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1 INTRODUÇÃO
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Discente do Curso Superior em Licenciatura em Geografia pelo Instituto Federal de Educa-
ção Ciência e Tecnologia do Pará e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência. E-mail: joseluizferreira03@gmail.com.
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Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará. Graduada em
Geografia pela Universidade Federal do Pará, Mestrado em Geografia pela Universidade Federal
do Pará, coordenadora de área do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência e
organizadora do projeto discente Pibic. E-mail: geografaalinereis@yahoo.com.br.
mapas. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o aluno do
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ensino médio deve ser capaz de “ler, analisar e interpretar os códigos específicos
de Geografia (mapas, gráficos, tabelas, etc.) considerando-os como elementos
de representação de fatos e fenômenos espaciais ou especializados” (2017,
p. 60). Sendo assim, é fundamental fornecer os instrumentos necessários
para alfabetizá-los cartograficamente, para isso foram trabalhados em sala
de aula: orientação espacial, localização geográfica, coordenadas geográficas
e fuso horário, em síntese, temáticas essenciais para o estudo da Cartografia
em sala de aula.
Nesse sentido, a metodologia deste trabalho foi desenvolvida em
quatro períodos. O primeiro referiu-se ao processo da observação sistemática,
sendo realizado na sala de aula para identificação e melhor compreensão da
problemática a ser estudada; já o segundo aludiu à pesquisa bibliográfica
sobre a temática da Cartografia Escolar; o terceiro se referiu ao processo da
alfabetização cartográfica, tendo em vista que para se trabalhar com a leitura de
mapas é essencial compreender os elementos que compõem este instrumento,
que ocorreu através da regência em sala de aula com a turma do 1o ano do
ensino médio; e, por fim, no quarto momento ocorreu a oficina de Cartografia,
sendo trabalhada propriamente a ciência cartográfica como uma ferramenta
capaz de transmitir informações espaciais. Em síntese, trabalharam-se no
primeiro momento os conteúdos essenciais como orientação e localização
geográfica, coordenadas geográficas e fuso horário para, posteriormente, ser
trabalhada a alfabetização cartográfica através da leitura de mapas.
A primeira parte do texto refere-se à contextualização da Geografia e
inserção da Cartografia Escolar dentro desta ciência. A segunda apresentará
como ocorre a atuação do PIBID na escola, sendo ela: mediante ao projeto
Clube de Geografia (de autoria da professora supervisora Maria Helena) e no
ensino regular com os alunos do 1° ano do ensino médio, além dos objetivos
do programa. Desse modo, problematiza-se: qual a dificuldade dos discentes
na aprendizagem da Cartografia?
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mudanças. Contudo, somente a partir do século XIX com a institucionalização
As dificuldades no ensino da cartografia escolar: a atuação do PIBID na EEEFM Ruth Rosita de Nazaré Gonzales, Belém-PA
da Geografia, realizada pelos teóricos Alexander Von Humboldt e Karl Ritter
(responsáveis pela síntese do saber geográfico), o conhecimento geográfico
passou a ser considerado como científico. No que se refere à sala de aula,
a Geografia, durante muitos anos, foi tratada apenas como uma disciplina
decoreba e de memorização, como exemplificado na citação abaixo:
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fica uma montanha, um rio ou qual é a capital de determinado país. Para se
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• Incentivar a formação de docentes em nível
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superior para a educação básica;
• contribuir para a valorização do magistério;
• elevar a qualidade da formação inicial de
professores nos cursos de licenciatura, promovendo
a integração entre educação superior e educação
básica;
• inserir os licenciandos no cotidiano de escolas
da rede pública de educação, proporcionando-
lhes oportunidades de criação e participação em
experiências metodológicas, tecnológicas e práticas
docentes de caráter inovador e interdisciplinar que
busquem a superação de problemas identificados
no processo de ensino-aprendizagem;
• incentivar escolas públicas de educação básica,
mobilizando seus professores como coformadores
dos futuros docentes e tornando-as protagonistas
nos processos de formação inicial para o magistério; e
• contribuir para a articulação entre teoria e
prática necessárias à formação dos docentes,
elevando a qualidade das ações acadêmicas nos
cursos de licenciatura. (BRASIL, MEC/CAPES/
PIBID, 2017).
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As contribuições do PIBID à comunidade escolar foram importantes
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e significativas, uma vez que por atuar em duas frentes – no ensino regular e
no Projeto Clube de Geografia3 - proporcionou intervenções importantes na
dinâmica da instituição. No primeiro, os bolsistas trabalharam com turmas do
ensino médio, mais especificamente na turma de 1° ano do ensino médio pelo
turno da tarde, seja na elaboração de materiais didáticos, como aulas, apostilas,
bem como em outras atividades: aplicação e correção de provas, debate
de artigos, organização de eventos, trabalhos de campo, etc. No segundo,
trabalhava-se com o Projeto Clube de Geografia, ou seja, com as atividades de
pesquisa, debate e produção de conhecimentos em uma estruturação um pouco
diferente do que é proposto e desenvolvido durante a carga horária normal.
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O Projeto Clube de Geografia, de autoria da professora Maria Helena, supervisora na escola
o qual posteriormente foi integrado ao PIBID, visa introduzir o aluno do ensino básico na pes-
quisa científica. Portanto, partindo do debate de problemáticas locais, como, por exemplo, a do
descarte inadequado de resíduos sólidos na área externa escolar, visando-se chegar a uma solução
ou a amenização do problema.
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e ler e escrever” (CASTELLAR, 2011, p. 127). Posteriormente, no segundo
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momento, trabalhou-se com a leitura e interpretação de mapas, em virtude
de que, conforme os PCN, os alunos do ensino médio devem “ler, analisar
e interpretar os códigos específicos de Geografia (mapas, gráficos, tabelas,
etc.), considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos
espaciais ou especializados” (2017, p. 60).
A orientação e localização espacial foram trabalhadas, utilizando-se de
diferentes metodologias, sendo elas, basicamente: aula com a utilização de
recursos audiovisual, aula dialogada e resolução de exercícios. É fundamental
ressaltar que esse conteúdo foi o que demandou mais tempo, tendo em vista
que a turma demorou a assimilar conteúdos básicos como os pontos cardeais
e colaterais.
A primeira aula sobre orientação espacial foi ministrada mediante a
utilização do recurso audiovisual sendo trabalhado com o auxílio do mapa
mundo, conforme a figura 1. Logo em seguida foi apresentado o conteúdo
sobre as coordenadas geográficas, também com a utilização do mesmo recurso.
Com o término da aula sobre as coordenadas ficou evidente que os alunos
possuíam dificuldades, sendo a principal delas a localização geográfica, em
virtude de que ainda não sabiam afirmar quais eram os hemisférios ocidental
e oriental, tampouco afirmar em quais hemisférios a linha do Equador e o
meridiano de Greenwich dividiam o globo.
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Nesse sentido, ao invés de dar continuidade ao conteúdo foi
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Figura 3: Resolução de exercícios
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Fonte: Pibid/ IFPA 2017.
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Além de que, quando trabalhado o mapa sobre a Região Norte, conseguiram
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é imprescindível a percepção da localização espacial, em virtude de que é
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fundamental compreender conceitos básicos, como de “hemisfério norte”,
“hemisfério sul”, “hemisfério ocidental e oriental”.
Nessa perspectiva, é necessário também entender o que são as
coordenadas geográficas, uma vez que são elas as responsáveis pela divisão do
planeta em meridianos e paralelos e, portanto, pela localização dos continentes,
países, estados, municípios, entre outros. Assim sendo, compreender os fusos
horários na análise de mapas significa entender que os países não possuem
horas iguais e que estas são medidas a partir do meridiano 0° de Greenwich.
A dificuldade dos alunos com a Cartografia foi constatada durante
o período de observação sistemática na escola, visto que os discentes não
conseguiam extrair informações básicas como, por exemplo, a orientação
e localização de determinados bairros do Estado do Pará. Dessa maneira,
buscou-se fornecer os subsídios necessários para uma melhor interpretação
dos mapas como instrumentos de transmitir informações.
Desse modo, buscou-se trabalhar a Cartografia Escolar como “um
meio de transmitir informações” CASTELLAR (2011, p. 127). É notório que
para se trabalhar com os mapas em sala de aula, anteriormente, foi necessário
fornecer aos alunos condições básicas de leitura e interpretação. Enfim, ao
término do programa ficou evidente a evolução dos alunos do 1° ano do ensino
médio com a Cartografia, em virtude de que antes da atuação do PIBID na
escola os discentes não sabiam extrair informações básicas do mapa como,
por exemplo, a localização. Entretanto, após a realização da intervenção foi
significativa a evolução com os conteúdos abordados.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A Cartografia Escolar é trabalhada no ensino básico atrelada à disciplina
Entre a Escola e a Academia: saberes e fazeres da prática docente nas experiências do PIBID-geografia
REFERÊNCIAS
BRASIL. Fundação CAPES. Ministério da Educação. Pibid- Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. Disponível em: < http://www.
capes.gov.br/educacao-basica/capespibid/pibid>. Acessado em: 7 de julho de 2017.
CASTELLAR, V, S.; A Cartografia e a construção do conhecimento em um
contexto escolar. In: ALMEIDA, D, R (org).; Novos Rumos da Cartografia
Escolar. Editora Contexto. São Paulo – SP, 2011.
LACOSTE, Yves. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a
guerra. Editora Papirus, 1988, tradução de Maria Cecília França.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Ministério da Educação.
Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino médio. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasHumanas.pdf>. Acessado
em: 15 de outubro de 2017.
SAITO TOMITA, Luzia M. Trabalho de Campo como instrumento de
ensino em Geografia. Geografia, Londrina, v. 8, n. 1, p. 13-15, jan./ jun. 1999.
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