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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação À Distância (IED) -Tete

Meios de ensino e Aprendizagem, Planificação do PEA

Nazir Delito Carlos, 708235545

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Didáctica I de Geografia

Ano de Frequência 1º/2023

Tete, Junho, 2023


Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuaçã do Subtota
o máxima tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria:
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Índice
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1.Introdução.......................................................................................................................4

1.1.Objectivos....................................................................................................................5

1.1.1. Objectivo geral.....................................................................................................5

1.1.2. Objectivos específicos......................................................................................5

1.2.Metodologia de trabalho..............................................................................................5

2. Meios de ensino e Aprendizagem, Planificação do PEA..............................................6

2.1.Conceito básicos......................................................................................................6

2.1.1. Meios de ensino................................................................................................6

2.1.2. Utilização dos meios de ensino-aprendizagem................................................6

2.1.3. Finalidade do uso dos meios do ensino-aprendizagem...........................................7

2.1.4. Classificação dos meios de ensino e aprendizagem................................................9

2.1.5. Funções do material didáctico.................................................................................9

2.1.6. Planificação..........................................................................................................9

2.2. Planificação do processo de Ensino-Aprendizagem.........................................10

2.2.1.Etapas da Planificação do Ensino...........................................................................10

2.2.2.Tipos de planificação..............................................................................................12

2.2.3. O aluno como centro do processo de Ensino-Aprendizagem............................12

2.2.4. Níveis de planificação do PEA......................................................................12

2.2.4. Componentes de planificação do PEA...........................................................13

2.2.5. Meio envolvente à escola......................................................................................13

2.3.Recursos/meios de ensino existentes.....................................................................13

2.3.1. A planificação pode ser feita em três níveis...................................................14

2.3.2.Requisitos para a planificação................................................................................15

3.Considerações Finais....................................................................................................17

4.Referências Bibliográficas............................................................................................18

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1.Introdução
Com este trabalho visa discutir e falar sobre abordagem dos meios de ensino e aprendizagem,
planificação no PEA, pois a prática dos alunos passam ter um melhor conhecimento que vai
desenvolver habilidade do estudante da Universidade católica de Moçambique, o ensino é
uma das actividades que tem como uma das suas principais características o facto de ter
carácter planificado. Isso faz com que a prática do professor se oriente por uma adequada
planificação, englobando os aspectos fulcrais do plano, tais como, os conteúdos, os
objectivos/competências a desenvolver, os meios deensino-aprendizagem, etc. Para o efeito, o
presente capítulo, ao abordar sobre a planificação do PEA.

O seu estudo deverá permitir conceptualizar a planificação e permitir que o formando tenha


oportunidade de reconhecer a importância, os níveis, os requisitos e os tipos de planificação;
os objectivos de ensino. Deve basear-se neste saber para planificar seu ensino, centrando-o
sobre os aprendentes. Mais ainda, este capítulo lhe facultará as oportunidades para se dar
conta sobre os métodos de ensino-aprendizagem e as suas técnicas, usadas com frequência
quando, por exemplo, pretendemos desenvolver um ensino baseado no uso de práticas
participativo sem sala de aula. A sua discussão leva-nos à expectativa de poder compreender
que os professores precisam de planificar continuamente as suas acções, pois a planificação
de aulas deve considerar a experiência anterior, no sentido de alimentar a melhoria da
nova planificação.

A planificação escolar é uma tarefa que inclui tanto a previsão das actividades didácticas, no
que diz respeito à sua organização e coordenação mediante os objectivos propostos,
como a sua revisão e adequação ao longo do processo de ensino.  Planificar significa fazer a
previsão das actividades que o professor irá desenvolver na sala de aula. Definir os objectivos
institucionais ou específicos, seleccionar os métodos e meios de ensino a serem utilizados,
definir as actividades do professor e dos alunos em cada uma das funções didácticas.

A planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da acção docente,


articulando a actividade escolar e a problemática do contexto social. Isto equivale dizer que,
na escola, os professores e os alunos pertencem todos a uma determinada sociedade e a um
determinado contexto de relações sociais, onde prevalecem certas regras e normas de conduta.

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1.1.Objectivos
A seguir são apresentados os objectivos que permearão o desenvolvimento deste trabalho:

1.1.1. Objectivo geral


 O trabalho tem como objectivo geral compreender abordagem dos meios de ensino e
aprendizagem na planificação do PEA.

1.1.2. Objectivos específicos


 Conceptualizar os meios de ensino e planificação no PEA;
 Demonstrar as potencialidades dos meios de ensino e aprendizagem, planificação do
PEA;
 Descrever os procedimentos de elaboração e aplicação dos meios de ensinos;
 Falar dos meios de ensino e aprendizagem no acto de planificação no PEA;
 Identificar os meios aplicáveis para o ensino de geografia;
 Reflectir sobre meios de ensino e aprendizagem na planificação no PEA.

1.2.Metodologia de trabalho
A presente pesquisa usou método qualitativo, pois a mesmo da margem para novas análises,
compreensões acerca da presente abordagem.

As características da pesquisa qualitativa são:

 Objectivação do fenómeno;
 Hierarquização das acções de descrever, compreender, explicar, precisão das relações
entre o global e o local em determinado fenómeno.

Não obstante, de acordo com os objectivos preconizados, este trabalho procura estabelecer
sempre a comparação entre as propostas teóricas sobre meios de ensino e aprendizagem,
planificação do PEA transmissão dos conteúdos escolares agrega na área de Geografia.

A metodologia aplicada neste trabalho foi uma revisão narrativa, ou seja, o material utilizado
no levantamento bibliográfico é organizado a partir de fontes científicas e de divulgação de
ideias.

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2. Meios de ensino e Aprendizagem, Planificação do PEA

2.1.Conceito básicos

2.1.1. Meios de ensino


Qualquer o ensino mesmo o mais tradicional que seja, apoia-se em meios ou recursos; aliás,
esta e uma particularidade inerente a todas actividades humanas que, para a sua realização,
um mínimo de recursos matérias e humanos (para além de financeiras, em certos casos) se
torna indispensável.

Os meios de ensino são o suporte do trabalho docente educativo; são os recursos necessários,
disponíveis e indispensáveis que tornam mais harmonioso e compreensível PEA. Meios de
ensino ou recursos de ensino são recursos humanos e materiais que o professor utiliza para
auxiliar e facilitar a aprendizagem. São também chamados de recursos ou meios didácticos,
meios auxiliares, materiais didácticos, recursos audiovisuais, multimeios ou material
institucional (Bento, 2003).

2.1.2. Utilização dos meios de ensino-aprendizagem


Nos pressupostos dissemos que qualquer situação de PEA se usa meios ou recursos
didácticos. Trata-se de uma variada gama de dispositivos matérias e humanos, naturais e
artificias, que o professor utiliza para facilitar o seu trabalho didáctico. Quer dizer, os meios
de ensino são usados com determinados fins pedagógicos, os quais iremos ver nesta aula,
mais antes de mais falaremos do conceito e, finalmente, os critérios a ter em conta na
utilização dos meios de ensino-aprendizagem (Santos, 2005).

Existem vários tipos de meios de ensino-aprendizagem que o professor e alunos utilizam


podem usar para optimizar a actividade do professor e dos alunos.

Estes meios ou recursos também podendo ser designados recursos didácticos. São todos os
meios matérias e humanos utilizados pelo professor para a transmissão dos conhecimentos. O
ideal seria que toda a aprendizagem efectua-se em situação real da vida. Não sendo isso
possível os materiais ou recursos de ensino tem por fim substituir a realidade, apresentando-a
da melhor forma possível de maneira a facilitar a sua intuição por parte do aluno (Piletti,
1986; p.190).

Por outras palavras, os meios de ensino são os componentes do ambiente da aprendizagem


que dão origem a estimulação para o aluno. Esses componentes podem ser o professor, os

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livros, os mapas, os objectos físicos as fotografias as fitas gravadas as gravuras, os filmes, os
recursos naturais e assim por diante.

O material didáctico e uma exigência daquilo que esta sendo estudado por meio de palavras, a
fim de torna-lo concreto e intuitivo.

2.1.3. Finalidade do uso dos meios do ensino-aprendizagem


A partir deste conceito de meios de ensino-aprendizagem como se anteviu, facilmente pode-se
chegar a conclusão de que os meios de ensino e aprendizagem são usados com vista a
determinar finalidades dentre as quais podem ser mencionadas as seguintes:

 Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar dando-lhe noção mais exacta
dos factos e fenómenos estudados;
 Motivar e despertar o interesse dos alunos na aula;
 Concretizar e ilustrar o que esta sendo exposto verbalmente, isto e, visualizar ou
concretizar os conteúdos da aprendizagem;
 Aproximar o aluno da realidade;
 Desenvolver a capacidade de observação;
 Desenvolver a experimentação concreta;
 Economizar esforços para levar os alunos a compreensão de factos e conceitos;
 Auxiliar a fixação de aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que o
material pode provocar;
 Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades com
o manuseio ou a construção dos aparelhos por parte dos alunos.

Em resumo pode dizer-se que, na escola actual, o material didáctico, mais do que ilustrar, tem
por fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a descobrir e construir. Assume assim, aspecto
funcional e dinâmico, propiciando oportunidade de enriquecer a experiencia do aluno,
aproximando-o da realidade e oferecendo-lhe oportunidade de actuação.

Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar eficiente do ensino, deve
obedecer as seguintes condições:

 Ser adequado ao assunto da aula;


 Ser de fácil apreensão e de fácil manejo;

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 Estar em perfeito estado de funcionamento quando, principalmente, se trata de
aparelhos.

Em conformidade com Piletti (1986; p.190), advoga que a utilização dos recursos de ensino
deve ter em conta alguns critérios e princípios, nomeadamente:

 Ao seleccionar um recurso de ensino deve se ter em vista os objectivos a serem


alcançados. Não se deve um recurso só porque esta na moda;
 Não se deve utilizar um produto que não seja conhecido suficientemente de forma a
poder empregar correctamente;
 A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos. Por isso,
devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua
receptividade, tais como: a atenção, a percepção, o interesse e a sua participação
activa;
 As condições ambientais podem facilitar ou, ao contrário, dificultar a utilização de
certos recursos. A inexistência de tomadas de energia eléctrica, por exemplo, exclui a
utilização de reprojectores, de slides ou de filmes;
 O tempo disponível e outro elemento importante que deve ser considerado. A
preparação e utilização dos recursos exigem determinado tempo e, muita, vezes, o
professor não dispõe desse tempo. Então devera buscar outras alternativas tais como:
utilizar recursos que exigem menos tempo, solicitar a ajuda dos alunos para preparar
os recursos, solicitar a ajuda dos outros profissionais.

Em suma pode-se dizer que um ensino activo, participativo, requer inevitavelmente o uso
de meios de ensino aprendizagem. E na base desses meios que o professor facilmente
guiara a experimentação, a observação e a manipulação dos alunos, podendo, estes,
descrever os factos e fenómenos representados pelos meios de ensino-aprendizagem. De
facto eles constituem um grande suporte para a actividade do professor, no sentido de,
através da intuição dos órgãos de sentido, aproxima-se ao aluno a realidade do que se
pretende aprender, visto que estes meios representam sempre um conteúdo específico r
(Libâneo, 1991; p196).

Com este procedimento de uso de meio de ensino, os alunos estarão em condições de estar
cada vez mais despertos e aptos para a aprendizagem. Entretanto, resta, para um
aproveitamento integral dos meios de ensino, reconhecer-se que eles não se utilizam e

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nem devem ser utilizados com finalidades em si mesmos, senão virados para a
aprendizagem dos alunos, eis porque, o professor precisa de ter domínio exaustivo sobre a
finalidade com que usa os meios recorrendo, ao mesmo tempo, a princípios e critérios
fundamentados sob ponto de vista didáctico.

2.1.4. Classificação dos meios de ensino e aprendizagem


A insistência que se pode fazer sobre o uso correcto dos meios de ensino requer o
conhecimento dos vários tipos de meios existentes.

2.1.5. Funções do material didáctico


As funções do material didáctico, pelo pressuposto de Nérici (1971, p.402) são:

 Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar, dando-lhe noção mais


exacta dos fatos ou fenómenos estudados;
 Motivar a aula;
 Facilitar a percepção e compreensão dos fatos e conceitos;
 Concretizar e ilustrar o que esta sendo exposto verbalmente;
 Economizar esforços para levar os alunos a compreensão de fatos e conceitos;
 Auxiliar a fixação da aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que o
material pode provocar;
 Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades
especificas com o manuseio de aparelhos ou construção dos mesmos, por parte
dos alunos.

Ao lidar com o apoio dos recursos didácticos, o professor além de estar inovando, não estará
mais centrado no tradicionalismo e sim inovando. Ele pode trabalhar com nova didáctica ao
lançar mão de produtos que ate poderiam ser considerados ruins ou descartáveis como no caso
de sucatas que tem diferentes finalidades como artesanais, decorativas, recreativas e
educativas.

2.1.6. Planificação
Segundo Bento (2003), “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões,  imanentes ao
sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização prática”. É

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uma actividade prospectiva, directamente situada e empenhada na realização do ensino que se
consuma na sequência:

 Elaboração do plano → realização do plano → controla do plano → confirmação ou


alteração do plano, etc.” (Bento 2003, pp. 15-16). Este autor refere ainda que a
planificação, “é também ligar a própria qualificação e formação permanente do
professor ao processo de ensino, a procura de melhores resultados no ensino como
resultante do confronto diário com problemas teóricos e práticos” (Bento, 2003, p.16).

2.2. Planificação do processo de Ensino-Aprendizagem


A planificação do PEA também assume uma dinâmica diferente com um foco próprio.

De acordo com Perrenoud (2002, p. 74), sustenta que os de planos de estudo não mais
prescrevem o que os professores devem ensinar e sim o que os alunos devem aprender. O
desafio consiste em considerar o ciclo como um espaço-tempo disponível para possibilitar que
os alunos alcancem os objectivos determinados organizando o tempo disponível segundo a
aquisição e a trajectória de cada aluno, por um lado e por outro, centrando o ensino no
essencial a fim de poder diversificar as trajectórias e flexibilizar a planificação.

O sucesso da aprendizagem nesse processo só é possível se os professores admitirem que a


responsabilidade da planificação é sua e que, por conseguinte, precisam mobilizar todos os
meios possíveis para responder às seguintes questões:

 Que prioridades devemos eleger para que os alunos alcancem competências visadas até
ao final do percurso?
 Que situações de aprendizagem devemos propor-lhes?

2.2.1.Etapas da Planificação do Ensino


Segundo Pilleti (2004, p. 63), elucida que a actividade de planificação no PEA, obedece
quatro etapas, nomeadamente:

Conhecimento da realidade

Consiste na sondagem ou busca de dados, o que permite saber quais as aspirações,


frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos e do ambiente em que o aluno está
inserido.

Elaboração do plano
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A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo diagnóstico, temos
condições de estabelecer o que é possível alcançar, como fazer para alcançar o que julgamos
possível e como avaliar os resultados.

Execução do plano

Consiste no desenvolvimento das actividades previstas. Na execução, sempre haverá um


elemento não plenamente previsto, às vezes a reacção dos alunos ou as circunstâncias do
ambiente exigirão adaptações e alterações na planificação, pois uma das características de
uma boa planificação deve ser a flexibilidade.

Na linha de raciocínio a planificação serve como linha orientadora para o professor. O mesmo
autor acrescenta ainda que “na planificação são determinados e concretizados os objectivos
mais importantes da formação e educação da personalidade, são apresentadas as estruturas
coordenadoras de objectivos e matéria, são prescritas as linhas estratégicas para a organização
do processo pedagógico. Os objectivos constituem o elemento determinante no âmbito da
relação coordenada entre objectivo, conteúdo e método. Isto devido a uma exigência implícita
no processo educativo: procurar e perseguir sempre activa, enérgica e pertinazmente o
objectivo.” (Bento, 2003, p. 15).

Planificar é sobretudo reflectir, debater e tomar decisões fundamentadas sobre o que se


pretende ensinar. Planificar para quem? Um professor quando explicita as razões pelas quais
planifica está implicitamente responder esta pergunta.

Em suma, planifica-se para:

 Os alunos, para que eles próprios possam saber o que estão a fazer e porquê, ou seja,
para perceberem melhor o “caminho” que estão a trilhar;
 O professor, pois é uma forma de organizar o seu trabalho, reflectir sobre os
conteúdos, métodos materiais, expectativas e competências a desenvolver nos alunos;
 A escola, pois torna possível trabalho consciente de todos os docentes e permite a
coordenação interdisciplinar;
 Os pais, para perceberem melhor porque é que os filhos aprendem determinados
conteúdos e desta forma poderem acompanha-los melhor e participar mais
conscientemente na vida escolar;
 A sociedade, porque hoje em dia, cada vez se fala mais em autonomia das escolas e
em participação activada comunidade, ou seja, da sociedade local.
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2.2.2.Tipos de planificação
Planificação linear:

Caracteriza-se pela definição clara e rigorosa dos objectivos que explicitam as componentes
que os alunos devem adquirir. Só depois é que são seleccionados os modos de acção e as
actividades específicas tendo em vista alcançar as finalidades predeterminadas. Metas →
acções → resultados, (Aredes, 1999,p. 45).

Este modo de planificação baseia-se nos princípios definidos pelas teorias técnicas, e dá
grande ênfase aos objectivos e metas a alcançar.

2.2.3. O aluno como centro do processo de Ensino-Aprendizagem


Ao conceber o aluno como centro do PEA, implica necessariamente estabelecer novas formas
de proceder na relação entre o professor e os alunos.

O aluno deve desenvolver a capacidade de buscar conhecimentos de forma autónoma, sendo


que nesse processo o papel do professor deve ser um facilitador, orientador e acompanhar a
evolução dos alunos.

2.2.4. Níveis de planificação do PEA


A prática do ensino do ensino mostra que o que acontece na escola como experiências da
aprendizagem faz parte do currículo previsto para esse nível, classe ou tipo de ensino. A
planificação do processo de ensino-aprendizagem se realiza em dois níveis fundamentais:
central e do professor, passando por um nível intermediário, o da planificação pela escola. Na
linha de pensamento de Zabalza, (2000), enfatiza que a nível central, a planificação
curricular é feita para todos os níveis e graus de ensino-aprendizagem (a nível da nação) e, na
base disso, procede-se definição do perfil de saída do nível/grau, curso, disciplina, ano, etc. A
partir do qual se faz:

 A definição de objectivos, conteúdos e métodos gerais;


 A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc.) e pelas unidades doPEA;
 A elaboração dos programas detalhados por disciplina;
 Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual
do professor e outros meios de ensino-aprendizagem.

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2.2.4. Componentes de planificação do PEA
Em toda a planificação do PEA, nos diversos níveis, se definem os objectivos, seleccionam-se
conteúdos a privilegiar, identificam-se estratégias, estabelecem-se tempos de realização e se
prevêem actividades de avaliação. E no caso da planificação ao nível do professor, tudo se
passa com mais pormenor, pesando muito mais a preocupação de adequar as propostas
às características do contexto.

Ao realizar essa adequação o professor deve tomar decisões, as quais devem preceder uma
série de interrogações, tais como:

 Está adequada às características do meio em que estou a trabalhar;


 Toma em consideração os recursos e as limitações que o meio e a escola oferecem
 Mobiliza todos os recursos humanos disponíveis (alunos, professores, funcionários da
escola e elementos da comunidade);
 É possível de ser executado por professores com as características dos que trabalham
nesta escola;

Considerando as interrogações atrás referidas, quando se faz uma planificação terão de se


tomar em linha de conta os seguintes componentes:

2.2.5. Meio envolvente à escola


Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da sala de aula
são unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas,  interesses hábitos
culturais da zona em que ela está inserida. Se estes factores, aparentemente estranhos à turma,
não são considerados nas propostas de aprendizagens, corre-se o risco de não interessarem ou
de serem inacessíveis aos alunos. Os exemplos que se dão, os exercícios que se vão propor, as
motivações que reutilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de ser adequado ao meio.

2.3.Recursos/meios de ensino existentes


É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde quadro preto
à árvore do pátio da escola, à mão do professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno,
às experiências vividas podem contribuir para que as aprendizagens se tornem mais ricas
e gratificantes.

a) O aluno

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Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber,
cujo seu aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado
assunto é muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do
professor), e o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA
permite-lhe sentir que é um dos protagonistas desse processo e fá-lo-á sentir-se digno de
crédito, confiante em si mesmo e nos outros.

b) Conteúdos

Os conteúdos a ser ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em
linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseia nos esquemas conceptuais que os
presidem e os temas organizadores. Neste sentido, quando os professores duma mesma escola
não trabalham em conjunto sobre um mesmo programa pode haver diferenças de
interpretação.

2.3.1. A planificação pode ser feita em três níveis


Central, este nível consiste em prever acções relacionadas com o processo de Ensino-
Aprendizagem numa perspectiva Nacional e é da responsabilidade do Ministério da Educação
e Desenvolvimento Humano.

 A planificação Provincial: Este nível consiste em programar actividades


educacionais a nível da província, tendo em conta as suas características e
necessidades específicas. Esta subordina-se à planificação central.
 A planificação Local: Tornar cada vez mais especifica e adequada ao contexto da
escola e aos alunos, surge a necessidade de uma planificação local que contempla
a previsão das actividades a nível Distrital e Escolar, à luz dos anteriores níveis a.
Aluno recebe serviços de educação especial em instituições especializadas (ex:
hospitais, lares, com programa elaborado pelo especialista);
 A planificação na escola: Deve partir pelo conhecimento do plano curricular,
Programas de ensino (planos temáticos) para além das políticas, planos estratégicos da
educação legislação. A partir deste conhecimento, a planificação na escola pressupõe a
elaboração do PPP (PDE) e o plano anual de actividades. Depois, cabe aos professores
de forma individual, mas sobretudo, em equipa, prepararem os planos analíticos e os
planos de aulas das respectivas disciplinas como parte da operacionalização dos
planos precedentes, tendo em conta o calendário escolar, diversos tipos
dos regulamentos e as orientações e tarefas escolares obrigatórias (Braga, 2004).
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No a planificação do PEA é importante devido ao facto de que:

 Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo


que a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de um ensino
de qualidade e evite a improvisação e a rotina.
 Permite a previsão dos objectivos, dos conteúdos e dos métodos, a partir da
consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparação das
condições socioculturais e individuais dos alunos.

2.3.2.Requisitos para a planificação


i. Objectivos e tarefas da escola democrática

A primeira condição para a planificação é as convicções seguras sobre a direcção que


queremos dar ao processo educativo na nossa sociedade, ou seja, o papel destacado pela
escola para a formação dos alunos. Os objectivos e as tarefas da escola democrática estão
ligados às necessidades de desenvolvimento cultural do povo, de modo a prepararas crianças e
jovens para a vida e para o trabalho.

ii. Exigência dos planos e programas oficiais

Os planos e programas oficiais de ensino constituem outro requisito prévio para


a planificação. Cabe à escola e aos professores seleccionar os conteúdos,  os métodos e meios
de organização do ensino, em face das particularidades de cada região, de cada escola, das
particularidades e condições de aproveitamento escolar dos alunos, inclusive dos alunos
com Necessidades Educativas Especiais.

iii. Condições prévias para aprendizagem

A planificação escolar está intimamente condicionada ao nível de preparação em que os


alunos se encontram, em relação às tarefas de aprendizagem. Os conteúdos de ensino são
mediados para que os alunos assimilem activamente e os transformem em instrumentos
teóricos e práticos para a vida prática.

iv. Princípios e condições de assimilação activa

Este requisito diz respeito ao domínio dos meios e condições de orientação do processo de
assimilação activa nas aulas. A planificação das unidades didácticas e das aulas deve estar em
correspondência com as formas de desenvolvimento do trabalho na sala de aula. Uma parte
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importante do plano de ensino é a descrição de situações docentes específicas, com a
indicação do que os alunos farão para aprender, e do que o professorará para criar condições
adequadas para a aprendizagem; e para dirigir a actividade cognitiva dos alunos na sala de
aula.

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3.Considerações Finais
A partir dos conceitos abordados e das reflexões expostas neste trabalho, é possível concluir
que a planificação como uma das decisões pré interactivas do professor, e surge com a
necessidade dos docentes adequarem os programas escolares às características do meio social,
da escola e dos alunos. Pela análise dos resultados de estudos realizados, é de referir que a
realização de uma planificação adequada permite mais oportunidades educativas aos alunos,
permite uma classe organizada e também um maior número de actividades durante a aula,
melhorando assim a qualidade do processo ensino/aprendizagem e o desempenho do seu
agente activo (o professor). As decisões tomadas no acto de planificação podem ser de curto,
médio e longo prazo.

Não obstante, a planificação “deve contribuir para a optimização, maximização e melhoria da


qualidade do processo educativo. É um guião de acção que ajuda o professor no seu
desempenho” e nesta óptica,  considero que a realização deste trabalho assumiu-se como uma
mais-valia para mim, pois apesar de já ter uma ideia do que iria fazer em cada aula, este
trabalho permitiu a organização dessas mesmas ideias e a selecção de estratégias para
abordagem de cada conteúdo

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4.Referências Bibliográficas
1. Bento, J. O. (2003). Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa;
2. Braga, F. (coord.) (2004). Planificação: Novos papéis, novos modelos: Dos projectos
de planificação à planificação em projecto.  Porto: Edições ASA;
3. Libânio, José Carlos, (1990). Didáctica. Dina livra, São Paulo;
4.  Ministério da Educação (2001). Orientações Curriculares para o 3º Ciclo do ensino
Básico Música. Departamento da Educação Básica;
5. Nerici, Imideo G. (2007). Introdução à Didáctica Geral. São Paulo: Fundo de Cultura,
1971. PEREIRA. Maria Suely. A importância da boa formação do professor IN:
Revista Electrónica de Ciências da Educação, Campo Largo;
6. Pilette, Claudino, (2004). Didáctica Geral. 3ª Edição, editora ática.  São Paulo;
7. Piletti, Claudino. (2003). Didáctica geral.2ªedicao. São Paulo;
8. Santos, M. P. (2005). Recursos didático-pedagógicos no processo educativo da
matemática: uma análise crítico-reflexiva sobre sua presença e utilização no ensino
médio. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Estadual de Ponta Grossa,
Ponta Grossa;
9. Silva, D. B. (2013). A importância da planificação do processo ensino-aprendizagem.
Porto;
10.  Zabalza, M. (2000). Como educar em valores na escola. Revista Pátio pedagógica.

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