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Bibliografia
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Direitos desta obra
Portal educação. Todos os direitos reservados.
Homepage
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Autoria
Portal Educação
Autor
Andrea Filatro
Revisão Técnica e pedagógico
Portal Educação
Revisão Textual
Portal Educação
Projeto gráfico
Portal Educação
Illustração da capa
Portal Educação
Publicação
2017
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SOBRE A AUTORA
ANDREA FILATRO
Formação
UNASP
Anhembi Morumbi
Senai Nacional / DN, Brasil
Senac-SP, Brasil
Universia Brasil
Lettera Editoria, LE, Brasil
EPN Editoria e Projetos
Obras publicadas
Prêmio e títulos
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DO E-BOOK AO ALUNO
Este material foi desenvolvido para complementar seus conhecimentos sobre o tema
“Design de conteúdos Educacionais”.
Para trazer uma melhor experiência de leitura, o seu material foi desenvolvido com
objetos/ícones, como: saiba mais, dicionário, atenção entre outros. No decorrer da leitura, você
será convidado a refletir sobre o tema e fazer algumas atividades, cuja finalidade é contribuir
com a sua formação profissional e pessoal.
Para alcançar os objetivos propostos neste material, lembramos que sua dedicação,
comprometimento e leitura são elementos fundamentais para o sucesso.
Participe dos fóruns, relate suas experiências do tema estudado em cada Unidade de Estudos.
Interaja com os participantes e, principalmente, pratique o que aprendeu!
Neste material, você encontrará:
Dicas.
Saiba mais.
Atenção.
Dicionário com explicação
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Antes de iniciar a sua leitura, reflita:
ANOTAÇÃO
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SUMÁRIO
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O QUE É DESIGN DE CONTEÚDOS EDUCACIONAIS
Se
propósito
claro
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
PARA A EAD
Finalidade
definida
Intencionalidade
pedagógica
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Por isso, os conteúdos educacionais abrangem uma gama de recursos de apresentação de
tópicos e subtópicos:
Além disso, precisamos estar atentos ao fato de que o termo “conteúdos educacionais” se
aplica a uma ampla variedade de contextos, inclusive aqueles em que um aluno pode estudar
de maneira independente ou mesmo exercer o papel de educador em arranjos interativos, como
ocorre em grupos de estudo e comunidades de prática que se organizam em torno de tópicos
de interesse comum.
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Lembre-se: As instruções
É o caso das ações de Educação a Distância (EaD), em que há uma separação física e
temporal entre quem aprende e quem ensina.
Esse é também o caso do ensino híbrido, em que os alunos estudam parte a distância e parte
presencialmente, como ocorre, por exemplo, na sala de aula invertida.
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Nessas situações citadas, o aluno interage diretamente com os conteúdos.
Completos,
confiáveis e
Conteúdo autossuficientes
Aluno
Exatamente por essa razão, a elaboração de conteúdos educacionais requer alguns cuidados
complementares ao que o professor está acostumado a adotar quando desenvolve materiais
para apoiar suas aulas presenciais.
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Para ensinar na sala de aula presencial, o professor prepara praticamente sozinho os
materiais de apoio para suas aulas e conta com as reações dos alunos que expressarão suas
dúvidas e permitirão ao professor fazer observações complementares.
Mas, em contextos como a educação a distância e o ensino híbrido apoiado por mídias e
tecnologias, o professor precisa antecipar como seria a situação de ensino-aprendizagem.
A contrapartida é que ele pode fazer isso usando uma variedade de linguagens e formatos,
tornando a comunicação bastante rica.
O professor contará
com o apoio de uma
equipe capaz de
produzir conteúdo
em diferentes
linguagens e
formatos.
Isso é de fato uma grande ajuda, que permite um salto de qualidade na produção dos
conteúdos. Porém, requer:
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A C
A B
ANALISTA DESENHA DESENVOLVE
I A
IMPLEMENTA AVALIA Um problema/
necessidade
educacional
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O DI se fundamenta em três grandes pilares (FILATRO, 2008):
3 As ciências da administração,
incluindo a abordagem sistêmica,
a gestão de projetos e a
FUNDAMENTO engenharia de produção, que
2 As ciências da informação,
que englobam as
comunicações, as mídias
1 audiovisuais, a gestão da
informação e a ciência da
As ciências humanas, em especial, computação e se traduzem
a psicologia do comportamento, a em linguagens, ferramentas e
psicologia do desenvolvimento sistemas utilizados na
humano, a psicologia social e a educação.
psicologia cognitiva, mas também a
filosofia, a sociologia e a história da
educação, que se debruçam sobre
os fins e os métodos daDIeducação
A atividade de é exercida profissionalmente pelo designer instrucional. Ele é o
responsável por projetar soluções para problemas educacionais específicos.
propriamente dita.
Em 1986 as competências desse profissional foram descritas por uma instituição
internacional denominada Ibstpi, que as revisou em 2002 e depois em 2012.
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No Brasil, a função de designer instrucional foi
incluída em 2008 na Classificação Brasileira de
Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego
(CBO).
Mas o modo de pensar dos designers pode ser adotado por qualquer pessoa, ainda mais
pelos educadores, que compartilham em sua base de formação parte dos fundamentos do DI
(CAVALCANTI; FILATRO, 2017).
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O DESIGN DE CONTEÚDOS EDUCACIONAIS
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Análise
Design Avaliação
Modelo
ADDIE
Desenvolvi Implementa
mento ção
Fase de análise
Atenção
Crie soluções de acordo com a fluência digital dos participantes.
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Resultado inicial da análise
Um curso
Um conjunto de aulas
Solução
Fase de design
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Definir, em uma matriz de DI, que se assemelha muito a um plano de aulas:
Nesse ponto, uma diferença importante entre os cursos presenciais e os cursos a distância
é que nestes últimos é preciso registrar por escrito (ou usando recursos de áudio ou vídeo) o
que os alunos devem fazer em cada unidade. Ou seja, é preciso descrever em um guia ou
roteiro de estudo qual o número e o nome da unidade, que objetivo se pretende alcançar,
quais as atividades esperadas a serem desenvolvidas pelos alunos, em quanto tempo, com o
apoio de quais conteúdos e ferramentas, e de que maneira se verificará se os objetivos foram
alcançados.
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Hoje, muitos ambientes virtuais
de aprendizagem, conhecidos
como AVA, possuem uma
ferramenta/espaço para
descrição semanalmente,
trimestralmente ou
semestralmente das atividades
a serem realizadas pelos
alunos. Esse conteúdo é
elaborado pelo conteudista.
Saiba mais
Você sabia? O roteiro de estudo na educação superior é um documento
obrigatório, as orientações e diretrizes para a elaboração, você encontrará no portal
do MEC em: “Referenciais de qualidade para educação superior a distância”.
Nos cursos presenciais, todas essas definições também são importantes, mas geralmente
são comunicadas aos alunos pelo professor oralmente, muitas vezes de maneira menos formal
ou à medida que os alunos perguntam.
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Fase de desenvolvimento
Você verá com mais detalhes esses aspectos nas unidades 3 a 10.
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Fase de implementação
Nesta fase, que equivale à situação didática propriamente dita, ocorre a interação dos alunos
com:
Os conteúdos produzidos;
As ferramentas indicadas ou preparadas;
As pessoas envolvidas no processo de ensino-aprendizagem (educadores,
colegas de estudo, convidados etc.).
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Interação com ferramenta
Fase de avaliação
Fase Avaliação
da aprendizagem
dos alunos
da solução
educacional
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A fase final do DI inclui:
Avaliação somativa
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análise
inicial
fase 2
avaliação da
solução
fase 3
fase 4
Atenção
Apesar da matriz ter semelhança com o plano de aula, o custo financeiro de cada
fase/etapa é obrigatório.
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O PLANEJAMENTO DOS CONTEÚDOS EDUCACIONAIS
P PRODUTO
E EDUCACIONAL
P
PROPOSTA
A aprendizagem que ocorre pela atenção (ou pela reflexão) – os conteúdos assumem uma
natureza discursiva e buscam direcionar a atenção dos alunos para o entendimento de
conceitos e informações relevantes; as atividades de aprendizagem giram em torno de ações,
como:
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A aprendizagem que ocorre pela ação – os conteúdos se revestem de uma dimensão mais
prática e exigem participação ativa de quem aprende; as atividades de aprendizagem são
compostas por ações, como:
Dica
Inclua situação problema no seu material didático, de forma que permita o aluno
fazer relação entre a teoria e a prática.
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A propósito, hoje em dia fala-se muito em “metodologias ativas”, que nada mais são do
que formas de ensinar focadas naquilo que os aprendizes fazem, e não apenas naquilo que os
educadores apresentam.
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Hoje utilizamos sofisticadas mídias para apresentar conteúdos.
Livro impresso/digital
Vídeos
Podcast
infográficos
E utilizamos também tecnologias para entregar as mídias (por exemplo, via internet) e
para possibilitar a realização das atividades pelas pessoas (por exemplo, um fórum permite
discussões e debates, um simulador de voo permite a exercitação e a prática de habilidades).
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A Internet um meio Fórum de discussão e debate – Simulador – atividade Simulador de gráfico
para a entrega de entrega de conteúdo prática
conteúdo
(FILATRO, 2015)
Dito isso, vamos partir agora para as atividades centrais do design de conteúdos,
começando pela autoria de textos inéditos como veremos a seguir.
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A AUTORIA DE TEXTOS INÉDITOS
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O papel do conteudista é elaborar um texto-base para cada unidade de estudo prevista no
planejamento educacional. Esse texto pode estar voltado apenas à apresentação de conteúdos
ou incluir também a proposição de atividades de aprendizagem.
No entanto, por mais experiente que seja o conteudista, elaborar textos didáticos não é a
mesma coisa que dar uma aula, proferir uma palestra ou ministrar um curso. Isso porque:
Isso implica adotar a lógica de produção editorial – com um fluxo de informação bem
planejado, o bom emprego da linguagem, o ineditismo e o respeito a direitos autorais de
terceiros que venham a ser citados no texto.
Mas fazemos isso partindo das fases de análise e de design, nas quais definimos o que é
ensinar/aprender e como organizar o currículo.
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O mapeamento mental
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Fonte: elaborado pela autora
A técnica mash-up
Levantar bibliografia
Referências de apoio
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A técnica mashup traz múltiplas perspectivas ao conteúdo e “inspira” o conteudista ao
fornecer abordagens criativas sobre os tópicos tratados, oferecendo subsídios para a
elaboração de casos práticos e modelos de ilustrações. Por fim, reúne um conjunto de
indicações bibliográficas que podem ser apresentadas como recomendação de leitura
complementar aos alunos.
Retórica
Construção Seleção de
da retórica fontes
instrucional confiáveis
Cultura de direitos
autorais
Além disso, para que o resultado final seja efetivo, o conteudista precisa construir uma retórica
própria, com atenção especial à adaptação da linguagem ao público-alvo.
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A escrita generativa
A escrita generativa é uma técnica desenvolvida por Richard Boice (1990), que combina duas
formas de escrever:
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ESCRITA GENERATIVA
ESPONTÃNEA
AUTOCONSCIENTE
/CRIATIVA
Saiba mais
Saiba mais: A escrita generativa alterna momentos de escrita livre e autoconsciente,
permitindo que o autor coloque em prática duas capacidades necessárias à autoria
de textos inéditos: a criatividade e a crítica.
Uma forma de entender o que significa a retórica instrucional é pensar no conjunto de slides
que um professor ou um especialista prepara para fazer uma apresentação de conteúdos.
Em cada slide, ele inclui, na forma de itens ou ilustrações, os elementos centrais da sua fala.
Isso ajuda a audiência (e às vezes o próprio apresentador) a articular as principais ideias de cada
slide. No entanto, para que a comunicação se efetive, o professor ou o especialista precisa
explicar o conteúdo de cada slide, tópico a tópico, explicitando as relações entre os tópicos e
justificando as transições de slide a slide.
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Fonte: elaborado pela autora.
Vale lembra que, para uma comunicação efetiva à audiência, é preciso ir além da
organização lógica dos conteúdos. A retórica adiciona um elemento mobilizador à linguagem,
visando gerar um impacto sobre a audiência. Daí a suma importância de conhecer o perfil do
público-alvo, como vimos na fase de análise do DI.
A teoria da carga cognitiva foi elaborada por John Sweller (2003), psicólogo australiano, a
partir de dezenas de estudos e pesquisas experimentais, e aplica-se a diferentes tipos de
conteúdo, mídias, áreas de conhecimento e perfis de alunos.
John sweller
Psicólogo australiano
Wikipédia
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Essa teoria explica como os seres humanos percebem, processam, codificam, armazenam,
recuperam e utilizam as informações, especialmente quando elas são apresentadas em
suportes de mídia, como o livro impresso ou digital e os recursos audiovisuais, como os vídeos,
os arquivos de áudio e os recursos multimídia.
Seres humanos
Percebem
Processam
Codificam
Armazenam
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Diante dos estímulos sonoros, visuais e/ou verbais presentes nos conteúdos educacionais,
as imagens, as palavras e os sons são captados em poucos segundos pelos órgãos sensoriais
humanos, por meio de uma memória chamada tipo sensorial. A maior parte desse
processamento é realizada de forma automática e inconsciente.
Saiba mais
Não percebemos padrões fragmentados ou isolados de luz, sombra e contorno,
mas somos capazes de ver uma face ou de ouvir uma voz de forma integrada.
Reduzida capacidade de
processamento, capta em
geral de “7 ± 2” “pedaços”
de informação.
As informações
processadas se
deterioram/danificam em ±
20 segundos.
Uma vez processada, a nova informação passa a ser armazenada, na forma de modelos ou
representações mentais, na memória de longo prazo, que é ilimitada. E, para ser recuperada
de modo a integrar-se a novas informações ou transferidas a novos contextos, a informação
armazenada precisa retornar à memória de trabalho.
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No entanto, dizemos que há sobrecarga cognitiva, que dificulta ou mesmo inviabiliza a
aprendizagem, quando várias fontes de informação competem entre si pela limitada
capacidade de processamento cognitivo. Segundo Sweller (2003), existem diferentes tipos de
carga cognitiva:
No design de conteúdos educacionais, não podemos alterar a carga cognitiva intrínseca, mas
podemos administrá-la, por exemplo, distribuindo tarefas complexas em uma série de tópicos
ou seções menores.
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Para uma aprendizagem efetiva por meio de materiais didáticos, é necessário balancear
esses três tipos de carga, como mostra a figura a seguir:
O design de conteúdos educacionais deve ser, portanto, guiado por princípios que
reduzam a carga irrelevante (informações dispensáveis), aumentem a carga relevante
(desafios) e gerenciam a carga intrínseca (por exemplo, pelo sequenciamento e exposição
didática dos conteúdos).
Daí decorrem alguns princípios para design de conteúdos de multimídia, como, por exemplo:
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Coerência: eliminar o que for irrelevante ou redundante, como efeitos visuais ou
sonoros não relacionados à compreensão de um tópico, por exemplo.
Outras características comunicacionais que ajudam a aperfeiçoar o texto de modo que ele
não represente para o aluno uma sobrecarga cognitiva:
intratextu intertextu
clareza concisão coerência coesão
alidade alidade
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Coerência – corresponde à adequação em termos de verossimilhança e
inteligibilidade. Ou seja, é a qualidade que permite ao leitor apreender a ligação, o
nexo ou a harmonia entre os tópicos apresentados.
Coesão – refere-se ao conjunto de pistas e sinais dados pelo autor para que o
aluno possa fazer inferências, estabelecer pontos de significado e construir
relações lógicas.
Intratextualidade – diz respeito à organização do texto, uma espécie de
dialogicidade interna, em que se destacam a unidade, a continuidade e a
progressão. Um exemplo fácil de observar é quando a abertura de uma seção
“conversa” com o fechamento.
o citação direta – reprodução literal de materiais de terceiros é literal,
palavra por palavra. Deve aparecer entre aspas, seguidas pelo crédito à
fonte original;
o citação indireta (ou paráfrase) – livre reprodução das ideias de outro
autor, com palavras diferentes, a fim de torná-las mais inteligíveis ao
público ou apresentá-las com um novo enfoque. Não se empregam aspas,
pois não se trata de reprodução literal, mas é preciso informar claramente
a fonte.
Dica
As citações diretas e as paráfrases são amplamente utilizadas em trabalhos
científicos, com o propósito de validar o ponto de vista do autor que defende uma
tese.
Os conteúdos educacionais cuja finalidade é didática, as citações são mais raras, visto que o
maior valor desses recursos está justamente no diálogo didático estabelecido entre o aluno e o
autor, com o objetivo de tornar mais claro possível o conteúdo apresentado.
Estamos falando, na verdade, sobre algo que Robert Boice chama de a voz do autor. Trata-
se de um conjunto de percepções do autor, que incluem sua visão de mundo, suas atitudes em
relação ao conhecimento e suas expectativas em relação ao público-alvo, que influenciam de
maneira inequívoca seu discurso.
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ESPECIALISTA
EDUCADOR
PESSOA
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Pessoa – o “tom” com que ele reage pessoalmente às
expectativas em relação ao conteúdo e aos alunos (paternalista
e complacente, ou autoritário e imperativo, propagandista e
manipulador, ou ainda robótico e impessoal).
A palavra “curadoria” vem do latim curare, que significa “tomar conta de alguém”. Mas o
que significa no contexto do design de conteúdos educacionais? Existem muitas explicações
para o emprego desse termo, mas podemos estabelecer como ponto de partida que se trata
de uma metodologia para:
Para realizar um bom trabalho de curadoria, podemos adotar um modelo fácil de lembrar
e que contempla as principais ações envolvidas. É o modelo SSS, criado por Harold Jarche
(2012) e que pode ser representado por uma ampulheta:
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Fonte: portaleducacaouol
Vamos ver o que significa cada uma das ações do modelo SSS:
Fontes Critérios
são aquelas mais estáveis e permanentes – livros, documentos
Altamente recomendada oficiais, conteúdos assinados, informações produzidas por
instituições de renome
são aquelas que têm alto risco de extinção ou indisponibilidade – é
o caso de notícias que circulam na internet, em grupos de
Arriscadas
mensagens instantâneas, em blogs ou sites pessoais não vinculados
a instituições reconhecidas
Inapropriada são aquelas com finalidade comercial, que têm interesses de
negócios evidentes ou implícitos, ou as fontes sem origem
comprovada, quer dizer, sem uma assinatura clara que demonstre
de onde (ou de quem) vêm as informações veiculadas.
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autoria de textos
inéditos
Finalidade do
MODELO SSS
entender a curadoria
de materiais de
terceiros
Essa ação envolve um grande esforço de análise e contextualização dos conteúdos visando
ao “cuidado” com o público-alvo. Esse esforço é tão significativo que a curadoria é considerada
também um tipo de autoria, pois expressa a “voz” particular de quem fez a busca, atribuiu
significado ao que foi encontrado e compartilhou conteúdos de uma maneira particular e
adaptada ao público.
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Textos, imagens, músicas, animações e vídeos são criações intelectuais que exigiram
esforço intelectual de seus criadores. Por essa razão, sejam elas analógicas (físicas) ou digitais,
são obras protegidas por legislação nacional (a Lei nº 9610/1998, conhecida como Lei de
Direitos Autorais) e tratados internacionais (como a Convenção de Berna, da qual o Brasil é
signatário desde 1922).
Em linhas gerais, os direitos autorais incidem sobre textos, ilustrações, fotografias, áudios,
vídeos etc., mas não se aplicam a ideias ou pensamentos, e são divididos em:
Na mesma linha, o conceito internacional de fair use (“uso justo”) permite o uso de material
protegido para propósitos específicos, como, por exemplo, ações educacionais sem fins
lucrativos. Em geral, esse uso é regido por critérios como a natureza do trabalho utilizado, a
quantidade e a proporcionalidade do uso em relação à obra como um todo e o efeito desse uso
relativamente ao mercado potencial ou ao valor do trabalho sob o direito de autor.
Saiba mais
Saiba mais: quando reproduzimos um texto, uma ilustração ou fotografia, um
áudio ou um vídeo, não basta dar o crédito ao (s) autor (es). É preciso pedir
autorização prévia para o detentor dos direitos patrimoniais
A autorização é obtida de terceiros pela assinatura de um termo de direito de uso, que deve
ser arquivado para fins de comprovação.
Mesmo com as facilidades eletrônicas de recortar e colar, essa prática não é recomendada
e pode representar um risco institucional importante.
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Registrar sempre toda e qualquer referência utilizada durante
a elaboração do conteúdo educacional, incluindo o nome do
autor e da editora, o título da obra, local e data de publicação
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Na maioria dos projetos de educação a distância e ensino híbrido apoiado por mídias e
tecnologias, o conteudista não desenvolve sozinho as imagens que serão incorporadas aos
conteúdos educacionais. Ao invés disso, ele faz uma espécie de encomenda (ou briefing) para
que outro profissional: – um ilustrador, um fotógrafo, um designer gráfico, um webdesigner –
as produza.
Saiba mais
Você sabia... que os elementos ilustrativos têm por função motivar, apelando
para a estética ou o humor, prover “paradas motivacionais” ao longo de um
conteúdo muito longo, ou mesmo arejar uma página ou tela a fim de facilitar a
leitura.
No entanto, é necessário levar em conta que o uso excessivo de figuras ilustrativas pode
desviar a atenção do conteúdo principal, sobrecarregando cognitivamente o aluno (FILATRO,
2015).
Nesse caso, o conteudista faz uma encomenda para que a equipe de produção desenvolva
uma ilustração totalmente original. A encomenda deve conter:
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Descrição da imagem: informação clara sobre o que se espera como resultado
final, acompanhada por um modelo da imagem encomendada.
Há, porém, um tipo de ilustração que o próprio conteudista pode construir usando
ferramentas simples. São os chamados organizadores gráficos, que podem ser elaborados a
partir de recursos de fácil manejo, disponibilizados em processadores de texto ou software de
apresentação de slides.
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Veja alguns exemplos no quadro a seguir:
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A PREPARAÇÃO E GRAVAÇÃO DE VIDEOAULAS
O vídeo é uma mídia poderosa para atrair e manter a atenção dos alunos, pois combina as
linguagens gráfica, auditiva e textual para possibilitar múltiplas percepções. Pode fazer uso de
diferentes gêneros e formatos discursivos, permitindo, ainda, apresentar conteúdos de difícil
disponibilização em outras mídias, como demonstrações de situações de risco, simulações de
incidentes críticos, registro de fenômenos naturais e imagens dinâmicas que não podem ser
vistas a olho nu (FILATRO, 2015).
Tipos Finalidade
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apoiam-se basicamente em histórias reais e podem incluir eventos,
Noticiários descobertas científicas, notas sobre saúde e qualidade de vida, e
depoimentos de pessoas envolvidas nas questões noticiadas.
Documentários permitem o registro direto de fatos e acontecimentos, assim como o
exame de questões controversas, com profundidade no tratamento.
Narrativas sequência de eventos e acontecimentos em que personagens são
instrucionais envolvidos em uma trama ou enredo (biografias e autobiografias,
relatos pessoais e histórias de vida e estudos de caso, entre outros).
apoia o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, como no caso
Modelagem de da educação esportiva, do treinamento militar e da educação
comportamento profissionalizante, e ao desenvolvimento de competências
comunicacionais, como falar em público, expressar-se em outros
idiomas e atuar diante de câmeras, e de competências interpessoais,
como aquelas envolvidas no atendimento ao público, na área de
vendas e na prática da negociação.
No caso das videoaulas, que buscam reproduzir a exposição dialogada que o professor faz
em sala de aula, é importante destacar algumas distinções importantes:
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Por melhor que sejam as ferramentas de comunicação empregadas, fica claro que
o tempo presencial, em que as pessoas estão reunidas no mesmo espaço (virtual)
e no mesmo período temporal, é caro demais para ser empregado com questões
que poderiam ser antecipadas pelo professor na fase de planejamento.
Ao contrário da sala de aula presencial, em que o professor é quem define o ritmo, o tom e
a direção do discurso, na gravação das videoaulas ele é orientado por uma equipe de
operadores e diretores que sabem quanto custa o tempo em estúdio – ou seja, quanto custam
os equipamentos, a estrutura física e as pessoas envolvidas na produção.
Atenção
Em situação de gravação, a câmera de vídeo capta e eterniza todas as emoções
do professor. Se ele está inseguro quanto à melhor palavra a empregar, se ele hesita
na transição entre uma ideia e outra, se ele esquece a data de um evento, ou se ele
se confunde com a pronúncia de um termo estrangeiro, tudo isso tende a ser
amplificado numa aula gravada.
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Ao contrário do que acontece em um discurso ao vivo e face a face, em que o calor do
momento e a riqueza da interação pessoal prevalecem.
Assim, por essas características, é importante que o professor adote uma série de cuidados
ao planejar e ao gravar suas videoaulas:
Dica
Faça ensaio do que será dito antes da gravação, leia em voz alta o roteiro para
conferir ênfases, entonação, pronúncia e ritmo.
O ensaio é indicado também para o professor que trabalha apenas com tópicos, em vez do
texto completo pré-roteirizado para leitura em teleprompter. Em ambos os casos, essa prática
permite ao professor cronometrar o tempo de apresentação antes da gravação definitiva e, se
necessário, fazer cortes ou acréscimos ao material.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOICE, R. Professors as writers: a self-help guide to productive writing. Stillwater: New Forums
Press, 1990.
CLARK, R. C.; MAYER, R. E. E-learning and the science of instruction: proven guidelines for
consumers and designers of multimedia learning. San Francisco: Pfeiffer, 2003.
_____. Design instrucional contextualizado. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.
NOVAK, J. D.; CAÑAS, A. J. A teoria subjacente aos mapas conceituais e como elaborá-los e usá-
los. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 5, n. 1, p. 9-29, jan./jun. 2010.
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