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1 INTRODUÇÃO
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Acadêmico de Geografia e bolsista de iniciação científica no IFPA, cicerojrsilvageo@gmail.com.
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Acadêmico de Geografia e bolsista de iniciação científica no IFPA, jvcvitor2009@hotmail.com.
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Acadêmico de Geografia e bolsista de iniciação científica no IFPA, williamesanto20@gmail.com.
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Acadêmico de Geografia e bolsista de iniciação científica no IFPA,yhaan.mourao@gmail.com.
têm sofrido diretamente com o forte odor, problemas de pele, e especialmente
Entre a Escola e a Academia: saberes e fazeres da prática docente nas experiências do PIBID-geografia
contaminação do ar e da água”.
Diante disso a educação ambiental como prática na Geografia se faz
necessária para que se possa estimular o olhar crítico do aluno para estes
problemas que estão muitos próximos de suas realidades, aliando para isso,
o uso da Cartografia, uma vez que ela e a Geografia sempre tiveram um
papel importante na vida do homem. Pois, uma analisa o espaço geográfico
enquanto a outra prioriza a organização do espaço e sua representação.
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Nesse sentido o Projeto do PIBID Geografia IFPA tem como objetivo
perceber a condição ambiental da E. E. E. F. M. Dr. Agostinho Monteiro,
Ananindeua/PA, e demonstrar a importância da Cartografia nas práticas
sustentáveis na escola, e tentará responder a problemática: “De que forma
a utilização da cartografia pode contribuir para a preservação do ambiente
na escola?”.
Como metodologia para a realização deste projeto, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica dos estudos dos principais autores que debatem esta
temática, afim de viabilizar a discussão dos assuntos abordados. Foram realizadas
visitas in loco, oficinas debate, produções e a realização de atividades para
análises dos alunos. Estas atividades estão relacionadas com outras do subprojeto
Geografia, como o Cine-Escola, Clube de Geografia e Observatório da Cidade.
O artigo possui três capítulos, o primeiro destaca a concepção teórica
do uso da Cartografia na Educação Ambiental no âmbito da escola; o segundo
demonstra como ocorreram as oficinas in loco e o que foi trabalhado nas
turmas em que o projeto atua; o terceiro mostra os resultados e discussões
obtidos ao longo do projeto.
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O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) foi criado em 2007
pelo Ministério de Educação e implementado pela CAPES/FNDE com a finalidade de valorizar
o magistério e apoiar estudantes de licenciatura plena das instituições federais e estaduais de
educação superior.
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das ferramentas de debate sobre a realidade em que a população lida com o
Educação Ambiental: o uso da cartografia nas práticas de preservação do ambiente na EEEFM Dr. Agostinho Monteiro, Ananindeua/PA
meio natural e de que forma ela se apropria desse meio, ou seja, como ela
utiliza o espaço e os recursos que estes apresentam.
A utilização do meio natural pelo homem, desde os primórdios, é algo
de extrema importância para a sua sobrevivência. As atividades como a caça
e a pesca são formas que o homem encontrou para utilizar e conviver com
a natureza. Com isso, ao longo dos anos, a relação do homem com o meio
ambiente torna-se uma constante adaptação com o meio natural. Porém, a
forma como a sociedade utiliza os recursos afeta diretamente o meio ambiente.
Assim, visando sensibilizar a sociedade acerca do meio ambiente e de
sua preservação foi introduzido a Educação Ambiental nas escolas. De forma
que suas contribuições abordem a importância dos recursos naturais, e sobre
como a sociedade deve pensar e agir com relação ao meio ambiente.
De acordo com Rodriguez (2009, p.175), a educação ambiental “[...]
é um processo de aprendizagem e comunicação das questões relacionadas
com a interação dos seres humanos com o ambiente, tanto em âmbito
global, natural, como no criado pelo homem”. Assim, a Educação Ambiental
se transforma em uma importante ferramenta para auxiliar na reflexão da
sociedade sobre o meio ambiente, de forma que dentro das instituições de
ensino a sua utilização pode seguir diferentes perspectivas para o seu ensino.
Na Geografia, a utilização da Educação Ambiental é importante para
tratar da relação homem x natureza, para isso, o conhecimento da ciência
geográfica é algo necessário para realizar debates acerca do meio ambiente.
Essa adaptação se dá a partir do momento em que é percebida a forma com
que o homem começa a interferir na natureza, ocasionando, assim, diferentes
impactos no meio ambiente, para isso, é necessário uma reflexão deste assunto
através da perspectiva da Geografia. Segundo Monteiro (2015, p. 282).
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se repensar o modo pelo qual o ser humano vem se
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Sendo assim, o sujeito deve conseguir ler, conhecer e compreender as
Educação Ambiental: o uso da cartografia nas práticas de preservação do ambiente na EEEFM Dr. Agostinho Monteiro, Ananindeua/PA
informações expostas no globo, pois, para Foucault (apud Passini, 2011):
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Figura 1: Escola Estadual Agostinho Monteiro, Ananindeua-PA
Entre a Escola e a Academia: saberes e fazeres da prática docente nas experiências do PIBID-geografia
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Na terceira oficina foi exposto o debate sobre o “Histórico da
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Evolução da Sustentabilidade”, no qual foi dado ênfase em como a ideia da
sustentabilidade foi sendo desenvolvida ao longo da segunda metade do século
XX, a fim de mostrar aos alunos que esta visão foi amadurecida ao longo dos
anos, e que não foi algo posto de uma hora para outra.
Na quarta oficina de práticas de sustentabilidade, buscou-se abordar
quais práticas são sustentáveis, e como ser sustentável no seu dia a dia na
turma, e neste momento abriu-se o debate para que os alunos pudessem
expor as suas percepções sobre o tema desenvolvido. Na quinta oficina foi
apresentado a Cartografia, onde explicado alguns pontos principais para poder
ter uma noção de como ler um mapa. Também mostramos vários tipos de
mapas, como o mapa físico, político, hidrográfico e o mapa mental.
Na sexta oficina foi apresentado o documentário “Amazônia S/A”, que
traz um debate sobre a apropriação dos recursos da Amazônia por parte de
grandes empresas, sendo mineradoras ou agropecuárias, além do uso da água
para gerar energia através das hidroelétricas, e que apesar de tantas riquezas
a população local não usufrui destas riquezas.
Na sétima oficina foi exposto o tema dos “Impactos Ambientais”, foi
explicado que existe impactos negativos e positivos. Entretanto, os negativos
prevalecem, sobretudo, em nossa região explorada e castigada pelo mau uso dos
recursos naturais. A oitava oficina teve como tema “Água, um recurso vital”,
onde se fez uma panorâmica desse recurso em nível mundial, e depois acerca
dos problemas provenientes do mau uso desse recurso. Também foi aberta
uma discussão com os alunos para saber o que eles pensavam sobre a temática.
Na nona oficina foi feito um questionário, no qual buscava-se fazer um
apanhado do que já tinha sido trabalhado com eles. Neste questionário havia
perguntas relacionadas aos temas, e também a avaliação que eles faziam sobre o
Projeto PIBID Geografia. É importante frisar que em todas as oficinas objetiva-
se incentivar a interação dos alunos, de acordo com o tema apresentado.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Figura 2: Mapa Mental da Turma 101
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O mapa mental foi desenvolvido pelos alunos da turma 103, eles
Educação Ambiental: o uso da cartografia nas práticas de preservação do ambiente na EEEFM Dr. Agostinho Monteiro, Ananindeua/PA
escolheram como espaço para desenvolver a atividade, o banheiro, onde
elencam as seguintes situações: sujo, limpeza, mau odor, escuro, falta de
água, cheiro bom, claro, ter água. Neste mapa, eles colocam as limitações do
espaço escolhido e a esperança de uma melhoria, extremamente necessário.
A temática “Resíduos Sólidos” foi trabalhada com os alunos da turma
103. No primeiro momento o assunto foi abordado de forma teórica, através
de slides e vídeos, em outro momento foi realizado uma oficina de reciclagem
dos resíduos sólidos, especialmente a garrafa pet, onde os alunos produziram
taças (Figura 4) e xícaras (Figura 5), que é uma forma de demonstrar na
prática como reaproveitar os resíduos sólidos.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A prática de reciclagem de resíduos sólidos com a garrafa pet na
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turma 103 foi uma das mais participativas por parte dos alunos, mesmo por
aqueles alunos que nas demais oficinas ficaram desmotivados. Nesta oficina
mediram esforços para confeccionar tanto a taça como também a xícara; no
final pode-se perceber um certo orgulho por terem produzido algo com os
resíduos sólidos.
Faz-se necessário lembrar que o projeto do PIBID Geografia- IFPA,
na Escola Agostinho Monteiro, conseguiu atingir os objetivos propostos,
que eram, através da Educação Ambiental e da Cartografia despertar o olhar
crítico dos alunos para o espaço em que vivem em seu cotidiano, que é a escola.
REFERÊNCIAS
MONTEIRO, G. L. Educação Ambiental no ensino de geografia: uma
contribuição do PIBID para alunos do ensino fundamental. In: Revista Brasileira
de Educação Ambiental. Revbea, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 281-290, 2015.
PASSINI, Elza Yasuko; PASSINI, Romão; MALYSZ, Sandra T. (organizadores).
Práticas de Ensino de Geografia e Estágio Supervisionado. 2. ed., 1º
reimpressão. – São Paulo: Editora Contexto, 2011.
QEDU. EEEFM Agostinho Monteiro. Disponível em < http://www.qedu.org.
br/escola/20785-eeefm-agostinho-monteiro/censo-escolar?year=2016&depende
nce=0&localization=0&education_stage=0&item=>. Acesso em: 06 nov. 2017.
RODRIGUEZ, J.M.M.; SILVA, E. V. Educação Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável: problemática, tendências e desafios. Fortaleza: Ed. UFC, 2009.
VASCONCELOS JUNIOR, Moisés Rita; SILVA CORRÊA, Rosália do Socorro.
Impactos socioambientais causados pelo aterro sanitário no município de
Marituba-PA. II Seminário Nacional de Serviço Social, Trabalho e Políticas
Sociais. Universidade de Santa Catarina: Florianópolis, 2017. Disponível em<
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/180039/101_00435.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 05 nov. 2017.
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