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e E-Learning
Prof. Dra. Siderly do Carmo Dahle de Almeida
Prof. Me. Alvaro Martins Fernandes Júnior
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Núcleo de Educação a Distância;
ALMEIDA, Siderly do Carmo Dahle .
JÚNIOR, Alvaro Martins Fernandes .
www.fatecie.edu.br
Fundamentos da EAD e E-Learning.
Prof. Dra. Siderly do Carmo Dahle de Almeida.
Prof. Me. Alvaro Martins Fernandes Júnior.
Paranavaí - PR.: UniFatecie, 2020. 63 p. As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira dos Santos. do site ShutterStock
AUTORES
UNIDADE I....................................................................................................... 7
Breve Histórico da Educação a Distância no Brasil e no Mundo
UNIDADE II.................................................................................................... 19
Processo de Ensino e de Aprendizagem na Educação Superior:
Perfil Docente e Discente
UNIDADE III................................................................................................... 33
A Modalidade de Educação a Distância e os Ambientes Virtuais de
Aprendizagem
UNIDADE IV................................................................................................... 47
Possibilidade de Autonomia e Emancipação pela EAD
UNIDADE I
Breve Histórico da Educação a
Distância no Brasil e no Mundo
Prof. Dra. Siderly do Carmo Dahle de Almeida
Plano de Estudo:
• História da Educação a Distância no mundo
• EAD no Brasil: o princípio
• A televisão na EAD no Brasil
Objetivos da Aprendizagem
• Apresentar um breve histórico da educação a distância no mundo
• Explicar como a Educação a Distância desenvolveu-se no Brasil
• Esclarecer o papel da televisão na EAD no Brasil
7
INTRODUÇÃO
Sabemos que o modo como as pessoas aprendem, vem sendo tema de pesquisas
e de investigação há algum tempo, porém, apenas o “fenômeno” complexo denominado
“educação” que temos visto sob o olhar da ciência, da arte e da tecnologia, e que se faz
presente desde o início da civilização, ainda hoje suscita muitos estudos.
A educação a distância foi normatizada, entre outros motivos, com o intuito de se
levar educação formal a todo o Brasil, considerando o seu gigantesco espaço geográfico.
Nas localidades distantes, a inexistência de instituições públicas e privadas para a edu-
cação superior significa a exclusão de grandes contingentes populacionais ao acesso e a
permanência na Educação Superior e, consequentemente formação especializada.
Nesse cenário, as universidades iniciaram um movimento de criação e oferta de
cursos a distância, de naturezas diversas, com o objetivo de atender a demandas sociais:
cursos de graduação, de pós-graduação, de extensão, técnicos, profissionalizantes, entre
outros. Uma das questões que emergiu nesse movimento foi a necessidade de formação
de professores.
Deste modo, a maioria das instituições formadoras ainda não incorporou, nas prá-
ticas pedagógicas dos currículos, atividades suficientes e eficazes para a introdução das
tecnologias na educação. Assim, existe uma necessidade de formação profissional docente
para atender ao crescimento das atividades de EAD nas diversas instituições escolares.
Temos ciência de que muitos elementos perpassam a educação a distância e todo
o processo de ensino e de aprendizagem nessa modalidade. Vamos propor uma viagem
virtual pelo tempo, enfocando como iniciou a educação a distância no mundo e, mais preci-
samente, no Brasil. Verificaremos a importância dos correios e dos meios de comunicação:
jornal, rádio e televisão, que foram as principais mídias que permitiram que a EAD crescesse
e pudesse democratizar a educação, tornando-se um caminho acessível e possível para
toda a população.
A Educação a Distância, tal qual a conhecemos hoje, parece ter nascido junto com
a expansão da internet no final do século passado, porém, esta história iniciou muito antes
disso. Vamos entender?
Podemos considerar, de acordo com Nunes (2009), como uma das primeiras men-
ções que se tem sobre a EAD uma propaganda publicada no jornal Boston Gazette, de
Massachussets, em 1728, em que Caleb Phillipps, professor de taquigrafia, propunha ensi-
nar suas técnicas semanalmente através do correio, mesmo para pessoas que morassem
em outros locais. O anúncio prometia que qualquer pessoa poderia ser tão bem instruída
como aqueles que viviam em Boston.
De acordo com Dalmau (2014), em 1840, dessa vez no Reino Unido, Isaac Pitman
propôs ensinar taquigrafia utilizando-se para isso do sistema postal inglês que oferecia
baixo custo e grande alcance. Observamos que o correio foi, sem dúvida, um grande aliado
para a distribuição de materiais didáticos na educação a distância.
No ano de 1856, em Berlim, Toussaint e Langenscheidt criaram a primeira escola
de línguas por correspondência. No ano de 1873, Anna Eliot Ticknor funda a Sociedade
de Apoio ao Ensino em Casa em Boston. Em 1891, Foster cria na Pensilvânia o Instituto
Internacional por Correspondência, oferecendo um curso sobre medidas de segurança no
trabalho para mineradores. (DALMAU, 2014)
Você sabia que os primeiros passos da EAD não foram dados por instituições de educa-
ção superior ou instituições tradicionais, como se poderia imaginar?
A EAD teve novo impulso depois da primeira guerra mundial, devido as necessida-
des socioeconômicas do período pós-guerra e ao incremento de tecnologias como o rádio e
o cinema. Nos anos que se seguiram, a tv e os recursos audiovisuais desempenham papel
fundamental na educação presencial e na educação a distância, aumentando considera-
velmente as propostas de programas nessa modalidade. Entre os anos 50 e 60 do século
passado, a instrução programada deixa sua marca e influencia as propostas de educação
a distância no mundo todo.
Em 1962, de acordo com Nunes (2009) surge na Inglaterra a fundação Open Uni-
versity que é considerada até hoje como a referência primeira na área. Ela estabeleceu
um padrão de qualidade que contribuiu fortemente para que se superasse o preconceito
com relação a modalidade a distância e colocou a EAD como possibilidade viável para a
democratização da educação. Depois dela surge a Universidad Nacional de Educación
a Distancia da Espanha (UNED), a FernUniversität da Alemanha e a Télé-Université, no
Canadá.
Alguns pesquisadores propõem uma divisão na história da EAD segundo suas “Ge-
rações”, relacionando-as com as tecnologias disponíveis em cada época. Simão Neto
(2008) é um destes pesquisadores, propondo em seus estudos, três gerações:
• Primeira Geração: Ensino por correspondência que se caracteriza por material im-
presso entregue pelo correio na casa (ou no local escolhido) de cada estudante. As
instituições de ensino contratam um professor que se propõe a escrever passo-a-
-passo um determinado curso e o mesmo é moldado de modo a permitir que o aluno
tome gradativamente suas aulas e aprenda um ofício, uma língua, ou seja, aquilo
que foi proposto pelo curso.
• Segunda Geração: Teleducação/Telecursos. Programas de rádio e TV que se com-
prometem a ensinar por meio de programas educativos nas grades de TVs comer-
ciais, fitas cassete, videocassetes, concomitantemente com material impresso.
• Terceira Geração: Ambientes virtuais de aprendizagem, que permitem que professo-
res e alunos “conversem” em tempo real utilizando chats, fóruns de discussão, blogs
etc.
No Brasil temos um cenário bem diverso no que se refere a história da EAD. Come-
çamos com a oferta de bem-sucedidos cursos por correspondência como os oferecidos pelo
Instituto Monitor e pelo Instituto Universal Brasileiro. O Projeto Minerva é um exemplo de
curso oferecido pelo Rádio; o Telecurso, que existe até hoje, foi uma iniciativa da televisão;
temos muitas instituições oferecendo educação a distância via internet e outras mídias.
O Instituto Monitor foi a primeira escola no Brasil a oferecer educação a distância.
Nicolás Goldberger, imigrante húngaro que chegou ao Brasil na década de 30, encantou-se
com a dimensão do território e queria ajudar com o crescimento do país através da comuni-
cação, representada naquela época pelo rádio. Nasceu assim o primeiro curso a distância
que permitia que ao concluir o curso, o aluno fosse capaz de construir um rádio caseiro.
A ideia era levar a possibilidade de ter uma profissão as pessoas mais carentes e que
morassem em regiões distantes, desprovidas de outra forma de educação profissional. Em
1939 foi fundado o Instituto Radiotécnico Monitor sendo todos os seus cursos oferecidos
por correspondência. (ALMEIDA, 2012)
O Instituto Universal Brasileiro iniciou suas atividades em meados do século pas-
sado, utilizando como meio de divulgação revistas em quadrinhos, fotonovelas e outras
publicações populares e se propunha a preparar pessoas oferecendo cursos profissiona-
lizantes como corte-e-costura, eletricista, cabeleireiro, mestre de obras, entre outros. As
pessoas que faziam o curso terminavam o mesmo com uma profissão e melhoravam sua
Nesta nossa primeira unidade, verificamos que a Educação a distância via correio,
foi a primeira forma pensada para tornar possível a educação em locais e horários distintos
possibilitando que toda a população, independente do lugar onde vive de norte a sul do
país, tenha acesso a educação de modo a poder melhorar sua qualidade de vida e, por
conseguinte, a de sua comunidade.
Vimos que a historia da EAD, segundo alguns pesquisadores, pode ser dividida
em três gerações: uma primeira que abarca o ensino utilizando a correspondência como
estratégia e servia-se de manuais escritos por professores para fundamentar os estudos
de seus alunos, em um segundo momento contamos com a teleducação, que pode ser
transmitida tanto por rádio quanto por televisão e, finalmente, a mais conhecida que faz uso
de ambientes virtuais de aprendizagem e se caracteriza como a terceira geração.
O Brasil apresenta um panorama bem distinto no que tange a composição histórica
da EAD. Não há como falar dessa história sem mencionar os bem-sucedidos cursos por
correspondência disponibilizados pelo Instituto Monitor e pelo Instituto Universal Brasileiro.
Tivemos também a oferta do Projeto Minerva e, num passado recente, do Telecurso já
como uma iniciativa da tv e que tem seu horário até hoje.
http://www.indev.com.br/semana/trabalhos/2012/5.pdf
Composto por 60 capítulos escritos por especialistas brasileiros em EAD, este livro
transmite ao leitor o conhecimento atingido pelas abordagens da educação a distância no
país, considerando o contexto do cenário internacional de aprendizagem, tanto acadêmica
quanto de treinamento corporativo.
Plano de Estudo:
• Conceituando a educação a distância
• Distâncias e presenças
• Ead e legislação brasileira
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar educação a distância considerando-se todas as suas dimensões.
• Distinguir o que são distâncias e o que são presenças no cenário da educação brasi-
leira
• Apresentar a legislação que rege a EAD no Brasil
19
INTRODUÇÃO
Para muitos autores é possível caracterizar a EAD de acordo com o espaço físico,
sugerindo que, se docente e educando não se encontram em um mesmo espaço, isto já
significa educação a distância. Porém, quantas vezes nós mesmos enquanto alunos nos
sentimos “ignorados” por nossos professores presenciais, que davam suas aulas sem se
importar se estávamos compreendendo o que estavam falando, cumpridores de seu papel
de “transmissores de conhecimento”?
Belloni afirma que a ‘’educação a distância é modalidade de ensino adequada às
sociedades contemporâneas.’’ (2008, p. 3). Ao tornar-se um aspecto pedagógico inserido
na realidade educacional, a EAD possibilita que as pessoas tenham condições eficientes
e eficazes de compartilhar o conhecimento, debatendo, questionando e reformulando
ideias, valores, percepções e experiências, sem a necessidade da palavra impressa e da
presencialidade física. Isso supera a lógica das formas tradicionais de educação, como a
obrigatoriedade do professor e do aluno em um mesmo ambiente físico, mas sem anular
aquilo que é essencial: o conteúdo socialmente elaborado dentro de necessidades e inte-
resses comuns.
Assim sendo, o sistema educacional contemporâneo deve ligar-se diretamente
a essa forma de produção do saber, sob uma concepção de ensino decorrente de um
trabalho escolar realizado em sintonia com os novos tempos, acordos sociais e demandas
institucionais.
SAIBA MAIS
Destacando a questão do conceito de EAD, Moore e Kearsley (2007) afirmam que EAD
é: “O aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local de
ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por
meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais”.
(MOORE; KEARSLEY, 2007, p. 2).
Os autores enfatizam o aspecto geográfico e as exigências específicas no processo pe-
dagógico, com formas próprias de docência e interação para essa modalidade de ensi-
no, bem como abordam a necessidade de recursos que facilitem a comunicação. Ainda
nessa concepção, percebemos que na educação a distância a gerência dos processos
didáticos e pedagógicos é estruturada com base em equipes de profissionais que plane-
jam e tomam as decisões pedagógicas e administrativas.
REFLITA
Fonte: GOMES, Candido Alberto da Costa. A legislação que trata da EAD. In: LITTO, Fredric M.;
FORMIGA, Marcos. Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson, 2009. Disponível em
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. MEC atualiza regulamentação de EAD e amplia a oferta
Plano de Estudo:
• Ambiente virtual de aprendizagem: o aluno como protagonista
• O professor e os ambientes virtuais de aprendizagem
• Ambientes virtuais de aprendizagem e aprendizagem colaborativa
Objetivos da Aprendizagem
• Analisar o papel do aluno enquanto protagonista em um Ambiente Virtual de Aprendi-
zagem.
• Verificar o papel do professor no Ambiente Virtual de Aprendizagem
• Compreender o significado de aprendizagem colaborativa na Educação a Distância.
33
INTRODUÇÃO
O olhar nos diz muito em sala de aula; por meio dele, podemos avaliar nosso próprio
desempenho. Sabemos se a aula está agradando ou causando sonolência. Percebemos se
deixamos os alunos curiosos o bastante para pesquisarem mais sobre o assunto proposto
na aula; se agregamos algum novo conhecimento ou até se nossa aula não atingiu o obje-
tivo almejado.
No caso da EAD, o educador precisa aprender a utilizar outro “termômetro” que
não o olhar do aluno. Como o contato entre professor e aluno nessa modalidade de ensino
se dá pelo ambiente virtual, ele precisa estar atento ao retorno que tem de suas aulas:
Qual foi a quantidade de respostas ao fórum postado? Há questões a respeito do texto
publicado para leitura complementar? Há participação nas atividades quando elas não são
avaliativas? Esses são alguns exemplos que podem ajudar a mensurar o trabalho realizado
por meio da EAD. Os educadores que atuam na EAD devem, assim como na educação
presencial, saber quem é seu aluno, quais são seus sonhos, suas angústias, necessidades
e, talvez o mais importante: por que optou por essa modalidade e o que busca alcançar no
final desse curso a distância.
No Brasil, uma das razões que determinam esse crescimento exponencial é que o MEC
proíbe que se diferencie os diplomas entregues aos alunos, ou seja, independentemen-
te da modalidade escolhida pelo educando, o diploma recebido é o mesmo.
Isto evidencia que nem todos os docentes entram no processo de modo homogêneo,
cada um trará sua bagagem de conhecimento e esta deve ser reconhecida. A progressão
também ocorrerá de forma diversa: uns aprendem mais rápido, outros de modo mais lento.
Os que chegam sem nenhum conhecimento de ambiente online, devem ser reconhecidos
por sua experiência no ensino presencial, assim, não se sentirão desprezados ou humilha-
dos.
Para não frustrar os que já conhecem melhor os AVA, nem aqueles que tem bom
desenvolvimento didático em suas aulas é preciso oferecer níveis diferentes de capacitação
tecnológica e pedagógica.
Nesta unidade vimos que em tempos pós-modernos educação deve ser proativa,
proporcionando uma formação que permita o desenvolvimento de habilidades e competên-
cias que inspirem melhores processos decisórios tanto na escolha das informações quanto
na produção do conhecimento. Verificamos também que as tecnologias que favorecem
o consumo também democratizam a educação. Os ambientes virtuais de aprendizagem
são cenários que ocupam o ciberespaço e permeiam interfaces que facilitam a interação
entre seus usuários, englobando instrumentos que favorecem a prática autônoma, apre-
sentando recursos para a aprendizagem coletiva e individual. O objetivo de tal ambiente é a
aprendizagem em si e sua organização. As redes e os ambientes virtuais de aprendizagem
possibilitam a comunicação deixando de lado as questões geográficas e temporais.
Entender a transitoriedade social que contemporaneamente estamos vivendo, com
a entrada de tecnologias de comunicação e informação, e demais questões econômicas
e políticas que contribuem para a transformação do tempo e do espaço, é necessário de
modo a permitir que os educadores discutam a utilização, expansão e normatização da
educação a distância dentro dos espaços escolares.
Observamos os papéis de professor e aluno, verificando que todos os conheci-
mentos adquiridos ao longo da vida podem ser levados em consideração pelo professor,
deixando de lado a ideia de que o aluno vai para a escola porque não sabe nada e que o
professor é o único profissional com uma capacidade infinita de conhecimento. Salientamos
que toda a ação docente deveria ter por objetivo primordial a construção do conhecimento,
buscando desenvolver as potencialidades e talentos dos alunos.
Observamos ainda que o que se realiza em colaboração é mais marcante do que
aquilo que fazemos individualmente, pois, na aprendizagem colaborativa, pessoas com
diferentes talentos e habilidades promovem descobertas de outros talentos nos demais
integrantes do grupo, o que leva todos a novas aprendizagens. O ponto central da aprendi-
zagem colaborativa fica por conta da interação e da troca entre os usuários de um ambiente
virtual de aprendizagem, tendo por mote melhorar as habilidades destes para que juntos
possam construir novos conhecimentos.
As tecnologias da inteligência
Pierre Lévy
Plano de Estudo:
• Conceito de autonomia e ead
• Definição de emancipação e a ead
• Ead como proposta de emancipação social
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar autonomia e suas relações com a EAD
• Definir emancipação estabelecendo suas relações com a EAD
• Compreender a EAD como proposta de emancipação social
47
INTRODUÇÃO
Tendo em vista que a prática educativa deve ser reflexiva e dialógica e ainda que o
ato pedagógico não deixa de ser um ato político, Freire analisa o poder de transformação
social que implica o ato de educar. Para que isso ocorra, o docente precisa ser ativo, criati-
vo, cuidadoso com as questões locais, compreender as concepções pedagógicas seguidas
pela instituição de ensino como condição fundamental para a autonomia, emancipação e
autoria de pensamento.
REFLITA
Eu queria, portanto, deixar aqui para vocês também uma alma cheia de esperança. Para
mim, sem esperança não há como sequer começar a pensar em educação. Inclusive,
as matrizes da esperança são matrizes da própria educabilidade do ser, do ser humano.
Fonte: FREIRE, 2001, p.171.
Fonte: MORAIS, Joelson de Sousa. Currículo escolar e justiça social: o cavalo de tróia da educação.
2017.
ALMEIDA, Siderly do Carmo Dahle de. A TV pública e seu compromisso com a educação
pública: o caso Escola 2.0. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo. Programa de Pós-graduação em Educação: Currículo, 2012.
FREIRE, Paulo. Frei Betto. Essa escola chamada vida: depoimentos ao repórter Ricardo
Kotscho. São Paulo: Ática, 1985.
FREIRE, Paulo; FREIRE, Ana Maria Araújo. Pedagogia dos sonhos possíveis. São
Paulo: Ed. UNESP, 2001.
GIMENO SACRISTÁN, J. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: ArtMed,
1998.
MARKUN, P. Educação para um país mais justo e eficiente. In: ALMEIDA, F. J. de. Cultura
é educação. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010.
MOORE, M.; KEARSLEY, G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo:
Thomson Learning, 2007.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 10. ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez,
2002.
NUNES, Ivonio Barros. A história da EAD no mundo. In: LITTO, Fredric M.; FORMIGA,