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Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução.........................................................................................................................................5
Vocação e individualismo..............................................................................................................10
A concepção de vocação................................................................................................................13
Conclusão.......................................................................................................................................15
Referências bibliográficas..............................................................................................................16
Introdução
O presente trabalho é da Cadeira de Ética Profissional, recomendado pela Universidade
Católica de Moçambique que aborda sobre a importância da Vocação em Prol do
sucesso Profissional, o trabalho foi desenvolvido em formato de trabalho de campo.
A vocação não tem apenas o carácter de conformidade que tinha em Lutero, mas é
também vista como um mandamento divino.
Objectivo Geral:
Compreender a importância da Vocação em Prol do sucesso Profissional;
Objectivos Específicos:
Para o alcance dos objectivos acima, foi graças a consulta de várias obras bibliográficas
e a parte virtual que é a internet, que consistiu na análise, selecção de conteúdos que
achou-se pertinente para apresentação do trabalho em causa.
A história caminha e Weber rastreia seu passo, e chegando em seu tempo nele
diagnostica o desencantamento fatal do mundo produzido pelo conhecimento científico.
Assim o desencantamento que havia sido produzido até então pela intelectualização
religiosa, dando ao mundo e ao homem um sentido uno e único, passou também pelo
desencantamento, pela intelectualização científica. A ciência assume o papel de
“naturalização” radical do mundo natural. O conhecimento científico é objectivo e não
pode pretender dar sentido ao mundo, (Jamous, 1969).
Ainda tendo como ponto principal de sua discussão, o desencantamento do mundo pela
religião e a formação de uma conduta de vida moderna no seu significado prático,
Weber nos oferece também a possibilidade de discutir o que é vocação em seu tempo e
especificamente, o que é vocação na ciência ou ainda, qual a vocação da ciência. Como
cientista e professor, Weber deixa agora de ser nosso mediador na compreensão dos
conceitos dos reformadores para tornar-se ele mesmo nosso instrutor directo. Antes de
mais nada, sua fala, que é para nós fundamentação teórica para a discussão sobre
vocação, estará sempre pautada na ideia de que a ciência não pode fornecer qualquer
sentido ao mundo. Eis, portanto o primeiro “mandamento” daquele que pretende
assumir o trabalho científico: a ciência é irreligiosa, não dá sentido ao mundo e não é
um caminho para Deus, (Perrusi, 1995).
Cremos que as considerações feitas apresentam-se não como verdades absolutas, já que
isso seria contradizer o que até agora foi dito, mas é inegável, por outro lado, a
actualidade dessas ideias desenvolvidas por Weber. (Romaro, 2006).
Indispensável afirmar a importância de apresentá-las como contribuição à análise do
tema vocação e de toda a preocupação que o envolve, entre os jovens que iniciam um
processo de escolha, ou de adaptação às possibilidades apresentadas pelo mundo das
profissões, (Myerhoff, 1965).
Para Guiliebaud (1999), Identificar o caminho histórico pelo qual tal assunto ganhou
corpo e ter pistas do que isto pode significar, na sociedade capitalista actual, é estar
mais apto, cremos, a não iludir-se diante de modismos ou apresentações parciais da
ideia de cumprimento de vocação como sinónimo de sucesso. Weber nos traz o processo
histórico do conceito de vocação, com rigor científico de quem se impõe a necessidade
de escolher com que verdade quer conviver, e é isto de que se ocupa este texto.
Segundo Foucault (1977), No entanto, não queremos e nem podemos, nos isentar do
fato de que muitos outros factores pesam enormemente sobre os ombros desses que
devem iniciar uma caminhada no mercado de trabalho, já que por condições sócio
económicas absolutamente desiguais, muitos simplesmente não chegarão à discussão
sobre tal tema, pois já estarão excluídos dos bancos escolares, onde tudo deveria estar
começando. O que também não quer dizer que a escola tem sido responsável pela
exclusão, mas que com certeza cabe à ela, ao menos, esta fundamentação teórica para
quem lá estiver e dela necessitar.
Algum talento todo mundo tem. O principal é descobrir qual é o seu e saber usá-lo”.
(Luiz Wever, diretor da empresa Ray & Berndtson no Brasil, especializada em gestão
de talentos). (Souza, 2004).
O mundo real mostra que ele tem razão. As histórias de sucesso profissional em geral
apresentam um enredo parecido. São sagas de alguém que identificou algo que sabe
fazer bem, conseguiu canalizar esse dom para a carreira e, principalmente, descobriu
que essa qualidade estava sendo muito valorizada no mercado de trabalho.
A primeira necessidade tem um peso todo especial, pois a identidade profissional não é
pessoal, e sim colectiva, inscrevendo-se em representações e práticas que dependem,
por sua vez, do contexto no qual estão inseridas e do modo pelo qual são exercidas.
Como toda identidade, teria cinco dimensões, (Parsons, 1968):
Caso tais inferências estejam correctas, todo processo de identificação possui uma
estrutura cognitiva vinculada ao pensamento representacional. Seria através deste último
que o indivíduo designa as modalidades de organização das representações que tem de
si mesmo e das que tem do grupo ao qual pertence. (Myerhoff, 1965).
No caso da identidade profissional, o peso da representação é considerável, pois todo
processo de identificação exige um conhecimento, seja em relação a si mesmo, seja às
actividades inscritas no processo de trabalho; nesse sentido, o processo de identificação
profissional é um ato cognitivo por excelência, utilizando o saber prático e o saber
formalizado, adquirido na formação profissional, para a sua consolidação. (Romaro,
2006).
De acordo com Guiliebaud (1999), ara entender melhor essa questão, precisamos trazer
à tona o pano de fundo de todo esse debate: o crescimento exponencial da individuação
na modernidade.
Vocação e individualismo
Ainda de forma inicial, a noção de vocação. Argumentamos que a vocação faz uma
mediação entre a identidade e o papel social no mundo profissional. Aceitamos a
hipótese de que sentido e função separam-se no desenvolvimento da divisão social do
trabalho e no processo de individuação e que, assim, a vocação teria a função de
recompor a unidade perdida, (Habermas, 1987).
Seria, justamente, a estruturação histórica desse trio que está em crise no mundo
contemporâneo, tornando a escolha vocacional um problema de identidade.
Estruturação esta que possui uma raiz religiosa que definiu, inicialmente, o alcance da
vocação. Nesse sentido, a vocação estava relacionada, na origem, à ordem do sagrado,
sendo um apelo (beruf, em alemão; calling, em inglês) de uma transcendência. (Souza,
2004).
No pensamento de Foucault (1977), enfim, pode-se resumir, enfatizando apenas alguns
aspectos, tais transformações no imaginário ocidental da seguinte forma:
O destino é uma construção idiossincrática: não tem raiz no passado, nem aponta para o
futuro, firma-se no presente, no aqui e agora. Estranha situação: a identidade é social,
mas sua expressão histórica aparece firmemente ancorada na crença de que sua
formação depende apenas do desdobrar da individualidade. (Souza, 2004).
Capitalismo passa por uma reforma hedonista. Consumir significa também exteriorizar-
se, valorizar-se e se tornar visível. O hedonismo é o novo princípio de realidade. Vai
modelar principalmente as expressões artísticas e de vanguarda. As identidades não
serão mais construídas obrigatoriamente através da repressão sexual. A liberalidade
sexual e as descobertas de novas formas identitárias sexuais estão cada vez mais
condicionando os processos de identificação. O que está havendo é uma transformação
da intimidade (Parsons, 1968).
A concepção de vocação
A palavra vocação vem do latim vocatio, significando chamado interior. Inicialmente, o
conceito estava ligado ao conceito religioso, ou seja, seria “um chamado divino que
impõe uma missão para os indivíduos. A ordem social é determinada pela vontade de
Deus e por isso não pode e nem deve ser questionada” (Perrusi, 1995).
Constatou-se ainda que 21,35% dos jovens explicam o conceito de vocação como sendo
uma facilidade/predisposição/tendência/inclinação que a pessoa possui para realizar
determinada tarefa ou desempenhar determinado ofício. Nessa concepção, está implícita
uma tendência inatista, ou seja, os jovens acreditam que as pessoas nascem com
determinadas capacidades que “facilitam” o desempenho de algumas tarefas. Algo
próprio do sujeito, independente de esforço para sua realização. (Souza, 2004).
Uma outra questão que foi respondida por 119 sujeitos da amostra consistiu em saber se
os jovens acreditam que a escolha da profissão é um processo que vai se formando
desde a infância, ou se esta decisão surge em algum momento da vida. Os resultados
apontam uma indecisão na formulação desta opinião, já que somente 37,81% dos
sujeitos afirmam ser a escolha proveniente de um processo. Um total de 46,21% de
respostas apresenta concepções muito variadas e até fantasiosas que indicam que o
jovem pensou nesta ideia pela primeira vez no momento da entrevista, daí
considerações incoerentes e improvisadas. E, ainda, 15,96% do total de 119 estudantes
afirmam que a escolha é algo que surge momentânea e inesperadamente.
Podemos, à guisa de conclusão, formular algumas observações sobre essa situação. São
hipóteses que ainda não têm demonstração empírica, embora possam servir como
delimitação de um objecto de pesquisa.
A identidade profissional pode ser vista como expressão da vocação. A vocação é uma
potência que a identidade profissional realizaria num determinado campo de actividades
profissionais. Embora tais considerações sejam um tanto redutoras, o que importa, aqui,
é admitir que o campo profissional seja capaz de produzir processos de identificação
específicos de grupo durante a socialização, principalmente aquela relacionada à
formação profissional e à experiência profissional (entrada no mercado de trabalho).
Referências bibliográficas
Foucault, Michel, (1977). História da sexualidade: a vontade de saber. Vol I, Rio de
Janeiro – Brasil.
Souza, Ricardo Timm. (2004). Ética como fundamento: uma introdução à Ética
contemporânea. São Leopoldo, Nova Harmonia.