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Educação Ambiental: o uso da cartografia nas práticas

de preservação do ambiente na EEEFM Dr. Agostinho


Monteiro, Ananindeua-PA
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Cícero Júnior Pinto da Silva
2
João Vitor da Costa Lima
3
Williame Souza do Espirito Santo
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Yhan Carlos Mourão dos Santos

1 INTRODUÇÃO

O meio ambiente é um tema que vem tendo um certo destaque na


mídia, já há algum tempo, principalmente devido aos problemas ambientais,
como o ocorrido na cidade de Mariana, município de Minas Gerais, no ano
de 2015, onde houve o rompimento da barragem conhecida como fundão
da mineradora samarco. Tal incidente provocou uma enxurrada de lama que
continha os resíduos da mineração o que acabou devastando o distrito de
Bento Rodrigues, além de poluir as águas do rio doce, inviabilizando o uso
da água do rio.
Já em uma realidade mais próxima houve o tombamento de um navio
de grande porte com cinco mil cabeças de bois vivos, que acabaram morrendo
e prejudicando toda a comunidade próxima da cidade de Barcarena, no
Pará. Há também o problema que vem ocorrendo com o aterro sanitário na
Cidade de Marituba, no Pará, que tem gerado muita insatisfação em seus
moradores devido ao odor forte que exala, além de ter prejudicado uma parte
considerável da população. Como afirma Vasconcelos (2017, p. 08) “Os
moradores do entorno do aterro, situado nas proximidades do rio Uriboca

1
Acadêmico de Geografia e bolsista de iniciação científica no IFPA, cicerojrsilvageo@gmail.com.
2
Acadêmico de Geografia e bolsista de iniciação científica no IFPA, jvcvitor2009@hotmail.com.
3
Acadêmico de Geografia e bolsista de iniciação científica no IFPA, williamesanto20@gmail.com.
4
Acadêmico de Geografia e bolsista de iniciação científica no IFPA,yhaan.mourao@gmail.com.
têm sofrido diretamente com o forte odor, problemas de pele, e especialmente
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contaminação do ar e da água”.
Diante disso a educação ambiental como prática na Geografia se faz
necessária para que se possa estimular o olhar crítico do aluno para estes
problemas que estão muitos próximos de suas realidades, aliando para isso,
o uso da Cartografia, uma vez que ela e a Geografia sempre tiveram um
papel importante na vida do homem. Pois, uma analisa o espaço geográfico
enquanto a outra prioriza a organização do espaço e sua representação.
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Nesse sentido o Projeto do PIBID Geografia IFPA tem como objetivo
perceber a condição ambiental da E. E. E. F. M. Dr. Agostinho Monteiro,
Ananindeua/PA, e demonstrar a importância da Cartografia nas práticas
sustentáveis na escola, e tentará responder a problemática: “De que forma
a utilização da cartografia pode contribuir para a preservação do ambiente
na escola?”.
Como metodologia para a realização deste projeto, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica dos estudos dos principais autores que debatem esta
temática, afim de viabilizar a discussão dos assuntos abordados. Foram realizadas
visitas in loco, oficinas debate, produções e a realização de atividades para
análises dos alunos. Estas atividades estão relacionadas com outras do subprojeto
Geografia, como o Cine-Escola, Clube de Geografia e Observatório da Cidade.
O artigo possui três capítulos, o primeiro destaca a concepção teórica
do uso da Cartografia na Educação Ambiental no âmbito da escola; o segundo
demonstra como ocorreram as oficinas in loco e o que foi trabalhado nas
turmas em que o projeto atua; o terceiro mostra os resultados e discussões
obtidos ao longo do projeto.

2 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O USO DA CARTOGRAFIA

Através dos debates acerca da relação da sociedade com a natureza


temos uma significação das importantes vertentes que os questionamentos
dentro da Geografia podem instigar. A Educação Ambiental surge como uma

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O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) foi criado em 2007
pelo Ministério de Educação e implementado pela CAPES/FNDE com a finalidade de valorizar
o magistério e apoiar estudantes de licenciatura plena das instituições federais e estaduais de
educação superior.

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das ferramentas de debate sobre a realidade em que a população lida com o

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meio natural e de que forma ela se apropria desse meio, ou seja, como ela
utiliza o espaço e os recursos que estes apresentam.
A utilização do meio natural pelo homem, desde os primórdios, é algo
de extrema importância para a sua sobrevivência. As atividades como a caça
e a pesca são formas que o homem encontrou para utilizar e conviver com
a natureza. Com isso, ao longo dos anos, a relação do homem com o meio
ambiente torna-se uma constante adaptação com o meio natural. Porém, a
forma como a sociedade utiliza os recursos afeta diretamente o meio ambiente.
Assim, visando sensibilizar a sociedade acerca do meio ambiente e de
sua preservação foi introduzido a Educação Ambiental nas escolas. De forma
que suas contribuições abordem a importância dos recursos naturais, e sobre
como a sociedade deve pensar e agir com relação ao meio ambiente.
De acordo com Rodriguez (2009, p.175), a educação ambiental “[...]
é um processo de aprendizagem e comunicação das questões relacionadas
com a interação dos seres humanos com o ambiente, tanto em âmbito
global, natural, como no criado pelo homem”. Assim, a Educação Ambiental
se transforma em uma importante ferramenta para auxiliar na reflexão da
sociedade sobre o meio ambiente, de forma que dentro das instituições de
ensino a sua utilização pode seguir diferentes perspectivas para o seu ensino.
Na Geografia, a utilização da Educação Ambiental é importante para
tratar da relação homem x natureza, para isso, o conhecimento da ciência
geográfica é algo necessário para realizar debates acerca do meio ambiente.
Essa adaptação se dá a partir do momento em que é percebida a forma com
que o homem começa a interferir na natureza, ocasionando, assim, diferentes
impactos no meio ambiente, para isso, é necessário uma reflexão deste assunto
através da perspectiva da Geografia. Segundo Monteiro (2015, p. 282).

“A partir dessa concepção nota-se que a ciência geográfica


foi adaptando suas teorizações acerca da relação do homem
com a natureza, passando a reformular suas concepções
e trazendo para o centro de suas discussões a presença
humana, que já estava demonstrando sua capacidade de
interferência na transformação da natureza. Contudo,
notou-se que houve um processo acelerado de apropriação
e transformação do meio natural, sendo necessário

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se repensar o modo pelo qual o ser humano vem se
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apropriando deste espaço [...]”

Através disso, é evidente que o uso da Educação Ambiental nas escolas é


de extrema importância para o desenvolvimento do olhar crítico da sociedade
acerca do meio ambiente e da forma como se relacionar com a natureza e
seus recursos, Conforme Monteiro (2015, p. 285).

“A Educação Ambiental, é vista pela Geografia como


a ferramenta para que os cidadãos tornem-se seres
mais críticos e com capacidades de ação diante de
suas responsabilidades. Essa criticidade é adquirida
inicialmente a partir da descoberta da realidade vivenciada
pelos educandos a fim de facilitar o seu processo de
conhecimento a partir do seu cotidiano[...]”.

Com isso, pode-se identificar que para utilizar a Educação Ambiental


como forma de auxiliar as pessoas a refletir acerca do meio ambiente, a ciência
geográfica busca, através de diversas formas e ferramentas, o uso desta relação
do homem com a natureza para a formação do senso crítico da sociedade.
Logo, compreendendo o espaço geográfico como algo dinâmico e vivo,
onde o indivíduo intervém no meio e é capaz de produzir a própria maneira
de construir a sociedade, a Cartografia é de suma importância, pois tem como
objeto a investigação do espaço.
Não há como ver o espaço sem colocá-lo no plano, assim como não
se pode representar um espaço vazio de informação. Logo, de acordo com
PASSINI (2011), a Cartografia é uma linguagem que interage com o sujeito,
facilitando a descoberta do objeto de investigação: o espaço geográfico.
Sendo assim, o mapa permite ver o problema, seu tamanho, dimensão, sua
espacialidade e suas implicações com os espaços contíguos, e ajudam a planejar
e acompanhar as ações.
Partindo desta lógica, os mapas são um convite para os alunos pensarem
o espaço. No entanto, para se ter a percepção e criticidade da realidade
que estão contidos neste plano, o aluno precisa de um nível de leitura e
alfabetização dos mapas relevante para torna-se crítico e reflexivo. Pois, ele
com o nível de leitura desejado, deve segundo Passini (2011, p. 144). “[...]
ver o problema, analisá-lo e investigar caminhos para sua solução. [...]”

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Sendo assim, o sujeito deve conseguir ler, conhecer e compreender as

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informações expostas no globo, pois, para Foucault (apud Passini, 2011):

“O mundo é coberto de signos que é preciso decifrar, e estes


signos, que revelam semelhanças e afinidades, não passam,
eles próprios, de formas de similitude. Conhecer será,
pois, interpretar: ir da marca visível ao que se diz através
dela e, sem ela, permaneceria palavra muda, adormecida
nas coisas” (FOUCAULT apud PASSINI, 2011, p. 143).

A leitura deve possibilitar enxergar o objeto de estudo, contribuindo


para que ele seja lido numa coordenação de ações, ajudando o indivíduo a
passar de um conhecimento menor para um conhecimento melhorado a
respeito da leitura dos mapas. Sendo assim, a alfabetização cartográfica vem
contribuir para a transposição didática, abordando o mapa do ponto de
vista cognitivo e metodológico, para que as habilidades como a observação,
levantamento, tratamento e análise de dados possam desenvolver noções
necessárias ao aluno.
O trabalho com mapa mental vem contribuir para que o aluno
desenvolva as noções e habilidades destacada acima, posto Passini (2011, p. 148)
“[...] os alunos vivenciariam as técnicas de mapear: observar, levantar dados,
selecionar, classificar, ordenar, generalizar, codificar para chegar ao mapa. [...]”
Esta atividade relativamente simples, contribui para o aperfeiçoamento do
nível de leitura do sujeito, facilitando, com o passar do tempo, a prática de leitura
dos mapas. Desenvolvendo assim, as competências de ler e ver as informações
pontuais em unidade e posteriormente, ao nível analítico, mais detalhado.

3 AÇÕES DO PIBID GEOGRAFIA NA ESCOLA AGOSTINHO


MONTEIRO

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Agostinho


Monteiro, localiza-se no Conjunto Cidade Nova II, WE 16, SN em
Ananindeua, Pará (Figura 1). A escola tem 1.516 alunos, sendo 300 do 6º
ao 9º ano do Ensino Fundamental, e 655 alunos do Ensino Médio e 561
alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) (QUEDU, 2017). E funciona
nos turnos, manhã, tarde e noite.

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Figura 1: Escola Estadual Agostinho Monteiro, Ananindeua-PA
Entre a Escola e a Academia: saberes e fazeres da prática docente nas experiências do PIBID-geografia

Fonte: Cícero Silva/2017.

A figura acima mostra o lócus da pesquisa onde o projeto PIBID


Geografia-IFPA foi desenvolvido. A Escola Agostinho Monteiro é parceira
do Projeto PIBID Geografia- IFPA desde o ano 2014, tendo como supervisor
o Professor José Alves.
O projeto atual iniciou no mês de abril de 2017 e foi concluído em
fevereiro de 2018. No início, trabalhou-se com três turmas, entretanto,
devido à mudança no horário do professor supervisor, passou a trabalhar
com duas turmas de primeiro ano. Uma (turma 101), que tem 40 alunos
e outra (turma 103) com 25 alunos, devido a presença de uma aluna com
necessidades especiais.
Na primeira oficina desenvolvida, buscou-se apresentar o projeto
PIBID Geografia- IFPA, bem como seu objetivo, que é possibilitar que o
universitário possa desenvolver sua prática docente, além de instigar a pesquisa
em parceria com alunos da escola. Buscou-se mostrar, também, o que já tinha
sido trabalhado no ano anterior na referida escola, além de outros projetos
desenvolvidos em outras parceiras, como a Escola Estadual Ruth Rosita e a
Escola Estadual Mario Barbosa. Na oportunidade também foi apresentado
o tema do projeto que seria desenvolvido.
Na segunda oficina foi adotado como temática “Importância das Práticas
Sustentáveis” e a exibição da animação “Homem Capitalista” nas turmas. Com
a finalidade de motivar os alunos a expor o que haviam compreendido.

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Na terceira oficina foi exposto o debate sobre o “Histórico da

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Evolução da Sustentabilidade”, no qual foi dado ênfase em como a ideia da
sustentabilidade foi sendo desenvolvida ao longo da segunda metade do século
XX, a fim de mostrar aos alunos que esta visão foi amadurecida ao longo dos
anos, e que não foi algo posto de uma hora para outra.
Na quarta oficina de práticas de sustentabilidade, buscou-se abordar
quais práticas são sustentáveis, e como ser sustentável no seu dia a dia na
turma, e neste momento abriu-se o debate para que os alunos pudessem
expor as suas percepções sobre o tema desenvolvido. Na quinta oficina foi
apresentado a Cartografia, onde explicado alguns pontos principais para poder
ter uma noção de como ler um mapa. Também mostramos vários tipos de
mapas, como o mapa físico, político, hidrográfico e o mapa mental.
Na sexta oficina foi apresentado o documentário “Amazônia S/A”, que
traz um debate sobre a apropriação dos recursos da Amazônia por parte de
grandes empresas, sendo mineradoras ou agropecuárias, além do uso da água
para gerar energia através das hidroelétricas, e que apesar de tantas riquezas
a população local não usufrui destas riquezas.
Na sétima oficina foi exposto o tema dos “Impactos Ambientais”, foi
explicado que existe impactos negativos e positivos. Entretanto, os negativos
prevalecem, sobretudo, em nossa região explorada e castigada pelo mau uso dos
recursos naturais. A oitava oficina teve como tema “Água, um recurso vital”,
onde se fez uma panorâmica desse recurso em nível mundial, e depois acerca
dos problemas provenientes do mau uso desse recurso. Também foi aberta
uma discussão com os alunos para saber o que eles pensavam sobre a temática.
Na nona oficina foi feito um questionário, no qual buscava-se fazer um
apanhado do que já tinha sido trabalhado com eles. Neste questionário havia
perguntas relacionadas aos temas, e também a avaliação que eles faziam sobre o
Projeto PIBID Geografia. É importante frisar que em todas as oficinas objetiva-
se incentivar a interação dos alunos, de acordo com o tema apresentado.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na oficina de Cartografia foi apresentado o conceito de mapa mental,


posteriormente dividiu-se as turmas (101 e 103) em grupos de 4 ou 5 alunos,
onde eles deveriam escolher um espaço da escola, e a partir daí fazer um mapa
mental, como consta nas figuras (2 e 3).

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Figura 2: Mapa Mental da Turma 101
Entre a Escola e a Academia: saberes e fazeres da prática docente nas experiências do PIBID-geografia

Fonte: Cícero Silva/2017.


Como pode ser observado, o mapa mental da turma 101 faz referência,
na ideia central, ao espaço total da escola, onde busca destacar, por exemplo,
que a quadra é lugar de esporte, diversão e gazeteiro; a cantina é o local onde
tem tumulto, comida e barulho. No laboratório há materiais e estudo; na
sala de aula tem aprendizado, professor, prova e trabalho; e no corredor salas
quente e interação. Portanto, pode-se perceber que os alunos fazem uma
leitura crítica do ambiente que convivem.

Figura 3: Mapa Mental da Turma 103

Fonte: Cícero Silva/2017.

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O mapa mental foi desenvolvido pelos alunos da turma 103, eles

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escolheram como espaço para desenvolver a atividade, o banheiro, onde
elencam as seguintes situações: sujo, limpeza, mau odor, escuro, falta de
água, cheiro bom, claro, ter água. Neste mapa, eles colocam as limitações do
espaço escolhido e a esperança de uma melhoria, extremamente necessário.
A temática “Resíduos Sólidos” foi trabalhada com os alunos da turma
103. No primeiro momento o assunto foi abordado de forma teórica, através
de slides e vídeos, em outro momento foi realizado uma oficina de reciclagem
dos resíduos sólidos, especialmente a garrafa pet, onde os alunos produziram
taças (Figura 4) e xícaras (Figura 5), que é uma forma de demonstrar na
prática como reaproveitar os resíduos sólidos.

Figura 4: Reciclagem de resíduos sólidos na turma 103

Fonte: Cícero Silva/2017.

A imagem acima mostra o resultado da oficina de reciclagem com a


garrafa pet, e onde foram produzidas taças que podem servir de brinde. Esta
oficina teve uma ótima participação dos alunos, uma vez que eles se aplicaram
em fazer o melhor de si, mesmo aqueles que normalmente não se envolvem
em outras atividades.

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Entre a Escola e a Academia: saberes e fazeres da prática docente nas experiências do PIBID-geografia

Figura 5: Reciclagem de resíduos sólidos na turma 103 - xícaras

Fonte: Cícero Silva/2017.


Como pode ser observado na figura acima, a oficina de reciclagem
com os resíduos sólidos, que obteve como resultado a xícara, fez com que
os estudantes observassem a possibilidade de reaproveitar algo que seria
descartado no lixo e transformá-lo em um objeto que podesse ser utilizado
novamente. Esta prática serviu como possibilidade de aliar a teoria (que
já havia sido trabalhada) com a prática, e, assim possibilitar que os alunos
percebessem meios para reaproveitar os resíduos sólidos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na oficina em que foi elaborado o mapa mental os alunos se mostraram


muito instigados em participar das atividades. Pelo resultado obtido, pode-se
dizer que foi alcançado o nosso objetivo, que era estimular a apreensão do
espaço geográfico na perspectiva da atual discussão ambiental.
Para que fosse possível desenvolver a oficina sobre prática de reciclagem
de resíduos sólidos com a garrafa pet, foi necessário que os bolsistas se
encontrassem antes para que aprendessem juntos a confeccionar tanto a taça
como também a xícara para posteriormente, aplicar em sala.

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A prática de reciclagem de resíduos sólidos com a garrafa pet na

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turma 103 foi uma das mais participativas por parte dos alunos, mesmo por
aqueles alunos que nas demais oficinas ficaram desmotivados. Nesta oficina
mediram esforços para confeccionar tanto a taça como também a xícara; no
final pode-se perceber um certo orgulho por terem produzido algo com os
resíduos sólidos.
Faz-se necessário lembrar que o projeto do PIBID Geografia- IFPA,
na Escola Agostinho Monteiro, conseguiu atingir os objetivos propostos,
que eram, através da Educação Ambiental e da Cartografia despertar o olhar
crítico dos alunos para o espaço em que vivem em seu cotidiano, que é a escola.

REFERÊNCIAS
MONTEIRO, G. L. Educação Ambiental no ensino de geografia: uma
contribuição do PIBID para alunos do ensino fundamental. In: Revista Brasileira
de Educação Ambiental. Revbea, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 281-290, 2015.
PASSINI, Elza Yasuko; PASSINI, Romão; MALYSZ, Sandra T. (organizadores).
Práticas de Ensino de Geografia e Estágio Supervisionado. 2. ed., 1º
reimpressão. – São Paulo: Editora Contexto, 2011.
QEDU. EEEFM Agostinho Monteiro. Disponível em < http://www.qedu.org.
br/escola/20785-eeefm-agostinho-monteiro/censo-escolar?year=2016&depende
nce=0&localization=0&education_stage=0&item=>. Acesso em: 06 nov. 2017.
RODRIGUEZ, J.M.M.; SILVA, E. V. Educação Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável: problemática, tendências e desafios. Fortaleza: Ed. UFC, 2009.
VASCONCELOS JUNIOR, Moisés Rita; SILVA CORRÊA, Rosália do Socorro.
Impactos socioambientais causados pelo aterro sanitário no município de
Marituba-PA. II Seminário Nacional de Serviço Social, Trabalho e Políticas
Sociais. Universidade de Santa Catarina: Florianópolis, 2017. Disponível em<
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/180039/101_00435.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 05 nov. 2017.

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