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MATÉRIA DO 2º SEMESTRE
REALISMO/NATURALISMO:
1- MACHADO DE ASSIS
2- ALUÍSIO AZEVEDO
3- EÇA DE QUEIRÓS
PARNASIANISMO:
4- OLAVO BILAC
5- RAIMUNDO CORREIA
SIMBOLISMO:
6- CRUZ E SOUSA
7- ALPHONSUS DE GUIMARAENS
PRÉ-MODERNISMO:
VANGUARDAS EUROPEIAS
MODERNISMO:
EXERCÍCIOS
1- Leia os poemas.
I. Manuel Bandeira
(...)
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
(...)
3- Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima
Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum:
6- Baleia
A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pelo caíra-lhe em vários
pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e
sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-
lhe a comida e a bebida.
5
Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princípio de hidrofobia e
amarrara-lhe no pescoço um rosário de sabugos de milho queimados. Mas Baleia, sempre
de mal a pior, roçava-se nas estacas do curral ou metia-se no mato, impaciente, enxotava
os mosquitos sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na
base, cheia de moscas, semelhante a uma cauda de cascavel.
[...]
(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 82ª ed. São Paulo: Record, 2001, p. 85.)
No texto, o autor faz um retrato da cachorra Baleia: apreendendo os elementos em uma ordem
coerente, caracteriza-os objetivamente, para transmitir sentimento.
8- Leia:
Torce, aprimora, alteia1, lima
A frase: e, enfim
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim2.
Vocabulário:
1
alteia: torna mais alto, mais sublime
2
rubim: o mesmo que rubi, pedra preciosa de cor vermelha
3
ourives: que trabalha com ouro
Sobre o poema acima, pode-se deduzir que o ideal da forma literária parnasiana é:
a) a aliteração.
b) a perfeição formal.
c) o verso livre
d) o refrão (ou estribilho).
e) o verso branco.
9- Para responder à questão, leia o trecho seguinte, extraído de O Primo Basílio, de Eça de
Queirós.
Bom Deus, Luiza começava a estar menos comovida ao pé do seu amante, do que ao pé do seu
marido! Um beijo de Jorge perturbava-a mais, e viviam juntos havia três anos! Nunca se secara
ao pé de Jorge, nunca! E secava-se positivamente ao pé de Basílio! Basílio, no fim, o que se
tornara para ela? Era como um marido pouco amado, que ia amar fora de casa! Mas então valia
a pena?
Onde estava o defeito? No amor mesmo talvez! Porque enfim, ela e Basílio estavam nas
condições melhores para obterem uma felicidade excepcional: eram novos, cercava-os o
mistério, excitava-os a dificuldade... Por que era então que quase bocejavam? É que o amor é
essencialmente perecível, e na hora em que nasce começa a morrer. Só os começos são bons. Há
então um delírio, um entusiasmo, um bocadinho do céu. Mas depois! ... Seria, pois, necessário
estar sempre a começar, para poder sempre sentir? E, pela lógica tortuosa dos amores ilegítimos,
o seu primeiro amante fazia-a vagamente pensar no segundo!
No trecho, o amor é visto, predominantemente, como um sentimento
a) eterno, pois Luiza não deixa de amar seu marido, Jorge, apesar da distância que os separa.
b) passageiro e frágil, pois, para Luzia, “Só os começos são bons”.
c) intenso, pois Luiza se mostra profundamente dividida entre o amor de Basílio e Jorge.
d) terno e carinhoso, como se pode notar na boa lembrança que Luiza tem do beijo de Jorge.
e) sofrido, pois Luiza e Jorge sofrem por se amar demais e por não poderem ficar juntos.
Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o
poeta
a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.
b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar
de amor.
c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.
d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto
na tristeza.
e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem
ao amor.
(...) desde que Jerônimo propendeu para ela, fascinando-a com a sua tranquila seriedade
de animal bom e forte, o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de apuração, e Rita
preferiu no europeu o macho de raça superior. O cavouqueiro, pelo seu lado, cedendo às
imposições mesológicas, enfarava a esposa, sua congênere, e queria a mulata, porque a
mulata era o prazer, a volúpia, era o fruto dourado e acre destes sertões americanos, onde
a alma de Jerônimo aprendeu lascívias de macaco e onde seu corpo porejou o cheiro sensual
dos bodes.
O costume de ver todo dia esta gente na sua degradação me habituava com a sua desgraça.
Nunca, menino, tive pena deles. Achava muito natural que vivessem dormindo em chiqueiros,
comendo um nada, trabalhando como burros de carga. A minha compreensão da vida fazia-me
ver nisto uma obra de Deus. Eles nasceram assim porque Deus quisera, e porque Deus quisera
nós éramos brancos e mandávamos neles. Mandávamos também nos bois, nos burros, nos
matos.
a) Aponte uma característica da forma parnasiano- simbolista mantida por Augusto dos
Anjos.
b) Augusto dos Anjos e os simbolistas dão o mesmo tratamento à MORTE? Explique.
O Pastor Pianista
a) O poema apresenta uma cena com elementos estranhos ao real, que remetem ao
universo dos sonhos. Que cena é essa?
b) A que vanguarda europeia do início do século XX podemos filiar esses versos?
15- O Futurismo em Fernando Pessoa (Álvaro de Campos):
ODE TRIUNFAL
16- No capítulo 31 de Dom Casmurro, encontra-se o seguinte fragmento: “Se não estudou
latim com o Padre Cabral foi porque o padre, depois de lhe propor gracejando, acabou
dizendo que latim não era língua de meninas. Capitu confessou-me um dia que esta
razão acendeu nela o desejo de o saber.”
Esse trecho ilustra modos de pensar distintos sobre a educação da mulher no século
XIX. Analise os pontos de vista de Padre Cabral e de Capitu sobre isso.
“Vilela não lhe respondeu; tinha as feições decompostas; fez-lhe sinal, e foram para
uma saleta interior. Entrando, Camilo não pôde sufocar um grito de terror: ao fundo,
sobre o canapé, estava Rita morta e ensanguentada. Vilela pegou-o pela gola, e, com
dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão.”
Por esse motivo, este quadro tem também um significado político e funciona como uma crítica
à devastação causada pelas forças nazistas aliadas com o ditador espanhol Franco. Outra
possível interpretação indica que o quadro Guernica funciona como um símbolo de paz ou
antiguerra.
Depois de ter sido terminado (demorou aproximadamente um mês a ser concluído), o quadro
fez uma digressão pelo mundo, tendo ficado globalmente conhecido e atraindo a atenção do
resto do mundo para a Guerra Civil Espanhola.
A que vanguarda a obra Guernica, de Pablo Picasso, está vinculada? Cite pelo menos uma
característica desse movimento.
Por que foi dito que Fernando Pessoa come por quatro?