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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação À Distância (IED) -Tete

O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico

Nazir Delito Carlos, 708235545

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Técnica de Expressão em Língua
Portuguesa

Ano de Frequência 1º/2023

Tete, Junho, 2023


Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuaçã do Subtota
o máxima tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria:
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Índice
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1.Introdução.......................................................................................................................3

1.1.Objectivos....................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo geral.....................................................................................................4

1.1.2. Objectivos específicos......................................................................................4

1.2.Metodologia de trabalho..............................................................................................5

2. O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico.............5

2.1.conceito básico.........................................................................................................5

2.1.1. Texto................................................................................................................5

2.1.2. Concepção de língua................................................................................................6

2.1.3. Género textual......................................................................................................6

2.1.4. Desempenho linguístico..........................................................................................8

2.1.5. Contributo do texto argumentativo..........................................................................8

3.Considerações Finais....................................................................................................10

4.Referências Bibliográficas............................................................................................11

1.Introdução
A presente a bordagem focaliza teoricamente o eixo principal o contributo argumentativo na
melhoria do desempenho linguístico da produção escrita de textos argumentativos, porém
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neste contextos a produção de texto são apresentados factores que interferem na produção
textual.

As concepções de língua num estudo lida directamente com o ensino da produção escrita de
textos implica muitas percepções no estudante dentro da esfera social como produto de
comunicação, dentre as quais a de reconhecer que toda e qualquer opção metodológica de
ensino ancora-se numa forma de percepção da língua (Antunes, 2003; Geraldi, 2004) e de
igual modo, admitir que a forma como percebemos a língua se correlaciona à maneira como
compreendemos e desenvolvemos o trabalho com textos em sala de aula. A linguística é
marcada por estudos cujo foco é a analisada os aspectos fonético-fonológicos e morfológicos
das línguas. Percebemos que Saussure (2006),eleva a língua como um fato social, cuja
existência se constitui nas necessidades de comunicação, e a fala como realidade individual.

O signo da língua existe na colectividade sob forma de sinais depositados em cada cérebro,
mais ou menos como um dicionário cujos exemplares, todos idênticos, fossem repartidos
entre os indivíduos. Trata-se, pois, de algo que está em cada um deles, embora seja comum a
todos e independa da vontade dos depositários” (Saussure, 2006, p. 27).

1.1.Objectivos
A seguir são apresentados os objectivos que permearão o desenvolvimento deste trabalho:

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1.1.1. Objectivo geral

 Analisar contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico


prático de ensino e verificar as possíveis as estratégias argumentativas utilizadas pelos
alunos;

1.1.2. Objectivos específicos


 Analisar as produções dos alunos, verificando as estratégias argumentativas
mobilizadas por eles na produção desses textos;
 Analisar as situações didácticas em que são propostas as produções de texto, tendo;
 Demonstrar a relevância da aplicação do texto argumentativo na melhoria do
desempenho linguístico;
 Descrever o contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico;
 Identificar as concepções de língua, texto e argumentação que fundamentam a prática
de professores de português;
 Reflectir sobre produção do texto argumentativo na melhoria do desempenho
linguístico.

1.2.Metodologia de trabalho
Em conformidade com Suassuna (2008),pondera que caminho metodológico no estudo da
linguística vai depender das concepções de linguagem implicadas e ancorados na concepção
de contributo do texto argumentativo como discurso que orienta o nosso trabalho.

A metodologia aplicada neste trabalho foi uma revisão narrativa, ou seja, o material utilizado
no levantamento bibliográfico é organizado a partir de fontes científicas e de divulgação de
ideias.

2. O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico

2.1.conceito básico
Começamos a dessecação das palavras:

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2.1.1. Texto
Podemos encontrar três aspectos comuns nas definições:

 O texto possui uma função comunicativa e social;


 É produto de actividade verbal;
 É situado historicamente.

Partindo desses pressupostos ou concepção de língua podemos adoptar a concepção sócio-


interaccionista, os pilares basilar de texto é dar a importância das relações interactivas entre os
interlocutores na actividade discursiva.

Comunicação se estabelece por meio de textos, no entanto, o texto é considerada como a


unidade básica do ensino de produção e se constitui no instrumento de mediação necessário
para o trabalho com a produção escrita.

Para Koch (2011, p. 31), o texto é considerado como manifestação verbal, constituída de
elementos linguísticos de diversas ordens, seleccionados e dispostos de acordo com as
virtualidades que cada língua põe à disposição dos falantes no curso de uma actividade verbal,
de modo a facultar aos interactantes não apenas a produção de sentidos, como a fundear a
própria interacção como prática sociocultural.

A contribuição do texto argumentativo na melhoria de desempenho da língua como um fato


social, cuja existência se constitui as necessidades de comunicação, e a fala como realidade
individual, no entanto, a língua existe na colectividade sob forma de sinais depositados em
cada cérebro, mais ou menos como um dicionário cujos exemplares, todos idênticos, fossem
repartidos entre os indivíduos.

A grande contribuição do texto argumentativo na comunicação língua em Saussure não


situação do papel que o sujeito desempenha, deixando-se de observar, por exemplo, as
funções que este assume no momento da interlocução.

Segundo Chomsky (2009, p. 68), advoga que todas as línguas possuem uma estrutura
superficial, que representa a forma como as sentenças vão se materializar, e uma estrutura
profunda, que encerra o conteúdo semântico desta e forma o elemento gramatical básico que o
falante de uma língua possui.

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Na perspectiva de Chomsky (2009, p. 68), “o conhecimento de uma língua implica a
capacidade de atribuir estruturas superficiais e profundas a um número infinito de sentenças,
de relacionar essas estruturas adequadamente”.

2.1.2. Concepção de língua


Para Mendonça (2006), relata que a concepção de linguagem pode ajudar a repensar a
actividade de produção de textos na escola, já que o texto funciona como o próprio espaço de
interacção.

2.1.3. Género textual


De acordo com Parâmetros Curriculares Nacionais − PCN (1999), os livros didácticos
começaram a diversificar os tipos e os géneros textuais neles apresentados, como também os
professores, apropriando-se do discurso da necessidade de oferecer aos alunos uma ampla
diversidade de textos, começaram por inserir uma variedade desses recursos nas aulas de
língua.

A entrada do texto argumentativo em sala de aula é que veio assegurar a recuperação dos
fatos reais da língua em uso a leitura e a produção textual devem levar ao aperfeiçoamento da
competência comunicativa do aprendiz, e portanto, é preciso condicionar uma e outra ao
conhecimento das circunstâncias que as motivam, (Guimarães apud Suassuna, 2008, p. 4).

Como todo e qualquer texto existe numa situação comunicativa, ele cumprirá sua função
quanto mais atingir o nível de significação pretendido nesse contexto comunicativo.

Géneros textuais e tem por base a ideia de géneros do discurso (Bakhtin,2011).

Todos os diversos campos da actividade humanos estão ligados ao uso da linguagem, o


emprego da língua efectua-se em forma de enunciados (orais ou escritos) concretos e únicos,
proferido pelos integrantes desse ou daquele campo da actividade humana. Esses enunciados
reflectem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu
conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela selecção de recursos lexicais,
fraseológicos e gramaticais da língua mas, acima de tudo, por sua construção composicional.
Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo da língua elabora
seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais denominamos géneros do discurso
(Bakhtin, 2011, p. 261).

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De acordo com Bakhtin (2011, p. 261), elucida que todos os enunciados se baseiam nos
géneros, os quais se relacionam às diferentes situações sociais. Sobre os géneros do discurso,
Bakhtin faz várias considerações das quais destacamos:

 Os géneros do discurso organizam o nosso discurso quase da mesma forma que o


organizam as formas gramaticais (sintácticas);
 Nós aprendemos a moldar o nosso discurso em formas de género e, quando ouvimos o
discurso alheio, já adivinhamos o seu género pelas primeiras palavras;
 Se os géneros do discurso não existissem e nós não os dominássemos, se tivéssemos
que recriá-los pela primeira vez no processo do discurso, de construir livremente e
pela primeira vez cada enunciado, a comunicação discursiva seria quase impossível.

No entanto, a cada situação corresponde um género com características próprias


composicionais, funcionais e estilísticas, que são responsáveis pela comunicação humana.

2.1.4. Desempenho linguístico


As reais contribuições e ampliação da capacidade comunicativa dos alunos. Nesse processo,
expressões como tipo de texto e género textual começaram a emergir no dia-a-dia dos
professores e o que verificamos, no contacto com docentes de língua materna, foi a falta de
clareza sobre o que seria uma e outra forma de trabalho com o texto.

A contribuição do texto argumentativo no contexto linguístico como uma actividade


discursiva, chegamos a encontrar certa concordância entre os estudiosos acerca da concepção
de texto, tais como o texto “é uma unidade linguística comunicativa fundamental, produto da
actividade humana, que possui sempre carácter social, (Bernárdez apud Sautchuk, 2003, p. 3).

Acção linguística cujas fronteiras são em geral definidas por seus vínculos com o mundo no
qual ele surge e funciona ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada
de unidade sócio comunicativa, semântica e formal” (Val, 2006, p.03).

Toda unidade de produção de linguagem situada, acabada e auto-suficiente do ponto de vista


da acção ou da comunicação, um texto é, pois, um todo organizado de sentido.

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2.1.5. Contributo do texto argumentativo
O texto argumentativo permite articular a finalidade geral de aprender a comunicar com os
meios linguísticos próprios às situações que tornam a comunicação possível.
A ideia do papel fundamental que a argumentação pode exercer na vida dos indivíduos, situa
a argumentação como uma prática que é inerente à comunicação humana, assegurando que na
medida em que o homem se identifica com uma palavra, com um ponto de vista próprio sobre
o mundo no qual está inserido, pratica argumentação.

Apontamos que a argumentação como uma actividade socialmente relevante que permeia a
vida dos indivíduos em todas as esferas da sociedade, na medida que a defesa de pontos de
vista constituiria um aspecto fundamental para a inserção social e a autonomia dos sujeitos.

Por esses pressupostos, compreendemos que não só a linguagem está dotada de uma base
argumentativa, como a própria argumentação é vista enquanto uma acção discursiva que
confere ao homem a sua distinção dos outros animais, (Breton,2003 e Plantin, 2008).

A argumentação necessita de algumas condições básicas para sua ocorrência:

 Existência de um tema passível de debate (Leal e Morais, 2006) ou situações sociais


controversas, mas admissíveis (Souza, 2003);
 Existência de uma ideia a ser defendida (proposição, declaração, tese);
 Proposições que justifiquem ou 55 refutem a declaração (através de evidências,
justificativas, contra-argumentação) (Leal e Morais, 2006);
 Um antagonista ou opositor, que pode ser real ou virtual (Leal e Morais, 2006). Golder
apud Souza (2003), confirmando essa ideia, julga que, para argumentar, é preciso ter
uma tese discutível, ter argumentos opostos que coloquem em jogo os sistemas de
valores do próprio locutor.

Como uma das modalidades de uso da língua, a escrita existe para cumprir diferentes funções
sociocomunicativas, de maior ou menor relevância para a vida da comunidade. Dessa forma,
toda escrita responde a um propósito funcional qualquer, isto é, possibilita a realização de
alguma actividade sociocomunicativa entre as pessoas e está inevitavelmente em relação com
os diversos contextos sociais em que essas pessoas atuam, (Antunes,2003, p. 46).

Toda actividade pedagógica de ensino linguístico tem subjacente, de forma explícita ou


apenas intuitiva, uma determinada concepção de língua (Antunes, 2003, p. 39).

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Pelas observações, as professoras têm uma concepção de língua como comunicação, o que
implica que há emissores e receptores, codificadores e de codificadores (cf. Geraldi, 2004).
Nessa perspectiva, os alunos devem se apropriar do código para dele fazerem uso.

A interacção entre sujeitos, compreende a produção textual como manifestação verbal,


constituída de elementos linguísticos e discursivos, seleccionados a partir das necessidades
dos interlocutores, e que fundamenta a própria interacção como prática sociocultural (Koch,
2011).

Tendo por base que o texto argumentativo tem seu conteúdo revelado por um processo que
implica sucessivas regulações, fazendo com que as ideias nele defendidas sejam construídas,
reconstruídas, analisadas e organizadas (Citelli, 1994), não foram contempladas discussões
acerca das teses defendidas pelos alunos nas discussões orais e sobre as formas pelas quais
eles poderiam textualizar essas teses no texto escrito (estratégias da argumentação escrita).

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3.Considerações Finais
A partir dos conceitos abordados e das reflexões expostas neste trabalho, é possível concluir
que texto argumentativo como aquele que se configura na apresentação de uma tese, a ser o
desenvolvimento das habilidades argumentativas dos alunos com vistas à formação de sujeitos
críticos e reflexivos, docentes como mediador tem uma preocupação essencial.

O professor deve apropriar o discurso sobre o contributo do texto argumentativo na melhoria


do desempenho linguístico como necessidade de um sistemático trabalho no que tange o
género textuais com vistas ao desenvolvimento de habilidades linguísticas e discursivas dos
alunos, mas não têm conseguido efectivar uma prática diferenciada, de modo a atender à nova
proposta para o ensino de língua portuguesa.

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4.Referências Bibliográficas
1. Antunes, I. (2003). Aula de português: encontro & interacção. São Paulo;
2. Antunes, I. (2003).Aula de português: encontro & interacção. São Paulo;
3. Bakthin, M. (2010).Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do
método sociológico na ciência da linguagem. 14a ed.. São Paulo;
4. Breton, P. (2003).A argumentação na comunicação. 2ª ed. São Paulo;
5. Chomsky, N. (2009).Linguagem e mente. 3ª ed. São Paulo;
6. Citelli, A. (1994).O texto argumentativo. São Paulo;
7. Geraldi, J. W. (2003).Portos de passagem. 4ª ed. São Paulo;
8. Koch, I. G. V. (2006).Argumentação e linguagem. São Paulo;
9. Moreira, H. e Caleffe, L. G. (2008). Metodologia da pesquisa para o professor
pesquisador. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lamparina;
10. Plantin, C. (2008).A argumentação: história, teorias, perspectiva. São Paulo;
11. Saussure, F. de. (2006).Curso de Linguística Geral. Trad. António Chelini, José Paulo
Paes e Izidoro Blikstein. São Paulo;
12. Suassuna, L. (2004). Linguagem como discurso: implicação para as práticas de
avaliação. 2004, Tese de Doutorado em Linguística - Universidade Estadual de
Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas;
13. Val, M. G. C. (2004).Texto, textualidade e textualização. In Ceccantini, J.L. T.;
Pereira, R. F.; Zanch JR., J. Pedagogia Cidadã: cadernos de formação: Língua
Portuguesa. v. 1. São Paulo.

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