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ESCOLA MUNICIPAL GONÇALVES DIAS

BR 230, SANTA TERESA – CENTRO CEP: 65.888-000


E-mail: cmlucascoelho78@gmail.com
São Domingos do Azeitão – MA
SÉRIE: 9 º Ano TURMA: Única TURNO: Matutino
DISCIPLINA: Língua PROFESSOR: Everaldo Jr DATA: ___/___/2023
Inglesa
ALUNO: Nº
2ª AVALIAÇÃO BIMESTRAL/2023 NOTA:

LÍNGUA PORTUGUESA 9° ANO


NÍVEL DE PROFICIENCIA: 2
 Localizar informações explícitas em fragmentos de romances e crônicas

 Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões em poemas, charges e


fragmentos de romances.
 Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não
verbais

 Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião


 Reconhecer relações de causa e consequência e características de personagens em
lendas e fábulas
 Reconhecer o sentido estabelecido pelas conjunções em poemas, charges e fragmentos
de romances.

SAEB - ESCALAS DE PROFICIÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 9° ano


NIVEL 2 - Localizar informações explícitas em fragmentos de romances e crônicas
D1 – Localizar informação explícita.
HABILIDADES DA BNCC
 (EF67LP27)
 (EF67LP28)
 (EF89LP33)

Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 3

Vaga-lumes e pokémons
Quando a mãe nos via muito tempo trancados no quarto, ela já esmurrava a porta:
 Não vão para a rua hoje? O que aconteceu? Olha que vão virar mofo, ácaro, cupim...
Deflagrava uma campanha terrorista para que eu e os três irmãos tomássemos ar. Não sei se ela
tinha medo do que estávamos arquitetando, quietinhos, ou se realmente vinha de uma preocupação
sincera. Naquela época, filhos na rua significavam saúde, filhos confinados em casa indicavam sinal de
depressão.
Mas existia uma sentença mágica que nos impelia a abrir imediatamente o esconderijo e girar a
chave na fechadura: quando ela dizia que estava anoitecendo e perderíamos a chance de caçar vaga-
lumes.
Migrávamos do silêncio para o alvoroço. Gritávamos, brigávamos para cruzar o capacho primeiro e
partir em busca dos tesouros nos quintais do mundo.
Levávamos potes de vidro com um buraco na tampa e ziguezagueávamos pelos
bairros Petrópolis e Chácara das Pedras com os olhos em alerta. Bastava identificar o brilho
peculiar, que cercávamos o inseto e colocávamos em um vidro para estudarmos as suas emissões
luminosas. Era o equivalente a capturar estrelas. Depois de uma hora observando o facho luminoso dos
besouros e procurando entender aquela estranha eletricidade, devolvíamos os bichinhos aos canteiros e
árvores.
Quando vejo turmas perseguindo pokémons nas praças, com o visor dos celulares na frente dos
olhos, eu não identifico o novo jogo como alienação. Não irei chamá-los de zumbis digitais, não
reclamarei de que eles desprezam a realidade e só pensam em jogar, não farei cara de cegonho quando
explicarem que estão no pokéstop e que usam pokébola para capturar os monstros ou que sonham em
prender o Pikachu e chocar ovos.
Como pai, fico imensamente feliz, repetindo a atitude de minha mãe há três décadas.
Finalmente os adolescentes estão saindo do quarto, caminhando, fazendo exercícios,
conhecendo espaços públicos, decorando o nome de ruas, começando amizades com quem também
gosta do game, entrando em museus e prédios históricos que jamais conheceriam por sua
espontânea vontade.
E ainda desfrutam do lucro ecológico, diferente da minha infância, de não torturar vaga-lumes.
Disponível em: http://carpinejar.blogspot.com/2016/08/vaga-lumes-e-
pokemons.html

1. Na época do narrador, o que significava filhos confinados em casa?


(A) Os filhos jogando pokémons.
(B) Os filhos eram saudáveis.
(C) Eles estavam de castigo.
(D) Era sinal de depressão.

2. Para o narrador, a que equivale caçar vaga- lumes?


(A) Estar alienado.
(B) Capturar estrelas.
(C) Observar facho luminoso.
(D) Estar com olhos em alerta.

3. Na crônica, é possível dizer que o pai vê a caça aos pokémons como


(A) uma busca por tesouros.
(B) alienação do mundo real.
(C) um começo para novas amizades.
(D) oportunidade para fugir da realidade.

SAEB - ESCALAS DE PROFICIÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 9° ano


NIVEL 2- Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões em poemas, charges e
fragmentos de romances.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão..
HABILIDADES DA BNCC
(EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica.

Leia o texto para responder às questões 4 e .


Caso de recenseamento
O agente do recenseamento vai bater na casa de subúrbio longínquo, aonde nunca chegam as
notícias.
– Não quero comprar nada.
– Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me
ajudar.
[...]
– Que é que há? – resmunga o marido, sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
– É esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada!
– Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo...
– Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a mercadoria! A
gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo!

ANDRADE, Carlos Drummond. Caso de recenseamento. In: Para gostar de ler. v. 2. Crônicas. São Paulo: Ática, 1995. p. 30-
31

4. Em “O agente do recenseamento vai bater na casa de subúrbio”. Qual o sentido da expressão


destacada?
(A) Fazer uma perseguição policial.
(B) Chegar a um determinado lugar.
(C) Dar pequenos toques ou batidas.
(D) Dar pancadas em algo ou alguém.

5. Qual o sentido da expressão destacada no trecho “... depois empurram a mercadoria!”?


(E) Forçar a aceitar a mercadoria.
(F) Deslocar ou afastar a mercadoria.
(G) Impedir de comprar a mercadoria.
(H) Mover a mercadoria com muita força. Leia o texto para responder à questão 3.

Vidas secas
O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo.
Vinham em bandos, arranchavam-se nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam e, como em
redor não havia comida, seguiam viagem para o Sul. O casal agoniado sonhava desgraças. O sol
chupava os poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da água, queriam matar o gado.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 71. ed. Rio de Janeiro: Record,
1996.

6. A expressão destacada em “O sol chupava os poços...” significa que o sol


(I) não atrapalhava a vida familiar.
(J) era ameno e suportado por todos.
(K) fazia com que toda a água evaporasse.
(L) provocava muita infiltração nos poços.
Leia o texto para responder às questões de 7 .

O olho torto de Alexandre

No sertão do Nordeste vivia antigamente um homem cheio de conversas, meio caçador e meio
vaqueiro, alto, magro, já velho, chamado Alexandre. Tinha um olho torto e falava cuspindo a gente,
espumando como um sapo-cururu, mas isto não impedia que os moradores da redondeza, até
pessoas de consideração, fossem ouvir as histórias fanhosas que ele contava.
Tinha uma casa pequena, meia dúzia de vacas no curral, um chiqueiro de cabras e roça de milho
na vazante do rio. Além disso possuía uma espingarda e a mulher. A espingarda lazarina, a melhor
espingarda do mundo, não mentia fogo e alcançava longe, alcançava tanto quanto a vista do dono;
a mulher, Cesária, fazia renda e adivinhava os pensamentos do marido. Em domingos e dias santos
a casa se enchia de visitas — e Alexandre, sentado no banco do alpendre, fumando um cigarro
de palha muito grande, discorria sobre acontecimentos da mocidade, às vezes se enganchava e
apelava para a memória de Cesária. Cesária tinha sempre uma resposta na ponta da língua. Sabia de
cor todas as aventuras do marido [...]

7. Em “... espingarda do mundo,


não mentia fogo...”, a
expressão destacada significa
(M) Que o homem falava a verdade.
(N) Que a espingarda nunca falhava.
(O) Que o homem não era mentiroso.
(P) Que a espingarda nunca funcionava

SAEB - ESCALAS DE PROFICIÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 9° ano


NIVEL 2- Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais.
D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
HABILIDADES DA BNCC
(EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em
relação a esse mesmo fato.

Leia o texto para responder à questão 8.

A namorada
Havia um muro alto entre nossas Casas. Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail
O pai era uma onça
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.

Disponível em: Manoel de Barros. In: Tratado geral das grandezas do ínfimo. Editora Record - Rio de Janeiro, 2001, pág. 17. Acesso em: 30 mar. 2022.

8. O tema do poema é
(A) namoro de antigamente.
(B) bilhetes entre vizinhos.
(C) recado de amigos.
(D) ilusão amorosa.

Leia o texto para responder à questão 9.


Sono pesado
Toca o despertador
E meu pai vem me chamar:
– Levanta, filho, levanta,
Uma coisa, no entanto,
Sentado nas minhas costas,
Há um enorme elefante.
O sono, que estava bom
, Fica ainda mais pesado.
Como eu posso levantar
Mas meu pai insiste tanto,
Que eu levanto, carrancudo.
Vou para a escola, que remédio,
Com o bicho nas costas e tudo!

9. O texto fala sobre

(A) a preguiça do menino.


(B) a rotina de um estudante.
(C) as dificuldades para acordar.
(D) a importância de dormir bem.

Leia o texto para responder à questão 3.

Menina, menina
Como ficará o rio, menina
quando seu barco partir?
Tudo ficará tão frio, menina,
quando seu barco partir.
Você partindo, menina,
como num voo de pássaro, vai acabar ficando, menina,
na vida deste espaço.
Se eu tivesse dinheiro, menina,
Se eu tivesse idade, segurava você aqui, menina.
Ou deixava esta cidade.
Como vou ficar, menina,
quando seu barco partir? vou chorar ou sorrir, menina,
quando seu barco partir?

10. Qual o tema do texto?

(A) A falta de dinheiro do rapaz.


(B) As preocupações de um pai.
(C) A despedida de um casal.
(D) A vida à beira do rio.

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