 y + 11
2 3x − 2y = 11 ⇒ 3x = 2y +11 ⇒ x =
3
Em seguida, na segunda equação, substituímos x Agora basta igualar as duas expressões obtidas
4 + 3y para x:
por , obtendo:
2 4 + 3 y 2 y + 11
= ⇒ 12 + 9y = 4y + 22 ⇒
4 + 3y 2 3
3⋅ − 2 y = 11 ⇔ 12 + 9 y − 4 y = 22 ⇒ 5y = 10 ⇒ y = 2
2
⇒ 5 y = 10 ⇒ y = 2 Substituindo o valor de y numa das expressões
obtidas para x:
Substituindo o valor de y na expressão obtida
4 + 3⋅2
para x, temos x= =5
2
4 + 3⋅2
x= =5 Portanto, S = {(5, 2)}.
2
Portanto, S = {(5, 2)}.

244 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 244 10/09/2019 14:29:35


Método da adição
multiplicar a primeira equação por (–2) e a
segunda por 3; teremos, então, um novo sistema Observação
equivalente ao primeiro: A solução de um sistema 2x2
Deve-se multiplicar as equações, sempre pode ser representada por
que necessário, por valores adequados de  −4 x + 6 y = −8 um par ordenado. Por exem-

forma a anular uma das incógnitas por adição 9 x − 6 y = 33 plo: se x = 2 e y = 3 é solução
das duas equações. Somando a primeira equação com a segunda: de um sistema, podemos
denotar por (2, 3).
 Exemplo: 9x – 4x = – 8 + 33 ⇒ 5x = 25 ⇒ x = 5. É importante ressaltar que a
2 x − 3 y = 4 O valor de x deve ser substituído em uma das multiplicação deve ser feita
Resolver o sistema:  dos dois lados da igualdade
3 x − 2 y = 11 equações para obter o valor de y:
Solução: para se manter a equivalên-
2 · 5 – 3y = 4 ⇒ 10 – 3y = 4 ⇒ –3y = – 6 ⇒ y = 2 cia das equações.
Analisando as equações notamos que devemos
Portanto, S = {(5, 2)}.

Discussão de sistemas lineares de duas


equações e duas incógnitas
Os sistemas de duas equações e duas incógnitas podem possuir uma, nenhuma ou infinitas
Saiba mais
soluções. Isso pode ser observado no quadro-resumo a seguir. Para seu estudo, vamos conside-
[...]
rar o sistema de equações:
A introdução de operadores
ax + by = c aritméticos – símbolos
 mostrando o tipo de
dx + ey = f computação a ser executada
– só aconteceu depois do
Então, século 15.
Os primeiros símbolos a
serem usados eram + e
–, embora originalmente
sistema possível e retas eles serviam para mostrar
a b uma única solução
≠ ⋅ determinado concorrentes quantidades existentes ou
d e faltando em um armazém.
Logo eles assumiram seu
papel moderno como
operadores aritméticos.
Eles foram impressos pela
a b c sistema possível e retas primeira vez em um livro
= = infinitas soluções
d e f indeterminado coincidentes de John Widmann (nascido
em 1460), um dos vários
matemáticos alemães que
publicaram trabalhos sobre
álgebra no fim do século 15
e início do século 16. [...]
a b c retas
= ≠ sistema impossível nenhuma solução ROONEY, Anne. A História da
d e f paralelas Matemática: desde a criação das
pirâmides até a exploração do infinito.
p. 134.

 Exemplos:
2 x + 6 y = 7
1) Discutir o sistema 
 −2 x − 6 y = −10
Solução:
Relacionando os coeficientes das equações, temos:
2 6 7
= ≠
−2 −6 −10
Logo, o sistema é impossível.
Isso também pode ser observado somando as equações, que resulta: 0 = –3 (Não torna verdadeira
a igualdade).
2 x − y = 4
2) Discutir o sistema 
 −2 x + y = −4
Solução:
Relacionando os coeficientes das equações, temos:
2 −1 4
= =
−2 1 −4
Logo, o sistema é possível e indeterminado.
Isso também pode ser observado somando as equações, que resulta: 0 = 0, que é sempre verdadeiro.

MAT A 245

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 245 10/09/2019 14:29:37


Sistemas não lineares
A seguir, serão apresentados exemplos de Resulta, então, no sistema:
Biografia
sistemas desse tipo e os principais métodos de
O francês François Viète deu  x + y = 9
resolução.  ⇒ z2 − 9z +14 = 0 ⇒ raízes: 2 e 7
uma grande contribuição
no âmbito da álgebra na  Exemplos:  xy = 14
segunda metade do século S = {(2, 7); (7, 2)}
XVI. Considerado por muitos  x + y = 29
1) Resolver 
o maior matemático do  xy = 100
século XVI, era advogado de  x + y = 2
formação, tendo inclusive Solução: 4) Resolver 
atuado em tribunais por  xy = 48
• 1.º método: substituição
muitos anos. Ele começou Solução:
a modernização da simbo- y = 29 – x ⇒ x · (29 – x) = 100 ⇒ x2 – 29x +
logia algébrica e difundiu +100 = 0 Neste caso, não é possível montar diretamen-
o emprego de letras para ⇒ x = 25 e y = 29 – 25 = 4
representar os números, te a equação do 2.º grau, mas podemos resol-
não apenas no caso das in- ⇒ x = 4 e y = 29 – 4 = 25
ver por substituição:
cógnitas, mas, também, dos S = {(25, 4); (4, 25)}
coeficientes das expressões. x–y=2⇔x=y+2
• 2.º método: composição de uma equação
Photo Researchers, Inc./Latinstock

do 2.º grau (y + 2)y = 48 ⇒ y = 48 ⇔ y2 + 2y – 48 = 0


Soma das raízes (S): 29
Logo, as raízes são −8 e 6.
Produto das raízes (P): 100
Então,
Basta montar a equação x2 − Sx + P = 0
y = –8 ⇒ x = –8 + 2 = –6
⇒ x2 − 29x +100 = 0 ⇒ Raízes 4 e 25
y=6⇒x=6+2=8
S = {(25, 4); (4, 25)}
S = {(−6, −8); (8, 6)}
 x 2 + y 2 = 13
François Viète 2) Resolver   x + y = 5
(1540-1603)
 xy = 6 5) Resolver  3 3
 x + y = 35
Solução:
Solução:
Somando a primeira equação com o dobro
da segunda: Nesse caso, devemos fatorar a segunda equa-
ção:
x2 + y2 + 2xy = 25 ⇒ (x + y)2 = 25 ⇒ x + y =
=±5 x3 + y3 = 35 ⇔ (x + y) · (x2 – xy + y2) = 35
Resultam, então, em dois sistemas: Substituindo o valor da primeira equação:
 x + y = 5
1.º caso:  ⇒ z2 − 5z + 6 = 0 5 · (x2 – xy + y2) = 35 ⇔ x2 – xy + y2 = 7
 xy = 6
Para obtermos o valor de xy vamos utilizar
raízes: 2 e 3
um produto notável nessa equação:
 x + y = 5
2.º caso:  ⇒ z2 − 5z + 6 = 0 x2 – xy + y2 = 7 ⇔ (x + y)2 – 3xy = 7 ⇔ 52 – 3xy = 7
 xy = 6
⇔ xy = 6
raízes: –2 e –3
Resulta, então, no sistema:
S = {(2, 3); (3, 2); (–2, –3); (–3, –2)}
 x + y = 5
 ⇒ z2 – 5z + 6 = 0 ⇒ raízes: 2 e 3
 x 2 + y 2 = 53  xy = 6
3) Resolver 
 x + y = 9 S = {(2, 3); (3, 2)}
Solução:
Vamos completar quadrados na primeira
equação para obter o valor de xy:
x2 + y2 = 53 ⇔ (x + y)2 − 2xy = 53
Substituindo o valor da segunda equação:
92 −2xy = 53 ⇔ xy = 14

246 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 246 10/09/2019 14:29:39


MATEMÁTICA E SOCIEDADE

Saiba mais
Vitamina E – O que ela faz? Veja a importância de outras
A vitamina E é uma vitamina solúvel em gordura que primeiramente funciona como um antioxidante, o que vitaminas para a saúde do
significa que ajuda a prevenir ou reduzir os danos causados por radicais livres, em última análise a redução do ser humano.
risco de problemas de saúde, como a doença cardíaca ou cancro. Vitaminas hidrossolúveis
Vitaminas do complexo B
A vitamina E existe em várias formas, mas você precisa prestar atenção é no alfa-tocoferol, forma mais
(complexo formado por oito
ativa da vitamina E, encontrado em maior quantidade ao longo do corpo e por isso tem maior importância vitaminas): essas vitaminas
nutricional. O alfa-tocoferol é encontrado naturalmente nos alimentos, mas também em suplementos e destacam-se pelo seu
adicionado aos alimentos fortificados. [...] papel no fornecimento de
energia para o corpo, por
Óleos vegetais (como girassol, canola, cártamo ou azeite), grãos de cereais não transformados, nozes e ajudarem no funcionamento
sementes são as principais fontes alimentares de vitamina E. Quantidades menores são encontradas em do sistema nervoso e na
algumas frutas e legumes, como abacate e espinafre. manutenção do tônus mus-
cular no sistema digestório.
Podem ser encontradas

saudedica.com.br
1. A álgebra é um dos ramos em cereais, ovos, carnes,
da matemática que recorre
a números, letras e sinais
hortaliças e frutas.
(símbolos) para generali- Vitamina C (ácido ascór-
zar as diversas operações bico): vitamina relacionada
aritméticas. [...] Hoje em dia, com a manutenção dos capi-
entende-se por álgebra o lares, formação do colágeno,
ramo da matemática que es-
tuda as estruturas, as relações
produção de hemácias, for-
e as quantidades. mação de ossos e dentes e
absorção de ferro. Podemos
Disponível em: http://conceito.
de/algebra. Acesso: 22 ago. 2019.
encontrar essa vitamina em
frutas cítricas, como limão e
2. Calcular quanto você vai laranja, no brócolis, tomate,
gastar na panificadora, o couve, entre outros.
troco do ônibus que você
recebe ao vir para a escola, Vitaminas lipossolúveis
são apenas dois exemplos de Vitamina A (retinol): essa vi-
uma infinidade existente. tamina atua principalmente
na nossa visão, manuten-
ção da pele e imunidade.
Pode ser encontrada em
alimentos como fígado,
ovos, leite, vegetais folhosos
verde-escuros e vegetais
amarelo-alaranjados.
Disponível em: www.saudedica.com.br/vitamina-e/. Acesso em: 30 jul. 2019.
Vitamina D (calciferol):
relaciona-se principalmente
Imagine que uma pessoa deseja ingerir os seguintes alimentos ricos em vitamina E: casta- com o metabolismo dos
nhas-do-pará, amêndoas secas e avelãs. Para cumprir as orientações do nutricionista, ela pre- ossos, sendo responsável
cisa preparar três tipos de embalagens compostas por esses alimentos, de modo que o tipo por evitar o raquitismo.
Essa vitamina pode ser
1 deve conter x gramas de castanhas-do-pará e y gramas de amêndoas secas, resultando em encontrada em óleo de
10,24 mg de vitamina E. A embalagem tipo 2 terá x gramas de castanhas-do-pará e z gramas de fígado de peixe, gema de
avelãs, num total de 8,79 mg de vitamina E. Já o terceiro tipo, será formado pelos três alimentos, ovo e manteiga. Podemos
de modo que x gramas de castanhas-do-pará mais y gramas de amêndoas secas, mais z gramas ainda produzir essa vitamina
em nosso corpo quando
de avelãs resultarão em 15,99 mg de vitamina E.
realizada a devida exposição
1. Qual a equação linear que representa o total de vitamina E na embalagem 1? Essa equação possui quantas ao sol. [...]
soluções? Vitamina K (filoquinona):
7, 6 essa vitamina relaciona-se,
Cada grama de castanha-do-pará possui
100
= 0, 076 mg de vitamina E. Cada grama de amêndoas secas possui 0,24 mg de vitamina E. Logo, a principalmente, com a
coagulação do sangue. É
equação linear que representa o total de vitamina E na embalagem 1 é igual a 0, 076 x + 0, 24 y = 10, 24. Essa equação possui infinitas soluções. encontrada principalmente
em vegetais folhosos e
legumes.
Disponível em: http://
2. Qual a equação linear que representa o total de vitamina E na embalagem 2? mundoeducacao.bol.uol.com.br/
biologia/vitaminas.htm. Acesso em:
Cada grama de avelã seca possui 0,23 mg de vitamina E. 0, 076 x + 0, 23 z = 8, 79 23 ago. 2017.

3. Apenas com as equações obtidas nas questões 1 e 2, é possível encontrar uma única quantidade x de gramas
de castanhas-do-pará comum às embalagens 1 e 2?
O objetivo desse item é possibilitar que os alunos concluam que numa equação com 3 incógnitas e duas equações, não é possível encontrar uma

única solução, ou seja, o sistema 0, 076 x + 0, 24 y = 10, 24 é possível e indeterminado.


0, 076 x + 0, 23 z = 8, 76

MAT A 247

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 247 10/09/2019 14:29:43


Resolvidos Praticando
1. (FGV) Seja N o resultado da operação 3752 – 3742. A soma dos 1. Existem números reais x e y tais que a expressão x2 – 2xy + y2 seja
algarismos de N é: negativa? Se sim, dê exemplos. Se não, justifique.
a) 18 d) 21 A resposta é não. Perceba que x 2 − 2xy + y 2 = ( x − y ) , que é uma expressão positiva,
2

b) 19 e) 22
para quaisquer valores de x e y (pois é quadrado de um número real).
c) 20
 Solução: C
N = 3752 – 3742 = (375 + 374) · (375 – 374) = 749 · 1 2. Sejam a e b números reais tais que ab = 6 e a2 + 4b2 = 40. Dessa
N = 749 forma, calcule o valor de (a + 2b)2.
Soma dos algarismos de N = 9 + 4 + 7 = 20. Concluímos que (a + 2b)2 = a2 + 4ab + 4b2.

2. (UFRS) Se n = 107 – 10, então n não é múltiplo de: Logo, (a + 2b)2 = a2 + 4b2 + 4ab = 40 + 4 · 6 = 40 + 24 = 64.
a) 9 d) 15
b) 10 e) 18
c) 12 3. Calcule o valor de
 Solução: C a) 6492 – 6482.
n = 107 – 10 = 10 · (106 – 1)=10 · (999999) = 9999990 6492 – 6482 = (649 – 648) · (649 + 648) = 1 297

n é múltiplo de 9, pois a soma de seus algarismos também é.


n é múltiplo de 10, pois termina em zero.
n é múltiplo de 15, pois é múltiplo de 3 e de 5.
b) 9852 – 9832.
n é múltiplo de 18, pois é múltiplo de 9 e é par. 9852 – 9832 = (985 – 983) · (985 + 983) = 2 · 1968 = 3 936.
n não é múltiplo de 12, pois não é múltiplo de 4 (já que 90 não é).
3. (UERJ) Uma empreiteira deseja dividir um grande terreno em vários
lotes retangulares de mesma área, correspondente a 156 m2. Em
cada lote, será construída uma casa retangular que ocupará uma 4. Resolva os seguintes sistemas lineares, por qualquer método.
área de 54 m2, atendendo à exigência da prefeitura da cidade, de 3x + 2y = 3
que seja construída mantendo 3 m de afastamento da frente e 3 m a) 
do fundo do lote, bem como 2 m de afastamento de cada uma das x − 4 y = 1
laterais. Indique as dimensões de cada casa a ser construída, de 3x + 2y = 3
modo que cada lote tenha o menor perímetro possível.  ⇒ x = 1+ 4y ⇒ 3 (1+ 4y ) + 2y = 3 ⇒ y = 0 e x = 1
 x − 4y = 1
 Solução:
Sendo x e y as dimensões da casa:
 x ⋅ y = 54  x ⋅ y = 54 3x − y = 13
⇒ b) 
  −2x + 4 y = −12
( x + 6 ) ⋅ ( y + 4 ) = 156  2 x + 3 y = 39
x = 6 e y = 9
⇒ 2 x 2 − 39 x +162 = 0 ⇒  3x − y = 13

6x − 2y = 26
⇔ ⇔ 10y = −10 ⇔ y = −1 e x = 4
 x=13,5 e y = 4 −2x + 4y = −12 −6x + 12y = −36
Menor perímetro possível: x = 6 m e y = 9 m.
4. (Unicamp) A soma de dois números positivos é igual ao triplo da di-
ferença entre esses mesmos dois números. Essa diferença, por sua x + y = 16
vez, é igual ao dobro do quociente do maior pelo menor. 5. Resolva o seguinte sistema não linear: 
xy = 63
a) Encontre esses dois números. x + y = 16
 ⇔ x = 16 − y ⇔ (16 − y ) y = 63 ⇔ y 2 − 16y + 63 = 0 ⇔ y = 7 ou y = 9
b) Escreva uma equação do tipo x2 + bx + c = 0, cujas raízes são xy = 63
aqueles dois números.
 Solução: Logo, se y = 7, x = 9 e se y = 9, x = 7. Portanto,
a) Sejam x e y os dois números e supondo x > y.
S = {(7, 9), (9, 7)}.
 x + y = 3( x − y ) 6. Discuta o seguinte sistema linear:

 x ax + 2y = −3
x − y = 2 y 
 2x + 4 y = −6
1.ª equação ⇒ x = 2y aa 22
2y Para a ≠ 1, concluímos que ↑≠↑ . Dessa forma, o sistema é possível e determi-
Substituindo na 2.ª equação: 2y − y = 2 · ⇒y=4ex=8 22 44
y a 2 −3
b) Soma: 12 = −b ⇒ b = −12 nado. Para a = 1, temos = =
2 4 −6
. Dessa forma, para a = 1 o sistema é possível e

Produto: 32 = c indeterminado..
Logo, a equação procurada é x2 −12x +32 = 0

248 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 248 10/09/2019 14:29:49


7. A soma de dois números naturais é 561. O maior é igual a diferença 7. C1:H3 (IFPE-2017) Efetuando-se (2 341)2 – (2 340)2, obtém-se:
entre o dobro do menor e 231. Calcule o valor do maior. a) 6 489 d) 2 681
Suponha que o valor do maior é x. Logo, temos o seguinte sistema:
b) 1 e) 8 689
x + y = 561
 c) 4 681
x = 2y − 231

Dessa forma, temos:


8. C1:H3 (UTPFR-2018) Dados A = x + y, B = x – y e C = x ∙ y, para x ≠ y,
561 = 2y − 231+ y ⇒ 3y = 792 ⇒ y = 264 A 2 − B2
x ≠ 0 e y ≠ 0. Simplificando a expressão algébrica obtém-se:
Logo, C
x = 528 − 231= 297
a) 0
2y
b)
x
c) 4
Desenvolvendo Habilidades
2x
d) −
1. C1:H3 (IFCE-2014) O valor da expressão: (a + b)2 – (a – b)2 é: y
a) ab 2x
e) −
b) 2ab y
c) 3ab 9. C1:H3 (CEFET-MG-2017) Se x e y são dois números reais positivos,
d) 4ab  y x
2

então a expressão M =  x
 x + y y 
e) 6ab é equivalente a
 
2. C1:H3 (UFRGS-2013) O sistema de equações: a) xy
5x + 4 y + 2 = 0 b) 2xy

3x − 4 y − 18 = 0 c) 4xy
possui: d) 2 xy
a) nenhuma solução.
10. C1:H3 (UECE-2017) Se u, v e w são números reais tais que
b) uma solução. u + v + w = 17, u ∙ v ∙ w = 135 e u ∙ v + u ∙ w + v ∙ w = 87 então, o
c) duas soluções. u v w
valor da soma + + é
d) três soluções. v ⋅ w u⋅ w u⋅ v
e) infinitas soluções. 23
a)
27
3. C1:H3 (CEFET-MG-2014) O valor numérico da expressão 682 − 322
está compreendido no intervalo: 17
b)
a) [30, 40[ 135
b) [40, 50[ 27
c)
c) [50, 60[ 87
16
d) [60, 70[ d)
27
4. C1:H3 (UFRGS-2016) Se x + y = 13 e xy = 1, então x2 + y2 é
a) 166 Complementares
b) 167
c) 168 1. (UPF-2014) Quando a e b assumem quaisquer valores positivos, das
expressões a seguir, a única que não muda de sinal é:
d) 169
a) a2 – ab
e) 170
(32 + 52 ) − (32 − 52 ) b) a2 – b2
5. C1:H3 (CEFET-MG-2015) Se M = , então o valor c) bb –− b
de M é (3252 )2
d) a2 – 3a
a) 15
b) 14 e) a2 – 2ab + b2
2 2. (IFPE-2016) De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geo-
c)
15 grafia e Estatística (IBGE), na relação entre as populações masculina
e feminina no Brasil, observou-se, em 2000, o total de 29 homens
4 para 30 mulheres.
d)
225 Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_
da_populacao/2008/default.shtm. Acesso em: 10 jan. 2009. Adaptado.
6. C1:H3 (ESPM-2012) Considerando-se que x = 9 731 , y = 3 907 e 2 2

Se no ano de 2000 a população brasileira era de 177 milhões de ha-


z = 2 ⋅ xy , o valor da expressão x + y − z é: bitantes, qual o número de homens e de mulheres no referido ano?
a) 6 792 a) 75 milhões de homens e 102 milhões de mulheres.
b) 5 824 b) 77 milhões de homens e 100 milhões de mulheres.
c) 7 321 c) 87 milhões de homens e 90 milhões de mulheres.
d) 4 938 d) 70 milhões de homens e 107 milhões de mulheres.
e) 7 721 e) 65 milhões de homens e 112 milhões de mulheres.

MAT A 249

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 249 10/09/2019 14:29:53


3. (CEFET-MG-2010) Uma loja de ferramentas apresentou os seguintes 7. (UTFPR-2012) Num jogo de decisão de campeonato, os preços dos
pacotes promocionais para chaves de fenda e de boca: ingressos num estádio de futebol eram: arquibancada R$25,00 e
geral R$10,00. A renda, com a venda desses dois tipos de ingressos,
foi de R$48.200,00. Sabendo que todos os ingressos foram vendi-
2
dos e que o número de ingressos da arquibancada equivale a
5
do número de ingressos da geral, determine quantos ingressos da
arquibancada foram vendidos.
a) 1 024
b) 964
c) 1 824
d) 2 410
e) 890
Nessa promoção, o preço de uma chave de boca somado ao de 8. (CEFET-MG-2011) Um restaurante serve um prato especial com
uma chave de fenda, em reais, é igual a: dois tipos de comida, A e B, cujas quantidades de carboidratos e
a) 17 gorduras por porção encontram-se indicadas na tabela a seguir.
b) 21
Comidas Carboidratos (g) Gorduras (g)
c) 22
A 20 2
d) 24
B 5 1
4. (UFF) Considere o seguinte enunciado:
“A idade de Daniel é o dobro da idade de Hamilton. Há 10 anos, a
O nutricionista prepara esse prato de forma que contenha 60 g de
idade de Daniel era o quádruplo da idade de Hamilton.”
carboidrato e 8 g de gordura. Se x e y são os números de porções
As idades de Daniel e de Hamilton são determinadas resolvendo-se
A e B, respectivamente, usadas pelo nutricionista, então, a solução
o sistema:
desse problema é um par ordenado que pertence ao gráfico da
 x = 2y função:
a) 
 4x = y a) y = –3 + 1
 x b) y = 5x – 6
y =
b)  2 c) y = 4x
 4 x + y = 30 d) y = x – 2
 y = 2x 9. (ESPM-2013) O par ordenado ( x , y ) ∈  ×  é solução da equação
c)  x 3 + x 2 y − 8 x − 8 y = 7 . O valor de x – y é:
 y − 4 x = 10
a) 1
 y = 2x b) 2
d) 
 4 x − y = 30 c) –1
d) 0
 x + y = 10 e) –2
e) 
 4 x − y = 30 10. (ESPM-2018) André comprou uma calça, três camisetas e duas
cuecas por R$420,00. Se tivesse comprado duas calças e uma cueca
5. (Fatec) Sabe-se que a2 − 2bc − b2 − c2 = 40 e a − b − c = 10 com a, teria gasto R$285,00. Se ele tivesse comprado apenas uma peça de
b e c números reais. Então o valor de a + b + c é igual a: cada tipo, teria pago a importância de:
a) 1 a) R$195,00
b) 2 b) R$200,00
c) 4 c) R$215,00
d) 10 d) R$220,00
e) 20 e) R$235,00
6. (Fatec) Dois casais foram a um barzinho. O primeiro pagou R$5,40
por duas latas de refrigerante e uma porção de batatas fritas.
O segundo pagou R$9,60 por três latas de refrigerante e duas
porções de batatas fritas. Nesse local e nesse dia, a diferença entre
o preço de uma porção de batatas fritas e o preço de uma lata de
refrigerante era de:
a) R$2,00
b) R$1,80
ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
c) R$1,75 Façaoodownload
1. Faça downloaddodo aplicativo
aplicativo SAE SAE Questões
Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
de leituradeQRleitura
aplicativo Code.QR Code.
d) R$1,50 Abraooaplicativo
2. Abra aplicativo e aponte
e aponte parapara o QRQRCode
um dos Codesaoaolado.
lado
e) R$1,20 3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.

250 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 250 10/09/2019 14:29:57


03
A_
AT_
ag
sa

_M
0_1
Teoria de conjuntos

nd
EM2

re
w/
S hu
ttersto
ck
Conjuntos, elemento e pertinência • Operações com conjuntos • Conjuntos numéricos • Intervalos • Diagrama de Venn
Matemática
mód. 03/16

03
Diagrama
Conjuntos
Conjuntos de Venn:
numéricos
exercícios

START
Observe o infográfico a seguir, que exibe as mudanças nos tipos de transporte usados pelos mora-
Saiba mais
mai
dores da região metropolitana de São Paulo. A comparação foi feita nos anos 2007 e 2012.
Um infográfico tem por obje-
tivo apresentar informações
te, em milhões com a preponderância de
Viagens diárias por tipo de transpor
elementos gráficos visuais
Variação integrados em textos e/ou
2007 2012
dados numéricos.
Coletivo
13,9
+16%
16,1

Individual
11,2 +21% Professor: Conjuntos é um
13,6 conteúdo que está muito
presente cotidiano dos alunos,
e antes de iniciar a aula e a
leitura do material, pergunte
a eles se recordam o que são
conjuntos. Em caso positivo
peça que citem exemplos de

43,7
conjuntos presentes numa
sala de aula, por exemplo,
pode ser o conjunto de
milhões de viagens por alunos de determinada idade,
conjunto de alunos que tem
dia foram realizadas em idade par, dentre outros.
2012, um aumento de
15% em relação a 2007.

VIAGENS POR DIA EM RELAÇÃO À RENDA


1. Observe as informações que aparecem nos grá-
ficos e escreva dois números: Transporte coletivo Transporte individual
a) naturais. Até 1 244 2 488 4 976 Mais
2007, 2012, 1 244, 2 488, 4 976, 9 330, 43 700 000, Renda**
1 244 a 2 488 a 4 976 a 9 330 de 9 330
(em R$)

Aumento no uso
13 900 000, 16 100 000, 11 200 000, 13 600 000.

b) inteiros.
2007, 2012, 1 244, 2 488, 4 976, 9 330, 43 700 000,
–2, +2, –4, +4, –1, +1, –6, +6.

c) racionais.
43 700 000, 13 900 000, 16 100 000, 11 200 000, 13 600
000, 2007, 2012, 1 244, 2 488, 4 976, 9 330, 1%, 2%, 4%,
6%, –1%, –2%, –4% e –6%, 15%.
Redução no uso

d) reais.
13,9; 16,1; 11,2; 13,6; 2007, 2012, 1 244, 2 488, 4 976, 9 330, Variação
1%, 2%, 4%, 6%, –1%, –2%, –4% e –6%, 15%. 2007/2012
(em%)

2. Nesses gráficos você observa números irracio-


nais? Explique. População com maior renda teve
Não, pois números irracionais têm uma representação decimal redução no uso do transporte individual
infinita e não periódica.
Professor, aproveite essa questão para retomar os conjuntos Disponível em: www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/03/1423587
numéricos, solicitando aos alunos que citem exemplos de -uso-de-moto-aumenta-44-em-cinco-anos-em-sp.shtml. Acesso em: 13 ago. 2019.
números irracionais.

MAT A 251

EM20_1_MAT_A_03.indd 251 10/09/2019 17:39:13


Saiba mais
Bernhard Bolzano (1781–
Conjunto, elemento e pertinência
1848) foi quem primeiro Na teoria dos conjuntos, as noções de conjunto, elemento e pertinência são aceitas sem
falou livremente de conjun-
definição. Entende-se um conjunto como sendo uma coleção de objetos.
tos infinitos em Matemática.
Ele escreveu um livro sobre  Exemplos:
os paradoxos do infinito,
publicado postumamente 1) conjunto dos planetas do sistema solar;
em 1859, no qual aborda 2) conjunto dos mamíferos;
questões de natureza filo-
3) conjunto dos números pares positivos.
sófica e matemática acerca
dos conjuntos infinitos. Diz-se que cada objeto do conjunto é um elemento desse conjunto. Assim, nos exemplos
Richard Dedekind (1831–1916) acima, tem-se os elementos:
foi mais longe que Bolzano,
usando a noção de conjunto 1) Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, ...;
na construção dos números 2) cachorro, vaca, morcego, ...;
reais [...] Mas foi Georg
Cantor (1845–1918) quem 3) 2, 4, 6, 8, ...
mais avançou no estudo dos Denota-se, em geral, um conjunto por uma letra maiúscula do alfabeto (A, B, C, D, ...) e um
conjuntos. Logo no início de
um de seus trabalhos sobre elemento por uma letra minúscula (x, y, z, ...). Se um objeto x está num conjunto A, diz-se que
os números transfinitos, x ∈ A, onde se lê: x pertence a A. Se um objeto y não está num conjunto A, diz-se que y ∉ A, onde
ele define conjunto com se lê: y não pertence a A.
as seguintes palavras: Por
conjunto entenderemos

Representação de um conjunto
qualquer coleção numa
totalidade M de objetos
distintos, produtos de nossa
intuição ou pensamento. Pode-se representar um conjunto de 3 maneiras.
ÁVILA, G. Cantor e a teoria dos
conjuntos. Disponível em: http:// ● Usando o diagrama de Venn
www.educadores.diaadia.pr.gov.br/
arquivos/File/2010/veiculos_de_ A representação de um conjunto por meio de um diagrama é aquela em que os elementos são
comunicacao/RPM/RPM43/RPM43_02.
PDF. Acesso em: 19 ago. 2019. simbolizados por pontos interiores a uma região plana, delimitada por uma linha fechada.
Representando o conjunto das vogais V por um diagrama, tem-se a figura a seguir.

a
V

u e

o i

● Enumerando os elementos do conjunto entre chaves (Tabular)


 Exemplos:
1) conjunto das vogais: {a, e, i, o, u}
2) conjunto dos números primos: {2, 3, 5, ...}

● Partindo de uma propriedade dos seus elementos


 Exemplos:
1) A = {x/x é mês do ano que começa com a letra m} e se lê: A é o conjunto dos elementos x, tal que x é
mês do ano que começa com a letra m.
A = {março, maio}
2) B = {x/x é país do G7}
B = {Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, Japão, Itália}
3) C = {x ∈ N | x é múltiplo de 2} se lê: C é um conjunto de elementos x, com x pertencente aos naturais,
tal que x é múltiplo de 2.
C = { 2, 4, 6, 8...}

252 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 252 10/09/2019 14:30:02


Conjuntos unitário e vazio Curiosidade
Georg Cantor e o álefe-zero:
O conjunto que possui apenas um elemento é chamado de conjunto unitário; e o que não O homem que colocou o
possui elementos é chamado conjunto vazio e é representado por { } ou ∅. infinito no bolso
O alemão Georg Cantor, no
 Exemplos: início do século, desafiou o
1) Conjunto da solução da equação x + 2 = 4: S = {2} senso comum ao descobrir
números que a imaginação
2) Conjunto dos múltiplos de 10 entre 1 e 5: S = ∅
matemática ainda não
3) {x є  / x ≠ x} = ∅ alcançava
[...] Um exemplo simples são
os números inteiros: 1, 2, 3,
Conjuntos iguais 4, 5... e assim por diante. A
sequência nunca termina e
Dois conjuntos A e B são ditos iguais se, e somente se, possuem os mesmos elementos, não não se pode imaginar um
número que seja maior que
importando a ordem em que são escritos. todos os outros – era o que
Assim, se A é o conjunto das letras da palavra “AMOR”: A = {A, M, O, R} e B é o conjunto das se pensava até o final do sé-
letras da palavra “ROMA”: {R, O, M, A}, tem-se A = B. culo XIX. O fato, porém, é que
há números ainda maiores,
Se A e B não possuem exatamente os mesmos elementos, escreve-se A ≠ B (onde lê-se: A é como se além de um infinito
diferente de B). houvesse outros. Esse para-
doxo abalou o pensamento
 Exemplos: matemático e surpreendeu
1) {5, 10, 15, ...} = {x / x é múltiplo positivo de 5} seu próprio autor, o matemá-
tico Georg Cantor (1845-1918).
2) {a, b, c, d} = {b, d, c, a} Filho de dinamarqueses,
3) {3, 5, 7} ≠ {2, 3, 5} nascido na Rússia e radicado
na Alemanha, sua pátria por
adoção, Cantor era bastante

Conjunto universo conservador, dizem os


historiadores.
O conjunto que representa todos os elementos da conjuntura na qual estamos trabalhando é [...] Seu método, claro como
água, consistiu em comparar
chamado conjunto universo e geralmente é representado por U. a lista dos números inteiros
A solução do exemplo exposto a seguir depende diretamente do conjunto universo. com as de outros números.
Por exemplo, como os
 Exemplo: existentes entre 0 e 1, tais
Determine o conjunto solução da equação x2 – 9 = 0, considerando o conjunto universo dado em cada item: como 0,014828910... ou...........
0,999999273... E a compa-
a) U =  ração era feita como quem
O conjunto solução é composto apenas pelo número 3 (pois –3 ∉ ). vistoria uma sala de cinema:
se não há cadeiras vazias e
b) U =  ninguém está de pé, é certo
O conjunto é composto pelos números –3 e 3. que o número de cadeiras
é igual ao de pessoas. Caso
contrário, será maior o

Subconjuntos número do que sobrar,


cadeiras ou pessoas.
Diz-se que um conjunto A é um subconjunto de um conjunto B se, e somente se, todos os Com essa ideia em mente,
Cantor emparelhou os
elementos de A são também elementos de B, ou seja, se todo elemento de A pertence a B. Por números inteiros com os
exemplo, se A = {4, 5, 7} e B = {2, 3, 4, 5, 6, 7}, A é subconjunto de B e escreve-se A ⊂ B, onde se números menores que 1
lê: A está contido em B. Também pode-se escrever B ⊃ A, onde se lê: B contém A. Representando e constatou: depois de
graficamente, tem-se: esgotar a lista dos inteiros,
ainda havia menores que 1
B 2 a emparelhar. Concluiu que
o número desses últimos
A 4 – apenas entre 0 e 1 – era
6 maior que o infinito número
3 7 dos inteiros. Nem havia
5
nome para tal quantidade,
e coube a Cantor batizá-la.
Chamou de álefe-zero
ao conjunto de todos os
No caso dos conjuntos A e B não terem elementos em comum ou apenas alguns elementos inteiros – o “menor” dos
em comum, escreve-se B ⊄ A, onde se lê: B não está contido em A. Representando graficamente infinitos. Vinha depois o
álefe-zero mais 1, e por aí
essa segunda situação, tem-se: adiante, numa inimaginável
A B hierarquia de infinitos.
Disponível em: http://super.abril.
20 com.br/cotidiano/georg-cantor-
45 alefe-zero-homem-colocou-
infinito-bolso-440970.shtml.
30 Acesso em: 28 abr. 2015.

MAT A 253

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 253 10/09/2019 14:30:03


Conjunto das partes
A B
Saiba mais
A teoria dos conjuntos
está presente em nosso 20 20 Dado um conjunto A qualquer, o conjunto
cotidiano como um todo, 45
30 30 das partes de A, denotado por P(A), é o con-
como exemplo temos o
junto formado por todos os subconjuntos de A.
nosso país: Brasil que é for-
mado por 26 elementos, os  Exemplos:
estados. Porém cada estado

Conjuntos de conjuntos
possui outros subconjuntos 1) Seja A = {1}, então:
formados por suas cidades, P(A) = {∅, {1}}
que por sua vez são forma-
São conjuntos cujos elementos também 2) Seja A = {1, 2}, então:
das por bairros, cada bairro
é formado por ruas etc. são conjuntos. P(A) = {∅, {1}, {2}, {1, 2}}
3) Seja A = {a, b, c}, então:
 Exemplos:
P(A) = {∅,{a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, {a,
1) C = {{a}, {e}, {i}, {o}, {u}}
b, c}}
Nesse caso, diz-se que {{a}} ⊂ C ao invés de
{{a}} ∈ C, por exemplo. Se o conjunto A tem n elementos, o con-
junto das partes de A terá 2n elementos.
2) B = {{1, 2}, {1, 2, 3}, {0, 1}}
℘(A) = 2n

Operações com conjuntos


Trata-se de três operações básicas entre
conjuntos: união, intersecção e diferença de n(A∪B) = n(A) + n(B) – n(A∩B)
conjuntos. Veja:
em que n(A) indica o número de elementos do

União de conjuntos
conjunto A, n(B) indica o número de elementos
do conjunto B e n(A∩B) indica os elementos em
comum entre os dois conjuntos.
Dados dois conjuntos A e B, chama-se
união de A com B, e denota-se por A ∪ B, o
conjunto formado pelos elementos que per-
tencem a A ou B. Denotamos por:
Intersecção de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chama-se in-
A ∪ B = {x / x ∈ A ou x ∈ B} tersecção de A com B, e denota-se por A ∩ B,
o conjunto formado pelos elementos que per-
tencem a A e B. Denotamos por:
 Exemplos:
1) Sejam A = {3, 6, 9, 12} e B = {2, 4, 6, 8,10, 12},
A ∩ B = {x / x ∈ A e x ∈ B}
o conjunto união é dado por:
A ∪ B = {2, 3, 4, 6, 8, 9, 10, 12}
 Exemplos:
2) Sejam A = {a, e, i} e B = {o, u}.
1) Sejam A = {1, 2, 3, 5} e B = {3, 4, 5, 6, 7}.
A ∪ B = {a, e, i, o, u} A ∩ B = {3, 5}
3) Sejam A = {x, y} e B = {w, x, y, z}. 2) Sejam A = {a, i, u} e B = {e, o}.
A ∪ B = {w, x, y, z } A∩B=∅
4) Sejam A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {3, 4}. 3) Sejam A = {c, d} e B = {a, b, c, d, e}.
A ∪ B = {0, 1, 2, 3, 4} A ∩ B = {c, d}
4) Sejam A = {–2, –1, 0, 1, 2} e B = {–1, 0, 1}.
Propriedades A ∩ B = {–1, 0, 1}

Propriedades
1. Idempotente: A ∪ A = A
2. Elemento neutro: A ∪ ∅ = A
3. Comutativa: A ∪ B = B ∪ A 1. Idempotente: A ∩ A = A
4. Associativa: (A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C) 2. Elemento neutro: A ∩ U = A
3. Comutativa: A ∩ B = B ∩ A
Número de elementos da união 4. Associativa: (A ∩ B) ∩ C = A ∩ ( B ∩ C)
de conjuntos
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer, o nú-
mero de elementos de A∪B é dado por:

254 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 254 10/09/2019 14:30:03


Conjuntos disjuntos
A seguir, a diferença A – B está destacada
em verde.
A A
Sejam A e B dois conjuntos. Quando
A ∩ B = ∅, isto é, quando A e B não têm elemen- B B
tos em comum, diz-se que A e B são conjuntos
disjuntos.

Diferença de conjuntos Complementar de A em B


Dados dois conjuntos A e B, chama-se di-
Dados dois conjuntos A e B, tais que A ⊂ B,
ferença de A com B, e denota-se por A – B, o
chama-se complementar de A em B e denota-
conjunto formado pelos elementos que perten-
-se por CB A, ao conjunto B – A.
cem a A e não pertencem a B. Denotamos por:
 Exemplo:
A – B = {x/x ∈ A e x ∉ B}
Sejam A = {2, 3, 4} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}.
 Exemplos: CB A = {0, 1, 5, 6}
1) Sejam A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {4, 5, 6, 7}. Graficamente tem-se:
Então, B Saiba mais
A
A – B = {1, 2, 3} e B – A = {6, 7} O complementar de A em
2 0 relação ao universo também
2) Sejam A = {4, 5, 6, 7, 8} e B = {6, 7, 8}. Então, 3 é denotado por A .
4 5
A – B = {4, 5} e B – A = { }
1 6
3) Sejam A = {1, 2, 3} e B = {4, 5, 6}. Então,
A – B = {1, 2, 3} e B – A = {4, 5, 6}

Conjuntos numéricos
O matemático Leopold Kronecker disse, há determinada operação se o resultado lhe per-
centenas de anos: “Deus criou os números na- tencer, quaisquer que sejam os elementos do
turais; todo o resto é obra do homem”. conjunto a ser operado. Por exemplo, a soma
Isso mostra bem que os números naturais, de dois números naturais é sempre um número
Saiba mais
conhecidos há mais tempo, surgiram no coti- natural, logo, os naturais são fechados em re-
lação à adição; já a subtração de dois números De onde vieram os números?
diano do ser humano devido à necessidade de
naturais nem sempre é natural, assim os natu- Os números estão tão
contar.
rais não são fechados em relação à subtração. ligados ao nosso cotidiano
Outros conjuntos numéricos foram utiliza- que nós os tomamos como
certos. Eles são provavel-
Naturais ()
dos para suprir determinadas necessidades.
Os racionais (frações), por exemplo, estavam mente a primeira coisa que
você vê de manhã quando
ligados a problemas de razões geométricas. olha o relógio, e todos nós
Os irracionais, relacionados à polêmica diago- De forma resumida, podemos dizer que os enfrentamos uma avalanche
nal do quadrado. Os números negativos foram números naturais são os números usados de números ao decorrer do
inicialmente interpretados como dívidas e sua para contar. dia. Mas houve uma época
anterior aos sistemas nu-
existência foi, por muito tempo, contestada, méricos e contagens. A des-
 = {0, 1, 2, 3, ...}
sendo, inclusive, chamados de números ab- coberta – ou invenção – dos
surdos. Os números complexos, necessários O conjunto dos números naturais é fe- números foi um dos passos
à solução de determinadas equações, só con- cruciais no desenvolvimento
chado para a adição e para a multiplicação. cultural e civil da espécie
seguiram legitimidade após seu desenvolvi- Isso significa que, ao somarmos ou multiplicar- humana. Eles possibilitaram
mento formal. mos dois números naturais, o resultado será a propriedade, o comércio,
Como se pode notar, a evolução dos con- um número natural. a ciência e a arte, bem
juntos numéricos está intimamente ligada ao como o desenvolvimento
Podemos definir também o conjunto dos de estruturas e hierarquias
próprio desenvolvimento da humanidade. naturais positivos dado por  –{0} e denotado sociais – e, naturalmente,
Os conjuntos numéricos são apresentados, por  *. jogos, enigmas, esportes,
a seguir, do mais simples para o mais com- apostas, seguros e até festas

Propriedades
de aniversários!
plexo. Deve-se observar que os conjuntos são ROONEY, Anne. A História da
ampliações dos anteriores para possibilitar a matemática – Desde a criação das
pirâmides até a exploração do infinito.
realização de determinadas operações. Sejam m, n e p números naturais. Então: São Paulo: M. Books do Brasil Editora
Ltda, 2012. p. 14.
Para melhor compreensão é importante (m + n) + p = m + (n + p)
entender o significado da propriedade do fe- 1) Associatividade: 
m ⋅ (n ⋅ p) = (m ⋅ n) ⋅ p
chamento: um conjunto é fechado em relação a

MAT A 255

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 255 10/09/2019 14:30:04


2) Distributividade:
Produto de inteiros
m . (n + p) = m . n + m . p
O produto ou divisão de dois inteiros de
m + n = n + m
3) Comutatividade:  mesmo sinal é positivo. Para dois inteiros de
m ⋅ n = n ⋅ m sinais contrários, o resultado é negativo.
4) Lei do corte:
 Exemplos:
m + n = m + p ⇒ n = p 1) (− 2) ⋅ (− 3) = 2 ⋅ 3 = 6

m ⋅ n = m ⋅ p ⇒ n = p (com m ≠ 0) 2) (− 2) ⋅ 3 = 2 ⋅ (−3) = − 6
5) Tricotomia: dados dois naturais m e n 3) (− 4) : (− 2) = 4 : 2 = 2
quaisquer, tem-se que ou m < n ou m =  n 4) (− 4) : 2 = 4 : (− 2) = –2
ou m > n.
6) Princípio da boa ordem: todo subcon- Divisão de inteiros
junto não vazio dos números naturais
possui um menor elemento. Teorema: se c, d ∈  e d > 0, existem
inteiros q e r, únicos, tais que c = d ⋅ q + r,

Inteiros () em que 0 ≤ r < d.

É o conjunto composto pelos números  Exemplo:


37 = 8 ⋅ 4 + 5
 = {..., −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, ...}
Aqui, c = 37, d = 8, q = 4 e r = 5.
Subconjuntos notáveis: Na expressão, c é chamado dividendo; d,
● Conjunto dos inteiros não nulos: divisor; q, quociente; e r, resto.
* = {..., −3, −2, −1, 1, 2, 3, ...} Quando o resto r = 0, diz-se que a divisão
é exata.
● Conjunto dos inteiros não negativos:
+ = {0, 1, 2, 3, ...}
● Conjunto dos inteiros não positivos: Valor absoluto ou módulo de
− = {..., −3, −2, −1, 0} um inteiro
● Conjunto dos inteiros positivos:
Seja a ∈  . Concluímos que o valor abso-
+* = {1, 2, 3, ...} luto ou módulo de a é dado por:
● Conjunto dos inteiros negativos:
*–= {..., −3, −2, −1}  a se a ≥ 0
a =
O conjunto dos números inteiros possui  −a se a < 0
todas as propriedades dos números naturais
e adicionalmente é fechado em relação à sub-
tração (ou seja, ao subtrairmos dois números  Exemplos:
inteiros, o resultado será um número inteiro). 1) |1| = 1
2) |−1| = −(−1) = 1
Adição de inteiros 3) |0| = 0

Pode-se definir o simétrico ou oposto


para a adição da seguinte forma: Propriedades
1) |x| ≥ 0
∀a ∈  , ∃ − a ∈ 
tal que a + (–a) = 0 2) |x| · |y| = |x y|
3) |x|2 = x2
Com isso é possível definir a subtração em
 como: 4) |x + y| ≤ |x| + |y| (desigualdade
triangular)
a – b = a + (–b) 5) |x − y| ≥ |x| −|y|

Racionais ()
Na subtração anterior, a chama-se mi-
nuendo, b é o subtraendo e o resultado da
operação é chamado de diferença de resto.
O conjunto dos números racionais é
O minuendo é igual à soma do subtraendo aquele cujos números podem ser escritos sob
com o resto. forma de fração.

a 
 =  / a ∈ , b ∈  * e mdc (a,b) = 1
 b 

256 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 256 10/09/2019 14:30:06


2
1) 3 1
5 1) 0 , 333... = =
7 9 3
2) − 24 8
3 2 ) 0 , 242424... = =
6 3 99 33
 Exemplos: 3) 0,6 = = 13 −1 12 2
10 5 3 ) 0 ,133... = = = Saiba mais
2 7 90 90 15 Diz-se que 2 não é um
1) 4) 7 = 213 − 21 192 32
5 1 4 ) 2 ,133... = = = número racional.
7 6 2 90 90 15 De fato, se 2 fosse racio-
2) − 5) 0 ,666... = = 12 345 −123 12222 679 nal, deveriam existir dois
3 9 3 5 ) 1, 23454545... = = =
9900 9900 550 números p e q primos entre
6 3 p
3) 0,6 = = si, tais que 2 =
q
, ou

Reais ()
10 5 seja, p = 2 · q.
7
É4)fechado
7= para as quatro operações bási- Elevando ambos os mem-
1 bros ao quadrado, tem-se:
cas: adição, subtração, multiplicação e divisão O conjunto dos números reais (deno-
6 2 p2 = 2q2. Logo, p2 é par e
(no caso de o
5) 0 ,666... denominador
= = ser não nulo). tado por  ) é a união do conjunto dos núme- consequentemente p é par,
9 3
Os números inteiros são também números ros racionais com o conjunto dos números pois se p fosse ímpar, p2
racionais, pois podem ser considerados frações irracionais. também seria ímpar.
de denominador 1, como visto no exemplo 4. Fazendo p = 2k, k ∈ ,
 = ∪ tem-se:

Propriedades
4k2 = 2q2 ⇒ 2k2 = q2. Logo,
Os números irracionais, representados q2 é par e, então, q é par. O
por ou , são números que não podem ser fato de p e q serem pares
No conjunto dos racionais são adotadas as escritos sob forma de fração e constituem dízi- mostra que a hipótese de p
seguintes propriedades, para b e d não nulos: mas não periódicas. e q serem primos entre si
é falsa.
a c  Exemplos
1) Igualdade: = ⇔ ad = bc Logo, não existem números
b d racionais p e q, tais que
1) 2 p
a c ad + bc 2 = q . Portanto 2 é
2) Adição: + = 2) 3
b d bd irracional.
a c ac 3) π
3) Multiplicação: ⋅ =
b d bd O conjunto dos irracionais não é fechado
a c a d para a adição, multiplicação e divisão.
4) Divisão: : = ⋅
b d b c
Nesse conjunto encontram-se as frações,
Representação em diagramas
os decimais exatos e as dízimas periódicas. Como pôde ser observado pelas definições
dos conjuntos, vale a seguinte relação:
Dízimas periódicas  ⊂  ⊂  ⊂  e  ∪ =
Observe o número do exemplo a seguir.
Isso pode ser representado pelo seguinte
 Exemplo: diagrama:
Seja a = 1,25434343...
A este número, atribuímos:
parte inteira: 1

parte não periódica: 25 
período: 43 
Geratriz de uma dízima periódica é fração

ordinária que dá origem à dízima periódica.
A geratriz é uma fração com:
● numerador: parte inteira seguida de
Reta real
parte não periódica e do período, me- Entre o conjunto dos pontos de uma reta
nos a parte inteira seguida da parte orientada e o conjunto dos números reais
não periódica. existe uma correspondência biunívoca, ou
seja, o conjunto  pode ser representado por
● denominador: número formado de
uma reta orientada que recebe o nome de
tantos 9 quantos forem os algaris-
reta real.
mos do período, seguidos de tantos 0
quantos forem os algarismos da parte 3
não periódica. −
2 2
Vejamos mais alguns exemplos.
 Exemplos: −1 0 1

3 1 O módulo de um número definido ante-


1) 0 , 333... = =
9 3 riormente pode ser entendido como a distân-
24 8 cia entre o ponto correspondente ao número
2 ) 0 , 242424... = =
99 33 na reta real e a origem da mesma.
13 −1 12 2
3 ) 0 ,133... = = = MAT A 257
90 90 15
213 − 21 192 32
4 ) 2 ,133... = = =
90 90 15
12 345 −123 12222 679
5 ) 1, 23454545... =
PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 257 = = 10/09/2019 14:30:08
9900 9900 550
Intervalos
Igualdade
Dados dois números reais a < b, define-se:
[a, b] = {x ∈  / a ≤ x ≤ b} → intervalo fechado
em a e b. Dois pares ordenados são iguais se, e so-
[a, b[ = {x ∈  / a ≤ x < b} → intervalo fechado mente se, as suas duas coordenadas são iguais.
em a e aberto em b. (a, b) = (c, d) ⇔ a = c e b = d
]a, b] = {x ∈  / a < x ≤ b} → intervalo aberto Os pares ordenados podem ser represen-
em a e fechado em b. tados no sistema cartesiano ortogonal, no
]a, b[ = {x ∈  / a < x < b} → intervalo aberto qual o primeiro elemento do par ordenado é
em a e b. representado no eixo horizontal Ox (eixo das
[a, + ∞[ = {x ∈  / x ≥ a} abscissas) e o segundo elemento do par orde-
nado é representado no eixo vertical Oy (eixo
]a, + ∞[ = {x ∈  / x > a}
das ordenadas). Isso pode ser observado na
]− ∞, a] = {x ∈  / x ≤ a} figura a seguir:
]− ∞, a[ = {x ∈  / x < a}
y
Os intervalos reais podem ser representa- (a, b)
dos sobre a reta real como segue: b
a b
]a, b[
a b
[a, b]
a b O a x
[a, b[
a b

Produto cartesiano
]a, b]
a
]− ∞ , a]
a
O produto cartesiano de dois conjuntos A
]a, + ∞[
e B é o conjunto de todos os pares ordenados
que têm o primeiro termo em A e o segundo
Na representação gráfica de intervalos termo em B.
sobre a reta real, extremidades fechadas são
sempre representadas por bolas cheias e A × B = {(x, y) / x ∈ A ∧ y ∈ B}
extremidades abertas, por bolas não preen-
chidas. Assim, o intervalo [2, 3[ pode ser repre- É importante saber que:
sentado como segue: 1) O símbolo “∧“ é a representação mate-
2 3 mática para “e”.
2) Se um dos conjuntos for vazio, o produto
As operações entre intervalos são as mes- cartesiano é vazio.
mas vistas no estudo dos conjuntos e podem 3) O produto cartesiano não é comutativo,
ser mais facilmente efetuadas com o auxílio de assim A × B ≠ B × A, quando A ≠ B.
representações gráficas.
4) O número de elementos do produto car-
 Exemplo: tesiano pode ser obtido multiplicando a
Sejam os intervalos I = [2, 7] e J = ]5, 9[. Vamos quantidade de elementos de cada um
determinar K = I ∩ J. dos conjuntos: n(A × B) = n(A) ⋅ n(B)
2 7  Exemplo
I
A = {0, 2} e B = {1, 3, 5}
5 9
J A × B = {(0, 1); (0, 3); (0, 5); (2, 1); (2, 3); (2, 5)}
5 7 B × A = {(1, 0); (1, 2); (3, 0); (3, 2); (5, 0); (5, 2)}
I∩J
n (A × B) = n (B × A) = 2 ⋅ 3 = 6
Logo, K = ]5, 7].
O produto cartesiano A × A é denotado
por A 2. A diagonal de A 2 é ∆A = {(x, y) ∈ A 2 / x = y}.
Par ordenado É possível representar o produto carte-
siano graficamente por meio de um diagrama
É um conceito primitivo representado por de flechas.
(a, b), sendo um conjunto de dois elementos
ordenados.

258 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 258 10/09/2019 14:30:08


 Exemplo:
Observação
Sendo A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 3, 4}, Se A = ∅ ou B = ∅,
A × B = {(1, 1); (1, 2); (1, 3); (1, 4); (2, 1); (2, 2); (2, 3);(2, 4); (3, 1); (3, 2); (3, 3); (3, 4)} terá a representação A × B = ∅.
apresentada a seguir. Se A tem p elementos e B
tem q elementos, o produto
B cartesiano A × B terá p · q
A
elementos.
1• •1

2• •2

3• •3

•4

O produto cartesiano pode ser representado graficamente no plano cartesiano ortogonal, por
meio da representação dos pares ordenados que o compõem.
A representação gráfica é útil também para apresentar o resultado do produto cartesiano
entre intervalos reais.
 Exemplos:
1) A = {1, 2, 3} e B = {1, 2}

y y
(1, 3) (2, 3)
3

(1, 2) (2, 2) (3, 2) (1, 2) (2, 2)


2 2

(1, 1) (2, 1) (3, 1) (1, 1) (2, 1)


1 1

0 1 2 3 x 0 1 2 x
A×B B×A

Perceba que, como diz a propriedade 3 enunciada anteriormente, podemos ter que A x B ≠ B x A.
2) A = [1, 3] e B = [1, 5]

y
A×B
5 y
B×A
3

1 1

0 1 3 x 0 1 5 x

Perceba que este exemplo também reforça a propriedade da não comutatividade.

Propriedades
1) A × (B ∪ C) = (A × B) ∪ (A × C)
2) A × (B ∩ C) = (A × B) ∩ (A × C)
3) A × (B − C) = (A × B) − (A × C)

A cardinalidade de um conjunto é o número de elementos que esse conjunto possui.

MAT A 259

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 259 10/09/2019 14:30:09


Diagrama de Venn
Os diagramas usados para representar os elementos 2) Os últimos jogos Olímpicos aconteceram em 2016 no Rio de
de um conjunto (como representados anteriormente), são Janeiro. Uma pesquisa acerca das preferências nos esportes
chamados de diagrama de Venn. foi feita. Considere que o percentual de mulheres que tinham
interesse em assistir às competições de futebol é de 38%, na-
Além da representação, eles são muito úteis para a re- tação é de 43% e ginástica, 55%. Considerando também:
solução de problemas em que há relações entre conjuntos
numéricos. • 6% das mulheres entrevistadas escolheram Futebol, Natação
e Ginástica para assistir;
Para compreender como os diagramas de Venn auxi-
liam na resolução de determinados problemas, vejamos os • O percentual de mulheres que preferiu assistir somente às
exemplos a seguir: competições de Natação e Ginástica é de 12%;
• O percentual de mulheres que preferiu assistir somente às
 Exemplos:
competições de Futebol e Ginástica ou Natação e Futebol
1) Em um restaurante de uma empresa fez-se uma pesquisa é o mesmo.
para saber qual a sobremesa preferida dos funcionários:
tiramisu ou sorvete. Cada funcionário poderia indicar que Sendo assim, qual o percentual de mulheres que pretendia
gosta das duas sobremesas, de apenas uma, ou de nenhu- assistir somente às competições de Ginástica?
ma das duas. Do total de pesquisados, 21 declararam que Solução:
gostam de tiramisu, 29 gostam de sorvete, 10 gostam des- Se o percentual de futebol é 38%, nata-
sas duas sobremesas e 7 não gostam de nenhuma dessas ção 43% e ginástica 55%, temos 38% + 43% +
duas sobremesas. + 55% = 136%, ou seja, 36% foi somado a mais. Utilizando
Calcule o número de pesquisados. o diagrama de Venn,
Solução:
Futebol Natação
Vamos fazer um passo a passo. 38% 43%
Temos que, primeiramente, elaborar um diagrama com
dois conjuntos: um para os que preferem tiramisu e um F b N
para os que preferem sorvete, sendo que eles devem se in- a
tersectar (pois há pessoas que gostam de ambos). d c

Em seguida, na intersecção, devemos colocar o número G


correspondente às pessoas que gostam de ambas sobre-
55%
mesas:
Ginástica
Tiramisu Sorvete A soma de todos os valores deve ser 100%, ou seja, F + N +
G + a + b + c + d = 100. Mas temos 36% sobrando, que é
10 a soma 2a + b + c + d = 36.
Dessa forma, como a  =  6%, temos 12 + b + c + d = 36.
Além disso, pelo segundo item, c = 12. Logo, b + 12 + d –
Temos que 21 declararam gostar de tirami- – 24 ⇒ b + 12 + d = 24 ⇒ b + d = 12. Mas pelo terceiro
su. Mas já temos o 10 da intersecção. Logo, item, b = d, ou seja, b = d = 6. Assim, temos:
os que gostam apenas de tiramisu são 21 –
– 10 = 11 pessoas. De maneira similar, 29 declararam gos- Futebol Natação
tar de sorvete, mas os que gostam apenas de sorvete são 38% 43%
29 – 10 = 19. Temos, então,
F 6% N
Tiramisu Sorvete 6%
6% 12%
11 10 19
G
55%
Ginástica
Porém, há 7 pessoas que não gostam de nenhuma das so-
bremesas. Logo, indicamos esse número fora dos conjun- Dessa forma, o percentual de mulheres que preten-
tos. Assim: dia assistir somente às competições de Ginástica é de
G = 55 – 6 – 6 – 12 = 31%.
Tiramisu Sorvete

11 10 19

Temos todos os dados inseridos no dia-


grama de Venn. Resta, portanto, somá-los:
11 + 10 + 19 + 7 = 47.
Portanto, foram entrevistadas 47 pessoas.

260 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 260 10/09/2019 14:30:12


MATEMÁTICA E HISTÓRIA

Frege e o paradoxo de Russel


Dentre os muitos outros paradoxos que foram sendo descobertos, merece especial atenção o chamado paradoxo de Russell, que está
contido numa carta que Bertrand Russell (1872–1970) escreveu a Gottlob Frege (1848–1925) em 1902. Frege recebeu a carta de Russell
quando estava para publicar o segundo volume de uma obra em que fundamentava toda a aritmética na teoria dos conjuntos.
[...]
Para explicar o paradoxo de Russell, começamos observando que um conjunto pode ser elemento de outro conjunto, como já vimos
atrás, no caso do conjunto das partes de um dado conjunto. Outro exemplo: uma reta é um conjunto de pontos; e podemos formar o
conjunto das retas de um dado plano, portanto, um conjunto de conjuntos.
Pode um conjunto ser elemento de si mesmo? Consideremos o conjunto de todas as ideias abstratas. Não é esse conjunto também
uma ideia abstrata? Então ele é um elemento de si mesmo. Outro exemplo: o conjunto de todos os conjuntos que possuem mais de dois
elementos é um elemento de si mesmo, pois certamente possui mais de dois elementos.
Não se perturbe o leitor se achar muito estranha essa ideia de um conjunto pertencer a si mesmo. [...]
Vamos considerar o conjunto de todos os conjuntos que não pertencem a si mesmos, e que denotaremos por M. Assim, de maneira
simbólica e explícita, M={x/x∉ x}.
Pergunta: M ∈ M? Não, pois M seria um certo x tal que x∈x, donde, pela definição de M, x∉ M, isto é, M∉M.
Será então que M∉ M? Também não, pois M seria um certo x tal que x∉x, donde, pela definição de M, x ∈ M, isto é, M ∈ M.
Em resumo, M ∈ M e M∉M .
Estamos diante de um paradoxo, que surgiu da consideração do conjunto M de todos os conjuntos que não pertencem a si mesmos.

ÁVILA, G. Cantor e a teoria dos conjuntos. Disponível em: http://www.rpm.org.br/cdrpm/43/2.htm. Acesso em: 19 ago. 2019.

Levando em consideração as notas da unidade monetária Real, determine o conjunto das notas cujo valor é:
a) Múltiplo de 2 As notas em Reais são: 2, 5, 10, 20, 50 e 100
A = {2, 10, 20, 50, 100}

b) Múltiplo de 5
B = {5, 10, 20, 50, 100}

c) Múltiplo de 10
C = {10, 20, 50, 100}
Vadim Sadovski/Shutterstock

MAT A 261

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 261 10/09/2019 14:30:21


Resolvidos Praticando
1. (UFRGS) Entre os números apresentados nas alternativas, o único 1. Encontre a intersecção de cada um dos pares de intervalos.
que é racional é: a) [2, 4] e [–1, 4)
a) 2,333... [2, 4)
d) π
b) 0,010010001... e) a razão do comprimento b) (–3, 5) e [–2, 4]
c) 2 de um círculo e seu raio. [–2, 4]
5 c) (–1, 0) e (0, 1)
 Solução: A A intersecção é o conjunto vazio.
Note que x = 2,333... ⇒ 10x = 23,333... Então, 10x – x = 23,333... – 
21 2. Sejam X = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}, Y = {–1, 0, 1, 2, 3} e
–2,333... ⇒ 9x = 21 ⇒ x =  . Logo, 2,333... é um número racional, Z = {–3, –2, –1, 0, 1, 2}. Descreva os seguintes conjuntos:
9
pois é escrito como a razão entre dois números inteiros. a) Y ∪ Z a) Y ∪ Z = {–3, –2, –1, 0, 1, 2, 3}
2. (Mackenzie) Se designarmos por [3, 4] o intervalo fechado, em , b) X ∩ Z b) X ∩ Z = {1, 2}
c) Z – X = {–3, –2 – 1, 0}
de extremidades 3 e 4, é correto escrever: c) Z – X d) CXY= X – Y = {4, 5, 6, 7, 8, 9}
a) {3, 4} = [3, 4] c) {3, 4} ⊂ [3, 4] e) n.d.a. d) CXY
b) {3, 4} ∈ [3, 4] d) {3, 4} ⊃ [3, 4] 3. Após o retorno do recreio, a professora de matemática resolveu
 Solução: C fazer um levantamento e descobriu que, de um total de 40 alunos,
Sabe-se que [3, 4] = {x ∈ ; 3 ≤ x ≤ 4} e que {3, 4} é o conjunto dos pontos 24 compraram pastel; destes, 6 compraram pizza e pastel, e 9 alunos
3 e 4. Conclui-se, inicialmente, que o intervalo tem mais elementos que não compraram lanche nesse dia. Qual o número de alunos que
comprou apenas pizza?
o conjunto formado pelos pontos 3 e 4. Dessa última informação, con-
clui-se que as alternativas A e D são incorretas. Portanto, a alternativa Pastel Pizza
C é a correta, visto que os pontos 3 e 4 pertencem ao intervalo [3, 4] e, Dessa forma, temos 18 + 6 + x + 9 = 40,
por convenção, tem-se um conjunto contido em outro e não que um de onde x = 7.
conjunto pertence ao outro. 18 6 x

3. (Fuvest) Os números x e y são tais que 5 ≤ x ≤ 10 e 20 ≤ y ≤ 30. O


x 9
maior valor possível de é:
y 4. Dados A = {a, e, i, o, u} e B = {o, u}. Classifique em verdadeiro (V)
1 1 ou falso (F):
a) c) e) 1
6 3 a) i ∈ A d) A = B
1 1 b) a ∉ B e) e ∉ B
b) d)
4 2 c) B ⊂ A
 Solução: D Lembre-se de que o símbolo ∈ é usado de elemento para conjunto e o símbolo ⊂ é
x usado de conjunto para conjunto. Portanto, tem-se:
Para que o valor de atinja seu valor máximo, precisa-se que y seja a) Verdadeira, pois i é um elemento de A.
y b) Verdadeira, pois a não é elemento de B.
o menor possível e x, o contrário, ou seja, o maior possível. Seguindo c) Verdadeira, pois todos os elementos de B são também elementos de A.
d) Falsa, pois nem todos os elementos de A são elementos de B.
10 e) Verdadeira, pois e não é elemento de B.
as limitações impostas pelo exercício, tem-se que esse valor é ,
20 5. Classifique em verdadeiro (V) ou falso (F).
1
ou seja, . a) ( )  ⊂ 
2
a) Verdadeira, pois todo número natural pode ser
4. (Insper-2012) Dizemos que um conjunto numérico C é fechado b) ( )  ⊂ 
escrito como fração com denominador igual a 1.
pela operação * se, e somente se, para todo c1, c2 ∈ C, tem-se c) ( ) 0 ∈  b) Verdadeira, pois todo número inteiro pode ser
(c1 * c2) ∈ C. A partir dessa definição, avalie as afirmações seguintes. d) ( ) 0,343434... ∈ 
escrito como fração com denominador igual a 1.

{ }
I. O conjunto A = {0, 1} é fechado pela multiplicação. 0
2 3 c) Verdadeira, pois 0 = .
e) ( ) , ∈ 1
II. O conjunto B de todos os números naturais que são quadrados 9 5 d) Verdadeira, pois toda dízima periódica pode ser
perfeitos é fechado pela multiplicação. 34
f) ( ) 8 ∈  –  escrita como fração, nesse caso,
99
.
III. O conjunto C = {1, 2, 3, 4, 5, 6} é fechado pela adição. 4
Está(ão) correta(s):
a) apenas a afirmação I. d) apenas as afirmações II e III.
e) Falsa, pois
elemento.
2 3
,
9 5{ } é um subconjunto de , e não

b) apenas as afirmações I e II. e) as três informações. 8


f ) Falsa, pois = 2 ∈ .
c) apenas as afirmações I e III. 4

 Solução: B
Verificando as afirmações, conclui-se que: 6. Os conjuntos X = {0, 4, 5, 6, 7, x} e Y = {1, 3, 6, 8, x, y} possuem o
I. Verdadeira. Analisando todas as possibilidades de produto, con- mesmo número de elementos e X Y = {2, 6, 7}. Para os elementos
clui-se que x e y, encontre o valor de xy.
0∙1=0∈A 0∙0=0∈A 1∙1=1∈A
II. Verdadeira, pois o produto entre dois números naturais, que são Conclui-se, por hipótese, que X Y = {2, 6, 7}. Dessa forma, tem-se 2 ∈ X e 2 ∈ Y, 6 ∈ X e 6 ∈ Y
quadrados perfeitos, equivale a a2 · b2 = (a · b)2 ∈ B. e 7 ∈ X e 7 ∈ Y. Logo, x = 2 e y = 7. Portanto, xy = 27 = 128.

III. Falsa, pois 3 + 6 = 9 ∉ C

262 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 262 10/09/2019 14:30:25


7. Numa academia foi realizada uma pesquisa com o intuito de 3. C1:H5 (Enem-2013) Em um jogo educativo, o tabuleiro
identificar qual atividade física era mais praticada, entre natação, é uma representação da reta numérica e o jogador deve
musculação e crossfit. Foram obtidos os seguinte resultados: posicionar as fichas contendo números reais correta-
• A quantidade de pessoas que praticam natação e musculação ex- mente no tabuleiro, cujas linhas pontilhadas equivalem
cede em 5 o número de pessoas que praticam as três atividades. a 1 (uma) unidade de medida. Cada acerto vale 10 pontos.
• 7 pessoas praticam natação e crossfit, mas não praticam Na sua vez de jogar, Clara recebe as seguintes fichas:
musculação.
• 6 pessoas praticam crossfit e musculação, mas não praticam 3 – 1 3 –2,5
2 2
natação.
• O número de pessoas que praticam exatamente uma das ativi-
dades equivale a 150. X Y Z T
• 190 pessoas praticam pelo menos uma das três atividades.
Para que Clara atinja 40 pontos nessa rodada, a figura que repre-
Nessas condições, quantas pessoas praticam as três atividades?
senta seu jogo, após a colocação das fichas no tabuleiro, é:
n(N) = número de pessoas que praticam natação.
n(M) = número de pessoas que praticam musculação.
n(C) = número de pessoas que praticam crossfit.
Logo, n(N ∩ M) = n(N ∩ M ∩ C) + 5 T Y Z X
a)
n(N ∩ C) = 7
0
n(C ∩ M) = 6

n(N) + n(M) + n( C) = 150



n(N) + (5 + 6 + 7) + n(M) + n( C) + x = 190 XZ Y T
b)
⇒ 150 + 18 + x = 190 ⇒ x = 190 − 168 ⇒ x = 22
0

Desenvolvendo Habilidades
T Y X Z
c)
1. C1:H3 (Enem-2015) No contexto da matemática recrea- 0
tiva, utilizando diversos materiais didáticos para motivar
seus alunos, uma professora organizou um jogo com
um tipo de baralho modificado. No início do jogo, vira- T Y ZX
-se uma carta do baralho na mesa e cada jogador recebe em mãos d)
nove cartas. Deseja-se formar pares de cartas, sendo a primeira 0
carta a da mesa e a segunda, uma carta na mão do jogador, que
tenha um valor equivalente àquele descrito na carta da mesa. O YT ZX
objetivo do jogo é verificar qual jogador consegue o maior número e)
de pares. Iniciado o jogo, a carta virada na mesa e as cartas da mão 0
de um jogador são como no esquema:
4. C1:H3 (IFAL-2016) A Lógica estuda a valorização das sentenças e suas
relações, e muitas vezes usa a simbologia dos conjuntos para expres-
sar essa linguagem. Por exemplo: sejam o conjunto dos jogadores
de futebol e o conjunto dos atletas, denotados por F e A respectiva-
mente. A sentença lógica “TODO JOGADOR DE FUTEBOL É ATLETA”
significa que para qualquer elemento x ∈ F, tem-se também que
x ∈ A. Representamos simbolicamente por F ⊂ A, ou seja, o conjunto
F está contido no conjunto A.
Posto isto, a simbologia F ⊄ A expressa corretamente pela lógica que
Segundo as regras do jogo, quantas cartas da mão desse jogador a) nenhum jogador de futebol é atleta.   
podem formar um par com a carta da mesa?
b) todo atleta é jogador de futebol.   
a) 9 c) 5 e) 3
c) existe jogador de futebol que é atleta.   
b) 7 d) 4
d) existe atleta que não é jogador de futebol.   
2. C1:H3 (Enem-2016) Até novembro de 2011, não havia
e) existe jogador de futebol que não é atleta.
uma lei específica que punisse fraude em concursos
públicos. Isso dificultava o enquadramento dos frauda- 5. C1:H3 (Enem-2016) Nas construções prediais são utili-
dores em algum artigo específico do Código Penal, zados tubos de diferentes medidas para a instalação da
fazendo com que eles escapassem da Justiça mais facilmente. rede de água. Essas medidas são conhecidas pelo seu
Entretanto, com o sancionamento da Lei 12.550/11, é considerado diâmetro, muitas vezes medido em polegada. Alguns
crime utilizar ou divulgar indevidamente o conteúdo sigiloso de 1 3 5
desses tubos, com medidas em polegada, são os tubos de , , .
concurso público, com pena de reclusão de 12 a 48 meses (1 a 4 2 8 4
anos). Caso esse crime seja cometido por um funcionário público, Colocando os valores dessas medidas em ordem crescente,
1 encontramos
a pena sofrerá um aumento de .
3 1 3 5 3 5 1
a) , , d) , ,
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 15 ago. 2012. 2 8 4 8 4 2
Se um funcionário público for condenado por fraudar um concurso 1 5 3 5 1 3
b) , , e) , ,
público, sua pena de reclusão poderá variar de 2 4 8 4 2 8
a) 4 a 16 meses. c) 16 a 64 meses. e) 28 a 64 meses. 3 1 5
b) 16 a 52 meses. d) 24 a 60 meses. c) , ,
8 2 4

MAT A 263

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 263 10/09/2019 14:30:28


6. C1:H3 (Enem-2016) O quadro apresenta a ordem de 10. C1:H3 (CEFET-MG-2014) Um grupo de alunos cria um jogo de
colocação dos seis primeiros países em um dia de dis- cartas, em que cada uma apresenta uma operação com números
puta nas Olimpíadas. A ordenação é feita de acordo racionais. O ganhador é aquele que obtiver um número inteiro
com as quantidades de medalhas de ouro, prata e como resultado da soma de suas cartas. Quatro jovens ao jogar
bronze, respectivamente. receberam as seguintes cartas:

País Ouro Prata Bronze Total 1.ª carta 2.ª carta


1.º China 9 5 3 17
2.º EUA 5 7 4 16 Maria 1,333... + 4 1,2 + 7
5 3
3.º França 3 1 3 7
4.º Argentina 3 2 2 7 Selton 0,222... + 1 0,3 + 1
5 6
5.º Itália 2 6 2 10
6.º Brasil 2 5 3 10 Tadeu 1,111... + 3 1,7 + 8
10 9

Se as medalhas obtidas por Brasil e Argentina fossem reunidas


Valentina 0,666... + 7 0,1 + 1
para formar um único país hipotético, qual a posição ocupada 2 2
por esse país?
a) 1.ª c) 3.ª e) 5.ª
O vencedor do jogo foi
b) 2.ª d) 4.ª
a) Maria. c) Tadeu.
7. C1:H3 (UERJ-2015) O segmento XY, indicado na reta numérica a b) Selton. d) Valentina.
seguir, está dividido em dez segmentos congruentes pelos pontos
A, B, C, D, E, F, G, H e I.
A B C D E F G H I
Complementares

X Y 23 7 47 11 4 11
1. (IFCE) Considere os seguintes números reais: , , , 1, , ,
24 8 48 12 3 8
23 7 47 11 4 11
, , 3 , 1, , , . Colocando-se esses números em ordem crescente, o menor
24 18 e 48
Admita que X e Y representem, respectivamente, os números . 12 3 8
O ponto D representa o seguinte número: 6 2 e o maior deles são, respectivamente,
1 17 23
a) c) a) e 1.
5 30 24
8 7
b) d) 11 4
15 10 b) e .
12 3
8. C1:H3 (CEFET-MG-2012) Dados os conjuntos numéricos A, B, C e D,
a região sombreada do diagrama corresponde a: 7 4
c) e .
8 3
U C 7 11
d) e .
8 8
A B
e) 47 e 4 .
48 3
2. (Mackenzie) Se A = {3, 7} e B = {7, 8, 9}, então o número de
elementos do conjunto M, tal que A ∩ M = {3}, B ∩ M = {8} e
A ∪ B ∪ M = {3, 7, 8, 9, 10}, é:
D a) 1 c) 3 e) 5
b) 2 d) 4
a) C ∩ D. c) (A ∩ B) ∪ (C ∩ D).
3. (PUCRS) Sejam A, B ⊂ U. Se x ∈ C(A ∪ B), então:
b) C ∪ D. d) (A ∪ B) ∩ (C ∩ D).
a) x ∈ A ∩ B. c) x ∈ CA ∩ CB. e) x ∈ CA ∩ B.
9. C1:H3 (UDESC-2014) Um evento cultural ofereceu três atrações ao
b) x ∈ A ∪ B. d) x ∈ A ∩ CB.
público: uma apresentação de dança, uma sessão de cinema e uma
peça de teatro. O público total de participantes que assistiu a pelo 4. (UDESC) Sejam a e b números reais quaisquer. Assinale a alterna-
menos uma das atrações foi de 200 pessoas. Sabe-se, também, que tiva correta.
115 pessoas compareceram ao cinema, 95 à dança e 90 ao teatro. 1 1
a) Se a ≤ b, então ≥ .
Além disso, constatou-se que 40% dos que foram ao teatro não a b
foram ao cinema, sendo que destes 25% foram apenas ao teatro. b) a2 + 2ab + b2 = a + b .
Outra informação levantada pela organização do evento foi que o
público que assistiu a mais de uma atração é igual ao dobro dos que c) Se 2a + b ≥ b + 2 , então a ≥ 1 ou a < 0.
assistiram somente à apresentação de dança. Se apenas 2 pessoas a a
compareceram a todas as atrações, então a quantidade de pessoas d) Se a2 – b2 = a + b, então a = 1 + b.
que assistiu a somente uma das atrações é:
a) 102 c) 98 e) 152 2 4
e) + = 2.
b) 114 d) 120 3 3

264 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 264 10/09/2019 14:30:30


5. (UECE-2019) Seja U o conjunto de todos os números inteiros posi- 10. (UnB) Todo infinito tem o mesmo tamanho? Qual a diferença entre
tivos menores do que 200. Se o infinitamente grande e o infinitamente pequeno? Afinal, o que
X2 = {n ∈ U tal que n é múltiplo de 2}, é o infinito? Ao longo da história, muitos dedicaram-se a refletir
sobre esse problema, como o grego Zenão de Eleia (495-435 a.C.),
X3 = {n ∈ U tal que n é múltiplo de 3} e
que propôs o problema da corrida entre Aquiles, o mais veloz
X5 = {n ∈ U tal que n é múltiplo de 5}, corredor do mundo, e uma tartaruga, que, em razão de sua óbvia
então, o número de elementos de X2∪X3∪X5 é desvantagem, largaria alguns metros à frente do herói mítico.
a) 140. c) 150. Contrariamente à constatação evidente da vantagem de Aquiles,
b) 135. d) 145. argumentou Zenão que o atleta nunca alcançaria o animal, pois,
quando chegasse ao ponto de partida da tartaruga, ela já teria
6. (UFJF) Define-se o comprimento de cada um dos intervalos [a, b], avançado mais uma distância, de modo que, quando ele atin-
]a, b[, ]a, b] e [a, b[ como sendo a diferença (b – a). Dados os interva- gisse o ponto onde ela se encontrava nesse momento, ela já teria
los M = [3, 10], N = ]6, 14[, P = [5, 12[, o comprimento do intervalo avançado mais outra distância. E isso se sucederia infinitamente,
resultante de (M ∩ P) ∪ (P – N) é igual a: caso os espaços fossem divididos infinitamente. O entendimento
a) 1 dessa questão sempre foi intrigante. Pensadores da Antiguidade,
anteriores a Pitágoras (500 a.C.), já eram atormentados por essa pro-
b) 3
blemática. Entretanto, apenas ao final do século XIX, na Alemanha,
c) 5 com Georg Cantor (1845-1918), a ideia de infinito foi, realmente,
d) 7 consolidada na matemática. Os matemáticos já sabiam do caráter
e) 9 infinito de alguns conjuntos, como os dos números inteiros, dos
racionais, dos irracionais e dos reais, mas desconheciam que
7. (Unesp) Em um programa de plateia da TV brasileira, cinco partici- alguns conjuntos poderiam ser mais infinitos que outros. Cantor
pantes foram escolhidos pelo apresentador para tentarem acertar demonstrou que, embora infinitos, os números racionais podem
o número de bolas de gude contidas em uma urna de vidro trans- ser enumerados – ou contados –, assim como os inteiros. Todavia,
parente. Aquele que acertasse ou mais se aproximasse do número os números irracionais são “mais infinitos” que os racionais e não
real de bolas de gude contidas na urna ganharia um prêmio. podem ser contados. Assim, a quantidade de infinitos racionais,
Os participantes A, B, C, D e E disseram haver, respectivamente, valor denominado alef zero, é menor que a quantidade de infinitos
1 195, 1 184, 1 177, 1 250 e 1 232 bolas na urna. Sabe-se que nenhum irracionais, valor denominado alef 1. Em outras palavras, Cantor
dos participantes acertou o número real de bolas, mas que um postulou que os números racionais, bem como os inteiros, são, de
deles se enganou em 30 bolas, outro em 25, outro em 7, outro em fato, infinitos, mas são contáveis, ao passo que os números irracio-
48 e, finalmente, outro em 18 bolas. Podemos concluir que quem nais são infinitos e incontáveis e o infinito dos números racionais
ganhou o prêmio foi o participante: é menor que o infinito dos números irracionais.
a) A Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Adaptado.
b) B
Com relação ao texto, julgue o item a seguir.
c) C
Considerando-se que o tamanho de cada conjunto corresponda
d) D diretamente à quantidade de seus elementos, é correta a seguinte
e) E representação dos conjuntos dos números N (naturais), Z (inteiros),
Q (racionais), I (irracionais) e R (reais).
8. (UFG-2014) Na classificação de Robert H. Whittaker, os seres vivos
foram agrupados nos reinos Monera, Protista, Fungi, Plantae e
Animalia. A esse respeito, considere os seguintes conjuntos de R
reinos A = {Monera, Protista, Fungi}, B = {Plantae, Animalia, Fungi},
C = {Animalia, Protista, Fungi} e uma lista de indivíduos que os repre- Q
sentam formada por {bactérias, levedura, samambaia, cogumelo,
algas microscópicas, caracol, esponja, musgo}. Diante do exposto,
conclui-se que todos os indivíduos que pertencem aos reinos que Z
estão no conjunto (A ∩ B)C – C são os seguintes:
I
a) bactérias, musgo e samambaia.
b) bactérias e algas microscópicas.
N
c) samambaia e musgo.
d) samambaia, musgo e algas microscópicas.
e) caracol e esponja.
9. (ITA-2013) Sejam A, B e C subconjuntos de um conjunto universo U.
Das afirmações:
I. A \ (B ∩ C) = (A \ B) ∪ ( A \ C)
II. (A ∩ C) \ B = A ∩ BC ∩ C
III. (A \ B) ∩ (B \ C) = (A \ B) \ C
é(são) verdadeira(s):
a) apenas I.
b) apenas II.
ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
c) apenas I e II. Façaoodownload
1. Faça downloaddodo aplicativo
aplicativo SAE SAE Questões
Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
de leituradeQRleitura
aplicativo Code.QR Code.
d) apenas I e III. Abraooaplicativo
2. Abra aplicativo e aponte
e aponte parapara o QRQRCode
um dos Codesaoaolado.
lado
e) todas. 3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.

MAT A 265

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 265 10/09/2019 14:30:31


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Relações e funções
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Relações • Funções
Matemática
mód. 04/16

04 Estudo das
funções
Classificação
de função

START

Relações e funções
Matemática do cotidiano
Atualmente a palavra algoritmo é presente em nosso cotidiano. Nas redes sociais, por exemplo, as
empresas acabam “escolhendo” o que aparece nas linhas do tempo de acordo com nossos interesses.
Eles fazem uma análise do que o usuário mais vê e interage para oferecer conteúdos parecidos com
aquele. Este tipo de interação com o usuário é um algoritmo que escolhe.
O algoritmo representa um caminho/ações que se desenvolvem em sequência para resolver algo.
Ou seja, tem-se um problema e deve-se encontrar uma solução. Esta solução segue um itinerário. Por
Ao introduzir algoritmo no texto
inicial incentive a discussão exemplo, para fritar um ovo, o objeto inicial seria o ovo e o final, o ovo frito, quais os passos que são
sobre a temática. Convide-os a necessários para se ter um ovo frito?
elaborar outros esquemas que
determine um algoritmo. 1) quebrar o ovo;
2) separar o ovo da casca;
3) colocar uma frigideira no fogo;
4) por óleo na frigideira;
5) despejar o ovo na frigideira com óleo;
6) colocar sal no ovo;
7) esperar o ovo fritar;
8) retirar o ovo frito.
Observe que esta é apenas uma das maneiras de fritar um ovo, podem existir outras. Mesmo
que o caminho seja diferente, tendo uma “entrada”, neste caso ovo, e conseguindo chegar na “saída”
esperada, o ovo frito, denominamos esses passos de algoritmo. Algoritmo é como denominamos a
linguagem de programação.
O exemplo a seguir mostra um algoritmo, “fritar o ovo”, que está presente no cotidiano das pes-
soas, mas elas não têm consciência que isso representa um algoritmo. Neste caso, fritar o ovo de-
pende de algumas condições. Observe:

Fritar ovo

Sim Não fritar ovo

Fritar ovo Tem ovo?


Não

Não Posso ir ao mercado?


wk1003mike; anetta/Shutterstock

Sim

Fritar ovo

266 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 266 10/09/2019 14:31:26


1. Pense em uma situação do seu cotidiano e elabore um esquema, assim como o sugerido, que dependa de
decisões a serem tomadas para alcançar, ou não, um objetivo final.

Resposta pessoal.

2. Uma máquina funciona de maneira desconhecida. A única informação disponível Entrada Saída
é que os números entram dentro dela e saem outros números diferentes do que 1 3
entraram. Descubra o que acontece dentro da máquina. Explique em forma de
algoritmo, ou seja, os passos que acontecem com o número dentro da máquina 2 5
para que eles saiam daquela maneira. Leve em consideração os dados da tabela. 3 7

Entrada

Agor2012/Shutterstock

Saída

Espera-se que os alunos cheguem à conclusão de que são realizadas operações com os números dentro da máquina. De maneira mais

formal, o intuito é que eles respondam por meio do conceito de função. Uma das funções esperadas é f(x) = 2x +1, mas podem surgir outras.

Passos do algoritmo: 1) Colocar o número na máquina 2) Multiplicar o número por 2; 3)Somar 1 ao resultado obtido no passo 2; 4) Tirar o

resultado da máquina.

3. Elabore uma regra que estabeleça uma relação, assim como foi feito no exercício anterior e desafie um colega
para que descubra qual a regra que você criou para a sua máquina.
Resposta pessoal. Porém é esperado que os alunos consigam formalizar a função que eles pensaram de maneira clara.

MAT A 267

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 267 10/09/2019 14:31:47


Dizer que (x, y) ∈ A × B
Saiba mais
Relações
significa dizer que x ∈ A e
y ∈ B. Dados dois conjuntos A e B, uma relação R Pode-se representar a relação anterior
é um subconjunto do produto cartesiano de A num diagrama de flechas.
com B, ou seja, R A × B. Vejamos os exemplos
Curiosidade
a seguir para compreender este conceito. 4 • • 3
Foi Leibniz (1646-1716) quem
primeiro usou o termo  Exemplo:
6 • • 5
função, em 1673, mas ainda Seja A o conjunto dos números pares entre
apenas para designar,
1 e 10, e B o conjunto dos números primos • 7
de forma muito geral, a 8 •
dependência de uma curva ímpares entre 1 e 10. Então, A = {2, 4, 6, 8} e
das suas quantidades B = {3, 5, 7}.
geométricas como as sub-
A × B = {(2, 3),(2, 5),(2, 7),(4, 3),(4, 5),(4, 7), Chama-se domínio da relação R o conjunto
tangentes e as subnormais.
Introduziu igualmente os (6, 3),(6, 5),(6, 7),(8, 3),(8, 5),(8, 7)} formado pelos primeiros elementos dos pares or-
termos constante, variável e São exemplos de relações de A em B: denados (x, y), tais que (x, y)  ×  . E chama-se
parâmetro. imagem da relação R o conjunto formado pela
I) R = {(2, 3),(2, 5),(2, 7)}
[...] segunda coordenada dos pares (x, y), tais que (x,
CAMPITELI, H. G.; CAMPITELI, V. C. II) R = {(2, 5),(4, 3),(6, 3),(8, 7)} y)  ×  . Nos itens I, II, III e IV, dos exemplos ante-
Funções. Editora UEPG, 2006. p. 130.
III) R = {(2, 5),(4, 5)} riores, tem-se, respectivamente,
Nicku/Shutterstock

Pode-se definir a relação por meio de uma ● Dom(R) = {2}


lei de associação. Im(R) = {3, 5, 7}
 Exemplo: ● Dom(R) = {2, 4, 6, 8}
Seja R uma relação de A com B, tal que Im(R) = {3, 5, 7}
R = {(x,y) / x > y}. ● Dom(R) = {2, 4}
Nesse caso, os pares ordenados (x, y) R devem Im(R) = {5}
obedecer à lei, portanto:
Gottfried Wilhelm Leibniz ● Dom(R) = {4, 6, 8}
IV) R = {(4, 3),(6, 3),(6, 5),(8, 3),(8, 5),(8, 7)}
Im(R) = {3, 5, 7}

Funções
Sendo A e B dois conjuntos não vazios, chama- 2) Considere, agora, a relação de A em B defi-
-se função de A em B toda relação que associa a nida pela seguinte lei de associação: x ≥ y.
cada elemento de A um único elemento de B. A B
Em geral, uma função é definida por uma
lei de formação. 1• •1

 Exemplos: 2• •2
1) Seja A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Con- 3• •3
sidere uma função de A em B definida pela
seguinte lei de associação: y = x + 2. 4• •4
Usa-se o diagrama de flechas para represen-
tar essa relação. •5
A B
•6
1• •1
2• •2 Nesse caso, a relação R não satisfaz a con-
dição de que para cada elemento de A deve
3• •3 corresponder um único elemento de B.

4• •4

•5

•6

Observe que para cada elemento do conjun-


to A existe um único elemento do conjunto B
que está associado a ele, portanto essa rela-
ção representa uma função.

268 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 268 10/09/2019 14:31:48


3) Considere a relação R de A em B definida por Veja isso num diagrama de flechas.
Reflita
y = 2x + 1.
 Exemplo: Nos exemplos ao lado,
A B qualquer subconjunto dos
A
1• •1 B domínios determinados
também é um domínio.
2•
1• •1
•2

3• •3
2• •2

4• •4
3• •3

•5
4• •4

•6
•5

•6
Essa relação não é função, pois os elementos 3 e
4 de A não estão associados a nenhum elemento Nesse exemplo, o domínio é o conjunto
de B. D = {1, 2, 3, 4} e a imagem é o conjunto
Im = {2, 3, 5, 6}.

Notação de funções O conjunto B é chamado contradomínio


(CD). No exemplo anterior, o contradomínio é
Para indicar uma função f de A em B defi- o conjunto CD = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
nida pela lei de associação y = f(x), usam-se as

Cálculo do domínio
seguintes notações:

1) f: A → B Sempre que se trabalha com funções é es-


x → f(x) sencial saber onde estão definidas, ou seja,
saber qual é seu maior domínio, quais valores
f
2) A → B x pode assumir. Cada função tem suas particu-
x → f(x) laridades e precisa-se sempre analisar caso a Resolva
caso. Veja alguns exemplos a seguir:
3) f: A → B, tal que y = f(x) Qual será a altura do seu
 Exemplos: filho?
1) y = x + 2 Um pediatra britânico
 Exemplos: na década de 60 criou a
Observe que x + 2 ∈  para todo x ∈ . Então, Fórmula de Tanner, capaz de
1) f: A → B D = . calcular quantos centíme-
x → 2x – 1 2) y = x2 −5x +6 tros o pequeno vai atingir
no futuro.
ou Observe que x 2 − 5 x + 6 ∈ para todo x ∈ .
Então, D = . Quer saber quanto sua
A f
→ B 1 criança vai crescer? Some a
3) y = altura do pai e a da mãe e
x → 2x – 1 x divida o resultado por dois.
Lembre-se de que não existe divisão por zero, Para o menino, acrescente
ou 1
portanto ∈ somente se x ≠ 0. Então, 6,5 centímetros. Para a
f: A → B, tal que y = 2x – 1 x menina, subtraia o mesmo
D =  – {0} = *. valor. A fórmula ganhou
2) f: A → B o nome de seu criador, o
4) y = x +1 pediatra britânico James
x → x2 + 3x Mourilyan Tanner, um
Lembre-se também de que não existe raiz quadrada
ou estudioso do assunto, nos
real de número negativo. Portanto x +1 ∈  se, e anos 1960.
f
A → B somente se, x + 1 ≥ 0. Então, Disponível em: http://bebe.abril.com.
br/materia/qual-sera-a-altura-do-
x → x + 3x2 D = {x є  / x ≥ –1}. seu-filho. Acesso em: 24 ago. 2017.
Se o pai de um menino tem
ou 1,72 m de altura e a mãe, 1,65
f: A → B, tal que y = x2 + 3x Gráficos m, qual a altura estimada
desse filho?
Quando se representa no plano cartesiano 172 + 165 + 6,5 = 175 cm = 1,75 m

Domínio e imagem
2
o conjunto dos pontos (x, y), tais que x pertence
Se o pai de um menino
ao domínio da função e y = f(x), constrói-se o mede P metros e a mãe, 1,65
Seja f uma função de A em B. Chama- gráfico da função f. Para montar o gráfico de m, qual a lei que associa a
-se domínio de f o conjunto de partida, ou uma função, usa-se uma tabela de valores. altura M desse filho com a
seja, todo o conjunto A. E chama-se ima- altura P do pai?
gem da função f os elementos do conjunto B P + 1,65 + 0,065 = M ⇒ M ⇒
2
que estão associados a algum elemento do
⇒ P + 1,78
conjunto A. 2

MAT A 269

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 269 10/09/2019 14:31:50


Função crescente e
 Exemplos:
Saiba mais
1) Seja f:  →  definida por y = x + 2.
René Descartes
O "Sistema de Coordenadas
Cartesianas" é um esquema
x y decrescente
0 2
reticulado necessário para Diz-se que uma função f: A → B é crescente
especificar pontos num 1 3 num intervalo [a, b] contido em A se para
determinado "espaço", com
n dimensões.
quaisquer x1 e x 2 pertencentes ao intervalo
y
[a, b] tem-se:
É chamado de cartesiano em
homenagem a seu criador, o 3— x1 < x 2 ⇔ f(x1) < f(x 2)
matemático e filósofo francês y
René Descartes (1596-1650), 2—
cujos trabalhos permitiram
o desenvolvimento de áreas 1—
científicas como a geometria
analítica, a euclidiana, o 0 x x
1 2
cálculo e a cartografia.
Sua contribuição mais 2) Seja f:  →  definida por y = x2. Diz-se que uma função f: A → B é decres-
duradoura é a geometria
cente num intervalo [a, b] contido em A se para
analítica, isto é, a união da x y
geometria com a álgebra, quaisquer x1 e x 2 pertencentes ao intervalo [a,
que permite construir gráfi- –1 1 b] tem-se:
cos a partir de equações. 0 0 x1 < x 2 ⇔ f(x1) > f(x 2)
Em 1619, ele percebeu
1 1 y
que a ideia de determinar
posições utilizando retas, 2 4
escolhidas como referência,
poderia ser aplicada à y
matemática. Para isso usou x
retas numeradas, ou seja,
retas em que cada ponto
corresponde a um número e

Função par e função ímpar


cada número corresponde a 4—
um ponto, definindo desta
maneira, um sistema de 3—
coordenadas na reta. Uma função é dita par se, e somente se,
Disponível em: www.ufpa.br/dicas/
2—
biome/biocoorde.htm. Acesso em: x D(f) –x D(f) e f(x) = f(–x) para todo x per-
24 ago. 2017.
1
— tencente ao domínio da função. Graficamente,
Georgios Kollidas/Shutterstock

isso quer dizer que a função é simétrica em re-


-1 0 1 2 x lação ao eixo OY.

Como saber se um gráfico representa uma  Exemplos:


função? 1) f(x) = x2, x є 
Diz-se que um gráfico representa uma fun- f(x) é par, pois f(–x) = (–x)2 = x2 = f(x).
ção de x em y se para cada x pertencente ao y
domínio da função, a reta vertical que passa
por x corta o gráfico num único ponto.
 Exemplos:
1) Não é função. x
y
2) f(x) = |x|, x є .
y

x
x

2) É função.
3) f(X) = 1 + x 2 , x є .
y y

x
x

270 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 270 10/09/2019 14:31:51


Uma função é dita ímpar se, e somente
se, x D(f) –x D(f) e f(–x) = –f(x) para Função injetora Resolva
Cientistas sugerem novo
todo x pertencente ao domínio da função. Uma função f: A → B é dita injetora se para índice para medir a obe-
Graficamente, isso quer dizer que se refletir o cada y Im(f) existir um único x A, tal que f(x) sidade
gráfico em torno da origem, obtém-se o gráfico = y. Isso equivale a dizer que se x1 ≠ x 2 , então Pesquisadores acreditam
inicial da função f. f(x1) ≠ f(x 2), ou se f(x1) = f(x 2), então x1 = x 2 . que essa será uma alter-
nativa ao índice de massa
 Exemplos: Representando num diagrama, tem-se: corporal (IMC), medida
f utilizada há 200 anos
1) f(x) = x , x є .
3
A B
A medida, batizada de
y Índice de Adiposidade
Corporal (BAI), é a divisão
da circunferência do quadril
pela altura menos dezoito,
que resulta no percentual de
x Nesse caso, para cada y Im (f) existe um gordura corporal.
Disponível em: http://veja.abril.com.
único x A, tal que f(x) = y. Logo, f é injetora. br/noticia/saude/cientistas-sugerem-
novo-indice-para-medir-a-obesidade/.
g Acesso em: 24 ago. 2017.
A B Qual equação representa o
BAI em função da circunfe-
2) f(x) = 1 , x є  – {0}. rência do quadril (C) e da
x altura (A)?
y
C
BAI =
A – 18

Nesse caso, g não é injetora, pois tem dois


x
elementos do domínio sendo levados num
mesmo elemento da imagem.

Função bijetora
Tipologia das funções Diz-se que uma função f: A B é bijetora
quando for, simultaneamente, sobrejetora e
injetora.

Função sobrejetora  Exemplos:


1) A B
Uma função f: A → B é dita sobrejetora se
para todo y B existir x A, tal que f(x) = y. Ou
seja, quando a imagem da função for igual ao
contradomínio (conjunto B).
Pode-se representar essa situação num
diagrama de flechas:
f
Nesse caso, a função é bijetora, pois é sobrejetora
A B
e injetora ao mesmo tempo.

2) A B

Nesse caso, f: A → B é sobrejetora, pois todo


elemento de B tem um correspondente em A. Nesse caso, a função é sobrejetora, mas não é
g injetora. Logo, não é bijetora.
A B
3) A B

Nesse caso, g: A → B não é sobrejetora, pois Nesse caso, a função é sobrejetora, mas não é
existem dois elementos de B que não têm cor- injetora. Logo, não é bijetora.
respondentes em A.

MAT A 271

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 271 10/09/2019 14:31:52


MATEMÁTICA E NATUREZA

kridipol poolket/Shutterstock
Biologia e Matemática: uma relação de contribuição mútua
Imagine que você possui uma cultura de bactérias que está cuidando há um dia e que gostaria de saber
qual o tamanho da população neste momento. Será complicado contá-las uma a uma, não é mesmo? Mas se
você souber quantas bactérias você tomou para iniciar sua cultura, então podemos aproximar uma resposta
para esta pergunta com a ajuda da Matemática, por meio de um modelo matemático.
Modelo matemático é o nome que damos para uma representação matemática das relações de um deter-
minado fenômeno. Ele pode envolver diferentes elementos matemáticos como equações, funções, tabelas,
gráficos, matrizes... Há também modelos que envolvem elementos mais avançados como equações dife-
renciais e fractais. Elaborar um modelo exige criatividade e conhecimento tanto de matemática como do
fenômeno. É preciso identificar as variáveis relevantes e, muitas vezes, assumir hipóteses com relação ao
fenômeno, deixando-o mais simples. [...]
Particularmente, a Biologia é uma ciência que possui fenômenos bastante complexos, em geral, uma
vez que frequentemente suas variáveis assumem um comportamento aleatório e são sensíveis a pequenas
mudanças. Apesar disto, matemáticos e biomatemáticos possuem um grande interesse pela elaboração de
modelos matemáticos para estes fenômenos, pois este trabalho auxilia no desenvolvimento e aprendizado
da própria Matemática.
Neste sentido, os modelos matemáticos contribuem com a Biologia, na medida em que auxiliam no en-
tendimento de relações existentes em seus fenômenos, na sua evolução e na tomada de decisões. Por outro
lado, a Biologia contribui para o desenvolvimento da Matemática, uma vez que novos conceitos e teorias
matemáticas podem ser elaborados para lidar com fenômenos biológicos que não possam ser tratados com
o ferramental matemático existente. Deste modo, ambas as ciências trazem contribuições uma para a outra.

Disponível em: www.rc.unesp.br/biosferas/0060.php. Acesso em: 2 out. 2017.

Bactérias
Estrutura: micro-organismo unicelular com membrana e citoplasma, sem núcleo definido. Seu material
genético, o ácido desoxirribonucleico (DNA), fica disperso.
Modo de vida: algumas são parasitas e causam doenças como a pneumonia e a cólera (veja a foto acima).
Outras mantêm uma relação harmoniosa com os seres vivos, como as que vivem no intestino humano, au-
xiliando a digestão. Há ainda as que se alimentam de matéria orgânica morta.
Tamanho: o diâmetro da maioria varia entre 0,2 e 2 micras (unidade que representa 1 milésimo de mi-
límetro) e o comprimento entre 2 e 8 micras. Elas são visíveis a olho nu (se reunidas em colônias) ou com
auxílio de microscópios ópticos.
Sensível a antibióticos? Sim.

Vírus
Estrutura: micro-organismo acelular. Os mais simples apresentam uma cobertura proteica que envolve
seu material genético – o ácido desoxirribonucleico (DNA) ou o ribonucleico (RNA).
Modo de vida: todos são parasitas intracelulares. Alguns causam doenças em seres vivos, como a aids
(veja a imagem acima, que representa o modelo do vírus HIV criado em computador), a gripe, o sarampo
e a rubéola.
Tamanho: geralmente, eles são menores que as bactérias. O comprimento varia entre 20 e 1 000 namô-
metros (unidade que representa 1 milionésimo de milímetro). São visíveis somente com auxílio de micros-
cópios eletrônicos.
Sensível a antibióticos? Não.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/quais-principais-


diferencas-virus-bacteria-428542.shtml. Acesso em: 24 ago. 2017.

Em grupo, realize uma pesquisa sobre alguma situação presente em seu dia a dia que possa
ser expressa por uma função (modelo matemático).

Professor, há várias situações do dia a dia em que as funções aparecem. Alguns exemplos: relação entre número de habitantes de uma cidade e quanti-
5P + 28
dade de veículos; índice de massa corporal; fórmula para determinar o número do calçado N = , onde P é a medida do pé em centímetros.
4

272 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 272 10/09/2019 14:31:54


Resolvidos 4. Sendo A = {1, 2, 3, 6, 9}, determine as seguintes relações:
a) R = {(x, y) є A2 / xy = 18}
1. A relação R = {(1, 5), (2, 3), (–1, 4), (0, 2), (2, 6)} pode ser uma função? As relações que satisfazem o solicitado são R = {(2, 9), (3, 6), (6, 3), (9, 2)}, uma vez
que se precisa encontrar os pares cujo produto de seus elementos seja 18.
 Solução:
Não, pois existem dois pares ordenados com a primeira coordenada
igual, a saber, (2, 3) e (2, 6). Isso quer dizer que um mesmo elemento do b) S = {(x, y) є A2 / x2 + y2 < 20} 12 + 12 = 2 < 20
domínio tem duas imagens. Portanto, a relação não pode ser função. As relações que satisfazem o solicitado são R = {(1, 1), 22 + 12 = 12 + 22 = 5 < 20
(2, 1), (3, 1), (1, 2), (2, 2), (3, 2), (1, 3), (2, 3), (3, 3)}, visto que
32 + 12 = 12 + 32 = 10 < 20
2. (PUC-SP) Qual das funções a seguir é par? se precisa encontrar todos os pares de números que
satisfaçam a desigualdade x2 + y2 < 20. Note que, de 22 + 22 = 48 < 20
1
a) fato, todos esses pares satisfazem a desigualdade: 32 + 22 = 22 + 32 = 13 < 20
x2
32 + 32 = 18 < 20

b)
1 5. Esboce o gráfico da função f(x) = x2 + 1. Qual é o valor dessa função
x no ponto x = 2? E no ponto x = –1? Essa função é crescente para
que valores de x?
c) x O gráfico é uma parábola e é representado por:
d) x5
e) n.d.a. f 8
7
 Solução: A
6
Função par é aquela em que f(x) = f(–x). 5
1 1
Logo, note que f ( − x ) = = = f ( x ). Assim, a alternativa correta 4
( − x )2 x 2
é a letra A. 3
1
3. (FEI) Em relação à função polinomial f(x) = 2x3 – 3x, é válido afir-
mar-se que:
a) f(–x) = f(x) d) f(ax) = af(x) -2 -1 0 1 2
Para x = 2, o valor da função é igual a 5. Para x = –1, o valor da função é 2. A função é
b) f(–x) = –f(x) e) f(ax) = a2f(x) crescente para x maior ou igual a 0.
c) f(x2) = (f(x))2 6. Categorize as funções abaixo como sendo par, ímpar ou nem par
 Solução: B nem ímpar.
Note que f(–x) = 2(–x)3 – 3(–x) = –2x3 + 3x = –f(x). Logo, conclui-se a) f(x) = x – 2
que a função polinomial dada é uma função ímpar e que a resposta • f é ímpar? Logo, –f(x) ≠ f(–x) e a Logo, f não é par nem
correta é a alternativa B. f(–x) = (–x) – 2 = –x – 2 função não é ímpar. ímpar.
–f(x) = –(x – 2) = –x + 2 • f é par?
Não, pois f(x) ≠ f(–x).

Praticando
b) g(x) = x2 – 1
1. Sejam A = {1, 2, 4} e B = {1, 4, 8, 16}. Em cada um dos itens a seguir, • g é ímpar? Logo, –g(x) ≠ g(–x) e a função
descreva R, onde R uma relação de A em B. g(–x) = (–x)2 –1=x2 –1 não é ímpar.
–g(x) = –(x2 – 1) = –x2 + 1 • g é par?
a) R = {(x, y) / x = y} Sim, pois g(x) = g(–x).
Logo, g é par.
b) R = {(x, y) / x2 = y}
c) h(x) = x3 – x
c) R = {(x, y) / x – y < 0}
• h é ímpar? Logo, –h(x) = h(–x) e a função é ímpar.
a) R = {(1,1), (4,4)} h(–x) = (–x)3 – (–x) = –x3 + x • h é par?
b) R = {(1,1), (2,4), (4, 16)} –h(x) = –(x3 – x) = –x3 + x Não, pois h(x) ≠ h(–x).
c) R = {(1,4), (1,8), (1,16), (2,4), (2,8), (2,16), (4, 8), (4,16)}

7. Justifique por que a função f(x) = x3 é bijetora.


2. Seja A função cúbica é injetora porque, qualquer que seja o elemento x, não existirão dois
elementos distintos na imagem relacionados a ele; e é sobrejetora porque a imagem é
f : {3, 4 , 5, 6} → {8 , 9 , 10} igual ao contradomínio. Dessa forma, é bijetora.
x  x+5
f representa uma função? Justifique. f (n)
f não é função, pois o elemento 6 de {3, 4, 5, 6} não está associado a nenhum elemento 8. Seja a função f definida por f (n + 1) = , com f (0 ) = 4 . Calcule
de {8, 9, 10}. o valor de f(3). 2

f (n)
2x − 3 Temos f (n + 1) = , com f (0) = 4 . Dessa forma, f (n) = 2f (n + 1) .
3. Calcule o domínio da função f ( x ) = − . 2
Como f(0) = 4, temos:
2x − 10 f ( 0 ) = 2f ( 0 + 1) ⇒ 4 = 2f (1) ⇒ f (1) = 2
Para o cálculo do domínio de uma função, deve-se ter dois cuidados: 1) não deve haver Logo,
divisão por zero; 2) não deve haver raiz de número negativo. Então, nesse caso, tem-se: f (1) = 2f (1+ 1) ⇒ 2 = 2f ( 2) ⇒ f ( 2) = 1
2x – 10 > 0 x > 5. Então,
D = {x є  / x > 5} 1
f ( 2) = 2f ( 2 + 1) ⇒ 1= 2f ( 3) ⇒ f ( 3) =
2

MAT A 273

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 273 10/09/2019 14:32:02


Desenvolvendo Habilidades c)

1. C3:H12 (CEFET-MG-2016) O gráfico abaixo mostra a Intenção de

Número de vendas
Consumo das Famílias (ICF) de Janeiro a Maio de 2015.
y (ICF)
120 118
118
116 117,6
114
112
110
109,4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Meses após
o lançamento
108
106
109,3
104
107,1 d)
102
100

Número de vendas
jan/2015 fev/2015 mar/2015 abr/2015 mai/2015 t (meses)

Disponível em: www.dm.com.br/economia/2015/05/comercio-


esperafaturar-mais-no-mes-dos-namorados-revela-presidente-
da-fecomercio.html. Adaptado. Acesso em: 28 ago. 2015.
Se este gráfico representa uma função f que mostra o valor da
ICF em função do tempo, de janeiro a maio, então seu conjunto
imagem é 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Meses após
o lançamento
a) Im{ f } = [107,1; 118].
e)
b) Im{ f } = [jan/15, mai/15].
c) Im{ f } = {107,1; 109,3; 109,4; 117,6; 118}.

Número de vendas
d) Im{ f } = {jan/15, fev/15, mar/15, abr/15, mai/15}.
2. C3:H12 (CEFET-MG-2014) O gráfico representa a função real definida
por f(x) = ax + b.
y
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Meses após
o lançamento
3
4. C3:H12 (Insper-2014) Um leitor enviou a uma revista a seguinte
análise de um livro recém-lançado, de 400 páginas: “O livro é
0 2 x eletrizante, muito envolvente mesmo! A cada página terminada,
O valor de a + b é igual a mais rápido eu lia a próxima! Não conseguia parar!”
a) 0,5 c) 1,5 Dentre os gráficos apresentados a seguir, o único que poderia
representar o número de páginas lidas pelo leitor (N) em função do
b) 1,0 d) 2,0 tempo (t) de modo a refletir corretamente a análise feita é
3. C3:H12 (Enem-2012) Uma empresa analisou mensal-
mente as vendas de seus produtos ao longo de 12 a) N
400
meses após seu lançamento. Concluiu que, a partir do
lançamento, a venda mensal do produto teve um cres-
cimento linear até o quinto mês. A partir daí houve uma redução
nas vendas, também de forma linear, até que as vendas se estabi-
lizaram nos dois últimos meses de análise.
O gráfico que representa a relação entre o número de vendas e os
meses após o lançamento do produto é t
a)
b) N
Número de vendas

400

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Meses após
o lançamento
t
b)

c) N
Número de vendas

400

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Meses após
o lançamento
t

274 MAT A

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 274 10/09/2019 14:32:02


d) N 7. C3:H12 (Enem-2017) GH é a sigla que denomina o
400 hormônio do crescimento (do inglês growth hormone),
indispensável para retardar o processo de envelheci-
mento. À medida que envelhecemos, a liberação desse
hormônio na corrente sanguínea vai diminuindo. Estudos têm
demonstrado, porém, que alguns métodos de treinamento aumen-
tam a produção de GH. Em uma pesquisa, dez homens foram
submetidos a sessões de 30 minutos de corrida, em uma esteira,
t em diferentes intensidades: muito leve, leve, moderada e máxima.
As dosagens de GH, medidas por coletas de sangue feitas antes e
e) N logo após as sessões, e também 1 hora e 2 horas após o término,
400 são fornecidas no gráfico.

16
14

Dosagem de GH (Micrograma/Litro)
12
10 Muito leve
t Leve
8
6 Moderada
5. C3:H12 (UEPA-2014) Leia com atenção o texto para responder à Máxima
4
questão.
2
As atividades de comunicação humana são plurais e estão 0
antes logo após 1h após 2h após Tempo
intimamente ligadas às suas necessidades de sobrevivên-
cia. O problema de contagem, por exemplo, se confunde
com a própria história humana no decorrer dos tempos. Em qual(is) medição(ões) a liberação de GH na corrente sanguínea
Assim como para os índios mundurucus, do sul do Pará, em uma sessão de intensidade máxima foi maior que a liberação
os waimiri-atroari contam somente de um até cinco, de GH ocorrida nas demais intensidades?
adotando os seguintes vocábulos: awynimi é o número a) Apenas na medição feita logo após a sessão de treinamento.
1, typytyna é o 2, takynima é o 3, takyninapa é o 4, e, b) Apenas na medição feita 1 hora após a sessão de treinamento.
finalmente, warenipa é o 5. c) Apenas na medição feita 2 horas após a sessão de treinamento.
Texto Adaptado: Scientific American – Brasil, d) Nas medições feitas logo após e 1 hora após a sessão de
Etnomatática. Edição Especial, n.° 11, ISSN 1679-5229.
treinamento.
Considere A o conjunto formado pelos números utilizados no e) Nas medições feitas logo após, 1 hora após e 2 horas após a
sistema de contagem dos waimiri-atroari, ou seja, A = {1, 2, 3, 4, 5}. sessão de treinamento.
Nestas condições, o número de elementos da relação R1 = {(x, y) ∈ 8. C3:H12 (IFPE-2018) Ao realizar um estudo sobre acidentes de tra-
A × A | y ≥ x} é igual a: balho em empresas do polo de confecções do Agreste, Dirce, aluna
a) 5 d) 20 do curso de Segurança do Trabalho no campus Caruaru, desenhou
b) 10 e) 25 o gráfico a seguir:
c) 15 Número de acidentes de trabalho
no último semestre
6. C3:H12 (Enem-2013) Deseja-se postar cartas não comer-
ciais, sendo duas de 100 g, três de 200 g e uma de 350 g. 7
O gráfico mostra o custo para enviar uma carta não 6
comercial pelos Correios: 5
4
Custo (R$)
3
4,45 2
4,00 1
3,55 Empresas
3,10 A B C D E F G H I J K L M N O P

2,65
Com base no gráfico feito pela aluna, é correto afirmar que
2,15
a) o conjunto imagem da função representada pelo gráfico é o
1,70
intervalo natural [2, 6].
1,25
b) a maioria das empresas pesquisadas teve mais de 4 acidentes
0,80
de trabalho no semestre.
c) metade das empresas pesquisadas registraram menos de 3
50 100 150 200 250 300 350 400 acidentes de trabalho no semestre.
Massa (g) d) a empresa H teve mais acidentes de trabalho que a empresa
O no último semestre.
O valor total gasto em reais para postar essas cartas é de
e) a empresa P teve o menor número de acidentes de trabalho
a) 8,35 d) 15,35
no último semestre.
b) 12,50 e) 18,05
c) 14,40

MAT A 275

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 275 10/09/2019 14:32:03


Complementares A representação algébrica do lucro (L) em função do tempo (t) é
a) L(t) = 20t + 3000 d) L(t) = 200t –1000
1. (Unifesp) Há funções y = f(x) que possuem a seguinte propriedade: b) L(t) = 20t + 4000 e) L(t) = 200t + 3000
“a valores distintos de x correspondem valores distintos de y”. Tais
funções são chamadas injetoras. c) L(t) = 200t
Qual, dentre as funções cujos gráficos aparecem a seguir é injetora? 3. (UFRN) Sejam E o conjunto formado por todas as escolas de Ensino
a) y Médio de Natal e P o conjunto formado pelos números que repre-
sentam a quantidade de professores de cada escola do conjunto E.
Se f: E → P é a função que a cada escola de E associa seu número
de professores, então
a) f não pode ser uma função bijetora.
x b) f não pode ser uma função injetora.
1
c) f é uma função sobrejetora.
d) f é necessariamente uma função injetora.
b) y
4. (UEPB-2013) Os conjuntos A e B têm, respectivamente, 5 – x e 3x
elementos e A × B tem 8x + 2 elementos. Então, se pode admitir
como verdadeiro que:
a) A tem cinco elementos.
b) B tem quatro elementos.
x
1 c) B tem seis elementos.
d) A tem mais de seis elementos.
e) B tem menos de três elementos.
c) y
5. (UFF-2011) Os gráficos I, II e III, a seguir, esboçados em uma mesma
escala, ilustram modelos teóricos que descrevem a população de
três espécies de pássaros ao longo do tempo.

população população
x
1

d) y

x
1 tempo tempo

e) y

população

x
1

2. (Enem-2017) Em um mês, uma loja de eletrônicos começa a obter


lucro já na primeira semana. O gráfico representa o lucro (L) dessa
loja desde o início do mês até o dia 20. Mas esse comportamento
de estende até o último dia, o dia 30. tempo
Lucro (real)

3 000
Sabe-se que a população da espécie A aumenta 20% ao ano, que
a população da espécie B aumenta 100 pássaros ao ano e que a
população da espécie C permanece estável ao longo dos anos.
Assim, a evolução das populações das espécies A, B e C, ao longo
do tempo, correspondem, respectivamente, aos gráficos
a) I, III e II. d) III, I e II.
b) II, I e III. e) III, II e I.
0 5 20 c) II, III e I.
Tempo (dia)
–1 000

276 MAT A

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6. (UEPB-2012) Sejam Então, é(são) verdadeira(s)
x −2 a) apenas I. c) apenas I e IV. e) apenas III e IV.
I. f(x) = 2
x +2 b) apenas IV. d) apenas II e III.
1 10. (Unifesp-2010) Uma função f:  →  diz-se par quando f(–x) = f(x),
II. f(x) = 2 , x ≠ 0
x para todo x є , e ímpar quando f(–x) = –f(x), para todo x є .
2 a) Quais, dentre os gráficos exibidos, melhor representam funções
III. f(x) = , x ≠ 0
x pares ou funções ímpares? Justifique sua resposta.
IV. f(x) = (x + 1) + (x – 1) gráfico I
Classificando cada uma das funções reais em par, ímpar ou nem y
par nem ímpar, temos, respectivamente:
a) par, par, ímpar, ímpar.
b) nem par nem ímpar, par, ímpar, ímpar.
c) par, ímpar, par, ímpar.
d) ímpar, par, ímpar, ímpar.
–1 0 1 x
e) par, par, ímpar, nem par nem ímpar.
7. (Unioeste-2012) Considere que f:  →  é uma função bijetora.
Dados a e b números reais quaisquer, defina a função g, dada pela gráfico II
expressão g(x) = f(x + a) + b. É correto afirmar que para qualquer y
que seja a função f temos
a) a imagem da função g é o conjunto [b, ∞).
b) o domínio da função g é o conjunto [a, ∞).
c) o gráfico da função g é uma reta.
d) para a ≠ 0, b é uma raiz da função g. –1 0 2 3 x
a
e) g é uma função bijetora. gráfico III
8. (UFG) Grande parte da arrecadação da Coroa Portuguesa, no y
século XVIII, provinha de Minas Gerais devido à cobrança do
quinto, do dízimo e das entradas (Revista de História da Biblioteca
Nacional). Desses impostos, o dízimo incidia sobre o valor de todos
os bens de um indivíduo, com uma taxa de 10% desse valor. E as
entradas incidiam sobre o peso das mercadorias (secos e molha-
dos, entre outros) que entravam em Minas Gerais, com uma taxa –1 0 1 x
de, aproximadamente, 1,125 contos de réis por arroba de peso. O
gráfico a seguir mostra o rendimento das entradas e do dízimo, na
capitania, durante o século XVIII.
gráfico IV
Rendimento Fiscal da Capitania de Minas Gerais
Entradas Dízimos y
(Em Contos de Réis)
250 000
1
200 000

150 000 –1 0 1 x

100 000 –1
50 000
gráfico V
0 y
1 700 1 720 1 740 1 760 1 780 1 800
REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL,
Rio de Janeiro, ano 2. n. 23. ago. 2007. Adaptado.

Com base nessas informações, em 1760, na capitania de Minas


Gerais, o total de arrobas de mercadorias, sobre as quais foram ϴ
0 ϴ x
cobradas entradas, foi de aproximadamente:
a) 1 000 c) 80 000 e) 750 000
b) 60 000 d) 100 000
b) Dê dois exemplos de funções y = f(x) e y = g(x), sendo uma par e
9. (ITA) Considere os conjuntos S = {0, 2, 4, 6}, T = {1, 3, 5} e U = {0, 1} outra ímpar, e exiba os seus gráficos.
e as afirmações:
I. {0} ∈ S e S ∩ U ≠ ∅ ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
Façaoodownload
1. Faça downloaddodo aplicativo
aplicativo SAE SAE Questões
Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
II. {2} ⊂ (S – U) e S ∩ T ∩ U = {0,1} de leituradeQRleitura
aplicativo Code.QR Code.
III. Existe uma função f: S → T injetiva. Abraooaplicativo
2. Abra aplicativo e aponte
e aponte parapara o QRQRCode
um dos Codesaoaolado.
lado
3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.
IV. Nenhuma função g: T → S é sobrejetiva.

MAT A 277

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 277 10/09/2019 14:32:05


EM
Introdução à

20
ck

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T_B
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Sh

_01
n/
Cha

geometria plana
Christian

Noções primitivas • Postulados ou axiomas • Segmento de reta • Ângulos


Matemática
mód. 01/16

01
Conceitos
introdutórios
e postulados

START

Saiba mais
mai

matrioshka/Shutterstock
A quarta dimensão que A origem da Geometria
ninguém enxerga
A geometria teve início cerca de 3 000 anos antes de Cristo no Egito. A necessidade de medir com preci-
Nos últimos 100 anos,
o conceito de dimensão
são as terras constantemente demarcadas após as sucessivas inundações do Nilo, ou o uso dessas demarca-
desenvolveu-se de tal forma ções para efeito de pagamento de impostos, constituiu-se no pano de fundo desse desenvolvimento inicial
que atualmente é comum da geometria. A palavra geometria advém desses primeiros esforços de “medidas de terra”. Os babilônicos
aos matemáticos falarem introduziram aperfeiçoamentos nessa área do conhecimento, a qual foi consolidada pelos gregos. O marco
de mundos de infinitas dessa consolidação foi a coletânea de livros Os Elementos, escritos por Euclides.
dimensões e até de objetos
com número fracionário de
dimensões. É bem verdade MARQUES, G. C. Aplicações à geometria plana. Disponível em: https://midia.atp.usp.br/impressos/
que, há mais de 2.000 anos, lic/modulo01/fund_matematica_PLC0001/FundMat_I_top03.pdf. Acesso em: 19 ago. 2019.
os gregos, com base nos
sentidos e nos princípios
da Geometria de Euclides, o
1. Calcular a distância entre os pontos A(1,1) e B(4,4).
mais famoso matemático da Espera-se que o aluno faça o desenho do triângulo e utilize o teorema de Pitágoras para achar a distância pedida. Resposta: 3 5
Antiguidade greco-romana
(século III a.C), viviam num
mundo tridimensional. [...]
Da semente plantada por
Riemann, em 1854, nasceu
um fruto colhido por Albert 2. Você acredita que há outros tipos de geometria além da Geometria Euclidiana? Pesquise e discuta com
Einstein, em 1915. Ele mos- seus colegas.
trou que, embora nosso uni- Existem diferentes tipos de geometria, mas o intuito principal não é que os alunos citem todos os diferentes tipos, mas que eles reflitam
verso pareça uma variedade
3-D, é, de fato, 4-D. Ao alar- sobre a sua existência, é importante que eles pesquisem sobre as diferentes geometrias.
gar a noção de dimensão ele
dava o primeiro passo para
se perceber a variedade
espaço-temporal que é o
Universo. Cada um dos seus
é bem determina o tempo.
Mas Ptolomeu não estava
inteiramente errado: a régua
que mede comprimento, lar-
gura e altura não é a mesma
que mede o tempo.
BARCO, L. A quarta dimensão que
ninguém enxerga. Superinteressante.
Disponível em: https://super.abril.
com.br/ciencia/a-quarta-dimensao-
que-ninguem-enxerga/. Acesso em:
19 ago. 2019.

278 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 278 10/09/2019 14:32:14


Noções primitivas Observação
Símbolos:
Ponto, reta e plano, são conceitos defini- Devemos ainda destacar que: → existe;
dos em geometria plana, por isso chamados de ! → existe um único;
● o espaço é um conjunto de todos os
noções primitivas. | → tal que;
pontos que estudaremos;
/ → não existe;
● as afirmações, por meio de uma sequên-
Ponto Reta Plano ∈ → pertence;
cia lógica de argumentos (demonstra-
∉ → não pertence;
A r α ção), são confirmadas e chamadas de
teoremas; ⊂ → está contido;
Já para os ⊄ → não contido;
Representamos As retas são ● as propriedades que devemos, neces-
planos, ⊃ → contém;
os pontos indicadas sariamente, aceitar sem demonstrações
usamos
com letras com as letras ⊃/ → não contém.
as letras são as propriedades primitivas, cha-
maiúsculas do minúsculas do
minúsculas do madas de postulados ou axiomas.
alfabeto. alfabeto.
alfabeto grego. A introdução desses símbolos
é importante para que o aluno
vá se acostumando com eles. O

Postulados ou axiomas
objetivo não é de que o aluno
adquira habilidade no seu uso. Os
símbolos, inclusive, não aparecem
nos exercícios.
Como mencionado anteriormente, em A reta r não passa pelo ponto B, não
Matemática as proposições ditas primitivas passa pelo ponto D e não passa por E.
são aceitas sem demonstrações. ● quando três ou mais pontos pertencem Biografia
 Exemplo: a uma mesma reta, dizemos que esses Pouco se sabe sobre a vida
pontos estão alinhados ou que eles são de Euclides, nem mesmo
“Por um ponto passam infinitas retas”.
colineares. Na figura: A, C e F são coli- onde e quando nasceu ou
neares; A, C e D não são colineares. morreu. É sabido somente
que foi chefe do departa-
mento de Matemática da

Postulado 2 (outra parte do


Universidade de Alexandria,
fundada cerca de 300 a.C.

postulado da existência)

Pavila/Shutterstock
Infinitos pontos também podem es-
tar no plano ou fora dele.

Vejamos alguns postulados da geometria •D


plana que dizem respeito a ponto, reta e plano.
•B •G

Postulado 1 (parte do postulado


•C
α •A •E
da existência)
•F Saiba mais
Na figura,
Infinitos pontos podem estar numa A obra Os Elementos contém
A ∈ α, B ∈ α, C ∈ α, E ∈ α, G ∈ α 465 proposições (podem
reta ou fora dela.
{A, B, C} ⊂ α, {A, B, C, E} ⊂ α chegar a 470, dependendo
da origem da fonte),
r D ∉ α, F ∉ α precedidas por definições,
B {A, B, C, D} ⊄ α postulados e noções
F comuns. Euclides parece
D E α ⊃ {A, E, G}, α {B, C, G, F} ter seguido uma classifi-
cação dada décadas antes
É importante notar que:
C por Aristóteles: princípios
● quando um ponto pertence a um plano, assumidos sem demonstra-
A
dizemos que o plano passa por este ções seriam postulados se
Na figura, ponto. Na figura: o plano α passa pelo fossem específicos de certa
ciência e noções comuns se
● A ∈ r, C ∈ r, F ∈ r ponto A, passa pelo ponto B e passa por fossem válidos para várias
● B ∉ r, D ∉ r, E ∉ r C. ciências.
O plano α não passa pelo ponto D, nem [...]
É importante saber que: por F. GARBI, G. G. A rainha das ciências: um
passeio histórico pelo maravilhoso
● quando um ponto pertence a uma reta, ● quando três ou mais pontos pertencem
mundo da matemática. São Paulo:
Editora Livraria da Física, 2006. p. 50.
dizemos que a reta passa por este ponto. a um mesmo plano, dizemos que estes
Na figura, a reta r passa pelo ponto A, pontos são coplanares.
pelo ponto C e pelo ponto F.

MAT B 279

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 279 10/09/2019 14:32:16


Na figura: A, B, C, E e G são coplanares. rr {A, B, C} ! | {A, B, C}
A, B, C e D não são coplanares, pois não

Postulado 5 (postulado da
existe um plano que passe pelos 4 pon-
tos ao mesmo tempo.
inclusão)
Postulado 3 Pode ser enunciado de duas formas

(determinação da reta) distintas:

Pode ser enunciado de três formas 1) se dois pontos de uma reta pertencem
distintas: a um plano, então todos os pontos
dessa reta também pertencem a esse
1) se dois pontos são distintos, então plano.
existe uma única reta à qual eles 2) se dois pontos distintos de uma reta
pertencem. pertencem a um plano, então essa
2) dois pontos distintos determinam reta está contida nesse plano.
uma única reta.
3) dois pontos distintos determinam
uma única (uma, e uma só) reta que r
α α r
passa por eles. • B •B • B
• A •A • A
Observação
r Esse postulado pode ser escrito com sím-
Note que três pontos não
colineares são sempre
•B bolos matemáticos da seguinte forma:
•A • B
coplanares (estão em um A ≠ B, {A,B} ⊂ r, {A,B} ⊂ α ⇒ r ⊂ α
mesmo plano); estão no • A
plano que eles determinam. Na figura, o plano α passa pela reta r.
Esse postulado pode ser escrito com sím-
Se três pontos A, B e C não bolos matemáticos da seguinte forma:
Postulado 6
colineares pertencem aos
planos α e β, então α e β A≠B !r|r {A, B}
são coincidentes.
 a reta r também pode ser indi-
Neste caso
r r ⊃ {A, B, C}, {A, B, C} cada assim: AB.
⊂ α, Por um ponto P, fora de uma reta r,
{A, B, C} ⊂ β, ⇒ α ≡ β É importante perceber que: passa uma única reta s paralela a r.
● dois pontos distintos estão sempre ali-
nhados, isto é, são colineares. Eles estão P
s
na reta que eles determinam.
r
● se dois pontos A e B são distintos e per-
tencem ambos às retas r e s, então r e s
são retas coincidentes.
Postulado 7 (postulados de
A B, {A, B} r, {A, B} s r≡s
ordem)
Postulado 4 A relação “um ponto está entre outros dois”
– por exemplo: um ponto P está entre A e B,
(determinação do plano) que indicaremos por A-P-B – é a relação carac-
terizada pelos seguintes postulados:
Pode ser enunciado de duas formas
distintas: ● se o ponto P está entre A e B, então P, A
Reflita
e B estão em uma mesma reta.
Quando uma reta está con- r
tida em um plano, dizemos 1) se três pontos não são colineares (não

que o plano passa por esta estão alinhados), então existe um B
reta. •
único plano ao qual eles pertencem. P

2) três pontos não colineares determi- A
nam um único plano. ● se P está entre A e B, então esses pontos
são distintos dois a dois.
•B •B ● se P está entre A e B, então P está entre
BeA
•C •C
•A •A A-P-B B-P-A
α ● se A é diferente de P, então existe B tal
que P está entre A e B.
Esse postulado pode ser escrito com sím-
● se P está entre A e B, então A não está
bolos matemáticos da seguinte forma:
entre P e B, e B não está entre A e P.

280 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 280 10/09/2019 14:32:16


Postulado 8 (separação ou
Somente se o ponto não pertencer à reta.
A•
divisão da reta)
B

2) Uma reta e um ponto que não pertence à reta
Um ponto P de uma reta r separa essa reta determinam um único plano que passa por
em dois subconjuntos não vazios, aos quais P eles?
pertence, satisfazendo as seguintes condições: Solução:
● sendo A, B e P pontos distintos dois a dois, Certamente, pois se tomarmos dois pontos
se A e B estiverem em apenas um dos sub- distintos da reta com o que está fora, eles for-
conjuntos, então P não pertence ao seg- marão um plano que os contêm.
mento AB e se A e B estiverem, cada um,
3) Explique por que uma mesa de quatro pernas
em um desses subconjuntos, então P per-
geralmente fica desapoiada, precisando de
tence ao segmento AB. calços, enquanto uma de três não precisa de
 Exemplos: calços.
1) Uma reta e um ponto podem determinar um Solução:
plano? Simplesmente porque três pontos não coli-
Solução: neares sempre estão num mesmo plano.

Segmento de reta
Dados dois pontos distintos A e B, a reu- b)
A B C r
nião de todos os pontos que estão entre A e B,
incluindo-os, é o segmento de reta AB ou BA. Já no caso:
r B
A B D
Estendendo a definição, quando os pon-
tos A e B forem coincidentes, diremos que A
C
eles determinam um segmento nulo.
AB e CD não são consecutivos.
A
• A≡B AB é nulo
B Segmentos colineares
Dois segmentos de reta são colineares se,
Semirreta (definição) e somente se, estão sobre uma mesma reta.
A B C r
O ponto A sobre a reta r divide-a em duas
semirretas AB e AC . AB e BC são colineares e consecutivos.
A B C D
A B C r
r
Dados dois pontos distintos A e B, a união AB e CD são colineares e não são
do segmento AB com conjunto de pontos P consecutivos.
tais que B está entre A e P é a semirreta de
origem A que passa por B ou simplesmente
semirreta AB (indicamos por AB ).
Segmentos adjacentes
Se A está entre B e C, as semirretas AB e Dois segmentos são adjacentes se, e so-
AC são semirretas opostas. mente se, a intersecção entre eles é um con-
junto unitário cujo elemento é a extremidade
de ambos (têm uma extremidade em comum e
Segmentos consecutivos apenas esse ponto em comum).

Dois segmentos são consecutivos se a Nos casos a seguir, podemos observar que
extremidade de um for a origem do outro ou, AB e BC têm em comum somente o ponto  B,
ainda, uma extremidade de um coincidir com logo eles são segmentos adjacentes.
a extremidade do outro. No 1.º caso eles são colineares e no 2.º caso
Assim os segmentos AB e BC são consecu- eles não são colineares.
tivos nos seguintes casos a e b: 1.º caso:
a) r r
A B C
A C

MAT B 281

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 281 10/09/2019 14:32:17


Distância entre dois pontos
2.º caso:
Exemplo
B
Escolher o segmento AB, a D
seguir, como padrão para E Dados dois pontos distintos A e B, o seg-
medir o segmento CD sig- mento AB (ou qualquer segmento congruente a
nifica saber quantas vezes AB) chama-se distância geométrica entre A e B.
cabe AB em CD. A
C Distância geométrica entre A e B: dA, B = AB
C D
CD e DE são colineares e consecutivos, mas Por outro lado, a medida de AB chama-se
não adjacentes. distância métrica entre A e B.
A B Já CE e ED são colineares e consecutivos e Distância métrica entre A e B: dA, B = m(AB)
também adjacentes, pois têm somente o ponto
E em comum.
Nesse exemplo:
m (CD ) = 3 · m (AB)
Ponto médio de um segmento
Congruência de segmentos Dado um segmento AB não nulo, o ponto
M1 pertencente a AB é chamado ponto médio
A congruência (símbolo ) de segmentos é de AB se, e somente se, AM1 e M1B são con-
uma noção primitiva que satisfaz aos seguin- gruentes. Prova-se que M1 é o único ponto mé-
tes postulados: dio do segmento de reta AB.

Importante Simétrica A B

Medir um segmento é com- Se AB CD, então CD AB. Leia-se: se o


parar este segmento com M1
outro, não nulo, escolhido segmento de reta AB é congruente ao seg-
como padrão. mento de reta CD, então o segmento de reta
CD é congruente ao segmento de reta AB. Note que as medidas de AM1 e M1B são
iguais.
Reflexiva
Todo segmento é congruente a si mesmo.
Soma e diferença de segmentos
AB AB Se os segmentos PS e SQ são colineares e
consecutivos, com S entre P e Q, então PQ é
chamado soma dos segmentos PS e SQ .
Transitiva P S Q
PQ = PS + SQ
Se AB CD e CD EF, então AB EF
Dados dois segmentos AB e CD não nu-

Medida de um segmento los, o segmento AB com S entre P e Q, em que


PS AB e SQ CD, é chamado soma dos seg-
Escolhida uma unidade padrão (metro, mentos AB com CD.
jarda, pé, milha) para medir segmentos e dados
dois pontos A e B, existe um único número real D
A
não negativo a que expressa, na unidade esco- B C
lhida, a medida do segmento AB.
A medida de um segmento AB será indi- P S Q
PQ = AB + CD
cada por m(AB) ou simplesmente por AB.
Se a unidade escolhida for metro (m), indica- Se os segmentos PS e PQ são colineares e
mos m(AB) = AB = a m; e lemos: a medida do consecutivos, com Q entre P e S, então QS é
segmento AB é a metros. chamado diferença entre os segmentos PS e
Encontrar a medida do segmento AB é de- PQ.
terminar um número não negativo a, seguido
do símbolo da unidade padrão adotada, onde P Q S
QS = PS − PQ
a representa “quantas vezes” a unidade pa-
drão “cabe” no segmento AB. Dados dois segmentos AB e CD não nulos,
À medida de um segmento damos o nome com AB > CD, o segmento QS com Q entre P e
de comprimento do segmento. S, em que PS AB e PQ CD, é chamado dife-
Em geral, associamos um número (medida) rença entre os segmentos AB e CD.
a um segmento, estabelecendo a razão (quo-
ciente) entre esse segmento e o outro seg- D
A
mento tomado como unidade. C
B

P Q S
QS = AB − CD

282 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 282 10/09/2019 14:32:18


Posições relativas t

u
Retas paralelas
Duas retas coplanares, t e u, são parale-
las se possuem todos os pontos comuns, ou β
seja, são coincidentes, ou se não possuem ne-
nhum ponto em comum.
t ∩ u = ∅;u ⊂ β; t ⊄ β
t≡u
Duas retas reversas t e u podem ser orto-
gonais quando uma reta t é perpendicular a
uma reta u’, que é paralela à reta u.
t
u t

β
u’
u
t ⊂ β; u ⊂ β; t ∩ u = ∅

Planos paralelos β
Dois planos, α e β, são paralelos se não
possuírem pontos em comum ou se uma reta
pertencente ao plano α for paralela a uma reta
pertencente ao plano β.
Reta e plano concorrentes
Uma reta t é concorrente ou secante a
r // t
r t um plano β se possui somente um ponto em
comum com esse plano.
t

α β

α⊂β=∅

t ∩ β = {M}
Reta e plano paralelos
Uma reta t é paralela a um plano β se
não tem nenhum ponto em comum com esse Planos secantes
plano.
Dois planos distintos, α e β, são secantes
quando a intersecção entre eles é uma reta.

β
α
t ∩β = ∅

Retas reversas
Duas retas t e u são reversas (não coplana- β
res) quando todo plano que contém uma delas
não contém a outra.
α ∩β = t

MAT B 283

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 283 10/09/2019 14:32:20


Curiosidade
O conceito de ângulo
Ângulos
aparece primeiramente em
materiais gregos, no estudo Chamamos de ângulo a região compreen-
Ângulos consecutivos
de relações envolvendo ele- dida entre duas semirretas distintas não opos-
mentos de um círculo junto tas de mesma origem. Dois ângulos são consecutivos se, e so-
ao estudo de arcos e cordas. mente se, um lado de um deles é também lado
As propriedades das cordas, As semirretas são os lados do ângulo e a
interseção é o vértice. do outro (um lado de um deles coincide com um
como medidas de ângulos
centrais ou inscritas em lado do outro).
Ângulo é uma figura geométrica limitada
círculos, eram conhecidas  Exemplo:
desde o tempo de Hipócra- por duas semirretas de mesma origem.
tes e talvez Eudoxo tenha AÔB e AÔC são consecutivos
Elementos
usado razões e medidas de

(OA é o lado comum)
ângulos na determinação
das dimensões do planeta AÔC e BÔC são consecutivos
As semirretas são os lados do ângulo e a 
Terra e no cálculo de distân-
origem das semirretas é o vértice. (OC é o lado comum)
cias relativas entre o Sol e a
Terra. Eratóstenes de Cirene A AÔB e BÔC são consecutivos
(276 a.C.-194 a.C.) já tratava 
de problemas relacionados
(OB é o lado comum)
com métodos sistemáticos
de uso de ângulos e cordas.
Disponível em: http://pessoal. A
sercomtel.com.br/matematica/
fundam/geometria/geo-ang.htm. O
Acesso em: 11 jul. 2018. B
C
B
As unidades mais usadas para medições de
O
ângulos são o grau e o radiano.
A relação existente entre o grau e o radiano
Reflita
A união de um ângulo com a
é 180º = radianos e a conversão é feita me-
diante uma regra de três. Ângulos adjacentes
sua região externa também
pode ser chamada ângulo  Exemplo: Dois ângulos consecutivos são adjacentes
côncavo. 60π π se, e somente se, não têm pontos internos em
180º x= = radianos. comum.
Embora na definição, os 180 3
lados do ângulo não possam 60º x  Exemplo:
ser semirretas opostas,

Exterior e interior de um ângulo


costumamos chamar de AÔB e BÔC são ângulos adjacentes.
ângulo raso a união de duas
semirretas opostas.
A região interna do ângulo é a região con-
A P B vexa e a região externa é a região côncava. A
é APB raso, APB=180°. B
E a união de duas semirre- C
tas coincidentes chamamos
de ângulo nulo.
Interior
A Exterior do ângulo O
P B do ângulo
APB é nulo, APB = 0°.

Classificação quanto à medida


À união de um ângulo com a sua região in-
terna chamamos de setor angular.

Classificação quanto à posição Ângulos retos


São aqueles que medem 90º
Semirreta interna a um ângulo
Saiba mais Uma semirreta é interna a um ângulo
Sistemas de unidades de quando tem origem no vértice do ângulo e os B
medidas angulares pontos internos do ângulo pertencem a ela.
Os sistemas de unidades
de medidas angulares mais A
comuns são o sistema se- O
xagesimal, cuja unidade é o B A
grau (ο), e o sistema circular, C
cuja unidade de medida é o
radiano (rad). AÔB = 90º

O
284 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 284 10/09/2019 14:32:21


Ângulos agudos Bissetriz de um ângulo Saiba mais

São aqueles que medem menos de 90º e A geometria plana estudada


É a semirreta interna ao ângulo com origem no Ensino Médio é a
mais que 0º. no vértice do ângulo e que o divide em 2 ângu- geometria Euclidiana (em
B los adjacentes e congruentes. homenagem a Euclides,
grego), homenagem esta
A que foi batizada por Euler,
alemão, do século XVIII. Os
α B árabes, na Idade Média, sob
α C o comando dos muçulma-
O A nos, traduziram todas as
obras científicas, achadas
por eles, dos outros povos.
0º < AÔB < 90º O
Em 800 d.C. em Bagdá, atual
Na figura, AÔB = BÔC = , OB é bissetriz do capital do Iraque, havia
ângulo AÔC. uma biblioteca com mais
de 1 milhão de volumes
Ângulos obtusos diferentes.
São aqueles que medem mais de 90º e me- Ângulos opostos pelo vértice Graças a eles é que foi pos-
sível o estudo de Euclides
nos que 180º. chegar até nós. Acredita-se
A São os ângulos que estão separados pela
B com convicção que tanto
interseção dos lados do ângulo. os egípcios quanto os
A babilônios e os chineses já
haviam formulado a teoria
O
da geometria plana. Porém,
β α B
devido à influência dos po-
90º < AÔB < 180º O vos europeus sobre o atual
período, desde o século
α β XVI, quase tudo na ciência
ou cultura é atribuído aos
Ângulos complementares D
C
gregos, pois eles são os
antecessores dos povos
São aqueles que somam 90º. europeus.
Dois ângulos são opostos pelo vértice se, e Se observarmos as pirâ-
Complemento de um ângulo x é dado por
somente se, os lados de um deles são as res- mides dos faraós egípcios,
90º − x.
pectivas semirretas opostas aos lados do ou- podemos perceber o quanto
tro. Na figura, os pares OA e OC e OB e OD são eles eram avançados no
A B estudo da geometria. E
opostos.
nessa época nem existiam
Notemos que duas retas concorrentes de- os povos europeus.
terminam dois pares de ângulos opostos pelo A própria palavra geometria
O vértice. Na figura, AÔB e CÔD e AÔD e CÔB são significa estudo métrico do
C
opostos pelo vértice. solo e áreas do solo.
Daí o fato de quase todos
med (CÔB) + med (BÔA) = 90º  Exemplos os teoremas vistos na
1) A soma da medida do suplemento de um Matemática terem o nome
ângulo com o dobro do complemento vale de cientistas gregos.
Outra justificativa para o
Ângulos suplementares
120°. Calcule esse ângulo.
uso da linguagem grega, dos
Solução: símbolos gregos e do nome
São aqueles que somam 180º. 180 − x + 2 ⋅ ( 90 − x ) = 120 de cientistas gregos é o fato
Suplemento de um ângulo x é dado por 180 − x + 180 − 2 x = 120 de o grego ser uma língua
180º − x. de descendência direta do
360 − 3 x = 120 latim, que, por sua vez, dá
B
360 −120 = 3 x origem às línguas italiana,
francesa e inglesa.
3 x = 240
O que importa de tudo isso
x = 80° é você, prezado aluno, tentar
C O A se colocar no contexto da
parte estudada da geome-
2) O complemento de um ângulo mais a meta- tria para que possa ter o
med (CÔB) + med (BÔA) = 180º de do suplemento é 80°. Calcule esse ângulo. melhor rendimento.
Solução:
(180 − x ) = 80
Ângulos replementares 90 − x +
2
180 − 2 x + 180 − 2 x = 160
São aqueles que somam 360º.
360 −160 = 4 x
Replemento de um ângulo x é dado por
200 = 4 x
360º − x.
x = 50°

MAT B 285

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 285 10/09/2019 14:32:22


MATEMÁTICA E SOCIEDADE

M.C. Escher Foundation Escher o gênio da arte matemática


Com a ajuda da geometria, nada é o que aparenta ser no
trabalho surpreendente do artista holandês
Por Cláudio Fragata Lopes

Você já deve ter visto pelo menos uma das gra- de gravador. Sua obra está apoiada em conceitos
vuras do artista gráfico holandês M. C. Escher. Elas matemáticos, extraídos especialmente do campo
já foram reproduzidas não só em dezenas de livros da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos sur-
M.C. Escher Foundation

de arte, mas também na forma de pôsteres, postais, preendentes. Foi com base nesses princípios que
jogos, CD-ROMs, camisetas e até gravatas. Caso Escher subverteu a noção da perspectiva clássica
não se lembre, então você não viu nenhuma. Olhar para obter suas figuras impossíveis de existir no
para as intrigantes imagens criadas por Escher é espaço “real”. Aliás, desde o começo, fascinou-o
uma experiência inesquecível. Tudo o que nelas essa condição essencial do desenho, que é a repre-
está representado nunca é exatamente o que pa- sentação tridimensional dos objetos na inevitável
rece ser. Há sempre uma surpresa visual à espera bidimensionalidade do papel. Brincou com isso o
do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era mais que pôde. Também há matemática na divi-
pura ilusão. A realidade pouco interessava. Antes, são regular da superfície usada por Escher para
preferia o contrário: criar mundos impossíveis que criar suas famosas séries de metamorfoses, onde
M.C. Escher Foundation

apenas parecessem reais. Eis porque acabou se tor- formas geométricas abstratas ganham vida e vão,
nando uma espécie de mágico das artes gráficas. aos poucos, transformando-se em aves, peixes,
Seus desenhos, porém, não nasciam de passes répteis e até seres humanos. [...]
de mágica, nem somente de sua apurada técnica

Disponível em: http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm. Acesso em: 11 jul. 2018.

1. Observe o padrão geométrico das obras apresentadas ao lado e converse


com seu professor e colegas. Qual a figura padrão de cada obra? Como
ela foi construída geometricamente?

2. Junte-se a um colega e construam uma obra de arte baseada nos prin-


cípios de Escher.
As obras de Escher são geometricamente pensadas, é possível
observar que os encaixes acontecem de maneira precisa e
organizados considerando ainda a translação, rotação e reflexão.
Todas essas ações estão intimamente ligadas à geometria de
posição.
Consulte os sites:
XYZ/Shutterstock.com

www.pucsp.br/tecmem/Artista/simetria.htm
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.
html?aula=23463
http://novaescola.org.br/matematica/pratica-pedagogica/
geometria-transformacoes-reflexao-translacao-621936.
shtml?page=2

286 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 286 10/09/2019 14:32:29


Resolvidos e) Verdadeira. Para que dois segmentos sejam adjacentes, a inter-
secção entre eles deve ser um conjunto unitário cujo elemento é
1. Classifique em verdadeiro ou falso. Sobre pontos, retas e planos, extremidade de ambos, portanto, eles são consecutivos.
pode-se afirmar: f ) Falsa.
a) Por três pontos, passa uma única reta. D
b) Por três pontos, passa um único plano.
c) Por um ponto passam pelo menos duas retas. E
d) Duas retas que têm dois pontos distintos comuns são C
coincidentes. CD e DE são colineares e são consecutivos, mas não são ad-
e) Toda reta paralela a um plano é paralela a qualquer reta desse jacentes, pois apresentam mais de um ponto em comum.
plano.
3. (CEFET-MG-2014) No contexto da Geometria Espacial, afirma-se:
 Solução:
I. Se uma reta é paralela a um plano, então ela está contida
a) Falsa. Se os três pontos forem coincidentes, logo passam por eles nesse plano.
infinitas retas.
Caso os três pontos sejam não colineares, então não existe reta II. Duas retas sem ponto comum são paralelas ou reversas.
que passe pelos três pontos ao mesmo tempo. III. Se dois planos são paralelos, então toda reta de um deles é
b) Falsa. Se os três pontos forem coincidentes ou colineares, então paralela ao outro.
passam infinitos planos pelos três pontos. IV. Duas retas distintas paralelas a um plano são paralelas entre si.
Somente passa um único plano caso os três pontos não forem São corretas apenas as afirmativas
colineares. a) I e II. d) II e IV.
c) Verdadeira. Por um ponto passam infinitas retas, logo passam 1, b) I e III. e) III e IV.
2, 3, e quantas retas quisermos.
c) II e III.
d) Verdadeira. Por dois pontos distintos passa uma única reta.
 Solução: C
e) Falsa. Se a reta é paralela a um plano, então esta reta será pa-
ralela a infinitas retas do plano e ao mesmo tempo não será I) Incorreta. Uma reta é paralela a um plano se, e somente se, eles
paralela a outras infinitas retas concorrentes às primeiras retas. não têm ponto em comum.
II) Correta. Duas retas distintas sem ponto comum são paralelas
2. Classifique em verdadeiro ou falso. ou reversas.
a) Se dois segmentos são consecutivos, então eles são colineares. III) Correta. Considerando α e β dois planos distintos paralelos e
b) Se dois segmentos são colineares, então eles são consecutivos. uma reta r α, segue-se que r ∩ β = ∅, o que implica em r || β.
c) Se dois segmentos são adjacentes, então eles são colineares. IV) Incorreta. Duas retas distintas paralelas a um plano podem ser
d) Se dois segmentos são colineares, então eles são adjacentes. reversas.
e) Se dois segmentos são adjacentes, então eles são consecutivos. 4. (UTFPR-2014) A medida de x em graus vale:
f ) Se dois segmentos são consecutivos, então eles são adjacentes.
 Solução: x + 100°
a) Falsa. Dois segmentos podem ser consecutivos sem serem coli-
neares, pois para que dois segmentos sejam consecutivos a ex-
tremidade de um deve ser a origem do outro. Exemplo:
190º – x
B

a) 50
C r
A b) 45
b) Falsa. Dois segmentos podem ser colineares sem que sejam con- c) 100
secutivos, pois para serem colineares precisam estar sobre uma d) 145
mesma reta. Exemplo:
e) 0
A B C D
r  Solução: B

c) Falsa. Podemos observar que AB e BC têm em comum somente x + 100° = 190° – x


o ponto B, logo eles são segmentos adjacentes, e não são coli- x + x = 190° – 100°
neares.
2x = 90°
B
x = 90°
2
x = 45°
A
C
d) Falsa. Dois segmentos podem ser colineares sem que sejam ad-
jacentes. Exemplo:
A B C D
r

MAT B 287

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 287 10/09/2019 14:32:29


Praticando 4. Qual(is) das proposições a seguir são verdadeiras:
I. Dois planos paralelos a uma mesma reta são paralelos.
1. Dados dois pontos distintos A e B responda:
a) Quantas retas você pode traçar passando pelo ponto A? II. Um plano paralelo a duas retas pertencentes a outro plano é
paralelo a este.
Infinitas retas. III. Um plano perpendicular a uma reta de outro plano é perpen-
dicular a este.
IV. Um plano paralelo a uma reta de outro plano é paralelo a este.
b) Quantas retas você pode traçar passando pelo ponto B?
I. Não necessariamente. Uma reta pode ser paralela a dois planos que se intersectam.
Infinitas retas. II. Não necessariamente. Um plano paralelo a duas retas pertencentes a outro plano pode
ser perpendicular a este.
III. Verdadeiro.
IV. Não necessariamente. Um plano paralelo a uma reta de outro plano pode ser perpen-
c) Quantas retas você pode traçar passando por A e B ao mesmo dicular a este. Logo, a única afirmação verdadeira é a III.
tempo?
Apenas uma reta.
5. Utilize V (para verdadeiro) e F (para falso) em cada uma das afir-
mações a seguir.
a) ( F ) Por três pontos passa uma única reta.
2. Se AB = 40 cm, determine PQ nos casos:
b) ( F ) Por três pontos passa um único plano.
a) A P Q B
c) ( V ) Por um ponto fora de um plano passa uma única reta per-
3x – 2 2x – 4 x+4 pendicular a esse plano.
AB = (3x − 2) + (2x − 4) + ( x + 4)
 d) ( V ) Planos paralelos interceptam duas retas distintas quaisquer,
AB = 40
determinando sobre elas segmentos proporcionais.
42
Dessa forma, (3x − 2) + (2x − 4) + ( x + 4) = 40 ⇒ 6x − 2 = 40 ⇒ x = ⇒ x =7. e) ( V ) O plano que contém uma perpendicular a outro plano é
6
Então, PQ = 2(7) − 4 = 14 − 4 = 10 . perpendicular a esse segundo plano.
a) Falso. Por três pontos que são colineares passa apenas uma única reta.
b) P B Q A b) Falso. Por três pontos coplanares passa um único plano.
c) Verdadeiro.
d) Verdadeiro.
PB = 2x – 5; PA = 5x + 17; QA = x + 7 e) Verdadeiro.

Note que temos os valores dos segmentos PB, PA e QA. Para que possamos determinar
PQ, precisamos encontrar o valor de BQ. Sendo assim, 6. Sabendo que r, s e t são três retas no espaço com r e s paralelas
PB + BQ + QA = PA ⇒ BQ = PA − PB − QA ⇒ BQ = 5x + 17 − (2x − 5) − ( x + 7) ⇒ BQ = 2x + 15.
distintas, assinale a alternativa correta.
Logo, como BA = BQ + QA, temos que 40 = 2x + 15 + ( x + 7) ⇒ 3x = 18 ⇒ x = 6 .
Portanto, a) Se a reta r é perpendicular a um plano α, então a reta s também
PQ = PB + BQ = 2 ⋅ ( 6) − 5 + [(2 ⋅ ( 6) + 15)] = 12 − 5 + 12 + 15 = 34 é perpendicular ao plano α.
b) Se a reta t é concorrente com a reta s, então t também é con-
corrente com a reta r.
c) Se um plano β contém a reta s, então o plano β também
3. Observe a figura a seguir e classifique em V (verdadeira) ou F (falsa) contém a reta r.
cada uma das afirmações:
d) Se as três retas r, s e t são paralelas distintas, então existe um
t
plano α que contém as três retas.
A B r a) Verdadeiro.
b) Falso. A reta t pode ser reversa à reta r.
E c) Falso. A reta r pode paralela ao plano β.
C s d) Falso. As três retas r, s e t são paralelas distintas, porém, podem ser não coplanares.
F D
7. Dois ângulos têm medidas iguais a 2x e 3x + 20°. Sabe-se que
eles são suplementares. Sendo assim, qual é a medida do ângulo
a) ( V ) A ∈ r
oposto ao ângulo 2x?
b) ( V ) AE ∪ EB = AB
Se os dois ângulos são suplementares, temos que 2x + 3x + 20° = 180°. Dessa maneira,
c) ( V ) EB ⊂ r 5x = 160° e, portanto, x = 32°. Logo, a medida do ângulo 2x é 64° e, seu oposto, possui a
mesma medida.
d) ( V ) AB e EB são segmentos colineares
e) ( V ) AE e EF são segmentos consecutivos
f ) ( F ) r, s e t são retas paralelas 8. Calcule a medida dos ângulos dados em radianos.
g) ( F ) r ∩ s = { F } a) Verdadeira. Basta analisar a figura. a) 90°
b) Verdadeira. Basta analisar a figura. 180° − π 
h) ( V ) CF ∪ FD = CD c) Verdadeira. Basta analisar a figura. b) 135° a) ⇒ x =
π
90° − x  2
i) ( F ) t ∩ s = { E } d) Verdadeira. Dois segmentos de retas são colinea-
c) 150°
res se pertencem a uma mesma reta. 180° − π  3π
j) ( F ) E ∈ r e E ⊂ r e) Verdadeira. Dois segmentos de retas são conse- b) ⇒ x =
135° − x  4
cutivos se possuem um ponto em comum.
f ) Falsa. As retas r e s são paralelas. A reta t é concorrente a s e a t. 180° − π  5π
c) ⇒ x =
g) Falsa. As retas r e s são paralelas e, portanto, não possuem interseção. 150° − x  6
h) Verdadeira. Basta analisar a figura.
i) Falsa. A interseção das retas t e s é o ponto F, e não o ponto E.
j) Falsa. A notação de continência não se aplica a ponto, apenas a notação de pertinên-
cia. Dessa forma, é verdade que E ∈ r mas não que E ⊂ r.

288 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 288 10/09/2019 14:32:37


Desenvolvendo Habilidades Essa escultura foi feita com tubos de ferro, soldados uns aos outros,
de forma que:
1. C2:H6 (CP2-2017 – adap.) Em uma rua reta, a padaria fica entre o
• os pontos A, B, C, D, E, F, G e H são os vértices de um paralelepí-
mercado e a banca de jornal, e o mercado fica entre a banca de
jornal e a sapataria. Logo, pedo reto retangular;
a) a sapataria fica entre a banca de jornal e a padaria. • os pontos I, J, K e L são os vértices de um quadrado;
b) a banca de jornal fica entre o mercado e a padaria. • os quatro triângulos, ADK, EFJ, GHI e BCL, são isósceles e con-
c) a padaria fica entre a sapataria e o mercado. gruentes dois a dois;
d) o mercado fica entre a sapataria e a padaria. • os oito trapézios, AFJK, DEJK, CDKL, EHIJ, CHIL, BGIL, ABLK e
FGIJ, são congruentes dois a dois.
e) o mercado fica entre a padaria e a banca de jornal.
Com base nessas informações, é incorreto afirmar que
2. C2:H6 (Enem) Rotas aéreas são como pontes que ligam a) Os lados EJ e HI são coplanares.
cidades, estados ou países. O mapa a seguir mostra os
estados brasileiros e a localização de algumas capitais b) Os lados BG e DE são congruentes.
identificadas pelos números. Considere que a direção c) Os lados AD e EF são paralelos.
seguida por um avião AI que partiu de Brasília-DF, sem escalas, para d) Os pontos A, B, E e G são coplanares.
Belém, no Pará, seja um segmento de reta com extremidades em
e) Os trapézios AFJK e EJKD têm um lado em comum.
DF e em 4.
Mapa do Brasil e algumas capitais 4. C2:H6 (CEFET-MG) A figura a seguir representa uma cadeira onde o
assento é um paralelogramo perpendicular ao encosto.
2 A B
3
5
7
1 4
6 8 C D

18
17
15 E F
DF 9
14 G H
16 13
1 Manaus 10 Rio de Janeiro I J
2 Boa Vista 11 São Paulo 11 10
12 A partir dos pontos dados, é correto afirmar que os segmentos
3 Macapá 12 Curitiba
4 Belém 13 Belo Horizonte de retas
5 São Luís 14 Goiânia a) CD e EF são paralelos.
6 Teresina 15 Cuiabá b) BD e FJ são concorrentes.
7 Fortaleza 16 Campo Grande
c) AC e CD são coincidentes.
8 Natal 17 Porto Velho
9 Salvador 18 Rio Branco d) AB e EI são perpendiculares.
SIQUEIRA, S. Brasil Regiões. Disponível em: www. 5. C2:H6 (Enem-2012) Em 20 de fevereiro de 2011 ocorreu
santiagosiqueira.pro.br. Acesso em: 28 jul. 2009. Adaptado. a grande erupção do vulcão Bulusan nas Filipinas. A sua
Suponha que um passageiro de nome Carlos pegou um avião AII, localização geográfica no globo terrestre é dada pelo GPS
que seguiu a direção que forma um ângulo de 135° graus no sentido (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global)
horário com a rota Brasília-Belém e pousou em alguma das capitais com longitude de 124° 3’ 0” a leste do Meridiano de Greenwich.
brasileiras. Ao desembarcar, Carlos fez uma conexão e embarcou Dado: 1° equivale a 60’ e 1’ equivale a 60”.
em um avião AIII, que seguiu a direção que forma um ângulo reto, PAVARIN, G. Galileu, fev. 2012. Adaptado.
no sentido anti-horário, com a direção seguida pelo avião AII ao
A representação angular da localização do vulcão com relação a
partir de Brasília-DF. Considerando que a direção seguida por um
sua longitude da forma decimal é:
avião é sempre dada pela semirreta com origem na cidade de
partida e que passa pela cidade de destino do avião, pela descrição a) 124,02° d) 124,30°
dada, o passageiro Carlos fez uma conexão em b) 124,05° e) 124,50°
a) Belo Horizonte, e em seguida embarcou para Curitiba. c) 124,20°
b) Belo Horizonte, e em seguida embarcou para Salvador.
6. C2:H6 (EsPCEx/AMAN-2013) O sólido geométrico a seguir é formado
c) Boa Vista, e em seguida embarcou para Porto Velho. pela justaposição de um bloco retangular e um prisma reto, com
d) Goiânia, e em seguida embarcou para o Rio de Janeiro. uma face em comum. Na figura estão indicados os vértices, tanto
e) Goiânia, e em seguida embarcou para Manaus. do bloco quanto do prisma.
3. C2:H6 (UFPB – adap.) A figura a seguir representa uma escultura K
que se encontra em uma praça de certa cidade. J
E H
L H
I
D
F
G G
J I
E C
K L
D
C
B
F
A B
A

MAT B 289

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 289 10/09/2019 14:32:38


Considere os seguintes pares de retas definidas por pontos dessa Complementares
figura: as retas LB e GE, as retas AG e HI , e as retas AD e GK. As
1. (UTFPR-2014) A medida de y na figura, em graus, é:
posições relativas desses pares de retas são, respectivamente,
a) concorrentes; reversas; reversas.
b) reversas; reversas; paralelas. y
c) concorrentes, reversas; paralelas.
2x + 100o
d) reversas; concorrentes; reversas. 6x + 4o
e) concorrentes; concorrentes; reversas.
7. C2:H6 (Enem-2013) Gangorra é um brinquedo que
consiste em uma tábua longa e estreita equilibrada e
fixada no seu ponto central (pivô). Nesse brinquedo, a) 42°
duas pessoas sentam-se nas extremidades e, alterna- b) 32°
damente, impulsionam-se para cima, fazendo descer a extremidade
oposta, realizando, assim, o movimento da gangorra. c) 142°
Considere a gangorra representada na figura, em que os pontos A d) 148°
e B são equidistantes do pivô: e) 24°
B
2. (IFMA-2014) O valor de x na figura a seguir é:

Pivô
y

x + 2y

A
130o

A projeção ortogonal da trajetória dos pontos A e B, sobre o plano


do chão da gangorra, quando esta se encontra em movimento, é:

a) A B

b) A B
a) 60°
c) b) 45°
c) 50°
d) 30°
e) 700
3. (EsPCEx/AMAN-2012) Considere as seguintes afirmações:
d) A B I. Se dois planos α e β são paralelos distintos, então as retas r1 ⊂ α
e r2 ⊂ β são sempre paralelas.
II. Se α e β são planos não paralelos distintos, existem as retas
r1 ⊂ α e r2 ⊂ β tal que r1 e r2 são paralelas.
III. Se uma reta r é perpendicular a um plano α no ponto P, então
A B qualquer reta de α que passa por P é perpendicular a r.
e) Dentre as afirmações, é(são) verdadeira(s)
a) Somente II.
b) I e II.
c) I e III.
A B d) II e III.
e) I, II e III.

290 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 290 10/09/2019 14:32:38


4. (Uece 2018) No triângulo OYZ o ângulo interno em O é igual a 90 8. (Esc. Naval-2013) Nas proposições abaixo, coloque (V) na coluna à
graus, o ponto H no lado YZ é o pé da altura traçada do vértice O esquerda quando a proposição for verdadeira e (F) quando for falsa.
e M é o ponto médio do lado YZ. ( ) Se uma reta é perpendicular a duas retas distintas de um plano,
Se Y − 2Z = 10 graus (diferença entre a medida do ângulo interno em então ela é perpendicular ao plano.
Y e duas vezes a medida do ângulo interno em Z igual a 10 graus), ( ) Se uma reta é perpendicular a uma reta perpendicular a um
então, é correto afirmar que a medida do ângulo HOM  é igual a
plano, então ela é paralela a uma reta do plano.
170 ( ) Duas retas perpendiculares a um plano são paralelas.
a) graus.
3 ( ) Se dois planos são perpendiculares, todo plano paralelo a um
140
b) graus. deles é perpendicular ao outro.
3
110 ( ) Se três planos são dois a dois perpendiculares, eles têm um
c) graus. único ponto em comum.
3
100 Lendo-se a coluna da esquerda, de cima para baixo, encontra-se
d) graus. a) F, F, V, F, V.
3
5. (Escola Técnica Federal-RJ) Sejam A, B e C respectivamente as b) V, F, V, V, F.
medidas do complemento, suplemento e replemento do ângulo c) V, V, F, V, V.
de 40°, têm-se: d) F, V, V, V, V.
a) A = 30°; B = 60°; C = 90°. e) V, V, V, V, V.
b) A = 30°; B = 45°; C = 60°.
9. (ITA-2013) Das afirmações:
c) A = 320°; B = 50°; C = 140°.
I. Duas retas coplanares são concorrentes;
d) A = 50°; B = 140°; C = 320°.
II. Duas retas que não têm ponto em comum são reversas;
e) A = 140°; B = 50°; C = 320°.
III. Dadas duas retas reversas, existem dois, e apenas dois, planos
6. (UFJF-2015) Sejam r uma reta e β1 e β2 dois planos no espaço, paralelos, cada um contendo uma das retas;
considere as seguintes afirmações: IV. Os pontos médios dos lados de um quadrilátero reverso defi-
I. Se r ∩ β1 = {P1} e r ∩ β2 = {P2} com P1 e P2 pontos distintos, então nem um paralelogramo.
β1 é paralelo a β2. É(São) verdadeira(s) apenas
II. r ∩ β1 = ∅ e r ∩ β2 = ∅, então β1 é paralelo a β2 ou β1 é coin- a) III.
cidente de β2.
b) I e III.
III. Se existem dois pontos distintos em r ∩ β1, então r ∩ β1 = r.
c) II e III.
É correto afirmar que:
d) III e IV.
a) Apenas I é verdadeira.
e) I e II e IV.
b) Apenas II é verdadeira.
10. (FAAP) Dividir um segmento de medida 144 em quatro partes, tais
c) Apenas III é verdadeira.
que: somando 5 à primeira parte, subtraindo 5 da segunda parte,
d) Apenas I e II são verdadeiras. multiplicando a terceira por 5 e dividindo a quarta por 5 as medidas
e) Apenas II e III são verdadeiras. resultantes em todas as partes sejam iguais.
7. (UPE-2016) Analise as afirmativas a seguir, relativas à geometria
espacial, e coloque V nas verdadeiras e F nas falsas.
( ) Se uma reta está contida em um plano, então toda reta per-
pendicular a ela será perpendicular ao plano.
( ) Se dois planos distintos são paralelos, então toda reta perpen-
dicular a um deles é paralela ao outro.
( ) Se dois planos distintos são paralelos a uma reta fora deles,
então eles são paralelos entre si.
( ) Se dois planos distintos são paralelos, qualquer reta de um
deles é paralela a qualquer reta do outro.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) F, F, V, V.
b) F, V, V, F.
c) F, F, F, F.
d) V, F, F, V. ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
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Questões ou qualquer aplicativo
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e) V, V, F, F. de leituradeQRleitura
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2. Abra aplicativo e aponte
e aponte parapara o QRQRCode
um dos Codesaoaolado.
lado
3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.

MAT B 291

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 291 10/09/2019 14:32:40


EM
20
_1_
MA
ck

T_B
Polígonos I
o
rst

_02
tte
Shu
tj-rabbit/

Polígono e região poligonal • O polígono • Polígonos convexos e polígonos côncavos


Matemática
mód. 02/16

02 Polígonos I

START

Saiba mais
mai
Veja os passos de como Como os favos das abelhas viram hexágonos
construir um hexágono com
régua e compasso: Desde que o mundo é mundo, os favos das abelhas fascinam pela complexidade e perfeição de sua geometria
Construa uma circunferência
e inspiraram uma equipe de pesquisadores a desvendar o mistério de suas formas hexagonais.
de raio igual a 6 cm, depois Até Charles Darwin, autor da Teoria da Evolução, se rendia à casa das abelhas, considerando-as "absoluta-
trace um diâmetro dessa mente perfeitas, economizando mão de obra e cera".
circunferência, nomeando os
pontos A e D. A equipe de pesquisadores de Bhushan Karihaloo, da Universidade de Cardiff, constatou que, antes de se trans-
formarem em hexágonos, os favos têm, inicialmente, a forma circular. Eles ganham a forma hexagonal e levemente
arredondada ao longo da construção das fileiras, prateleiras onde são depositados pólen e mel.
O D
Em artigo publicado na revista da Royal Society britânica, os especialistas explicam que o mecanismo desta
A
transformação se dá no escoamento da cera derretida, que uniria os favos vizinhos.
Inúmeras hipóteses foram elaboradas ao longo dos séculos na tentativa de explicar a geometria impressio-
nante das colmeias. Já se acreditou, inclusive, na insólita capacidade que estes insetos teriam para fazer comple-
Com a ponta seca do xos cálculos matemáticos a fim de medir as larguras e os ângulos.
compasso em A e abertura
de medida AO , trace os Mas segundo o estudo, a explicação está nas propriedades físicas da cera utilizada para construir os favos
pontos B e F na circunfe- circulares.
rência. Analogamente, com
a ponta seca do compasso
Numa temperatura de aproximadamente 45°, a cera começa a derreter como um líquido elástico, viscoso.
em D e abertura de medida Ela se estica como um caramelo, e os ângulos se formam na junção das células, dando origem aos hexágonos.
DO, trace os pontos C e E na De acordo com os pesquisadores, o calor na origem desta transformação é fornecido pelas abelhas operárias
circunferência. que trabalham sem parar, lado a lado, na construção das fileiras.
F E

Disponível em: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/como-os-favos-das-abelhas-viram-hexagonos. Acesso em: 25 ago. 2017.


O D
A
● Considerando o polígono que constitui o favo de mel, responda às questões:
a) Qual o número de lados desse polígono?
B C

Observe que os arcos Cada polígono possui 6 lados.


passam pelo centro da b) Qual o perímetro desse polígono, considerando que cada lado mede 0,3 cm?
circunferência.
Se cada lado mede 0,3 cm, o perímetro do polígono (hexágono) equivale a 1,8 cm.
Una os pontos, formando
assim o hexágono regular
ABCDEF.
F E

O D
A

Construções geométricas com régua e compasso auxiliam na


B C percepção das características das figuras construídas e facilitam
Tischenko Irina/Shutterstock

a resolução dos exercícios. Por exemplo, ao construir esse


hexágono regular, o aluno percebe a propriedade de ele ser
composto por seis triângulos equiláteros.

292 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 292 10/09/2019 14:32:46


Polígono e região poligonal
Linha poligonal
A

É um conjunto de segmentos de retas su-


cessivas e não colineares. E

a b c B Polígono
ABCDE
retas sucessivas colineares

a b c
C D

retas sucessivas não colineares A

Uma linha poligonal pode ser:


● fechada ou aberta: é fechada se suas
E
extremidades coincidem, caso contrário
Região
é uma linha poligonal aberta. B poligonal
ABCDE
● simples ou não simples: em uma linha
poligonal simples, os únicos pontos co-
muns a dois lados são os vértices, caso
contrário é uma linha poligonal não C D
simples. Muitas vezes a palavra polígono encontra-
-se identificada como a região localizada den-
tro da linha poligonal fechada, mas polígono
representa apenas os segmentos de reta que
compõem a linha poligonal fechada.
Considerando as duas figuras anteriores,
Linha poligonal Linha poligonal observa-se que:
simples e fechada não simples e fechada
● os segmentos AB, BC, CD, DE e EA são os
lados do polígono e da região poligonal;
● os pontos A, B, C, D, E são os vértices da
região poligonal e do polígono;
● dois lados que têm um vértice comum
(ou uma extremidade comum) são lados
Linha poligonal Linha poligonal consecutivos;
simples e aberta não simples e aberta
A partir de agora podemos começar a estu- ● dois lados não consecutivos não têm
dar os polígonos. Linha poligonal fechada ou vértice (ou extremidade) comum;
polígono é uma figura geométrica cuja palavra ● dois ângulos de um polígono são con-
é proveniente do grego poli (muitos) + gonos secutivos se têm um lado do polígono
(ângulos). comum;
C ● um polígono de n vértices possui n lados
G F e n ângulos;
D C ● a soma dos lados é o perímetro do
polígono.
A
Os ângulos da linha poligonal, da região po-
E
D ligonal fechada e do polígono são: A, B, C, D e E.
C
A B

B A B

A região interna a um polígono é a região


plana delimitada por um polígono.

MAT B 293

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 293 10/09/2019 14:32:47


Saiba mais
Qual a origem das figuras
O polígono
geométricas?

Elementos
Seja A1, A 2 , A 3 , A 4 ,..., A n uma sequência de
Não é possível saber
quando elas surgiram com n pontos distintos de um plano, com n ≥ 3.
exatidão, pois não existem Consideremos os n segmentos de retas conse- ● Vértice: extremo de um dos segmentos
registros e porque o conhe-
cutivos dados por A 1A 2 , A 2 A 3 ,..., A n −1A n , A n A 1 que formam o polígono.
cimento das figuras geomé-
tricas compreende saberes de tal forma que ● Lado: cada um dos segmentos que for-
diferentes: a percepção ● nenhum par desses segmentos se inter- mam o polígono.
do desenho e o conceito sectam, apenas seus pontos extremos.
matemático. Ou seja, uma ● Diagonais: segmentos de reta com extre-
criança pode desenhar ● dois desses segmentos que tenham uma midades em vértices não consecutivos.
um quadrado sem saber extremidade em comum não são coli-
descrevê-lo (quatro lados e ● Ângulo interno: ângulo formado por dois
neares, ou seja, não estão contidos em lados consecutivos.
quatro ângulos iguais). Até
hoje é possível encontrar uma mesma reta.
● Ângulo externo: ângulo suplementar e
povos nessa situação, Nessas condições, a reunião desses n seg-
como os índios cuicuros, do adjacente a um ângulo interno.
mentos recebe o nome de polígono.
Centro-Oeste brasileiro. Mas Observe o polígono a seguir.
sabe-se que pouco depois A A
de 2600 a.C., época da cons- AA
a1
trução da pirâmide de Gizé,
no Egito, cuja base quadrada
é bastante precisa, o escriba a
b1
Ahmes registrou cálculos de
áreas de círculos, retângulos A
A E
e triângulos no papiro de e b BB
Rhind (nome do arqueólogo
que o comprou). Também e1
A
é sabido que entre 2000 e
1600 a.C. os babilônios já Um polígono pode ser definido informal-
conheciam as figuras básicas mente como uma figura fechada, formada por
(o retângulo, o quadrado e
o triângulo) e calculavam
vários segmentos consecutivos não colineares d c c1
sua área. que não se cruzam e somente se tocam nos
UCHOA, L. Qual a origem das figuras extremos. D
D d1 CC
geométricas? Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/ Veja alguns polígonos:
matematica/fundamentos/geometria-
origem-figuras-geometricas-450656.
● Vértices: A, B, C, D e E
A A
shtml. Acesso em: 13 ago. 2019. B
B
P ● Lados: AB, BC, CD, DE e EA
A
B
A B ● Diagonais: AC, AD, BD, BE e CE
A B B P
P
● Ângulos internos: a , b, c , d
 e e

● Ângulos externos: a 1 , b 1 , c 1 , d
 e e
1 1
A E F
B H
G
C
I
D K J

Polígonos convexos e polígonos côncavos


Polígono convexo A B
A B

C
Um polígono é convexo se toda reta deter- C E
minada por dois vértices consecutivos deixa os
demais vértices em um mesmo lado (ou semi-
E D
plano), dentre os determinados pela reta. Veja: D
P
X Q
Polígono côncavo
V
Um polígono é côncavo se a reta determi-
R nada por dois vértices consecutivos separa os
demais vértices em dois semiplanos. Veja:
U
T S

294 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 294 10/09/2019 14:32:48


A
N.° Polígono Curiosidade
Nome do
de Regu- [...]
Irregular polígono
lados lar Você já deve ter visto para-
fusos destes tipos:
C
D
B 3 Triângulo

A
C
4 Quadrilátero
A B
H B
D
G C
G F
E O mais comum é o primeiro,
E chamado pelos mecânicos
F D 5 Pentágono
de sextavado. [...]
Quando um mecânico
está consertando um
defeito qualquer numa
Polígonos regulares e 6 Hexágono
máquina – por exemplo, um
automóvel – muitas vezes
irregulares ele tem pouco espaço para
trabalhar (em geral em
Polígonos regulares: são aqueles que pos- posições desconfortáveis).
suem todos os lados e ângulos com medidas Por essa razão, dos três
7 Heptágono parafusos apresentados, o
iguais. mais cômodo é o hexagonal,
pois é o que pode ser aper-
tado ou desapertado com
giros menores (60°), isto
é, com movimentos mais
8 Octógono curtos do braço.
Disponível em: http://portal.
mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/
EnsMed/expensmat_iicap1.pdf.
Acesso em: 13 ago. 2019.

9 Eneágono

Polígonos irregulares: são aqueles que


10 Decágono
não possuem ângulos ou lados com medidas
iguais.

12 Dodecágono

Nomenclatura de polígonos 20 Icoságono


Num polígono o número de lados é igual ao
número de ângulos e são classificados quanto
ao número de lados.

MAT B 295

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 295 10/09/2019 14:32:49


MATEMÁTICA E CULTURA

Curiosidade
Exemplos de mosaicos são O que é um Mosaico?
os vitrais que podem ser Se você procurar um dicionário, ele vai lhe dizer Os polígonos regulares em uma ladrilhagem devem
encontrados em construções que a palavra mosaico significa dar forma ou arran- encher o plano em cada vértice, o ângulo interno deve
antigas como igrejas, por
exemplo. jar pequenos quadrados em padrão de ladrilhagem. ser um divisor exato de 360 graus. Isto é verdade para o
As primeiras ladrilhagens foram feitas com ladri- triângulo, o quadrado e o hexágono, e você pode cons-
lhos quadrados. truir ladrilhagens trabalhando com estas figuras. Para
todos os outros, os ângulos internos não são divisores
Um polígono regular tem 3 ou 4 ou 5 ou mais
exatos de 360 graus, e consequentemente aquelas figu-
lados e ângulos, todos iguais. Um mosaico regular
kcotsrettuhS/slexiP deknI

ras não podem ladrilhar o plano. [...]


significa um mosaico composto de polígonos regu-
lares congruentes. [lembre-se: Regular significa que Mosaicos semirregulares
os lados do polígono são todos do mesmo compri- Você pode também usar uma variedade de polígo-
mento. Congruentes significa que os polígonos que nos regulares para fazer mosaicos semirregulares.
você une são todos do mesmo tamanho e forma.] Um mosaico semirregular tem duas propriedades
Apenas três polígonos regulares são usados no que são:
plano euclideano: triângulos, quadrados ou hexágo- Ele é formado por polígonos regulares;
nos. Nós não podemos mostrar o plano inteiro, mas O arranjo dos polígonos em cada vértice é
imagine que estes são pedaços tirados de um plano idêntico.
que foi ladrilhado. Estão aqui os exemplos de:
Aqui estão os oito mosaicos semirregulares:

um mosaico de
triângulos

um mosaico de
quadrados
3.3.3.4.4 3.3.4.3.4 3.4.6.4
Inked Pixels/Shutterstock

um mosaico de
hexágonos

Quando você olha estes três exemplos você pode


facilmente observar que os quadrados estão alinha-
dos uns com os outros, enquanto os triângulos e os 3.6.3.6 4.8.8
hexágonos não. Também, se você olhar 6 triângu-
los de cada vez, eles formam um hexágono, assim
a ladrilhagem dos triângulos e a ladrilhagem dos
hexágonos são similares e não podem ser formadas
alinhando os ladrilhos com uma translação.
Você pode medir os ângulos internos de cada um
destes polígonos:
4.6.12 3.3.3.3.6
Medida do ângulo
Polígono
em graus
triângulo 60
quadrado 90
pentágono 108
hexágono 120
mais de seis lados mais de 120 graus 3.12.12

Agora é a sua vez!


Escolha alguns polígonos regulares, desenhe-os num papel resistente e cole-os compondo mosaicos como
os que foram sugeridos no texto.

296 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 296 10/09/2019 14:32:51


Resolvidos 3. Observe as seguintes figuras:

1. Leia o texto e observe a imagem a seguir, em relação ao perímetro


urbano de uma cidade.
Prefeito discute perímetro urbano
com conselhos municipais I II III
Projeto apresentado aos conselhos visa planejar
o crescimento ordenado da cidade
O prefeito Murilo Zauith reuniu pela primeira vez na sexta-feira
passada os três conselhos municipais envolvidos com o planeja-
mento de Dourados. Estiveram presentes os integrantes do CMD
(Conselho Municipal de Desenvolvimento), CMDU (Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano) e Comdam (Conselho IV V
Municipal de Defesa do Meio Ambiente). O assunto discutido foi a
proposta de ampliação do perímetro urbano, que está na Câmara a) Qual dessas figuras é um polígono regular?
de Vereadores. b) Quais são os polígonos côncavos?
Juntamente com o secretário de Planejamento Antonio No- c) Por que o polígono I é considerado convexo?
gueira, o prefeito fez uma explanação sobre o projeto, destacando
 Solução:
a necessidade de planejar Dourados para os próximos dez anos,
buscando com isso evitar que a cidade continue crescendo de a) II
forma desordenada. b) III, IV, V
c) Um polígono é convexo se toda reta determinada por dois de
seus vértices deixa todos os demais vértices em um mesmo lado,
dentre os dois que a reta determina.
4. Qual dessas figuras não é um hexágono? Justifique sua escolha.

I II III IV
 Solução:
A figura IV – Um polígono é uma figura fechada formada por vários
segmentos consecutivos não colineares que não se cruzam e somente
se tocam nos extremos.
Disponível em: www.bomdiadourados.com.br/2011/07/
perimetro-urbano.html. Acesso em: 4 abr. 2015. Praticando
Sobre o perímetro urbano atual, pode-se afirmar que se trata de
1. (CEFET-RJ-2013) Manuela desenha os seis vértices de um hexá-
a) uma poligonal aberta. d) um polígono regular. gono regular (figura a seguir) e une alguns dos seis pontos com
b) uma poligonal fechada. e) um polígono complexo. segmentos de reta para obter uma figura geométrica. Essa figura
c) um polígono convexo. não é seguramente um:
 Solução: B
Analisando o perímetro urbano atual da cidade de Dourados,
observa-se que se trata de uma poligonal fechada.
2. É possível identificar alguns tipos de polígonos neste mosaico.
Observe-o e indique quais são esses polígonos:

a) retângulo.
b) trapézio.
c) quadrado.
d) triângulo equilátero.
A única figura, dentre as alternativas, que não
pode ser formada é um quadrado. A imagem mos-
tra que se pode formar um triângulo retângulo,
um trapézio e um triângulo equilátero ao unir
pontos desenhados por Manuela.

 Solução:
Quadrado, triângulo e hexágono.

MAT B 297

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 297 10/09/2019 14:32:53


2. Observe a imagem a seguir, que representa o percurso de uma 4. Observe a figura a seguir, que representa uma região poligonal
corrida. numa malha pontilhada.

Sobre o polígono que define tal região poligonal, pode-se afirmar


que representa um polígono
a) não convexo.
Disponível em: www.assessocor.com.br/arquivos/Eventos/Triativa/ b) complexo.
Percurso_10km_X_Corrida_do_Exercito.jpg. Acesso em: 6 abr. 2015. c) regular.
Considerando o trajeto destacado na imagem, pode-se afirmar que d) convexo.
se trata de um polígono Analisando o polígono apresentado, observa-se que pelo menos uma reta, que contém
um lado qualquer do polígono, intercepta outro lado. Logo, o polígono é não convexo.
a) convexo.
b) complexo.
c) não convexo.
d) regular.
Analisando o polígono apresentado, observa-se que pelo menos uma reta, que contém
um lado qualquer do polígono, intercepta outro lado. Logo, o polígono é não convexo. 5. Suponha que as quatro paredes de uma cozinha possuem a mesma
área e serão pavimentadas com lajotas de cerâmica, conforme
imagem a seguir:
visivastudio/Shutterstock

3. Observe as figuras, que são polígonos convexos e não convexos.

Se a área de cada parede é de 9 metros quadrados e considerando


que a área de cada lajota equivale a 0,20 metros quadrados, qual a
quantidade aproximada de lajotas que será utilizada na pavimen-
tação das paredes?
a) 18
b) 45
c) 90
Considerando todos os polígonos não convexos, é correto afirmar d) 135
que a soma do número de lados de todos eles é e) 180
a) 7 Os polígonos não convexos são:
Como a área total que será revestida equivale a 36 metros quadrados e como cada lajota
b) 24 equivale a 0,20 metros quadrados, tem-se que a quantidade aproximada de lajotas que
5
36
c) 29 6 será utilizada na pavimentação das paredes equivale a = 180 lajotas.
7 0,20
d) 35
e) 59
9
8

Logo, a soma procurada é 5 + 6 + 8 + 7 + 9 = 35

298 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 298 10/09/2019 14:32:55


6. Leia o texto e observe a imagem a seguir, em relação às calçadas
de São Paulo.
Avaliação das calçadas da capital

Disponível em: https://tinyurl.com/htszezr. Acesso em: 03 mar. 2017. Adaptado.

A partir das informações do texto, as peças do Tangram são


a) sete polígonos côncavos.
b) apenas triângulos isósceles.
c) apenas quadriláteros regulares.
Faça um teste: escolha uma rua qualquer de São Paulo e tente d) dois trapézios e cinco triângulos.
caminhar em linha reta, a passos normais, pela calçada. Em pou-
e) dois quadriláteros e cinco triângulos.
cos minutos, ficará evidente que a tarefa beira o impossível. Uma
coleção de acidentes geográficos obriga o desavisado pedestre 2. C2:H7 (CPS-2015) A arte e a arquitetura islâmica apresentam os
a desenvolver agilidade de atleta para superar desafios como ir à mais variados e complexos padrões geométricos.
padaria da esquina. O “salto sobre buraco”, a “escalada de degraus” Na Mesquita de Córdoba, na Espanha, podemos encontrar um dos
e o “slalom entre postes” estão entre as modalidades mais popu- mais belos exemplos dessa arte. O esquema geométrico da Figura 1
lares. E, como em um esporte radical de verdade, os praticantes é um dos muitos detalhes dessa magnífica obra.
arriscam a integridade física.
Figura 1
Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/materia/avaliacao-
calcadas-sao-paulo/. Acesso em: 20. ago. 2019.

Suponha que serão revitalizados 5 000 metros quadrados de cal-


çada. Metade desse pavimento deverá ser constituída por ladrilhos
escuros e a outra metade, por ladrilhos claros. Se cada ladrilho
quadrado possui 2,5 centímetros de lado, quantos ladrilhos escuros
serão necessários, aproximadamente?
a) 800 · 104
b) 103
c) 2 · 103
d) 400 · 104
e) 400
Fonte das figuras desta questão: BROUG, Eric. Islamic: Geometric
Patterns. Londres. Thames & Hudson, 2008. Adaptado.
Como serão pavimentados 5 000 metros quadrados de calçada e como metade desse
pavimento deverá ser constituído por ladrilhos escuros, tem-se que a área ocupada por Assinale a alternativa que apresenta o padrão geométrico cuja
esse tipo de ladrilho equivale a 2 500 metros quadrados. Como cada ladrilho quadrado repetição compõe a Figura 1.
possui lado igual a 2,5 cm, tem-se que a área é igual a
2 500 a) d)
6,25 cm² = 6,25 · 10-4 m². Assim, serão necessários = 400 10 4 ladrilhos
6,25 10
−4
escuros.

b) e)

Desenvolvendo Habilidades
1. C2:H7 (CPS-2017 – adap.) O Tangram é um quebra-cabeça chinês.
Há uma lenda sobre esse quebra-cabeça que afirma que um jovem
chinês, ao despedir-se de seu mestre, para uma longa viagem pelo
mundo, recebeu uma tábua quadrada cortada em 7 peças (um
quadrado, um paralelogramo e cinco triângulos). c)
Assim o discípulo poderia reorganizá-las para registrar todas as
belezas da viagem. Lendas e histórias como essa sempre cercam
a origem de objetos ou fatos, a respeito das quais temos pouco
ou nenhum conhecimento, como é o caso do Tangram. Se é ou
não uma história verdadeira, pouco importa: o que vale é a magia,
própria dos mitos e lendas.

MAT B 299

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 299 10/09/2019 14:32:55


3. C2:H7 (CP2-2016) O Tangram é um quebra-cabeça chinês formado laterais do terreno. Ela sabe que conseguirá plantar um número
por 7 peças com as quais podemos formar várias figuras, utilizando maior de mudas em seu pomar se dispuser as covas em filas ali-
todas as peças e sem sobrepô-las. nhadas paralelamente ao lado de maior extensão.
O número máximo de mudas que essa pessoa poderá plantar no
1 2 espaço disponível é
a) 4 d) 12
3 b) 8 e) 20
c) 9
4 7
6. C2:H8 (IFCE-2014) Um robô, caminhando em linha reta, parte de
um ponto A em direção a um ponto B, que distam entre si cinco
5 metros. Ao chegar ao ponto B, gira novamente 60° à esquerda e
6 caminha mais cinco metros, repetindo o movimento e o giro até
retornar ao ponto de origem. O percurso do robô formará um
polígono regular de:
Legenda: a) 10 lados. d) 7 lados.
Fig. 1 – Triângulo médio
b) 9 lados. e) 6 lados.
Fig. 2 – Paralelogramo
c) 8 lados.
Fig. 3 e 5 – Triângulos pequenos
Fig. 4 – Quadrado 7. C2:H8 (CEFET-MG-2011) No loteamento Recanto Verde, um pro-
Fig. 6 e 7 – Triângulos grandes fessor comprou uma chácara, cujo terreno tem forma retangular e
O retângulo a seguir foi formado com seis dessas sete peças. dimensões 40 m × 90 m. Ele pretende cercar essa área com estacas
de cimento distanciadas de 2,5 m uma da outra. O número de
estacas necessário para cercar todo esse terreno é:
a) 102 c) 104
b) 103 d) 108
8. C2:H8 (Enem-2015) Para uma alimentação saudável,
recomenda-se ingerir, em relação ao total de calorias
diárias, 60% de carboidratos, 10% de proteínas e 30%
de gorduras. Uma nutricionista, para melhorar a visua-
A peça que não foi utilizada é idêntica à de número lização dessas porcentagens, quer dispor esses dados em um po-
a) 1 c) 5 lígono. Ela pode fazer isso em um triângulo equilátero, um losango,
um pentágono regular, um hexágono regular ou um octógono
b) 3 d) 7
regular, desde que o polígono seja dividido em regiões cujas áreas
4. C2:H8 (UFSJ-2013) O uniforme da escola circense “Só alegria” tem sejam proporcionais às porcentagens mencionadas. Ela desenhou
o seguinte logotipo bordado no seu agasalho: as seguintes figuras:

0,5 cm

Desse desenho, borda-se o contorno de cada um dos seis triângulos


equiláteros da figura. Com 1 m de linha são bordados 10 cm do
contorno e, para cada agasalho bordado, cobram-se R$0,05 por
10 cm de linha gasta acrescidos do valor de R$2,50. Sabendo disso,
em uma encomenda de 50 agasalhos, serão gastos Entre esses polígonos, o único que satisfaz as condições neces-
a) R$125,00 c) R$161,25 sárias para representar a ingestão correta de diferentes tipos de
b) R$131,75 d) R$192,50 alimentos é o
a) triângulo.
5. C2:H8 (Enem-2014) Uma pessoa possui um espaço re-
tangular de lados 11,5 m e 14 m no quintal de sua casa b) losango.
e pretende fazer um pomar doméstico de maçãs. Ao c) pentágono.
pesquisar sobre o plantio dessa fruta, descobriu que as d) hexágono.
mudas de maçã devem ser plantadas em covas com uma única
e) octógono.
muda e com espaçamento mínimo de 3 metros entre elas e as

300 MAT B

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Complementares 6. (Unicamp 2019) No triângulo ABC exibido na figura a seguir, M é o
ponto médio do lado AB e N é o ponto médio do lado AC
1. (EEWB-2011) Um ciclista deu 100 voltas em uma pista que tinha
a forma de um hexágono regular. Cada lado do hexágono media
15 m. Quantos quilômetros ele percorreu?
a) 9
b) 90
c) 900
d) 9000
2. (IFSC) Um triângulo equilátero e um quadrado têm o mesmo pe-
rímetro. A medida do lado do quadrado é 90 centímetros. Nessas
Se a área do triângulo MBN é igual a t, então a área do triângulo
condições, a medida do lado do triângulo equilátero é de...
ABC é igual a
a) 90 cm
a) 3t.
b) 180 cm
b) 2 3t.
c) 120 cm
c) 4t.
d) 100 cm
d) 3 2t.
e) 150 cm
7. (Insper) Um polígono regular possui n lados, sendo n um número
3. (CEFET-RJ-2014) Na figura a seguir, ABCE é um retângulo e CDE é par maior ou igual a 4. Uma pessoa uniu dois vértices desse po-
um triângulo equilátero. lígono por meio de um segmento de reta, dividindo-o em dois
A E polígonos convexos P1 e P2, congruentes entre si. O número de
lados do polígono P1 é igual a
a) n + 2 d) n – 1
2 2
D n +1 n –2
b) e)
2 2
c) n
B C 2
8. (Unesp) Um artesão foi contratado para ornamentar os vitrais de
Sabendo que o perímetro do polígono ABCDE é 456 cm e CD mede uma igreja em fase final de construção. Para realizar o serviço, ele
68 cm, qual é a medida do lado BC? precisa de pedaços triangulares de vidro, os quais serão cortados
a) 118 cm a partir de um vidro pentagonal, com ou sem defeito, que possui
b) 126 cm n bolhas de ar (n = 0, 1, 2, ...). Sabendo que não há 3 bolhas de ar
alinhadas entre si, nem 2 delas alinhadas com algum vértice do
c) 130 cm
pentágono, e nem 1 delas alinhada com dois vértices do pentágono,
d) 142 cm o artesão, para evitar bolhas de ar em seu projeto, cortou os pedaços
4. (IFAL-2016) Na figura a seguir, calcule o ângulo α. de vidros triangulares com vértices coincidindo ou com uma bolha
de ar, ou com um dos vértices do pentágono.
bolha de ar
42°

α 38°

37° 30° vidro pentagonal

Dica: Use o resultado do ângulo externo de um triângulo.


Nestas condições, determine a lei de formação do número máximo
a) 30°
de triangulares (T) possíveis de serem cortados pelo artesão, em
b) 33° função do número (n) de bolhas de ar contidas no vidro utilizado.
c) 37°
d) 38°
e) 42°
5. (UTFPR-2010) A soma das medidas dos ângulos internos de um
triângulo é 180°. A soma das medidas dos ângulos internos de
um hexágono é:
a) 180°
b) 360° ONLINE
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
Façaoodownload
1. Faça downloaddodo aplicativo
aplicativo SAE SAE Questões
Questões ou qualquer aplicativo
ou qualquer
c) 540° de leituradeQRleitura
aplicativo Code.QR Code.
Abraooaplicativo
2. Abra aplicativo e aponte
e aponte parapara o QRQRCode
um dos Codesaoaolado.
lado
d) 720° 3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
em sua tela.
e) 900°

MAT B 301

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 301 10/09/2019 14:32:57


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Polígonos II
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Número de diagonais de um polígono • Soma dos ângulos internos de um polígono convexo • Soma dos ângulos externos de
um polígono convexo • Ângulo interno (ai) e ângulo externo (ae) de um polígono regular
Matemática
mód. 03/16

03 Polígonos II

START

Livros
CONTADOR, Paulo Roberto M. Arte e Matemática
A Matemática na arte e
na vida. São Paulo: Editora Criatividade, beleza, universalidade, simetria, dinamismo são qualidades que frequentemente usamos
Livraria da Física, 2011. quando nos referimos quer à Arte quer à Matemática. Beleza e rigor são comuns a ambas. A Matemática tem
Nesse livro o autor explora um notável potencial de revelação de estruturas e padrões que nos permitem compreender o mundo que nos
as inúmeras contribuições rodeia. Desenvolve a capacidade de sonhar! Permite imaginar mundos diferentes, e dá também a possibilidade
das realizações da estética, de comunicar esses sonhos de forma clara e não ambígua. E é justamente esta capacidade de enriquecer o imagi-
da arquitetura, da filosofia,
da matemática e das
nário, de forma estruturada, que tem atraído de novo muitos criadores de Arte e tem influenciado até correntes
ciências naturais. Também artísticas. Como a história demonstra, a Matemática evolui muitas vezes por motivações de ordem estética.
apresenta padrões matemá- Como dizia Aristóteles: "Os filósofos que afirmam que a Matemática não tem nada a ver com a Estética estão
ticos implícitos, considera- seguramente errados. A Beleza é de fato o objeto principal do raciocínio e das demonstrações matemáticas",
dos como belos, provocando e Hardy afirmava que "O matemático, tal como o pintor ou o poeta, é um criador de padrões. Um pintor faz
interessante reflexão sobre
a proporção áurea e sua padrões com formas e cores, um poeta com palavras e o matemático com ideias. Todos os padrões devem ser
relação com a arte, ciência belos. As ideias, tal como as cores, as palavras ou os sons, devem ajustar-se de forma perfeita e harmoniosa."
e natureza. Até a Renascença a oposição entre Arte e Matemática não tinha grande sentido. Basta olhar para o gênio
universal Leonardo da Vinci. Hoje a atividade artística reivindica de novo a influência matemática – Klee,
Kandinsky, Vasarely, Corbusier, Xenakis e muitos outros deixaram-se fascinar pela Matemática que exploraram
com novas possibilidades ópticas, novos algoritmos de criação, novas geometrias (não euclidianas, fractais etc.)
mais recentemente potenciados pelo uso da computação, síntese sonora e outras potencialidades técnicas.

Disponível em: http://cmup.fc.up.pt/cmup/arte. Acesso em: 13 ago. 2019.

Você se lembra de obras ou artistas que usam figuras geométricas em suas obras? Se não, converse com os colegas
e o professor de Arte e enumere artistas e/ou obras com características geométricas.
Os artistas Hércules Barsoti, Hélio Oiticica
e Luiz Sacilotto são alguns dos artistas
brasileiros que retratam figuras geométri-
cas em suas obras.

Professor, explore as figuras geométricas


representadas na obra. Questione os
alunos se todas são polígonos e discuta
sobre as características de algumas delas.

No azul, 1925. Wassily Kandinsky. Óleo sobre


tela, 80 x 110 cm. Museu Kunstsammlung
Nordrhein-Westfalen, Düsseldorf. Alemanha.

302 MAT B

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Número de diagonais de um polígono Curiosidade
Perceba que, visualmente, é
possível notar que os triân-
A diagonal de um polígono é um segmento  Exemplos: gulos não têm diagonais.
cujas extremidades são vértices não consecu-
1) Um hexágono tem Pela fórmula, para n = 3,
tivos do polígono.
6 ⋅(6 − 3) temos que d = 3(3 − 3) = 0
O número de diagonais d de um po- d= = 9 diagonais.
2 2
lígono de n lados (n ≥ 3) é calculado por
2) Qual é o nome do polígono convexo em que
n ⋅ (n − 3) . Veja por quê:
d= o número de diagonais é igual ao dobro do
2 número de lados?
Com extremidade num dos vértices do polí-
Solução:
gono, tem-se (n – 3) diagonais. Com extremida-
des dos n vértices, tem-se n · (n – 3) diagonais. Utilizando a expressão que permite calcular
Porém, nesse cálculo, cada diagonal é contada o número de diagonais d em função do nú-
duas vezes. Logo: mero de lados n, tem-se que:
n ⋅ (n − 3)
d = 2n ⇒ = 2n ⇒ n − 3 = 4 ⇒ n = 7
2
n ⋅ (n − 3)
d= Logo, o polígono é o heptágono.
2

Soma dos ângulos internos de


um polígono convexo
A soma S i dos ângulos internos de um po- 2) No triângulo, a soma dos ângulos internos
lígono convexo de n lados (n ≥ 3) é calculada é 180°.
por S i = (n – 2) · 180°. Veja por quê:
3) No quadrilátero convexo, ABCD, a soma dos
De um vértice qualquer conduz-se todas as
diagonais que têm esse vértice como extremo. O ângulos internos é 2 · 180° = 360°, pois o
polígono, então, fica dividido em (n – 2) triângulos. quadrilátero convexo pode ser dividido em
Logo, como cada triângulo tem a soma dos ângu- dois triângulos de ângulos independentes,
los internos igual a 180°, conclui-se que:
ABD e BCD.
A
S i = (n – 2) · 180°
B D
 Exemplos:
1) A soma dos ângulos internos de um pentá-
C
gono é Si = (5 – 2) · 180° = 540°

Soma dos ângulos externos de


um polígono convexo
O ângulo externo de um polígono con- Observe que:
vexo é um ângulo suplementar adjacente a ● a1 + a = 180° ● d1 + d = 180°
um ângulo (interno) do polígono.
● b1 + b = 180° ● e1 + e = 180°
a1
A
● c1 + c = 180°

a
Somando membro a membro as igualda-
b1 des, tem-se que:
E
a1 + b1 + c1 + d1 + e1 + a + b + c + d + e = 5 · 180°
B
e b
S e + (5 – 2) · 180 = 5 · 180°
e1
S e = 360°
Ampliando a ideia anterior para um polí-
gono com n lados, tem-se que:
d c c1 S e + (n – 2) · 180° = n · 180°
D C S e = –180n + 360 + 180n S e = 360°
d1
Logo,
S e = 360°

MAT B 303

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Curiosidade
Os pitagóricos consideravam
Ângulo interno (ai) e ângulo externo
o pentagrama ou triângulo
triplo como um símbolo.
Para obtê-lo eles estendiam
(ae) de um polígono regular
as faces pentagonais até Os ângulos internos de um polígono regu-  Exemplo:
formar uma estrela. É a fi-
gura formada pela união das
lar são congruentes. Seu valor pode ser obtido Considerando um hexágono regular, determine:
diagonais de um pentágono. por meio de n · ai = S i ⇒ n · a i = (n – 2) · 180º.
a) A medida de cada ângulo interno.
O pentagrama era o b) A medida de cada ângulo externo.
emblema sagrado da Irman-
dade Pitagórica e a maneira (n − 2) ⋅ 180° Solução:
ai =
como reconheciam os seus n a) Si ( n − 2 ) ⋅180° ( 6 − 2 ) ⋅180° 4 ⋅180°
membros. A Sociedade de = = = =
Pitágoras era uma seita n n 6 6
constituída de homens e Os ângulos externos de um polígono regu- 720°
mulheres que viviam em = 120°
lar são congruentes. Seu valor pode ser obtido 6
comunidade e se abstinham por meio de n · a e = S e ⇒ n · a e = 360°.
de todos os confortos, dedi- Se 360 360
b) = = = 60° ou basta obter o
cando-se apenas a uma vida n n 6
de moderação e à prática da
cura. Eles consideram o pen- a e = 360° suplementar do ângulo interno, fazendo
tagrama como um símbolo n 180° – 120° = 60°.
de boa saúde.
E, ainda, sempre e em qualquer polígono
A geometria do pentagrama convexo ai + a e = 180°.
e suas associações metafí-
sicas foram exploradas por
Pitágoras e seus seguidores,
que o consideravam um
emblema de perfeição.
Polígonos equidecomponíveis
Para eles, era um símbolo
sagrado que mostrava a har- Existem teoremas simples e interessantes em
monia entre o corpo e alma, Quadrado e
Matemática, por meio dos quais podemos desen- retângulo tais
e por isso o pentagrama era
considerado também pelos volver boa parte de conteúdos que fazem parte dos que um dos lados
pitagóricos o símbolo da programas de nossas escolas. Se temos um objetivo do retângulo é o
aliança entre os homens. bem definido a ser atingido, no caso a demonstração dobro do lado do
Os pitagóricos atribuíam de um resultado interessante, certamente o desenvol- quadrado.
virtudes especiais ao penta-
grama porque é uma figura vimento de conceitos e propriedades torna-se muito
Paralelogramo
que pode ser construída por mais significativo, e com isto os alunos aprendem
e retângulo com
uma linha única, linha fe- com entusiasmo. mesmas bases e
chada entrelaçada e por isso
era considerado o símbolo Um exemplo disto é o seguinte teorema: alturas.
da perfeição. “Se dois polígonos têm a mesma área, então, sempre
O pentagrama está entre os é possível decompor um deles em polígonos menores Equidecomposições
principais e mais conheci- de modo a compor o outro.”
dos símbolos, pois possui Transformação do quadrado no retângulo:
diversas representações e Em outras palavras, podemos decompor os dois
significados, evoluindo ao polígonos em polígonos menores, dois a dois con-
longo da história. gruentes. Isto significa que os dois polígonos podem
[...] ser decompostos igualmente, e por isto são ditos “po-
lígonos equidecomponíveis”.
jörg röse-oberreich/Shutterstock

Em algumas situações, dependendo da forma e do


dimensionamento dos polígonos, podemos desco- Transformação do paralelogramo no retângulo:
brir facilmente uma equidecomposição. Por exem-
plo, nos pares de polígonos a seguir:

[...]

Disponível em: www.projetos.


unijui.edu.br/matematica/ Disponível em: www2.mat.ufrgs.br/edumatec/atividades_diversas/ativ26/CabriJava/ativ26.htm. Acesso em: 11 jul. 2018.
cd_egem/fscommand/CC/CC_21.pdf.
Acesso em: 13 ago. 2019.

304 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 304 10/09/2019 14:33:06


MATEMÁTICA E SOCIEDADE

Fractais Saiba mais

Fractais são figuras geométricas que têm como principal Você já ouviu falar do
Brocóli Romanesco?
característica a autossimilaridade. O que significa dizer que
Este é mais um exemplo
são figuras geométricas que dentro de si, possuem cópias
de fractal que se pode
menores delas mesmas, e as cópias possuem cópias ainda encontrar na natureza, ele é
menores, e assim por diante. As áreas que, normalmente, composto de flores que são
estudam os fractais estão ligadas com a física e a matemá- compostas de flores ainda
tica. Elas relacionam os estudos com Sistemas Dinâmicos e menores e assim por diante.
Pesquise com seus colegas
Teoria do Caos, já que as equações que formam os fractais sobre esse vegetal e como é
descrevem fenômenos que podem aparentar aleatórios, a forma dele.
mas que não são, por seguirem uma certa regularidade.
Um dos fractais conhecidos é a Curva de Koch, que nos
lembra um floco de neve. E, não é tão difícil criá-lo, podemos
adicionar triângulos ao perímetro de um triângulo dado.

Professor: Os polígonos são figuras


presentes no cotidiano em diversas
situações. Um exemplo que você
pode utilizar para introdução deste
material seria falar sobre a bola de
futebol. Há alguns tipos que são
formados por hexágonos, há outros
que são formados por pequenos
pentágonos. Você pode sugerir
que os alunos façam uma pesquisa
sobre isso antes de iniciar a aula.

Fractal do Floco de Neve


Para construir o floco de neve de Koch iniciamos com um
triângulo equilátero de lado l, e seguimos os seguintes passos:
l
1) Divida cada lado l em três segmentos iguais ;
3
2) Desenhe um triângulo equilátero tendo como base o
segmento central da divisão do lado do passo 1. (gera-
mos nessa primeira interação três novo triângulos);
3) Remova a base utilizada para construir os triângulos do
passo 2.
Repetindo estes passos infinitamente, o floco de neve
Koch irá surgir.

1. Seguindo os passos, construa seu próprio fractal.


2. Quais outros polígonos você acredita que podem ser a base para criar
outros fractais? Pesquise exemplos e apresente.

É esperado que os alunos reflitam sobre a infinidade de polígonos que exis-


tem bem como as possibilidades de utilizá-los para criar fractais.

MAT B 305

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 305 10/09/2019 14:33:11


Resolvidos  Solução: B
A soma dos ângulos internos de um polígono convexo pode ser
1. (CFTMG-2015) Somando-se todos os ângulos internos de três calculada através da fórmula a seguir, onde n é o número de
polígonos convexos obtém-se 2160°. Sabe-se que o número de lados do polígono. Ou seja:
lados desses polígonos é n – 2, n e n + 2. Dentre eles, o que possui
menor número de lados é um Si = 180° · (n – 2) = 180° · (5 – 2) = 180° · 3 ⇒ Si = 540°
a) triângulo. c) pentágono. Assim, sabendo que a soma dos ângulos internos é 540°, pode-se
b) quadrilátero. d) hexágono. escrever:
 Solução: B 540 = 2x + 30 + 5 x + 2x + 2x + 50 + 4x – 40
2
Calculando a soma dos ângulos internos de cada polígono, temos:
540 = 10x + 5 x + 40 ⇒ 1 000 = 25x ⇒ x = 40°
180° · (n – 2 – 2) + 180° · (n – 2) + 180°(n + 2 – 2) = 2160° 2
Dividindo os dois membros da igualdade por 180°, temos:
Praticando
n – 4 + n – 2 + n = 12 ⇒ n = 6
Portanto, n – 2 = 4 e o polígono com o menor número de lados é um 1. Um hectágono é um polígono que possui 100 lados. Logo, a soma
quadrilátero. das medidas dos ângulos internos e o número de diagonais desse
polígono, equivalem respectivamente a
2. (UTFPR-2015) Os ângulos externos de um polígono regular medem
15°. O número de diagonais desse polígono é: a) 17 640° e 4 850. S = (100 – 2) · 180 = 17 640°
i

a) 56. d) 128. b) 18 000° e 4 850. d=


100(100 – 3)
= 4 850
2
b) 24. e) 168. c) 15 840° e 4 900.
c) 252. d) 17 640° e 9 700.
 Solução: C e) 18 000° e 9 700.
A soma dos ângulos externos de um polígono de n lados é sempre
360°, daí, temos:
n · 15° = 360° ⇒ n = 24
Logo, o número de diagonais de um polígono de 24 lados será dado
por:
d = 24 · (24 – 3) = 252
2
3. (IFSUL-2015) Sabe-se que a medida de cada ângulo interno de um
polígono regular é 144°, então qual é o número de diagonais de
tal polígono? 2. Se o número de diagonais de um polígono convexo é igual ao sêx-
a) 10 c) 35 tuplo do número de lados, qual a soma das medidas dos ângulos
internos desse polígono?
b) 14 d) 72
a) 2 700° d = 6n ⇒ n(n − 3) = 6n  n – 3 = 12  n = 15
 Solução: C 2
b) 2 340°
Como trata-se de um polígono regular, a soma dos ângulos inter- c) 360°
Si = (15 – 2) · 180° = 2 340°

nos será igual a 144° · n, sendo n o número de lados do polígono.


d) 195°
Pela fórmula da soma dos ângulos internos, tem-se:
e) 180°
S = 144n = 180 · (n – 2) ⇒ 144n – 180n = –360 ⇒ 36n = 360
⇒ n = 10
Sabendo que o polígono tem n = 10 lados, aplica-se a fórmula
do número de diagonais:
d = n · (n – 3) = 10 · (10 – 3) = 70 ⇒ d = 35
2 2 2
4. (UTFPR-2016) O valor de x no pentágono abaixo é igual a:

3. Em um polígono convexo, o número de lados n é um terço do


número de diagonais. Encontre quantos lados tem esse polígono.
a) 9 1 n ( n − 3)
n = d  d = 3n  3n =  6 =n −3 n = 9
b) 11 3 2

c) 13
d) 15

a) 25° e) 1 000°
b) 40°
c) 250°
d) 540°

306 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 306 10/09/2019 14:33:12


4. Quantas diagonais tem um polígono regular cuja soma dos ângulos 8. Observe a imagem a seguir, que representa uma estrela formada
internos é igual a 720°? por meio da união de dois triângulos equiláteros congruentes, de
Se a soma dos ângulos internos é igual a 720°, temos que o polígono possui 6 lados. De modo que o hexágono central é regular.
fato,

ewaseniczak/Shutterstock
720° = (n − 2) ⋅ 180°
720° = 180n − 360°
180n = 1080°
n=6
6 ( 6 − 3) 6 ⋅ 3
Dessa forma, o polígono tem d = = = 9 diagonais.
2 2

5. Quantas diagonais tem um polígono regular cujo valor dos seus Nessas condições, qual a diferença entre a soma dos ângulos
ângulos internos é 135°? internos das pontas da estrela e a medida do ângulo interno no
Se o valor de seus ângulos internos é igual a 135°, temos que ele possui 8 lados. De fato,
hexágono central?
(n − 2) ⋅ 180° a) 360°
135° = ⇔ 135n = 180n − 360° ⇔ 45n = 360° ⇔ n = 8
n b) 240°
8 ( 8 − 3) 8 ⋅ 5
Dessa forma, o polígono tem d = = = 20 diagonais. c) 180°
2 2
d) 120°
6. Observe a imagem a seguir, que representa uma composição de e) 60°
dois polígonos regulares na pavimentação de uma calçada.
Como os triângulos que formaram a estrela são equiláteros, tem-se que cada ângulo
sirapob/Shutterstock

interno da ponta da estrela mede 60°. Logo, a soma dos ângulos internos das pontas da
estrela equivale a 360°. O ângulo interno do hexágono regular corresponde a:
Si (n − 2) ⋅ 180° 720°
= = = 120°
n n 6

Assim, a diferença entre a soma dos ângulos internos das pontas da estrela e a medida
do ângulo interno no hexágono central é igual a 360° – 120° = 240°.

Considerando os polígonos apresentados, pode-se concluir que a Desenvolvendo Habilidades


razão entre o número de diagonais do polígono que possui o maior
número de lados e o número de lados do outro polígono equivale a 1. C2:H6 (Enem) As figuras a seguir exibem um trecho de
a) 20 um quebra-cabeças que está sendo montado. Observe
que as peças são quadradas e há 8 peças no tabuleiro
b) 10 O número de diagonais do polígono que possui o maior número de lados
da figura A e 8 peças no tabuleiro da figura B. As peças
8(8 – 3)
c) 5 equivale a d =
2
= 20. O número de lados do outro polígono é igual a são retiradas do tabuleiro da figura B e colocadas no tabuleiro da
d) 4 4. Logo, a razão procurada é 20 = 5. figura A na posição correta, isto é, de modo a completar os
4 desenhos.
e) 2,5 F
i
g
u
r
a

A
7. Qual o valor dos ângulos deste polígono?

105° 105° F
i
g
x x u
r
x a

O polígono é um pentágono, portanto: B


Si = (n – 2) · 180° ⇒ Si = (5 – 2) · 180° ⇒ Si = 540°
Assim: Peça 1 Peça 2
105° + 105° + x + x + x = 540°
3x = 330° Disponível em: http://pt.eternityii.com. Acesso em: 14 jul. 2009.
x = 110°

MAT B 307

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 307 10/09/2019 14:33:18


É possível preencher corretamente o espaço indicado pela seta no 5. (Enem - 2017) Viveiros de lagostas são construídos, por
tabuleiro da figura A colocando a peça: cooperativas locais de pescadores, em formato de
a) 1 após girá-la 90° no sentido horário. prismas reto-retangulares, fixados ao solo e com telas
b) 1 após girá-la 180° no sentido anti-horário. flexíveis de mesma altura, capazes de suportar a corro-
são marinha. Para cada viveiro a ser construído, a cooperativa utiliza
c) 2 após girá-la 90° no sentido anti-horário.
integralmente 100 metros lineares dessa tela, que é usada apenas
d) 2 após girá-la 180° no sentido horário. nas laterais.
e) 2 após girá-la 270° no sentido anti-horário.
2. C2:H8 (IFSP-2016) Ana estava participando de uma gincana na
escola em que estuda e uma das questões que ela tinha de respon-
der era “quanto vale a soma das medidas dos ângulos internos do
polígono regular da figura?”

Quais devem ser os valores de X e de Y em metro, para que a área


da base do viveiro seja máxima?
a) 1 e 49 d) 25 e 25
b) 1 e 99 e) 50 e 50
Para responder a essa pergunta, ela lembrou que seu professor c) 10 e 10
ensinou que a soma das medidas dos ângulos internos de um
triângulo é igual a 180°, e que todo polígono pode ser decomposto 6. C2:H8 (Ifal-2017) Um porta-retratos tem a forma de um octógono
em um número mínimo de triângulos. Sendo assim, Ana respondeu regular conforme imagem a seguir.
corretamente à pergunta dizendo:
a) 720°
b) 900°
c) 540°
d) 1 080°
e) 630°
3. C2:H8 (EEAr-2017) Ao somar o número de diagonais e o número
de lados de um dodecágono obtém-se
a) 66 d) 42
b) 54 e) 36
c) 44
4. C2:H8 (IFSP-2013) Uma pessoa pegou um mapa rasgado em que
constava um terreno delimitado por quatro ruas. Na parte visível Disponível em: www.mauriciojasso.com/galeria/cache/lo-nuevo/
do mapa, vê-se que o ângulo formado pela Rua Saturno e pela Rua DSC07649-Resolucion-de-Escritorio.JPG_595.jpg. Acesso: 30 ago. 2018.
Júpiter é 90°; o ângulo formado pela Rua Júpiter e pela Rua Netuno
A medida de cada ângulo interno desse octógono é
é 110° e o ângulo formado pela Rua Netuno e pela Rua Marte é
100°. Nessas condições, a medida de um ângulo formado pelas a) 45° d) 135°
ruas Marte e Saturno, na parte rasgada do mapa, é de b) 60° e) 30°
c) 90°
R. N
etun 7. C2:H8 (Enem-2016) Um artista utilizou uma caixa cúbica transpa-
o
rente para a confecção de sua obra, que consistiu em construir um
e
art

polígono IMNKPQ no formato de um hexágono regular, disposto


M

no interior da caixa. Os vértices desse polígono estão situados em


R.

R. Júpiter

pontos médios de arestas da caixa. Um esboço da sua obra pode


ser visto na figura.
H P G
R. Saturno
Q

E F K
a) 50°
b) 60°
I C
c) 70°
d) 80° N
e) 90° A M B

308 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 308 10/09/2019 14:33:19


Considerando as diagonais do hexágono, distintas de IK, quantas 2. (UECE-2010) Sejam P e Q polígonos regulares. Se P é um hexágono
têm o mesmo comprimento de IK? e se o número de diagonais do Q, partindo de um vértice, é igual
a) 1 ao número total de diagonais de P, então a medida de cada um dos
ângulos internos de Q é
b) 2
a) 144 graus.
c) 4
b) 150 graus.
d) 8
c) 156 graus.
e) 9
d) 162 graus.
8. C2:H7 (Enem-2016) Um gesseiro que trabalhava na reforma de
uma casa lidava com placas de gesso com formato de pentágono 3. (IFCE-2012) A respeito das diagonais de um hexágono regular de
regular quando percebeu que uma peça estava quebrada, faltando lado medindo 1 cm, é correto afirmar que
uma parte triangular, conforme mostra a figura. a) são nove, de três comprimentos diferentes, e as menores
A medem 3 cm.
b) são nove, de dois comprimentos diferentes, e as maiores
medem 3 cm.
c) são nove, de dois comprimentos diferentes, e as menores
E B medem 3 cm.
d) são doze, de três comprimentos diferentes, e as maiores me-
dem 3 cm.
e) são doze, de dois comprimentos diferentes, e as menores
medem 3 cm.
4. (ACAFE-2015) Tomando-se ao acaso uma das diagonais formadas
D C pelos vértices de um octógono regular, a probabilidade de que a
diagonal passe pelo centro do octógono é de:
Para recompor a peça, ele precisou refazer a parte triangular que fal-
 , y EDA a) 50%
tava e, para isso, anotou as medidas dos ângulos
= x EAD=
 do triângulo ADE.
e z = AED b) 40%
As medidas x, y e z, em graus, desses ângulos são, respectivamente, c) 20%
a) 18, 18 e 108. d) 0%
b) 24, 48 e 108. 5. (UFRGS) Um hexágono regular tem lado de comprimento 1. A soma
c) 36, 36 e 108. dos quadrados de todas as suas diagonais é
d) 54, 54 e 72. a) 6
e) 60, 60 e 60. b) 12
c) 18
Complementares d) 24
e) 30
1. (CP2-2016) A figura a seguir mostra um polígono regular de 14
lados e todas as suas diagonais: 6. (ESPM-2011) Os pontos A, B, C e D são vértices consecutivos de um
I polígono regular com 20 diagonais, cujo lado mede 1. O compri-
J
H mento do segmento AD é igual a:

K a) 2
G b) 2 +1

L c) 2 2 −1
F d) 2 2 +1
e) 2 2
M
7. (CP2-2013) Nas figuras abaixo, estão representados dois polígonos
E convexos e suas respectivas diagonais:

N
D

A
C
B

Disponível em: http://clickexatas.wordpress.com. Acesso em: 12 out. 2015.

O número de diagonais traçadas é de O quadrilátero PQRS possui 2 diagonais e o pentágono ABCDE


possui 5 diagonais.
a) 77
a) Observe a tabela e preencha a última linha.
b) 79
c) 80
d) 98

MAT B 309

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 309 10/09/2019 14:33:20


Quantidade de
Quantidade Quantidade
diagonais que
de vértices do total de
partem de cada
polígono diagonais
vértice
3 0 0
4 1 2
5 2 5
6 3 9
7 4 14
n

b) Quantos vértices possui um polígono convexo que tem 252


diagonais?
8. (UFSC-2011) Em um trecho do livro O guarda-roupa alemão, lê-se:
“Ethel: o rosto ali no espelho. A forma octogonal da transparên-
cia furando escombros. O tom escuro do jacarandá: o passaporte.
Começava a delinear-se a figura da bisavó. Ela gostava de
olhar-se dentro do octógono de cristal. Uma moldura transparente.
Tinha um aspecto místico. Os olhos. Os lábios. O cabelo. Aquele
dourado na face. Os dois semicírculos negros, como sinais além do
mar misterioso e inquieto”.
LAUS, L. O Guarda-roupa Alemão. 6. ed. rev.
Florianópolis: Ed. da UFSC, 2010. p. 5-6.

a) Defina um octógono regular.


b) Determine, apresentando os cálculos, a medida do ângulo
central do octógono regular.
c) Determine, apresentando os cálculos, a soma das medidas dos
ângulos internos do octógono regular.
9. (UFRGS-2016) Um desenhista foi interrompido durante a realização
de um trabalho, e seu desenho ficou como na figura abaixo.

40°

40°

40°

Se o desenho estivesse completo, ele seria um polígono regular


composto por triângulos equiláteros não sobrepostos, com dois
de seus vértices sobre um círculo, e formando um ângulo de 40°,
como indicado na figura.
Quando a figura estiver completa, o número de triângulos equilá-
teros com dois de seus vértices sobre o círculo é
a) 10. d) 16.
b) 12. e) 18.
c) 14.

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310 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 310 10/09/2019 14:33:21


04
B_
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G

0_1
Triângulos I

rig
EM2

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hu
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ck
O triângulo • Congruência de triângulos
Matemática
mód. 04/16

Triângulos

04
START

O teodolito caseiro
A construção do teodolito pode ser feita com
O teodolito é um instrumento óptico de medição de posições re-
materiais recicláveis ou de baixo custo. Veja a seguir
lativas. É utilizado em topografia, navegação, meteorologia e na agri-
uma maneira de construí-lo:
mensura para medir ângulos horizontais e verticais; em medições
de grandes obras como, barragens, hidrelétricas, pontes, medição Material:
industrial, exploração de minérios, além de ser aplicado em levanta- 1) um transferidor (pode ser de plástico ou de
mentos topográficos e geodésicos. madeira. Se preferir, pode até imprimir as
Um teodolito mede distâncias manualmente através de correntes medidas de um transferidor em uma folha e
de comprimentos padronizados ou fitas métricas de metal ao longo recortar);
do comprimento do ângulo desejado. Funciona como uma óptica 2) canudo ou tubo de uma caneta ou um palito
(por vezes duas), montada num tripé, com indicadores de nível, per- de churrasco (algo que tenha uma medida de
mitindo uma total liberdade de rotação horizontal ou vertical; mede comprimento um pouco maior do que o trans-
distâncias relativas entre pontos determinados, em escala métrica feridor que você está usando, ele vai servir
decimal (múltiplos e submúltiplos). [...] como ponteiro)
3) tachinha ou algo para fixar o ponteiro no
Fonte: http://www2.unifap.br/matematicaead/files/2016/03/ transferidor;
TCC-FINALIZADO.pdf. Acesso em: 20 jun. 2019.
4) cola.
Como construir: Encontre o centro do transferi-
dor e fixe nele a tachinha, cole o ponteiro na tachi-
nha de modo que a movimentação seja livre.
Transferidor
Canudo

Tachinha
1. Reúnam-se em grupos e construam um teodolito. Uti-
lizem o instrumento para medir a altura de um prédio,
poste, da escola etc. Para isso, apontem a mira do teo-
dolito para o ponto mais alto do local escolhido, anote
o ângulo, meça a distância entre você o este local e, por
fim, calculem a altura. Montem o projeto e apresentem
para seus colegas.

stock
annafarsai_Stock/Shutter
Yulia Glam/robbin lee/B

Professor: Oriente os alunos nesta atividade, separe uma


aula para a construção do teodolito e apresentação
desta ferramenta e outra para a argumentação. Ajude-
-os com correção dos cálculos e utilização do teodolito.

SAE DIGITAL S/A

MAT B 311

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 311 10/09/2019 14:33:30


Atenção
Em qualquer triângulo o ân-
O triângulo
gulo externo é igual à soma

Soma dos ângulos Internos


dos ângulos internos que Os triângulos são figuras geométricas de-
não lhe são adjacentes. terminadas por três segmentos de retas conse-
cutivos, isto é, cujos extremos são coincidentes
x=β+θ A soma dos ângulos internos de qualquer
dois a dois, formando três lados e três ângulos,
y=α+θ triângulo é 180°. Nesse caso, β + α + θ = 180°.
como na figura a seguir.
z=α+β

A Externos
Importante
x
A soma dos ângulos externos de qualquer
Num triângulo, o maior lado triângulo é 360°. Nesse caso, x + y + z = 360°.
opõe-se ao maior ângulo.
α
m n
Condição de existência
Reflita
y Considere o triângulo ABC:
A maior descoberta de Pitá-
β A
goras foi o teorema que leva x θ
seu nome, ensinado hoje em C n
C m
escolas de todo o mundo.
B p
Ao observar os triângulos
retângulos (que têm um ân- z B C
gulo de 90 graus, chamado p
ângulo reto), o filósofo Para que um triângulo exista, é necessário
notou que eles obedecem a Na figura,
que qualquer lado seja menor que a soma e
uma lei matemática. A soma ● A, B e C são os vértices
dos quadrados dos catetos maior que o módulo da diferença dos outros
(lados menores do triân- ● m, n e p são os lados dois. Esse enunciado é conhecido como desi-
gulo) é igual ao quadrado da ● α, β e θ são os ângulos internos gualdade triangular.
hipotenusa (lado maior): a²
+ b² = c² ● x, y e z são os ângulos externos
m – n< p < m + n
[...] Podemos dizer também que o triângulo é o
Disponível em: http://chc.cienciahoje.
polígono que possui 3 lados. m – p< n < m + p
uol.com.br/o-teorema-de-pitagoras/.
Acesso em: 11 out. 2017.
A seguir, vamos compreender melhor estes p – n< m < p + n
elementos do triângulo.
Everett Historical/Shutterstock

Elementos Classificação dos


triângulos
Ângulos internos
Dado o triângulo ABC, chamamos os ân- Quanto aos ângulos
gulos ABC, BAC e CAB de ângulos internos do
triângulo. No caso da figura anterior, ABC, BAC e Acutângulo
ACB correspondem a β, α e θ, respectivamente.
É o triângulo que possui todos os ângulos
Saiba mais internos agudos.
Em 1938 foi desenterrado
o papiro matemático
Ângulos externos A
Cairo, que acabou sendo Dado o triângulo ABC, chamamos de
investigado somente no ângulo externo o ângulo suplementar e
ano de 1962. Datado de
300 a.C. aproximadamente, adjacente a um dos seus ângulos internos.
ele contém 40 problemas Assim, um ângulo externo de um triângulo fica B C
de matemática dos quais determinado pelo prolongamento de qualquer
9 referem-se ao Teorema
de Pitágoras. Nele é possível
um de seus dois outros lados. No caso da figura
anterior, tem-se que x, y e z são os ângulos
Retângulo
constatar que os egípcios já
conheciam o triângulo 3, 4, 5 externos. É o triângulo que tem um ângulo interno reto.
e sabiam que era retângulo.
C
Lados
Dado o triângulo ABC, os segmentos AB,
BC e AC são os lados de um triângulo, onde
AB = m, AC = n e BC = p. A B

312 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 312 10/09/2019 14:33:32


Cevianas principais
Na figura,
Saiba mais
AC, AB → catetos As três alturas de um
BC → hipotenusa Uma ceviana é qualquer reta que parte de triângulo concorrem em um
um vértice do triângulo e encontra o lado oposto único ponto, denominado
ortocentro do triângulo.
ou seu prolongamento.
Obtusângulo A
As principais cevianas são:
É o triângulo que tem um ângulo interno b) Altura (h): segmento da perpendicu-
obtuso e dois agudos. lar traçada de um vértice sobre o lado H
oposto.
A A
B C
C
HC ≡ B
ha
B
C B
ha H≡A hb ≡ c

O ortocentro do triângulo

Quanto aos lados


retângulo coincide com o
vértice do ângulo reto.
B C
Ha As três medianas de um
triângulo concorrem em um
Escaleno São denotados os pés das alturas relati- único ponto denominado
vas aos vértices A, B e C respectivamente baricentro ou centro de
No triângulo escaleno, todos os lados e por  Ha , Hb  e  Hc, e os comprimentos gravidade do triângulo.
ângulos têm medidas diferentes. dessas alturas respectivamente por  ha, A

A hb e hc.
P N
G
b) Mediana (m): segmento que une um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
B C
B C M
A
M, N e P são os pontos
médios de BC, AC e AB,
Isósceles respectivamente.
Propriedades
No triângulo isósceles, são dois os lados de ma
O baricentro fica situado
mesma medida e dois os ângulos de mesma sobre cada mediana, a 2
medida. B Ma C 3
do vértice e a 1 do seu
3
A Os pontos médios dos lados opostos pé (ponto médio do lado
aos vértices A, B  e  C  são denotados oposto).
por Ma, Mb e Mc e os comprimentos das As três bissetrizes internas
medianas relativas aos mesmos, respec- de um triângulo concor-
B C tivamente por ma, mb e mc. rem, em um único ponto,
equidistantes dos três lados
Na figura, do triângulo, denominado
c) Bissetriz interna (βa): segmento cujas incentro.
AB = AC extremidades são um dos vértices e um
B=C A
ponto do lado oposto de tal forma que Q
divide o ângulo interno, desse vértice, R
Equilátero em dois ângulos de medidas iguais.

Os triângulos equiláteros têm três lados A B P J C


com medidas iguais e três ângulos iguais a 60° O incentro é o centro do
(equiângulo). círculo inscrito no triângulo.

A
βa

B C B C

Os comprimentos das bissetrizes in-


Na figura, ternas relativas aos vértices A, B e C
AB = AC = BC são respectivamente denotados por βa,
A = B= C βb e βc.

MAT B 313

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 313 10/09/2019 14:33:32


d) Bissetriz externa (β’a): segmento cujas e) Mediatriz: segmentos perpendiculares
Saiba mais
extremidades são um dos vértices e um aos lados que passam pelos respectivos
As mediatrizes dos lados ponto do lado oposto (ou seu prolonga- pontos médios.
de um triângulo concor-
mento) de tal forma que divide o ângulo A
rem em um único ponto
denominado circuncentro do externo, desse vértice, em dois ângulos m1
triângulo. de medidas iguais.
A m2
A
m3 r
o
β’a
r
r

B C B B C
C
m2 m3
m1
O circuncentro é o centro

Congruência de triângulos
do círculo circunscrito ao
triângulo.

Dois triângulos são congruentes se, e so-


2.° caso: ALA (ângulo-lado-ângulo)
mente se, for possível estabelecer uma cor-
respondência entre seus vértices de modo Dois triângulos são congruentes, pelo caso
que os lados de um triângulo sejam respec- ALA, quando possuem dois ângulos e o lado ad-
tivamente congruentes aos lados do outro, e jacente a eles congruentes.
os ângulos daquele triângulo sejam respecti- A A’
vamente congruentes aos ângulos do outro.

A A’ C B C’ B’

C ≡ C’
BC ≡ B’C’
B ≡ B’
C B C’ B’
3.° caso: LLL (lado-lado-lado)
Dois triângulos são congruentes, pelo
caso LLL, quando possuem os três lados
A ≡ A’ AB ≡ A’B’ congruentes.
AC ≡ A’C’ A A’
B ≡ B’
C ≡ C’ BC ≡ B’C’

C B C’ B’

Casos de congruência AC ≡ A’C’


AB ≡ A’B’
1.° caso: LAL (lado-ângulo-lado) BC ≡ B’C’

4.° caso: LAAo (lado-ângulo-ângulo


Dois triângulos são congruentes, pelo caso
LAL, quando possuem dois lados e o ângulo for- oposto)
mado entre eles congruentes. Dois triângulos são congruentes, pelo
caso LAAo , quando possuem um lado, um
A A’
ângulo e o ângulo oposto a esse mesmo lado
congruentes.
A A’

C B C’ B’

C B C’ B’
AC ≡ A’C’
AB ≡ A’B’ A ≡ A’
A ≡ A’ AB ≡ A’B’
C ≡ C’

314 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 314 10/09/2019 14:33:33


MATEMÁTICA E SOCIEDADE

A rigidez do triângulo
Ao se observar diversos objetos e coisas do coti- Pontes formadas por treliças. Um dos motivos da
diano, verifica-se a presença de triângulos. Eles são grande utilização dos triângulos na construção de
utilizados na carpintaria, na arquitetura, na enge- diversas estruturas está relacionado à sua rigidez,
nharia, na arte, nas estruturas de telhados, portões, isto é, não é possível alterar os ângulos internos de
torres etc. Veja nas imagens algumas construções um triângulo mantendo as medidas dos seus lados Torre de Tóquio
que usam o triângulo em sua estrutura. fixas. Uma estrutura formada por triângulos não se
A Torre de Tóquio, construída em 1958, tem desfaz facilmente, não se deforma. Um telhado, por
uma altura de 333 metros e peso de 4 mil toneladas. exemplo, tem a base de sua estrutura formada por
Observa-se que sua estrutura é composta por diver- diversos triângulos em sua parte frontal, conhecido
sos triângulos, chamados de treliças, que possuem como tesoura ou treliça.
uma propriedade que nenhum outro polígono pos-

Konstantin L/Shutterstock
sui, permitindo que a torre fique “em pé”.
Estas estruturas são capazes de aguentar muito
peso, como uma ponte, por onde circulam diversos
veículos e até locomotivas com seus numerosos va-
gões carregados com produtos.
tharathep lomchid/Shutterstock

O telhado de uma casa impede que o vento abale sua estrutura,


devido à sua forma.

Disponível em: http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/115775/


000807685.pdf?sequence=1. Acesso em: 11 jul. 2018.

Micha
el Ell
1. Por que outras formas geométricas não têm a mesma rigidez que o triângulo?

eray/
W.Com
Com palitos de sorvete e percevejos, ou canudos encaixados, construa com os alunos alguns polígonos como: quadriláteros, triângulos,

m
ons
pentágonos etc. Realize com esses materiais algumas experiências: Peça que modifiquem os objetos com alguns movimentos. Com

exceção do triângulo, todos os demais polígonos de palitos não têm rigidez. O quadrilátero, o pentágono, o hexágono etc. são

deformáveis. O de quatro lados pode ser um quadrado que se transforma num losango ou paralelogramo. O de cinco lados

pode ser um pentágono não regular, que se torna regular e depois pode ficar não convexo.

2. Em que outros locais a rigidez do triângulo torna-se importante?


Como todos os palitos têm o mesmo comprimento, cada um dos polígonos construído é equilátero, isto é, tem todos os

lados iguais. Mas, com exceção do triângulo, a igualdade dos lados não acarreta a igualdade dos ângulos. Em outras

palavras, excetuando o triângulo, um polígono equilátero não é necessariamente equiângulo. Esta transformação

do polígono de palitos preserva a igualdade de seus lados. Preserva também o seu perímetro, mas não conser-

va sua área. A rigidez do triângulo tem a ver com esta propriedade: os três lados determinam o triângulo.

A ausência de rigidez dos demais polígonos corresponde ao seguinte: um polígono, com quatro

lados ou mais, não fica determinado apenas pelos seus lados. A rigidez do triângulo tem muitas

aplicações práticas. Ela explica a presença dos triângulos nas estruturas de madeira ou ferro

das construções.

MAT B 315

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 315 10/09/2019 14:33:39


Resolvidos 4. (CFTMG-2015) O perímetro do triângulo ABC vale 120 cm e a bis-
setriz do ângulo  divide o lado oposto em dois segmentos de 18
1. Se o perímetro de um triângulo equilátero é de 75 cm, quanto e 22 cm, conforme a figura.
mede cada lado? A
 Solução:
Por hipótese, temos que o triângulo é equilátero. Dessa forma, seus
três lados têm a mesma medida, ou seja, 25 cm. c b

2. Calcule x na figura a seguir

18 22
B C
150°
A medida do maior lado desse triângulo, em cm, é
a) 22
x b) 36
c) 44
d) 52
140°  Solução: C
60°
c + b + 40 = 120 ⇒ c + b = 80
Aplicando o Teorema da bissetriz interna, temos:
 Solução: c b b+c c b
= = ⇒ = = 2 ⇒ c = 36 e b = 44
Ângulo externo é igual à soma dos ângulos não adjacentes. Assim: 18 22 18 + 22 18 22
140° – 60° = 80° Portanto, a medida do maior lado do triângulo é de 44 cm.
Ângulos opostos pelo vértice são congruentes.
Praticando

150° 1. Observe a figura a seguir, que representa um triângulo equilátero.

A
x
x
α
80°
m n
140°
80° y
60° β θ
C
B p
80° + x = 150° ⇒ x = 150° – 80° ⇒ x = 70° z

3. Na figura seguinte, sabe-se que AB ≡ AC e BP ≡ CQ. Prove que o A partir da figura, julgue as afirmações como V (verdadeira) ou F
triângulo APQ é isósceles. (falsa):
A a) ( V ) a medida do ângulo y é maior que a medida do ângulo α .
b) ( F ) x = 140°
c) ( V ) x + y + z = 360°
d) ( F ) A representa um ângulo externo do triângulo.
a) A medida do ângulo y é 120° e a do ângulo α é 60°, uma vez que o triângulo é
equilátero.
B P Q C b) x = 120°, pois os ângulos x e α são suplementares.
c) A soma dos ângulos externos de qualquer triângulo é 360°.
 Solução: d) O ponto A representa um vértice do triângulo.
Como AB ≡ AC, o triângulo ABC é isósceles e seus ângulos da base são
congruentes, isto é, B ≡ C. Assim, pelo critério LAL, os triângulos ABP e 2. É dado um triângulo ABC cujos ângulos são:
ACQ são congruentes, pois:  = 70°
ABC
AB ≡ AC (por hipótese)  = 50°
ACB
B≡C
 = 60°
BAC
BP ≡ CQ (por hipótese)
Logo, Sendo assim, qual é o segmento que representa o maior lado do
∆ABP ≡ ∆ACQ ⇒ AP ≡ AQ triângulo?
O maior lado sempre se opõe ao maior ângulo. Dessa forma o segmento é o segmento
Portanto, o triângulo APQ é isósceles. AC .

316 MAT B

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 316 10/09/2019 14:33:40


3. O triângulo ABC possui todos seus ângulos internos agudos. Dessa 7. Determine a medida dos ângulos internos do triângulo, sabendo
forma, assinale a alternativa que representa os ângulos desse que os ângulos externos medem em graus, respectivamente, x,
triângulo. x – 10°, x + 10°.
a) 30°, 60°, 90°.
b) 50°, 50°, 60°. x – 10°
c) 10°, 60°, 110°.
d) 40°, 60°, 80°. b
e) 80°, 120°, 160°.
Note que a soma dos ângulos dados é 180° e todos os ângulos são agudos. As demais
alternativas apresentam inconsistências. x + 10°
a x
c
a + x + 10° = 180 ⇒ a = 170° – x
b + x – 10° = 180 ⇒ b = 190° – x
c + x = 180 ⇒ c = 180° – x
a + b + c = 180°
170° – x + 190° – x + 180° – x = 180°
–3x = –360°
x = 120°
a = 50° b = 70° c = 60°
4. Julgue as afirmações como sendo certas ou erradas.
I. Todo triângulo isósceles é equilátero.
II. Todo triângulo retângulo é escaleno.
III. Existe triângulo isósceles obtusângulo.
I. Errada. Um triângulo é isósceles tem 2 lados iguais.
II. Errada. Todo triângulo escaleno tem os lados, dois a dois, de medidas diferentes, e um
triângulo retângulo pode ter dois lados de mesma medida.
III. Certa. Em um triângulo obtusângulo, os lados que determinam o ângulo obtuso
podem possuir mesma medida.
Desenvolvendo Habilidades
1. C2:H8 (IFPE-2017) Analisando o manual de instruções do refrige-
rador RDE30, observamos um destaque para o momento de trans-
portá-lo. Observe abaixo o trecho desse manual sobre transporte
do refrigerador.

5. O baricentro de um triângulo ABC pode ser calculado por meio da


relação xA + xB + xC , yA + yB + yC , onde xA representa a abscissa
3 3
do vértice A e yA a ordenada do mesmo vértice. O mesmo vale para
os vértices B e C.
Dessa forma, calcule o baricentro do triângulo de vértices A(2, 5),
B(–1, 1), C(2, 0).
 x A + xB + x C y A + y B + y C   2 + ( −1) + 2 5 + 1+ 0 
 ,  =  ,  = (1, 2)
 3 3   3 3 

Transporte
Caso necessite transportar seu refrigerador em pequenos deslo-
camentos, incline-o para trás ou para um dos lados com ângulo
6. Mostre que cada diagonal do paralelogramo o divide em dois máximo de 30°. Caso necessite transportar seu refrigerador em
triângulos congruentes.
longos deslocamentos (ex.: mudança), movimente-o em pé.
Seja ABCD um paralelogramo, como na figura a seguir, e seja AC uma de suas diagonais.
Disponível em: www.colombo.com.br/produtos/111120/111120.
A D
pdf?descricao=.... Acesso: 02 out. 2016.
Como ABCD é um paralelogramo, as
medidas de AB e CD são congruen- Sabendo que o ângulo máximo de inclinação do refrigerador é 30°,
tes, assim como as medidas de AD a metade do suplemento desse ângulo é de
e BC. Assim, como AC é comum aos
triângulos ABC e ACD, temos que são a) 60°
B C congruentes pelo caso LLL. b) 75°
c) 45°
d) 30°
e) 15°

MAT B 317

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 317 10/09/2019 14:33:41


2. C2:H8 (CEFET-RJ-2017) Uma fita de papel retangular é dobrada 
2. (UFRGS-2017) Em um triângulo ABC, BÂC é o maior ângulo e ACB
conforme a figura a seguir.
é o menor ângulo. A medida do ângulo BÂC é 70° maior que a
medida de ACB . A medida de BAC ABC
 é o dobro da medida de ABC.
Portanto, as medidas dos ângulos são
a) 20°, 70° e 90°. d) 30°, 50° e 100°.
b) 20°, 60° e 100°. e) 30°, 60° e 90°.
c) 10°, 70° e 100°.
3. (UECE-2017) No plano, seja XYZW um quadrado e E um ponto
exterior a esse quadrado tal que o triângulo YZE seja equilátero.
Assim, é correto afirmar que a medida do ângulo XÊW é
O valor do ângulo α marcado na figura é
a) 45°
a) 155° d) 130°
b) 40°
b) 150° e) 120°
c) 35°
c) 140°
d) 30°
3. C2:H8 (CEFET-MG-2017) Sejam dois ângulos x e y, tais que
(2x) e (y+10°) são ângulos complementares e 5x e 3y – 40° são 4. (Fuvest-2016) Os pontos A , B e C são colineares, AB = 5, BC = 2
suplementares. e B está entre A e C. Os pontos C e D pertencem a uma cir-
O ângulo x mede cunferência com centro em A. Traça-se uma reta r perpendicular
ao segmento BD passando pelo seu ponto médio. Chama-se de P
a) 5° a interseção de r com AD. Então, AP + BP vale
b) 10° a) 4 d) 7
c) 15° b) 5 e) 8
d) 20° c) 6
4. C2:H8 (UECE-2017) Sejam UVW um triângulo isósceles com base 5. (CPII-2017) Paulo, um estudante do nono ano, precisava fazer um
VW, E e F dois pontos nos lados UV e UW, respectivamente, tais trabalho utilizando formas geométricas para a aula de Artes. Re-
que as medidas dos segmentos de reta VW, WE, EF e FU são iguais. solveu, então, desenhar uma circunferência de raio 6 cm e traçar
Nessas condições, pode-se afirmar corretamente que a medida duas cordas de mesma medida, que saíssem de um único ponto
 é
do ângulo VUW dessa curva. Ele utilizou a medida de 60° para o ângulo inscrito
a) menor do que 21°. formado por essas duas cordas. E coloriu de vermelho toda a região
b) maior do que 21° e menor do que 25°. delimitada pelas duas cordas e interna à circunferência, conforme
a figura a seguir:
c) maior do que 25° e menor do que 27°.
Use: π = 3
d) maior do que 27° e menor do que 32°.
e) maior do que 32°.
5. C2:H8 (IFCE-2016) Os ângulos internos de um triângulo têm medi-
das diretamente proporcionais a 1, 2 e 6. É possível destacar dois
ângulos externos desse triângulo cuja soma, em graus, mede
a) 260 d) 200
b) 180 e) 120
c) 280

Sabendo que Paulo deseja agora colorir de azul o restante da região


interna da circunferência, podemos afirmar que essa nova área a
Complementares ser pintada será igual a
1. (EEAr-2017) a) 9(2 − 3 ) cm2
b) 18(2 − 3 ) cm2
c) 9( 4 − 3 ) cm2
d) 18( 4 − 3 ) cm2
6. (IME-2016) Considere quatro pontos distintos coplanares. Das
distâncias entre esses pontos, quatro delas valem a e duas delas
2
b
valem b. O valor máximo da relação   é
a
No quadrilátero ABCD, o valor de y − x é igual a a) 2
a) 2x b) 1+ 3

b) 2y c) 2 + 3
x d) 1+ 2 2
c)
2
y e) 2 + 2 3
d)
2

318 MAT B

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7. (FGV-2017) 9. (UERJ-2019) O Tangram é um quebra-cabeça chinês que contém
a) Um terreno de forma retangular foi dividido em quatro lotes sete peças: um quadrado, um paralelogramo e cinco triângulos
retangulares. As áreas de três lotes são 4 m2, 8 m2 e 13 m2. Qual retângulos isosceles. Na figura, o quadrado ABCD é formado com
é a área total do terreno? as peças de um Tangram.
D C

R
N

b) Na figura, PQR e STU são triângulos equiláteros congruentes


S
e PQ = 6 cm. Qual é o perímetro do polígono PQWTUVR se o T
triângulo SWV tem perímetro 9 cm?

B
A M

Observe os seguintes components da figura:


● NP - lado do quadrado;
● AM – lado do paralelogramo;
● CDR e ADR – triângulos congruentes, bem como CNP
e RST.
A razão entre AMNP e a área do quadrado ABDC equivale a
3
a)
32
8. (PUC-Rio-2017) Considere um quadrado ABCD, de cartolina e de 5
lado 70 cm (conforme figura). b)
32
3
c)
16
5
d)
16

Temos que P, Q, R e S pertencem aos lados AB, BC, CD e DA, res-


pectivamente, e que os segmentos AP, BQ, CR e DS medem 30 cm
cada um.
a) Calcule a área do triângulo APS.
b) Calcule a área do quadrado PQRS.
c) Dobramos a folha ao longo de PQ, QR, RS e SP de tal forma que
os triângulos BPQ, CQR, DRS e ASP venham a ocupar o interior
do quadrado PQRS, conforme figura abaixo. Sejam A', B', C' e
D' as novas posições dos vértices destes triângulos. Calcule a
medida do lado do quadrado A'B'C'D'.

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2. Abra aplicativo e aponte
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lado
3. para acessardeste
O gabarito o gabarito ou o será
módulo solucionário
exibidodeste módulo.
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MAT B 319

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 319 10/09/2019 14:33:46


320
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A importância da

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 320
III, IV

25 e 26.
19, 20, 21
Conteúdo
:
• Relações

Habilidade
Eixos Cogn
• Polígonos

Competênc
;
;
• Triângulos
e

;
Pr
MATRIZ DE REFERÊNC
IA

itivos: II,

, 22, 23, 24
,
s: 6. 7, 8, 9,
• Razões e Funções;

ia: 2, 5 e 6.
• Equações oporções;
doméstica

10/09/2019 14:34:37
Você sabe o que é economia doméstica?
Falar de economia doméstica é falar de saúde financeira e de qualidade
de vida. Os aspectos tratados por ela vão além de saber fazer uma planilha
de gastos mensais. Ela envolve o uso racional dos recursos, a escolha
correta dos bens de consumo e de alimentos, as atitudes cotidianas que
evitam o desperdício e as ações voltadas ao consumo consciente. Algumas
práticas podem ajudar a controlar o orçamento doméstico, diminuir
as despesas e colaborar para o desenvolvimento social sustentável:

Energia Água
Dinheiro
Faça sua planilha
Economize ao lavar e passar roupa, lavando e
passando uma grande quantidade de roupas
de uma vez e não exagerando no sabão em
pó. Use o ar condicionado com moderação,
Economize no
banheiro, elimine
vazamentos, use
de gastos mensais, não deixe os aparelhos em stand by, diminua a vassoura e não
prefira compras à o tempo do banho, não abra muito a geladeira a mangueira para
vista, use o cartão para ela gastar menos energia e use somente varrer a calçada,
de crédito com aparelhos com selo Procel. não deixe torneiras
responsabilidade, pingando e opte
pesquise as por modelos
melhores ofertas, com sensores
automáticos.

Reciclagem
avalie bem quando
comprar a prazo,
não despreze as
moedas e não
Priorize produtos
consuma produtos
ambientalmente corretos,
piratas.
consuma somente o necessário,
evite mercadorias com muitas
embalagens, separe seu lixo
para coleta seletiva, doe o que
não serve mais para você, use
os dois lados da folha de papel,
imprima somente o necessário
e use sacolas ecológicas
quando for às compras.

Alimentos
Prefira produtos da estação, aproveite todas as partes de
verduras e legumes, manuseie com cuidado os alimentos
para não danificá-los, consuma produtos da região (ajudando
Fonte: https://dinheirama. a reduzir os custos de transporte), faça um cardápio para
com/economia-domestica- a semana (existe muito desperdício doméstico com frutas,
e-o-desenvolvimento-social- legumes e verduras) e atenção à validade dos produtos.
sustentavel/. Acesso 15 jun
2019. Adaptado.

MATEMÁTICA 321
MAT

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Para saber mais TESTE SUAS CONEXÕES
1. Na sua casa, como sua família promove ações
para economizar? Comente o que é feito por você e
os demais membros de sua família que contribuam
A economia doméstica tem suas raízes na para a redução de despesas.
revolução industrial, quando se estabeleceu como Esse questionamento propõe a reflexão do aluno sobre a impor-
uma ação “higienista” destinada às famílias dos
operários, visando orientá-los sobre as questões tância de economizar e refletir se as ações realizadas dentro de
ligadas à higiene, alimentação, saúde e cuidado
com as crianças. Essa ação foi motivada pelas casa por ele e pela família tem impacto para redução de gastos.
más condições de vida dessas famílias e acabou
Ainda, é importante ouvir o que os demais colegas de classe tem
estendendo-se para toda a sociedade, em um
movimento de preservação dos bons costumes e feito e podem ajudar a aumentar as ações e a conversa com os
do bem-estar familiar.
No Brasil, a economia doméstica se fez presente familiares para que novas atitudes sejam tomadas.
na educação feminina conduzida por freiras
francesas nos “colégios de moças”, com o
principal objetivo de preparar as alunas para
serem boas esposas e mães. A abordagem
sempre envolveu mais que apenas contabilizar
gastos.
Após a Segunda Guerra Mundial, a profissão
Economista Doméstico foi introduzida no Brasil
a partir das influências das escolas de economia
doméstica americanas, com o intuito de formar 2. Você sabe o que é orçamento familiar? Dê exem-
profissionais para atuarem em programas de plos, se necessário, para explicitar o que compreen-
desenvolvimento rural mantidos pelo governo, em de por esse termo.
um caráter altamente assistencialista.
Após passar por muitas mudanças, atualmente Esse é um momento de diálogo entre o professor e os colegas
o profissional Economista Doméstico é de classe para dialogar sobre o orçamento ou planejamento
comprometido com a qualidade de vida das
famílias e indivíduos. Possui uma sólida familiar. Isso é, o controle que devemos fazer para não gastar
formação e seus conhecimentos abrangem as
ciências sociais, biológicas, nutrição, economia mais dinheiro do que ganhamos. Para isso, precisamos co-
e administração. Esse profissional atua em nhecer nossos gastos (as despesas) e quanto ganhamos de
programas de atendimento familiar, ONG’s,
educação do consumidor, administração familiar dinheiro (a receita).
entre outros trabalhos.
https://dinheirama.com/economia-domestica-e-o-
desenvolvimento-social-sustentavel/. Acesso em 15 jun. 2019.

322

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Endividamento das famílias chega a 46,3% a
maior em 10 anos, mostra Banco Central
Conta considera total das dívidas em relação à renda nos últimos 12 meses.
Comprometimento da renda com as dívidas ficou em 21,98% em abril.
Quase metade da renda das famílias brasileiras está comprometida com dívidas, segundo dados do
Banco Central. O endividamento das famílias chegou a 46,3% em abril, o maior percentual desde o
início da pesquisa, em 2005. O BC destaca, no entanto, que a série foi recalculada em março. A conta
considera o total das dívidas das famílias em relação à renda acumulada nos últimos 12 meses.
Tirando da conta o crédito habitacional, no entanto, essa parcela de endividamento cai para 27,61%,
e vem recuando desde janeiro, quando estava em 27,94% – o que sugere que é a compra da casa
própria que vem puxando o endividamento das famílias este ano. Sem essa fatia, o endividamento
também é o menor desde 2009.
Os dados do Banco Central também mostram que as famílias comprometeram, em abril, 21,98% da
renda para pagar as dívidas daquele período. O chamado comprometimento da renda das famílias
está praticamente estável desde fevereiro.

http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/06/
endividamento-das-familias-chega-463-o-maior-em-10-anos-mostra-bc.
html. Acesso em: 15 jun 2019.

Curiosidade
Existe um jogo sobre vida financeira disponível em Android:
No game Vida Financeira, [...] o jogador precisa tomar decisões que impactam nas
finanças e na felicidade de personagens com estilos de vida diferentes, mas
com um objetivo comum: controlar melhor os gastos para atingir um equilíbrio
entre qualidade de vida e dinheiro no bolso. [...] Assim como na vida real, não
há apenas uma opção certa para cada decisão a ser tomada. Conforme a
resposta escolhida, o jogador pode ter dinheiro debitado ou creditado na
conta. O tempo total do jogo varia de acordo com o ritmo do jogador, mas
leva, em média, uma hora e meia. Nessa odisseia, o personagem consegue
um estágio, compra um carro, se casa e tem filho.
https://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/pai-ensina-filhos-a-
investir-e-postagem-viraliza-na-internet/ Acesso em: 01 ago. 2019.

MATEMÁTICA 323
MAT

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Percebemos que utilizar o dinheiro de maneira responsável é fundamental para que tenhamos uma vida
financeira e social de qualidade. Para isso, os conhecimentos matemáticos podem auxiliar na tomada de
decisões conscientes.

3. Como você organiza o dinheiro que você recebe? 5. C5:H20 (ENEM - 2011) As frutas que antes se
Pode ser uma mesada, um salário por um serviço compravam por dúzias, hoje em dia, podem ser
no fim de semana, o pagamento pela venda de uma compradas por quilogramas, existindo também a
roupa que você não usa, entre outras fontes? variação dos preços de acordo com a época de pro-
dução. Considere que, independente da época ou
Resposta pessoal. Professor, discuta com os alunos formas
variação de preço, certa fruta custa R$1,75 o qui-
diversas de poupar dinheiro, de organizarem a vida financeira lograma. Dos gráficos a seguir, o que representa o
preço m pago em reais pela compra de n quilogra-
e também se prepararem para o futuro. mas desse produto é
a) Resolução: Preço = 1,75. K
K= quantidade de quilos de
4. C6:H26 (ENEM-2015) Atualmente existem diver- frutas;
sas locadoras de veículos, permitindo uma concor- Ou seja, para K = 0 → Preço
R$ 0,00
rência saudável para o mercado, fazendo com que K = 1 → Preço R$ 1,75
os preços se tornem acessíveis. Nas locadoras P e K = 2 → Preço R$ 2,50
Q, o valor da diária de seus carros depende da dis- Portanto o crescimento é pro-
porcional com a quantidade
tância percorrida, conforme o gráfico. de quilos. Esse tipo de fun-
b)
ção é denominado função de
primeiro grau, sendo assim o
gráfico será uma reta.
Alternativa E

c)

d)

O valor pago na locadora Q é menor ou igual àquele


pago na locadora P para distâncias, em quilôme-
tros, presentes em qual(is) intervalo(s)?
Resposta: Em “Q” pa-
a) De 20 a 100 ga-se menos, quando e)
b) De 80 a 130 a curva do gráfico está
abaixo do outro, isso
c) De 100 a 160 acontece quando o in-
d) De 0 a 20 e de 100 a 160 tervalo da quilometra-
gem está entre 0 e 20 e
e) De 40 a 80 a 130 e 160 100 e 160.

324

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 324 10/09/2019 14:36:15


Experiências nas escolas
orto Seguro,
Visconde de P
[...] No colégio , o tema é abordado já com
em São Paulo do terceiro ano do ensinoa
os estudantesLá as crianças começam o
fundamental. com conceitos do assunt
se familiarizar a feira livre, em que eles e
simulando umos, como livros, bijuterias os
trazem produt para serem comercializad
até alimentos,fictício.
com dinheiro
adeiro no
coloca um brig
“Uma criança tra no preço ‘y’. Então
preço ‘x’ e a ou a comprar pelo valor que
elas começamconta”, diz Maria Cristina
está mais em , coordenadora do Nível
Gomide Giglio . “É importante que elas
I da instituição ar com o dinheiro já nas ..]
aprendam a lid nsumistas.”[.
. Elas já são co
séries iniciais
014/05/09/
.br/noticias/2
ht tp :// ed uc acao.uol.com de-ser-trabalhada-nas-
Font e: eira-po .
ucacao-financ l. Acesso em 15 jun. 2019
saiba-como-ed escolas.htm

Professor, as questões que se


seguem foram propostas pela re-
lação com os conteúdos vistos
neste bimestre. Além disso, estas
questões falam de consumo, arte-
sanato e também reciclagem, mes-
mo que indiretamente. Trabalhe
estes assuntos com os alunos,
proponha pesquisa e exposição
destes dados.

MATEMÁTICA 325
MAT

PG20LP311SDM0_MIOLO_EM20_1_MAT_L1_LP.indb 325 10/09/2019 14:37:09


6. C2:H7 (ENEM - 2015) Uma família fez uma festa 7. C2:H8 (ENEM - 2014) Uma criança deseja criar
de aniversário e enfeitou o local da festa com ban- triângulos utilizando palitos de fósforo de mesmo
deirinhas de papel. Essas bandeirinhas foram fei- comprimento. Cada triângulo será construído com
tas da seguinte maneira: inicialmente, recortaram exatamente 17 palitos e pelo menos um dos lados
as folhas de papel em forma de quadrado, como do triângulo deve ter o comprimento de exatamen-
mostra a Figura 1. Em seguida, dobraram as fo- te 6 palitos. A figura ilustra um triângulo construído
lhas quadradas ao meio sobrepondo os lados BC com essas características.
e AD, de modo que C e D coincidam, e o mesmo
ocorra com A e B, conforme ilustrado na Figura 2.
Marcaram os pontos médios O e N, dos lados FG
e AF, respectivamente, e o ponto M do lado AD, de
modo que AM seja igual a um quarto de AD. A se-
guir, fizeram cortes sobre as linhas pontilhadas ao
longo da folha dobrada.

D C D G

A quantidade máxima de triângulos não congruen-


O
tes dois a dois que podem ser construídos é
M a) 3 Resolução: Temos que o perímetro é 17 e que um
lado é sempre A = 6. Assim, os possíveis valores
b) 5 para B e C são:
B = 1 e C = 10 B=4eC=7
A B A F c) 6 B=2eC=9 B=5eC=6
N B=3eC=8
Figura 1 Figura 2 d) 8 Ou ainda,
B = 10 e C = 1 B=7eC=4
e) 10 B=9eC=2 B=6eC=5
Após os cortes, a folha é aberta e a bandeirinha B=8eC=3
está pronta. Agora, analisando quais valores satisfazem a condição de
A figura que representa a forma da bandeirinha
existência, que a soma de dois lados de um triângulo nunca
pronta é:
a) d) deve ser menor ao terceiro lado: a + b < c, temos:

10 < 1 + 6 -> Falso 7 < 4 + 6 -> Verdadeiro

9 < 2 + 6 -> Falso

b) e) 8 < 3 + 6 -> Verdadeiro 6 < 5 + 6 -> Verdadeiro

Logo, como 3 pares de valores satisfazem a condição de exis-

tência, temos 3 diferentes triângulos que podem ser formados.


c)
Alternativa A
Analisando as figuras pode-
mos observar que cabem 2
retângulos iguais dentro do
quadrado, formando assim, a
figura da letra E.

326

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8. C2:H7 (ENEM – 2016) Pretende-se construir um mosaico com o formato de um triângulo
retângulo, dispondo-se de três peças, sendo duas delas triângulos retângulos congruentes
e a terceira um triângulo isósceles. A figura apresenta cinco mosaicos formados por três
peças.

30°

46°
60° 30°
90°
90° 30° 90° 44°
30° 30° 68°
60°
68°
30
° 22°
30° 90° 60° 90° 90° 60° 30° 22° 90°
Mosaico 1 Mosaico 2 Mosaico 3

30°

120°
60°
50° 25° 60°
90° 120°
30°
90° 60°
65° 30°
30°
80° 50° 65° 25°
Mosaico 4 Mosaico 5
Na figura, o mosaico que tem as características daquele que se pretende construir é o
a) 1
Resolução: Mosaico 1: Temos que os dois triângulos retângulos não são con-
b) 2 gruentes pois percebemos que as medidas dos catetos do triângulo de baixo
são menores do que as do de cima.
c) 3 Mosaico 2:Temos dois triângulos retângulos congruentes e um isósceles.
d) 4 Mosaico 3:O terceiro triângulo não é isósceles.
Mosaico 4: A terceira figura não é um triângulo isósceles.
e) 5 Mosaico 5: Não possui triângulo retângulo.
Logo a figura que se adequa é a de número 2.

Alternativa B

MATEMÁTICA 327
MAT

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Anotações

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