EEEIFM PROF ANTONIO GOMES MOREIRA JUNIOR Apostila: 1
DIRETORA: Marlúcia Lagoia de Sousa
PROFESSORA: Larissa Almeida ALUNO (A): ___________________________________________ servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função da linguagem Atividades cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a 1. (UFV-2005) Leia as passagens abaixo, alternativa que explicita essa função. extraídas de São Bernardo, de Graciliano a) Função emotiva Ramos: b) Função referencial I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha c) Função fática terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo d) Função conativa planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, e) Função poética onde trabalhei, no eito, com salário de 3. Leia o texto. Felicidade Clandestina cinco tostões. (Fragmento) Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que arruivados. Tinha um busto enorme, ali estava aboletado desde meio-dia, enquanto nós todas ainda éramos tomava café e conversava, bastante achatadas. Como se não bastasse, enchia satisfeito. os dois bolsos da blusa, por cima do busto, III. João Nogueira queria o romance em com balas. Mas possuía o que qualquer língua de Camões, com períodos formados criança devoradora de histórias gostaria de de trás para diante. ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para IV. Já viram como perdemos tempo em aniversário, em vez de pelo menos um padecimentos inúteis? Não era melhor que livrinho barato, ela nos entregava em mãos fôssemos como os bois? Bois com um cartão-postal da loja do pai. Ainda por inteligência. Haverá estupidez maior que cima era de paisagem do Recife mesmo, atormentar-se um vivente por gosto? Será? onde morávamos, com suas pontes mais do Não será? Para que isso? Procurar que vistas. Atrás escrevia com letra dissabores! Será? Não será? bordadíssima palavras como “data V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu natalícia” e “saudade”. Mas que talento Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, tinha para a crueldade. Ela toda era pura seu Paulo. A gente discute, briga, trata de vingança, chupando balas com barulho. negócios naturalmente, mas arranjar Como essa menina devia nos odiar, nós que palavras com tinta é outra coisa. Se eu éramos imperdoavelmente bonitinhas, fosse escrever como falo, ninguém me lia. esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu Assinale a alternativa em que ambas as sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem passagens demonstram o exercício de notava as humilhações a que ela me metalinguagem em São Bernardo: submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. [...] a) III e V. Disponível em: b) I e II. http://pt.scribd.com/doc/4817302/Clarice- c) I e IV. Lispector-Felicidade-Clandestina-E-Outros- d) III e IV. Contos. Considerando-se a linguagem e) II e V. utilizada nesse texto, conclui-se que a 2. Observe a seguinte afirmação feita pelo função de linguagem predominante é a autor: “Em nossa civilização apressada, o a) conativa ou apelativa. “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam b) emotiva ou expressiva. para engatar conversa. Qualquer assunto c) fática. d) metalinguística. e) narração 4. Leia o texto: “A outra grande escola da Geografia, que se opõe às colocações de Ratzel, vai ser eminentemente francesa, e tem seu principal formulador em Paul Vidal de La Blache. Para compreender o processo de eclosão do pensamento geográfico na França, é necessário enfocar os traços gerais do desenvolvimento histórico francês no século XIX” (p. 61). 5. Observe, ao lado, esta gravura de Escher: Na “A França foi o país que realizou, de forma linguagem verbal, exemplos de aproveitamento mais pura, uma revolução burguesa. Ali, os de recursos equivalentes aos da gravura de Escher resquícios feudais foram totalmente encontram-se, com frequência, varridos, a burguesia instalou seu governo, a) nos jornais, quando o repórter registra uma dando ao Estado a feição que mais atendia ocorrência que lhe parece extremamente a seus interesses (...)” (p. 61-2). intrigante. “O caráter revolucionário da via de desenvolvimento do capitalismo, na b) nos textos publicitários, quando se comparam França, ampliou a representação e o dois produtos que têm a mesma utilidade. espaço da ação política. Trouxe, para a arena política, as camadas populares da c) na prosa científica, quando o autor descreve sociedade (...)” (p. 62). com isenção e distanciamento a experiência de “Forjou-se uma ideologia da defesa das que trata. liberdades formais, porém subjugada à d) na literatura, quando o escritor se vale das ordem. Tentou-se apresentar a palavras para expor procedimentos construtivos instabilidade política e os golpes de Estado, do discurso. sob uma auréola de legalidade. A França foi o país que demonstrou, de modo mais e) nos manuais de instrução, quando se organiza claro, as etapas de avanço, domínio e com clareza uma determinada sequência de consolidação da sociedade burguesa (...)” operações. (p. 63). Professor MORAES, Antônio Carlos Roberto. 6. Observe a imagem a seguir: Geografia: pequena história crítica. 5ª ed. São Paulo: Hulitel, 1981. Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/trabalhosacademicos/ 2402391>. Acesso em: 25 fev. 2011. Fragmento. Considerando-se a linguagem utilizada nesse texto, conclui-se que a função da linguagem predominante é: a) apelativa ou conotativa. b) emotiva ou expressiva. c) fática. Conclui-se que a função da linguagem d) metalinguística. predominante é: e) referencial. a) apelativa ou conotativa. b) emotiva ou expressiva. c) fática. d) metalinguística. e) referencial. 7. (Ibmec-2006) Stanislaw Ponte Preta, Carlos Heitor Cony. E pensava, adolescentemente: quando eu Me devolva o Neruda (que você nem leu) crescer, vou ser cronista. Bem ou mal, consegui meu espaço. E Quando o Chico Buarque escreveu o verso agora, ao pedir de volta o livro chileno, fico acima, ainda não tinha o “que você nem pensando em como eu me sentiria se, um leu”. A palavra Neruda - prêmio Nobel, dia, um desses aí acima escrevesse que iria chileno, de esquerda - era proibida no dar um tempo. Eu matava o cara! Isso não Brasil. Na sala da Censura Federal o nosso se faz com o leitor (desculpe, minha amiga, poeta negociou a proibição. E a música foi não estou me colocando no mesmo nível liberada quando ele acrescentou o “que deles, não!) você nem leu”, pois ficava parecendo que E deixo aqui uns versinhos do Neruda para ninguém dava bola para o Neruda no Brasil. as minhas leitoras de 30 e 40 anos (e para Como eram burros os censores da ditadura todas): militar! E coloca burro nisso!!! Mas a frase Escuchas otras voces en mi voz dolorida me veio à cabeça agora, porque eu gosto Llanto de viejas bocas, sangre de viejas demais dela. Imagine a cena. No meio de súplicas, Amame, compañera. No me uma separação, um dos cônjuges (me abandones. Sigueme, Sigueme, compañera, desculpe a palavra) me solta esta: me en esa ola de angústia. Pero se van tiñendo devolva o Neruda que você nem leu! Pense con tu amor mis palabras Todo lo ocupas nisso. tú, todo lo ocupas Voy haciendo de todas Pois eu pensei exatamente nisso quando un collar infinito comecei a escrever esta crônica, que não Para tus blancas manos, suaves como tem nada a ver com o Chico, nem com o lasuvas. Neruda e, muito menos, com os militares. Desculpe o mau jeito: tchau! É que eu estou aqui para dizer um tchau. (Prata, Mario. Revista Época. São Paulo. Editora Um tchau breve porque, se me aceitarem - Globo, Nº - 324, 02 de agosto de 2004, p. 99)
você e o diretor da revista -, eu volto daqui Relacione os fragmentos abaixo às funções
a dois anos. Vou até ali escrever uma da linguagem predominantes e assinale a novela na Globo (o patrão vai continuar o alternativa correta: mesmo) e depois eu volto. I - “Imagine a cena”. Esperando que você já tenha lido o Neruda. II - “Sou um homem de sorte”. Mas aí você vai dizer assim: pó, escrever III - “O que é uma crônica? Uma página e duas crônicas por mês, fora a novela, o cara meia. Portanto, três páginas por mês e o não consegue? O que é uma crônica? Uma cara me vem com esse papo de Neruda?”. página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo de a) Emotiva, poética e metalingüística, Neruda? respectivamente. Preguiçoso, no mínimo. b) Fática, emotiva e metalingüística, Quando faço umas palestras por aí, sempre respectivamente. me perguntam o que é necessário para se c) Metalingüística, fática e apelativa, tornar um escritor. E eu sempre respondo: respectivamente. talento e sorte. Entre os 10 e 20 anos, d) Apelativa, emotiva e metalingüística, recebia na minha casa O Cruzeiro, respectivamente. Manchete e o jornal Última Hora. E lá e) Poética, fática e apelativa, dentro eu lia (me invejem): Paulo Mendes respectivamente. Campos, Rubem Braga, Fernando Sabino, Millôr Fernandes, Nelson Rodrigues, divide em unidades menores chamadas 8. (Enem-2014) ecossistemas, que podem ser uma tem Há o hipotrélico. O termo é novo, de múltiplos mecanismos que regulam o impensada origem e ainda sem definição número de organismos dentro dele, que lhe apanhe em todas as pétalas o controlando sua reprodução, crescimento e significado. Sabe-se, só, que vem do bom migrações. português. Para a prática, tome-se DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: hipotrélico querendo dizer: antipodático, Companhia das Letras, 1995.
sengraçante imprizido; ou talvez, vicedito: Predomina no texto a função da linguagem:
indivíduo pedante, importuno agudo, falta a) emotiva, porque o autor expressa seu de respeito para com a opinião alheia. Sob sentimento em relação à ecologia. mais que, tratando-se de palavra b) fática, porque o texto testa o inventada, e, como adiante se verá, funcionamento do canal de comunicação. embirrando o hipotrélico em não tolerar c) poética, porque o texto chama a atenção neologismos, começa ele por se negar para os recursos de linguagem. nominalmente a própria existência. d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. (ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de e) referencial, porque o texto trata de Janeiro: Nova Fronteira, 2001) (fragmento). noções e informações conceituais.
Nesse trecho de uma obra de Guimarães
Rosa, depreende-se a predominância de 10. Conclui-se que a função da linguagem uma das funções da predominante é:
a) metalinguística, pois o trecho tem como
propósito essencial usar a língua portuguesa para explicar a própria língua, por isso a utilização de vários sinônimos e definições. b) referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa. c) fática, pois o trecho apresenta clara a) apelativa ou conotativa. tentativa de estabelecimento de conexão b) emotiva ou expressiva. com o leitor, por isso o emprego dos c) poética termos “sabe-se lá” e “tome-se d) metalinguística. hipotrélico”. e) referencial. d) poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas, necessária para textos em prosa, por isso o emprego de “hipotrélico”. e) expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de dúvida “talvez” 9.(Enem-2010) A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se