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ÍNDICE

Introdução............................................................................................................................ 01

A Definição............................................................................................................................02

Como definir um Conceito...................................................................................................02

Tipos ou Espécies de Definição...........................................................................................03

Tipos de subtipos de definição............................................................................................03

Regras de definição..............................................................................................................04

Os Indefiniveis( Será que todos os conceitos são definíveis?) ........................................06

Conclusão............................................................................................................................. 08

Referência Bibliografia..........................................................................................................09


INTRODUÇÃO

O presente trabalho de investigação da disciplina de Filosofia aborda acerca da


Definição, em destaque abordamos em torno de Como definir um Conceito?; Tipos ou
espécies de Definição; Regras de Definição e os demais sub-pontos que dizem respeito
ao conteúdo da Definição. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo avaliar
criticamente as condições ( regras) de uma definição; e nesta ordem de ideia analisar
as regras da definição e os termos não Indefiniveis.

Assim, Definir um conceito é indicar os seus limites de modo a não se confundir com
os demais conceitos. Neste sentido, a definição é a operação lógica que consiste em
determinar com rigor a compreensão exacta de um conceito; é a explicitação e a
especificação do seu significado.

Para que uma definição seja considerada logicamente correta, isto é, que delimite sem
ambiguidade o conjunto de objectos designado pelo termo a definir, deve obedecer
incondicionalmente às regas, que no desenvolvimento do trabalho ilustraremos. O
conhecimento e a aplicação de tais regras permitem construir definições que exprimem
com precisão e clareza todas as qualidades essenciais da classe ou conjunto
designado pelo termo a definir.

Ordem de Apresentação.

1° Jonasse Macheca

2° Faduk Oliveira

3° Ashanty Mirela Rêgo

4° Ângela Antônio

5° Amisse Atumane

6° Menalesta Fernando

7° Ivan Luís


A definição

Etmologicamente, a palavra << Definir >> provém do latim << definire >> que significa
delimitar ou colocar limites.

Assim, Definir um conceito é indicar os seus limites de modo a não se confundir com
os demais conceitos. Neste sentido, a definição é a operação lógica que consiste em
determinar com rigor a compreensão exacta de um conceito; é a explicitação e a
especificação do seu significado.

Por exemplo, definir << gato >> é evidenciar ou determinar de forma e gostosa as
características que o identificam ( ser animal que mia), distinguindo-o, deste modo, de
outros.

Como definir um Conceito?

Em geral, a definição de um conceito faz-se enumerando as qualidades essenciais, para


que a sua noção seja tão clara e precisa que, sabendo com exactidão o que ele é, o
distingamos com nitidez do que ele não é.

Por isso, temos de indicar o gênero mais próximo (o que há de comum) do conceito
pretendemos definir e a sua diferença específica (o que lhe é próprio), pela qual se
distingue uma dada espécie das outras do mesmo gênero.

Observemos atentamente a definição que se segue :

O Homem é um animal racional

Definido Gênero Diferença

( ou espécie) próximo específica


Tipos ou Espécies de Definição

Se observarmos com muita atenção a definição anteriormente apresentada,


constataremos que a definição, como operação lógica, nos obriga a fazer uma selecção
de predicados e uma abstração de certos atributos ou qualidades dos objectos.

Todavia, pode colocar-se a questão de critérios de selecção: Com que critérios


selecionamos? Com que critérios abstraimos?

A resposta de critério de selecção os abstração leva- nos a verificação da existência de


diferentes critérios e, sendo assim, de diferentes espécies de definições.

Tipos de subtipos de definição

Tipos Subtipos Características

Que se faz indicando as notas essenciais: gênero próximo e


diferença específica.Por exemplo:
Essencial
ou Triângulo é um polígono de três lados
Real
metafísica
Maputo é a Capital de Moçambique
(Dá-nos as
propriedades ou Faz se pela enumeração das características físicas
qualidades reais relevantes e significativas.Por exemplo:
do objecto que o
conceito A água é um líquido transparente, incolor, insípido e inodoro
Descritiva
representa) que entra em ebulição a cem graus Centígrados.

O núcleo é a região central do átomo, muito pequena, onde


está concentrada a massa do átomo e onde se encontram
partículas elementares da carga positiva.

Que definem o objecto mediante a sua finalidade. Por


exemplo:
Final
A faca é um instrumento que serve para cortar as coisas

A balança é o aparelho que serve para avaliar a massa de um


corpo.

Consiste em definir um conceito procedendo a sua avaliação


e classificação. Por exemplo:

Operacional A idade mental é a medida da inteligência calculada por


teste.

O ácido é um composto aquoso que avermelha o papel azul


de torneso.

Esclarece o sentido da palavra a <<definir>>, pelo recurso a


origem, isto é, aí étmo da palavra. Por exemplo:
Etmológica
A geografia é o estudo da terra.
Nominal
A Filosofia é o amor do (pelo) saber.
( Resulta da
análise Que se faz recorrendo a outra palavra com o mesmo
etmológica de significado. Por exemplo:
uma palavra ou Sinonímica
conceito) Uma cama é o leito

O cárcere é uma prisão

Define o significado que se atribuiu convencionalmente à


palavra. Por exemplo:

Água---- H2O.
Estipulativa
A força é o produto da massa pela aceleração.

Q.I. é a idade mental a dividir pela idade cronológica.

Regras de definição

Para que uma definição seja considerada logicamente correta, isto é, que delimite sem
ambiguidade o conjunto de objectos designado pelo termo a definir, deve obedecer
incondicionalmente às regas que a seguir apresentaremos. O conhecimento e a
aplicação de tais regras permitem construir definições que exprimem com precisão e
clareza todas as qualidades essenciais da classe ou conjunto designado pelo termo a
definir. Vejamos, então, tais regras.


 A definição deve aplicar-se a todo o definido e só ao definido

A definição poderá convir só ao definido se ela não for muito restrita nem muito ampla,
o que poderá permitir a sua reciprocidade. Por outras palavras, uma definição é valida
quando aquilo que se atribui ao sujeito pertence só e só a ele. É o que podemos
verificar no exemplo seguinte:

O gato é um animal que mia.

Nesta definição, atribuímos ao sujeito << gato >> dois predicados lógicos: o de <<
animal >> por lado, e o de << miar >>, por outro.

Como se pode depreender, ser animal que mia é característica, ou, se assim quisermos,
que pertence aos gatos é só a eles. Por isso mesmo, atribuímos ao sujeito gato
características que só a ele pertence e, por isso mesmo, só ao gato convém.

Desta feita cumpre-se a exigência de reciprocidade. Dado que se atribui ao sujeito, a ele
sujeito pelo pertence, podemos conveter a definição << o gato é animal que mia>>, isto
é, trocar o sujeito pelo predicado, sem que a vericidade da definição convertida se
altere. Na verdade, dizer << o gato é um animal que mia>>, é o mesmo que dizer <<o
animal que mia é gato>>. Mas se o definissemos o gato como animal mamífero de
quatro patas a nossa definição estaria incorreta, por ser muito ampla, facto que não
permite a reciprocidade.

Sendo asim, a definição não pode ser nem ampla n muito restrita de mais. Se for ampla
de mais, estaras a abranger seres ou objectos que não estão a ser definidos; se for
restrita ou breve de mais, poderá excluir alguns elementos pertencentes, a extensão do
processo vá definir não possibilitando a reciprocidade.

 A definiçao não deve ser circular ou o termo a definir não deve constar na
definição (regra da não circularidade).

A não circularidade da definição permite que ela seja mais clara do que o definido Na
definição, aquilo que atribuímos ao sujeito deve acrescentar algo ao seu conceito, quer
dizer, a definição não deve conter o termo a definir, nem termos da mesma família. Pelo
contrário a nossa definição será circular ( círculo vicioso). Vejamos alguns exemplos:

Quando um aluno, interpelado pelo professor, diz << O homem é um ser humano>>; <<O
cilindro é uma figura cilíndrica >>; << Saboroso é aquilo que cortem sabor >>; este
apenas está a repetir por outros termos ou palavras aquilo que pretende dizer. Nestas


definições, o definido está contido, isto é, entra na definição, daí a circularidade. Pois
dizer que << O cilindros é uma figura cilíndrica >> é o mesmo que o Cilindro é cilindro.

Estaremos a violar, de igual modo, está regra de não-circularidade ao difinirmos


qualquer que seja o conceito recorrendo ao seu oposto. Por exemplo, << Doce é algo
que não amarga>>; << Cumprido é o que não é curto>>; << Direito é o que não está
torto>>

 A definição não deve ser negativa quando pode ser afirmativa

Está regra exceptua as definições de conceitos ou termos que são, na essências,


negativos, conceito ou termos esses que designam negação. Nesses casos a
definição pode ser necessariamente negativa. É por isso que se diz que << Órfão é o ser
humano que não tem nem pai nem mãe; Cego é aquele que não vê e mudo é aquele que
não fala >>.

 A definição não deve ser expressa em termos figurativos ou metafóricos

Se definir uma coisa é explicar o seu sentido dizendo oque ela é, obviamente não
devemos forma alguma recorrer, numa definição, a linguagem figurativa, pois a
linguagem figurada ou metafórica não nos dá com precisão e clareza o significado do
termo a definir. Por isso, temos de evitar construir definições como as que se seguem:
<< A beleza é o espelho da eternidade>>; << O amor é fogo que arde sem se ver >>; << O
atletismo é a Victória do povo Moçambicano >>.

Os Indefiniveis

Será que todos os conceitos são definíveis?

Como acabamos de ver, definir um conceito é explica-lo, é transforma-lo de obscuro a


claro por forma que se possa distinguir dos outros; acabamos também de ver que em
geral a definição faz-se indicando do seu gênero mais próximo e a sua diferença
específica. Entretanto, nem sempre isso é possível; por outras palavras, nem todos os
conceitos são definíveis. Assim, os conceitos considerados Indefiniveis são agrupados
em três espécies. Vejamos:


 Gêneros Supremos

Se todo a definição começa pela inclusão do termos a definir ( espécie) no seu gênero
mais próximo, os géneros supremos são Indefiniveis por excesso de extensão, daí não
possuírem os seus géneros mais próximo por onde se passam incluir. Um exemplo
disso é o conceito de << ser >>.

 Indivíduos

Se os géneros supremos são indifiniveis por excesso de extensão, os indivíduos são


indifiniveis por excesso de compreensão. Em virtude disso, tornar- se muito deficil,
senão impossível, descobrir num indivíduo uma característica ( a diferença específica)
que seja suficiente para distinguir dos outros indivíduos conhecidos ou por conhecer.
Sendo assim, os indivíduos só podem ser nomeados ( Mataka, Adija, Mukapere, etc.) ou
descritos ( claro, alto, gordo, de olhos castanhos, de cabelo preto, etc.).

 Dados imediatos da experiência

Os dados imediatos da experiência são por se só claríssimos, não havendo, por isso,
nenhuma definição que possa clarificá-los ainda mais. Por outras palavras, se
difinirmos um conceitos ou termos é clarificá-los por meio de outros conceitos ou
termos, então, dada a sua clareza imediata e intuitiva, não é possível obter dos dados
imediatos da experiência uma definição que os torne mais claros ainda.

Nenhuma definição do << prazer>> ou << dor>>; << armagura>> ou << doçura>> nos
tornaria mais claro oque a experiência sobre eles nos diz. Por isso, compreender
melhor o que é << prazer >> ou << dor >>; << armagura >> ou << doçura >> quem
alguma vez teve essas experiências do que aquele que ainda não as teve.


CONCLUSÃO

Chegando a conclusão do presente trabalho de investigação da disciplina de Filosofia


concluímos que a definição de um conceito faz-se enumerando as qualidades
essenciais, para que a sua noção seja tão clara e precisa que, sabendo com exactidão
o que ele é, o distingamos com nitidez do que ele não é. Por isso, temos de indicar o
gênero mais próximo (o que há de comum) do conceito pretendemos definir e a sua
diferença específica (o que lhe é próprio), pela qual se distingue uma dada espécie das
outras do mesmo gênero.

Para que uma definição seja considerada logicamente correta, isto é, que delimite sem
ambiguidade o conjunto de objectos designado pelo termo a definir, deve obedecer
incondicionalmente às seguintes regras :

A definição deve aplicar-se a todo o definido e só ao definido: a definição poderá convir


só ao definido se ela não for muito restrita nem muito ampla, o que poderá permitir a
sua reciprocidade;

A definiçao não deve ser circular ou o termo a definir nao deve constat na definição
(regra da não circularidade): a não circularidade da definição permite que ela seja mais
clara do que o definido na definição, aquilo que atribuímos ao sujeito deve acrescentar
algo ao seu conceito, quer dizer, a definição não deve conter o termo a definir, nem
termos da mesma família;

A definição não deve ser negativa quando pode ser afirmativa: está regra exceptua as
definições de conceitos ou termos que são, na essências, negativos, conceito ou
termos esses que designam negação;

A definição não deve ser expressa em termos figurativos ou metafóricos: se definir


uma coisa é explicar o seu sentido dizendo oque ela é, obviamente não devemos
forma alguma recorrer, numa definição, a linguagem figurativa, pois a linguagem
figurada ou metafórica não nos dá com precisão e clareza o significado do termo a
definir


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BIRIATE, Manuel e GEQUE Eduardo, Pré-Universitário – Filosofia 11, Ed. Longman


Moçambique,1.ª Edição, Maputo, 2010.

ABRUNHOSA, Maria António e LEITÃO, Miguel, Um outro olhar sobre o mundo:


introdução à filosofia,10º ano. - 2ª ed. - Porto: Asa, 2003.

VICENTE, Neves, Razão e diálogo : filosofia, 10º ano, Porto Editora, 1ª ed., Porto, 2006.

VICENTE, Neves e LOURENÇO, Vieira, Do Vivido ao Pensado - Filosofia 10º ano, Porto
Editora,Porto, 2006.

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