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(EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/ terceiro lugar”,
“por outro lado”, “dito de outro modo”, isto é”, “por exemplo” – para compreender a
hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.
Os filmes que víamos antigamente não nos prepararam para a vida. Em alguns casos, continuam
nos iludindo. Por exemplo: briga de socos. Entre as convenções do cinema que persistem até hoje está
a de que socos na cara produzem um som que na vida real nunca se ouviu. O choque de punho contra
rosto fazia estrago nos rostos — ou não fazia, era comum lutas em que os brigões quase se matavam a
murros terminarem sem nenhuma marca nos rostos — mas poupava os punhos. E como sabe quem,
mal informado pelo cinema, entrou numa briga a socos, o punho quando acerta o alvo sofre tanto
quanto o alvo.
No cinema de antigamente você já sabia: quando alguém tossia, era porque iria morrer em pouco
tempo. Tosse nunca significava apenas algo preso na garganta ou uma gripe passageira — era morte
certa. Quando um casal se beijava apaixonadamente e em seguida desparecia da tela era sinal que
tinham se deitado. [...]
Se a vida fosse como o cinema nos dizia, [...] sempre que tivéssemos de sair às pressas de um
restaurante, atiraríamos dinheiro em cima da mesa sem precisar contá-lo e sem esperar que o garçom
trouxesse a nota. Seria uma vida mais simples, a cores ou em preto e branco, interrompida a intervalos
por números musicais em que cantaríamos acompanhados por violinos invisíveis, e quando
dançássemos com nossas namoradas, seria como se tivéssemos ensaiado durante semanas, e não
erraríamos um passo, e seríamos felizes até the end.
Luís Fernando Veríssimo. Disponível em: https://cutt.ly/pn4OPDF. Acesso em: 22,06.21.
3. O autor utiliza como principal argumento para defender seu ponto de vista
a. citações.
b. exemplos.
c. oposições.
d. evidências.
É sabido que as amizades virtuais não substituem as amizades reais. Mas será que elas não são
saudáveis?
A internet, hoje, é uma das ferramentas mais utilizadas para as conexões globais e para se iniciar
amizades. Ela está transformando as relações, tornando muito mais fácil o conhecimento de novas pessoas.
De acordo com um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, a internet faz com que as amizades
se multipliquem. A pesquisa constatou que, durante a década passada, com o aumento das redes sociais, o
número de amizades cresceu muito. E os usuários que passam mais tempo na internet (heavy users) foram
aqueles que ganharam mais amigos fora da rede, no mundo real. As estatísticas do estudo mostram que
enquanto eles tiveram um aumento de 38% em suas amizades reais, os outros, que passavam menos tempo
na internet, ampliaram em apenas 4% seus amigos.
A pesquisa ainda indica que a internet não cria amizades totalmente aleatórias. O Facebook, por
exemplo, parte de um perfil individual para sugerir a conexão e novos amigos, utilizando, inclusive, para
isso, algumas afinidades.
Barry Willman, da Universidade de Toronto, diz que as redes sociais estão cada vez mais diversificadas
e maiores. No entanto, alguns estudiosos defendem que a distância entre os usuários e amigos acaba
prejudicando muito essas amizades.
O antropólogo Dunbar afirma: “no fim das contas, ainda precisamos estar próximos das pessoas”.
Nesse sentido, a proximidade física é essencial para sentirmos os reais benefícios da amizade.
Entretanto, para o cérebro, só o fato de estar conectado à rede já faz com que haja a liberação de oxitocina,
diminuindo os efeitos do cortisol, embora seja fato que o contato presencial libera uma quantidade muito
maior do hormônio.
Os pesquisadores ainda relatam que de tanto as pessoas estarem conectadas podem estar mais
abertas para as amizades e isso pode mudar padrões cerebrais, tornando o homem um ser hiper social.
Portanto, as amizades virtuais acabam por ajudar as amizades reais.
Disponível em: www.portalespacodosaber.com.br. Acesso: 23.06.21
5. O trecho em que o autor utilizou o recurso de causa e consequência para defender sua opinião é
A Raposa e o Corvo
Um Corvo roubou um queijo e com ele fugiu para o alto de uma árvore. Uma Raposa, ao vê-lo,
desejou tomar posse do queijo para comer. Colocou-se ao pé da árvore e começou a louvar a beleza e
a graça do Corvo, dizendo:
– Com certeza és formoso, gentil e nenhum pássaro poderá ser comparado a ti desde que tu
cantes.
O Corvo, querendo mostrar-se, abriu o bico para tentar cantar, fazendo o queijo cair.
A Raposa abocanhou o petisco e saiu correndo, ficando o Corvo, além de faminto, ciente de sua
ignorância.
Moral da História: Desconfie dos bajuladores, esses sempre se aproveitam da situação, para tirar
vantagem sobre você.
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LENDA DA MANDIOCA
A filha do cacique de uma tribo tupi-guarani havia engravidado, e seu pai muito furioso, queria
saber de quem era o bebê que ela estava esperando. A índia afirmava que não sabia como tal fato
teria acontecido, pois não tinha se entregado para nenhum homem. O cacique não acreditou na filha.
Certa noite, o chefe da tribo sonhou que alguém lhe dizia para acreditar em sua filha pois ela
contava a verdade. A partir deste momento, o cacique passou a aceitar a gravidez da filha e a esperar
ansioso pela chegada da neta.
A menina era muito bonita, tinha a pele branca, e se chamava Mani. Trazia muita alegria para a
aldeia pois era uma criança muito feliz e querida. Durante uma manhã, Mani foi encontrada sem vida
pela sua mãe. Com muita tristeza, o povo enterrou a menina dentro da própria oca. A terra ficava
umedecida com tantas lágrimas, e depois de alguns dias, nasceu uma planta diferente no mesmo local
onde o corpo havia sido enterrado.
A planta não era conhecida pela aldeia. Perceberam que ela tinha uma raiz escura e por dentro
era toda branca. Em homenagem a filha, ela colocou o nome de Manioca, uma junção de Mani e Oca,
que com o passar dos anos o nome tornou-se mandioca. Os índios passaram a utilizar a raiz da planta
para fazer farinha e uma bebida chamada cauim.
Disponível em: < https://www.infoescola.com/folclore/lenda-da-
mandioca>. Acesso em: 30 mar. 2022.