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Bimestre: 4º Série/Turma: 1º Data: 05 /12 /2022

Disciplina: Língua Portuguesa

Professor: Danielly Lorrany

Aluno(a)

Leitura e Interpretação Textual


Questão 1
Qual a influência da comunicação nos fluxos migratórios?
Denise Cogo, doutora em comunicação, discute a relação entre as tecnologias digitais
e as migrações no mundo.
Para a especialista, grande parte das representações e das experiências que conhecemos
dos imigrantes chega pela mídia. “A mídia é mediadora das relações”, explica.
O imigrante não é só um sujeito econômico, mas, explica Cogo, um sujeito
sociocultural. Portanto, a comunicação integra a trajetória das migrações dentro de um
processo histórico. “Desde o planejamento e o estudo das políticas migratórias para o
país de destino até o contato com amigos e familiares, o encontro dos fluxos migratórios
com as tecnologias digitais traz novas perspectivas para os sujeitos. Também se abre a
possibilidade para que, com um celular na mão, os próprios imigrantes possam narrar
suas histórias, construindo novos caminhos”, analisa.
Disponível em: http://operamundi.uol.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).

Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos sujeitos na escrita de suas


histórias, o texto apresenta uma visão positiva sobre a presença da(s):
a) economia na formação cultural dos sujeitos.
b) manifestações isoladas nos processos de migração.
c) narrações oficiais sobre os novos fluxos migratórios.
d) abordagens midiáticas no tratamento das informações.
e) tecnologias digitais nas formas de construção da realidade.
Questão 2

Reconhecimento facial: o que se pode esperar dele?


A tecnologia não é nova, mas está cada vez mais avançada. O conceito foi desenvolvido
na década de 1960 por Woodrow "Woody" Bledsoe para a Panoramic Research e até
hoje os preceitos são os mesmos: boa parte dos sistemas ainda aposta em imagens 2D, já
que a maioria dos bancos de dados de referência tem apenas esse tipo de foto.
Ela é, portanto, uma forma de autenticação biométrica que permite confirmar uma
identidade. O processo de identificação usa as medidas do formato e da estrutura facial,
que são únicas para cada indivíduo. Aí começam os problemas: embora seja bastante
interessante, ela pode ser controversa.
É essa a tecnologia usada no Facebook para sugerir marcações em fotos — e quem tem
irmãos sabe que o sistema pode ser bastante falho na tarefa de diferenciar pessoas com
características semelhantes. Isso porque informações-chave das imagens (como o
tamanho e o formato de nariz, boca e olhos, bem como a distância entre diferentes
pontos da face) são comparadas com um banco de dados. Há até quem tenha processado
a rede social por ter sido identificado em imagens sem ser informado.
Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/reconhecimento-facial-o-que-se-
pode- esperar-dele/84009>. (Adaptado)

Entre as possibilidades promovidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias de


autenticação biométrica, o texto destaca:
a) a auditoria das ações públicas por meio da fiscalização remota.
b) a distinção de postagens vinculadas às redes sociais, como o Facebook.
c) a obtenção de informações por meio de traços faciais singulares.
d) a disponibilidade de recursos de publicidade com base em expressões faciais.
e) o armazenamento de dados entre órgãos governamentais e privados.

Questão 3

Hino à Bandeira
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
BILAC, O.; BRAGA, F. Disponível em: www2.planalto.gov.br.
Acesso em: 10 dez. 2017 (fragmento).

No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso utilizado para exaltar o símbolo


nacional na medida em que:
a) remete a um momento futuro.
b) promove a união dos cidadãos.
c) valoriza os seus elementos.
d) emprega termos religiosos.
e) recorre à sua história.

Questão 4

Arte de “João Montanaro”. Disponível em:


<https://relatividade.wordpress.com/2010/11/06/olha-mae-um-twitter/>. Acesso em 23
jul. 2021.
O humor na charge é provocado porque a personagem comete um deslize referente
a um dos fatores pragmáticos do texto, sendo ele:
a) a intencionalidade, considerando que o deslize cometido pela personagem foi
proposital.
b) a informatividade, pois a personagem desconhece a figura de um pássaro, assim
como desconhece o símbolo da rede social mencionada.
c) a situacionalidade, já que a situação comunicativa permite facilmente que um pássaro
seja confundido com o símbolo de uma conhecida rede social.
d) a informatividade, uma vez que o humor decorre do fato de que ele não conhece o
pássaro e faz referência ao símbolo do Twitter devido ao seu desconhecimento de
mundo e conhecimento de mídias sociais.
e) a intertextualidade, visto que a personagem propositalmente menciona a rede social
Twitter com a única intenção de que o diálogo entre os textos desperte o humor na
narrativa.

Questão 5

ABL lança novo concurso cultural:


“Conte o conto sem aumentar um ponto”
Em razão da grande repercussão do concurso de Microcontos do Twitter da ABL, o
Abletras, a Academia Brasileira de Letras, lançou, no dia do seu aniversário de 113
anos, um novo concurso cultural intitulado “Conte o conto sem aumentar um ponto”,
baseado na obra A cartomante, de Machado de Assis. “Conte o conto sem aumentar um
ponto” tem como objetivo dar um final distinto do original ao conto A cartomante de
Machado de Assis, utilizando-se o mesmo número de caracteres – ou inferior – que
Machado concluiu seu trabalho, ou seja, 1 778 caracteres.
Vale ressaltar que, para participar do concurso, o concorrente deverá ser seguidor do
Twitter da ABL, o Abletras.
Disponível em: www.academia.org.br. Acessado em: 18 out. 2015 (adaptado).

O Twitter é reconhecido por promover o compartilhamento de textos. Nessa


notícia, essa rede social foi utilizada como veículo/suporte para um concurso
literário por causa do(a):
a) limite predeterminado de extensão do texto.
b) interesse pela participação de jovens.
c) atualidade do enredo proposto.
d) fidelidade a fatos cotidianos.
e) dinâmica da sequência narrativa.
Questão 6
O que é música?
A pergunta “o que é música” tem sido alvo de discussão há décadas. Alguns autores
defendem que música é a combinação de sons e silêncios de uma maneira organizada.
Vamos explicar: um ruído de rádio emite sons, mas não de uma forma organizada, por
isso não é classificado como música. Essa definição parece simples e completa, mas
definir música não é algo tão óbvio assim. Podemos classificar um alarme de carro
como música? Ele emite sons e silêncios de uma maneira organizada, mas garanto que a
maioria das pessoas não chamaria esse som de música.
Disponível em: <https://www.descomplicandoamusica.com/o-que-e-musica/>. Acesso
em 23 jul. 2021.

O fragmento define o que é a música de forma simplificada. Como estratégia de


construção do texto, o autor faz uso recorrente de:
a) enumerações para sustentar o ponto de vista apresentado.
b) exemplificações para ilustrar a distinção entre a música e outros sons cotidianos.
c) generalizações para sintetizar as diversas percepções sobre o que é a música.
d) adjetivações para descrever os tipos de música.
e) sinonímias para retomar as características das obras musicais.

Questão 7

Chiquito tinha quase trinta quando conheceu Mariana num baile de casamento na
Forquilha, onde moravam uns parentes dele. Por lá foi ficando, remanchando. Fez mal à
moça, como costumavam dizer, tiveram de casar às pressas. Morou uns tempos com o
sogro, descombinaram. Foi só conta de colher o milho e vender. Mudou pra casa do
velho Chico Lourenço [seu pai]. Fumaça própria só viu subir um par de anos depois,
quando o pai repartiu as terras. De tão parecidos, pai e filho nunca combinaram direito.
Cada qual mais topetudo, muitas vezes dona Aparecida ouvia o marido reclamar da
natureza forte do filho. Ela escutava com paciência e respondia dum jeito sempre igual:
— “Quem herda, não rouba”.
Vinha um brilho nos olhos, o velho se acalmava.
ROMANO, O. Casos de Minas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

Os ditados populares são frases de sabedoria criadas pelo povo, utilizadas em


várias situações da vida. Nesse texto, a personagem emprega um ditado popular
com a intenção de:
a) criticar a natureza forte do filho.
b) justificar o gênio difícil de Chiquito.
c) legitimar o direito do filho à herança.
d) conter o ânimo violento de Chico Lourenço.
e) condenar a agressividade do marido contra o filho.

Questão 8
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas. Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-
mail. O pai era uma onça. A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão.
E pinchava a pedra no quintal da casa dela. Se a namorada respondesse pela mesma
pedra era uma glória! Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira. E
então era agonia. No tempo do onça era assim.
BARROS, Manoel de. Texto extraído do livro “Tratado geral das grandezas do ínfimo”,
Editora Record – Rio de Janeiro, 2001, pág. 17.

Nesse texto, a mobilização do uso padrão das formas verbais:


a) está a serviço do projeto literário, auxiliando na distinção das ações de um e de outro
personagem.
b) auxilia na caracterização do tempo, do espaço e dos personagens da narrativa.
c) alterna os tempos da narrativa, fazendo progredir as ideias do texto.
d) ajuda a localizar o enredo em um tempo ora mais, ora menos distante do presente.
e) traduz a reminiscência de fatos passados que ficaram registrados na vida íntima do
narrador.

Questão 9
Disponível em: http://arquivo-x.webnode.com. Acesso em: 5 dez. 2012.

Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, recorrendo à estratégia


argumentativa de:
a) mostrar que um bom trabalho como pai implica a valorização por parte do filho.
b) apelar para a necessidade que o pai demonstra de ser bem-visto pela família.
c) explorar a preocupação do pai com a própria imagem e popularidade.
d) atribuir seu ponto de vista a terceiros para respaldar suas intenções.
e) gerar um conflito entre a solicitação da mãe e os interesses do pai.

Questão 10

Você recebe uma mensagem no celular, lê integralmente ou parte dela e a repassa, sem
ter sequer o cuidado de checar se é verdadeira? Então, fique atento, porque você pode
estar ajudando a propagar uma fake news. A expressão, em inglês, significa notícia falsa
e já tomou conta do vocabulário brasileiro. Aliás, as “fake news” ultrapassaram as
fronteiras do uso de termos estrangeiros e passaram a fazer parte, também, da rotina do
brasileiro, seja na propagação ou na reparação delas. A justificativa do professor José
Eduardo de Santana Macêdo, doutor em Direito Político e Econômico e mestre em
Direito Constitucional, é de que a sociedade moderna goza de um privilégio totalmente
inexistente no passado, o do acesso ilimitado à informação. Mas, claramente, não tem
sabido lidar com esse privilégio. “No que antes se dependia do jornal impresso ou de
informações divulgadas pelas ondas do rádio e da televisão, esses meios praticamente
sucumbiram como fonte de notícias e estão se reinventado para não se tornarem
obsoletos”, ressalta Eduardo Macêdo.
Disponível em: <http://jlpolitica.com.br/reportagem-especial/fake-news-viraram-
estrategia-politica>.

O texto expõe a preocupação de um professor ligado à área do Direito sobre o


compartilhamento de conteúdos falsos impulsionado pelo(a):
a) acesso facilitado e irrefletido às informações no ambiente digital.
b) displicência natural das pessoas que navegam pela internet.
c) obsolescência dos meios de veiculação de notícias como rádio e televisão.
d) impossibilidade de identificação da origem dos textos.
e) disseminação de ações criminosas na internet.

Questão 11

A ciência do Homem-Aranha
Muitos dos superpoderes do querido Homem-Aranha de fato se assemelham às
habilidades biológicas das aranhas e são objeto de estudo para produção de novos
materiais.
O “sentido-aranha” adquirido por Peter Parker funciona quase como um sexto sentido,
uma espécie de habilidade premonitória e, por isso, soa como um mero elemento
ficcional. No entanto, as aranhas realmente têm um sentido mais aguçado. Na verdade,
elas têm um dos sistemas sensoriais mais impressionantes da natureza.
Os pelos sensoriais das aranhas, que estão espalhados por todo o corpo, funcionam
como uma forma muito boa de perceber o mundo e captar informações do ambiente. Em
muitas espécies, esse tato por meio dos pelos tem papel mais importante que a própria
visão, uma vez que muitas aranhas conseguem prender e atacar suas presas na completa
escuridão. E por que os pelos humanos não são tão eficientes como órgãos sensoriais
como os das aranhas? Primeiro, porque um ser humano tem em média 60 fios de pelo
em cada cm² do corpo, enquanto algumas espécies de aranha podem chegar a ter 40 mil
pelos por cm²; segundo, porque cada pelo das aranhas possui até 3 nervos para fazer a
comunicação entre a sensação percebida e o cérebro, enquanto nós, seres humanos,
temos apenas 1 nervo por pelo.
Disponível em: http://cienciahoje.org.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).

Como estratégia de progressão do texto, o autor simula uma interlocução com o


público leitor ao recorrer à:
a) revelação do “sentido-aranha” adquirido pelo super-herói como um sexto sentido.
b) caracterização do afeto do público pelo super-herói marcado pela palavra “querido”.
c) comparação entre os poderes do super-herói e as habilidades biológicas das aranhas.
d) pergunta retórica na introdução das causas da eficiência do sistema sensorial das
aranhas.
e) comprovação das diferenças entre a constituição física do homem e da aranha por
meio de dados numéricos.

Questão 12

QUINO. Disponível em: <https://vonomatopeia.wordpress.com/2008/11/21/isso-non-


ecziste/>. Acesso em 23 jul. 2021.
Mafalda é uma personagem criada pelo cartunista argentino Quino (1932-2020),
de característica inquieta e contestadora, que procura sempre formas de
questionar o mundo à sua volta. Na tira, Mafalda e o pai compreendem a
expressão “ano que vem” de maneiras distintas. É possível discriminar os
diferentes pontos de vista na fala dos personagens à medida que:

a) o posicionamento questionador de Mafalda destoa-se da alienação representada pela


figura do adulto, porque defende um ponto apresentado como certo e indiscutível.
b) a expressão “ano que vem” refere-se abstratamente a um amplo acontecimento futuro
e, por isso, Mafalda acredita ser provável a sua ocorrência.
c) a questão da forma como as crianças entendem a passagem do tempo está relacionada
com as experiências reais já vividas, o que dificulta a construção de dimensões
temporais que não sejam referentes a um tempo pretérito.
d) o questionamento de Mafalda está baseado na recorrência de respostas inverídicas
dadas pelos adultos como forma explícita de desviar-se de situações controversas.
e) Mafalda expressa sua dúvida em relação ao mundo adulto ao achar que não basta
dizer “ano que vem”, é preciso comprovar que ele virá mesmo, enquanto seu pai apoia-
se na consciência de que o tempo passa naturalmente.

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