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(Licenciatura em Agro-pecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Gilda Victor Joaquim
(Licenciatura em Agro-pecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4
1.1.2. Específicos:........................................................................................................... 4
2. Metodologia .................................................................................................................... 4
3.3. Sustentabilidade:...................................................................................................... 7
4.1.1. Exemplo:............................................................................................................. 12
5. Conclusão ......................................................................................................................... 16
6. Bibliografia ....................................................................................................................... 17
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1. Introdução
O presente trabalho preconiza assuntos refentes a cadeira de Ecologia, o mesmo visa abordar
assuntos relacionados com a gestão ambiental, educação ambiental e legislação ambiental,
mencionados os temas, importa referir que a questão ambiental está inserida nas diversas áreas
de estudo da economia, uma vez que o meio ambiente é fonte de matérias-primas e energia,
local de despejo do rejeito das atividades produtivas e contribui de maneira significativa para o
bem-estar da população. Afinal, a economia é por muitos definida como a ciência que aloca
recursos escassos para fins alternativos. A dependência do homem em relação ao seu meio-
ambiente é inegável. É do meio que ele recebe o ar que respira, e de onde ele extrai seu alimento,
sua bebida, e sua protecção contra as ações de fatores biótico e abióticos. É também desse meio
que ele extrai materiais para suas ferramentas e construções (recursos naturais), a energia para
mover suas máquinas e ferramentas (recursos energéticos), e onde ele descarta seus dejectos e
resíduos. Cuidar do meio-ambiente significa, portanto, preservar a própria espécie humana. O
homem é um ser social, cuja sobrevivência depende de uma organização social iniciada no
ambiente familiar. O conjunto de famílias assentadas numa determinada localidade forma uma
comunidade, e a ampliação disso resulta no que conhecemos como sociedade. A constatação
de que os recursos naturais do planeta estavam chegando ao seu limite data do final dos anos
60, e nas três últimas décadas este assunto evidenciou-se, pois, os danos causados ao meio
ambiente de origem antrópica acompanharam o ritmo de crescimento económico, a partir destes
pressupostos surge a necessidade da preservação e manutenção dos recursos naturais, hoje
conhecida como gestão Ambiental.
1.1. Geral:
Discrever a Gestão, Edução, Licenciamento Ambiental e suas Fases.
1.1.2. Específicos:
Explicar as fases exitentes ;
2. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, recorreu-se a métodos de pesquisa exploratória e revisão
bibliográfica, na qual fez-se consulta nas obras literárias de vários autores.
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3. Gestão Ambiental
3.1. Gestão:
Por definição, gestão é o ato de gerir (gerência; administração; direcção); e pode ser entendida
como o processo de tomar decisões sobre objectivos e recursos. Ou seja, é a acção de integrar
pessoas, estruturas e recursos orientados para um objectivo comum.
Essa definição nos remete à existência de uma instituição a ser gerida ou administrada, seja
pública ou privada, cabendo aos gestores adoptarem práticas responsáveis de gestão aliadas aos
objectivos das organizações.
De acordo com Andrade, Tachizawa e Carvalho (2002) afirmam que a preocupação com
as questões ambientais extrapolou a função exclusiva de protecção para tornar-se também uma
função da administração ou da gestão. O gerenciamento ambiental não se limita à Ciência da
Administração Pública ou Privada.
Sociologia,
Economia,
Finanças,
Teoria do Estado,
Teoria das Organizações,
Psicologia, Direito e Planeamento, entre outros.
Pode-se dizer que o processo considerado como gestão ambiental, se inicia a partir do momento
em que o homem modifica e adapta o ambiente natural com a finalidade de atender as suas
necessidades, sejam elas individuais ou colectivas, fazendo com que surjam ambientes urbanos,
que nada mais é do que o resultado de aglomerações em ambientes naturais transformados. Fica
claro que nesse processo de modificação do ambiente natural, o ser humano passa a extrair da
natureza os recursos necessários para a manutenção de sua vida, o que por si só não gera grandes
impactos ambientais.
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Acontece que, o que irá definir se essas acções humanas originarão grandes ou pequenos
impactos será a forma como se dará essa intervenção no ambiente natural, ou seja, a forma
como se dá a gestão desses recursos.
Segundo Arlindo Júnior (p.700, citado por Miranda 2019) entende-se que a gestão
ambiental é:
O ato de administrar, de dirigir ou reger os ecossistemas naturais e sociais sem que se insere o
homem, individual e socialmente, num processo de interacção entre as actividades que exerce,
buscando a preservação dos recursos naturais e das características essenciais do entorno, de
acordo com padrões de qualidade. O objectivo último é estabelecer, recuperar ou manter o
equilíbrio entre a natureza e o homem.
O mesmo autor, (p.3) ensina que tal gestão se fundamenta em três variáveis básicas, que juntas
definem o grau de impacto no ambiente natural, são elas:
De acordo Philippi Jr (p.8) essa fase de planeamento só possui eficácia se todas as quatro fases
do chamado desenvolvimento técnico trazidas por ele forem cumpridas. Tais fases, em ordem
de execução, são:
Projecto: essa fase demanda uma série de conhecimentos e habilidades para que seja efetuada
e por sua complexidade foi dividida em três outras fases, são elas:
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II) Diagnóstico e Prognóstico: essa fase consiste no processamento dos dados e informações
adquiridos na fase do Estudo Preliminar (Diagnóstico) e dá um maior embasamento na criação
de cenários advindos das propostas (Prognóstico), ou seja, permite que, após o lançamento de
uma proposta seja possível criar cenários criteriosos de como ficaria a área após a efetivação
da mesma, considerando outras alternativas e medidas (mitigadoras) nesse processo.
III) Plano Director: após as fases anteriores, se cria condições para a decisão a ser tomada,
assim, essa fase representa a melhor alternativa a ser empregada para o atendimento das mais
diversas necessidades da sociedade a ser intervinda, tendo sempre como abordes a preservação
ambiental.
c) Execução: já com o plano director definido, essa fase, como próprio nome diz, vem para
executar a referida proposta, sempre de acordo com os recursos disponíveis e previstos,
seguindo a prioridades estabelecidas, com fins a garantir a continuidade da gestão.
d) Retroalimentação: fase, que se configura com uma das mais importantes, já que é através
dela que será possível um acompanhamento e avaliação da fase da execução, o que irá
possibilitar um maior controle da mesma. E, com base nessas informações advindas desse
controle, serão indicados os possíveis erros, o que auxiliará na efetuação das devidas correcções
e na melhoria constante desse processo.
3.3. Sustentabilidade:
Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afectar
a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades. Tachizawa
(2010).
Ao longo da maior parte da história do homem, ele viu-se como um dominador da natureza e
acreditava que ela estava disponível somente para o seu bem-estar, para servir ao
desenvolvimento económico. Essa forma de pensar produziu uma “sociedade de consumo”, que
é exactamente o oposto do desenvolvimento sustentável, pois as indústrias e fábricas buscam
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O caminho seguido pela economia até o momento foi extrair, produzir, vender, utilizar e
descartar, sem se preocupar com a natureza e com as futuras gerações, como se os recursos
naturais não tivessem fim. (Tachizawa 2010, Barbieri 2007),
Os que buscam aplicar as ideias da sustentabilidade levam em conta a harmonia entre a natureza
e a sociedade em qualquer empreendimento humano, tendo os seguintes pontos como bases:
Ser ecologicamente correto: não esgotar os recursos da natureza, tratar o meio ambiente com
respeito, haver um equilíbrio entre o que retiramos da natureza e o que oferecemos em troca.
3.3.1. Exemplos:
Usar somente a quantidade de água e energia necessária e evitar desperdícios; consumir
produtos que não tenham embalagem excessiva e de empresas que não estão ameaçando
a natureza;
Consumir menos carne, porque o rebanho produz gás metano do efeito estufa; andar em
transportes públicos ou bicicletas;
Não consumir substâncias destruidoras da camada de ozônio (como sprays que contêm
CFC); realizar coleta seletiva em casas e empresas;
Realizar reciclagem e reutilização de materiais, entre outros. A reciclagem e fontes de
energia limpas são formas de colocar em prática o desenvolvimento sustentável;
A sustentabilidade, por outro lado, está relacionada com a ideia de continuidade — como
essas vertentes podem manter-se em equilíbrio ao longo do tempo.
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C) Ser socialmente justo: isso envolve ética, justiça social, educação de qualidade, trabalho
decente para todos, solidariedade e considerar que nosso planeta é um só e que cada ação afeta
o todo, pois a vida é interação e tudo está relacionado.
Desse modo, as ideias e tecnologias que têm a sustentabilidade como foco devem levar em
conta também classes e grupos menos favorecidos. (Tachizawa 2010, Barbieri 2007),
Outro exemplo que alia esses três pontos já mencionados é o modelo da agricultura. Hoje esse
modelo privilegia alta especialização, menor diversidade e maior uso de produtos químicos.
Dá-se preferência ao cultivo extensivo de monoculturas, com uso excessivo de fertilizantes e
agrotóxicos que acabam por poluir o solo, as águas e provocar graves alterações no ecossistema
e na saúde da população.
Por exemplo, hoje a renda de uma pessoa negra em países brancos como o brasil é, em
média, 50% menor que a de uma pessoa branca. As ideias sustentáveis difundidas
devem promover a igualdade, não a desigualdade e preconceito que vemos hoje.
empresas seja reduzido ao máximo. Qualquer empresa pode implantar um sistema de Gestão
Ambiental. A implementação deve ser feita conforme abaixo:
1º Passo: O primeiro passo é mapear as atividades que a empresa realiza e identificar quais são
os impactos gerados por cada uma delas no meio ambiente.
2º Passo: São definidas as propostas de controle e de soluções tecnológicas como uma maneira
de minimizar os impactos, baseando-se nas exigências legais de cada ramo.
4º Passo: A empresa deve definir os objetivos e as metas ambientais que estão de acordo coma
política adotada, assim como estabelecer quais ações precisam ser tomadas a fim de que tais
objetivos e metas sejam alcançadas. Os resultados possíveis que podem ser obtidos pela
empresa vão além da sustentabilidade.
4. Educação Ambiental:
A Educação Ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade toma
consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e
com a natureza, dos problemas derivados dessas relações e suas causas profundas. Dias (1993)
ambiente, de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e à sua sustentabilidade
(BRASIL, 1999, art. 1°).
Segundo Rego (1995), a educação propicia o acesso aos conhecimentos sistematizados e amplia
os significados construídos espontaneamente. É um processo mediado. É a prática social que
se constitui em instrumento de compreensão da realidade. Godotti (1999) acredita que a prática
da educação é anterior ao pensamento pedagógico, que surge da necessidade de sistematizar e
organizar a educação em função de determinados fins e objetivos.
O ensino não tem apenas o objetivo de transmitir ciência e cultura, mas também seus aspectos
subjacentes, ou seja, uma maneira particular de pensar e de considerar uma problemática
específica. O ensino deve se encarregar, também, de apresentar a tradição cultural herdada de
uma problemática milenar, possibilitando a reflexão sobre os contextos históricos que a
formaram e sobre o contexto atual, de modo a contribuir com a formação de cidadãos
conscientes e críticos frente à realidade socio-ambiental e à forma como a atual sociedade se
organiza para promover tal reflexão (Moreno apud Lerípio, 2000).
4.1.1. Exemplo:
O ideal seria inserir a educação ambiental desde os primeiros anos de ensino de uma
criança, por meio de actividades ao ar livre, nas quais a criança possa ter contacto directo com
o meio ambiente, com o plantio de plantas, legumes, até o ensino metodológico nas salas de
aula.
4.2.1. Licença
As licenças ambientais são actos administrativos de controlo preventivo das actividades
potencialmente poluidoras. Desta forma, a licença resulta de um direito subjectivo do
interessado, razão pela qual o órgão responsável pelo licenciamento não pode negá-la quando
o requerente satisfaz todos os requisitos legais para a sua obtenção, e uma vez expedida, traz a
presunção de definitividade.
4.2.2. Constituição
A Constituição de Moçambique estabelece o direito de viver num ambiente equilibrado e o
dever de o defender.
O Estado é também obrigado pela Constituição a garantir a utilização sustentável dos recursos
naturais e a estabilidade ecológica das gerações vindouras e a promover o ordenamento
territorial com vista a uma correcta localização das actividades e a sua contribuição para um
desenvolvimento socioeconómico equilibrado. (Carlos et al; 2006).
Esta informação deve ser submetida à autoridade ambiental responsável pela área na qual a
actividade terá lugar. Isto pode significar ou a nível provincial ou a nível distrital, quando
existem autoridades ambientais distritais. Os requerentes de actividades da Categoria A devem
obter um parecer emitido pela autoridade ambiental local.
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5. Conclusão
Pode-se concluir após realizar esse trabalho que a gestão Ambiental é um assunto que hoje se
faz muito presente, não só no dia-a-dia da sociedade. Através desse trabalho foi possível
observar os diferentes meios e métodos que o mesmo conceito de gestão ambiental é aplicado,
gerando, consequentemente, diferentes resultados, mas todos visando a sustentabilidade e o
pensamento verde do meio Ambiente. É importante salientar também que, por alguns países
ainda não estarem tão avançados na gestão Ambiental e sustentabilidade como um todo, o meio
ambiente tem sofrido por conta de explorações irracionais. Quando a sociedade e as empresas
optarem por ser um todo ambientalmente responsável, deve gerenciar suas actividades de
maneira a identificar todos os impactos sobre o meio ambiente, buscando minimizar os
impactos que sejam negativos e aumentar os positivos. Nesse sentido, deve, portanto, agir para
que haja manutenção e melhoria das condições ambientais, minimizando suas ações que são
potencialmente agressivas ao meio ambiente e multiplicando para outras empresas as práticas
e conhecimentos adquiridos na experiência da gestão ambiental.
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6. Bibliografia
ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; CARVALHO, Ana Barreiros de. Gestão Ambiental:
Enfoque Estratégico Aplicado ao Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Makron Books,
2000.
BARBIERI, José Carlos. Avaliação de impacto ambiental na legislação brasileira. RAE, São
Paulo, v. 35, n. 2, p. 78-85, 1996.
Colectânea de Legislação do Ambiente – Carlos Serra Jr, CFJJ, Maputo 2006 Directiva Geral
para a Elaboração de Estudos de Impacto Ambiental – MICOA, Maputo 2006
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 2. ed. São Paulo: Gaia,
1993.
GODOTTI, Moacir. Histórias das Ideias Pedagógicas. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999.
GUEVARA Arnoldo José de Hoyos, Bruno Miranda, Izabela Moretto e Rafael Moreto
Sustentabilidade são Paulo; 1s 2019.
SILVA, Maria Aparecida da; CUNHA, Cristiano José Castro de Almeida. A aprendizagem de
professores da Universidade Federal de Santa Catarina para dirigir as unidades universitárias.
2000. 268 f.
TACHIZAWA, Takeshy; Qualidade Ambiental: ISO 14000. 4. ed. Revisada e ampliada. São
Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2002.
VALLE, Cyro Eyer. Como se preparar para as normas ISO 14000: Qualidade Ambiental. 2.
ed. São Paulo: pioneira, 1996.