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Gilda Victor Joaquim

Rajabo Manuel Sitamur

Valdo Agostinho Jaquessone

Zacarias Ussufo Idrissa

(Licenciatura em Agro-pecuária)

Gestão, Edução, Licenciamento Ambiental e suas Fases

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2022
Gilda Victor Joaquim

Rajabo Manuel Sitamur

Valdo Agostinho Jaquessone

Zacarias Ussufo Idrissa

(Licenciatura em Agro-pecuária)

Gestão, Edução, Licenciamento Ambiental e suas Fases

Trabalho de pesquisa da cadeira de Ecologia, a ser


submetido ao Departamento de Ciências
Alimentares e Agrárias sob Orientação do Enga:
António Santana.

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2022
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4

1.1. Geral: ....................................................................................................................... 4

1.1.2. Específicos:........................................................................................................... 4

2. Metodologia .................................................................................................................... 4

3. Gestão Ambiental ............................................................................................................... 5

3.1. Gestão: ..................................................................................................................... 5

3.2. Importância da Sustentabilidade na Gestão Ambiental ........................................... 7

3.3. Sustentabilidade:...................................................................................................... 7

3.3.1. Exemplos: ............................................................................................................. 8

3.4. Pratica da Sustentabilidade na Gestão Ambiental ................................................... 9

4. Educação Ambiental: ........................................................................................................ 10

4.1. Importância da Educação Ambiental..................................................................... 11

4.1.1. Exemplo:............................................................................................................. 12

4.2. Licenciamento Ambiental e suas fases .................................................................. 12

4.2.1. Licença ............................................................................................................... 12

4.2.2. Constituição ........................................................................................................ 12

4.2.3. Legislação Ambiental ......................................................................................... 13

4.2.4. Obtenção duma licença ambiental ...................................................................... 13

4.2.5. Tipos de licenças ambientais .............................................................................. 14

4.2.6. Procedimento para a obtenção duma licença...................................................... 14

4.2.7. Etapas do Licenciamento Ambiental .................................................................. 14

5. Conclusão ......................................................................................................................... 16

6. Bibliografia ....................................................................................................................... 17
4

1. Introdução
O presente trabalho preconiza assuntos refentes a cadeira de Ecologia, o mesmo visa abordar
assuntos relacionados com a gestão ambiental, educação ambiental e legislação ambiental,
mencionados os temas, importa referir que a questão ambiental está inserida nas diversas áreas
de estudo da economia, uma vez que o meio ambiente é fonte de matérias-primas e energia,
local de despejo do rejeito das atividades produtivas e contribui de maneira significativa para o
bem-estar da população. Afinal, a economia é por muitos definida como a ciência que aloca
recursos escassos para fins alternativos. A dependência do homem em relação ao seu meio-
ambiente é inegável. É do meio que ele recebe o ar que respira, e de onde ele extrai seu alimento,
sua bebida, e sua protecção contra as ações de fatores biótico e abióticos. É também desse meio
que ele extrai materiais para suas ferramentas e construções (recursos naturais), a energia para
mover suas máquinas e ferramentas (recursos energéticos), e onde ele descarta seus dejectos e
resíduos. Cuidar do meio-ambiente significa, portanto, preservar a própria espécie humana. O
homem é um ser social, cuja sobrevivência depende de uma organização social iniciada no
ambiente familiar. O conjunto de famílias assentadas numa determinada localidade forma uma
comunidade, e a ampliação disso resulta no que conhecemos como sociedade. A constatação
de que os recursos naturais do planeta estavam chegando ao seu limite data do final dos anos
60, e nas três últimas décadas este assunto evidenciou-se, pois, os danos causados ao meio
ambiente de origem antrópica acompanharam o ritmo de crescimento económico, a partir destes
pressupostos surge a necessidade da preservação e manutenção dos recursos naturais, hoje
conhecida como gestão Ambiental.

1.1. Geral:
Discrever a Gestão, Edução, Licenciamento Ambiental e suas Fases.

1.1.2. Específicos:
Explicar as fases exitentes ;

Apresentar as Sustentabilidade na Gestão Ambiental

Mencionar os cuidados e a importeancia da gestao ambiental;

2. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, recorreu-se a métodos de pesquisa exploratória e revisão
bibliográfica, na qual fez-se consulta nas obras literárias de vários autores.
5

3. Gestão Ambiental

3.1. Gestão:
Por definição, gestão é o ato de gerir (gerência; administração; direcção); e pode ser entendida
como o processo de tomar decisões sobre objectivos e recursos. Ou seja, é a acção de integrar
pessoas, estruturas e recursos orientados para um objectivo comum.

Essa definição nos remete à existência de uma instituição a ser gerida ou administrada, seja
pública ou privada, cabendo aos gestores adoptarem práticas responsáveis de gestão aliadas aos
objectivos das organizações.

De acordo com Andrade, Tachizawa e Carvalho (2002) afirmam que a preocupação com
as questões ambientais extrapolou a função exclusiva de protecção para tornar-se também uma
função da administração ou da gestão. O gerenciamento ambiental não se limita à Ciência da
Administração Pública ou Privada.

Segundo Andrade, Tachizawa e Carvalho (2002); ele reúne questões ligadas à:

 Sociologia,
 Economia,
 Finanças,
 Teoria do Estado,
 Teoria das Organizações,
 Psicologia, Direito e Planeamento, entre outros.

Gestão ambiental é um sistema de administração empresarial que dá ênfase na sustentabilidade.


Desta forma, a gestão ambiental visa o uso de práticas e métodos administrativos que reduzir
ao máximo o impacto ambiental das actividades económicas nos recursos da natureza. (Philippi
jr. 2004, p.3 Apud Guevara 2019).

Pode-se dizer que o processo considerado como gestão ambiental, se inicia a partir do momento
em que o homem modifica e adapta o ambiente natural com a finalidade de atender as suas
necessidades, sejam elas individuais ou colectivas, fazendo com que surjam ambientes urbanos,
que nada mais é do que o resultado de aglomerações em ambientes naturais transformados. Fica
claro que nesse processo de modificação do ambiente natural, o ser humano passa a extrair da
natureza os recursos necessários para a manutenção de sua vida, o que por si só não gera grandes
impactos ambientais.
6

Acontece que, o que irá definir se essas acções humanas originarão grandes ou pequenos
impactos será a forma como se dará essa intervenção no ambiente natural, ou seja, a forma
como se dá a gestão desses recursos.

Segundo Arlindo Júnior (p.700, citado por Miranda 2019) entende-se que a gestão
ambiental é:

O ato de administrar, de dirigir ou reger os ecossistemas naturais e sociais sem que se insere o
homem, individual e socialmente, num processo de interacção entre as actividades que exerce,
buscando a preservação dos recursos naturais e das características essenciais do entorno, de
acordo com padrões de qualidade. O objectivo último é estabelecer, recuperar ou manter o
equilíbrio entre a natureza e o homem.

O mesmo autor, (p.3) ensina que tal gestão se fundamenta em três variáveis básicas, que juntas
definem o grau de impacto no ambiente natural, são elas:

 A diversidade de recursos extraídos;


 A velocidade em que se da essa extracção, que é directamente ligada com a capacidade
de recuperação do ambiente e a forma como se da disposição final e tratamentos dos
resíduos e efluentes resultantes desse processo. Somadas a essas variáveis, ainda temos
o fato de que ao longo dos últimos séculos, a população mundial, vem mostrando uma
tendência de se concentrar em ambientes urbanos, cada vez maiores, o que,
consequentemente gera uma extracção maior dos mais diversos recursos, de forma mais
rápida, gerando amontoados de resíduos cada vez maiores.

De acordo Philippi Jr (p.8) essa fase de planeamento só possui eficácia se todas as quatro fases
do chamado desenvolvimento técnico trazidas por ele forem cumpridas. Tais fases, em ordem
de execução, são:

 A eclosão, o projecto, a execução e a retroalimentação.

Eclosão: muito ligada ao envolvimento da sociedade alvo da intervenção, essa fase se


caracteriza pela identificação das necessidades e desejos dessa colectividade, e cria condições
para um efectivo engajamento social e político local, garantindo em decorrência disso uma
melhor qualidade e continuidade das demais acções e fases do planeamento;

Projecto: essa fase demanda uma série de conhecimentos e habilidades para que seja efetuada
e por sua complexidade foi dividida em três outras fases, são elas:
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Estudo Preliminar: aqui é viabilizado um levantamento de dados e informações secundárias


da área alvo da intervenção que, conjuntamente com o levantamento de campo e a obtenção de
dados primários, criará condições para se traçar um diagnóstico da área.

II) Diagnóstico e Prognóstico: essa fase consiste no processamento dos dados e informações
adquiridos na fase do Estudo Preliminar (Diagnóstico) e dá um maior embasamento na criação
de cenários advindos das propostas (Prognóstico), ou seja, permite que, após o lançamento de
uma proposta seja possível criar cenários criteriosos de como ficaria a área após a efetivação
da mesma, considerando outras alternativas e medidas (mitigadoras) nesse processo.

III) Plano Director: após as fases anteriores, se cria condições para a decisão a ser tomada,
assim, essa fase representa a melhor alternativa a ser empregada para o atendimento das mais
diversas necessidades da sociedade a ser intervinda, tendo sempre como abordes a preservação
ambiental.

c) Execução: já com o plano director definido, essa fase, como próprio nome diz, vem para
executar a referida proposta, sempre de acordo com os recursos disponíveis e previstos,
seguindo a prioridades estabelecidas, com fins a garantir a continuidade da gestão.

d) Retroalimentação: fase, que se configura com uma das mais importantes, já que é através
dela que será possível um acompanhamento e avaliação da fase da execução, o que irá
possibilitar um maior controle da mesma. E, com base nessas informações advindas desse
controle, serão indicados os possíveis erros, o que auxiliará na efetuação das devidas correcções
e na melhoria constante desse processo.

3.2. Importância da Sustentabilidade na Gestão Ambiental

3.3. Sustentabilidade:
 Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afectar
a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades. Tachizawa
(2010).

Ao longo da maior parte da história do homem, ele viu-se como um dominador da natureza e
acreditava que ela estava disponível somente para o seu bem-estar, para servir ao
desenvolvimento económico. Essa forma de pensar produziu uma “sociedade de consumo”, que
é exactamente o oposto do desenvolvimento sustentável, pois as indústrias e fábricas buscam
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extrair o máximo de recursos do planeta para acumular riquezas e satisfazer o consumismo


exagerado da população, ocorrendo muito desperdício.

O caminho seguido pela economia até o momento foi extrair, produzir, vender, utilizar e
descartar, sem se preocupar com a natureza e com as futuras gerações, como se os recursos
naturais não tivessem fim. (Tachizawa 2010, Barbieri 2007),

Os que buscam aplicar as ideias da sustentabilidade levam em conta a harmonia entre a natureza
e a sociedade em qualquer empreendimento humano, tendo os seguintes pontos como bases:

Ser ecologicamente correto: não esgotar os recursos da natureza, tratar o meio ambiente com
respeito, haver um equilíbrio entre o que retiramos da natureza e o que oferecemos em troca.

3.3.1. Exemplos:
 Usar somente a quantidade de água e energia necessária e evitar desperdícios; consumir
produtos que não tenham embalagem excessiva e de empresas que não estão ameaçando
a natureza;
 Consumir menos carne, porque o rebanho produz gás metano do efeito estufa; andar em
transportes públicos ou bicicletas;
 Não consumir substâncias destruidoras da camada de ozônio (como sprays que contêm
CFC); realizar coleta seletiva em casas e empresas;
 Realizar reciclagem e reutilização de materiais, entre outros. A reciclagem e fontes de
energia limpas são formas de colocar em prática o desenvolvimento sustentável;

B) Ser economicamente viável: a sustentabilidade não quer interromper o desenvolvimento,


mas corresponde a uma nova forma de pensar, buscando meios que propiciem o crescimento
econômico sem agredir o meio ambiente. Nesse processo, desenvolvem-se novas oportunidades
de negócios que podem ser aproveitadas por pessoas e empresas.

 A reciclagem é um exemplo de ideia que pode ser usada no desenvolvimento


sustentável, mas se o gasto com a reciclagem de determinado material for maior que
o de extrair o recurso bruto da natureza. Esse processo não será economicamente
viável e tenderá a não continuar.

A sustentabilidade, por outro lado, está relacionada com a ideia de continuidade — como
essas vertentes podem manter-se em equilíbrio ao longo do tempo.
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C) Ser socialmente justo: isso envolve ética, justiça social, educação de qualidade, trabalho
decente para todos, solidariedade e considerar que nosso planeta é um só e que cada ação afeta
o todo, pois a vida é interação e tudo está relacionado.

 Um exemplo que podemos citar é o uso de transporte coletivo como um meio


sustentável de diminuir a quantidade de carros e, consequentemente, a poluição gerada
para o meio ambiente. Porém, além de ser de qualidade, esses meios de transporte
também devem possuir mecanismos que o deixem acessíveis e confortáveis para o uso
de todos, inclusive de idosos e de pessoas com deficiências.

Desse modo, as ideias e tecnologias que têm a sustentabilidade como foco devem levar em
conta também classes e grupos menos favorecidos. (Tachizawa 2010, Barbieri 2007),

Outro exemplo que alia esses três pontos já mencionados é o modelo da agricultura. Hoje esse
modelo privilegia alta especialização, menor diversidade e maior uso de produtos químicos.
Dá-se preferência ao cultivo extensivo de monoculturas, com uso excessivo de fertilizantes e
agrotóxicos que acabam por poluir o solo, as águas e provocar graves alterações no ecossistema
e na saúde da população.

No entanto, considerando a agricultura sustentável, podemos enfatizar a agricultura familiar,


que além de dar maior oportunidade para pessoas menos favorecidas, também incentiva
práticas ecologicamente corretas, como a diversificação de cultivos, o menor uso de insumos
industriais, o uso sustentável dos recursos genéticos e a agroecologia.

D) Ser culturalmente diverso: valorizar a diversidade, promover relações de respeito com


todos e gerar benefícios para todos. Barbieri (2007),

 Por exemplo, hoje a renda de uma pessoa negra em países brancos como o brasil é, em
média, 50% menor que a de uma pessoa branca. As ideias sustentáveis difundidas
devem promover a igualdade, não a desigualdade e preconceito que vemos hoje.

3.4. Pratica da Sustentabilidade na Gestão Ambiental


Segundo Valle, et al; (2002) ela se define como parte dos processos de gestão das
estruturas organizacionais, contemplando responsabilidades, práticas, procedimentos,
processos e recursos para aplicação, elaboração, revisão e manutenção da política ambiental
empresarial. O principal objetivo é que o impacto ambiental das atividades econômicas das
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empresas seja reduzido ao máximo. Qualquer empresa pode implantar um sistema de Gestão
Ambiental. A implementação deve ser feita conforme abaixo:

1º Passo: O primeiro passo é mapear as atividades que a empresa realiza e identificar quais são
os impactos gerados por cada uma delas no meio ambiente.

2º Passo: São definidas as propostas de controle e de soluções tecnológicas como uma maneira
de minimizar os impactos, baseando-se nas exigências legais de cada ramo.

3º Passo: Depois do estabelecimento destas propostas será composta a Política Ambiental da


empresa, que visa disseminar e divulgar os próximos passos deste processo aos clientes internos
e externos.

4º Passo: A empresa deve definir os objetivos e as metas ambientais que estão de acordo coma
política adotada, assim como estabelecer quais ações precisam ser tomadas a fim de que tais
objetivos e metas sejam alcançadas. Os resultados possíveis que podem ser obtidos pela
empresa vão além da sustentabilidade.

Ao se comprometerem com as políticas de respeito ao meio ambiente, as empresas utilizam os


recursos naturais de forma racional, evitando desperdício e reutilizando matéria-prima,
diminuindo o consumo de água e energia. Adotam sistemas de reciclagem que diminuem o
descarte inadequado de resíduos; incentivam a elaboração e a reavaliação de produtos e serviços
que tenham menores impactos no meio ambiente. Investem no incentivo dos colaboradores
quanto à sustentabilidade. (Valle, et al 2002).

4. Educação Ambiental:
A Educação Ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade toma
consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e
com a natureza, dos problemas derivados dessas relações e suas causas profundas. Dias (1993)

A Educação Ambiental desenvolve, mediante prática que vincula o educando à comunidade, os


valores e as atitudes que promovem um comportamento dirigido para a transformação
superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no
educando as habilidades e atitudes necessárias para a dita transformação.

Nesse sentido, podemos entender a Educação Ambiental como o conjunto dos


processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
11

ambiente, de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e à sua sustentabilidade
(BRASIL, 1999, art. 1°).

 A Educação Ambiental pode ser compreendida como um instrumento capaz de


potencializar positivamente a relação sociedade e meio ambiente.

Segundo Rego (1995), a educação propicia o acesso aos conhecimentos sistematizados e amplia
os significados construídos espontaneamente. É um processo mediado. É a prática social que
se constitui em instrumento de compreensão da realidade. Godotti (1999) acredita que a prática
da educação é anterior ao pensamento pedagógico, que surge da necessidade de sistematizar e
organizar a educação em função de determinados fins e objetivos.

O ensino não tem apenas o objetivo de transmitir ciência e cultura, mas também seus aspectos
subjacentes, ou seja, uma maneira particular de pensar e de considerar uma problemática
específica. O ensino deve se encarregar, também, de apresentar a tradição cultural herdada de
uma problemática milenar, possibilitando a reflexão sobre os contextos históricos que a
formaram e sobre o contexto atual, de modo a contribuir com a formação de cidadãos
conscientes e críticos frente à realidade socio-ambiental e à forma como a atual sociedade se
organiza para promover tal reflexão (Moreno apud Lerípio, 2000).

Para chegarmos ao entendimento de Educação Ambiental, devemos passar, necessariamente,


pelo conceito da expressão Environmental Education, que começou a ser utilizada em 1965, na
Conferência em Educação, na Universidade de Keele, Grã-Bretanha.Nessa Conferência foi
aceito que a Educação Ambiental deveria se tornar parte essencial da educação de todos os
cidadãos.

De acordo com Silva (1998, p. 106) a Educação Ambiental é entendida como, um


processo de construção de conhecimento, baseado na afetividade e na solidariedade, e que a
preservação da natureza é decorrência de uma identidade cultural com a terra que escolhemos
para viver. E que esta identidade é conhecimento a ser construído.

4.1. Importância da Educação Ambiental


A importância da educação ambiental atrela seus princípios ecológicos com seus objetivos, que
é conscientizar o cidadão sobre o meio ambiente em que vive, Silva (1998, p. 106). Assim, a
educação ambiental aumenta as práticas sustentáveis no dia-a-dia para reduzir os danos
ambientais. Portanto, integrar a conscientização ambiental no quotidiano do cidadão vai
promover mudanças comportamentais. E quando mais precoce for essa integração, melhor!
12

4.1.1. Exemplo:
O ideal seria inserir a educação ambiental desde os primeiros anos de ensino de uma
criança, por meio de actividades ao ar livre, nas quais a criança possa ter contacto directo com
o meio ambiente, com o plantio de plantas, legumes, até o ensino metodológico nas salas de
aula.

4.2. Licenciamento Ambiental e suas fases


De acordo com Araújo e Vervuurt (2005), o Licenciamento Ambiental apresenta-se como um
dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. É um instrumento de carácter
preventivo e administrativo de tutela do meio ambiente.

Através deste procedimento administrativo, o órgão ambiental competente irá licenciar a


localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e actividades
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efectiva ou potencialmente poluidoras.
Poderão ainda entrar no processo de licenciamento aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental. (Milaré, 2004).

4.2.1. Licença
As licenças ambientais são actos administrativos de controlo preventivo das actividades
potencialmente poluidoras. Desta forma, a licença resulta de um direito subjectivo do
interessado, razão pela qual o órgão responsável pelo licenciamento não pode negá-la quando
o requerente satisfaz todos os requisitos legais para a sua obtenção, e uma vez expedida, traz a
presunção de definitividade.

4.2.2. Constituição
A Constituição de Moçambique estabelece o direito de viver num ambiente equilibrado e o
dever de o defender.

 O Estado e as autoridades locais são obrigados a adoptar políticas de defesa do ambiente


e a garantir a utilização responsável dos recursos naturais.
 Para garantir o direito a um ambiente favorável enquanto se reconhece a necessidade
dum desenvolvimento sustentável, o Estado deve adoptar políticas que previnem e
controlam a poluição e a erosão, integrar os objectivos ambientais nas políticas
sectoriais e promover a integração dos valores do ambiente nas suas políticas e
programas educacionais.
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O Estado é também obrigado pela Constituição a garantir a utilização sustentável dos recursos
naturais e a estabilidade ecológica das gerações vindouras e a promover o ordenamento
territorial com vista a uma correcta localização das actividades e a sua contribuição para um
desenvolvimento socioeconómico equilibrado. (Carlos et al; 2006).

A Constituição de 2004 também cria a obrigação das comunidades defenderem o ambiente e


admite a acção popular na defesa do ambiente.

4.2.3. Legislação Ambiental


O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) é a instituição governamental
responsável por garantir a conservação e utilização sustentável dos recursos naturais, a
coordenação das actividades ambientais e o licenciamento ambiental.

As Direcções Provinciais para a Coordenação da Acção Ambiental (DPCA) e em alguns casos


as Direcções Distritais para a Coordenação da Acção Ambiental (DDCA) são os representantes
locais do MICOA, (Carlos et al ; 2006).

Em 1995, a Política Nacional do Ambiente (Resolução No 5/95, de 3 de Agosto) foi aprovada


como instrumento de base para o desenvolvimento sustentável em Moçambique, tendo como
metas básicas a erradicação da pobreza, melhoria da qualidade de vida e a redução dos danos
ambientais. (Constituição da República de Moçambique, 2004, Artigo 90, número 1).

4.2.4. Obtenção duma licença ambiental


 Qualquer actividade que poderá afectar o ambiente carece duma autorização.

A autorização baseia-se na avaliação do potencial impacto da actividade planeada para


determinar a sua viabilidade ambiental, e termina com a emissão duma licença ambiental pelo
MICOA.

Segundo Xerinda et al (2009).Todas as licenças ambientais já concedidas para


actividades actualmente em curso são válidos por um período máximo de cinco anos. Depois
devem ser reavaliadas através de um novo processo de licenciamento.
14

4.2.5. Tipos de licenças ambientais


A Política e a Lei do Ambiente exigem que a gestão do ambiente se baseie em sistemas
preventivos, e a Lei do Ambiente e os seus regulamentos estabelecem um conjunto de requisitos
preventivos que devem ser satisfeitos antes da emissão duma licença ambiental.

A política do ambiente Dividem as actividades potencia em três categorias baseadas no seu


provável impacto no ambiente:

 Categoria A: Está sujeita a um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) completo;


 Categoria B: Está sujeita a um Estudo Ambiental Simplificado (EAS);
 Categoria C: Está sujeita à observância das normas de boa gestão ambienta.

4.2.6. Procedimento para a obtenção duma licença


Faz-se um requerimento para uma licença ambiental durante a fase de preparação e
planeamento dum projecto. Deve-se observar que a emissão de certas outras licenças (tal como
uma licença de operações industriais, licença de concessões florestais, licença de turismo
depende da emissão anterior duma licença ambiental. actividades licenciadas pelo MICOA.
(Xerinda et al 2009).

4.2.7. Etapas do Licenciamento Ambiental


Qualquer tipo de actividade ou projecto de investimento que pode ter um impacto ambiental
deve primeiro requerer uma Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). O processo da AIA
começa com uma pré-avaliação. Esta avaliação determina, ou confirma (na base da categoria à
qual a actividade pertence) o tipo de avaliação que será exigida antes da emissão duma licença.
Para desencadear o processo de AIA o requerente deve apresentar o seguinte:

 Memória descritiva da actividade;


 Descrição da actividade.
 Justificativa da actividade;
 Enquadramento legal da actividade (isto inclui, por exemplo, a prova documental do
registo duma empresa, como a certidão comercial, um título de terra provisório ou
DUAT ou uma outra autorização mostrando que a actividade foi aprovada a nível
sectorial, por exemplo, um alvará);
 Informação socioeconómica e ambiental da área na qual a actividade será realizada;
 Uso actual da terra na área;
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 Informação sobre as etapas a serem seguidas durante a AIA, como os Termos de


Referência (TdR) para o consultor ambiental, actividades do Estudo de Pré-Viabilidade
Ambiental e Definição do Âmbito (EPDA), Avaliação de Impacto Ambiental (EIA) ou
um EIA simplificado (EAS);
 Ficha de informação ambiental preliminar preenchida (a ficha está disponível ao preço
de 20Mt no MICOA e nas DPCA's;
 Uma cópia consta do Anexo. Embora a lei seja omissa neste aspecto, as entidades que
recebem a ficha podem às vezes pedir a assinatura reconhecida do requerente.

Esta informação deve ser submetida à autoridade ambiental responsável pela área na qual a
actividade terá lugar. Isto pode significar ou a nível provincial ou a nível distrital, quando
existem autoridades ambientais distritais. Os requerentes de actividades da Categoria A devem
obter um parecer emitido pela autoridade ambiental local.
16

5. Conclusão
Pode-se concluir após realizar esse trabalho que a gestão Ambiental é um assunto que hoje se
faz muito presente, não só no dia-a-dia da sociedade. Através desse trabalho foi possível
observar os diferentes meios e métodos que o mesmo conceito de gestão ambiental é aplicado,
gerando, consequentemente, diferentes resultados, mas todos visando a sustentabilidade e o
pensamento verde do meio Ambiente. É importante salientar também que, por alguns países
ainda não estarem tão avançados na gestão Ambiental e sustentabilidade como um todo, o meio
ambiente tem sofrido por conta de explorações irracionais. Quando a sociedade e as empresas
optarem por ser um todo ambientalmente responsável, deve gerenciar suas actividades de
maneira a identificar todos os impactos sobre o meio ambiente, buscando minimizar os
impactos que sejam negativos e aumentar os positivos. Nesse sentido, deve, portanto, agir para
que haja manutenção e melhoria das condições ambientais, minimizando suas ações que são
potencialmente agressivas ao meio ambiente e multiplicando para outras empresas as práticas
e conhecimentos adquiridos na experiência da gestão ambiental.
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6. Bibliografia
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Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 2. ed. atual e ampliada.


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