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01 Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos da charge precedente, julgue o item seguinte
.Comparando-se os quadrinhos “Quem acha” e “Quem se informa”, no primeiro, verificam-se características de
um nível de linguagem mais coloquial, ao passo que, no segundo, identificam-se termos técnicos
característicos de uma área do conhecimento.
A Certo
B Errado

02 Leia a charge de Duke para responder à questão.

1
Podcast: arquivo digital de áudio transmitido através da internet, cujo conteúdo pode ser variado, normalmente
com o propósito de transmitir informações. Qualquer usuário na internet pode criar um podcast.  
Na charge, a função da linguagem predominante é a 
a) poética. 
b) referencial. 
c) emotiva.  
d) fática. 
e) apelativa.  
3 Em relação à estrutura narrativa, o texto 1 se organiza em duas partes, que podem se descritas do seguinte
modo:
a) introdução de temática pessoal/ponderação de aspectos históricos
b) valorização da inovação tecnológica/indicação de mudança de valores
c) explicitação de comportamento habitual/exposição de evento particular
d) apresentação de valores comuns/contraposição de interesses particulares
e)
“Quincas Borba”, considerada uma das grandes obras da fase áurea do escritor Machado de Assis, põe
em cena a história de Rubião, um modesto professor de Barbacena, cidade no interior de Minas Gerais, que, ao
receber uma herança inesperada do amigo Quincas Borba, resolve mudar para o Rio de Janeiro – na época,
centro da vida política e econômica brasileira. Ali, encontra dificuldades para adaptar-se ao modo de ser dos
que convivem com o poder, tornando-se uma vítima de aproveitadores que se fazem passar por amigos, caso,
sobretudo, do casal Cristiano e Sofia Palha. O capítulo transcrito a seguir é o último do livro. Nele se encontra
uma espécie de síntese da narrativa, ao se elencarem personagens centrais da trama a partir da notícia da
morte do cão Quincas Borba, cujo nome é o mesmo de seu primeiro dono, que foi herdado por Rubião. “Queria
dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu desvairado em busca do
dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo especial, é
provável que me perguntes se ele, se o seu defunto homônimo é que dá título ao livro, e por que antes um que
outro, - questão prenhe de questões, que nos levariam longe... Eia! chora os dois recentes mortos, se tens
lágrimas. Se só tens riso, rite. É a mesma coisa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia
Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens.” (MACHADO DE ASSIS. Quincas
Borba. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2012. p. 344).

4 Apesar de Machado de Assis construir parte significativa de sua obra ainda em fins do século XIX, é possível
já verificar, em seus textos, o emprego de recursos próprios da literatura moderna. A esse propósito, sobre o
trecho em questão, pode-se afirmar que:

a) a projeção de um leitor hipotético no corpo do texto confere traços de indeterminação à narrativa, atualizando
uma questão central do enredo, como se este continuasse em aberto.
b) o exercício de reflexão em torno da metalinguagem, convida o leitor a refletir sobre esse ponto.
c) ao tratar, inicialmente, da morte do cão, criatura querida dos personagens, em seus últimos momentos, de um
modo repleto de ternura, o narrador chama atenção para a necessidade de humanização de alguns aspectos da
vida em sociedade.
d) a identificação de reações contrárias por parte do leitor (chorar/rir), decorrentes de um mesmo acontecimento,
aponta para a criação de uma imagem complexa do ser humano em meio às relações sociais.
e) a parte final do capítulo visa a funcionar como uma espécie de ensinamento moral, desdobrado de toda a
história que o precedeu, a ser apreendido pelo leitor, em função do valor universal que acompanha esse
desfecho.

Leia o conto a seguir e responda à questão.

Preciosidade (para Mafalda)

De manhã cedo era sempre a mesma coisa renovada: acordar. O que era vagaroso, desdobrado, vasto.
Vastamente ela abria os olhos. Tinha quinze anos e não era bonita. Mas por dentro da magreza, a vastidão
quase majestosa em que se movia como dentro de uma meditação. E dentro da nebulosidade algo precioso.
Que não se espreguiçava, não se comprometia, não se contaminava. Que era intenso como uma joia. Ela
acordava antes de todos, pois para ir à escola teria que pegar um ônibus e um bonde, o que lhe tomaria uma
hora. O que lhe daria uma hora. De devaneio agudo como um crime. O vento da manhã violentando a janela e o
rosto até que os lábios ficavam duros, gelados. Então ela sorria. Como se sorrir fosse em si um objetivo. Tudo
isso aconteceria se tivesse a sorte de “ninguém olhar para ela”. Era uma manhã ainda mais fria e escura que as
outras, ela estremeceu no suéter. A branca nebulosidade deixava o fim da rua invisível. Tudo estava algodoado,
não se ouviu sequer o ruído de algum ônibus que passasse pela avenida. Foi andando para o imprevisível da rua.
As casas dormiam nas portas fechadas. Os jardins endurecidos de frio. No ar escuro, mais que no céu, no meio
da rua uma estrela. Uma grande estrela de gelo que não voltara ainda, incerta no ar, úmida, informe.
Surpreendida no seu atraso, arredondava- -se na hesitação. Ela olhou a estrela próxima. Caminhava sozinha na
cidade bombardeada. Não, ela não estava sozinha. Com os olhos franzidos pela incredulidade no fim longínquo
de sua rua, de dentro do vapor, viu dois homens. Dois rapazes vindo. Olhou ao redor como se pudesse ter
errado de rua ou de cidade. Mas errara os minutos: saíra de casa antes que a estrela e dois homens tivessem
tempo de sumir. Seu coração se espantou. O que se seguiu foram quatro mãos difíceis, foram quatro mãos que
não sabiam o que queriam, quatro mãos erradas de quem não tinha a vocação, quatro mãos que a tocaram tão
inesperadamente que ela fez a coisa mais certa que poderia ter feito no mundo dos movimentos: ficou
paralisada. Eles, cujo papel predeterminado era apenas o de passar junto do escuro de seu medo, e então o
primeiro dos sete mistérios cairia; eles que representariam apenas o horizonte de um só passo aproximado,
eles não compreenderam a função que tinham e, com a individualidade dos que têm medo, haviam atacado. Foi
menos de uma fração de segundo na rua tranquila. Numa fração de segundo a tocaram como se a eles
coubessem todos os sete mistérios. Que ela conservou todos, e mais larva se tornou, e mais sete anos de
atraso. Quando foi molhar os cabelos diante do espelho, ela era tão feia. Ela possuía tão pouco, e eles haviam
tocado. Ela era tão feia e preciosa. Estava pálida, os traços afinados. As mãos, umedecendo os cabelos, sujas
de tinta ainda do dia anterior. “Preciso cuidar mais de mim”, pensou. Não sabia como. A verdade é que cada vez
sabia menos como. A expressão do nariz era a de um focinho apontando na cerca. Voltou ao banco e ficou
quieta, com um focinho. “Uma pessoa não é nada.” “Não”, retrucou-se em mole protesto, “não diga isso”,
pensou com bondade e melancolia. “Uma pessoa é alguma coisa”, disse por gentileza. Mas no jantar a vida
tomou um senso imediato e histérico:
– Preciso de sapatos novos! Os meus fazem muito barulho, uma mulher não pode andar com salto de madeira,
chama muita atenção! Ninguém me dá nada! Ninguém me dá nada! – e estava tão frenética e estertorada que
ninguém teve coragem de lhe dizer que não os ganharia. Só disseram:
– Você não é uma mulher e todo salto é de madeira. Até que, assim como uma pessoa engorda, ela deixou, sem
saber por que processo, de ser preciosa. Há uma obscura lei que faz com que se proteja o ovo até que nasça o
pinto, pássaro de fogo. E ela ganhou os sapatos novos.

(LISPECTOR, C. Laços de Família. São Paulo: Rocco, 1998. p.95-108.)


5 Sobre a linguagem do conto, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) Há a presença constante do sentido conotativo da linguagem. ( ) A linguagem é predominantemente
coloquial, com certo desleixo em algumas situações. ( ) Há predomínio da linguagem poética, trazendo um
alto lirismo ao conto. ( ) É possível perceber que a autora utiliza uma linguagem objetiva, sem grandes
descrições ou elementos conotativos. ( ) Há uma mescla entre as variedades padrão e coloquial da língua
dando mais verossimilhança à personagem.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) V, V, F, F, V.
b) V, F, V, F, F.
c) V, F, F, V, V.
d) F, V, V, F, F.
e) F, V, F, V, V.
6 Considere a tirinha de Laerte.
(folha.uol.com.br)
Para a construção de seu significado, a tirinha recorre

a) ao eufemismo.

b) à metalinguagem.

c) ao pleonasmo.

d) à hipérbole.

e) à gradação.

A diferença entre ciência e fé é a seguinte: em ciência, a gente tem que ver para crer. Você observa a
natureza, você observa o mundo, obtém dados sobre como o mundo funciona, analisa esses dados e entende.
Pela fé, você crê para ver. A crença vem antes da visão. Você acredita naquilo, nem precisa ver nada, acredita
naquilo e esse, essencialmente, é o cerne da fé, que é uma outra maneira de se relacionar com a realidade,
muito diferente da ciência.
Infelizmente, hoje em dia, parece que essa questão está novamente a mil com a chamada ‘guerra’ entre
a ciência e a religião. Na verdade, essa é uma guerra fabricada, porque, por exemplo, se você pergunta aos
cientistas, mais ou menos 40% deles, ao menos nos Estados Unidos — não sei se existe essa estatística no
Brasil, talvez seja até maior aqui —, acreditam em alguma forma de divindade, de Deus.
(...)
Para esses cientistas, existe um compromisso, uma complementaridade entre o seu trabalho e a sua fé.
Não existe nenhum problema nesse caso. Mas, infelizmente, existe conflito em outras situações. 
(...)
A criança aprende numa aula que houve toda uma evolução da vida, os fósseis etc., 3,5 bilhões de anos
de evolução da vida aqui na Terra enquanto, na outra aula, o professor diz que não. Que em seis dias Deus fez o
mundo, que nós somos todos descendentes de Adão e Eva e o mundo tem apenas dez mil anos.
Note que a proposta é que isso seja ensinado em pé de igualdade. São duas versões da mesma história
e nenhuma é melhor do que a outra. Mas são, sim, duas histórias muito diferentes, com um objetivo muito
diferente. Então, a questão é como é construída a informação na ciência.
(...) Não existe a possibilidade de um cientista afirmar: eu acho que esse pedaço de osso aqui tem três
milhões de anos. Você sabe que tem três milhões de anos, com grande precisão.
(...)

Disponível em https://www.fronteiras.com/artigos/21-ideias-marcelo-gleiser-e-
a-complementaridade-entre-religiao-e-ciencia - adaptado. Acesso em: 05 demaio de 2021.

7 O texto I é um artigo de opinião de natureza jornalística. Dessa forma, é possível afirmar que a função
da linguagem predominante no texto é a

a) emotiva.

b) referencial.

c) metalinguística.
d) fática.

8 Sobre o texto é correto afirmar que:


a) a linguagem adotada explora uma série de referências históricas, explicitamente citadas ao longo do
texto.

b) a predominância da linguagem poética evidencia a exploração das figuras de linguagem metafóricas e


metonímicas ao longo de todo o texto.

c) o uso de marcas conativas, como as perguntas retóricas, conferem ao texto um forte apelo ao leitor
para que este se posicione diante do que é afirmado.

d) o autor procurou se aproximar do leitor jovem ao utilizar uma linguagem que reproduz exatamente
aquela utilizada em situações extremamente informais.

e) o predomínio de uma linguagem formal e objetiva apela para a referencialidade ao explorar o tema de
forma didática e acessível ao leitor.
9 O que é prevenção de suicídio, afinal?

   Dia mundial de prevenção de suicídio, 10 de setembro. De um tempo para cá todo ano voltamos ao tema. Mas
ainda estamos encontrando o tom.
   Após uma vida inteira ignorando o assunto os meios de comunicação resolveram finalmente abordá-lo. Mas,
presos aos modelos de campanhas de conscientização habituais focaram-se nos números, taxas de
crescimento, histórias individuais, entrevistas com pessoas afetadas pela questão. Tudo muito importante para
que a sociedade fique mais esclarecida sobre o panorama local, nacional e até mundial sobre o suicídio. Mas
inócuo para prevenção de fato.
  O que é prevenção, afinal? A prevenção em saúde se dá em três níveis:
   Prevenção primária: estratégias para evitar o adoecimento, retirando fatores de risco.
  Prevenção secundária: detecção precoce de pessoas acometidas por um problema, se possível antes de ele se
manifestar.
  Prevenção terciária: intervenções para evitar sequelas depois que o problema acontece.
   De trás para frente, quando se fala em suicídio, não é possível fazer prevenção terciária, a não ser tratar das
feridas emocionais de quem ficou (na chamada pósvenção).
  E o que seria a prevenção secundária nesses casos? Evitar que pessoas já com intenções ou planos suicidas
cometam o ato. Tal situação normalmente se dá quando existe um transtorno mental que agrava uma situação
de crise – por estar doente ela não vê outra saída que não a morte. É preciso então dissuadi-las disso,
mostrando que o ser humano consegue superar qualquer coisa se tiver ajuda suficiente e se suas emoções não
estiverem adoecidas. Não adianta apresentar números, contar histórias tristes. Ninguém nessa situação vai
pensar “Puxa, quanta gente já se matou, né? Melhor eu não fazer isso”. Ao contrário, tais dados podem até
normalizar para elas esse comportamento. Faremos prevenção se ensinarmos todo mundo a detectar sintomas
de depressão, a diferenciar uso e dependência de substâncias; se combatermos o preconceito com psiquiatria,
psicologia, estimulando em quem precisa a busca de ajuda e apresentando caminhos para atendimento em
crises (como o CVV – fone 188). Se a sociedade inteira compreender que essas são formas eficazes de se
buscar saídas para situações aparentemente insolúveis e insuportáveis, poderemos prevenir alguns casos.
  Evidentemente o ideal é que a gente não chegue a ponto de considerar seriamente o suicídio. Como já vimos
que isso normalmente ocorre quando crises parecem insuportáveis e insolúveis em função do adoecimento
emocional, esse último deveria ser o alvo da prevenção primária. É ingênuo achar ser possível prevenir crises.
Mas evitar o adoecimento é um alvo a ser perseguido com afinco. Atividade física regular, sono de qualidade,
alimentação saudável, desenvolvimento de vínculos afetivos, criação de uma rede de suporte, tudo isso – de
preferência ao mesmo tempo – oferece boa proteção ao adoecimento ou ao agravamento dos transtornos
mentais. Falar disso – que aparentemente nada tem a ver com o suicídio – talvez seja uma das formas mais
importantes de prevenir novos casos.
    Ah, e apesar de óbvio, vale a pena lembrar: não adianta voltarmos a esses temas apenas ano que vem, ok?
  Já percebeu como diante das mesmas situações – mesmo as dramáticas – tem gente que desmorona, outros
sofrem por um tempo mas seguem em frente, e ainda há quem não se abale? Isso mostra que boa parte do
problema diante de eventos negativos não está neles, mas em nós – como nossa história, nossos pensamentos,
pressupostos e crenças interferem na forma com que lidamos com as adversidades. Em O poder da resiliência
(Sextante, 2019) o psicólogo Rick Hanson se uniu ao consultor Forrest Hanson para mostrar, baseado em
pesquisas científicas e exemplos práticos, como resiliência vai além da capacidade de absorver os golpes e
ficar em pé (o que já é bastante). Ela também coopera para termos mais qualidade de vida e um bem-estar
efetivo. Habilidades que vêm muito a calhar tanto para prevenção primária como para secundária e pósvenção.

(Daniel Martins de Barros, 10/09/2019. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de


-barros/o-que-eprevencao-de-suicidio-afinal/.)
9 Quanto à linguagem empregada no texto, assinale a afirmativa correta.
a) O emprego da linguagem culta em todo o texto demonstra seu caráter científico e seu objetivo de
divulgar a ciência.
b) A predominância de elementos da linguagem coloquial possibilita ao texto uma característica intimista
com o objetivo de provocar no leitor o gosto pela leitura.
c) O uso de expressões regionais demonstra a intenção do enunciador em promover a quebra do
preconceito linguístico em textos cujo assunto esteja relacionado à ciência.
d) A utilização da norma padrão da língua associada à utilização da linguagem informal confere ao texto
uma descaracterização do tipo textual proposto pelo veículo em que foi divulgado.
e) A utilização de elementos da linguagem coloquial em alguns momentos confere ao texto proximidade
com o seu interlocutor, atribuindo-lhe uma característica própria quanto ao uso da linguagem.
Vida pós-Zika

Com ajuda de mães, estudo descobre imunidade após


contato com o vírus.

     Um estudo feito em parceria com 50 mães que tiveram Zika durante a gravidez concluiu que a maior parte
delas — e de seus filhos — desenvolveu imunidade ao vírus. A descoberta, feita por pesquisadores da Fiocruz e
do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, será apresentada hoje às mães.
     As mulheres, que participam da pesquisa voluntariamente, tiveram a infecção durante a gestação e são
acompanhadas desde 2016, ao lado de seus filhos. Alguns deles nasceram com a síndrome da Zika Congênita,
caracterizada principalmente pela microcefalia; outros têm alterações neurológicas, embora não possuam a
síndrome; e o último grupo é assintomático.
    No Hospital Antônio Pedro, 36 profissionais fazem o acompanhamento clínico em que avaliam e estimulam o
desenvolvimento das crianças, moradoras de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí. Ali, coletam o sangue que
é estudado por 22 cientistas da Fiocruz. Há três principais linhas de pesquisa, sendo a de maior impacto para a
população a que resultou na descoberta sobre a imunidade.
    Segundo Luzia Maria de Oliveira Pinto, pesquisadora do Laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo
Cruz, que coordena os estudos, os dados finais ainda estão sendo concluídos, mas já se pode cravar que a
maioria das pessoas pesquisadas desenvolveu, sim, imunidade ao vírus.
   Outros dois estudos estão sendo finalizados: um avalia se a intensidade da resposta inflamatória do
organismo para combater o vírus na gravidez tem impacto no desfecho clínico do bebê; e o outro verifica se as
células podem produzir proteínas e anticorpos contra o vírus.
    — Sem essas mães não conseguiríamos fazer as pesquisas. A consequência da infecção já aconteceu. Por
isso é um ato que não vai ajudá-las diretamente, mas pode ajudar outras famílias, até porque podem ocorrer
novas epidemias — enfatiza a pesquisadora.
   Mesmo sem poder se beneficiar diretamente do impacto das pesquisas, nenhuma mãe atendida pelo Hospital
Antônio Pedro se recusou a colaborar com os cientistas.
   — Por isso quisemos dar uma resposta a elas, mostrar: “olha como vocês contribuíram para a ciência”. A
maioria dessas mães era produtiva, tinha emprego, e tudo mudou completamente. A vida delas é dedicada às
crianças. Levam os filhos de duas a três vezes por semana para estimulação com fisioterapia, psicologia,
fonoaudióloga… São lutadoras — afirma a coordenadora do projeto, Claudete Araújo Cardoso, infectologista
pediátrica da Faculdade de Medicina da UFF.
    A pesquisadora conta ainda que pretende acompanhar os casos até os bebês crescerem:
   — Essas crianças vão ter que continuar sendo estimuladas. Como protocolo de pesquisa, o Ministério
da Saúde orienta acompanhá-las por três anos, e decidimos acompanhar por cinco. Mas vou acompanhá-las até
virarem adultas.
  Na mesma semana em que descobriu que estava grávida, manchas vermelhas apareceram no corpo de Kamila
Mitidieri, de 23 anos. Era Zika. Sophia nasceu com a síndrome. Agora tem 2 anos e 9 meses e faz fisioterapia
motora e respiratória e frequenta a fonoaudióloga.
   — Ela está se desenvolvendo bem melhor. Aprendeu até a falar “mãe”. Eu sempre soube que ela precisaria de
um cuidado maior do que uma criança que não tem nada. Há três meses consegui um emprego, mas tive que
sair porque a dona do salão não aceitava que eu levasse minha filha ao médico.
   Apesar das dificuldades do dia a dia, ela não hesita em ajudar nas pesquisas e enfrenta seus temores:
   — Realmente eu odeio tirar sangue, mas toda vez que me pedem eu tiro. Tenho vontade de ter outro filho, mas
tenho medo.
  Logo depois que Elisangela Patricia, de 37 anos, recebeu o diagnóstico de Zika, descobriu que estava grávida.
Na hora, os médicos disseram que seu filho teria microcefalia, mas não foi o que aconteceu. Ele nasceu sem
sintomas, mas, com o passar do tempo, alterações foram sendo descobertas. Samuel Travassos, de 2 anos e
10 meses, tem pequenos cistos no cérebro, atraso no desenvolvimento e suspeita de autismo.
   — Fico com ele o tempo todo, 24 horas por dia. É cansativo, não consigo cuidar de mim, tenho pressão alta e
bronquite, mas ele precisa mais que eu. É grudado em mim, toma meu tempo todo, mas eu sempre participo de
tudo. Se dizem que tem uma pesquisa, eu ajudo, mesmo não sabendo o que é. Tem que estudar, que pesquisar.
Eles ajudam a gente, e a gente ajuda eles.
(TATSCH, Constança. O Globo. 05 de outubro de 2019.)

10 A expressão do discurso informal e suas características podem ser vistas em alguns trechos do texto. Indica
-se um exemplo de construção representativa da linguagem coloquial em:
a) “Há três meses consegui um emprego, [...]”
b) “Eles ajudam a gente, e a gente ajuda eles.”
c) “É cansativo, não consigo cuidar de mim, [...]”
d) “Eu sempre soube que ela precisaria de um cuidado maior [...]”

Entre todas as palavras do momento, a mais flamejante talvez seja desigualdade. E nem é uma boa palavra,
incomoda. Começa com des. Des de desalento, des de desespero, des de desesperança. Des, definitivamente,
não é um bom prefixo. Desigualdade. A palavra do ano, talvez da década, não importa em que dicionário.
Doravante ouviremos falar muito nela.  De-si-gual-da-de. Há quem não veja nem soletre, mas está escrita no
destino de todos os busões da cidade, sentido centro/subúrbio, na linha reta de um trem. Solano Trindade, no
sinal fechado, fez seu primeiro rap, “tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome”, somente
com esses substantivos. Você ainda não conhece o Solano? Corra, dá tempo. Dá tempo para você entender que
vivemos essa desigualdade. Pegue um busão da Avenida Paulista para a Cidade Tiradentes, passe o
valetransporte na catraca e simbora – mais de 30 quilômetros. O patrão jardinesco vive 23 anos a mais, em
média, do que um humaníssimo habitante da Cidade Tiradentes, por todas as razões sociais que a gente bem
conhece.  Evitei as estatísticas nessa crônica. Podia matar de desesperança os leitores, os números rendem
manchete, mas carecem de rostos humanos. Pega a visão, imprensa, só há uma possibilidade de fazer a grande
cobertura: mirese na desigualdade, talvez não haja mais jeito de achar que os pontos da bolsa de valores
signifiquem a ideia de fazer um país.
11 Assinale a alternativa que identifica corretamente recursos linguísticos explorados pelo autor nessa crônica.
a) Uso de verbos no imperativo, linguagem informal, texto impessoal.
b) Marcas de coloquialidade, uso de primeira pessoa, linguagem objetiva.
c) Marcas de oralidade, uso expressivo de recursos ortográficos, subjetividade do autor.
d) Uso de variação linguística, linguagem neutra, apelo ao tom coloquial.

O entendimento dos contos

    — Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de
amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.

    — Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com
a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o
governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo
mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se
recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria
uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.

    Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou
um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de
latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu
no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você
imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou
transformar-me em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou
humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão
de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.

    — Mas que significa isso? — perguntou o moço, insatisfeito. — Não entendi nada.

    — Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a
vida.

(Contos plausíveis, 2012.)


12 Observa-se o emprego de expressão própria da linguagem coloquial no trecho
a) “Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares” (2o parágrafo).
b) “Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham
um centavo” (3o parágrafo).
c) “Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas” (2o parágrafo).
d) “Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus
sonhos, se recusava a casar com ele” (2o parágrafo).
e) “Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito” (3o parágrafo).

TEXTO PARA AS QUESTÕES 13-14

Vou lançar a poesia do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um
sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco [muito bem engomada, [e na primeira esquina passa
um caminhão, [salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama: É a vida. O poema deve ser como a nódoa do brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as
menininhas, as estrelas alfas, [as virgens cem por cento [e as amadas que envelhecem sem maldade.
(BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 1986)

13 Observando o poema Nova Poética, identifica-se que os fatores que determinam tais funções são:
a) Sentimentalismo e intertextualidade com outros autores
b) Uso da 1ª pessoa e estrutura do texto em versos.
c) Emoção e sentimentalismo exacerbados na produção do poema.
d) Linguagem elaborada e a utilização do código para falar dele mesmo.
e) Foco na utilização de um poema para falar, de alguma maneira, sobre produção do texto.

14 O texto Nova Poética, de Manuel Bandeira, tem a predominância de duas funções da linguagem.
Identificam-se as funções na opção:
a) metalinguística - referencial.
b) conativa - metalinguística.
c) poética - conativa.
d) emotiva - conativa.
e) referencial - fática.

Estojo escolar

       Rio de Janeiro — Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas
eletrônicas, bastava telefonar e eu receberia um notebook capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estação
espacial.

      […] Como pretendo viajar esses dias, habilitei-me a comprar aquilo que os caras anunciavam como o top do
top em matéria de computador portátil.

       No sábado, recebi um embrulho complicado que necessitava de um manual de instruções para ser aberto.

     […] De repente, como vem acontecendo nos últimos tempos, houve um corte na memória e vi diante de mim
o meu primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o jardim de infância.

    Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma tampa que corria nas bordas do corpo principal. Dentro,
arrumados em divisões, havia lápis coloridos, um apontador, uma lapiseira cromada, uma régua de 20 cm e uma
borracha para apagar meus erros.

     […] Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que nunca esqueci e que me tonteava de prazer. […]

     O notebook que agora abro é negro e, em matéria de cheiro, é abominável. Cheira vilmente a telefone celular,
a cabine de avião, a aparelho de ultrassonografia onde outro dia uma moça veio ver como sou por dentro. Acho
que piorei de estojo e de vida.

15No texto, há marcas da função da linguagem que nele predomina. Essas marcas são responsáveis por
colocar em foco o(a)
a) mensagem, elevando-a à categoria de objeto estético do mundo das artes.
b) código, transformando a linguagem utilizada no texto na própria temática abordada.
c) contexto, fazendo das informações presentes no texto seu aspecto essencial.
d) enunciador, buscando expressar sua atitude em relação ao conteúdo do enunciado.
e) interlocutor, considerando-o responsável pelo direcionamento dado à narrativa pelo enunciador.
16   Os linguistas têm notado a expansão do tratamento informal. “Tenho 78 anos e devia ser tratado
por senhor, mas meusalunosmaisjovensmetratam por você”,dizoprofessor Ataliba Castilho, aparentemente sem
se incomodar com a informalidade, inconcebível em seus tempos de estudante. O você, porém, não reinará
sozinho. O tu predomina em Porto Alegre e convive com o você no Rio de Janeiro e em Recife, enquanto você é
o tratamento predominante em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador. O tu já era mais próximo e
menos formal que você nas quase 500 cartas do acervo on-line de uma instituição universitária, quase todas de
poetas, políticos e outras personalidades do final do século XIX e início do XX.

Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 21 abr. 2015 (adaptado).


16 No texto, constata-se que os usos de pronomes variaram ao longo do tempo e que atualmente têm
empregos diversos pelas regiões do Brasil. Esse processo revela que
a) a escolha de “você” ou de “tu” está condicionada à idade da pessoa que usa o pronome.
b) a possibilidade de se usar tanto “tu” quanto “você” caracteriza a diversidade da língua.
c) o pronome “tu” tem sido empregado em situações informais por todo o país.
d) a ocorrência simultânea de “tu” e de “você” evidencia a inexistência da distinção entre níveis de
formalidade.
e) o emprego de “você”em documentos escritos demonstra que a língua tende a se manter inalterada.

A Bela e a Fera

Uma bela atriz reaparece em um famoso programa de auditório. Os telespectadores vibram com os olhos da
musa, que responde às perguntas do apresentador.

Como está o seu relacionamento com a imprensa?, pergunta a fera. Há repórteres bons e maus. Eu prefiro
muito mais me lembrar das pessoas sérias do que das outras.

(Luis Carlos Rocha. Norma culta escrita: tentativa de caracterização.)

17 O uso que a atriz fez do verbo preferir

a) apresenta uma regência permitida na língua falada.


b) é um erro que não se deve considerar, dada a importância da atriz.
c) não é justificável em uma entrevista, na qual o uso da norma padrão pode ser menos rigoroso.
d) não representa um problema, segundo a norma padrão escrita.

18 Leia o texto a seguir para responder a questão


Disponível em http://www.chargeonline.com.br/. Acesso em 23 set. 2017

Com base na leitura da charge supracitada, bem como de seus conhecimentos acerca da variação linguística do
Português brasileiro, avalie as proposições a seguir:
I) A língua é entidade imutável, homogênea, cabendo aos falantes atender à norma padrão culta. II) Toda língua
é um conjunto diversificado, porque as sociedades humanas têm experiências históricas, sociais, culturais e
políticas diferentes e essas experiências se refletirão no comportamento linguístico de seus membros. III) As
variações (sintáticas e lexicais) são inerentes à fala e à escrita de pessoas pouco escolarizadas. IV) A aceitação
ou não de certas formas linguísticas por parte da comunidade falante está relacionada com o significado social
que lhe é imposto pelo grupo que as usam essa variante.
A partir da análise é correto considerar que:
a) Somente a alternativa II está correta.
b) Somente a alternativas III está correta.
c) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
d) Somente as alternativas II e III estão corretas.
19 Seja eu,

Seja eu

Deixa que eu seja eu.

E aceita

O que seja seu.

Então deita e aceita eu.

Molha eu,

Seca eu,

Deixa que eu seja o céu.

E receba

O que seja seu.

Anoiteça e amanheça eu.

ANTUNES, A.; LINDSAY, A.; MONTE, M. Mais. Rio de Janeiro: EMI-Odeon, 1991 (fragmento).
19 Nos trechos “Então deita e aceita eu/ Molha eu,/ Seca eu”, nota-se aspectos de uma variedade linguística
que foi utilizada na canção como recurso para caracterizar um(a

a) argumento em favor do amor entre duas pessoas.


b) forma carinhosa típica de relações afetivas.
c) ordem para que se deixe alguém em paz.
d) pedido para que se mantenha algo em ordem.

    O coronel recusou a sopa.

    — Que é isso, Juca? Está doente?

    O coronel coçou o queixo. Revirou os olhos. Quebrou um palito. Deu um estalo com a língua.

    — Que é que você tem, homem de Deus?

    O coronel não disse nada. Tirou uma carta do bolso de dentro. Pôs os óculos. Começou a ler:

    — Exmo. Snr. Coronel Juca.

    — De quem é?

    — Do administrador da Santa Inácia.

    — Já sei. Geada?

    — Escute. Exmo. Snr. Coronel Juca. Respeitosas Saudações. Em primeiro lugar Saudo-vos. V.Ecia. e D.
Nequinha. Coronel venho por meio desta respeitosamente comunicar para V. E. que o cafezal novo agradeceu
bastante as chuvarada desta semana. E tal e tal e tal. Me acho doente diversos incômodos divido o serviço.

    — Coitado.

MACHADO, A. A. Notas biográficas do novo deputado. In: OLIVEIRA, N. Histórias de imigrantes. São Paulo:
Scipione, 2007 (adaptado).

20 Os trechos em itálico no texto sinalizam o que foi escrito pelo remetente da carta. Embora o personagem
administrador da Santa Inácia inicie o recado na norma-padrão, em outros momentos usa “as chuvarada” (sem
o “s” de plural), “divido o” em lugar de “devido ao”, demonstrando
a) aproximar a linguagem ao entendimento do coronel.
b) ajustar os termos ao contexto de interlocução.
c) ser acessível à situação informal de comunicação.
d) ter dificuldades no domínio dessa variante.

21
AMARILDO. Charge. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016
21 A fala da mãe do menino, no último quadrinho, revela o uso de uma variação linguística conhecida como
a) diatópica, isto é, própria de determinada região do país.
b) diafásica, ou seja, estabelecida pelo contexto comunicativo.
c) jargão, que é uma variante ligada à área profissional em que atua o falante.
d) gíria, o equivalente a um linguajar específico de determinados grupos sociais.
e) histórica, uma vez que é reveladora de mudanças ocorridas ao longo do tempo.
22 A defesa da língua O jornalista Eduardo Martins, colaborador de Agitação e autor do Manual de
Redação do jornal O Estado de S. Paulo, foi o convidado de honra do almoço realizado no dia 31 de agosto, em
São Paulo, pelas academias Paulista de Letras, Cristã de Letras, Internacional de Direito Econômico, Paulista de
Educação, de Medicina de São Paulo e Paulista de História. O evento faz parte do calendário mensal das
academias e sempre conta com uma personalidade para falar sobre temas atuais ligados à educação e à
literatura. Martins abordou os vícios que castigam a língua portuguesa. Os mais comuns, de acordo com o
jornalista, são o descaso com a concordância – principalmente no caso do plural –, o uso de estrangeirismos, a
utilização errônea da crase e o internetês, a linguagem cifrada adotada pelos jovens na rede mundial de
computadores e que começa a migrar para as lições escolares. Agitação, n. 65, set.-out. 2005.

22 A língua portuguesa, como toda língua viva, agrega ao longo de seu desenvolvimento histórico elementos
que marcam variações em seu sistema. Entretanto, algumas pessoas veem tais variações como “erros”.
Percebe-se que o jornalista citado tem esse pensamento, pois, segundo a notícia, ele
a) preocupa-se com assuntos relativos à literatura brasileira para proteger a língua.
b) vê o uso da linguagem abreviada da internet como danoso a nossa língua.
c) entende que na escola não se ensina os alunos a empregar corretamente a crase.
d) defende a língua portuguesa de males que podem vir a destruí-la futuramente.

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