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SAÚDE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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153p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-66104-05-9
CDD 371.35
SUMÀRIOS SUMÁRIO
aprendizagem .....................................................................................................................................48
4.5 Blog.......................................................................................................................................... 55
4.6 Chat.......................................................................................................................................... 59
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................146
3
1HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
EaD
Educação a
Distância!
4
A Educação a Distância no Brasil não é uma prática recente. Existindo hoje instituições
conceituadas com milhares de alunos à distância, em cursos de graduação utilizando diversas
mídias e estruturas (RODRIGUES, 1998, p.19).
Landim (1997, p.37) também menciona o anúncio da Gazeta de Boston de 1728 que
oferecia material para ensino e tutoria por correspondência e Alves (1994) citado por Rodrigues
(1998, p.23) considera como a primeira experiência de Educação a Distância um curso de
contabilidade na Suécia em 1833.
Sartori (2002, p.14) ressalta que no final do século XIX, foi criada a divisão de Ensino
por Correspondência no Departamento de Extensão da Universidade de Chicago, sendo que já
haviam sido capacitados professores de escolas dominicais com a utilização de
correspondência. Na mesma época, Hans
Hermond, diretor de uma escola que ministrava
cursos de línguas e cursos comerciais, publicou
o primeiro curso por correspondência,
inaugurando o famoso Instituto Hermond, na 9
Suécia.
Rodrigues (1998, p.24) faz menção
aos cursos por correspondência formalmente
reconhecidos quando o estado de Nova Iorque autorizou o Chatauqua Institute em 1883 a
conferir diplomas através deste método.
Alves (1994) citado por Rodrigues (1998, p.26) menciona a Illinois Wesleyan University
como a primeira Universidade Aberta no mundo, tendo iniciado em 1874 cursos por
correspondência. Landim (1997) citado por Rodrigues (1998, p.27) considera que a primeira
instituição a fornecer cursos por correspondência foi a Sociedade de Línguas Modernas, em
Berlim, que em 1856 iniciou cursos de francês por correspondência.
Em 1938, na cidade de Vitória, no Canadá realizou-se a Primeira Conferência
Internacional sobre Educação por Correspondência e mais países foram adotando a Educação a
Distância, os quais abrigam culturas diferentes e sistemas políticos diferentes, como: África do
Sul e Canadá, em 1946; Japão, em 1951; Bélgica, em 1959; Índia, em 1962; França, em 1963,
Espanha, em 1968; Inglaterra, em 1969; Venezuela e Costa Rica, em 1977. Nesses países, os
cursos superiores à distância tornaram-se bastante populares. Os programas e cursos adotados
nessas universidades foram decisivos para validar a Educação a Distância, dando-lhes
credibilidade e aceitabilidade.
Sartori (2002, p.16) destaca a importância das universidades que oferecem cursos à
distância. Ressalta que foi a partir de 1969, com a criação da pioneira Universidade Aberta
(Open University) na Inglaterra, que teve como objetivo principal à democratização da educação,
que ocorreu a significativa expansão dessa modalidade de educação.
Rodrigues nos dá uma importante contribuição ao enfatizar que:
A seguir serão destacadas algumas das maiores e mais tradicionais instituições que
tem programas de Educação a Distância nos três últimos séculos. Os dados a seguir são de 10
autoria de Rodrigues (1998) e Sartori (2002, p.19). Como destaca Rodrigues (1998, p.30):
A Educação a Distância brasileira é uma novidade que causa dúvidas quanto a sua
eficiência, conforme nos alerta Sartori (2002, p.20), ao afirmar que desde a fase de implantação
até o momento, algumas iniciativas de Educação a Distância tiveram sucesso e outras não.
Embora não haja, ainda, uma tradição dessa modalidade educativa, ela já se fez presente no
processo educacional brasileiro, em instituições públicas e privadas. 13
No Brasil, o início da Educação a Distância não está associado ao material impresso, e
sim ao rádio, conforme aponta Sartori (2002, p.21) lembrando a fundação da Rádio Sociedade
do Rio de Janeiro em 1923 por Roquete Pinto como o marco inicial da Educação a Distância que
tinha como objetivo utilizar o rádio como forma de ampliação do acesso à educação, ou
"transmitindo programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, de línguas, de literatura infantil
e outros de interesse comunitário" (ALVES, 1994, p.25).
Alves (1994, p.29) ressalta que a crise na educação nacional já era notada na época,
buscando-se desde então opções para a mudança do status quo. Transcreveu a citação contida
no relatório de 1906, do Dr. Joaquim José Seabra, Ministro da Justiça e Negócios Interiores (que
abrangia a Educação), ao Presidente da República. Textualmente, assim manifestava o titular da
pasta: “O ensino chegou (no Brasil) a um estado de anarquia e descrédito que, ou faz-se a sua
reforma radical, ou preferível será aboli-lo de vez”.
A educação a distância começou, portanto, num momento bastante conturbado da
educação brasileira, tendo sua instituição em 1936, com a criação do Instituto Rádio Técnico
Monitor, com programas dirigidos ao ramo da eletrônica (RODRIGUES, 1998, p.34).
Em 1939 a Marinha e o Exército brasileiros utilizavam a Educação a Distância para
preparar e admitir oficiais na Escola de Comando do Estado Maior, utilizando basicamente 14
material impresso, via correspondência (SARTORI, 2002, p.24).
Em 1941, foi criado o Instituto Universal Brasileiro, instituído como entidade livre, com
sede em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro, dedicado à formação profissional de nível
elementar e médio utilizando material impresso (SARTORI, 2002, p.25).
Em 1943, Alves (1994, p.31) destaca que a Igreja Adventista lançou no Brasil
programas radiofônicos através da Escola Rádio-Postal de “A Voz da Profecia”, com a finalidade
de oferecer aos ouvintes os cursos bíblicos por correspondência.
Em 1946 tem início às atividades do SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial - que desenvolveu no Rio de Janeiro e São Paulo, a Universidade do Ar, que em 1950
já atingia 318 localidades e 80 alunos; em 1973, iniciou os cursos por correspondência, seguindo
o modelo da Universidade de Wisconsin - USA (ALVES, 1994, p.32).
Rodrigues (1998, p.37) aponta a Diocese de Natal, no Rio Grande do Norte como
criadora das escolas radiofônicas que deram origem ao Movimento de Educação de Base - MEB
em 1959 e coloca entre as experiências de destaque em Educação a Distância não formal no
Brasil.
Rodrigues (1998, p.37) cita Nunes (1992) quando o mesmo diz que a preocupação
básica do Movimento de Educação de Base - MEB era alfabetizar e apoiar os primeiros passos
da educação de milhares de jovens e adultos, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do
Brasil. O projeto foi desmantelado pela ação do governo pós 1964.
De acordo com Sartori (2002, p.27) na década de 60, foi criado o Programa Nacional
de Teleducação (Prontel) no Ministério da Educação e Cultura, sendo responsável em coordenar
e apoiar a Educação a Distância no país, sendo substituída pela Secretaria de Aplicação
Tecnológica (SEAT), extinta posteriormente.
Em 1962 foi fundada, em São Paulo, a Ocidental School, de origem americana, sendo
atuante no campo da eletrônica. Possuía, em 1980, alunos no Brasil e em Portugal (ALVES,
1994, p.33).
Alves, (1994, p.33) Na área de educação pública, o IBAM - Instituto Brasileiro de
Administração Municipal - iniciou suas atividades de EAD em 1967, utilizando a metodologia de
ensino por correspondência.
Em 1970 surge o Projeto Minerva irradiando cursos de Capacitação Ginasial e
Madureza Ginasial produzidos pela Fundação Padre Landell de Moura - FEPLAM e pela
Fundação Padre Anchieta. Foi um programa implementado como possível solução aos
problemas do desenvolvimento econômico, social e político que o país atravessava. Tinha como
cenário um período de crescimento econômico, conhecido como o milagre brasileiro, onde a 15
ênfase na educação era preparar mão de obra para atender a este desenvolvimento e a
competição internacional. Este projeto foi mantido até o início dos anos 80, apesar das severas
críticas e do baixo índice de aprovação, 77% dos inscritos não conseguiu obter o diploma
(RODRIGUES, 1998).
A história da Educação a Distância no Brasil registra também que, nas décadas de 60
a 80, novas entidades foram criadas com fins de desenvolvimento da educação por
correspondência, sendo que algumas já estão desativadas. Um levantamento feito com apoio do
Ministério da Educação, em fins dos anos 70, apontava a existência de 31 estabelecimentos de
ensino utilizando-se da metodologia de EaD, distribuídos em grande parte nos Estados de São
Paulo e Rio de Janeiro (ALVES, 1994, p.34).
Entre elas podemos destacar as seguintes unidades educacionais:
Associação Mens Sana, com cursos a partir de 1967;
Centro de Ensino Técnico de Brasília, em 1968;
Cursos Guanabara de Ensino Livre, em 1969;
Instituto Cosmos, em 1970;
Centro de Socialização, em 1972;
Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação, em 1973;
Universidade de Brasília, em 1973;
Centro de Estudos de Pessoal do Exército Brasileiro, em 1974;
Universal Center, em 1974;
Fundação Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos, vinculado ao
Governo do Estado do Rio de Janeiro, em 1975;
Cursos de Auxiliares de Clínica e de Cirurgia, em 1975;
Instituto de Radiodifusão da Bahia, em 1975;
Empresa Brasileira de Telecomunicações - EMBRATEL, em 1976;
Banco Itaú, em 1977;
Associação Brasileira de Tecnologia Educacional - ABT, em 1980;
Centro Educacional de Niterói, em 1980;
Banco do Brasil, em 1981;
Universidade Federal do Maranhão, em 1981;
Colégio Anglo-Americano, em 1981;
Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior, em 1982;
Escola de Administração Fazendária, em 1985;
Projeto Rondon, em 1986. 16
Sartori (2002, p.29) destaca a importância do projeto LOGUS II, desenvolvido nas
décadas de 70 e 80, habilitando mais de 60 mil professores em todo o Brasil especificamente em
Santa Catarina. Destinava-se a habilitação de professores leigos para atuarem nas séries iniciais
do ensino fundamental. Posteriormente foi substituído pelo Programa de Valorização do
Magistério, sendo que o mesmo está praticamente desativado.
No início dos anos 70 o número de analfabetos no Brasil foi um obstáculo à
modernização do país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O governo optou pela
adoção das primeiras experiências de educação por satélite, baseado no relatório Advanced
System for Comunications and Education in National Development - ASCEND, idealizado pela
Stanford University, que preconizava a eficácia de um protótipo de sistema total de utilização do
audiovisual com a finalidade de educação primária (RODRIGUES, 1998, p.39).
Em 1974 surge então o projeto SACI que atendia as quatro primeiras séries do
primeiro grau. O projeto foi interrompido em 1977-1978 sob o pretexto oficial de que seria
demasiado dispendioso comprar outro satélite; colocando em evidência às contradições nas
diferentes instâncias do Estado brasileiro entre as estratégias em matéria de telecomunicações,
educação e política científicas (RODRIGUES, 1998, p.41).
Em 1974 a Fundação de Teleducação do Ceará - FUNTELC, também conhecida como
Televisão Educativa - TVE do Ceará desenvolve ensino regular de 5a a 8a Série e em 1993 tinha
102.170 alunos matriculados em 150 municípios (ALVES, 1994, p.34).
Em 1978, a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e a Fundação Roberto Marinho
lançaram o Telecurso 2o. Grau, utilizando programas de TV e material impresso vendido em
bancas de jornal, para preparar os alunos para o exame supletivo em 1995 foi lançado o
Telecurso 2000, nos mesmos moldes (ALVES, 1994, p.34).
Em 1991 foi lançado o programa Um Salto para o Futuro, uma parceria do Governo
Federal, das Secretarias Estaduais de Educação e da Fundação Roquette Pinto dirigido à
formação de professores e veiculado através de emissoras de televisão educativas. Este
programa vem crescendo e aprimorando o atendimento aos professores, aumentando o número
de telepostos organizados pelas Secretarias de Educação dos Estados, contando com
orientadores de aprendizagem nos telepostos. Esses orientadores assumem o papel de tutores
do curso (SARTORI, 2002, p.32).
O MEC, através da Secretaria de Educação a Distância, oferece o curso Proformação.
Apresenta como objetivo habilitar professores em nível de ensino médio.
Mas e a Educação Superior?
Em que momento da história brasileira a Educação Superior a Distância surgiu? 17
Na década de 70, uma das primeiras experiências com Educação Superior a Distância
ocorreu na Universidade de Brasília, que ofereceu cursos na área de ciências políticas. Porém,
somente no final da década seguinte que são credenciadas as primeiras universidades
brasileiras para desenvolver cursos superiores de graduação, na modalidade à distância,
conforme nos apresenta Sartori (2002, p.33):
Em 1988 a Escola do Futuro-USP, que é um laboratório interdisciplinar
de pesquisa da Universidade de São Paulo e iniciou seus trabalhos e tem como
meta investigar tecnologias emergentes de comunicação e suas aplicações
educacionais (RODRIGUES, 1998, p.44).
Em 1995 a Universidade Federal de Santa Catarina estruturou o
Laboratório de Ensino a Distância no Programa de Pós-Graduação em Engenharia
de Produção. Os cursos são customizados e permitem atender as necessidades de
diversas clientelas (RODRIGUES, 1998, p.44).
1999, a Universidade Federal do Pará – UFP.
1999, a Universidade Federal do Paraná.
Em 2000 a Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.
Em 2001 a Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT.
A Educação a Distância tem avançado de forma gradativa e muitas foram às
experiências observadas. No cenário internacional adquiriu com o passar dos tempos qualidade
e credibilidade para a sua expansão.
No Brasil, a Educação a Distância
principalmente a que atende o ensino superior
ainda é vista com resistência e descrédito, sendo
motivada pela forte concorrência com as
instituições privadas de ensino. Por ser uma
modalidade que irá atender a grande massa
populacional, necessita passar por ajustes que 18
dêem condições de a mesma estar transitando de
forma normal pela sociedade, de ser aceita como
uma modalidade inovadora e democratizadora do ensino e da educação.
2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
Para Chaves (1999, p.27) se faz necessário distinguir o que seja Educação a
Distância, Aprendizagem à distância e Ensino a Distância. Ele caracteriza Educação e Ensino
19
como sendo processos que acontecem dentro das pessoas e não existe a possibilidade de ser
realizada a distância. Portanto, considera as expressões Educação a Distância e Aprendizagem
a Distância totalmente inadequada ao propósito que se propõe. Pois educação e aprendizagem
acontecem onde quer que o indivíduo esteja se educando ou aprendendo. Segundo ele não há
como fazer e entender teleducação e teleaprendizagem.
Segundo Laaser apud Sartori “o termo educação a distância é usado para abranger
variadas formas de estudo, em todos os níveis, nas quais os estudantes não estejam em contato
direto com os seus professores” (2002, p.36).
Para Lobo apud Sartori “a educação a distância é uma modalidade de realizar o
processo educacional quando (...) promove-se à comunicação educativa, através de meios
capazes de suprir a distância que os separa fisicamente” (2002, p.37).
Sartori (2002, p.37) fazendo referência ao Ministério de Educação e Cultura – MEC,
através do Decreto nº. 2494/98, em seu artigo primeiro, oferece a seguinte definição oficial para
Educação a Distância:
O termo “educação à distância” esconde-se sob várias formas de estudo, nos vários
níveis que não estão sob a contínua e imediata supervisão de tutores presentes com
seus alunos nas salas de leitura ou no mesmo local. A educação a distância se
beneficia do planejamento, direção e instrução da organização do ensino.
E, pela Lei Francesa, França apud Belloni “Ensino a distância é o ensino que não
implica a presença física do professor indicado para ministrá-lo no lugar onde é recebido, ou no
qual o professor está presente apenas em certas ocasiões ou para determinadas tarefas” (2001,
p.25).
Se observadas as diferentes bibliografias, veremos que os conceitos são os mais
variados possíveis para o termo Educação à Distância. Não é nossa intenção aqui definir qual
seja o mais correto utilizar, pois isso cabe a instituição que oferece os cursos nessa modalidade.
Apenas gostaríamos de ressaltar que ambas as definições estão preocupadas em destacar o
sistema que cada instituição oferece.
O que faz a diferença em cursos a distância não é o conceito adotado pela instituição,
mas sim a credibilidade e a seriedade com que apresenta e dirige o seu trabalho.
23
25
Sendo assim, cria-se uma expectativa muito grande quanto a um ensino de qualidade
que está sendo apresentado à sociedade, uma vez que a exigência de qualidade tornou-se uma
preocupação essencial no ensino superior por parte dos órgãos competentes e da própria
sociedade. Educar dentro do contexto da educação a distância requer desenvolver princípios,
diretrizes ou critérios que possam assegurar um ensino de qualidade.
Para se mencionar garantia de qualidade na educação, um leque de estratégias se faz
presente para que o progresso de um projeto em Educação a Distância possa incluir alguns
tópicos como: o desenvolvimento do curso, a formação dos professores, o atendimento oferecido
aos estudantes, os recursos de aprendizagem, a infra-estrutura e os resultados da avaliação de
forma substancial.
Ainda que para designar qualidade, educação tem sido o termo para tal
função, Demo (1994) aponta uma série de razões por considerar;
27
Os dois termos, educação e qualidade se implicam intrinsecamente, já que não há
como chegar à qualidade sem educação, bem como não será educação aquela que não se
destina a formar o sujeito crítico e criativo.
A interatividade, por sua vez, é a atividade humana frente à máquina, isto é, o sujeito
age sobre a máquina e esta lhe envia de volta uma retroação (BELLONI, 1999). O grau de
interatividade é permitido de acordo com a flexibilidade oferecida por cada componente didático
utilizado em uma determinada atividade, apesar de permitir uma adaptação das necessidades
individuais. Por outro lado, a flexibilidade exige novos perfis, tanto do professor quanto do aluno.
Há uma conexão conceitual entre educação e aprendizagem: não há educação sem
que ocorra aprendizagem. Ou,
invertendo, se não houver
aprendizagem, não haverá AUTO-APRENDIZAGEM
A expressão Ambiente
Ambiente Virtual de Aprendizagem -
Virtual de Aprendizagem (AVA) refere-se ao
É um site ou ambiente na Internet cujas
amplo conceito de espaço de aprendizagem ferramentas e estratégias são elaboradas
possibilitado pelas tecnologias informáticas e para propiciar um processo de
aprendizagem, através de trocas entre os
que se caracteriza por ser, antes de tudo, um participantes, incentivando o trabalho
espaço “onde acontecem interações cognitivo- cooperativo.
sociais, possibilitadas pela interface gráfica” (VALENTINI; SOARES, 2005). Estes espaços
propiciam o uso de ferramentas especialmente produzidas ou adaptadas para a finalidade
educativa, criando oportunidades para que a aprendizagem aconteça de formas diversas.
AulaNet:
Teleduc:
O Nied, como uma de suas linhas de pesquisa, tem realizado diversos cursos a
distância através do TelEduc desde 1998, acompanhando progressivamente o desenvolvimento
do ambiente. Da mesma forma que os outros ambientes analisados, o Teleduc possui um
esquema de autenticação de acesso aos cursos, com um usuário e uma senha que é fornecido
quando se cadastram no ambiente. O Teleduc é um software livre, portanto pode ser
redistribuído e/ou modificado sob os termos da GNU General Public License versão 2, como
publicada pela Free Software Foundation.
O sistema oferece dois perfis de usuários:
BlackBoard:
Os docentes podem organizar grupos de alunos com áreas próprias para troca de
arquivos, painel de discussão, sala virtual e e-mails entre membros.
Perfis de disciplina:
Vale salientar que antes da lei nº. 9.394 de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, a Educação a Distância não era nem sequer mencionada. Com a
promulgação da LDB, pela primeira vez se fala em incentivo ao desenvolvimento e veiculação de
programas de ensino a distância.
O decreto nº. 2.494 de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o Art. 80 da lei nº.
9.394, de 20 de dezembro de 1996, versa o seguinte conteúdo: “Art. 80 - o poder público
incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino à distância, em todos os
níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada”.
4 TECNOLOGIAS UTILIZADAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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A tecnologia está mudando tão rápido, a competição global está forçando uma
dramática redução nos tempos decorridos entre o surgimento de uma inovação, sua entrada no
mercado, eliminando a oportunidade do sujeito compreender e acompanhar as novas
tecnologias da informática e da comunicação. Atualmente, uma das soluções para a globalização
dos mercados, são as associações. Portanto, os conceitos chave desta nova era é a
colaboração/cooperação entre os sujeitos e a comunicação virtual, eliminando distâncias,
aproximando as pessoas e aumentando a produtividade através de métodos cooperativos de
trabalho virtual.
Cabe a escola formar o novo sujeito que será capaz de participar ativa e criativamente
deste processo, criticá-lo e refiná-lo. A Educação precisa se reorganizar para incluir em seu
processo educativo uma pedagogia, metodologias, técnicas e recursos que permitam um novo
paradigma que substitui a competição pela cooperação entre os sujeitos e a necessidade do
físico pelo virtual.
41
Sabemos que uma das alternativas para modificar este quadro é trabalhar com uma
tecnologia de ponta aplicada à educação, que é a Educação à Distância, como uma
possibilidade para construção de um novo modelo educacional. A Educação a Distância se
constitui em necessidade pelas razões que sempre a justificaram e ainda porque o ritmo
acelerado de mudanças sociais, políticas, econômicas, culturais, educacionais, entre outras,
passa a exigir uma educação continuada de todos os sujeitos.
Neste cenário de mudanças, alguns historiadores dizem que a humanidade passou por
três revoluções industriais. A primeira ocorreu no século XVIII, com a substituição das
ferramentas manuais por máquinas a vapor, o tear mecânico e o surgimento de ferrovias. A
segunda revolução data do século XIX, com a combinação de avanços múltiplos, entre eles pode
destacar a geração da eletricidade, o motor de combustão interna, o telefone e o telégrafo sem
fio. E a terceira revolução industrial, é quem sabe a mais polêmica, contundente e até mesmo
excludente. É a revolução da tecnologia da informação, possibilitada pelo desenvolvimento da
eletrônica (PERRENOUD, 2004, p.3).
Atualmente, na passagem da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento,
ela tem funções fundamentais como: garantir a atualização de informações e o desenvolvimento
de novos talentos em todas as áreas, impedindo que as defasagens aumentem; ajudar a
desenvolver novas habilidades para uma mesma profissão cujas atividades variam e se
transformam rapidamente e ajudar a desenvolver competências que permitam mudanças de uma
profissão para outras emergentes, no curso da vida.
43
Os vídeos têm como função o enriquecimento dos temas e das atividades propostas
aos alunos, significando, pois, que a tônica dos encaminhamentos pedagógicos está centrada no
material escrito. Derivando dele as solicitações de esclarecimento pelo aluno junto à equipe
orientadora, procedimento fundamental que possibilita o acompanhamento constante do aluno
em todo o seu percurso acadêmico.
46
O computador e a Internet são ferramentas que estão contribuindo para aumentar as
possibilidades comunicativas entre estudantes, professores e tutores, com o uso do correio
eletrônico, dos fóruns e das listas de discussão, dos ambientes virtuais de aprendizagem e
outros.
Para Sartori (2002, p.46) essas são formas não simultâneas de estabelecer
comunicação, no entanto, a Internet está permitindo que a comunicação ocorra de forma
simultânea, o que é possível através da sala de bate-papo, das videoconferências e
teleconferências.
Quando falamos aqui de novas tecnologias, estamos significando as tecnologias
interativas da informática e da comunicação, as tecnologias eletrônicas que estão tornando
possível a inteligência distribuída na sociedade. À inteligência coletiva, os computadores, os
sistemas de simulações, os hipertextos, as multimídias, as redes de computadores que
asseguram a interconectividade, ultrapassando os limites de espaço e tempo físico.
Aretio (2001) destaca que assim como outras tecnologias como imprensa, telefone,
rádio, cinema e televisão causaram autênticas revoluções quando surgiram, as novas
tecnologias possuem maior impacto devido às “suas características de globalização, rapidez e
capacidade de crescimento".
A área educacional, inserida na base da sociedade, não pode ignorar essa realidade
tecnológica e deverá incorporar gradativamente a modalidade de Educação a Distância em suas
atividades didático-pedagógicas, como forma de atender a um grande número de pessoas e de
democratizar o acesso ao conhecimento.
Mas é necessário ressaltar que os alunos que freqüentam a Educação a Distância
ainda não desenvolveram totalmente o hábito de se comunicar via computador e internet,
preferem com certeza o material impresso, que lhes da maior segurança.
Para Sartori (2002, p.46):
48
Esta é uma questão que pode ser respondida por diversos ângulos. Um deles é o
desenvolvimento do “aprender a conviver”, uma das competências fundamentais para o cidadão
do século XXI. Nos trabalhos colaborativos, os estudantes aprendem a conviver, a debater, a
discernir e a elaborar regras. Trabalham com o diferente (pensamentos, posturas, valores, etc.),
para chegar a UM pensamento: o pensamento coletivo. Este é mais que todos os outros juntos,
é fruto da interação e da aprendizagem.
Outro motivo para a utilização das ferramentas colaborativas é seu aspecto dinâmico,
criativo, divertido e lúdico. Aspectos estes que estimulam e motivam os alunos. Hoje existem
muitos recursos que possibilitam criar páginas com visuais diferentes, utilizando fotos, vídeos e
animações, criando espaço para o aluno deixar a criatividade livre.
Um quarto fator é desenvolver uma Educação e uma Cultura Digital nos alunos, esta tão
importante no nosso tempo. Sabe-se que o mundo atual é dominado por tecnologias que
facilitam e incluem sujeitos nos processos sociais, econômicos e políticos, por isso temos que
integrar e unir a escola e as práticas pedagógicas a esta nova lógica, formando cidadãos que
saibam utilizar e que sejam críticos no uso destas novas tecnologias.
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55
Portanto, agora que você já conhece alguns dos benefícios de se trabalhar por
ferramentas colaborativas de aprendizagem, acompanhe no próximo módulo um a um sua
descrição.
4.5 Blog
“Um weblog ou blog é uma página web com notas colocadas em ordem cronológica
inversa, de forma que a anotação mais recente é a primeira que aparece (GONZÁLEZ, 2005 p.
3)”.
Um blog é uma espécie de diário virtual, mas que tem sua lógica invertida, ou seja,
num diário tradicional o autor não tem a intenção de que leiam suas anotações. Porém num blog
a intenção é justamente contrária, quanto mais lido e visitado é um blog, melhor ele é.
Os serviços de blog permitem atualizações (que podem ser quase que instantâneas),
comentários por parte dos visitantes, postagem de fotos e músicas, e possui também um recurso
chamado lista de links. Nesta, o autor do diário pode colocar links para outros blogs, formando
uma teia de comunicação.
criações:
- Blog criado pelo professor: nele coloca-se o programa, com conteúdos e orientações
de estudo, materiais para suporte, atividades propostas, espaço para sugestões, tira-dúvidas,
resolução de exercícios, etc. Ele deve estar aberto às opiniões dos alunos e da família.
- Blog criado pelo aluno: é importante salientar que o aluno pode ter um blog na
Internet, independente da ação do professor, porém deve ser estimulada a criação de um blog
específico para o uso educativo, seja para desenvolvimento de um Projeto, para a realização de
uma atividade ou como meio avaliativo. Nele o professor interage, encaminhando, sugerindo,
elogiando e questionando os trabalhos. A família também deve interagir e acessar, mantendo-se
atualizada, participando da vida escolar de seus filhos.
Veja como deve ser a ação do professor e sua postura diante do blog como ferramenta
colaborativa de aprendizagem:
- Avalie os temas dos blogs. São relevantes? Os blogs partirão de uma atividade
direcionada ou poderão ser de criação e responsabilidade do aluno? Promova, sempre que
possível, debates e questionamentos nos blogs. Incite-os a acessarem e comentarem o blog dos
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outros colegas;
- O professor pode ainda, montar vários grupos, com blogs com um mesmo tema,
(confrontando as diferentes visões dos diversos blogs) ou para discutir diferentes áreas
- Deve-se explorar a conversa de maneira que todos dialoguem entre si, não
hierarquizando nenhum participante ou idéia debatida;
- O professor pode elaborar uma tabela para avaliar a performance dos alunos. Veja o
exemplo:
Nenhuma – 0 Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7 Pouca – 1 a 3
Muita – 8 a 10 Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10
62
Muitas atividades podem ser desenvolvidas com o uso dos chats. Pode-se
utilizá-lo na culminância de Projetos, os pais conectados ouvem e conversam com seus filhos a
respeito de suas produções, sendo que estas podem ser enviadas como arquivos durante a
conversa. Outra opção são as conversas, os debates e os seminários “intersalas” ou entre
colégios diferentes. Escolhe-se um tema em comum aos estudantes e estes trocam informações.
O uso de “palestras” ou debates com especialistas sobre um determinado assunto também
funcionam muito bem. O chat também pode ser usado como recurso para “plantão”, no qual o
professor dispõe de um horário marcado (extra-escolar) para tirar dúvidas. Agindo assim o
professor extrapola sua ação pedagógica em horários e locais diferentes da escola.
4.7 Fórum
Estes recursos são muito eficientes para se criar comunidades virtuais, isto é, pessoas
que possuem algo em comum e desejam compartilhar conhecimentos.
O que decorre disto é que nos fóruns os debates são mais embasados teoricamente e
também mais elaborados, permitindo maiores reflexões e estudos, enquanto no chat, pela sua
agilidade, não permite este tipo de aprofundamento.
Por isso, quando a intenção das atividades for um maior aprofundamento a cerca de
um determinado assunto, sendo promovido através de debates e trocas idéias, o fórum é a
melhor opção.
Veja abaixo outros objetivos que podem ser alcançados com o trabalho nos fóruns:
- Aprimorar o uso da linguagem escrita. Nos fóruns é preciso habilidade para escrever
e interpretar, pois o que se deseja é firmar sua opinião e discutir visões e posições com outros
participantes;
- Alfabetizar digitalmente, pois com a utilização dos fóruns os alunos irão se apropriar
de hábitos, particularidades e linguagem, próprias do meio digital;
- Criar laços afetivos com os participantes, que através dos debates irão firmando
pontos em comum;
- Adquirir espírito de equipe e trabalho colaborativo, onde todos aprendem juntos. Nos
fóruns a própria aprendizagem e a aprendizagem dos colegas dependem da participação de
cada um; 64
- Escolha um aluno ou um grupo para fazer uma síntese ao final do fórum, contendo os
pontos de vista discutidos e se possível alguma conclusão sobre o tema;
- Utilize no fórum um tipo de tabela para avaliar o desempenho dos alunos. Veja o
exemplo:
Nenhuma – 0 Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3
Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7
Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10
Muita – 8 a 10
65
José Média Muita
- O fórum pode utilizar grupos pequenos ou vários alunos para discutirem os temas.
Caberá ao professor definir quantos integrantes poderão debater ao mesmo tempo. Esta variável
depende da complexidade do tema e dos objetivos a serem alcançados;
- Utilize os fóruns para realizar enquetes na escola ou fora dela. Para isso use um tema
de grande amplitude, que esteja sendo mostrado pela mídia ou que faça parte do cotidiano dos
participantes;
- Como o fórum é uma ferramenta assíncrona, a família também pode participar das
discussões, o que a aproxima da escola e do aluno;
- Outra opção é entrar em uma lista de discussão ou grupo já criado, dessa maneira os
alunos irão precisar conhecer e adaptar-se a pessoas diferentes e novas;
- Um fórum pode movimentar e incluir a opinião de toda uma escola, entre classes,
entre pais, entre professores, enfim, escolha a melhor opção, não se esquecendo de planejar
cuidadosamente sua atividade, para avaliá-la corretamente.
4.8 Wiki
Permite ainda postar textos e fotos, colocar links para outras páginas e para
desdobramentos da própria página da wiki. Alguns wikis permitem também postar comentários.
No wiki não existe um mecanismo de revisão, esta fica por responsabilidade dos
autores do texto. Um wiki famoso é o site do Wikipédia, uma enciclopédia online colaborativa, ou
seja, qualquer usuário pode editar e modificar seu conteúdo, num trabalho de aperfeiçoamento
contínuo.
Há duas visões a respeito desse tipo de ferramenta. Em uma delas estão os que não
acreditam na veracidade das informações, devido à possibilidade de edição por qualquer
usuário, porém há outros que afirmam que quanto mais pessoas acessam e modificam um texto,
mais correto e atualizado ele fica.
Quando utilizar um wiki?
O wiki poderá ser útil quando a atividade proposta for um trabalho em grupo. Dessa
maneira o professor pode acompanhar todo o processo de construção, elaboração e edição. É
uma forma nova de realizar trabalhos em grupo e irá motivar os alunos, pelos recursos que
oferece e também porque torna o trabalho colaborativo mais fácil e ágil.
- Como um wiki pode ser modificado por qualquer usuário deve-se trabalhar a
confiança mútua;
- Para utilizar um wiki deve-se fazer um planejamento do seu assunto,
materiais que estarão disponíveis, quais serão seus componentes, etc.;
- O professor deve criar nos alunos uma familiaridade com a ferramenta antes
de sua utilização, pois é preciso aprender a colaborar e editar os conteúdos;
- Um wiki pode ser usado também pela equipe de professores para elaborar
colaborativamente os planejamentos escolares;
- A utilização de wikis irá formar alunos autônomos, participativos e com
senso crítico;
- Escolha junto com os alunos as discussões, temáticas, reflexões e sínteses
para os wikis.
- Num wiki não existe autoria. Os tratamentos e papéis assumidos são
horizontais. O que existe é o “nosso”.
Como proceder didaticamente com wiki?
- Crie um wiki todo ano para cada turma e mantenha-o como forma de manter a
comunicação entre os alunos e os professores;
Encarado dessa forma, o portfólio tem sido utilizado pelos educadores como um
excelente instrumento de avaliação. Quando bem planejado, permite ao professor visualizar o
69
percurso do aluno e ajustar suas intervenções; possibilita avaliar o produto e acompanhar o
processo de aprendizagem.
Durante o trabalho de construção de seu Webfólio, ele torna-se agente efetivo do seu
processo de aprendizagem. Para o professor, o Webfólio apresenta-se como um recurso
oferecido pela tecnologia para observação de percursos em constante revisão e avaliação.
Uma das maneiras mais simples de fazer essa publicação na Web é através de blogs.
Para saber mais sobre blogs, como e onde criar, como publicar, inserir comentários e ter uma
lista completa de FAQ´s sobre o assunto, você pode visitar os sites Interney ou The Blog. Neles
você encontrará também endereços de blogs interessantes para visitar e avaliar.
Para começar, o professor poderia criar um blog para sua disciplina ou projeto e
convidar os alunos a visitarem e participarem dele. Aproveitar esse momento e mostrar o
caminho das pedras para a publicação de blogs. Com certeza, cada aluno ou grupo vai querer
construir o seu, e o professor contará com uma boa e agradável opção para usar a Internet como
recurso pedagógico.
Bom trabalho!
Disponível em:
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_es
cola=53
Disponível em:
http://www.educarede.org.br/educa/internet_e_cia/informatica.cfm?id_inf_escola=6
Acesso em set. 2007
(26/07/2007 )
Blog é uma abreviação da palavra Weblog: Web (rede, teia) e log (registro). É um
diário virtual que pode ser educacional, familiar, pessoal e comunitário. Sua principal
característica é a facilidade de criação e publicação de novos conteúdos na Internet pelo criador
do blog e pelos visitantes, possibilitando a comunicação rápida, simples e organizada.
OBJETIVOS
RECURSOS NECESSÁRIOS
PROGRAMAS UTILIZADOS
FONTES DE PESQUISA
http://www.blogger.com/start
http://weblogger.terra.com.br/
http://www.blogs.com.br/oqueeblog.php
METODOLOGIA
ANTES
DURANTE
Blogs de Professores
Blogs de Projetos
Criando o blog
Produzindo os textos
Publicando os textos
Quem publica?
Esse é um blog coletivo e, geralmente, algumas ações só podem ser feitas pelo criador 75
do blog, no caso, o professor. São elas: publicar texto inicial, publicar mensagens, publicar
imagens. Por isso, esses materiais serão publicados pelo professor. Em alguns provedores de
blog, o “criador” pode alterar as configurações para permitir que outros usuários também
publiquem imagens e mensagens.
Para publicar o texto inicial de cada tema, peça aos alunos que enviem o material por
e-mail para o professor. Com esse material em mãos, o criador do blog deve inserir as novas
postagens (cada uma apresenta o título do subtema da dupla). Copie o texto, insira a imagem e
publique no blog.
Comentando as produções
Após publicar as primeiras mensagens no blog, peça aos alunos que comentem os
textos dos colegas. Todos os usuários podem comentar as mensagens.
DEPOIS
Sistematizando o processo
Esse projeto pode ser estendido até o professor achar que é à hora de parar ou iniciar
outro tema. Para finalizar, proponha à classe a construção de um texto coletivo sobre o processo
de construção e uso do blog, retomando os registros iniciais para serem publicados no blog.
AVALIAÇÃO
Retomando os objetivos
Depois que os alunos retomarem seus registros individuais, amplie a conversa com a
classe e socialize os ganhos que os alunos apontam as dúvidas e dificuldades no processo.
exploraram blogs;
ampliaram o repertório sobre funções e recursos dos blogs;
produziram conteúdo para publicação na Internet;
inseriram comentários nos textos e imagens dos colegas;
pesquisaram imagens na Internet;
publicaram imagens no blog;
criaram as legendas e citaram os créditos das imagens.
DESDOBRAMENTOS DA PROPOSTA
DICAS
Disponível em:
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_es
cola=639. Acesso em set. 2007
Tecnologia ao alcance de todos
Alunos de Joinville usam blog para conversar com estudantes de outras cidades.
Interação é a palavra-chave dos projetos nesse estágio
Anéis de Saturno 79
(21/10/2004)
As atividades
O estudo sobre Energia começou na sala de aula, mas a primeira atividade foi
realizada na sala de informática. Os alunos navegaram na seção Assunto é... do portal
EducaRede e leram os materiais a respeito.
Na segunda semana, os alunos foram divididos em grupos. Cada um ficou responsável
por um subtema: calor, energia sonora, magnetismo, eletricidade e luz. Na sala de informática,
eles realizaram pesquisas na Internet a respeito do subtema de seu grupo. O professor Sérgio
teve a preocupação de, antes dessa aula, escolher os sites nos quais os alunos deveriam
realizar a busca.
É importante que o educador faça esse trabalho para poder orientar os estudantes a
navegarem em conteúdos confiáveis. No dia da atividade, os estudantes tinham 28 endereços
selecionados por Sérgio e puderam realizar um bom trabalho.
Depois das pesquisas sobre Energia, os alunos estavam preparados para o “grande
dia”. E, para que tudo corresse bem, o educador pediu-lhes que organizassem as perguntas a
serem feitas ao especialista, antes de irem para a sala de informática. Também combinou regras
de comportamento no ambiente virtual.
O bate-papo foi agendado pela equipe do EducaRede e, por isso, contou com a
participação de um moderador, cujo papel é selecionar as perguntas que são enviadas pelos
internautas e repassá-las ao entrevistado. Se você quiser saber como foi esse chat, clique aqui.
Para usar o bate-papo, os professores não precisam esperar que ele seja agendado
pelo EducaRede. Com o trabalho planejado, basta escolher uma data, reservar uma sala para
discutir virtualmente e utilizar essa ferramenta com os alunos. No lugar do especialista, o
educador pode convidar um colega para ser entrevistado ou ele mesmo responder às questões. 81
Uma das vantagens é que, em uma conversa virtual os estudantes ficam mais desinibidos para
fazer os questionamentos.
Dicas para incluir o bate-papo nas aulas
Antes do bate-papo:
Faça uma motivação com a turma fora do computador;
Oriente os alunos durante as pesquisas sobre o tema;
Teste a ferramenta antes da aula para entender todos os recursos;
Combine regras de conduta durante o bate-papo;
Durante o bate-papo:
Peça aos alunos para que se identifiquem pelo nome e não por apelidos para
que você possa acompanhar a participação deles;
Oriente os estudantes no envio das perguntas ao entrevistado.
Depois do bate-papo:
Retome o tema a partir da íntegra do bate-papo disponível no Baú dessa seção
(só para os agendados pelo EducaRede);
Avalie com os alunos as dúvidas não respondidas;
Organize atividades nas quais os alunos tentem responder às dúvidas restantes;
Oriente os estudantes para que registrem mensagens no Fórum do EducaRede, de
acordo com o tema debatido.
Disponível em :
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_es
cola=78 .
Acesso em set. 2007
Integre wiki, vídeo e blog para alunos e professores
Fátima Cechinel
(19/09/2007)
Notícia - A professora Fátima Cechinel enviou o relato de uma experiência que muitos
professores e alunos irão achar interessante. O projeto Rolando na Minha Escola integra um
wiki, vídeo, relatos e desafios de uma maneira simples e divertida. O wiki, um espaço
82
colaborativo, foi criado no Wikispaces.com. Já o vídeo, foi embutido na página do projeto que
tem ainda relatos e fotos de oficinas e aulas com professores e alunos. Veja o relato enviado
através do canal Participe pela professora Fátima.
"Acho relevante e importante as oportunidades em tecnologia e educação para
trabalharmos com professores e alunos", conta Fátima. "Atuo com oficinas de inclusão digital
junto aos professores e alunos, e sempre busco montar um blog, ou trabalhar com vídeos",
relata ainda a professora.
O vídeo da oficina de inclusão digital é leve e animado. Um relato da experiência pode
ser lido rapidamente e é escrito de modo descomplicado e leve. Estão em foco também os
participantes e alunos.
Disponível em:
http://br.buscaeducacao.yahoo.com/mt/archives/2007/09/integre_wiki_va.html
Blog
Veja abaixo os sites indicados para a utilização de blogs. Existem muitos outros sites
disponíveis, porém os aqui indicados são gratuitos. É importante lembrar que para alguns deles
você terá que possuir uma conta de e-mail.
- Blog Terra
Esta opção tem o visual interessante e pode ser bem utilizado com fins educativos,
83
pois existe uma opção no qual há explicação sobre blogs e pode-se buscar um blog pelo mundo
ou por diversos países.
Qualquer pessoa pode utilizar o blog do Terra, pois este aceita usuários de qualquer
provedor. A inscrição é fácil e o site oferece ainda diversos templates (layout da página).
Acesse: http://blog.terra.com.br
Depois de
cadastrado é só
entrar com login
e senha
Nesta opção também se pode fazer busca de blogs. A inscrição no blog UOL é
bastante simples e o site oferece ainda diversos templates (layout da página) além de oferecer 84
diversos recursos como: criar um perfil, comentários sobre as postagens, colocar lista de links
preferidos, editar mensagens, postar fotos, etc.
Acesse: http://blog.uol.com.br
Recursos que o
Uol oferece para
o seu blog
Serviço de busca
de blogs
- Blog Ig
Esta opção tem o visual simples e instrutivo e pode ser usada com fins educativos, pois
existe uma opção que oferece uma explicação sobre blogs.
Para usar o blog da Ig você terá que usar uma conta de email da Ig também. Quando
for fazer a inscrição já existe uma opção que facilita este processo, pois na mesma janela existe
um “botão” no qual você cria um e-mail ig.
O site oferece ainda diversos templates (layout da página) e outros recursos como:
moderador, contador, podcasting, agendamento, newsletter e outros. 85
Você ainda pode dar maior visualização para seu blog usando o recurso de “seleção
Blig”.
Acesse: http://blig.ig.com.br
Depois de cadastrado é só
entrar com login e senha
Clique
aqui
para se
cadastr
ar
Veja as indicações dadas para a utilização dos chats. Há dois deles que são sites onde
você pode abrir uma nova sala de bate papo gratuitamente e agendar sua conversa e existe
também a indicação de dois programas próprios para este fim.
86
- Brasil Chat
Neste site, para abrir sua sala de bate-papo, você terá que primeiramente se cadastrar.
O cadastro é simples e é necessário ter uma conta de e-mail. Outra opção é utilizar as salas já
abertas, mas observe o tema e se a interação é própria para fins educativos.
Acesse: http://www.brasilchat.com.br
Acesse: http://www.saladeaulainterativa.pro.br
Clique em chat
Figura 7
Clique em
entrar no chat
Se já for
cadastrado
é só entrar
com login e
senha
Para se
cadastrar clique
aqui
- Comic Chat
semelhante a um editor de textos, porém com algumas funções específicas de chat como sala,
participantes e favoritos. Na opção de salas podem-se configurar diversas propriedades, por
exemplo, criar uma sala com senha e com um número máximo de usuários.
Este ambiente tem duas opções de comunicação: modo texto e modo quadrinhos. A
segunda opção propicia um diálogo semelhante às histórias em quadrinhos, pois permite que o
usuário escolha um, entre os vários personagens disponíveis no ambiente, com diferentes
expressões faciais, assim como permite a escolha de um cenário onde o diálogo se desenvolve.
Nesse modo é possível se expressar usando alguns gestos padrões como
apontamento com as mãos sempre que é mencionada a palavra você e o ato de acenar quando
usado tchau e oi. "Os sinais de pontuação quando usados ao final de uma frase alteram a face
dos personagens. Por exemplo, vários pontos-de-exclamação seguidos (!!!!!) fazem o
personagem expressar ira. Além dos sinais de pontuação, quando são utilizados os emoticons,
as expressões faciais também são alteradas de acordo". As mensagens são enviadas dentro de
balões, semelhantes às histórias em quadrinhos, sendo que esses podem representar uma fala,
pensamento, sussurro ou ação.
Embora a opção em quadrinhos seja mais lúdica e interessante que a textual, só é
recomendável quando há poucas pessoas na sala, pois o acompanhamento da conversa se
torna difícil com muitas pessoas.
O modo texto possui as características comuns aos diversos chats: as mensagens são
enviadas seqüencialmente, as conversas podem ser de um para todos ou em particular. Porém,
dependendo do que se quer comunicar, é necessário conhecer alguns comandos, por exemplo,
"/msg Paulo Tudo bem?" resulta no envio da mensagem "Tudo bem?" em particular para Paulo.
No modo texto também é possível configurar a cor e o tipo de letra a serem usadas, fator que
ajuda a comunicação dentro de uma sala com muitas pessoas.
Esse programa permite que as conversas sejam gravadas, tanto no modo texto quanto
no modo quadrinhos.
Disponível em:
http://www.ccuec.unicamp.br/ead/index_html?foco2=Publicacoes/78095/121137&focomenu=Publ
icacoes. Acesso em out. 2007
- The palace
5 - O que é um avatar?
Avatar é uma imagen que você usa quando está em um chat na internet, esta figura
representa você dentro do chat.
10- Para a frase aparecer no canto esquerdo superior da tela, como faço?
Digite o símbolo arroba (@) antes da sua mensagem. Exemplo: @Tchau pessoal!!!!
11- Como posso ver os nomes das pessoas que estão no palace?
Use a tecla F3 ou simplesmente click sobre a lixeira, que está localizada no canto
inferior direito da sua tela.
Outros sons existentes : - amen, belch, boom, crunch, debut, fazien, guffaw, kiss, no,
ow, pop, teehee, weti, wind e yes.
Disponível em:
http://www.nlink.com.br/~harlanfr/palace.htm
Acesso em out. 2007
- Breeze
O Breeze fornece um sistema de comunicação pela web que permite aos usuários
promover reuniões em tempo real, aulas e seminários, assim como disponibilizar apresentações
sob demanda e cursos de e-learning.
Acesse: http://www.classroom.com.br/breeze/index.php
- Yahoo! Messenger
Quem quer apenas teclar, pode usar emoticons animados, mandar mensagens
animadas com som, semelhantes aos winks do MSN, compartilhar fotos e consultar o histórico
de mensagens das pessoas com quem conversou.
Acesse: http://br.messenger.yahoo.com/webmessengerpromo.php
- MSN Messenger
Fórum
Nesta lista de indicação existem opções nas quais você pode montar um fórum e outras
para se montar um grupo ou participar de um já existente. Experimente as diversas opções e
93
escolha qual é a melhor para suas aulas.
- Fórum Now
Para iniciar a construção de um fórum você deve ter uma conta de e-mail. O
cadastro neste site é bastante simples e gratuito. Você também pode ter acesso a outros fóruns
e ficar por dentro do assunto, pois o próprio site traz informações sobre os fóruns. Há ainda uma
opção de busca de fóruns.
Você pode
administrar e
entrar no fórum
em que está
cadastrado
Clique aqui
para se
cadastrar
Acesse: http://www.forumnow.com.br
- Meu Grupo
Neste site você também deve ter uma conta de email. O cadastro neste site
também é bastante simples e gratuito. Você também pode ter acesso a outros grupos e ainda
buscar por grupos.
Depois de
cadastrado
crie um
Depois de grupo 94
cadastrado é
só entrar com
email e senha
Cadastre-se
Procure um
grupo
Acesse: http://www.meugrupo.com.br
- Quero um Fórum
e-mail) e oferece várias vantagens, tais como: suporte técnico, oferecido pelo próprio site; não
tem limite de espaço; pode ser usado em três línguas (português, inglês e espanhol); entre
outras.
Para criar um fórum
Sistema de busca 95
de fóruns
Figura 11
Para administrar
o fórum depois
de cadastrado.
Acesse: http://www.queroumforum.com/web/index.php
- Yahoo Grupos
Funciona como os outros sistemas de grupos, mas você deve ter um e-mail do Yahoo.
- Google Grupos
Também funciona como os outros sistemas de grupos, mas você deve ter um e-mail do
Google (Gmail).
96
Cadastro para
novo usuário
Acesse: http://groups.google.com.br
Wiki
Abaixo está a lista de indicação de wikis. Você também precisará ter conta de e-mail
para se cadastrar nos wikis. Os sites estão disponíveis em inglês, porém é fácil o seu uso. Siga
as orientações e escolha a melhor opção.
- Pb wiki
Este wiki é gratuito para uso educativo e ainda dá idéias, exemplos e dicas
pedagógicas (em inglês).
Escolha o Depois de
modo cadastrado use o
Educação login
97
Acesse: http://pbwiki.com/business.wiki
- Wiki spaces
Neste site para criar uma wiki pública o serviço é gratuito (é necessário ter um
endereço de email). Também dá auxílio e dicas pedagógicas do uso de wikis (em inglês).
Depois de
cadastrado é
só clicar aqui
Clique aqui
para se
cadastrar
Acesse: http://www.wikispaces.com
- Zoho
Neste é gratuito criar uma wiki, de forma bem simples. É necessário ter um
endereço de e-mail.
98
Depois de
Clique aqui para se cadastrado é só
cadastrar clicar aqui
Acesse: http://wiki.zoho.com/jsp/wikilogin.jsp?serviceurl=%2Fregister.do
Escola 2000
Agende um Chat:
http://www.escola2000.org.br/interaja/reuniao/reuniao_agende.aspx
Educa Rede
Agende um Chat:
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=batepapo.ds_home&id_comunidade=0
Revista Veja
Participe dos Fóruns: http:// www.vejaonline.abril.com.br
Escola 2000
Agende um Chat:
<http://www.escola2000.org.br/interaja/reuniao/reuniao_agende.aspx>
Educa Rede
Agende um Chat:
<http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=batepapo.ds_home&id_comunidade=0>
100
Participe dos Fóruns:
<http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=forum.ds_forum&id_comunidade=0
>
Revista Veja
Participe dos Fóruns: <http:// www.vejaonline.abril.com.br>
É possível imaginar aprendizagem sem professor? Há quem questione que isso seja
possível de acontecer, outros garantem que sim, que a aprendizagem ocorre em diferentes
ambientes e se utilizando diferentes ferramentas, sem necessariamente a presença de um
professor. Quebram-se paradigmas e procura-se romper com a linearidade do ensino tradicional.
Para aprender algo sem professor, podemos utilizar vários meios e recursos. Desse
modo, num curso de Educação a Distância, no qual o professor está distante geograficamente
do aluno, é possível também estudar e aprender. E podemos estudar na escola, na biblioteca,
em casa ou no local de trabalho. Prova-se então que a aprendizagem não depende da presença
de um professor, não que ele não seja necessário, mas pode encontrar-se geograficamente
distante, se fazendo presente por meio de tecnologias, como espaço virtual ou
videoconferências.
O aluno adulto enfrenta dificuldades quando retoma seus estudos, inclusive por ter
pouco tempo livre para estudar. Por outro lado, tem ampla experiência de vida e profissional, o
qual lhe possibilita uma aprendizagem mais significativa, permitindo uma maior aproximação
entre a teoria e a prática.
Para fazer frente a esta nova situação, o professor terá necessidade muito
acentuada de atualização constante, tanto em sua disciplina específica, quanto em
relação às metodologias de ensino e novas tecnologias. A redefinição do papel do
professor é crucial para o sucesso dos processos educacionais presenciais ou à
distância. Sua atuação tenderá a passar do monólogo sábio de sala de aula para o 111
diálogo dinâmico dos laboratórios, salas de meios, e-mail, telefone e outros meios de
interação mediatizada: do monopólio do saber a construção coletiva do
conhecimento, através da pesquisa; do isolamento individual aos trabalhos em
equipe interdisciplinares e complexos; da autoridade a parceria no processo de
educação para a cidadania.
Moore e Kearsley (1996, p.163) mencionam vários fatores extracurriculares que podem
influenciar no desempenho do aluno à distância como: trabalho, família, saúde e interesses e 113
obrigações sociais podem influenciar positiva ou adversamente o aluno. O melhor indicador do
sucesso de um aluno a distância é sua formação acadêmica. Quanto mais graduado o aluno,
mais chance tem de completar com sucesso o curso.
FONTE: www.fcjp.edu.br/iead.asp
De acordo com Peters (2003, p.156):
Análises nessa área nos dão uma impressão discrepante: por um lado, nele os
estudantes trabalham autonomamente como em nenhuma outra área educacional;
por outro lado, seu estudo no tele estudo corrente é muito mais pré-determinado,
estruturado, amarrado a fatores preestabelecidos e mais regulamentado do que o
estudo com presença, e, portanto em alto grau heteronômico.
114
A autonomia concede aos estudantes a possibilidade de tomarem iniciativas no
planejamento e organização do seu espaço físico, tempo e métodos de estudo que irão seguir
para pesquisar conhecimentos correlatos de seu interesse, acompanhar o programa proposto,
seguir o roteiro e cronograma pré-determinados pelo curso.
Não podemos desconsiderar que o ritmo individual de cada um deve ser respeitado na
Educação a Distância e no ensino presencial. Compromissos com o trabalho, família, e
atividades sociais requerem maior tempo dos adultos, conseqüentemente, dificultam o
acompanhamento do cronograma.
Peters (2003, p.158) argumenta que um sistema de ensino que tem respeito pela
liberdade e autonomia dos estudantes não deveria prejudicá-lo por meio de imposições
exteriores.
Existe um grande número de recursos disponíveis para que o aluno sinta-se realmente
aluno de um curso superior e para que possa superar as dificuldades iniciais desta modalidade
de ensino.
Cavalcanti (1999) destaca que a idade adulta traz a independência. O indivíduo
acumula experiências de vida, aprende com os próprios erros, apercebe-se daquilo que não
sabe e o quanto este conhecimento faz-lhe falta.
Cechinel (2001, p.13) diz que uma atividade é interativa quando o aluno assiste as
orientações tutoriais e reúne-se com o tutor e com os colegas do curso. Recebe assessoria para
realizar um trabalho prático, quando recebe ajuda sobre como organizar seus estudos, quando
consulta o professor da disciplina por telefone, fax, correio eletrônico, chats, se vale do ambiente
Virtual, participa de videoconferências e desenvolve atividades coletivas.
Neste sentido o aluno está constantemente assessorado, conta com o trabalho tutorial,
uma espécie de suporte presencial para sanar suas dúvidas em relação a qualquer assunto
condizente com os cadernos estudados. Prioriza-se muito a atividade coletiva, colaborativa, pois
se entende que desta forma o aluno desenvolve a capacidade de trabalho coletivo, essencial
para a educação nos dias atuais e já se prepara para desenvolver futuros projetos em equipe, de
forma interdisciplinar.
Percebe-se então que o aluno que freqüenta esta modalidade de ensino, apesar de
117
ocorrer à distância, muito de presencial se faz presente, exigindo-se muito mais habilidades e
capacidades para que se possa desenvolver esta forma de estudo.
Diante desta “nova modalidade de ensino” (no cenário mundial não é tão nova), é
necessário também que o aluno desenvolva e se aproprie de novos hábitos, habilidades e
atitudes, competências que serão necessárias para desenvolver as atividades propostas e que o
tornará um profissional competente e comprometido com a educação.
Desta forma, é necessária especial atenção ao processo “aprender a aprender”
levando-se em consideração o ritmo de aprendizagem de cada aluno/acadêmico, visto que
muitos se encontram afastados de sala de aula há muito tempo. Também é primordial muita
atenção aos fundamentos e métodos de conhecimento, buscando a apropriação pelos alunos, e
não a simples repetição do conteúdo. Pois o objetivo principal ao se trabalhar determinado
conteúdo é que o aluno construa conceitos e conhecimentos, que compreenda e contextualize o
assunto, e não simplesmente que memorize e não consiga refletir acerca do mesmo.
FONTE: www.fcjp.edu.br/iead.asp
Então podemos deduzir que para aprender, o indivíduo não deixa de operar regulações
intelectuais. Na mente humana, toda regulação, em última instância, só pode ser uma auto-
regulação, pelo menos se aderirmos às teses básicas do construtivismo: nenhuma intervenção
externa age se não for percebida, interpretada, assimilada por um sujeito.
Perrenoud (1999, p.96) enfatiza que nessa perspectiva, toda ação educativa só pode
estimular o autodesenvolvimento, a auto-aprendizagem, a auto-regulação de um sujeito,
modificando seu meio, entrando em interação com ele. Não se pode apostar, afinal de contas,
senão na auto-regulação.
Para sanar essa dependência do aluno, o tutor deve ser um motivador, orientador e
avaliador no sentido de reforçar o processo de auto-aprendizagem, orientando os alunos
constantemente quanto ao que fazer para atingir os objetivos específicos de cada disciplina,
sempre primando pela prática dialógica.
De acordo com Cechinel (2001, p.8) podemos definir tutoria como um conjunto de
ações educativas de apoio e orientação aos alunos, não apenas de caráter acadêmico, mas
122
também de caráter pessoal. Desenvolvida individualmente ou em grupo, por um educador, com o
objetivo de ajudá-los a apropriarem-se do conhecimento sistematicamente organizado e a
desenvolverem a interação e a autonomia na aprendizagem.
A idéia de guia é a que aparece com maior força na definição da tarefa do tutor.
Podemos definir tutor como o “guia, protetor ou defensor de alguém em qualquer aspecto”,
enquanto o professor é alguém que “ensina qualquer coisa” (LITWIN, 2001, p.93). Alves (2003)
esclarece que a palavra professor procede da palavra “professore”, que significa “aquele que
ensina ou professa um saber”.
O tutor, ao assumir suas funções, estará buscando construir caminhos para facilitar o
processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, não cabe a ele ministrar aulas, mas criar
condições para que o aluno a partir dos materiais instrucionais tenha condições de construir sua
aprendizagem com autonomia.
Sartori (2002, p.13), ressalta que a atividade do professor tutor é diferente do professor
convencional, porém está estreitamente vinculada a ação docente. Ao professor tutor cabe a
função de mediar e facilitar aos alunos a aprendizagem dos conteúdos científicos, além de
outras tarefas sumamente importantes, portanto, não lhe cabe transmitir conteúdos, mas reforçar
o processo de auto-aprendizagem. Para isso, deve indicar aos alunos o que devem fazer e que
caminhos seguir para o alcance dos objetivos pretendidos em cada momento de seus estudos.
123
FONTE: www.fcjp.edu.br/iead.asp
124
Tais conhecimentos em geral nos conduzem à situação específica dos saberes
requeridos ao tutor da Educação a Distância. Nestes ambientes, os contextos educacionais
assumem um valor especial, que requerem do tutor uma análise fluida, rica e flexível de cada
situação, vista sob o ângulo do tempo, oportunidade e risco, que imprimem as condições
institucionais da Educação a Distância.
Convivência, em um mesmo ambiente Interatividade entre aluno e tutor, sob outras formas,
físico, de professores e alunos, o tempo não descartada a ocasião para os “momentos
inteiro. presenciais”.
Ritmo de processo ditado pelo professor Ritmo determinado pelo aluno dentro de seus
próprios parâmetros
Contato face a face entre professor e Múltiplas formas de contato, incluída a ocasional face
aluno a face.
Atendimento, pelo professor, nos rígidos Atendimento pelo tutor, com flexíveis horários,
horários de orientação e sala de aula. lugares distintos e meios diversos. 125
Fonte: Sá, Iranita. Educação a Distância: Processo Contínuo de Inclusão Social. Fortaleza, CEC, 1998.
Neste contexto, pode-se redefinir o papel do professor: “mais do que ensinar, trata-se
de fazer aprender (...), concentrando-se na criação, na gestão e na regulação das situações de
aprendizagem” (PERRENOUD, 2000, p.139). O tutor atua como mediador, facilitador,
incentivador, investigador do conhecimento, da própria prática e da aprendizagem individual e
grupal (ALMEIDA, 2001).
Facilitador Orientador de aprendizagem.
Como mediador e facilitador do Geralmente usado quando o processo de
orientação é voltado para facilitar o
processo de aprendizagem, o tutor tem como processo de construção do conhecimento
pelos próprios alunos. Em alguns sistemas
função familiarizar o aluno com a metodologia
de EAD, como, por exemplo, o Telecurso
adotada no curso e o material didático. Também é o responsável pela coordenação,
orientação, acompanhamento, controle e
tem como função auxiliar no planejamento do avaliação da prática pedagógica
estudo individualizado ou em grupo, desenvolvida na telessala e no centro
controlador.
acompanhando de forma a superar as dificuldades
apresentadas e orientar na resolução de suas possíveis dúvidas, em atendimento individual ou
em grupo.
O novo papel do tutor precisa ser repensado para que não se reproduzam nos atuais
ambientes de Educação a Distância concepções tradicionais das figuras do professor/aluno.
Para que o curso prime pela qualidade e encontre parâmetros para se pautar, o tutor
desenvolve as atividades necessárias à manutenção dos níveis de qualidade do curso. Faz isso
participando da avaliação do curso ou programa quanto à metodologia, a orientação acadêmica
e ao material didático. Função importante também do tutor é cuidar da parte administrativa do
curso, que envolve o cumprimento de cronogramas, garantia de fluxos de informação,
organização do seu ambiente de trabalho, manutenção e preservação de materiais e
equipamentos.
Acrescentando, Litwin (2001, p.103) enfatiza que para exercer competentemente estas
funções, necessita de formação especializada. Hoje, a idéia da formação permanente vigora
para todas as profissões, mas especialmente para os profissionais da educação. O tutor se
encontra diante de uma tarefa desafiadora e complexa.
Sá (1998, p.46) diz que se exige mais do tutor de que de cem professores
convencionais, pois este necessita ter uma excelente formação acadêmica e pessoal. Na
formação acadêmica, pressupõem-se capacidade intelectual e domínio da matéria, destacando-
se as técnicas metodológicas e didáticas. Além disso, deve conhecer com profundidade os
assuntos relacionados com a matéria e área profissional em foco, por este motivo a necessidade
127
da formação continuada.
Collins e Berge (1996, apud PALLOFF; PRATT, 2002) classificaram as várias tarefas e
papéis exigidos do professor on-line (tutor) em quatro áreas: pedagógica, gerencial, técnica e
social.
Diz respeito ao fomento de um ambiente
social amigável, essencial à aprendizagem on-line. O
papel do professor em qualquer ambiente educacional é
o de garantir que o processo educativo ocorra entre os
alunos. No ambiente on-line, o professor torna-se um
facilitador. Ele conduz o grupo de maneira mais livre,
permitindo aos alunos explorar o material do curso, ou a
ele relacionado, sem restrição.
128
O docente pode trazer assuntos gerais para
serem lidos e comentados, além de fazer perguntas
visando a estimular o pensamento crítico sobre o assunto
discutido. É importante que o professor comente
adequadamente as mensagens dos alunos, as quais
servirão para estimular debates posteriores. Nesse
contexto, o professor atua como animador, tentando
Função pedagógica motivar seus alunos a explorarem o material mais
profundamente do que o fariam na sala de aula
presencial.
Para dar um sentido de comunidade ao grupo, o tutor poderá usar algumas estratégias,
como, por exemplo: iniciar seus cursos pelas apresentações dos alunos, para que todos se
conheçam. Dessa forma, cria-se uma atmosfera confiante e aberta, tornando real o fato de que o
grupo é composto por pessoas, com sua própria experiência de vida e saberes. Outra estratégia
utilizada é a de elaborar previamente uma atividade em grupo, com simulações ou projetos,
criando a sensação de trabalho em equipe.
Segundo Gutiérrez e Prieto (1994), suas características são: ser capaz de uma boa
comunicação; possuir uma clara concepção de aprendizagem; dominar bem o conteúdo; facilitar
a construção de conhecimentos, através da reflexão, intercâmbio de experiências e informações;
estabelecer relações empáticas com o aluno; buscar as filosofias como uma base para seu ato
130
de educar; e constituir uma forte instância de personalização. Dentre as tarefas prioritárias do
“assessor pedagógico”, destacam-se a de estabelecer redes, promover reuniões grupais e a de
avaliar.
O tutor de Educação a Distância deve ser valorizado, pois sua responsabilidade, além
de ser maior por atingir um número infinitamente mais elevado de alunos, torna-o mais
vulnerável a críticas e a contestações em face dos materiais e atividades que elabora.
Niskier (1999, p.393) pontua que o papel do tutor é:
Função pedagógica,
estímulo à
PROFESSOR:
aprendizagem através
Concepção e realização
das interações
de cursos e materiais
concepção e 132
didáticos.
realização de cursos
e materiais didáticos.
PESQUISADOR:
PERFIS DO
Atualização TECNÓLOGO
TUTOR
contínua,
investigação e EDUCACIONAL:
reflexão sobre a
Especialização em
própria prática.
tecnologias
Educacionais.
TUTOR:
Orientação e
Avaliação da
MONITOR:
aprendizagem a
RECURSO DIDÁTICO: Exploração de
Distância.
materiais específicos,
Resposta às dúvidas
em grupos de
dos
Aprendizagem.
Alunos.
De acordo com Sá (1998), o tutor em Educação a Distância exerce duas funções
importantes, a primeira informativa, provocada pelo esclarecimento das dúvidas levantadas pelos
alunos, e a segunda, orientadora, que se expressa ajudando nas dificuldades e na promoção do
estudo e aprendizagem autônoma.
Para Sá (1998, p.45) “No ensino a distância o trabalho do tutor fica de certo modo
diminuído considerando-se o clima de aprendizagem autônoma pelos alunos”, pois muito da
orientação necessária já se encontra no próprio material didático, sob a forma de questionário,
133
recomendação de atividades ou de leituras complementares. Constata-se que a função do tutor
deve ir além da orientação. O tutor esclarece dúvidas de seus alunos, acompanha-lhes a
aprendizagem, corrige trabalhos e disponibiliza as informações necessárias, terminando por
avaliar-lhes o desempenho.
“A avaliação, não importa a missão que se lhe proponha cumprir, parece ter o dom
de despertar nas pessoas suas defesas mais escondidas. É, na educação, um
processo revestido de rituais complexos, que resulta por torná-la um mito. No caso
da avaliação da aprendizagem, tal mitificação ao invés de possibilitar às pessoas
maior consciência de como está se desenvolvendo internamente o processo de
construção do conhecimento, termina por confundi-las, tornando-as dependentes de
algum veredicto externo que determine se estão aprendendo ou não”.
O comentário segundo Gonçalves, tantas vezes repetido, de que não é séria a ação de
Ensino a Distância, dispensa a exigência da avaliação presencial da aprendizagem, confirma a
137
percepção de uma relação de desconfiança, entre professor e aluno, além de a educação ser
vista como algo externo ao indivíduo. Prossegue ainda em suas assertivas:
Classificar o aprendiz (aluno) neste processo é uma exigência legal dos órgãos de
educação. Mas não é um fim da avaliação, que se propõe a muito mais. Aqui entram também os
aspectos éticos do ato de ensinar, de formar cidadãos conscientes, de dar condições para que o
indivíduo se desenvolva, cresça como pessoa e busque sua autonomia e possa atuar em prol do
conhecimento, modificando realidades, principalmente na Educação a Distância.
Através de uma visão holística, que considera um todo e transcende o fator “nota”, é
possível utilizar a avaliação para diagnosticar problemas no aprendizado e propor as melhorias,
fornecendo o feedback propulsor de ajustes e de potencializações das práticas e métodos
pedagógicos utilizados no processo de ensino-aprendizagem.
141
Ou seja, além de ser constante, formativa, a avaliação deve ser diagnóstica, levantar
questionamentos e buscar respostas para promover a melhoria dos processos de ensino-
aprendizagem, verificando os sucessos e insucessos de determinadas ações, dos meios,
materiais e recursos utilizados, bem como da atuação.
No ambiente de EaD, a avaliação precisa ser específica e estender sua análise sobre
os outros tipos e variedades de aprendizados como a questão da tecnologia empregada e sobre
seu mecanismo próprio de ensino-aprendizagem. Atualmente, tanto a percepção e o modo de se
avaliar exigem uma nova postura, uma nova atuação dos avaliadores. Os processos mudaram e
com eles as oportunidades de se levar conhecimento às mais remotas partes do país e do
mundo.
Instrumentos de avaliação
Fórum
Seminário Virtual
Informal
Formal
Indireto
ALVES, Lynn; NOVA, Cristiane. Educação a Distância: uma nova concepção de aprendizagem
e interatividade. São Paulo: Futura, 2003.
BELLONI, Maria Luiza. Educação à distância. 2ª ed., Campinas/SP: Autores associados, 2001.
LANDIM, Cláudia Maria das Mercês Paes Ferreira. Educação a distância: algumas
considerações. Rio de Janeiro: [s.n. 1997].
LITWIN, Edith (org). Educação a Distância: Temas para Debate de uma Nova Agenda
Educativa. Porto Alegre: Artmed, 2001.
MAIA, Carmem. Guia Brasileiro de Educação a Distância. São Paulo: Esfera, 2002.
148
MORAN, J. M. Interferências dos meios de comunicação no nosso conhecimento. INTERCOM –
Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo: v.17, nº. 2, 1994.
NISKIER, Arnaldo. Educação a Distância: a tecnologia da esperança. São Paulo, Loyola, 1999.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 2000.
REVISTA NOVA ESCOLA. Tecnologias da informação. São Paulo: Editora Abril, Ano XX, nº.
185, Setembro de 2005.
149
RODRIGUES, Rosângela Schwarz. Modelo de avaliação para cursos o ensino a distância:
estrutura, aplicação e avaliação. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção.
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1998.
CECHINEL, Fátima. Integre wiki, vídeo e blog para alunos e professores, 2007. Disponível
em: <http://br.buscaeducacao.yahoo.com/mt/archives/2007/09/integre_wiki_va.html>. Acesso
em: out. 2007
MENEZES, Débora. Tecnologia ao alcance de todos. Revista Nova Escola. Mangaratiba (RJ) e
Joinville (SC), set. 2006. Disponível em:
<http://www.iia.com.br/educacaoampliada/Revistaescola.abril.com.br(educa%C3%A7%C3%A3o)
.doc>
Acesso em: set. 2007
NITZKE, Julio A.; CARNEIRO, Mara L. F.; GELLER, Marlise. Criação de ambientes de
aprendizagem colaborativa, 1999. Disponível em: <http://penta.ufrgs.br/pgie/sbie99/acac.html>.
Acesso em: out. 2007
No mundo dos blogs – o diário virtual na escola. EDUCAREDE, 2007. Disponível em:
<http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_e
scola=639>. Acesso em: set. 2007
SEAWRIGHT, Daniela Bertocchi. É conversando que a gente se entende, 2002. Disponível
em: <http://www.educarede.org.br/educa/internet_e_cia/informatica.cfm?id_inf_escola=6>
Acesso em: set. 2007
152
Zoho <http://wiki.zoho.com/jsp/wikilogin.jsp?serviceurl=%2Fregister.do>
Pb wiki <http://pbwiki.com/business.wiki>
Blog Ig <http://blig.ig.com.br>
CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Aluno:
AN02FREV001/REV 3.0
CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 3.0
SUMÁRIO
MÓDULO I
1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1.1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO MUNDO
1.2 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
MÓDULO II
2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
2.1 ABORDANDO CONCEITOS
2.2 CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
2.3 ENSINO E APRENDIZAGEM COM QUALIDADE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
2.4 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
2.4.1 Características de alguns ambientes virtuais de Aprendizagem
2.5 LEGISLAÇÃO QUE FUNDAMENTA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
MÓDULO III
3 TECNOLOGIAS UTILIZADAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
3.1 FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA INTERNET NO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
3.2 POR QUE UTILIZAR UMA FERRAMENTA COLABORATIVA?
3.3 DIDÁTICA NO USO DE FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM
COLABORATIVA: PROCESSO E AVALIAÇÃO
MÓDULO IV
4 FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM
4.1 BLOG
4.1.1 Quando utilizar um blog?
4.1.2 Como proceder didaticamente com blog?
AN02FREV001/REV 3.0
4.2 CHAT
4.2.1 Quando utilizar um chat?
4.2.2 Como proceder didaticamente com chat?
4.3 FÓRUM
4.3.1 Quando utilizar um fórum?
4.3.2 Como proceder didaticamente com fórum?
4.4 WIKI
4.4.1 Quando utilizar um wiki?
4.4.2 Como proceder didaticamente com wiki?
4.5 ALGUNS EXEMPLOS DE PRÁTICAS EDUCATIVAS COLABORATIVAS
4.6 CONHECENDO E EXPLORANDO AS FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM
COLABORATIVA NA INTERNET
4.6.1 Blog
4.6.2 Chat
4.6.3 Fórum
4.6.4 Wiki
4.6.5 Alguns sites interessantes
MÓDULO V
5 DOCÊNCIA, DISCÊNCIA E TUTORIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
5.1 DOCÊNCIA: O PERFIL DO EDUCADOR
5.2 O ATOR DO PROCESSO: O DISCENTE
5.3 TUTORIA: NOVO PERSONAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.
5.4 AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
5.4.1 Instrumentos de avaliação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AN02FREV001/REV 3.0
MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
5
O século XXI pode caracterizar-se por uma particularidade no âmbito
educacional: a demanda sem precedentes pelo acesso a educação. Essa demanda
deve-se à consciência do direito à educação e a certeza de que sem escolarização
não contribuímos com uma sociedade justa e igualitária.
Saímos do século da produção e iniciamos o século do conhecimento,
século que exige da sociedade uma revisão e reavaliação de posicionamentos, de
atitudes e posturas. Exige também maior abertura de espaços educativos para que
possa agregar maior número de pessoas possíveis. Prosseguindo nesse
pensamento, podemos levantar questionamentos, tais como: As escolas, em seu
espaço físico, estão capacitadas para atender a essa demanda? Que escola estaria
preparada para atender uma diversidade cultural tão grande? Como a escola pode
superar possíveis limitações de tempo, de espaço e a falta de profissionais
qualificados?
Percebemos então que a escola, na forma que se encontra estruturada hoje,
não consegue atender à demanda pela educação que a sociedade necessita. É
necessário que se (re) pense em uma nova modalidade de educação, que seja
capaz de atender ao grande contingente de pessoas existente, esperando pelo
acesso à educação.
De tal modo, a Educação a Distância, como modalidade de educação, surge
de forma surpreendente nos últimos tempos e alcança os mais diferentes lugares do
mundo, em razão do uso das novas tecnologias da informação e da comunicação.
A diferença entre a educação presencial e a educação a distância se dá pelo
fato de que na modalidade presencial o aluno tem acesso ao conhecimento em um
espaço previamente determinado, ou seja, todos os dias na universidade, em um
espaço físico determinado.
Na modalidade a distância o aluno desenvolve capacidades e habilidades no
tempo e no local que lhe são adequados, com mediação de professores e tutores,
utilizando-se de variados materiais didáticos, como: cadernos pedagógicos, fitas de
vídeo, teleconferências, videoconferências, teleaudiovideoconferências,
acompanhamento tutorial, internet, utilização de hipertextos e todas as formas
disponíveis dos meios de comunicação.
O desafio de educar e educar-se a distância é grande, pois o acadêmico
deve desenvolver competências e habilidades inerentes a sua profissão, ser mais
AN02FREV001/REV 4.0
6
reflexivo quanto a sua ação e mediação, uma vez que será ele próprio o autor das
práticas educativas que serão embasadas nas teorias estudadas. No ensino a
distância, o aluno faz uso da teoria para amparar sua prática pedagógica ou então a
sua prática será início de uma nova teorização. Todavia, ambas – teoria e prática –
deverão estar pautadas nos pilares da reflexão/ação/reflexão.
Os cursos superiores buscam por indicadores de qualidade para se firmar no
mercado e a educação a distância não é diferente. Viabilizar cursos na modalidade
de Educação a Distância no Brasil – onde a diversidade de contextos e experiências
malsucedidas na educação criou uma imagem de descrédito e resistência perante
as universidades – implica um trabalho cauteloso de pesquisa e avaliação das
iniciativas que estão surgindo, na busca da estruturação de modelos que sejam
adequados à realidade brasileira e que consolidem a Educação a Distância
enquanto prática educativa (RODRIGUES, 1998).
A Educação a Distância é caracterizada pela separação do professor e aluno
no espaço e no tempo, pelo controle do aprendizado realizado mais intensamente
pelo aluno do que pelo instrutor distante, pela comunicação entre professores e
alunos sendo mediada por documentos impressos ou alguma forma de tecnologia.
O Módulo I apresenta a Educação a Distância no mundo e destaca
principalmente sua trajetória no Brasil. O Módulo II traz as características e os
conceitos sobre Educação a Distância que vêm sendo utilizadas nas universidades,
empresas, iniciativas públicas e privadas como forma de democratização e acesso
ao ensino superior. O Módulo III apresenta as principais tecnologias da informação e
da comunicação usadas na Educação a Distância. O Módulo IV descreve os objetos
utilizados na aprendizagem colaborativa. O Módulo V aborda os principais
elementos constituintes desse sistema tutorial, definindo seus papéis e formas de
comunicação entre o professor, o tutor e aluno.
AN02FREV001/REV 4.0
7
Distância apresenta uma longa história. Nessa trajetória, destacam-se modelos de
Educação a Distância que foram marcados pelo sucesso da atividade realizada, bem
como pelo fracasso no processo, devido a vários fatores. Sua origem remonta as
experiências de educação por correspondência iniciadas no final do século XVIII e
com amplo desenvolvimento a partir de meados do século XIX. De acordo com
alguns autores, Educação a Distância (EAD) é uma modalidade de ensino tão antiga
quanto às primeiras epístolas bíblicas.
Segundo Chaves (1999), a Educação a Distância (EAD) é uma modalidade
de ensino bastante antiga, sendo uma forma de ensino que ocorre quando o aluno e
professor se encontram separados no tempo ou no espaço, entre outros vários
fatores também determinantes e decisivos para o sucesso ou fracasso desse
modelo de educação. Obviamente, para que possa haver Educação a Distância, é
necessária a utilização de alguma tecnologia.
A primeira tecnologia que permitiu às pessoas comunicar-se sem estarem
face a face foi a escrita. A tecnologia tipográfica, posteriormente, ampliou
grandemente o alcance da Educação a Distância. Landim (1997) menciona que as
mensagens trocadas pelos cristãos para difundir a palavra de Deus são a origem da
comunicação educativa, por intermédio da escrita, com o objetivo de propiciar
aprendizagem aos discípulos.
De acordo com Chaves (1999, p. 24):
AN02FREV001/REV 4.0
8
na frente de seus discípulos, o raro livro copiado, surgindo assim à possibilidade de
a leitura acontecer fora da sala de aula.
Para Sartori (2002) e Saraiva (1996), um dos primeiros acontecimentos da
Educação a Distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston. No início do
século XVIII, o professor de taquigrafia Cauleb Phillips anunciava que toda pessoa
da região, desejosa de aprender a arte da taquigrafia, podia receber em sua casa
várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que
vivem em Boston.
Rodrigues (1998) ao fazer referências a vários autores em seu texto diz que
dentro da evolução da comunicação baseada na escrita, o marco importante foi a
criação, em 1840, na Inglaterra, do Penny Post (Moore e Kearsley, 1996; Mattelart
1994), que entregava correspondência, independente da distância, ao custo de um
penny, o equivalente a dez centavos.
Landim (1997) também menciona o anúncio da Gazeta de Boston, de 1728,
que oferecia material para ensino e tutoria por correspondência. Alves (1994, apud
Rodrigues, 1998) considera como a primeira experiência de Educação a Distância
um curso de contabilidade na Suécia em 1833.
Sartori (2002) ressalta que no final do século XIX, foi criada a divisão de
Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão da Universidade de
Chicago, sendo que já haviam sido capacitados professores de escolas dominicais
com a utilização de correspondência. Na mesma época, Hans Hermond, diretor de
uma escola que ministrava cursos de línguas e cursos comerciais, publicou o
primeiro curso por correspondência, inaugurando o famoso Instituto Hermond, na
Suécia.
Rodrigues (1998) faz menção aos cursos por correspondência formalmente
reconhecidos quando o estado de Nova Iorque autorizou o Chatauqua Institute, em
1883, a conferir diplomas por meio deste método.
Alves (1994, apud Rodrigues, 1998) menciona a Illinois Wesleyan University
como a primeira Universidade Aberta no mundo, tendo iniciado, em 1874, cursos por
correspondência. Landim (1997, apud Rodrigues, 1998) considera que a primeira
instituição a fornecer cursos por correspondência foi a Sociedade de Línguas
Modernas, em Berlim, que, em 1856, iniciou cursos de francês por correspondência.
AN02FREV001/REV 4.0
9
Em 1938, na cidade de Vitória, no Canadá, realizou-se a Primeira
Conferência Internacional sobre Educação por Correspondência e mais países
foram adotando a Educação a Distância, os quais abrigam culturas diferentes e
sistemas políticos diferentes, como: África do Sul e Canadá, em 1946; Japão, em
1951; Bélgica, em 1959; Índia, em 1962; França, em 1963, Espanha, em 1968;
Inglaterra, em 1969; Venezuela e Costa Rica, em 1977. Nesses países, os cursos
superiores a distância tornaram-se bastante populares. Os programas e cursos
adotados nessas universidades foram decisivos para validar a Educação a
Distância, dando-lhes credibilidade e aceitabilidade.
Sartori (2002) destaca a importância das universidades que oferecem cursos
a distância. Ressalta que foi a partir de 1969, com a criação da pioneira
Universidade Aberta (Open University) na Inglaterra, que teve como objetivo
principal a democratização da educação, que ocorreu a significativa expansão dessa
modalidade de educação.
AN02FREV001/REV 4.0
10
1856: em Berlim foi criada a Sociedade de Línguas Modernas, que ensina
Francês por correspondência.
1892: Penn State University - USA. Uma das Universidades pioneiras em
cursos a distância, tendo iniciado o primeiro curso por correspondência em 1892.
Hoje, a Universidade oferece cursos com e sem créditos, especialmente modelados
para EAD com o objetivo de ajudar as pessoas a aprender sem interromper suas
agendas de trabalho, compromissos de família, responsabilidades na comunidade
ou outros interesses educacionais. As metodologias de educação a distância
incluem aprendizado independente e aberto; teleconferências; televisão interativa;
programas internacionais e de pesquisas especialmente contratados. A Penn State
sedia o CREAD - Inter-American Distance Education Network, um consórcio de mais
de sessenta universidades e outras organizações no Canadá, Estados Unidos,
México e América do Sul.
1910: professores rurais do curso primário começam a receber material
de educação secundária pelo correio, em Vitória, Austrália;
Nasce o centro Nacional de Ensino a Distância na França (CNED).
A rádio Sorbonne transmite aulas de matérias literárias da Faculdade de
Letras e Ciências Humanas de PARIS.
1951: A Universidade de Sudafrica dedica-se exclusivamente a
desenvolver cursos a distância.
1958: University of Wisconsin – EUA. A University of Wisconsin iniciou
seu programa de Educação a Distância em 1958. Gerencia uma rede com pontos de
videoconferência e sites com teleaudioconferência no estado. A Cooperativa de
Extensão desenvolve programas educacionais especialmente modelados para as
necessidades locais e baseados no conhecimento e pesquisa da universidade.
1962: a Universidade de Dehli cria um departamento de Estudos por
correspondência.
1963: inicia-se, na França, o ensino universitário, por rádio, em cinco
faculdades de letras.
1971: Canadá, Athabasca University – a Universidade iniciou seu
programa de educação a Distância em 1971 e sua missão, formulada em 1985,
apresenta como objetivo a remoção das barreiras que tradicionalmente restringem o
acesso e o sucesso em estudos de nível universitário e aumentar a igualdade de
AN02FREV001/REV 4.0
11
oportunidades de educação para todos os seus cidadãos adultos, independente da
sua localização geográfica e currículo acadêmico anterior. Em comum com todas as
Universidades, Athabasca University tem comprometimento com excelência em
ensino, pesquisa e auxílio financeiro aos alunos e na prestação de serviços ao
público em geral.
1971: Open University, Inglaterra. A Open University é possivelmente a
maior e mais tradicional instituição de Educação a Distância do Ocidente. Em 1971,
os primeiros 24.000 estudantes ingressaram em diversos cursos. Em 1996, mais de
150.000 alunos matricularam-se em cursos de graduação e pós-graduação da
universidade. Foram vendidos mais de 50.000 pacotes de materiais de aprendizado.
1972: cria-se em Madri, Espanha, a Universidade Nacional de Educación
a Distância (UNED). Canadá inicia uso de satélites de telecomunicações só para
educação.
1974: cria-se a Universidade Aberta de Israel.
1974: Fernuniversität, Hagen, Alemanha. A universidade iniciou seus
trabalhos em 1974 e funciona igual às demais instituições alemãs em termos de
estrutura, pessoal, pesquisa, currículo, critérios de admissão e avaliação dos alunos.
1979: cria-se o Instituto Português de Ensino a Distância, cujo objetivo é
lecionar cursos superiores para os professores.
1979: Rádio e Television Universities, China. A Rede Nacional de Rádio e
Television Universities (RTVU) foi criada em 1979 para atender à crescente e
urgente demanda por pessoas qualificadas em educação de adultos que o sistema
convencional não conseguia satisfazer.
1983: implanta-se a Associação Sueca de Educação a Distância.
1984: The Open University of the Netherlands, Holanda. A Universidade
Aberta da Holanda iniciou suas atividades em 1984. O governo holandês criou uma
instituição independente com o objetivo de tornar acessível a educação científica
para todas as pessoas com os interesses e capacidades compatíveis, para as
pessoas que não podem ou não querem frequentar cursos regulares porque elas
não têm a formação acadêmica adequada ou porque não dispõe do tempo
necessário. Assim, a Open University se dirige a dois grupos principais: os que
necessitam de uma "segunda chance" e os que preferem uma "segunda alternativa".
AN02FREV001/REV 4.0
12
1987: Indira Gandhi National Open University, Índia (IGNOU). A
programação acadêmica da IGNOU começou em 1987 com o objetivo de prover
oportunidades de educação superior a grandes segmentos da população, incluindo
os grupos em desvantagem educacional (mulheres, deficientes físicos e pessoas
com baixa renda), promover o conceito de Educação a Distância e prover educação
de alta qualidade a nível universitário.
1988: o Instituto Português de Ensino a Distância origina a Universidade
Aberta de Portugal.
2000: cria-se a Universidade Virtual Euromediterrânea.
AN02FREV001/REV 4.0
13
modalidade educativa, ela já se fez presente no processo educacional brasileiro, em
instituições públicas e privadas.
No Brasil, o início da Educação a Distância não está associado ao material
impresso, e sim ao rádio. Sartori (2002) aponta a fundação da Rádio Sociedade do
Rio de Janeiro, em 1923, por Roquete Pinto, como o marco inicial da Educação a
Distância que tinha como objetivo utilizar o rádio como forma de ampliação do
acesso à educação, ou “transmitindo programas de literatura, radiotelegrafia e
telefonia, de línguas, de literatura infantil e outros de interesse comunitário” (ALVES,
1994, p. 25). A emissora foi doada ao Ministério da Educação e Saúde em 1936, e
no ano seguinte foi criado o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da
Educação (ALVES, 1994).
Para Volpato (2005) a Educação a Distância no Brasil surgiu por volta do
ano de 1936, com a criação do Instituto Rádio Monitor, seguida das experiências do
Instituto Universal Brasileiro, a partir de 1941. Destaca ainda que, na década de 50,
outras instituições motivadas pela necessidade de democratizar o saber e tomando
como realidade às dimensões continentais brasileiras, passou a fazer uso do ensino
a distância via correspondência.
Para Alves (1994, p. 27):
Alves (1994, p. 29) ressalta que a crise na educação nacional já era notada
na época, buscando-se desde então opções para a mudança do status quo.
Transcreveu a citação contida no relatório de 1906, do Dr. Joaquim José Seabra,
Ministro da Justiça e Negócios Interiores (que abrangia a Educação), ao Presidente
da República. Textualmente, assim manifestava o titular da pasta: “O ensino chegou
(no Brasil) a um estado de anarquia e descrédito que, ou faz-se a sua reforma
radical, ou preferível será aboli-lo de vez”.
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14
A educação a distância começou, portanto, em um momento bastante
conturbado da educação brasileira, tendo sua instituição em 1936, com a criação do
Instituto Rádio Técnico Monitor, com programas dirigidos ao ramo da eletrônica
(RODRIGUES, 1998).
Em 1939, a Marinha e o Exército brasileiros utilizavam a Educação a
Distância para preparar e admitir oficiais na Escola de Comando do Estado Maior,
utilizando basicamente material impresso, via correspondência (SARTORI, 2002).
Em 1941, foi criado o Instituto Universal Brasileiro dedicado à formação
profissional de nível elementar e médio utilizando material impresso – instituído
como entidade livre, com sede em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro (SARTORI,
2002).
Em 1943, Alves (1994) destaca que a Igreja Adventista lançou, no Brasil,
programas radiofônicos pela Escola Rádio-Postal de “A Voz da Profecia”, com a
finalidade de oferecer aos ouvintes cursos bíblicos por correspondência.
Em 1946, tem início às atividades do SENAC - Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial - que desenvolveu no Rio de Janeiro e em São Paulo, a
Universidade do Ar, que em 1950 já atingia 318 localidades e 80 alunos; em 1973,
iniciou os cursos por correspondência, seguindo o modelo da Universidade de
Wisconsin - USA (ALVES, 1994).
Rodrigues (1998) aponta a Diocese de Natal, no Rio Grande do Norte como
criadora das escolas radiofônicas que deram origem ao Movimento de Educação de
Base – MEB, em 1959, e coloca entre as experiências de destaque em Educação a
Distância não formal no Brasil.
Rodrigues (1998) cita Nunes (1992) quando o mesmo diz que a
preocupação básica do Movimento de Educação de Base - MEB era alfabetizar e
apoiar os primeiros passos da educação de milhares de jovens e adultos,
principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O projeto foi desmantelado
pela ação do governo pós 1964.
De acordo com Sartori (2002) na década de 60, foi criado o Programa
Nacional de Teleducação (Prontel) no Ministério da Educação e Cultura, sendo
responsável por coordenar e apoiar a Educação a Distância no país, sendo
substituída pela Secretaria de Aplicação Tecnológica (SEAT), extinta
posteriormente.
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15
Em 1962, foi fundada, em São Paulo, a Ocidental School, de origem
americana, sendo atuante no campo da eletrônica. Possuía, em 1980, alunos no
Brasil e em Portugal (ALVES, 1994).
Na área de educação pública, o IBAM – Instituto Brasileiro de Administração
Municipal – iniciou suas atividades em EAD em 1967, utilizando a metodologia de
ensino por correspondência (ALVES, 1994).
Em 1970, surge o Projeto Minerva irradiando cursos de Capacitação Ginasial
e Madureza Ginasial, produzidos pela Fundação Padre Landell de Moura - FEPLAM
e pela Fundação Padre Anchieta. Foi um programa implementado como possível
solução para os problemas do desenvolvimento econômico, social e político que o
país atravessava. Tinha como cenário um período de crescimento econômico,
conhecido como o milagre brasileiro, em que a ênfase na educação era preparar
mão de obra para atender a esse desenvolvimento e à competição internacional.
Esse projeto foi mantido até o início dos anos 80, apesar das severas críticas e do
baixo índice de aprovação – 77% dos inscritos não conseguiu obter o diploma
(RODRIGUES, 1998).
A história da Educação a Distância no Brasil registra também que, nas
décadas de 60 a 80, novas entidades foram criadas com fins de desenvolvimento da
educação por correspondência, sendo que algumas já estão desativadas. Um
levantamento feito com apoio do Ministério da Educação, em fins dos anos 70,
apontava a existência de 31 estabelecimentos de ensino, utilizando-se da
metodologia de EaD, distribuídos em grande parte nos Estados de São Paulo e Rio
de Janeiro (ALVES, 1994).
Podemos destacar as seguintes unidades educacionais:
Associação Mens Sana, com cursos a partir de 1967;
Centro de Ensino Técnico de Brasília, em 1968;
Cursos Guanabara de Ensino Livre, em 1969;
Instituto Cosmos, em 1970;
Centro de Socialização, em 1972;
Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação, em 1973;
Universidade de Brasília, em 1973;
Centro de Estudos de Pessoal do Exército Brasileiro, em 1974;
Universal Center, em 1974;
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16
Fundação Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos, vinculado
ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, em 1975;
Cursos de Auxiliares de Clínica e de Cirurgia, em 1975;
Instituto de Radiodifusão da Bahia, em 1975;
Empresa Brasileira de Telecomunicações - EMBRATEL, em 1976;
Banco Itaú, em 1977;
Associação Brasileira de Tecnologia Educacional - ABT, em 1980;
Centro Educacional de Niterói, em 1980;
Banco do Brasil, em 1981;
Universidade Federal do Maranhão, em 1981;
Colégio Anglo-Americano, em 1981;
Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior, em 1982;
Escola de Administração Fazendária, em 1985;
Projeto Rondon, em 1986.
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17
Em 1974, a Fundação de Teleducação do Ceará - FUNTELC, também
conhecida como Televisão Educativa - TVE do Ceará, desenvolve ensino regular de
quinta a oitava série e, em 1993, tinha 102.170 alunos matriculados em 150
municípios (ALVES, 1994).
Em 1978, a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e a Fundação Roberto
Marinho lançaram o Telecurso Segundo Grau, utilizando programas de TV e material
impresso vendido em bancas de jornal, para preparar os alunos para o exame
supletivo. Em 1995, foi lançado o Telecurso 2000, nos mesmos moldes (ALVES,
1994).
Em 1991, foi lançado o programa Um Salto para o Futuro, uma parceria do
Governo Federal, das Secretarias Estaduais de Educação e da Fundação Roquette
Pinto dirigido à formação de professores e veiculado por meio de emissoras de
televisão educativas. Esse programa vem crescendo e aprimorando o atendimento
aos professores, aumentando o número de telepostos organizados pelas Secretarias
de Educação dos Estados, contando com orientadores de aprendizagem nos
telepostos. Esses orientadores assumem o papel de tutores do curso (SARTORI,
2002).
O MEC, por meio da Secretaria de Educação a Distância, oferece o curso
Proformação, que presenta como objetivo habilitar professores em nível de ensino
médio.
Mas e a Educação Superior? Em que momento da história brasileira a
Educação Superior a Distância surgiu? Na década de 70, uma das primeiras
experiências com Educação Superior a Distância ocorreu na Universidade de
Brasília, que ofereceu cursos na área de ciências políticas. Porém, somente no final
da década seguinte foram credenciadas as primeiras universidades brasileiras para
desenvolver cursos superiores de graduação, na modalidade a distância:
Em 1988, a Escola do Futuro-USP: um laboratório interdisciplinar de
pesquisa da Universidade de São Paulo, que iniciou seus trabalhos e teve como
meta investigar tecnologias emergentes de comunicação e suas aplicações
educacionais (RODRIGUES, 1998).
Em 1995, a Universidade Federal de Santa Catarina estruturou o
Laboratório de Ensino a Distância no Programa de Pós-Graduação em Engenharia
AN02FREV001/REV 4.0
18
de Produção. Os cursos são customizados e permitem atender às necessidades de
diversas clientelas (RODRIGUES, 1998).
Em 1999, a Universidade Federal do Pará – UFP.
Em 1999, a Universidade Federal do Paraná.
Em 2000, a Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.
Em 2001, a Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT.
FIM DO MÓDULO I
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Aluno:
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CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO II
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22
uma terminologia, como Ensino, Educação e Aprendizagem a Distância, mas é
interessante pensarmos que independente de lugar, espaço, tempo, tecnologias ou
denominações, quando falamos em educação, estamos automaticamente falando
em ensino, aprendizagem e educação, pois esses são termos que não podem ser
desvinculados, um está interligado ao outro.
Para Barros (2003), na sociedade da informação e do conhecimento todas
as definições expressas sobre o que seja Educação a Distância trazem diversas
formas de relação entre tecnologia, educação, processo ensino-aprendizagem e
ação docente, em um determinado tempo e espaço diferenciados.
Várias são as discussões conceituais
Ensino-Aprendizagem sobre os termos utilizados, e para Barros
É o método baseado na solução (1999), em relação ao conceito de Educação a
de problemas.
Distância, as diferenças estão presentes na
terminologia educação e ensino a distância.
Barros (1999) chama a atenção para a diferença entre ensino e educação.
Para ele, o ensino caracteriza-se pela instrução, transmissão de conhecimentos e
informações, adestramento, treinamento. Ainda segundo o autor, a educação é o
processo de ensino-aprendizagem que leva o indivíduo a aprender a aprender, a
saber, pensar, criar, inovar, construir conhecimentos, participar ativamente de seu
próprio crescimento. Para que possamos entender as diferenças conceituais é
interessante observar o que dizem diferentes autores, iniciando por Niskier (apud
BARROS, 1999, p.17).
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23
Chermann e Bonini (apud BARROS, 1999, p. 18):
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24
Para Holmberg (apud RODRIGUES, 1998, p. 45):
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25
trabalho, criando a autonomia em seus estudos, uma vez que não precisa estar
presencialmente na universidade para estudar.
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26
instante modifica-se e exige indivíduos capazes, capacitados para viver em grupo e
desenvolver atividades voltadas para o coletivo.
Belloni (2001, p. 5) enfatiza que os indivíduos das sociedades
contemporâneas necessitam desenvolver competências múltiplas, aprender a
trabalhar em equipe, capacidade de aprender e de adaptar-se a situações novas.
Para sobreviver na sociedade e integrar-se no mercado de trabalho, o indivíduo
precisará desenvolver uma série de capacidades novas, como: autogestão,
capacidade de resolver problemas, adaptação e flexibilidade diante de novos
desafios, responsabilidade, aprender por si próprio e constantemente a trabalhar em
grupo de modo cooperativo e pouco hierarquizado.
Os cursos em Educação a Distância priorizam essas competências e
habilidades, que por si só são desenvolvidas pela necessidade imposta pelo curso: a
superação do ensino presencial.
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27
Alguns países, entre eles o Brasil, atendem hoje a um segmento da
sociedade de forma significativa, graças às instituições de ensino superior a
distância. Ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior é uma necessidade
cada vez maior, e os estabelecimentos encontram-se pressionados para poder fazer
jus a uma demanda sempre mais acentuada na oferta dessa forma de estudo.
Sendo assim, cria-se uma expectativa muito grande quanto a um ensino de
qualidade que está sendo apresentado à sociedade, uma vez que a exigência de
qualidade tornou-se uma preocupação essencial no ensino superior por parte dos
órgãos competentes e da própria sociedade. Educar dentro do contexto da
educação a distância requer desenvolver princípios, diretrizes ou critérios que
possam assegurar um ensino de qualidade.
Para se mencionar garantia de qualidade na educação, um leque de
estratégias se faz presente para que o progresso de um projeto em Educação a
Distância possa incluir alguns tópicos como: o desenvolvimento do curso, a
formação dos professores, o atendimento oferecido aos estudantes, os recursos de
aprendizagem, a infraestrutura e os resultados da avaliação de forma substancial.
A exigência de qualidade tornou-se uma preocupação essencial no ensino
superior. A exigência da qualidade e de políticas que busquem assegurar qualidade
exige que se procure melhorar simultaneamente cada um dos componentes da
instituição, considerada como entidade global que funciona como um sistema
coerente (UNESCO, 1998).
Ao mencionar ensino de qualidade, Moran (1999), estabelece algumas
variáveis:
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Ainda que para designar qualidade, educação tem sido o termo para tal
função, Demo (1994) aponta uma série de razões por considerar;
Como instrumento, demonstrando a construção do conhecimento e, como
fim, a preocupação em torno da realidade e da vida;
Como expediente formativo, apresenta procedimentos pertinentes em
termos de qualificar a população tanto para fazer os meios quanto para
atingir os fins;
Estando na base da formação do sujeito histórico crítico e criativo,
educação perfaz a estratégia mais decisiva de fazer oportunidade.
AN02FREV001/REV 4.0
29
quem necessite de competência sempre atualizada, como a economia competitiva,
as empresas públicas, as entidades de serviço público e assim por diante.
AN02FREV001/REV 4.0
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Portanto, é um processo de humanização que alcança o pessoal e o
estrutural, partindo da situação concreta em que se dá a ação educativa em uma
relação dialógica. Portanto, quando falamos em educação, estamos nos referindo a
todas as concepções que ela nos envolve na vida, nas relações sociais, pessoais,
políticas e juntamente com a natureza.
A educação, porém, não é um conceito moralmente neutro. Educar (alguém
ou a si próprio) é, por definição, fazer algo que é considerado moralmente correto e
valioso. Usamos outros conceitos para nos referir a processos de certo modo
parecidos com a educação, mas que não são moralmente aprovados, como, por
exemplo, doutrinação.
A aprendizagem está presente em qualquer atividade humana em que
possamos aprender algo. A aprendizagem pode ocorrer de duas formas: casual,
quando for espontânea, ou organizada, quando for aprender um conhecimento
específico.
Com isso, concluímos que ensino-aprendizagem com qualidade é um
processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e
mental. Isso significa que podemos aprender conhecimentos sistematizados,
hábitos, atitudes e valores. Nesse sentido, temos o processo de assimilação ativa
que oferece uma percepção, compreensão, reflexão e aplicação que se desenvolve
com os meios intelectuais, motivacionais e atitudes do próprio aluno, sob a direção e
orientação do professor. Podemos ainda dizer que existem dois níveis de
aprendizagem humana: o reflexivo e o cognitivo. Isso determina uma interligação
nos momentos da assimilação ativa, implicando nas atividades mentais e práticas.
O ensino-aprendizagem com qualidade é uma atividade planejada,
intencional e dirigida, não sendo em hipótese alguma casual ou espontânea. Com
isso, podemos pensar que o conhecimento se baseia em dados da realidade.
Para que esse processo de aprendizagem com qualidade ocorra na
Educação a Distância se faz necessário dois componentes fundamentais: a
interação a autonomia. Interação é a troca de informação
entre os participantes do processo
A comunicação e interação estão de ensino/aprendizagem.
Em EAD, existem várias formas de
intimamente relacionadas. A teoria de Piaget interação: (guidance; conversation;
guided conversation; feedback;
afirma que a interação interindividual é concebida feedforward; etc).
AN02FREV001/REV 4.0
31
entendimento na direção de uma explicação, não apenas psicológica, mas também
sociológica, da construção do conhecimento. Belloni (1999) reforça afirmando que a
aprendizagem é um processo social que envolve a atividade de construção de novo
conhecimento e compreensão por intermédio do trabalho individual, em grupo e
também por meio de interação entre os pares. Tal afirmação é apoiada por Peters
(2001) com a adição de que, para este autor, a socialização dos indivíduos se dá
pela aprendizagem de símbolos e papéis.
Ramos (1996, p. 245) define autonomia como sendo a capacidade de
pesquisar, de se organizar e de pensar de forma crítica e independente. De acordo
com o autor, a autonomia não significa isolamento, pelo contrário, “é a capacidade
de superação de pontos de vistas, de compartilhamento de escalas de valores e de
sistemas simbólicos, de estabelecimento conjunto de metas e estratégias, que está
presente nas relações cooperativas”.
Assim sendo, a autonomia significa assumir a aprendizagem por meio das
metas e propósitos da mesma. Essa atitude leva a uma mudança externa de
consciência, na qual o estudante vê o conhecimento como contextual e livre de
perguntas do que foi aprendido.
Na educação a distância, a possibilidade de comunicação caracteriza não
somente uma importante interação humana, mas também a interatividade com o
material de ensino. O conceito de interação envolve a ação recíproca entre dois ou
mais sujeitos e ela pode ser direta ou indireta (quando mediada por algum veículo
técnico de comunicação). No contexto da educação a distância, a interação entre os
indivíduos tende a ser indireta devido ao fato de dependerem do uso de alguma
tecnologia de comunicação.
A interatividade, por sua vez, é a atividade humana frente à máquina, isto é,
o sujeito age sobre a máquina e esta lhe envia de volta uma retroação (BELLONI,
1999). O grau de interatividade é permitido de acordo com a flexibilidade oferecida
por cada componente didático utilizado em uma determinada atividade, apesar de
permitir uma adaptação das necessidades individuais. Por outro lado, a flexibilidade
exige novos perfis, tanto do professor quanto do aluno.
Há uma conexão conceitual entre educação e aprendizagem: não há
educação sem que ocorra aprendizagem; ou, invertendo, se não houver
aprendizagem, não haverá educação. A aprendizagem, entretanto, pode resultar de
AN02FREV001/REV 4.0
32
um processo “de fora para dentro”, como o ensino, ou de um processo gerado “de
dentro para fora”, autoaprendizagem, ou aprendizagem não decorrente do ensino.
Aprendemos muitas coisas sem que ninguém nos ensine.
Tanto o ensino como a aprendizagem são conceitos moralmente neutros.
Podemos ensinar e aprender tanto coisas valiosas como coisas sem valor ou
mesmo nocivas, pois a aprendizagem é um processo que ocorre dentro do indivíduo.
Mesmo quando a aprendizagem é decorrente de um processo bem-sucedido de
ensino, ela ocorre dentro do indivíduo, e o mesmo ensino que pode resultar em
aprendizagem, em algumas pessoas pode ser totalmente ineficaz em relação a
outras.
AUTOAPRENDIZAGEM
Modalidade em que o
aprendiz, a partir de
material didático
disponível e orientações
pedagógicas específicas,
aprende e constrói seu
próprio conhecimento.
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33
Esses espaços propiciam o uso de ferramentas especialmente produzidas ou
adaptadas para a finalidade educativa, criando oportunidades para que a
aprendizagem aconteça de formas diversas.
A origem dos sistemas de gerenciamento de aprendizagem remonta aos
anos 80 e aos sistemas de conferência por computador, bulletin board ou
groupware, que rodavam em redes internas, já que ainda não existia a Internet.
Esses meios caracterizavam-se como ferramentas de comunicação
predominantemente assíncronas, que viabilizavam o envio de mensagens em
tempos e espaços diversos. A criação da Internet, no final dos anos 80 e, mais tarde,
a tecnologia de janelas gráficas, alteraram significativamente a funcionalidade
desses sistemas.
Atualmente, os ambientes de aprendizagem se configuram e se
caracterizam como espaços que organizam recursos e ferramentas que englobam
elementos técnicos – como computadores, softwares e servidores, entre outros;
humanos – alunos, professores e demais profissionais envolvidos no processo; e
suas relações – troca de e-mails, discussões em fóruns e listas, construção coletiva
de texto, etc.
Se inicialmente as experiências educativas por meio de computador
preocupavam-se em disponibilizar materiais, privilegiando experiências mais
diretivas, aproximando-se da modalidade a distância até então praticada, como o
envio de materiais por correspondência ou aulas por meio de TV ou rádio, o uso das
ferramentas viabilizadas pelas tecnologias de informação e comunicação fez com
que, rapidamente, “interatividade” se tornasse a palavra de ordem e as experiências
colaborativas e cooperativas passaram então a ganhar espaço, em uma sociedade
que deseja a criação de comunidades virtuais e valoriza as construções conjuntas e
as trocas de conhecimento.
Os ambientes virtuais de aprendizagem devem estar em sintonia com um
projeto político-pedagógico construído de forma lúcida e criativa por interessados em
EaD. Dessa maneira, o AVA precisa refletir em suas estratégias de ensino e
aprendizagem o esboço de mundo desejado e atualizar a expectativa de constituir
um elo para a inovação pedagógica. O uso de ambientes virtuais de aprendizagem
vem se destacando, nos mais diversificados contextos educativos, como forma de
aumento dos espaços pedagógicos, promovendo o acesso à informação e à
AN02FREV001/REV 4.0
34
comunicação em tempos diferenciados e sem a necessidade de professores e
alunos partilharem os mesmos espaços geográficos.
AulaNet:
O AulaNet é um ambiente baseado na web, desenvolvido no Laboratório de
Engenharia de Software - LES - do Departamento de Informática da PUC-Rio, para
administração, criação, manutenção e participação em cursos a distância. Os cursos
criados no ambiente AulaNet enfatizam a cooperação entre os aprendizes e entre
aprendiz e docente e são apoiados por uma variedade de tecnologias disponíveis na
Internet. Ao criar este ambiente, a equipe do LES tinha como objetivos contribuir
com mudanças pedagógicas, promover a adoção da web como um ambiente
educacional e criar comunidades de conhecimento.
O AulaNet se fundamenta nas seguintes premissas:
O autor do curso não precisa ser um especialista em Internet;
O autor do curso deve enfatizar a interatividade de forma a atrair a
participação intensa do aprendiz;
Deve ser possível a reutilização de conteúdos já existentes em mídia
digital, por meio, por exemplo, da importação de arquivos. O ambiente AulaNet é
encontrado em diversas universidades como na UFRGS
(http://aulanet.cinted.ufrgs.br/aulanet2/). O AulaNet também possui seu próprio
domínio (http://www.aulanet.com.br/) e oferece diversos cursos e tutoriais para os
alunos cadastrados.
O sistema possui dois perfis de usuários:
Professores: Nesse ambiente os professores possuem acesso aos
recursos para administrar o grupo, avaliar o progresso do aluno e acesso ao
ambiente educacional.
Alunos: Ambos possuem acesso ao ambiente educacional que dispõe os
meios para que haja um aprendizado colaborativo.
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35
Moodle:
O Moodle (http://moodle.org) é um ambiente de gerenciamento de
aprendizagem (LMS – Learning Management System) ou ambiente virtual de
aprendizagem de código aberto, livre e gratuito. Os usuários podem baixá-lo, usá-lo,
modificá-lo e distribuí-lo, seguindo apenas os termos estabelecidos pela licença
GNU GPL. O ambiente possui poucas restrições quanto às especificações técnicas
do ambiente, ele pode ser executado, sem nenhum tipo de alteração, em vários
sistemas operacionais como o Unix, Linux, Windows, Mac OS X, Netware e outros
sistemas que suportem a linguagem PHP. Os dados são armazenados em bancos
de dados MySQL e PostgreSQL, mas também podem ser usados Oracle, Access,
Interbase, ODBC e outros. Além disso, o sistema conta com traduções para
cinquenta idiomas diferentes, dentre eles, o português (Brasil), o espanhol, o
italiano, o japonês, o alemão, o chinês e muitos outros.
O Moodle possui três perfis de usuários:
Administrador: responsável pela administração, configurações do sistema,
inserção de participantes e criação de cursos;
Tutor: responsável pela edição e viabilização do curso;
Estudante/Aluno: ambiente de aula; os usuários do Moodle são globais no
servidor; isso significa que eles têm apenas um login para todos os cursos. A função
permite, por exemplo, que um usuário seja aluno em um curso e professor/tutor em
outro curso. O Moodle permite criar três formatos de cursos: Social, Semanal e
Modular. O curso Social é baseado nos recursos de interação entre os participantes
e não em um conteúdo estruturado. Os dois últimos cursos são estruturados e
podem ser semanais e modulares. Esses cursos são centrados na disponibilização
de conteúdos e na definição de atividades. Na estrutura semanal, informa-se o
período em que o curso será ministrado e o sistema divide o período informado,
automaticamente, em semanas. Na estrutura modular informa-se a quantidade de
módulos. Algumas das instituições brasileiras que utilizam o Moodle são: UFLA,
UNB, PUC-SP, USP, UFBA e UFV.
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36
TelEduc:
O ambiente de ensino TelEduc está sendo desenvolvido conjuntamente pelo
Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) e pelo Instituto de Computação
(IC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O NIED, como uma de suas linhas de pesquisa, tem realizado diversos
cursos a distância, por meio do TelEduc desde 1998, acompanhando
progressivamente o desenvolvimento do ambiente. Da mesma forma que os outros
ambientes analisados, o TelEduc possui um esquema de autenticação de acesso
aos cursos, com um usuário e uma senha que é fornecido quando se cadastram no
ambiente. O TelEduc é um software livre, portanto pode ser redistribuído e/ou
modificado sob os termos da General Public License (GNU) versão 2, como
publicada pela Free Software Foundation.
O sistema oferece dois perfis de usuários:
Alunos: É o ambiente educacional em que os alunos possuem os
recursos para trabalhar e estudar seus conteúdos dos cursos. Os usuários com
perfis de alunos possuem os seguintes recursos:
o Diário de Bordo: o aluno pode descrever, registrar, analisar seu modo
de pensar, expectativas, conquistas, questionamentos e suas reflexões
sobre a experiência vivenciada no curso e na atividade de cada dia.
o Portfólio: os participantes do curso podem armazenar textos e arquivos
a serem utilizados ou desenvolvidos durante o curso, bem como
endereços da Internet.
o Mural: espaço reservado para todos os participantes disponibilizarem
informações consideradas relevantes no contexto do curso.
o Listas de Atividades: apresenta as atividades a serem realizadas
durante o curso.
Formadores: Permite aos formadores disponibilizar materiais nas diversas
ferramentas do ambiente, bem como configurar opções em algumas delas, permite
ainda gerenciar as pessoas que participam do curso. Os usuários com perfis
formadores possuem os seguintes recursos:
o Acessos: permite aos fornecedores acompanhar a frequência de
acesso dos usuários ao curso e as suas ferramentas.
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37
o Intermap: permite aos formadores visualizar a interação dos
participantes do curso nas ferramentas, Grupos de Discussão e Bate-
Papo.
o Administração: permite aos formadores disponibilizar materiais nas
diversas ferramentas do ambiente, bem como configurar opções em
algumas delas. Permite ainda gerenciar as pessoas que participam do
curso.
o Suporte: permite aos formadores entrar em contato com o suporte do
Ambiente (administrador do TelEduc) por e-mail.
o Grupos: permite a criação de grupos de pessoas para facilitar a
distribuição de tarefas.
BlackBoard:
Perfis de disciplina:
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Avaliador – Este tipo de utilizador pode aceder a todas as áreas dentro
dos assessments e a algumas ferramentas da disciplina;
Visitante – Podem aceder a conteúdos da disciplina que não estejam
bloqueados pelo docente da disciplina;
Aluno – Este utilizador pode aceder a todos os conteúdos do curso e vai
ser avaliado por meio de assessments (trabalhos, exames e inquéritos);
Docente – Este utilizador controla a disciplina, é ele que disponibiliza os
conteúdos e controla os acessos à disciplina;
Assistente – Este utilizador pode controlar alguns aspectos da disciplina
por meio do painel de controle. Não podem alterar o perfil de um utilizador
da disciplina e não podem modificar a password do docente.
Perfis administrativos:
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Administrador de sistema – Este perfil acede à área de administração e
ao painel de controle de todos os cursos. Em certas áreas das disciplinas
o administrador pode inscrever-se na disciplina de forma a ter acesso, a
essas áreas, basta aceder ao realizar inscrição, podendo depois fazer ou
anular inscrição.
Assistente de sistema – Este perfil tem acesso a todas as ferramentas da
área de administração, mas não tem acesso ao painel de controle de
cada disciplina.
Gestor de utilizadores – Este perfil de utilizadores acede à área de
administração, mas só as ferramentas relacionadas aos utilizadores.
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40
O decreto nº. 2.494 de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o Art. 80
da lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, versa o seguinte conteúdo: “Art. 80 - o
poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino
a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada”.
FIM DO MÓDULO II
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO III
AN02FREV001/REV 4.0
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instituições, organizações e indivíduos. Esse é o sentido da rede, a capacidade de
comunicação.
A Educação a Distância faz uso dessa comunicação, e retrata os diversos
períodos da evolução tecnológica ao longo da história, por meio das mídias como
telefone, televisão e internet (comunicação digital), tecnologias essenciais de todo o
processo evolutivo. As novas tecnologias não são apenas um meio para distribuir as
informações e conhecimento, mas têm o papel de facilitar a interação em qualquer
processo educativo, dando a visão de novas atitudes e novos enfoques
metodológicos.
Devemos entender por tecnologia o conjunto de ferramentas – livros, giz e
apagador, papel, caneta, lápis, televisor, telefone, videocassete, computador – e os
usos destinados a elas em cada época (TV NA ESCOLA, 2001, p. 8).
Diferentemente, em cada época da nossa história percebemos que as
tecnologias exerceram e exercem influência no comportamento do indivíduo e na
sociedade, modificando concepções e paradigmas existentes.
Essa nova realidade redefine o perfil do sujeito deste fim de século. É
preciso formar profissionais que aprendam de forma não convencional e que saibam
trabalhar cooperativamente para gerar soluções inovadoras e competitivas.
O ensino convencional não tem dado condições aos sujeitos de se
prepararem no tempo adequado a todas essas transformações. O conceito de
Educação ainda está associado ao treinamento, baseado fisicamente em
instituições, restrito a cronogramas predefinidos de cursos; essa estrutura implica
deslocamento de aprendizes e de professores. Nessa estrutura é difícil manter-se
constantemente atualizado em relação a novas informações que acarretam novas
relações e, portanto, a geração contínua de conhecimentos.
E a Educação, conhecida pelo espaço escola, universidade? Como ela
responde ou deve responder ao desafio de preparar o homem para este novo
mundo onde a cooperação substitui a competição e o presencial o virtual, como
modelo básico nas relações entre os sujeitos? Essa é uma das questões
importantes para pensar em um novo modelo de formação e atualização profissional
do indivíduo da nova era.
Cabe à escola formar o novo sujeito que será capaz de participar ativa e
criativamente desse processo, criticá-lo e refiná-lo. A Educação precisa se
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reorganizar para incluir em seu processo educativo uma pedagogia, metodologias,
técnicas e recursos que permitam um novo paradigma que substitui a competição
pela cooperação entre os sujeitos e a necessidade do físico pelo virtual.
Sabemos que uma das alternativas para modificar este quadro é trabalhar
com uma tecnologia de ponta aplicada à educação, que é a Educação a Distância,
como uma possibilidade para construção de um novo modelo educacional. A
Educação a Distância constitui-se em necessidade pelas razões que sempre a
justificaram e ainda porque o ritmo acelerado de mudanças sociais, políticas,
econômicas, culturais, educacionais, entre outras, passa a exigir uma educação
continuada de todos os sujeitos.
Nesse cenário de mudanças, alguns historiadores dizem que a humanidade
passou por três revoluções industriais. A primeira ocorreu no século XVIII, com a
substituição das ferramentas manuais por máquinas a vapor, o tear mecânico e o
surgimento de ferrovias. A segunda revolução data do século XIX, com a
combinação de avanços múltiplos, entre eles a geração da eletricidade, o motor de
combustão interna, o telefone e o telégrafo sem fio. E a terceira revolução industrial
– talvez a mais polêmica, contundente e até mesmo excludente – é a revolução da
tecnologia da informação, possibilitada pelo desenvolvimento da eletrônica
(PERRENOUD, 2004).
Atualmente, na passagem da sociedade industrial para a sociedade do
conhecimento, a educação tem funções fundamentais como: garantir a atualização
de informações e o desenvolvimento de novos talentos em todas as áreas,
impedindo que as defasagens aumentem; ajudar a desenvolver novas habilidades
para uma mesma profissão cujas atividades variam e se transformam rapidamente; e
ajudar a desenvolver competências que permitam mudanças de uma profissão para
outras emergentes, no curso da vida.
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46
FIGURA 1
AN02FREV001/REV 4.0
47
Porém, é preciso ter cuidado quando falamos em tecnologia, para não
restringirmos o termo ao computador e à internet. Analisando que toda a tecnologia
empregada na educação deve ser utilizada com a visão de formação do pensamento
crítico de professores e estudantes para a resolução de problemas, por isso é
necessário avaliar e escolher a mídia adequada de acordo com o tipo de aluno e
infraestrutura disponível.
Na atualidade, a Educação a Distância mostra-se como um componente
fundamental de mudanças com relação à educação, associando transformações não
só no educar, mas também no aprender.
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48
FIGURA 2
AN02FREV001/REV 4.0
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1962: lançado o primeiro satélite internacional de telecomunicações;
1973: TV a cabo comercial começa a operar;
1975: surgimento do computador pessoal;
1977: primeiras aplicações comerciais de fibra óptica;
1980: padronização mundial dos aparelhos de fax;
1983: lançamento dos primeiros celulares;
1991: surge a World Wide Web.
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recursos tecnológicos ou recursos didáticos e suas contribuições para Educação a
Distância são mais conhecidas entre nós.
Em seguida, com o surgimento do cinema, foi a vez dos filmes instrucionais
cumprirem com seu papel educacional. Posteriormente, foi a vez do rádio, por volta
de 1915, primeira grande tecnologia eletrônica de comunicação de massa. O rádio
reinou e ainda é um meio muito utilizado como tecnologia que consegue transmitir a
notícia ao vivo, imediatamente. Transmitiu muitas aulas e orientações pedagógicas
em países diversos como a Alemanha, EUA e muitos outros. Cedeu espaço, no
entanto, para a televisão. De acordo com Sartori (2002) o uso da TV, como recurso
educativo data da década de 40.
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forma simultânea, o que é possível por meio da sala de bate-papo, das
videoconferências e teleconferências.
Quando falamos aqui de novas tecnologias, referimo-nos às tecnologias
interativas da informática e da comunicação, às tecnologias eletrônicas que estão
tornando possível a inteligência distribuída na sociedade, à inteligência coletiva, aos
computadores, aos sistemas de simulações, aos hipertextos, às multimídias, às
redes de computadores que asseguram a interconectividade, ultrapassando os
limites de espaço e tempo físico.
Essas novas tecnologias, os computadores e as redes internacionais de
computadores, aportam recursos completamente inusitados e transformadores que
poderão dar à Educação a Distância uma concepção totalmente nova.
Aretio (2001) destaca que assim como outras tecnologias como imprensa,
telefone, rádio, cinema e televisão causaram autênticas revoluções quando
surgiram, as novas tecnologias possuem maior impacto devido às suas
características de globalização, rapidez e capacidade de crescimento.
A área educacional, inserida na base da sociedade, não pode ignorar essa
realidade tecnológica e deverá incorporar gradativamente a modalidade de
Educação a Distância em suas atividades didático-pedagógicas, como forma de
atender a um grande número de pessoas e de democratizar o acesso ao
conhecimento.
Entretanto, é necessário ressaltar que os alunos que cursam a Educação a
Distância ainda não desenvolveram totalmente o hábito de se comunicar via
computador e internet, e preferem com certeza o material impresso, que lhes dá
maior segurança.
Para Sartori (2002, p. 46):
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52
De forma efetiva, a tecnologia foi absorvida pela Educação a Distância. Não
só as tecnologias mais recentes, mas a primeira forma de comunicação, a escrita. O
caderno pedagógico e os guias de estudo são materiais com características
autoinstrucionais, que contêm resumos, exercícios, bibliografias para
aprofundamento de estudos e apresenta função formadora.
As fitas de vídeo e de áudio com aulas elaboradas pelos professores da
disciplina têm como objetivo o enriquecimento dos temas e atividades propostas aos
alunos para melhor compreensão dos cadernos pedagógicos.
O Telefone, fax, videoconferências, teleconferências, e-mail, chats, fóruns,
internet, computador são instrumentos que devem ser usados para sanar dúvidas
referentes aos conteúdos abordados nos cadernos pedagógicos ou nos vídeos.
Esses meios de comunicação e informação devem ser utilizados de forma
harmônica, entendidos como meios facilitadores de aprendizagem, de interação,
cooperação e uma forma de superar as distâncias geográficas, umas usadas com
maior intensidade do que outras, de acordo com a realidade de cada turma, cada
município e de cada aluno.
No ambiente virtual, podem ser disponibilizados vários espaços que
permitem ao professor interagir com os alunos, respondendo as dúvidas, enviar e-
mail, receber e corrigir trabalhos, atribuir notas, editar e publicar avisos, participar de
fóruns. Disponibiliza também os conteúdos da disciplina, com indicativos de sites
para acesso a conteúdos complementares, dados da turma, lista de alunos, enfim,
uma forma de interação e permanente comunicação que ameniza a distância
geográfica (CECHINEL, 2000, p. 9).
FIGURA 3
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FONTE: Portal Educação.
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54
Seu embasamento teórico está calcado na teoria construtivista de
aprendizagem, pois visa em primeiro lugar à interatividade como fonte para a
aquisição do conhecimento.
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55
Dentre estes recursos estão os blogs, chats, fóruns e wiki; cada um
possui uma lógica de utilização diferente, por isso cada um é indicado para
situações pedagógicas específicas, porém pode haver diferentes conjugações
entre eles.
Esses recursos possuem em comum um aspecto dinâmico de
comunicação, se mostrando atraente, pois têm o poder de aproximar as pessoas,
seus pensamentos e sentimentos. Assim, podem ser utilizados como grandes
aliados no processo educacional, pois são motivadores e fazem parte do mundo,
do repertório e das necessidades de grande parte dos estudantes.
Essa é uma questão que pode ser respondida por diversos ângulos. Um
deles é o desenvolvimento do “aprender a conviver”, uma das competências
fundamentais para o cidadão do século XXI. Nos trabalhos colaborativos, os
estudantes aprendem a conviver, a debater, a discernir e a elaborar regras.
Trabalham com o diferente (pensamentos, posturas, valores, etc.), para chegar a um
pensamento: o pensamento coletivo. Esse é mais que todos os outros juntos, é fruto
da interação e da aprendizagem.
Outro motivo para a utilização das ferramentas colaborativas é seu aspecto
dinâmico, criativo, divertido e lúdico. Aspectos estes que estimulam e motivam os
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alunos. Hoje existem muitos recursos que possibilitam criar páginas com visuais
diferentes, utilizando fotos, vídeos e animações, criando espaço para o aluno deixar
a criatividade livre.
Um terceiro fator é o grande potencial que as ferramentas colaborativas
oferecem para o desenvolvimento da linguagem. Nas conversas síncronas o
pensamento deve ser rápido e o uso da linguagem escrita se funde com a linguagem
oral, ocasionando um processo de comunicação extremamente ágil e complexo,
fazendo com que o aluno seja levado a organizar pensamentos e a comunicar-se de
forma clara e rápida. Nas outras ferramentas assíncronas o desenvolvimento da
linguagem escrita é estimulada e com isso os alunos são levados a fazerem maior
uso da leitura, pois precisam ler as contribuições dos outros colegas e precisam
redigir também, melhorando a capacidade de lógica e estrutura da língua formal.
Um quarto fator é desenvolver uma Educação e uma Cultura Digital nos
alunos, esta tão importante no nosso tempo. Sabe-se que o mundo atual é
dominado por tecnologias que facilitam e incluem sujeitos nos processos sociais,
econômicos e políticos, por isso temos que integrar e unir a escola e as práticas
pedagógicas a esta nova lógica, formando cidadãos que saibam utilizar e que sejam
críticos no uso destas novas tecnologias.
Há ainda a possibilidade das ferramentas colaborativas “quebrarem os
muros” da escola devido às suas possibilidades temporais e geográficas. Assim, os
alunos de uma escola podem conversar em diferentes horários (extraescolares) e
manter contato com povos e pessoas de outros contextos.
Essas ferramentas serão sempre úteis quando o objetivo do processo de
ensino-aprendizagem for a construção coletiva de conhecimentos, que sejam
construídos por conteúdos significativos e pelo diálogo, que busquem uma
aprendizagem verdadeira, na qual todos podem participar.
Outros fatores você irá constatar, aplicando e avaliando as ferramentas
colaborativas nas suas aulas. Há muitas outras possibilidades. Mãos à obra!
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Alguns aspectos didáticos devem ser observados quando se aplicam
ferramentas colaborativas no processo de ensino-aprendizagem. Veja abaixo alguns
deles e adapte à sua prática.
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A avaliação deve servir para reorientar e dar feedback.
Dessa maneira, os erros são corrigidos a tempo e os
resultados são positivos. Além disso, o professor pode
acompanhar o processo de aprendizagem e pensamento do
grupo.
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professores trabalham em equipe.
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Portanto, agora que você já conhece alguns dos benefícios de se trabalhar
utilizando ferramentas colaborativas de aprendizagem, acompanhe no próximo
módulo um a um sua descrição.
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Aluno:
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CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO IV
4 FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM
4.1 BLOG
Um blog é uma espécie de diário virtual, mas que tem sua lógica invertida,
ou seja, em um diário tradicional o autor não tem a intenção de que leiam suas
anotações. Porém, em um blog a intenção é justamente contrária, quanto mais lido e
visitado é um blog, melhor ele é.
“Um weblog ou blog é uma página da web com notas colocadas em ordem
cronológica inversa, de forma que a anotação mais recente é a primeira que aparece
(GONZÁLEZ, 2005, p. 3)”.
Os serviços de blog permitem atualizações (que podem ser quase que
instantâneas), comentários por parte dos visitantes, postagem de fotos e músicas, e
possui também um recurso chamado lista de links. Nessa, o autor do diário pode
colocar links para outros blogs, formando uma teia de comunicação.
Esse recurso é um meio de comunicação bastante democrático e difundido
pelos usuários da web, pois em sua maioria são oferecidos de forma gratuita e
permitem aos usuários a possibilidade de expressarem suas ideias na rede, vendo e
sendo vistos, criando até redes de interesses e relacionamentos.
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4.1.1 Quando utilizar um blog?
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Desenvolver a noção de tempo. O blog, pelo caráter temporal, permite
aos alunos criar e estimular a noção de tempo. Deve-se ressaltar que
o tempo na Internet é muito “ágil”, por isso é importante manter o blog
sempre atualizado.
Publicar produções. O blog permitirá a publicação dos materiais
produzidos pelos alunos, dando papel de destaque e relevância a
estes, o que estimula e motiva os alunos no processo ensino-
aprendizagem.
Cria identidade (individual ou grupal). O aluno e o grupo se sentirão
responsáveis por criar e manter a atualização do seu blog, criando sua
identidade, utilizando e criando para isso o visual do blog, seu estilo de
publicação, sua relação de links, etc.;
Espaço para o aluno se expressar livremente, valorizando suas ideias
e suas produções. Esta medida aumenta a autoestima e estimula o
aluno.
Criar redes de afinidade. Esse é um dos objetivos ao se implantar o
blog no processo educativo, pois os alunos poderão se concentrar em
assuntos do seu interesse, mantendo e estabelecendo contato com
outras pessoas de diversos lugares, idades, classes, etc.
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66
estimulada a criação de um blog específico para o uso educativo, seja
para desenvolvimento de um projeto, para a realização de uma atividade
ou como meio avaliativo. Nele o professor interage, encaminhando,
sugerindo, elogiando e questionando os trabalhos. A família também deve
interagir e acessar, mantendo-se atualizada, participando da vida escolar
de seus filhos.
Veja como deve ser a ação do professor e sua postura diante do blog como
ferramenta colaborativa de aprendizagem:
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Como o blog é uma ferramenta assíncrona (pode ser utilizado em
diferentes momentos, por diversas pessoas), potencializa a união do
grupo, por isso estimule seus alunos a acessarem o blog fora da escola.
Assíncrona
Síncrona
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Avalie também a capacidade de trabalhar em grupo, verificando se todos
os componentes do grupo comentam e postam materiais.
4.2 CHAT
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houver um especialista ou quando um ou mais estudantes forem tratar de
algum assunto específico;
a intenção é aproximar os participantes do chat e, por consequência, da
Internet – por ser uma ferramenta que possibilita conversas informais, ela
aproxima e cria laços afetivos nos participantes.
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O professor ou o aluno (ou grupo de alunos) responsável por guiar a
conversa deverá ter um domínio amplo sobre o assunto tratado, pois
no momento da conversa várias perguntas e direcionamentos podem
ser tomados.
Deve-se explorar a conversa de maneira que todos dialoguem entre si,
não hierarquizando nenhum participante ou ideia debatida.
Divida previamente os alunos em grupos que ficarão responsáveis por
algumas funções, tais como: observação e síntese/ problematização/
conclusão. Dessa maneira, ao término ou no momento do chat estes
deverão elaborar relatórios e/ou agir de acordo com suas funções.
Esta providência irá contribuir para uma melhor organização e
aproveitamento do chat. Por exemplo: o aluno responsável pela
problematização deverá questionar e criar situações que estimulem o
diálogo; o aluno responsável pela conclusão, ao final do chat, pode
encerrar a discussão e “fechar” os assuntos discutidos, clareando e
organizando-os; já o aluno responsável pela observação e síntese
elaborará um relatório ou uma ata do chat que pode ser publicado
posteriormente.
Elabore junto com os alunos um planejamento ou cronograma dos
temas a serem abordados. Estipule o início e o término da conversa e
ainda o tempo necessário para conversar sobre determinados
assuntos.
Eleja um mediador. Este aluno ou especialista irá encaminhar as
discussões.
No início do chat todos os participantes devem apresentar-se. E ao
final do mesmo, todos devem despedir-se. Com esta medida a
harmonia e o respeito irão perpassar toda a conversa.
O professor pode pedir relatórios e autoavaliações posteriormente à
execução dos chats. Por ser um meio comunicacional muito dinâmico,
não permitindo muita reflexão, é necessário que esta se dê
posteriormente à sua realização.
O professor pode elaborar uma tabela para avaliar a performance dos
alunos. Veja o exemplo:
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Participante/aluno Participação (nº de Grau de pertinência das
opiniões colocadas). contribuições para o assunto.
Nenhuma – 0 Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3 Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7 Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10 Muita – 8 a 10
José Média Muita
Muitas atividades podem ser desenvolvidas com o uso dos chats. Pode-se
utilizá-lo na culminância de projetos, os pais conectados ouvem e conversam com
seus filhos a respeito de suas produções, sendo que essas podem ser enviadas
como arquivos durante a conversa. Outra opção são as conversas, os debates e os
seminários “intersalas” ou entre colégios diferentes. Escolhe-se um tema em comum
aos estudantes e esses trocam informações. O uso de “palestras” ou debates com
especialistas sobre um determinado assunto também funcionam muito bem. O chat
também pode ser usado como recurso para “plantão”, no qual o professor dispõe de
um horário marcado (extraescolar) para tirar dúvidas. Agindo assim o professor
extrapola sua ação pedagógica em horários e locais diferentes da escola.
4.3 FÓRUM
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O fórum, por ser assíncrono, permite ao usuário um maior aprofundamento
do tema para o debate. Sua linguagem é semelhante à escrita, porém pode-se
utilizar emoticons ou recursos próprios do meio, pois o esperado é se fazer
compreender e compreender também os outros participantes.
Esses recursos são muito eficientes para a criação de comunidades virtuais,
isto é, pessoas que possuem algo em comum e desejam compartilhar
conhecimentos.
Como nos fóruns ocorre a interatividade e discussão sobre determinados
assuntos, esses se mostram como ambientes muito ricos no processo de ensino-
aprendizagem, pois as participações, as interpretações e as trocas de ideias, fazem
mais que um somatório de opiniões, sendo o produto desta interação superado,
contribuindo com as ideias iniciais.
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Alfabetizar digitalmente, pois com a utilização dos fóruns os alunos irão se
apropriar de hábitos, particularidades e linguagem, próprias do meio
digital;
Criar laços afetivos com os participantes, que por meio dos debates irão
firmando pontos em comum;
Aprimorar a capacidade de argumentação, fundamental para a
participação em fóruns;
Adquirir espírito de equipe e trabalho colaborativo, em que todos
aprendem juntos – nos fóruns a própria aprendizagem e a aprendizagem
dos colegas dependem da participação de cada um;
A utilização do fórum é sempre interessante quando aborda um tema
inquietador, desafiador, com múltiplas visões, ou quando engloba temas
do interesse do público-alvo, que se mostrará motivado em participar.
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Participante/ Participação (nº de Grau de pertinência das
aluno opiniões colocadas). contribuições para o assunto.
Nenhuma – 0 Nenhuma – 0
Pouca – 1 a 3 Pouca – 1 a 3
Média – 4 a 7 Média – 4 a 7
Muita – 8 a 10 Muita – 8 a 10
José Média Muita
4.4 WIKI
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Um wiki (significa rápido em havaiano) é uma página web colaborativa. É
elaborada através do trabalho coletivo de diversos autores. É similar a um
blog na sua lógica e estrutura, porém nesse caso, qualquer um pode editar
seus conteúdos mesmo que estes tenham sido criados por outra pessoa.
Permite que se vejam rascunhos ou modificações do texto até que se tenha
a versão definitiva. O termo wiki se refere tanto ao site web como ao
software utilizado para criar e manter o site (GONZÁLEZ, 2005, p. 7).
O wiki poderá ser útil quando a atividade proposta for um trabalho em grupo.
Dessa maneira, o professor pode acompanhar todo o processo de construção,
elaboração e edição. É uma forma nova de realizar trabalhos em grupo e irá motivar
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os alunos, pelos recursos que oferece e também porque torna o trabalho
colaborativo mais fácil e ágil.
Veja algumas competências e objetivos a serem alcançados pelos alunos ao
usarem wikis:
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Os trabalhos em grupo poderão ser feitos fora do horário escolar e com
supervisão do professor e de outros colegas;
Crie um ambiente lúdico, com colaborações espontâneas e de forma
prazerosa;
Compartilhe ideias, sentimentos, conteúdos, informações, etc., criando
um espaço livre para a turma;
Publique trabalhos e produções. Os pais também podem colaborar
postando produções elaboradas colaborativamente;
O professor deve acessar e comentar as produções e as interações dos
alunos, acompanhando de perto a produção dos trabalhos;
Crie um wiki todo ano para cada turma e mantenha-o como forma de
nutrir a comunicação entre os alunos e os professores;
Crie regras para a utilização de wikis – esta ferramenta, como as
demais, também irá proporcionar a vivência destas;
Avalie participações, contribuições e intermediações feitas pelos
alunos; observe ainda sua criatividade ao elaborar e postar materiais,
seu espírito de equipe, respeito com o colega, etc.
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4.5 ALGUNS EXEMPLOS DE PRÁTICAS EDUCATIVAS COLABORATIVAS
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Uma das maneiras mais simples de fazer essa publicação na Web é por
meio de blogs. Para saber mais sobre blogs, como e onde criar, como publicar,
inserir comentários e ter uma lista completa de FAQ´s sobre o assunto, você pode
visitar os sites Interney ou The Blog. Neles você encontrará também endereços de
blogs interessantes para visitar e avaliar.
Outra maneira é participar de projetos colaborativos que oferecem a
ferramenta para registro do percurso, como a Oficina de Criação do EducaRede.
Para começar, o professor poderia criar um blog para sua disciplina ou
projeto e convidar os alunos a visitarem e participarem dele. Aproveitar esse
momento e mostrar o caminho das pedras para a publicação de blogs. Com certeza,
cada aluno ou grupo vai querer construir o seu, e o professor contará com uma boa
e agradável opção para usar a Internet como recurso pedagógico.
Bom trabalho!
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discussão disponível na Internet, sobre Educação Infantil, por exemplo, e passa a
receber, por e-mail, mensagens de outros usuários que se interessam pelo mesmo
assunto. Essa pessoa pode, por outro lado, enviar suas opiniões, dicas, críticas e
sugestões para todos os membros do grupo por meio de um único endereço
eletrônico.
Está criado um espaço virtual de intercâmbio de experiências. Começa aí,
podemos arriscar, uma forma de educação continuada a distância, a partir de uma
multiplicidade de conexões. A melhor notícia é que os profissionais da educação
estão dentro deste processo.
O uso educativo dos GD nem de longe está descartado. O espanhol Victor
Feliu Jornet, especialista em educação a distância, aponta pelo menos duas
atividades que podem ser desenvolvidas entre professores e alunos.
A primeira é a comparação entre língua escrita e oral. É possível encontrar
nas mensagens eletrônicas características dessas duas modalidades, como os
"emoticons", símbolos que servem para expressar emoções tradicionalmente usadas
em linguagem oral e mesmo não verbal.
E a segunda diz respeito aos projetos colaborativos que podem ser
desenvolvidos entre alunos de diferentes classes, escolas e até países. Jornet
considera ainda que os GD, de um modo geral, ampliam o debate participativo entre
os estudantes fora do horário da aula e facilitam o contato individualizado entre
professor e aluno.
Da mesma forma, as listas podem ser usadas por escolas para melhorar a
comunicação entre os profissionais de educação. Estão aí várias formas de
estimular uma cultura de participação na escola.
Um exemplo de lista para o(a) caro(a) leitor(a) se interessar mais: Temas
Transversais espaço promovido pela revista Nova Escola Online para o debate e a
troca de informações.
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No mundo dos blogs – o diário virtual na escola
(26/07/2007)
Blog é uma abreviação da palavra Weblog: Web (rede, teia) e log (registro).
É um diário virtual que pode ser educacional, familiar, pessoal e comunitário. Sua
principal característica é a facilidade de criação e publicação de novos conteúdos na
Internet pelo criador do blog e pelos visitantes, possibilitando a comunicação rápida,
simples e organizada.
No âmbito educacional, o uso do blog pode potencializar processos de
colaboração, o exercício da expressão criadora, a valorização da produção com
significado social, a autoria e o protagonismo. Estimula também a leitura, a escrita e
produção em outras linguagens, podendo constituir redes sociais e de saberes.
Nesse sentido, é uma importante ferramenta que possibilita o
desenvolvimento de aprendizagens relativas à comunicação digital e à postura
autoral na Internet, por meio da publicação de conteúdos.
PÚBLICO–ALVO
OBJETIVOS
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Desenvolver práticas de leitura e escrita que contribuam na produção de
textos e compreensão do que se lê.
Aprender a criar blogs e ser produtor de conteúdo na Internet.
RECURSOS NECESSÁRIOS
PROGRAMAS UTILIZADOS
FONTES DE PESQUISA
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METODOLOGIA
ANTES
DURANTE
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Combinem posturas necessárias ao publicar e comentar na Internet e
estabeleça regras de ética e de utilização do blog, formuladas juntamente com eles.
Para ampliar o repertório dos alunos, indique a leitura de textos sobre
blogs e aproveite para indicar exemplos de blogs na Internet.
Dica
Criando o blog
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Produzindo os textos
Publicando os textos
Quem publica?
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Comentando as produções
DEPOIS
Sistematizando o processo
Esse projeto pode ser estendido até o professor achar que é a hora de parar
ou iniciar outro tema. Para finalizar, proponha à classe a construção de um texto
coletivo sobre o processo de construção e uso do blog, retomando os registros
iniciais para serem publicados no blog.
AVALIAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
87
Outra estratégia possível e complementar são os alunos fazerem uma
autoavaliação, retomando seus registros iniciais e respondendo a questão: “O que
aprendi com esse projeto?” Eles podem comparar com o que já sabiam e avaliar se
suas expectativas de aprendizagem foram contempladas.
Retomando os objetivos
DESDOBRAMENTOS DA PROPOSTA
AN02FREV001/REV 4.0
88
No caso dos blogs individuais, cada aluno ou dupla será o “criador” do
blog. Com esse perfil será permitida a publicação de fotos digitais. Essa é uma boa
oportunidade para exercitar com os alunos o processo de criação e publicação de
imagens digitais. Pode-se utilizar máquina digital ou escâner.
Utilizar o fotoblog (um registro publicado na Internet com fotos colocadas
geralmente em ordem cronológica, de forma parecida com um blog). Nesse caso,
explore um site de publicação de fotos (por exemplo:
http://fotolog.hyperfotos.com.br/), discutindo as diferenças entre blogs e fotoblogs e
os objetivos de cada um, e inicie a produção nessa outra ferramenta.
O professor também pode utilizar o blog como um roteiro de aula. Ele
constrói o blog com orientações para atividades e fontes para pesquisas e os alunos
registram comentários e resultados das atividades.
DICAS
AN02FREV001/REV 4.0
89
Tecnologia ao alcance de todos
AN02FREV001/REV 4.0
90
colegas lerem, e não só para o professor avaliar, preocupam-se mais com a
qualidade e a precisão do texto", afirma.
Para elaborar essas experiências de escrita colaborativa, Gládis utiliza
recursos gratuitos disponíveis na internet. O projeto “O Lugar Onde Moro” é
realizado como auxílio do Writely, editor de texto com recursos de formatação, além
de inserção de imagens e tabelas.
Já a “Palavra Aberta” é um blog. Nele, grupos do Ensino Fundamental e do
Médio comentam vídeos, animações e reportagens que Gládis seleciona. A reflexão
sobre o preconceito é o eixo central dessa atividade. Um dos debates recentes foi
em torno de uma charge animada. Nela, pessoas passam por uma rua indiferente à
visão de uma família miserável e, mais adiante, param para ver um jogo de futebol
nas TVs de uma vitrine. "Existem pessoas que dão importância ao futebol, mas não
aos pobres", comentaram no blog as estudantes Camila Jaini Schmidt e Morgana
Floriano, ambas de doze anos e cursando a 6ª série.
Anéis de Saturno
AN02FREV001/REV 4.0
91
Mônica, que aprendeu a usar o computador há quatro anos, encontra na
tecnologia um meio de ao mesmo tempo saciar e provocar a curiosidade da
meninada. Para responder à pergunta dos estudantes sobre como são formados os
anéis de Saturno, ela e a classe de 2ª série escreveram um e-mail para o
Observatório Astronômico do Rio de Janeiro. O recurso das entrevistas virtuais
passou a fazer parte de projetos de pesquisa posteriores.
AN02FREV001/REV 4.0
92
As atividades
AN02FREV001/REV 4.0
93
Dicas para incluir o bate-papo nas aulas
Antes do bate-papo:
Durante o bate-papo:
Peça aos alunos para que se identifiquem pelo nome e não por apelidos
para que você possa acompanhar a participação deles;
Oriente os estudantes no envio das perguntas ao entrevistado.
Depois do bate-papo:
AN02FREV001/REV 4.0
94
Integre wiki, vídeo e blog para alunos e professores
4.6.1 Blog
AN02FREV001/REV 4.0
95
Veja abaixo os sites indicados para a utilização de blogs. Há muitos outros
sites disponíveis, porém os indicados aqui são gratuitos. É importante lembrar que
para alguns deles você terá que possuir uma conta de e-mail.
- Blog Terra
Esta opção tem o visual interessante e pode ser bem utilizado com fins
educativos, pois existe uma opção na qual há explicação sobre blogs e pode-se
buscar um blog pelo mundo ou por diversos países.
Qualquer pessoa pode utilizar o blog do Terra, pois esse aceita usuários de
qualquer provedor. A inscrição é fácil e o site oferece ainda diversos templates
(layout da página).
Acesse: http://blog.terra.com.br
AN02FREV001/REV 4.0
96
FIGURA 4
- Blog Uol
AN02FREV001/REV 4.0
97
FIGURA 5
Recursos que o
Uol oferece para
o seu blog.
Serviço de busca
de blogs.
- Blog Ig
Essa opção tem o visual simples e instrutivo e pode ser usada com fins
educativos, pois existe uma opção que oferece uma explicação sobre blogs.
Para usar o blog da Ig você terá que usar uma conta de e-mail da Ig
também. Quando for fazer a inscrição já existe uma opção que facilita esse
processo, pois na mesma janela existe um “botão” no qual você cria um e-mail ig.
O site oferece ainda diversos templates (layout da página) e outros recursos
como: moderador, contador, podcasting, agendamento, newsletter e outros.
AN02FREV001/REV 4.0
98
Você ainda pode dar maior visualização para seu blog usando o recurso de
“seleção Blig”.
Acesse: http://blig.ig.com.br
FIGURA 6
Depois de cadastrado é só
entrar com login e senha.
Clique
aqui
para se
cadastrar
AN02FREV001/REV 4.0
99
4.6.2 Chat
Veja as indicações dadas para a utilização dos chats. Há dois deles que são
sites em que você pode abrir uma nova sala de bate-papo gratuitamente e agendar
sua conversa e existe também a indicação de dois programas próprios para este fim.
- Brasil Chat
Nesse site, para abrir sua sala de bate-papo, você terá que primeiramente
se cadastrar. O cadastro é simples e é necessário ter uma conta de e-mail. Outra
opção é utilizar as salas já abertas, mas observe o tema e se a interação é própria
para fins educativos. Acesse: http://www.brasilchat.com.br
FIGURA 7
AN02FREV001/REV 4.0
100
- Sala de Aula Interativa
FIGURA 8
Clique em chat.
Clique em
entrar no chat.
Se já for
cadastrado é
só entrar com
login e senha.
Para se cadastrar
clique aqui.
AN02FREV001/REV 4.0
101
FONTE: Disponível em: <http://www.saladeaulainterativa.pro.br>. Acesso em: Acesso em:
17.Abril.2013.
- Comic Chat
AN02FREV001/REV 4.0
102
Embora a opção em quadrinhos seja mais lúdica e interessante que a
textual, só é recomendável quando há poucas pessoas na sala, pois o
acompanhamento da conversa se torna difícil com muitas pessoas.
- The palace
AN02FREV001/REV 4.0
103
FIGURA 9
AN02FREV001/REV 4.0
104
Você pode fazer um download na minha área de download ou ainda ir direto
ao SITE do THE PALACE (http://www.thepalace.com).
2 - Como me conecto?
Clique no ícone do programa e vá à opção FILE, em seguida na opção
CONNECT e digite um dos endereços que você pode pegar na minha lista de
endereços de servidores Palace.
5 - O que é um avatar?
Avatar é uma imagem que você usa quando está em um chat na internet,
esta figura representa você dentro do chat.
AN02FREV001/REV 4.0
105
7 - Como faço para conversar com as outras pessoas?
Escreva a mensagem e dê um ENTER. Sua mensagem irá aparecer em
forma de balão como nos gibis (quadrinhos).
9 - Como deixo uma mensagem fixa até que escreva outra mensagem?
Na mesma filosofia do item oito, digite o acento circunflexo (^), antes da sua
mensagem.
^Estou no telefone!!!!
10- Para a frase aparecer no canto esquerdo superior da tela, como faço?
Digite o símbolo arroba (@) antes da sua mensagem.
@Tchau pessoal!!!!
11- Como posso ver os nomes das pessoas que estão no Palace?
Use a tecla F3 ou simplesmente clique sobre a lixeira, que está localizada no
canto inferior direito da sua tela.
AN02FREV001/REV 4.0
106
Outros sons existentes: - amen, belch, boom, crunch, debut, fazien, guffaw,
kiss, no, ow, pop, teehee, weti, wind e yes.
- Breeze
- Yahoo! Messenger
- MSN Messenger
AN02FREV001/REV 4.0
107
você pode ainda, por meio de webcam, transmitir sua imagem, mostrando seu rosto
para as pessoas com quem você conversa. Se essa pessoa também possuir uma
webcam será possível vê-la e manter conversas com imagem e som! Com um
microfone e caixas de som, a experiência também fica próxima do real,
possibilitando uma interação parecida com uma conversa por telefone.
Acesse: http://get.live.com/messenger/overview
4.6.3 Fórum
Nesta lista de indicação existem opções nas quais você pode montar um
fórum e outras para montar um grupo ou participar de um já existente. Experimente
as diversas opções e escolha qual é a melhor para suas aulas.
- Fórum Now
Para iniciar a construção de um fórum você deve ter uma conta de e-mail. O
cadastro neste site é bastante simples e gratuito. Você também pode ter acesso a
outros fóruns e ficar por dentro do assunto, pois o próprio site traz informações sobre
os fóruns. Há ainda uma opção de busca de fóruns.
Acesse: http://www.forumnow.com.br
FIGURA 10
AN02FREV001/REV 4.0
108
Você pode
administrar e
entrar no fórum
em que está
cadastrado.
Clique aqui
para se
cadastrar.
AN02FREV001/REV 4.0
109
- Meu Grupo
Nesse site você também deve ter uma conta de e-mail. O cadastro neste site
é bastante simples e gratuito. Você pode ter acesso a outros grupos e ainda buscar
por grupos.
Acesse: http://www.meugrupo.com.br
FIGURA 11
Depois de
cadastrado
crie um
grupo.
Depois de
cadastrado é só
entrar com e-
mail e senha.
Cadastre-se.
Procure um
grupo.
AN02FREV001/REV 4.0
110
- Quero um Fórum
FIGURA 12
Sistema de busca de
fóruns.
Para administrar o
fórum depois de
cadastrado.
AN02FREV001/REV 4.0
111
Você pode optar por usar o sistema de Grupos do Yahoo! e do Google.
- Yahoo Grupos
Funciona como os outros sistemas de grupos, mas você deve ter um e-mail
do Yahoo.
Acesse: http://br.groups.yahoo.com
FIGURA 13
- Google Grupos
Também funciona como os outros sistemas de grupos, mas você deve ter
um e-mail do Google (Gmail).
Acesse: http://groups.google.com.br
AN02FREV001/REV 4.0
112
FIGURA 14
Cadastro para
novo usuário.
4.6.4 Wiki
Abaixo está a lista de indicação de wikis. Você também precisará ter conta
de e-mail para se cadastrar nos wikis. Os sites estão disponíveis em inglês, porém é
fácil o seu uso. Siga as orientações e escolha a melhor opção.
- Pb wiki
Este wiki é gratuito para uso educativo e ainda dá ideias, exemplos e dicas
pedagógicas (em inglês).
Acesse: http://pbwiki.com/business.wiki
AN02FREV001/REV 4.0
113
FIGURA 15
Escolha o Depois de
modo cadastrado use o
Educação. login.
FONTE: Disponível em: <http://pbwiki.com/business.wiki>. Acesso em: Acesso em: 12 out. 2007.
- Wiki spaces
Neste site para criar um wiki público o serviço é gratuito (é necessário ter um
endereço de e-mail). Também dá auxílio e dicas pedagógicas do uso de wikis (em
inglês).
Acesse: http://www.wikispaces.com
AN02FREV001/REV 4.0
114
FIGURA 16
Depois de
cadastrado é só
clicar aqui.
- Zoho
AN02FREV001/REV 4.0
115
FIGURA 17
Escola 2000
Agende um Chat:
http://www.escola2000.org.br/interaja/reuniao/reuniao_agende.aspx
Participe dos Fóruns: http://www.escola2000.org.br/interaja/forum/forum.aspx
Educacional
Participe dos Fóruns e Chats: http://www.educacional.com.br/comunicacao
Educa Rede
AN02FREV001/REV 4.0
116
Agende um Chat:
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=batepapo.ds_home&id_comunida
de=0
Revista Veja
Participe dos Fóruns: http:// www.vejaonline.abril.com.br
AN02FREV001/REV 4.0
117
não seja necessário, mas pode encontrar-se geograficamente distante, fazendo-se
presente por meio de tecnologias, como espaço virtual ou videoconferências.
A Educação a Distância apresenta certas características, entre as mais
significativas podemos destacar a ausência física do professor durante o processo
de aprendizagem. O aluno estuda de acordo com seu próprio ritmo de
aprendizagem, no local e horário que lhe são mais convenientes, também devemos
destacar a simultaneidade entre o estudo e o trabalho. O estudo autônomo, o
atendimento ao aluno que está distante da instituição de ensino, utilização
sistemática de meios e recursos tecnológicos de comunicação, apoio de uma
organização de caráter tutorial e comunicação bidirecional.
Uma das características fundamentais da Educação a Distância é o fato de o
aluno adulto poder autogerir seus estudos sem a presença física do professor, o que
lhe proporciona capacidades e habilidades que deverão ser desenvolvidas no
decorrer do curso, como a autonomia.
A Educação a Distância iniciou suas experiências de formação educacional,
com o uso de material impresso, enviado pelo correio. Posteriormente, utilizou-se de
multimeios, como a TV, o rádio, a telefonia e fitas de áudio e vídeo. Mais
recentemente agregou os recursos da informática e das telecomunicações.
Enquanto modalidade educacional ofereceu desde cursos rápidos de
atualização ou aperfeiçoamento até cursos superiores de graduação e mesmo de
pós-graduação, atendendo geralmente alunos adultos, público-alvo principal da
Educação a Distância. Pode-se dizer que as grandes empresas estão optando por
aperfeiçoamento via internet, ou seja, a distância.
A Educação a Distância teve muitos projetos voltados à formação
profissional, atendendo, em sua maioria, alunos adultos, consolidando-a como
modalidade educacional capaz de responder aos desafios da educação
contemporânea.
Nessa modalidade de ensino o professor da disciplina tem o papel de gestor
do conhecimento. Com relação ao professor tutor, é fundamental compreender o seu
papel de mediador, pois estará indicando caminhos para a aprendizagem.
Na Educação a Distância, os alunos geralmente são adultos e estão
afastados das salas de aula por um grande período. Sabemos que o adulto de hoje
precisa estar preparado para situações que exigem constante renovação,
AN02FREV001/REV 4.0
118
precisando continuar a aprender – e aprender bem – por toda a sua vida. Isso
motivou o aumento do número de adultos buscando cursos, com a expectativa de
mudar para melhor, e a Educação a Distância mostrou-se uma modalidade
educativa apropriada para adultos.
O aluno adulto enfrenta dificuldades quando retoma seus estudos, inclusive
por ter pouco tempo livre para estudar. Por outro lado, tem ampla experiência de
vida e profissional, o que lhe possibilita uma aprendizagem mais significativa,
permitindo uma maior aproximação entre a teoria e a prática.
É importante ressaltar aqui a preocupação com a crescente demanda e
oferta de cursos da modalidade a distância. Por isso, faz-se necessário que um fator
primordial seja analisado constantemente: a qualidade dos cursos ofertados, pois
devido à demanda, muitas são as instituições que oferecem esses cursos e a
qualidade fica muito distante do mínimo exigido pelo mercado.
Na Educação a Distância, as aulas presenciais foram substituídas pelo
material autoinstrucional (cadernos pedagógicos, fitas de vídeo), permitindo ao aluno
determinar horários e locais para realizar seu estudo autônomo. Isso requer do aluno
capacidade de organização, é preciso também determinar objetivos claros do que
realmente quer e que técnica de estudo melhor se adéqua a sua condição de
estudante.
É possível adquirir a habilidade de estudar sozinho. Adquire-se essa
habilidade planejando suas atividades, desenvolvendo o hábito de leitura,
escolhendo o ambiente de estudo, buscando interação junto ao tutor e participando
dos encontros presenciais com os professores das disciplinas.
De modo geral, a Educação a Distância utiliza textos didáticos e científicos,
a técnica para estudar esses textos divide-se em etapas que vão desde a pré-leitura,
passando pela primeira leitura, para inteirar-se do assunto, fazendo uma segunda e
mais cuidadosa leitura. Destacando as partes mais importantes e chegando a
síntese, identificando as ideias principais e fazendo seu próprio resumo. Com isso, o
aluno que ficou distante da sala de aula por muito tempo consegue desenvolver
suas estratégias de estudo, geralmente obtendo êxito nas atividades.
A utilização de tecnologias em processos educativos tem como objetivo,
desde tornar uma aula mais atraente e motivar os alunos, como usos de vídeo e
aparelhos de som, por exemplo, até atingir um grande contingente populacional.
AN02FREV001/REV 4.0
119
Para cumprir essa última tarefa, necessitamos de tecnologias de informação e
comunicação.
As tecnologias da informação e da comunicação são nossas conhecidas do
dia a dia, algumas mais, como a TV, o rádio; outras menos, como por exemplo, o
ambiente virtual. A Educação a Distância é difundida no mundo todo e se serve de
todas as tecnologias já desenvolvidas em prol da educação.
A Educação a Distância sempre incorporou as tecnologias da informação e
da comunicação à medida que foram sendo desenvolvidas. Do texto impresso à
videoconferência, a Educação a Distância passou a utilizar todos os meios de
comunicação que já foram inventados, os quais possibilitam a troca eficiente de
informação, a comunicação multidirecional e a crescente interatividade entre alunos,
corpo docente, tutoria e administração do curso.
Atualmente, o computador e a internet estão contribuindo para aumentar as
possibilidades comunicativas entre estudantes, professores e tutores, com o uso do
correio eletrônico, dos fóruns e das listas de discussão, dos ambientes virtuais de
aprendizagem e outros.
Fala-se em inclusão digital, em utilizar tecnologias como ferramentas de
aprendizagem na Educação a Distância, mas é preocupante o fato de que as
tecnologias são vistas apenas como ferramentas ou como um fim em si mesmo,
fazendo com que sejam deixadas de lado e que prevaleça o material impresso
somente.
A Educação a Distância encontra-se em franca expansão no Brasil e no
mundo, essa expansão deve-se, por um lado, ao crescente papel que as novas
tecnologias da informação e da comunicação vêm desempenhando junto à
educação e, por outro, a crescente demanda por um trabalhador com formação
diferenciada. Esse trabalhador precisa desenvolver a capacidade de aprender novas
funções, para acompanhar o ritmo das mudanças que vêm ocorrendo no mundo do
trabalho.
O sistema educacional vem sendo desafiado a formar esse trabalhador,
capacitando-o e fornecendo possibilidade de aperfeiçoamento permanente. Como
resposta a tal desafio, a Educação a Distância tem se revelado como modalidade
educativa consistente e eficiente. Isso decorre de suas características básicas de
atender ao contingente de trabalhadores adultos que não podem frequentar cursos
AN02FREV001/REV 4.0
120
presenciais ou se encontram geograficamente distanciados dos centros
fornecedores de educação ou, ainda, que prefiram estudar com metodologia
diferenciada da convencional.
Para cumprir sua tarefa, a Educação a Distância desenvolve sistemas de
tutoria responsáveis pela produção, acompanhamento e avaliação de programas,
bem como acompanhamento direto dos estudantes, baseando sua estrutura em
meios de comunicação eficientes e utilizando toda a tecnologia disponível.
Com mais de dois séculos de tradição, essa modalidade de educação
atinge, atualmente, a formação superior, despontando como promessa de levar a
educação a um número maior de pessoas.
FIM DO MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
121
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
122
CURSO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
MÓDULO V
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
123
MÓDULO V
AN02FREV001/REV 4.0
124
De acordo com dados do Ministério da Educação (2000, p. 12) é engano
considerar que programas a distância podem dispensar o trabalho e a mediação do
professor. Nos cursos de graduação a distância, os professores veem suas funções
se expandirem. Essa expansão se dá pelo fato de serem também produtores
quando elaboram suas propostas de cursos; conselheiros quando acompanham os
alunos; parceiros quando constroem com os especialistas em tecnologia,
abordagens inovadoras de aprendizagem. Portanto, são muito mais que simples
tutores, como tradicionalmente e de forma reduzida os professores-orientadores que
atuam a distância vem sendo denominados.
O professor passa a desempenhar um novo papel na Educação a Distância,
vê o redimensionamento de sua função. Não é mais o centralizador do saber, mas
sim descentralizador, ou seja, delega poderes e competência a quem está a sua
volta e assume também a coordenação de um novo projeto, mais dinâmico e
ousado. O espaço de sala de aula é ampliado, tendo o mundo e a tecnologia como
janela e ferramenta.
Pelo fato de não estar presencialmente em sala de aula, deve preocupar-se
com a forma que seu conhecimento e sua disciplina chegarão até seus alunos, que
pode ser por meio de material impresso, audiovisual, telefone, e-mail, ou outra
tecnologia adotada pela universidade. Para isso, é primordial que a linguagem
utilizada seja acessível a quem é destinada, pois o aluno a distância apresenta
características distintas, e muitas vezes é aquela pessoa que se encontra fora da
sala de aula há muito tempo.
Para Alava (2002) a expansão dos sites de formação na internet e o
crescimento dos campos numéricos na tela estimulam-nos a diversificação das
práticas escolares. Nesse novo redimensionar da educação e facilidade de acesso
aos meios de comunicação, é pertinente dizermos que o professor com certeza
também deverá estar aberto a novas práticas educativas.
O ciberespaço é um vetor de abertura das formações e de valorização das
formas autônomas de aprendizagem. Será o fim do professor? Na sua estrutura
atual, detentor do saber, sim. Com certeza esse perfil passará por transformações
radicais, passando a adotar a postura de um agente coletivo, em contínua formação,
por isso a importância de vivermos em rede, conectados (ALAVA, 2002).
AN02FREV001/REV 4.0
125
Na visão de Alava (2002, p. 9):
AN02FREV001/REV 4.0
126
ciberespaço afeta o modo de comunicação dos atores, abre possibilidades, mas
também impõe uma dinâmica e especificidades comunicativas que devem ser senão
dominadas, pelo menos de conhecimento do professor.
A questão da transformação ou redimensionamento do ofício do professor é
colocada, então, tanto pela introdução das mídias e das tecnologias, quanto pela
diversificação das situações de formação e pelo momento que a sociedade se
encontra, com certeza não é mais possível ser professor como há certo tempo. Para
alguns profissionais, esse novo momento representa sinal de perigo, para outros,
sinal de abertura das equipes pedagógicas e de uma diversificação das modalidades
de acesso aos saberes.
Sabemos que a pedagogia da transmissão prevalece também na
universidade e nos cursos a distância, fato este constatado e explicado por dois
motivos. Primeiro, o professor sente-se o todo poderoso, o centro do processo de
ensino e aprendizagem, centralizador de conteúdos, conhecimento e conceitos, e
não existe a interação com o aluno. Detalhe esse que requer especial atenção na
elaboração do material pedagógico, para que o mesmo não se torne apenas um
veículo de transmissão quando na verdade deveria ser um elemento capaz de fazer
com que o aluno obtenha uma visão mais crítica acerca dos fatos estudados.
Os conteúdos estão distantes da realidade e devem ser decorados e
cobrados em provas, infelizmente esse fato é comprovado diariamente, não só no
ensino fundamental, mas também na universidade. Ainda vivemos a cultura da nota,
e nada melhor para isentar a responsabilidade do professor do que um instrumento
chamado prova.
O segundo motivo é que a oferta atual de informação e conhecimento é cada
vez maior e melhor fora da escola, graças aos novos recursos tecnológicos, em
especial a internet e a multimídia interativa.
Percebemos então a dicotomia existente entre o modelo tradicional de
ensino e os recursos informacionais disponíveis no cotidiano dos alunos. O
professor da Educação a Distância nesse processo faz a diferença porque passa a
interagir com os alunos de forma diferenciada, age entre o saber e o fazer. Passa a
existir uma mudança de paradigmas, do paradigma instrucional, aquele no qual o
conhecimento é passado ao aluno, para o paradigma construtivista, aquele que
enfatiza a aprendizagem e não o ensino – o aluno constrói seu conhecimento.
AN02FREV001/REV 4.0
127
Na Educação a Distância preconiza-se que o aluno seja o próprio elemento
construtor de seu conhecimento. Por isso, mesmo no modo construtivista, faz-se
necessária atenção especial, porque nesse processo corre-se o risco de instruir o
aluno, dando “dicas” de como fazer, tornando-o dependente no processo.
Nessa mudança de paradigmas, de instrucional para construtivista, a figura
central passa a ser a do aluno e a palavra-chave é aprender a aprender, e o
professor do ensino a distância tem a missão de conduzir esse processo. Seja por
meio da linguagem acessível oferecida pelo material impresso ou das facilidades
tecnológicas disponibilizadas.
Para Belloni (2001), todo o processo é sintetizado com a fórmula ensinar a
aprender. As consequências desta nova lógica com relação ao papel do professor
são facilmente identificáveis: de um lado, as múltiplas facetas deste papel,
desempenhadas no ensino presencial por uma pessoa próxima do aprendente, que
se separam em funções diferentes mais ou menos afastadas do aluno. E, por outro
lado, a perda da posição central do professor e de seu status de mestre e sua nova
posição de parceiro, de prestador de serviço, recurso ao qual o aluno recorre
quando sente necessidade, ou conceptor, realizador de materiais. Esse novo
professor atuará diante de um novo tipo de estudante, mais autônomo, e mais
próximo do usuário/cliente, que do aluno protegido e orientado do ensino
convencional.
Para Martin Barbero (2000, apud SILVA, 2003, p. 12) os professores só
sabem raciocinar transmissão linear, separando emissão e recepção. É preciso
reinventar a comunicação na Educação a Distância, o professor precisa dialogar em
rede, abrir espaços, como se estivesse trabalhando em um hipertexto, no qual as
ideias se complementam e realmente o aluno aprende a aprender.
Silva (2003, p. 13) faz uma severa crítica aos modelos de ensino
apresentados até o momento e também ao modelo de Educação a Distância que se
encontra no mercado, quando diz que:
AN02FREV001/REV 4.0
128
construída. Ou seja, também na educação on-line o paradigma permanece
o mesmo do ensino presencial tradicional: o professor-tutor-conteudista é o
responsável pela produção e pela transmissão do conhecimento. As
pessoas permanecem como recipientes de informação. A educação
continua a ser, mesmo na tela do computador conectado a internet,
repetição burocrática ou transmissão unidirecional de conteúdos
empacotados.
AN02FREV001/REV 4.0
129
de definições. E a função técnica está diretamente relacionada com a tecnologia –
os professores precisam ser competentes com a tecnologia para facilitar o curso.
Novas habilidades são necessárias ao professor nesse modelo de
educação, e Belloni (2001, p. 83) destaca pontos cruciais para a função de
professor:
Para fazer frente a esta nova situação, o professor terá necessidade muito
acentuada de atualização constante, tanto em sua disciplina específica,
quanto em relação às metodologias de ensino e novas tecnologias. A
redefinição do papel do professor é crucial para o sucesso dos processos
educacionais presenciais ou a distância. Sua atuação tenderá a passar do
monólogo sábio de sala de aula para o diálogo dinâmico dos laboratórios,
salas de meios, e-mail, telefone e outros meios de interação mediatizada:
AN02FREV001/REV 4.0
130
do monopólio do saber a construção coletiva do conhecimento, através da
pesquisa; do isolamento individual aos trabalhos em equipe
interdisciplinares e complexos; da autoridade a parceria no processo de
educação para a cidadania.
AN02FREV001/REV 4.0
131
5.2 O ATOR DO PROCESSO: O DISCENTE
AN02FREV001/REV 4.0
132
Moore e Kearsley (1996) mencionam vários fatores extracurriculares que
podem influenciar o desempenho do aluno a distância como: trabalho, família, saúde
e interesses e obrigações sociais. O melhor indicador do sucesso de um aluno a
distância é sua formação acadêmica; quanto mais graduado o aluno, mais chance
tem de completar com sucesso o curso. O trabalho autônomo do aluno na prática do
ensino a distância se dá como em nenhuma outra área educacional.
FIGURA 18
De acordo com Peters (2003), análises nessa área dão uma impressão
discrepante: por um lado, os estudantes trabalham autonomamente como em
nenhuma outra área educacional, por outro lado, o estudo a distância é muito mais
predeterminado, estruturado, amarrado a fatores preestabelecidos e mais
regulamentado do que o estudo com presença, e, portanto em alto grau
heteronômico.
A autonomia concede aos estudantes a possibilidade de tomarem iniciativas
no planejamento e organização do seu espaço físico, tempo e métodos de estudo
que irão seguir para pesquisar conhecimentos correlatos de seu interesse,
acompanhar o programa proposto, seguir o roteiro e cronograma predeterminados
pelo curso.
AN02FREV001/REV 4.0
133
Ao assumir a responsabilidade de estudar longe das salas de aula
presenciais, o aluno se obriga a ter um ambiente e tempo para estudar. Os mesmos
são flexíveis e o ritmo é estabelecido pela capacidade e necessidade individual, mas
para a diversidade de possibilidades que o mesmo encontra em adquirir novos
conhecimentos o tempo de estudo é fundamental. No aprendizado presencial ou a
distância, determinação e disciplina são fatores motivadores, pois o não
entendimento dos conteúdos e a perda da sequência do andamento do curso são
desestimuladores que podem levar ao isolamento e ao abandono dos estudos.
Não podemos desconsiderar que o ritmo individual de cada um deve ser
respeitado na Educação a Distância e no ensino presencial. Compromissos com
trabalho, família e atividades sociais requerem maior tempo dos adultos e,
consequentemente, dificultam o acompanhamento do cronograma.
Peters (2003) argumenta que um sistema de ensino que tem respeito pela
liberdade e autonomia dos estudantes não deveria prejudicá-lo por meio de
imposições exteriores. Até porque, é fundamental levar em conta que vivemos em
processo de globalização, de informação em tempo real e virtual, e que a facilidade
do acesso à informação tem provocado significativas mudanças na educação. A
instituição que não considerar esses fatores com certeza perderá este aluno.
Nesse cenário surge então a Educação a Distância, que acompanha os
avanços da sociedade e da tecnologia e, é vista como uma alternativa para atender
a demanda do grande contingente de alunos que necessitam de formação superior e
por vários motivos são excluídos dos cursos presenciais.
Mas o que caracteriza a Educação a Distância? O que a diferencia do ensino
presencial? A Educação a Distância caracteriza-se e difere-se da Educação
Presencial pelo fato do aluno ter autonomia na forma de estudar, liberdade para
escolher os melhores horários e locais para que possa realizar seus trabalhos, não
precisando necessariamente estar presente em um espaço e tempo previamente
definidos.
O desafio de educar e educar-se a distância é grande, pois o acadêmico
deverá desenvolver competências e habilidades, ser mais reflexivo sobre sua
prática, uma vez que será ele próprio o autor das práticas educativas que serão
AN02FREV001/REV 4.0
134
embasadas em teorias estudadas. No ensino a distância, o aluno realmente fará uso
da teoria para modificar sua prática ou então sua prática será início de uma nova
teoria, mas ambas deverão estar pautadas nos pilares da reflexão e da ação
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2000).
A base principal das práticas de qualidade nos projetos e processos de
educação superior é garantir continuamente melhorias na criação, aperfeiçoamento,
divulgação de conhecimentos culturais, científicos, tecnológicos e profissionais que
contribuam para superar os problemas regionais, nacionais e internacionais e para o
desenvolvimento sustentável dos seres humanos, sem exclusões, nas comunidades
e ambientes em que vivem (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2000).
É importante ressaltar que o aluno da Educação a Distância, principalmente
o aluno adulto, embora pareça isolado do processo educacional, pelo fato de não
estar presencialmente na universidade, tem a oportunidade de estudar de forma
independente, organizar seu tempo e interagir com os professores das disciplinas,
com os colegas do curso, com o tutor por meio da incorporação das tecnologias,
cadernos pedagógicos, telefone, videoconferências, fitas de vídeos, e-mails, chats,
fóruns e internet.
Há um grande número de recursos disponíveis para que o aluno sinta-se
realmente aluno de um curso superior e para que possa superar as dificuldades
iniciais desta modalidade de ensino.
Cavalcanti (1999) destaca que a idade adulta traz a independência. O
indivíduo acumula experiências de vida, aprende com os próprios erros, percebe-se
o que não sabe e o quanto este conhecimento faz-lhe falta. Para esse aluno torna-se
imprescindível o desenvolvimento da capacidade de autorregulação da
aprendizagem.
Perrenoud (1999, p. 96) conceitua a autorregulação da aprendizagem como
"capacidades do sujeito para gerir ele próprio seus projetos, progressos, estratégias
diante das tarefas e obstáculos". Nesse sentido, é necessário apostar na
autorregulação que "consiste em reforçar as capacidades do sujeito para gerir ele
próprio seus projetos, seus progressos, suas estratégias diante das tarefas e
obstáculos".
Percebemos que desta forma o aluno desenvolve uma atividade de
aprendizagem de forma independente e ao mesmo tempo uma intensa atividade de
AN02FREV001/REV 4.0
135
interação. Mas, o que é uma atividade de aprendizagem independente? Uma
atividade de interação que o aluno deverá desenvolver no decorrer do curso?
Cechinel (2001) destaca que a atividade de aprendizagem independente
ocorre quando o aluno estuda o material didático escrito, assiste a uma fita de vídeo,
escuta um programa de rádio, vê um programa de televisão educativo, elabora um
trabalho ou realiza uma experiência em casa.
Perrenoud (1999) aponta ainda, com insistência, a importância da
participação direta e planejada do aluno no próprio projeto de aprendizagem. Para
isso, utiliza-se dos termos autoavaliação, autodesenvolvimento, autoaprendizagem,
Projeto Pessoal do Aluno e autorregulação da aprendizagem.
Realmente, o aluno da Educação a Distância, necessita estudar o caderno
pedagógico ou material didático e buscar subsídios em outros meios disponíveis
para elaboração dos trabalhos exigidos pela disciplina, apropriar-se das informações
ali contidas e aplicar na sala de aula, sempre procurando refletir acerca de sua
prática.
Cechinel (2001) diz que uma atividade é interativa quando o aluno assiste às
orientações tutoriais e reúne-se com o tutor e com os colegas do curso. Recebe
assessoria para realizar um trabalho prático, quando recebe ajuda sobre como
organizar seus estudos, quando consulta o professor da disciplina por telefone, fax,
correio eletrônico, chats, quando se vale do ambiente Virtual, participa de
videoconferências e desenvolve atividades coletivas.
Nesse sentido, o aluno está constantemente assessorado quando conta com
o trabalho tutorial – uma espécie de suporte presencial para sanar suas dúvidas em
relação a qualquer assunto condizente com os cadernos estudados. Prioriza-se
muito a atividade coletiva, colaborativa, pois se entende que assim o aluno
desenvolve a capacidade de trabalho coletivo, essencial para a educação nos dias
atuais e já se prepara para desenvolver futuros projetos em equipe, de forma
interdisciplinar.
Percebe-se então que o aluno que frequenta esta modalidade de ensino,
apesar de ocorrer a distância, encontra aspectos da educação presencial, o que
exige habilidades e capacidades para que se possa desenvolver essa forma de
estudo.
AN02FREV001/REV 4.0
136
O fato de o aluno participar de um curso na modalidade a distância não
reduz em nada a qualidade do ensino, pois, com a incorporação dos avanços
tecnológicos, o acesso à informação se dá de forma imediatizada, bastando ao
aluno processar essas informações e gerenciá-las de acordo com suas
necessidades.
Diante desta “nova modalidade de ensino”, é necessário também que o
aluno desenvolva e se aproprie de novos hábitos, habilidades, atitudes e
competências que serão necessárias para desenvolver as atividades propostas e
que o tornará um profissional competente e comprometido com a educação.
Assim, é necessária especial atenção ao processo “aprender a aprender”
levando-se em consideração o ritmo de aprendizagem de cada aluno/acadêmico,
visto que muitos se encontram afastados de sala de aula há muito tempo. Também é
primordial muita atenção aos fundamentos e métodos de conhecimento, buscando a
apropriação pelos alunos, e não a simples repetição do conteúdo, pois o objetivo
principal ao se trabalhar determinado conteúdo é que o aluno construa conceitos e
conhecimentos, que compreenda e contextualize o assunto, e não simplesmente
que memorize e não consiga refletir acerca do mesmo.
FIGURA 19
AN02FREV001/REV 4.0
137
FONTE: Disponível em: <www.fcjp.edu.br/iead.asp>. Acesso em: 12 out. 2007.
AN02FREV001/REV 4.0
138
avanços ou recuos. De acordo com Cechinel (2001), a avaliação é uma atividade
que deve ser realizada com seriedade e qualidade, para efetivamente contribuir com
a melhoria de todo o processo de ensino-aprendizagem.
A prática do profissional competente, reflexivo e atuante deve caminhar
pelas seguintes habilidades e competências (CECHINEL, 2001, p. 25):
AN02FREV001/REV 4.0
139
A concepção de competência profissional, por sua vez, implica mudanças
nas práticas de formação, que irão se refletir na organização das
instituições formadoras, nas novas modalidades educativas, nas
metodologias, na definição de conteúdos e na organização curricular. A
competência profissional passa, também, pela formação inicial em nível
superior e pela formação continuada ao longo da atuação docente
(FAGHERAZZI, 2002, p. 33).
AN02FREV001/REV 4.0
140
Na Educação a Distância o aluno desenvolve a capacidade de estudo
individualizada, independente. Os alunos reconhecem-se na capacidade de construir
seu caminho, seu conhecimento, de se tornar autodidata, ator e autor de suas
práticas e reflexões.
O uso dos recursos técnicos de comunicação disponíveis, que hoje têm
alcançado avanço espetacular, permite interatividade; a Internet permite romper com
as barreiras das distâncias geográficas – dificuldades de acesso à educação – e dos
problemas de aprendizagem por parte dos alunos que estudam individualmente.
Os alunos não estão isolados, sozinhos, pois aprendem a ser solidários e a
formar grupos de estudos. Com a comunicação bidirecional, o estudante não é um
mero receptor de informações, de mensagens. Apesar da distância, busca
estabelecer relações com a instituição e com grupos de discussões, o que fortalece
o elo de comunicação, interação e motivação para os estudos.
A interação entre aluno e mídia é a linha vital dos cursos a distância. É
preciso tornar a tecnologia acessível e transparente para o aluno, a informação
recebida pela mídia precisa ser processada e transformada em conhecimento.
Outra forma de interação que acontece é entre o aluno e o conteúdo,
chamada de interação intelectual, que é aquela em que o entendimento, a
percepção e as estruturas dos alunos são transformados.
Temos também a interação que acontece entre aluno e tutor. O papel do
tutor é o de dirigir o fluxo da informação para o estudante, de estimular e motivar o
aluno, manter o seu interesse, dar apoio encorajando-o no processo de
aprendizagem.
As interações aluno/aluno acontecem de maneiras diversificadas,
possibilitando contatos com caráter educativo, com trabalhos em grupo, soluções de
problemas e de discussões de casos. Essas interações quando bem projetadas
oferecem a oportunidade para o estudante expandir e aplicar o conhecimento do
conteúdo.
AN02FREV001/REV 4.0
141
A tutoria tem sua origem em cursos de educação presencial superior. A
princípio, tratava-se do acompanhamento dos alunos com mais tempo de estudo
para com os alunos que estavam iniciando um curso. Com o passar dos tempos,
essa função ganhou especial atenção e a figura do aluno que acompanhava foi
substituída por um professor. A tutoria foi introduzida na Educação a Distância com
o objetivo de prestar atendimento individual a cada aluno em particular ou a grupos
de alunos.
Sá (1998) destaca que a tutoria como método nasceu no século XV na
universidade, onde foi usada como orientação de caráter religioso aos estudantes,
com o objetivo de infundir a fé e a conduta moral. Posteriormente, no século XX, o
tutor assumiu o papel de orientador e acompanhante dos trabalhos acadêmicos, e é
com este mesmo sentido que foi incorporado aos atuais programas de educação a
distância.
De acordo com Cechinel (2001) podemos definir tutoria como um conjunto
de ações educativas de apoio e orientação aos alunos, não apenas de caráter
acadêmico, mas também de caráter pessoal. Desenvolvida individualmente ou em
grupo, por um educador, com o objetivo de ajudá-los a apropriarem-se do
conhecimento sistematicamente organizado e a desenvolverem a interação e a
autonomia na aprendizagem.
Sartori (2002) ressalta que a tutoria compõe-se de diversos profissionais que
propõem, acompanham e avaliam programas, cursos e aprendizagem discente.
Também podem produzir materiais didáticos, organizar eventos, publicações, do seu
âmbito de ação. Assim, fazem parte do sistema tutorial a coordenação, os
professores de disciplina, os professores tutores e o secretário acadêmico do curso.
A ideia de guia é a que aparece com maior força na definição da tarefa do
tutor. Podemos definir tutor como o “guia, protetor ou defensor de alguém em
qualquer aspecto”, enquanto o professor é alguém que “ensina qualquer coisa”
(LITWIN, 2001, p. 93).
Alves (2003) esclarece que a palavra professor procede da palavra
“professore”, que significa “aquele que ensina ou professa um saber”. O tutor, ao
assumir suas funções, estará buscando construir caminhos para facilitar o processo
de ensino e aprendizagem. Dessa forma, não cabe a ele ministrar aulas, mas criar
AN02FREV001/REV 4.0
142
condições para que o aluno, a partir dos materiais instrucionais, tenha condições de
construir sua aprendizagem com autonomia.
Sartori (2002) ressalta que a atividade do tutor é diferente do professor
convencional, porém está estreitamente vinculada à ação docente. Ao tutor cabe a
função de mediar e facilitar aos alunos a aprendizagem dos conteúdos científicos,
além de outras tarefas sumamente importantes, portanto, não lhe cabe transmitir
conteúdos, mas reforçar o processo de autoaprendizagem. Para isso, deve indicar
aos alunos o que devem fazer e que caminhos seguir para o alcance dos objetivos
pretendidos em cada momento de seus estudos.
FIGURA 20
AN02FREV001/REV 4.0
143
Distância demarcadas em um quadro institucional diferente distinguem-se em função
de três dimensões de análise (LITWIN, 2001, p. 102):
AN02FREV001/REV 4.0
144
EDUCAÇÃO PRESENCIAL EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Ritmo de processo ditado pelo professor. Ritmo determinado pelo aluno dentro de
seus próprios parâmetros.
Atendimento, pelo professor, nos rígidos Atendimento pelo tutor, com flexíveis
horários de orientação e sala de aula. horários, lugares distintos e meios
diversos.
FONTE: Sá (1998).
AN02FREV001/REV 4.0
145
Nesse contexto, pode-se redefinir o papel do professor: “mais do que
ensinar, trata-se de fazer aprender [...], concentrando-se na criação, na gestão e na
regulação das situações de aprendizagem” (PERRENOUD, 2000, p. 139). O tutor
atua como mediador, facilitador, incentivador, investigador do conhecimento, da
própria prática e da aprendizagem individual e grupal (ALMEIDA, 2001).
Como mediador e facilitador do
Facilitador - Orientador de aprendizagem.
processo de aprendizagem, o tutor Geralmente usado quando o processo de
orientação é voltado para facilitar o
tem como função familiarizar o processo de construção do conhecimento
pelos próprios alunos. Em alguns sistemas
aluno com o material didático e com a de EAD, como, por exemplo, o Telecurso.
É o responsável pela coordenação,
metodologia adotada no curso. Também
orientação, acompanhamento, controle e
tem como função auxiliar no avaliação da prática pedagógica
desenvolvida na telessala e no centro
planejamento do estudo individualizado controlador.
AN02FREV001/REV 4.0
146
Para que o curso prime pela qualidade e encontre parâmetros para se
pautar, o tutor desenvolve as atividades necessárias à manutenção dos níveis de
qualidade do curso. Faz isso participando da avaliação do curso ou programa quanto
à metodologia, a orientação acadêmica e ao material didático. Função importante
também do tutor é cuidar da parte administrativa do curso, que envolve o
cumprimento de cronogramas, garantia de fluxos de informação, organização do seu
ambiente de trabalho, manutenção e preservação de materiais e equipamentos.
Acrescentando, Litwin (2001, p. 103) enfatiza que para exercer
competentemente estas funções, o professor necessita de formação especializada.
Hoje, a ideia da formação permanente vigora para todas as profissões, mas
especialmente para os profissionais da educação. O tutor se encontra diante de uma
tarefa desafiadora e complexa.
Grossi e Bordin (1992) contribuem esclarecendo que o bom desempenho
desses profissionais repousa sobre a crença de que “só ensina quem aprende”, o
alicerce do construtivismo pedagógico.
AN02FREV001/REV 4.0
147
se necessário também a habilidade para planejar, acompanhar e avaliar atividades,
bem como motivar o aluno para o estudo. Na formação pessoal, deve ser capaz de
lidar com o heterogêneo quadro de alunos e ser possuidor de atributos psicológicos
e éticos, tais como maturidade emocional, empatia com os alunos, habilidade de
mediar questões, liderança, cordialidade e, especialmente, a capacidade de ouvir.
Collins e Berge (1996, apud PALLOFF; PRATT, 2002) classificaram as
várias tarefas e papéis exigidos do professor on-line (tutor) em quatro áreas:
pedagógica, gerencial, técnica e social.
FIGURA 21
AN02FREV001/REV 4.0
148
Diz respeito ao fomento de um
ambiente social amigável, essencial à
aprendizagem on-line. O papel do professor em
qualquer ambiente educacional é o de garantir
que o processo educativo ocorra entre os
alunos. No ambiente on-line, o professor torna-
se um facilitador. Ele conduz o grupo de
maneira mais livre, permitindo aos alunos
explorar o material do curso, ou a ele
relacionado, sem restrição.
Função pedagógica
O docente pode trazer assuntos gerais
para serem lidos e comentados, além de fazer
perguntas visando a estimular o pensamento
crítico sobre o assunto discutido. É importante
que o professor comente adequadamente as
mensagens dos alunos, as quais servirão para
estimular debates posteriores. Nesse contexto,
o professor atua como animador, tentando
motivar seus alunos a explorarem o material
mais profundamente do que o fariam na sala de
aula presencial.
AN02FREV001/REV 4.0
149
código de normas de comportamento que deve
ser seguido. Em seguida, os participantes
podem comentar e debater sobre suas
expectativas em relação ao curso.
AN02FREV001/REV 4.0
150
professor é responsável por facilitar e dar
espaço aos aspectos pessoais e sociais da
comunidade on-line. Collins e Berge (1996,
apud PALLOFF; PRATT, 2002, p. 104),
referem-se a essa função como estímulo às
relações humanas, com a afirmação e o
reconhecimento da contribuição dos alunos;
isso inclui manter o grupo unido, ajudar de
diferentes formas os participantes a trabalharem
juntos por uma causa comum e oferecer aos
alunos a possibilidade de desenvolver sua
compreensão da coesão do grupo. Esses
elementos são a essência dos princípios
necessários para construir e manter a
comunidade virtual.
AN02FREV001/REV 4.0
151
Segundo Gutiérrez e Prieto (1994), as características desse profissional são:
ser capaz de uma boa comunicação; possuir uma clara concepção de
aprendizagem; dominar bem o conteúdo; facilitar a construção de conhecimentos
por meio da reflexão, intercâmbio de experiências e informações; estabelecer
relações empáticas com o aluno; buscar as filosofias como uma base para seu ato
de educar; e constituir uma forte instância de personalização. Dentre as tarefas
prioritárias do “assessor pedagógico”, destacam-se a de estabelecer redes,
promover reuniões grupais e a de avaliar.
Niskier (1999) colabora dizendo que o educador a distância reúne as
qualidades de um planejador, pedagogo, comunicador, e técnico de informática.
Participa na produção dos materiais, seleciona os meios mais adequados para sua
multiplicação e mantém uma avaliação permanente a fim de aperfeiçoar o próprio
sistema. Nessa modalidade de ensino, o educador tenta prever as possíveis
dificuldades, buscando se antecipar aos alunos na sua solução.
O tutor de Educação a Distância deve ser valorizado, pois sua
responsabilidade, além de ser maior por atingir um número infinitamente mais
elevado de alunos, torna-o mais vulnerável a críticas e a contestações em face dos
materiais e atividades que elabora.
Niskier (1999, p. 393) pontua que o papel do tutor é:
AN02FREV001/REV 4.0
152
Ajudar os alunos a planejarem seus trabalhos;
AN02FREV001/REV 4.0
153
tutor esclarece dúvidas de seus alunos, acompanha-lhes a aprendizagem, corrige
trabalhos e disponibiliza as informações necessárias, terminando por avaliar-lhes o
desempenho.
FORMADOR:
Função pedagógica, PROFESSOR:
concepção e
realização de cursos
e materiais didáticos.
PESQUISADOR: TECNÓLOGO
PERFIS DO
Atualização EDUCACIONAL:
TUTOR
contínua, Especialização em
investigação e tecnologias
reflexão sobre a educacionais.
própria prática.
TUTOR:
Orientação e Avaliação
da aprendizagem a
MONITOR:
Distância.
RECURSO DIDÁTICO: Exploração de
Resposta às dúvidas materiais específicos,
dos alunos em grupos de
aprendizagem.
AN02FREV001/REV 4.0
154
Litwin (2001) pontua que os programas de Educação a Distância privilegiam
o desenvolvimento de materiais para o ensino em detrimento da orientação aos
alunos, das tutorias, das propostas de avaliação ou da criação de comunidades de
aprendizagem. Os materiais de ensino convertem-se em portadores da proposta
pedagógica da instituição.
Esse material torna-se objeto de reflexão e análise no âmbito da tutoria. É
necessário que exista coerência entre a atuação do tutor e os objetivos da proposta.
A falta de coerência pode significar um dos problemas mais sérios que pode
enfrentar um programa dessa modalidade. O tutor pode mudar o sentido da proposta
pedagógica pela qual foram concebidos o projeto, o programa ou os materiais de
ensino. Sua intervenção poderá melhorar a proposta, agregando-lhe valor. Se o tutor
tiver formação adequada estará apto a entender, melhorar, enriquecer e aprofundar
a proposta pedagógica oferecida pelos materiais de ensino no âmbito de um
determinado projeto (LITWIN, 2001).
Todas as atividades, tarefas e exercícios propostos devem ser
cuidadosamente corrigidos em tempo hábil, para que o tutor tenha a chance de
interferir na aprendizagem e fazer o acompanhamento necessário, mediando o
processo. O tutor, ao avaliar o processo de ensino e aprendizagem, compara o grau
de satisfação do aluno com o curso por meio de métodos estatísticos, fichas de
avaliação e de observação.
A tutoria é o método mais utilizado para efetivar a interação pedagógica, e é
de grande importância na avaliação do sistema de ensino a distância. Os tutores se
comunicam com seus alunos por meio de encontros programados durante o
planejamento do curso. O contato com o aluno começa pelo conhecimento da
estrutura do curso, e é preciso que seja realizado com frequência, de forma rápida e
eficaz. A eficiência de suas orientações pode resolver o problema de evasão no
decorrer do processo.
Maia (2002) destaca que na Educação a Distância é preciso pontuar outra
diferença: entre o professor-autor e o professor-tutor, embora ambos sejam
profissionais virtuais. O professor-autor desenvolve o teor do curso, escreve e
produz o conteúdo e atua na organização dos textos e na estruturação do material.
É preciso que ele conheça as possibilidades e ferramentas do ambiente, pois deverá
interagir com a equipe de desenvolvimento para entender a potencialidade dos
AN02FREV001/REV 4.0
155
recursos a serem utilizados e elaborar o desenho de texto e do conteúdo do curso,
de forma a contemplar todas essas potencialidades.
Após a conclusão do conteúdo pelo professor-autor, entra em ação o
professor-tutor cujo papel é o de promover a interação e o relacionamento dos
participantes. Maia (2002, p. 13) enfatiza certas habilidades e competências
necessárias ao tutor:
AN02FREV001/REV 4.0
156
listas, correio-eletrônico, chats e de outros mecanismos de comunicação. Assim,
torna-se possível traçar um perfil completo do aluno: por via do trabalho que ele
desenvolve, do seu interesse pelo curso e da aplicação do conhecimento pós-curso.
O apoio tutorial realiza, portanto, a intercomunicação dos elementos
(professor-tutor-aluno) que intervêm no sistema e os reúne em uma função tríplice:
orientação, docência e avaliação.
A avaliação, não importa a missão que se lhe proponha cumprir, parece ter
o dom de despertar nas pessoas suas defesas mais escondidas. É, na
educação, um processo revestido de rituais complexos, que resulta por
torná-la um mito. No caso da avaliação da aprendizagem, tal mitificação ao
invés de possibilitar às pessoas maior consciência de como está se
desenvolvendo internamente o processo de construção do conhecimento,
termina por confundi-las, tornando-as dependentes de algum veredicto
externo que determine se estão aprendendo ou não.
AN02FREV001/REV 4.0
157
Previsão de contínuo e permanente apoio ao estudante,
d.
com frequentes feedbacks.
AN02FREV001/REV 4.0
158
tida como irresponsável; pois, se é imprescindível para a aprendizagem, torna-se um
direito do aluno que deve ser respeitado.
Na maioria das vezes, para fins de avaliação da aprendizagem na EAD, a
presença é exigida. Isso acontece menos por ser necessário e mais porque não se
conseguiu desenvolver uma forma de avaliar que supere a presencialidade. Uma
situação de avaliação que, por exemplo, permita consultas a documentos de
qualquer natureza, não tem porque ser presencial – no entanto, a lógica demonstra
que, no Ensino a Distância, é muito difícil avaliar mudanças de comportamento,
memorização e atitudes que não de forma presencial.
O sistema de ensino-aprendizagem tradicional prioriza a transmissão de
informações e imagens mediante definições que devem ser armazenadas
progressivamente, considerando o aluno como receptador passivo. No entanto, esta
perspectiva, ainda existente na EAD, muitas vezes, considera a avaliação como um
momento determinado, separado do processo de aprendizagem.
A avaliação realiza-se a partir de instrumentos de mensuração do
conhecimento adquirido em determinados períodos. Muitas vezes é estabelecida
uma data para aplicação do instrumento de avaliação, tais como prova, trabalho,
seminário, cujos resultados são julgados pelo professor, que estabelece os critérios
de julgamento. Na maioria das vezes, esses critérios não são conhecidos pelos
alunos, tornando-os subjetivos no entendimento dos estudantes, o que pode levar à
desconfiança em relação à avaliação e provocar desordens entre professor e aluno.
Esse modelo possibilita o aparecimento de desconfianças quanto às preferências e
simpatias pessoais dificultando, ainda mais, o relacionamento e o processo de
ensino-aprendizagem.
AN02FREV001/REV 4.0
159
técnicas formais, quando distribui tarefas, define as normas para sua execução,
estabelece o assunto a ser pesquisado, aprova ou não o trabalho. Necessita
perceber que a avaliação é um processo contínuo, cumulativo e compreensivo,
decorrente do ensino-aprendizagem e que procura verificar as mudanças no
comportamento, no sentido de valorizar e motivar o desenvolvimento de habilidades
e atitudes.
O professor não deve somente comparar resultados obtidos com aqueles
esperados. Para causar um efetivo aprendizado, o aluno deve identificar suas
deficiências de aprendizagem e as causas dessas deficiências, para isso é
necessário estabelecer objetivos claros a serem alcançados dentro do aprendizado
referente ao conteúdo de determinada disciplina e acima de tudo estar determinado.
Ao iniciar um curso na modalidade de EAD imediatamente devem estar
idealizadas as formas avaliativas no manual do aluno, com o intuito de tornar
melhores os objetivos a serem atingidos. Além dos objetivos é preciso estabelecer o
conteúdo, avaliação, quais os padrões mínimos de desempenho esperados do aluno
e que formas serão utilizadas para alcançar as metas educacionais.
A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem, e possibilita o
acompanhamento dos alunos em diferentes momentos, evidenciando os avanços
necessários para que eles continuem no seu processo de crescimento. É um tema
de vital importância na EaD, destaca-se como um recurso de: medidas, objetivos do
ensino, de métodos, conteúdos, currículos, programas e das próprias habilidades do
professor.
Os indivíduos buscam seu autodesenvolvimento, procuram atingir seus
objetivos, vencendo limitações e desafios. Porém, a forma como atuam tentando
atingir suas metas é diferente. As pessoas têm comportamentos e objetivos
diferentes, por isso devem ser tratadas de formas diferentes. Os educadores devem
dar atenção às diferenças individuais, pois por este ângulo há uma grande
possibilidade de fazer com que os alunos produzam com maior satisfação,
alcançando o nível de aprendizagem.
Quando o professor utiliza técnicas abertas para avaliar o crescimento no
processo de aprendizagem do aluno, ele pode obter informações que demonstrem
as dificuldades ou o avanço que cada um atingiu. Essas evidências criam
referências para identificar qual a melhor maneira de desenvolver a potencialidade
AN02FREV001/REV 4.0
160
do estudante, satisfazendo também suas necessidades de estima e autorrealização
pela valorização dos esforços pessoais, pela abertura de espaços para a criatividade
individual.
O educando deve ser motivado a satisfazer sua necessidade de
autorrealização aprendendo que concorrência pode significar a superação de suas
próprias dificuldades, não valorizando excessivamente os resultados obtidos pelos
outros. Cabe ao professor oferecer condições aos alunos de satisfazê-las. Nesse
caso, o docente deve considerar como verdadeira motivação, aquelas necessidades
que são internas, intrínsecas ao indivíduo como a sua própria constatação de
crescimento, o reconhecimento pelos seus esforços, a possibilidade de empreender
algo novo.
As necessidades extrínsecas, mais perceptíveis, são aquelas que promovem
a satisfação a partir de fatores externos à própria pessoa, como a nota atribuída pelo
professor ou as condições ambientais para realizar trabalhos. Assim, o aluno poderá
deixar de motivar-se a partir do aprendizado em si, que é o fator responsável pelo
seu autodesenvolvimento e que permite a satisfação de suas necessidades internas
de autoestima e autorrealização.
É essa forma de satisfação que leva o aluno a envolver-se com o processo
de aprendizagem motivando-se a partir de suas próprias carências intrínsecas.
Confirma-se, então, para o aluno que o significado do processo de avaliação é o seu
desenvolvimento pessoal e não apenas a nota obtida em momentos determinados.
O feedback é uma ferramenta disponível para que o aluno tome
conhecimento dos resultados alcançados durante o processo de ensino-
aprendizagem, pois analisando os resultados é possível corrigir falhas, reformular o
planejamento proposto e evidenciar os acertos e resultados positivos, elevando a
autoestima. Permite ao indivíduo o julgamento de seu comportamento e as
correções necessárias para alcançar o objetivo final.
Para tanto, o feedback deve ser contínuo, reforçando os acertos, elevando a
autoestima e identificando as falhas, possibilitando com isso uma revisão e uma
modernização eficiente por parte do professor ou do tutor. A avaliação contínua e
cumulativa é parte do processo de aprendizagem em EAD, e não somente um
momento determinado, desvinculado do processo.
Dessa forma, as fontes de satisfação e recompensa ocorrem a partir do
AN02FREV001/REV 4.0
161
próprio aprendizado, desencadeando a motivação interna que surge e se mantém,
principalmente, quando os alunos sabem o que se espera deles e como será
orientado e avaliado pelo professor. Quando o estudante conhece o objetivo e o
conteúdo da disciplina e os padrões de desempenho mínimos que são exigidos,
tende a se comprometer buscando realizar um bom trabalho, e sentindo a alegria de
ser bem-sucedido.
O educador/tutor deve estar sempre atento aos progressos dos alunos
procurando orientá-los e incentivá-los para o desenvolvimento de suas
potencialidades, levando-os a atingir os objetivos propostos. O educador/tutor deve
assumir uma postura de motivador do processo, promovendo a aprendizagem
progressiva e efetiva do conteúdo abordado.
O professor deve demonstrar certeza na capacidade dos alunos, elogiar os
progressos obtidos antes de apontar as deficiências, que devem ser analisadas
conjuntamente, indicando sua disposição de auxiliar o aluno na busca por resultados
positivos. Deve destacar a importância do desenvolvimento da aprendizagem e a
satisfação do bom trabalho. Deve ser um bom ouvinte e comunicador, pois por meio
da participação de um diálogo construtivo, possibilita a efetivação da aprendizagem
de forma mais apropriada e satisfatória.
Quando se pretende avaliar aprendizagens, deve-se primeiro compreender o
que é aprendizagem, como ela ocorre e o que ela acarreta. Diante disso, temos a
afirmação de que a aprendizagem é um processo de aquisição e formulação de
novos conhecimentos, de desenvolvimento de competências e que de certa forma,
produz modificações no comportamento das pessoas. A aprendizagem necessita de
fatores e estímulos internos do indivíduo, bem como dos estímulos externos.
Para se iniciar um processo de avaliação de aprendizagens, em qualquer
modelo de ensino, é imprescindível o planejamento. Por meio dele pode-se ter
claramente a visão dos objetivos que se pretende alcançar. Para isso, se considera
todos os aspectos do processo de ensino-aprendizagem e todos os elementos que
permeiam esta relação. Acompanhar o desenvolvimento do aluno, conhecer sua
postura e procedimento, saber como ele aprendeu o conteúdo, como o utiliza em
determinados contextos e situações requer auxílio de ferramentas, meios e
procedimentos que auxiliem o professor na busca destas respostas.
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Classificar o aprendiz (aluno) neste processo é uma exigência legal dos
órgãos de educação. Entretanto, não é um fim da avaliação, que se propõe a muito
mais. Aqui entram também os aspectos éticos do ato de ensinar, de formar cidadãos
conscientes, de dar condições para que o indivíduo se desenvolva, cresça como
pessoa e busque sua autonomia e possa atuar em prol do conhecimento,
modificando realidades, principalmente na Educação a Distância.
Por meio de uma visão holística, que considera um todo e transcende o fator
“nota”, é possível utilizar a avaliação para diagnosticar problemas no aprendizado e
propor as melhorias, fornecendo o feedback propulsor de ajustes e de
potencializações das práticas e métodos pedagógicos utilizados no processo de
ensino-aprendizagem.
Dessa forma, além de ser constante, formativa, a avaliação deve ser
diagnóstica, levantar questionamentos e buscar respostas para promover a melhoria
dos processos de ensino-aprendizagem, verificando os sucessos e insucessos de
determinadas ações, dos meios, materiais e recursos utilizados, bem como da
atuação.
Segundo Peters (1997), nas universidades a distância se desenvolvem
cursos que estabelecem o caminho da aprendizagem dos estudantes, nos quais
esses podem acompanhar os conteúdos oferecidos e exercer sua autonomia. Com
esse princípio, os cursos são planejados, desenvolvidos e experimentados conforme
esta concepção, apresentando, além dos conteúdos, intervenções didáticas.
No ambiente de EAD, a avaliação precisa ser específica e estender sua
análise sobre os outros tipos e variedades de aprendizados como a questão da
tecnologia empregada e sobre seu mecanismo próprio de ensino-aprendizagem.
Atualmente, tanto a percepção e o modo de se avaliar exigem uma nova postura,
uma nova atuação dos avaliadores. Os processos mudaram e com eles as
oportunidades de se levar conhecimento às mais remotas partes do país e do
mundo.
Há diversas formas de avaliação que englobam tanto as condições
qualitativas quanto as quantitativas. Não se deve restringir o método de avaliação a
uma ou outra modalidade. Na verdade, as combinações de diversos instrumentos
podem oferecer subsídios ao avaliador, dotando-o de conteúdos que possam ajudá-
lo a formular um conceito mais aproximado do real e do ideal.
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Não há fórmulas, e cada caso é um caso. Há de se avaliar o projeto
pedagógico proposto e seus objetivos, o ambiente onde será realizada determinada
ação educativa, os recursos e tecnologias envolvidas e muitos outros itens para
planejar a melhor estratégia de avaliação.
Devemos considerar o processo de aprendizagem centralizado no aluno,
para humanizar o processo, tendo em vista seu desenvolvimento contínuo. Avaliar
dentro dessas possibilidades prevê o melhoramento do processo educacional,
admitindo as expressões do conhecimento do indivíduo e o enriquecimento em
todos os sentidos.
Na Educação a Distância (on-line), a avaliação de aprendizagem demanda a
estruturação e a construção de novos conceitos e práticas pedagógicas que possam
considerar os recursos interativos e os processos colaborativos de aprendizagens
com as práticas de avaliação que vislumbrem a construção do conhecimento, e não
apenas a sua reprodução memorizada, como vemos em muitos cursos na
modalidade a distância.
A prática avaliativa deve fazer parte do processo de aprendizagem durante
todo o percurso, e não apenas ser vista como uma atividade externa ao processo
pedagógico. Deve ser formulada especificamente para atender a determinadas
características dos cursos e contextos próprios para poder avaliar de forma a
considerar as individualidades e o real processo de construção do conhecimento, no
qual se torna mais importante o significado do instrumento dentro do processo
avaliativo, do que o tipo a ser utilizado.
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5.4.1 Instrumentos de avaliação
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Reflexões do aprendiz sobre o próprio processo de
aprendizagem por meio de relatos de suas experiências. Uma
Relatos ferramenta interessante é o Diário de Bordo, que permite leitura
e comentário apenas de formadores e também os Blogs que
permitem a inserção de fotos, imagens, links, enquetes e outros.
Informal
É normalmente dado de forma oral, em uma conversa com o
aluno ou o grupo de alunos. Em EAD normalmente é utilizada a
comunicação por e-mail, fórum ou chat, quando o professor/tutor
dá uma resposta na discussão para estimular a participação ou
corrigir o rumo.
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Formal
Nele se encontram todos os testes de aprendizado. E pode ser
encontrado nas respostas aos exercícios de fixação, na
avaliação final e nos medidores de desempenho.
Direto
Quando é direcionado a um aluno, a um grupo (sendo o
trabalho de grupo) ou por consequência de uma determinada
atividade/tarefa. O ideal, quando falamos de um ensino a
distância, é que a comunicação sempre seja feita diretamente
ao aluno, pelo seu desempenho. Isto se torna essencial nos
cursos com pouca interação, pois neste caso o aluno está
sozinho no processo de ensino e algo direcionado ao grupo, do
qual ele pouco ou nada sabe, aumenta ainda mais a distância
entre ele e o conteúdo.
Indireto
Direcionado a toda a turma ou para avaliar o desempenho geral.
Não menciona nomes nem tarefas específicas.
FIM DO MÓDULO V
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