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DIVISÃO DE AGRICULTURA
MESTRADO EM AGROECOLOGIA
DISCIPLINA: AGROECOSSISTEMAS
Autores do trabalho:
Divisão de Agricultura
Mestrado em Agroecologia
1.1.Objectivos.............................................................................................................................4
1.1.2.Objectivos específicos................................................................................................4
1.2.Metodologia do trabalho.......................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................5
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................10
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO
A humanidade é apenas uma das notáveis proliferações naturais que dependem da entrada de
um fluxo contínuo da energia. A agricultura tornou-se muito mais intensiva no tocante à
energia, consumindo muito mais que produz. Para este arcabouço de sustentabilidade tem é
capital a importância sobre energia é em relação a transformação de energia luminosa que é
fornecida pelo sol em diferentes formas de energia dentro de um agroecossitema. A principal
dela é a transformação em energia química, transformando radiação luminosa em compostos
orgânicos (Gliessman, 2000). O equilíbrio energético estabelece os fluxos de energia, reflecte
entradas e saídas, e também ganhos líquidos vindos da demanda energética do sistema. Para
que isso ocorra é importante quantificá-los com estimativas de uso de insumos utilizados para
que ocorram as transformações de energia.
Existem outras formas de energia que são aproveitadas em um agroecossistema, como, por
exemplo, derivados de petróleo, eólica, térmica, biomassa, entre outras. O objectivo maior é o
produtor conseguir utilizar a melhor maneira possível todas as fontes de energia de sua
propriedade para melhorar a sua produtividade sem afectar o meio ambiente, o
agroecossistema ganha energia principalmente através da assimilação fotossintética de luz
pelos autótrofos, mas também pela aporte de energia externa (matéria orgânica, adubação,
etc.) oriunda de insumos para a produção vegetal e animal.
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1.1.Objectivos
A seguir são apresentados os objectivos que permearão o desenvolvimento deste trabalho:
1.1.2.Objectivos específicos
Descrever o impacto das mudanças climáticas, no que concerne desafios do
crescimento populacional e segurança alimentar que o mundo enfrenta;
Conhecer que os agroecossistemas convencionais interferem nas cadeias alimentares;
Entender o modelo de fluxo energético;
Realizar e contribuir diversas ideias sobre impactos da acção humana que afecta o
fluxo de energia.
1.2.Metodologia do trabalho
Qualquer trabalho de carácter científico para ter o êxito nas suas abordagens é necessário
apoiar-se em algumas propostas teóricas e metodológicas. Não obstante, de acordo com os
objectivos preconizados, este trabalho procura estabelecer sempre a comparação entre fluxo
de energia e intensificação da agricultura.
A metodologia aplicada neste trabalho foi uma revisão narrativa, ou seja, o material utilizado
no levantamento bibliográfico é organizado a partir de fontes científicas e de divulgação de
ideias.
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2. DESENVOLVIMENTO
1. A energia não pode ser reciclada e reutilizada mas a matéria pode.
A Energia é passada á cada nível tróficos, e por sua vez, a cada nível é parcialmente perdida,
este processo de perda de energia se da sucessivamente, desde seu início de produção na
fotossíntese, que é o processo de entrada, realizado pelos vegetais, até seu final a cargo dos
organismos de compositores. Esta perda ocorre devido a cada organismo necessitar de uma
grande parcela desta energia adquirida, para manutenção das suas actividades vitais.
No entanto, entende-se que a energia dentro de um ecossistema pode até mesmo ser
armazenada, mas nunca reutilizada ou reciclada, já que se dispersa à longa pirâmide
energética, tornando indispensável sua reposição através da energia solar.
Nesta linha de raciocínio podemos referir que com relação à matéria, e em contraponto a
energia, pode-se pensar em um ciclo, onde a mesma é utilizada, reciclada e reutilizada no
ecossistema, assim como a água em seu ciclo de evaporação e precipitação, ou o CO 2 que é
utilizado por plantas na produção alimentar, e incorporado ao animal que as come e disperso
na atmosfera através da respiração. O ciclo de reciclagem acontece com diversos tipos de
matérias, inclusive com organismos mortos, no qual organismos de compositores se
alimentam devolvendo ao Solo seus nutrientes, (Agostinho, 2005).
A matéria não apenas pode ser reciclada e reutilizada como deve realmente ser, ao se pensar
em matérias inorgânicas como material de descarte humano (papel, plástico, metal, vidro),
que se torna um problema mundial, que só será resolvido ao se adoptar uma cultura de
consciência sustentável e recicladora. Ao reutilizar este tipo de material, o retiramos do meio
ambiente e destina-se um uso útil a esta matéria que por sua vez deixará de poluir e degradar
nosso meio ambiente.
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quantitativas e qualitativas no ecossistema aquático. O aumento da concentração de nutrientes
implica não só o aumento da densidade de algas, mas também alterações qualitativas, como o
surgimento de novas espécies e o desaparecimento de outras (Esteves, 1988).
Mudança local nos fluxos e estoques de nutrientes no meio aquático e, portanto, em seu
padrão de reciclagem, (vide figura que ilustra algumas acções da interferência humana na
reciclagem de nutrientes).
Fonte: Cepa
Em conformidade com Pittari (2009, p.61), advoga que a situação actual necessita de estudos
nas actividades humana que geram impactos negativos ao meio ambiente, introduzindo novos
conceitos, tecnologias, técnicas construtivas, equipamentos, materiais e produtos.
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As acções humanas ameaçam a biodiversidade (diversidade de ecossistemas, a diversidade
espécies e diversidade genética) incluindo:
O impacto das mudanças climáticas na alteração dos sistemas de produção (no que se refere à
escolha e consequentemente a sua distribuição espacial) e as suas implicações nos meios de
subsistência e segurança alimentar das famílias, estarão sob grande pressão para mudança no
futuro, sendo relevante para a elaboração de políticas de adaptação adequadas as necessidades
locais que visam a promoção da segurança alimentar em contexto de mudanças climáticas.
Na linha de raciocínio de Filho, et all., (2016), elucidam que na experiência de vida dos
milhões de agricultores familiares, reside uma fonte valiosa de saberes e práticas de
convivência com a adaptações às mudanças climáticas, desenvolvidas através de gerações
que, periodicamente, enfrentam eventos climáticos extremos. Esse conhecimento tem o
potencial de embaçar o atendimento das necessidades da população local em produção de
alimentos (Filho et al, 2016).
Como ressalta Alves e Lima, et all., (2008), apontaram algumas linhas ou acções destinadas à
adaptação do sector agrário à mudança do clima:
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Formulação de mecanismos de apoio aos produtores de modo a auxiliá-los à adaptar-
se à mudança do clima;
Manutenção de uma ampla base genética para culturas e desenvolvimento de
variedades de culturas e raças de animais mais tolerantes à seca;
Melhoramento da resiliência de ecossistemas agrícolas pela promoção de práticas
agroflorestais que utilizem e mantenham a diversidade biológica;
Melhorar a eficiência de uso da água e recarga de água subterrânea pela agricultura
conservacionista;
Apoiar sistemas de pastagem e outros sistemas de produção animal, com actividades
voltadas à produção de suplementos alimentares, serviços veterinários, e de
suprimento de água, entre outras medidas.
Para Abbas (2022b), realça que a segurança alimentar está muito relacionada com a
capacidade de obtenção de rendimento das famílias camponesas, evidenciada pelo grau de
integração no mercado e, em certa medida, pelo uso de insumos.
De uma forma lacónica podemos enfatizar que Agroecologia se consolida como enfoque
científico na medida em que este campo de conhecimento se nutre de outras ciências, assim
como saberes, conhecimentos e experiências dos próprios agricultores, o que permite o
estabelecimento de marcos conceituais, metodológicos e estratégicos com maior capacidade
para orientar não apenas o desenho e manejo de agroecossistemas sustentáveis, mas também
processos de desenvolvimento rural sustentável, (Gliessman 2000).
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos conceitos abordados e das reflexões expostas neste trabalho, é possível concluir
que Agroecologia enquanto enfoque holístico apresenta a potencialidade para fazer florescer
novos estilos de agricultura e processos de desenvolvimento rural sustentáveis que garantam a
máxima preservação ambiental, respeitando princípios éticos de solidariedade sincrónica e
diacrónica, visando desenvolvimento sustentável e buscando recuperar a necessidade de
preservar e conservar a biodiversidade ecológica e cultural, abordando aspectos relacionados
aos fluxos de energia e materiais nos sistemas económicos.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Abbas, M. (2022). Caminhos para a segurança alimentar em Moçambique: uma
abordagem de sistemas de produção. Observador Rural 120. Observatório do Mei
Rural (OMR). Maputo.
2. Agostinho, F. D. R.; (2005). Uso de análise energética e sistema de informação
geográficas no estudo de pequenas propriedades agrícolas. 252 F. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Alimentos) – Faculdade de Engenharia de Alimentos,
Unicamp, Campinas.
3. Alves, B. J., & Lima, M. A. (2008). Vulnerabilidades, impactos e adaptação à
mudança do clima no sector agro-pecuário e solos agrícolas. São Paulo, Brasil;
4. Caporal, F. R; Costabeber, J. A.; Paulus, G. (2006). Agroecologia: matriz disciplinar
ou novo paradigma para o desenvolvimento rural sustentável. Brasília;
5. Esteves. F. A. (1988). Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro: Interciência:
FINEP,p p. 575;
6. Filho, H. M., Moraes, C., Bennait, P., Rodrigues. R, A., Guilles. M., Rocha. P., Lima.
A., & Vasconcelos. I. (2016). Mudança do clima e os impactos na agricultura familiar
no Norte e Nordeste do Brasil. Brasília;
7. Gliessman, S. R. (2000). Agroecologia: processos ecológicos em agricultura
sustentável. Porto Alegre: Editora da Universidade – UFRGS;
8. Goldemberg, L. (2003). Sistematização da Análise de Impactos Ambientais em UHE.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Dezembro;
9. Pittari, C. (2009). Os Dois Impactos Ambientais Negativos da Energia Solar que
Nunca te Contaram. Universidade Federal do Rio de Janeiro;
10. Ribeiro, P. F. et al. (2021) «Explaining farming systems spatial patterns: A farm-level
choice model based on socioeconomic and biophysical drivers», Agricultural Systems,
pp. 103-140.
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