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do Trabalho Pedagógico
Professora Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Diretor Geral
Gilmar de Oliveira
Diretor Administrativo
Eduardo Santini
UNIFATECIE Unidade 3
Web Designer Rua Pernambuco, 1.169,
Thiago Azenha Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102,
Saída para Nova Londrina
FICHA CATALOGRÁFICA Paranavaí-PR
FACULDADE DE TECNOLOGIA E (44) 3045 9898
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Núcleo de Educação a Distância;
ALVARO, Andriele dos Santos Rodrigues. www.fatecie.edu.br
Didática e Organização do Trabalho Pedagógico.
Andriele. dos Santos Rodrigues Alvaro.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 94 p.
As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira dos Santos. do site ShutterStock
AUTORA
UNIDADE I....................................................................................................... 7
Didática, Identidade Profissional e Contextualização da Prática
Docente
UNIDADE II.................................................................................................... 30
Tendências Pedagógicas
UNIDADE III................................................................................................... 46
Escola, Professor, Planejamento, Plano de Aula e Currículo
UNIDADE IV................................................................................................... 73
Projetos de Trabalho, Avaliação, Leis e Tecnologia
UNIDADE I
Didática, Identidade Profissional e
Contextualização da Prática Docente
Professor Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Plano de Estudo:
• Breve histórico da Didática
• Conceitos e definições da prática docente
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar a Pedagogia e sua implicação com a Educação
• Compreender o campo de atuação da didática
• Analisar os processos de ensino aprendizagem
Tópicos na Unidade I:
• Didática: aspectos históricos
• Didática: concepção e objeto
• Didática e a construção da identidade profissional
• Didática na formação de professores
7
INTRODUÇÃO
Postas essas condições iniciais, é possível perceber que a didática se torna uma
disciplina fundamental na formação de qualquer professor. Tendo isso em mente, buscamos
estudar um pouco da história educacional e os aspectos históricos traçando uma linha de
pensamento para melhor aprender desse ramo pedagógico.
Segundo Piletti (2010), a didática é o ramo específico da pedagogia que tem como
objetivo dirigir tecnicamente o ensino rumo à aprendizagem, ou seja, a didática é a parte da
pedagogia que tem como objeto de estudo o ensino em sua relação com a aprendizagem.
Sabemos que muitos dos conhecimentos da nossa História ficaram perdidos por
falta do registro, métodos de aprendizagem utilizados desde as primeiras criações humanas
ou escritos dos precursores educacionais que não podemos experienciar. Assim, traçamos
Herbart nota que a noção do ensinar e aprender são processos distintos; seus
sucessores entendem que tais ideias vieram antes, tendo como base que a aprendizagem
advém de um ensino, mostrando que são processos intrínsecos. Temos, portanto, o ponto
de partida para compreender que esse processo de ensino e aprendizagem é o que busca-
mos na didática (MALHEIROS; RAMAL, 2012, p. 7).
Mais uma vez, concordamos com nosso autor. E arrisco um pouco mais. Nossa
capacidade de descobrir as relações reais implicadas nas diferentes instituições é desen-
volvida sempre por meio da didática. Aliás, é exatamente esse o contexto de atuação de
nossa disciplina: as relações humanas.
Vimos que a Pedagogia tem por objetivo organizar e orientar os processos educati-
vos. Para cumprir com tal função, é preciso criar um conjunto de condições metodológicas
e práticas que orientam as finalidades da escola. Por isso, a função primordial da didática é
assegurar o ensino e a aprendizagem em suas dimensões sociais e técnicas. Dessa forma,
podemos concluir que a Didática é uma disciplina pedagógica que estuda os processos de
ensino em todos os seus componentes, como: conteúdos, métodos e teorias que orientam
a ação docente e formula atividades facilitadoras da aprendizagem.
Por isso, segundo Candau (2009, p. 46), “[...] é uma matéria de estudo fundamental
na formação profissional de professores e um meio de trabalho do qual os professores se
servem para dirigir a atividade de ensino, cujo resultado é a aprendizagem dos conteúdos
escolares pelos alunos”. Refletindo sobre as palavras da professora Vera Maria Candau,
podemos notar que a didática é uma disciplina de mediação entre os objetivos e os conteú-
dos de ensino. Portanto, sua maior função é a de investigar as condições e as formas reais
de ensino.
Mas como determinar as condições reais de ensino de uma escola? Para isso é
preciso analisar os objetivos políticos e sociais do ensino. Mediante as informações obtidas
dessa análise (pessoal e intransferível) é possível selecionar e organizar os conteúdos
necessários para a aprendizagem. Na verdade, a conexão entre os objetivos de ensino e
os conteúdos selecionados é que regulará a ação didática.
Você já deve ter percebido que construir aprendizagens não é uma tarefa fácil. Mas
esse não é um caminho solitário. Ele pode ser orientado por métodos, técnicas e currículos.
A seguir, analisaremos cada componente desse conjunto.
Vamos iniciar novamente pelo ensino. De acordo com o Dicionário Aurélio (2009),
ensino refere-se à instrução. No entanto, para instruir alguém é necessário ter o que ensi-
nar, ou seja, é preciso existir um conteúdo. Sendo assim, podemos observar que o núcleo
do ensino, ou seja, seu aspecto mais importante é o conteúdo. Muito bem, estando isso
entendido, vamos adiante.
Tendo um conteúdo a ensinar, precisamos descobrir a melhor forma de transmiti-lo
aos nossos alunos. O planejamento pode ajudar nessa tarefa (analisaremos mais profunda-
mente essa questão na nossa Unidade III). Por meio do planejamento podemos organizar
os temas, definir direções e avaliar as atividades pedagógicas para verificar se estamos
concretizando nossa tarefa de ensinar. No entanto, o ensino é algo dinâmico e se modifica
no decorrer das atividades do professor devido a vários fatores, como: ritmo de trabalho dos
alunos, interesse específico por um determinado tema, necessidade de aprofundamento
maior de algum aspecto do conteúdo e outros. Para não nos perdermos nesse processo é
que contamos com a ajuda de um currículo.
O currículo, segundo Libâneo (2008), expressa os conteúdos de ensino. Nele, os
assuntos são divididos em matérias e possuem diferentes graus de aprofundamento, orga-
nizados segundo o nível escolar dos alunos. Conhecendo bem o currículo, o professor é
capaz de “prever” os conhecimentos e as habilidades que serão desenvolvidas no processo
de instrução. Tendo em vista o que os alunos precisam aprender, o professor pode traçar,
então, seus objetivos. Para alcançar esses objetivos, precisamos escolher um método,
ou seja, uma teoria que dê conta de nos orientar enquanto percorremos os caminhos dos
conteúdos.
Um método é formado por um conjunto de técnicas. Essas técnicas podem se referir
a uma instrução de estudo, de aplicação, de desenvolvimento ou de aprendizagem. Para
se certificar de que essas teorias podem ser aplicadas e que elas funcionam na realidade
é que existe a metodologia.
Ensino e aprendizagem são duas faces da mesma moeda. O professor precisa ter
consciência de que sua maior responsabilidade didática é garantir os melhores meios para
que os alunos aprendam. Para isso, ele precisa planejar, orientar e controlar o processo de
ensino, com o objetivo único de estimular a aprendizagem dos alunos.
Mas nesse processo não são apenas os alunos que aprendem. De acordo com o
estudo de muitos teóricos, como Vygotsky, Piaget e Luria, a aprendizagem é a principal
característica dos seres humanos. Isso quer dizer que qualquer pessoa aprende, e não
apenas na escola. Vejamos o que Vygotsky (2001, p. 476) diz a esse respeito:
Em essência a escola nunca começa no vazio. Toda aprendizagem com que
a criança depara na escola tem sempre uma pré-história. Por exemplo, a
criança começa a estudar aritmética na escola. Entretanto, muito antes de in-
gressar na escola ela já tem experiência no que se refere a quantidade: já teve
oportunidade de realizar essa ou aquela operação, de dividir, de determinar
a grandeza, de somar e diminuir... a aprendizagem escolar nunca começa no
vazio, mas sempre se baseia em determinado estágio de desenvolvimento,
percorrido pela criança antes de ingressar na escola.
Comênio, Filósofo Tcheco, ficou conhecido como pai da Didática. Sabemos que muitos
direitos que respeitam a liberdade de aprender e ensinar, valorizando sua individuali-
dade, são conquistas das últimas décadas. Mas saiba que no século XVII Comênio já
lutava por essa causa. Ele proponha ideias para que a prática do Ensino fosse igual para
todos, de maneira que as meninas e crianças com necessidades especiais deveriam
também estudar, pois eles não possuíam o direito em estudar. Defendia o ensino da
escrita e cálculos, visto que a época era da burguesia mercantil, de maneira que ensino
regular era subordinado à teologia cristã.
Antepassado
Só te conheço de retrato,
não te conheço de verdade,
mas teu sangue bole em meu sangue
e sem saber te vivo em mim
e sem saber vou copiando
tuas imprevistas maneiras,
mais do que isso: teu fremente
modo de ser […]
LIVRO
Livro: Metodologias ativas para uma educação inovadora
Autor: José Manuel Moran e Lilian Bacich
Editora: Penso
Sinopse: Metodologias ativas valorizam a participação efetiva dos
alunos na construção do conhecimento e no desenvolvimento de
competências, possibilitando que aprendam em seu próprio ritmo,
tempo e estilo, por meio de diferentes formas de experimentação e
compartilhamento, dentro e fora da sala de aula, com mediação de
docentes inspiradores e incorporação de todas as possibilidades
do mundo digital. Este livro apresenta práticas pedagógicas, na
educação básica e superior, que valorizam o protagonismo dos
estudantes e que estão relacionadas com as teorias que lhes ser-
vem como suporte. Lilian Bacich e José Moran reúnem nesta obra
capítulos de autores brasileiros que analisam porquê e para que
usar metodologias ativas na educação de forma inovadora.
FILME/VÍDEO
Título: Além da sala de aula (Beyond The Blackboard)
Sinopse: A história se passa em 1987. Uma jovem professora e
mãe de dois filhos que acabou de se formar na faculdade acaba
ensinando crianças de rua em uma escola sem um nome, pois
esta recebe filhos de pessoas desabrigadas. Com o apoio de seu
marido, ela vence os medos e os preconceitos para dar a essas
crianças a educação qualidade e acaba por impressionar seus
supervisores que percebem a sua busca na transformação social.
Este filme servirá como incentivo a você que está cursando qual-
quer licenciatura imaginando que ao entrar em sala de aula e ser
um professor realizado, terá uma sala com recursos e que todos
seus alunos terão o mesmo nível de aprendizagem. Saiba que
os desafios são enormes, mas as conquistas recompensadoras,
faça a diferença onde estiver e os obstáculos serão degraus para
conquistar o sucesso no ensino.
Ano: 2011
Link: https://www.youtube.com/watch?v=OkTyMGWkDuk
Plano de Estudo:
• Breve histórico da Educação Brasileira, com apresentação dos modelos educacionais e
seus pesquisadores.
• Conceitos e definições das correntes pedagógicas.
Objetivos da Aprendizagem
• Compreender os modelos de educação alinhados a história da Educação Brasileira.
• Identificar os precursores da Educação que promoveram mudanças efetivas no pro-
cesso do ensino
Tópicos na Unidade II:
• Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressista
• Educação Bancária e Educação Problematizada;
30
INTRODUÇÃO
Ele afirma que pedagogia progressista e/ou dialética designa as tendências que,
partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finali-
dades sociopolíticas da educação.
A Educação Brasileira, com a pedagogia libertadora, ligada ao seu idealizador
Paulo Freire, tem como missão a conscientização e a transformação social. Promover a
formação de homens capazes de refletir sobre suas realidades, reconhecer como oprimido
e visar mudanças estruturais na sociedade. Trabalha com temas geradores, grupos de
discussões e realizações de diálogos. Professor é um animador, buscando formar alunos
Mediante sua fala, percebemos a maneira de priorizar aquele visto como oprimido.
Paulo Freire, em seus escritos, promove a Educação para todos, visto que merecem ter a
liberdade de aprender. O destaque vem em defesa da educação para Jovens e Adultos,
inovando quaisquer aspectos até então defendidos para a Educação Brasileira.
Na sequência temos a pedagogia libertária, que propõe a participação crítica
desse aluno. O professor é um orientador que contribui com o desenvolvimento do aluno
participativo. Visto que permanecem em grupos, o conhecimento se dá a partir da vivência
grupal, por meio de reuniões, assembleias e eleições que ajudam a combater a burocracia,
que é um instrumento de ação dominadora do estado. Ambas pedagogias apresentadas
defendem a autogestão pedagógica (MALHEIROS, 2017).
Como precursor temos um pedagogo francês, Célestin Freinet, que defende a ideia
de que a Democracia se inicia na escola, ambiente que deve criar no aluno o sentimento
de pertença a uma sociedade em que se deve buscar recursos para seu desenvolvimento.
A pedagogia libertária se assenta sobre a relação de horizontalidade entre
educador e educando. Nesta relação, ambos aprendem e ambos ensinam.
Trata-se de uma valorização do processo democrático em sala de aula, que
norteia as relações para além do espaço pedagógico. Também por isso a
avaliação mais adotada nesta perspectiva é a auto avaliação ou a avaliação
realizada em grupos (MALHEIROS, 2017, p. 33).
Miguel Arroyo, um educador espanhol, promove a ideia que devemos ensinar nas
escolas que o Movimento Social, diferente do que o capitalismo apresenta, também ensina
e podemos aprender com essas práticas que valorizam o meio inserido e os valores resga-
tados em cada conquista.
Finalizamos as tendências pedagógicas com a pedagogia crítica-social dos con-
teúdos, método que perdura em nossas práticas educacionais contemporâneas. Valoriza o
conhecimento como forma de crítica e possibilidade de superação do modelo de sociedade
e enfatiza o conteúdo vivo indissociável da realidade. O professor atua como mediador
nesta tendência, utilizando das formas de trabalho, como a análise crítica, relacionando a
teoria e prática, com a vivência da experiência e o saber, a fim de oportunizar aos alunos o
domínio dos conhecimentos e habilidades que tornará capaz de criticar o modelo social e
REFLITA
Na corrente liberal, temos o modelo da pedagogia tradicional, uma das primeiras pe-
dagogias utilizadas pelos Jesuítas.
Chegou a hora refletir as atuações dos profissionais da educação na atualidade. Se
compararmos o modelo que traz o papel do professor como detentor do conhecimento e
o método de exposição do conteúdo, podemos perceber que ainda nos dias de hoje este
modelo está presente em nosso meio? (Queremos nossos alunos sentados e calados,
para ouvir o que temos a dizer) Como podemos estimular a mudança em nossa ação
cotidiana por meio do planejamento?
Fonte: a autora.
____________________________________________________________________
AS CONCEPÇÕES MARXISTAS DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA DE
DERMEVAL SAVIANI EM RELAÇÃO À TEMÁTICA DO CONHECIMENTO: CONTRIBUI-
ÇÕES AO CURRÍCULO
RIBEIRO,Márden de Pádua
ZINARDI, Teodoro Adriano Costa
RESUMO:
O presente artigo traz à tona as contribuições do educador brasileiro Dermeval
Saviani ao campo do currículo. Para isso, utiliza de pesquisa bibliográfica resgatando os
princípios marxistas de sua obra, articulando-os ao campo do currículo tendo como pano
de fundo a temática do conhecimento. O trabalho utiliza também comentadores de Saviani
de modo a tornar mais completa e diversificada a análise. Resgatar as contribuições de
Saviani ao currículo é importante em um momento que o campo se afasta da temática do
conhecimento (MOREIRA, 2001, 2002, 2007, 2010, 2012) ao priorizar as articulações com
a cultura sob viés marcadamente pós-estruturalista. Assim, as concepções de Demerval
Saviani se mantêm atuais e polêmicas ao campo, ao defender uma concepção de conhe-
cimento que acolhe princípios de universalidade, e que prioriza a necessidade do currículo
como um vetor de transmissão dos conhecimentos tidos como patrimônios da humanidade.
Palavras-chave: Currículo; Dermeval Saviani; Conhecimento
LIVRO
Livro: Como enfrentar a indisciplina na escola
Autor: Silvia Parrat-Dayan
Editora: Contexto
Sinopse: A indisciplina – um dos maiores obstáculos pedagógicos
dos tempos atuais – transformou-se em um pesadelo para o pro-
fessor. A maioria dos educadores não sabe como interpretar um
ato de indisciplina. Deve compreendê-lo? Reprimi-lo? Ignorá-lo?
Transformá-lo? Mais que uma infração ao regulamento interno ou
um ataque às boas maneiras, a indisciplina na escola é a manifes-
tação de um conflito e ninguém está protegido de situações desse
tipo. Como é possível que a classe se desorganize tanto? Por
que não se respeita mais o professor? Afinal, como pôr ordem no
caos? Esta obra - produzida por uma das maiores especialistas no
assunto no mundo contemporâneo - desvenda as causas e indica
remédios para prevenir e curar a indisciplina. Livro concebido e
escrito especialmente para o público brasileiro pela professora
Silvia Parrat-Dayan – hoje radicada na Suíça –, é leitura essencial
para professores, educadores, orientadores, psicólogos, diretores
de escola e demais profissionais envolvidos com a educação.
LIVRO/FILME
Título: O sorriso de Mona lisa
Sinopse: Traz o enredo da história de uma professora de artes,
recém-formada que se depara com um modelo tradicional vivido
em uma escola só para mulheres. Com um olhar de educador, a
mesma possui um senso crítico ao encontrar mulheres com um
grande potencial de liderança vivendo em uma Instituição que
educava com valores ultrapassados. Sua metodologia mesmo que
apresentando seguindo o currículo proposto, seu conteúdo estava
indo de encontro às necessidades de cada aluno. Professor tem a
função de promover a educação transformadora.
Ano: 2003
Link: https://www.youtube.com/watch?v=dhxZyipb7jY
Plano de Estudo:
• O desenvolvimento social e seus embates pedagógicos.
• O ato de planejar e o efeito nas ações escolares.
Objetivos da Aprendizagem
• Reconhecer a importância da função social da escola
• Analisar diferentes conceitos e modelos de planejamento
• Identificar e diferenciar o currículo, plano de aula e projetos utilizados na aprendizagem
46
INTRODUÇÃO
A tarefa de planejar nem sempre é vista com bons olhos pelos professores. Pois
muitos de nós que estamos em sala de aula preferimos aderir a uma rotina diária, por
vezes não planejada. Temos uma grande barreira a vencer, a fim de promover o ato do
planejamento. O núcleo do problema se encontra na burocratização do ensino e, nesse
contexto, o planejamento não tinha significado algum, além de cumprir o protocolo. Visto
dessa forma, a ação de planejar é completamente nula, pois não retrata os problemas reais
e, com isso, não pode ser colocado em prática.
Gasparin (2007, p. 152), acrescenta que os empecilhos de planejar são “sempre de
dupla ordem: a) dificuldade em entender a teoria e seus fundamentos práticos e b) como
passar dessa teoria a um projeto de ensino e aprendizagem”.
Para responder a essas e outras dificuldades é que me apego ao planejamento.
Mas não ao plano burocrático que prevê apenas os conteúdos a serem ensinados, baseio-
-me no planejamento crítico que me obriga a refletir o que adoto como princípio didático.
Mas, planejar dentro dessa linha de trabalho às vezes é muito complexo. Isso por-
que, para muitos professores, o planejamento não é essencial para ministrar suas aulas.
Além disso, muitos planejamentos são feitos sem significado, ou seja, não respondem às
questões da prática escolar. Exatamente por isso é encarado por muitos como perda de
tempo.
De acordo com essas exigências, a aula passa a ser um trabalho intencional e que
exige muito planejamento, estruturação e organização para atingir os objetivos de ensino.
No entanto, isso não significa que o plano enrijeça as possibilidades didáticas, ao contrário,
o planejamento fornece informações e dados importantes capazes de selecionar o passo
didático mais adequado para iniciar a aula, para escolher os recursos disponíveis e avaliar
os resultados obtidos. Por causa disso, se torna importante planejar e estruturar bem uma
aula.
Segundo Libâneo (2008), a estruturação didática de uma aula depende dos se-
guintes passos: preparação e introdução da matéria, tratamento didático do assunto novo,
consolidação e aprimoramento dos conhecimentos, aplicação, controle e avaliação.
A preparação da matéria é a fase que determina desde a preparação e estudo do
professor até a preparação dos alunos e a efetivação dos objetivos selecionados. Para
Libâneo (2008), ela inicia no momento em que o professor se organiza e se prepara, por
meio do planejamento, para dar aula. Essa preparação assegura a qualidade do ensino e
da própria aula, pois organiza a matéria, o tempo disponível para trabalhá-la, mostra quais
são os objetivos a atingir, as atividades que serão aplicadas e os recursos auxiliares.
Por meio das indicações do autor, percebemos que o professor pode, então, rea-
valiar seus objetivos traçados. Dependendo do encaminhamento da matéria é possível
verificar se os objetivos estão adequados, se são viáveis e possíveis de serem atingidos.
Feito isso, é preciso apresentar os objetivos aos alunos e relembrá-los das metas a serem
alcançadas a cada etapa do ensino.
O próximo passo para darmos um novo significado às nossas aulas se refere ao
tratamento didático da matéria. Nessa etapa, o propósito maior é a transmissão e a assi-
milação do conteúdo. Ela envolve, ainda, a formação de conceitos, o desenvolvimento das
capacidades cognoscitivas, a imaginação e o raciocínio dos alunos.
Libâneo (2008) nos propõe alguns passos para o desenvolvimento do tratamento
didático do conteúdo. São eles:
Elaboração mental dos dados iniciais, tendo em vista a compreensão mais apro-
fundada por meio da abstração e generalização, até consolidar conceitos sobre
os objetos de estudo;
Sistematização das ideias e conceitos de um modo que seja possível operar men-
talmente com eles em tarefas teóricas e práticas, em função da matéria seguinte
e em função da solução de problemas novos da matéria e da vida prática.
Fonte: Libâneo (2008, p.187).
Gadotti (2006) define o planejamento como uma tarefa do professor que inclui tanto
a previsão das atividades didáticas quanto a revisão e a adequação dos objetivos propostos
no processo de ensino. Sendo assim, podemos notar que o plano é um instrumento capaz
de programar as ações docentes, mas também se define como um momento de pesquisa,
reflexão e avaliação.
Diante do processo de planejar, encaramos o ato de ensinar como uma atividade
consciente e organizada. Tal postura nega completamente as concepções apontadas por
alguns professores no início dessa unidade. Ela rejeita o improviso, a falta de informações
específicas, a incapacidade de orientar pesquisas e dúvidas.
Mas, para que um plano seja um instrumento de orientação prática, ele precisa
ser também compreendido em seu contexto social. Isso quer dizer que os elementos do
planejamento, professores e alunos, são integrantes de uma dinâmica social atravessada
por influências econômicas, políticas e culturais. Por essa razão, o plano é uma atividade
de reflexão e de escolhas acerca de nossas opções e ações.
Do contrário, nos alerta Gadotti (2006, p.142) “se não pensarmos detidamente sobre
o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos
pelos interesses dominantes na sociedade”. Isso significa que o ato de planejar se torna va-
zio quando nossas próprias práticas pedagógicas são vazias. Professores comprometidos,
Gil (2009) nos informa que existem três tipos básicos de planejamento: o plano
da escola, o plano de ensino e o plano de aula. Mais adiante veremos cada um deles
detalhadamente.
No entanto, para que você compreenda inicialmente como os diferentes tipos de
planos se completam, é interessante saber que o plano de aula é um documento mais
formal e global que indica as intenções e orientações gerais do Projeto Político Pedagógico
da escola. As orientações expressas por esse documento devem estar em concordância
com o plano de ensino. O plano de ensino destaca os objetivos e as tarefas a serem reali-
zadas pelo professor no período de um ano ou um semestre. É no plano de ensino que se
elege a metodologia adequada para cumprir com as tarefas apontadas nos objetivos gerais
e específicos dos conteúdos. Já o plano de aula estabelece uma previsão das atividades
realizadas em uma aula ou em um conjunto de aulas para dar conta de um conteúdo. Por
esse motivo ele é bem específico.
No entanto, Libâneo (2008) nos alerta que o planejamento, por si só, não assegura
o andamento do processo de ensino. Como vimos na Unidade I os processos de ensino
são muito mais complexos e dependem do trabalho conjunto entre direção, coordenação
de ensino, professores, pais e alunos. Mas o fato é que a ação docente se torna muito mais
eficaz quando é bem planejada e, de acordo com o que veremos a seguir, os diferentes
A partir das orientações de Libâneo (2008) podemos notar que quanto mais cuida-
dosamente for formulado o conjunto dos conteúdos, mais facilmente podemos extrair deles
os objetivos específicos e os métodos de ensino. Aliás, nossa próxima etapa do plano de
ensino será a elaboração de objetivos específicos.
Como já vimos anteriormente, os objetivos específicos vão orientar o trabalho do
professor em relação à aprendizagem. Eles podem, inclusive, alterar os conteúdos e mé-
Concordando com nosso autor, gostaria ainda de acrescentar que a avaliação das
próprias aulas é o que garante ao professor a consciência de seu próprio trabalho, de seu
fazer pedagógico. É por meio da autoavaliação que adquirimos instrumentos que nos orien-
tam sobre a realidade de nosso desempenho, sobre o comprometimento e a competência
de nossas aulas.
SAIBA MAIS
Acesse: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Augusto Cury um grande educador contemporâneo, nos faz refletir na Inteligência Emo-
cional e como tais ações podem influenciar no cotidiano escolar. Tanto a prática do
docente quanto a recepção ao relacionar o conteúdo com aprendizagem do seu meio,
inserido em seu cotidiano. Pense na importância de planejar o que se ensina, pode cau-
sar uma empatia de quem aprende: use sua sabedoria ao planejar diariamente e tenha
paciência para avaliar e alcançar a efetiva aprendizagem.
Fonte: a autora.
________________________________________________
Prática docente: considerações sobre o
planejamento das atividades pedagógicas
Áurea Regina Guimarães Thomazi
Thania Mara Teixeira Asinelli
RESUMO: Este artigo analisa um dos aspectos da prática docente que é o planeja-
mento de atividades pedagógicas. Mais especificamente, trata de verificar como um grupo
de professoras do ensino fundamental, das redes pública e privada, planeja as atividades de
leitura que desenvolve em sala de aula. Busca-se estabelecer a relação entre o “individual”
e o “coletivo” na elaboração de tal atividade, que está diretamente relacionada à construção
e a implantação do currículo. A análise permitiu agrupar as práticas em três categorias de
professoras: as que planejam de forma individual, sem qualquer apoio, outras que são
independentes, por opção e, finalmente, as que planejam de forma coletiva, compartilhando
com outros professores ou com a equipe técnica da instituição escolar.
Palavras-chave: planejamento; prática docente; construção do currículo; ensino
fundamental; professores.
LIVRO
Nome do livro: Planejamento na Sala de Aula
Autores: Danilo Gandin e Carlos Henrique Carrilho Cruz
Editora: Vozes
Sinopse: Este é um livro crítico e ao mesmo tempo construtivo,
por abrir perspectivas e apontar caminhos sólidos para o trabalho
quotidiano do professor na sala de aula. O planejamento na sala
de aula, na forma em que é abordado nesta obra, apresenta uma
forma concreta de realizar o projeto político-pedagógico da escola.
Baseado no planejamento participativo, o autor descreve uma fer-
ramenta que orienta “o que” e “para que” fazer, ajudando escolas a
se engajarem na construção de uma nova realidade.
FILME/VÍDEO
TÍTULO: Escritores da Liberdade
Ano: 1992 (Produção 2007)
Sinopse: O filme é o relato de uma professora que se depara
com uma turma de adolescentes agressivos e desinteressados
pela aprendizagem. além de problemas com preconceitos raciais
e classes existentes. Ao iniciar suas aulas no ano letivo de 1992,
observa as atitudes da turma. Com sua disciplina de Literatura e a
Língua Inglesa, ela busca, por meio de um projeto, utilizar daquilo
que cada aluno possui de melhor, sempre promovendo e estimu-
lando a busca pela educação.
Plano de Estudo:
• Apresentação de documentos educacionais servem para nortear as práticas
educacionais (LDB, PNE, PCN e BNCC)
• Conceitos e definições de avaliação
Objetivos da Aprendizagem
• Desenvolver projetos educacionais embasados na Base Nacional Comum Curricular
(Educação Infantil e Séries Iniciais)
• Compreender os Parâmetros Curriculares e seus objetivos de ensino e aprendizagem
para a Educação Infantil.
• Analisar o uso de recursos tecnológicos em sala de aula como contribuição às práticas
escolares.
• Promover a importância de avaliar e rever as práticas de ensino
73
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), chegamos juntos a mais uma unidade, esta que será o encerra-
mento da nossa apostila, em que iremos apresentar os documentos nacionais norteadores
do ensino, que contribuem para efetiva prática pedagógica escolar.
Vamos aprender com dicas essenciais como elaborar um projeto para a Educação
Infantil e Séries Iniciais, promovendo o desenvolvimento das competências e habilidades
dos nossos alunos, de acordo com sua faixa etária. Sendo objetivo principal o estudo dos
documentos políticos nacionais que são utilizados como base a fim de nortear o trabalho
pedagógico desenvolvido na escola. Desde a orientação para a criação do Projeto Político
Pedagógico, aos planos de ensino e ação, projetos de uma Instituição tem como base a Leis
de Diretrizes e Bases da Educação, a famosa LDB 9.394/96, que determina a quantidade
de aulas e horas estabelecidas para o cumprimento do ano letivo, relaciona ainda a impor-
tância das escolas promover a formação continuada a seus profissionais da educação e a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que apresenta em suas definições os conceitos
a serem desenvolvidos direcionando o eixo qual será aplicada aprendizagem.
Além de buscar a promoção das tecnologias em sala como recursos metodológi-
cos, vemos que muitos professores colocam como barreira o uso da tecnologia, preferindo
viver no comum ou “tradicional” usando apenas giz, quadro e cartazes, sem inovar nessa
sociedade globalizada.
Lembrando das tendências pedagógicas aprendemos que são renovadas confor-
me o modelo da sociedade em ação, assim precisamos rever nossas práticas, os planos
escolares e adequar à realidade do nosso aluno. Podemos fazer uso da tecnologia de
forma sucinta, ao explorar por meio de uma pesquisa on-line, permitindo, assim, o ato do
conhecimento tecnológico. Saiba que nossos alunos dominam essa prática por nascerem
neste século de informação, em que os meios de comunicação e tecnologia regem sua
vida.
Concluir esta unidade nos fará refletir, em todo o nosso processo de aprendizagem,
o momento de avaliar. Vamos aprender que a avaliação não deve ser algo que classifique
o aluno por nota ou peso, mas devemos promover o olhar crítico, a fim de que haja uma
transformação daquilo que aprenderam no processo de ensino e como vão posteriormente
agir em sociedade.
Obrigada por dispor do seu tempo para atualizar seus conhecimentos e saiba: nos-
sa maior intenção é que todo o conteúdo produzido, com toda dedicação, possa, de alguma
maneira, influenciar e contribuir para com sua prática escolar.
Bons estudos!
Vamos iniciar nosso estudo respondendo a seguinte questão: como posso fazer um
projeto na escola ou na turma?
Geralmente, o plano de ensino da escola direciona o professor aos conteúdos pro-
gramáticos que correspondem ao nível de aprendizagem de sua turma. Como previsto no
calendário escolar, ocorre o fechamento do bimestre/trimestre ou semestre, em que devem
ser desenvolvidos os conteúdos seguindo o material didático (livro ou apostila) que enca-
minha atividades pertinentes aos estudos propostos. Dessa maneira, nos é dado, como
educadores, a oportunidade de complementar essa prática, pois a LDB 9394/96 (BRASIL,
2018, p. 8-9) assegura no artigo 3º que:
Art. 3o O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensa-
mento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
X – valorização da experiência extraescolar;
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais [...].
Nos vale destacar que no Brasil temos sempre o incentivo a promulgar novas ações
que promovam a mudança e estimulem os profissionais da Educação a estarem capacita-
dos e dispostos a contribuir para com o ensino de nossas crianças. É simples perceber que
desde a Primeira Constituição Federal Brasileira, todos recebíamos por direito a educação
de qualidade. Assim os parâmetros curriculares nacionais detalham as práticas do processo
do ensino e aprendizagem, desde a educação infantil e séries iniciais, de maneira que estes
são norteados pelo Ministério da Educação Brasileira.
A primeira criação dos Parâmetros Curriculares Brasileiros ocorreu após a primeira
Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9.394/96), em 1997. Elaborada pelo Ministério da Educa-
ção, em conjunto com Conselho Nacional da Educação, Professores e Sociedade Civil, se
preocupavam com as práticas pedagógicas existentes que, até então, se baseavam em
suas próprias competências na elaboração do plano de aula, tendo como referência as
tendências pedagógicas de cada período, conforme estudado na Unidade II.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais apresentam uma coleção de dez volumes
que o compõem, organizados da seguinte forma:
• Documento Introdução, que justifica e fundamenta as opções feitas para
a elaboração dos documentos de áreas e Temas Transversais;
• Seis documentos referentes às áreas de conhecimento: Língua Portugue-
sa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Arte e Educação
Física;
Fonte: a autora.
Sendo assim, podemos notar, nas palavras do autor, a concepção de que a avalia-
ção é um ato pedagógico. Por meio dela, o professor deixa implícito seus valores e seus
propósitos. Por isso, é preciso ter sempre propósitos definidos e claros que atendam não
somente às exigências curriculares, mas também às necessidades sociais. Libâneo (2008,
p. 203) arremata essa questão afirmando que “o professor precisa ter convicções éticas,
pedagógicas e sociais”. Essas são as potencialidades necessárias aos professores que
desejam fazer valer o uso da avaliação consciente.
SAIBA MAIS
Conforme a fala de Libâneo (2008), a avaliação é como um termômetro das práticas edu-
cacionais do professor. De maneira que possamos refletir em todas as nossas ações,
desde o ato de planejar, realizar as propostas em sala, a metodologia utilizada e a forma
de avaliar, tudo deve ser colocado como “temperatura” nesse termômetro.
Uma dica: não espere apenas a avaliação para reavaliar sua conduta em sala de aula,
se auto avalie diariamente em suas práticas, de forma que ao final de cada aula terá
excelentes benefícios. Reinvente, experimente e seja diferente. Educação se faz a cada
dia.
Fonte: a autora.
Ao final desta unidade espero que você tenha compreendido a importância dos
projetos educacionais que promovem a interação entre os alunos e professores, estabele-
cidos dentre as práticas docentes, a fim de complementar os eixos trabalhados em sala. O
projeto promove o ensino como aprendizagem prática dos conteúdos, momento em que a
realidade social será instrumentalizada em sala de aula, com o conhecimento científico e
as experiências vivenciadas pelo grupo ao tema abordado.
Temos como norteadores as leis nacionais de educação, como a Lei de Diretrizes
e Bases, o Plano Nacional de Educação, os Parâmetros Curriculares e, recentemente,
a Base Nacional Comum Curricular, que indicam o caminho para as melhores decisões
em planos de ação escolares, projetos pedagógicos e o plano de aula que diretamente
direciona a práticas escolar, ensinadas em sala de aula.
Ainda abordamos o uso das tecnologias em sala, que contribui com a prática do
educador, para promover em seu aluno a atuação ao que lhes é de conhecimento tecnológi-
co. Sabemos que nossos alunos são da geração em que as tecnologias não são novidades
e sim recursos para a aprendizagem.
Lembre-se que a avaliação é um instrumento pelo qual o professor detecta os
níveis de aprendizagens atingidos pelos alunos e trabalhe para que atinjam a qualidade
necessária. Para isso, ela não pode ser utilizada como um instrumento isolado e solto. Ela
precisa estar em constante comunicação com o planejamento do professor.
O planejamento define os resultados e os meios a serem atingidos. A execução
constrói os resultados e a avaliação serve de ferramenta para a verificação dos resultados
planejados, assim como para fundamentar decisões que devem ser tomadas para que os
resultados sejam construídos.
Nessa perspectiva, a avaliação da aprendizagem é um mecanismo complementar
do planejamento e da prática docente. Para Luckesi (2005) é uma atividade que não existe
nem subsiste por si mesma. Ela só faz sentido na medida em que serve de diagnóstico da
execução e dos resultados que estão sendo buscados e obtidos por alunos e professores.
A avaliação deve funcionar como um instrumento auxiliar da melhoria dos resultados.
Para Luckesi (2005), se a avaliação não assumir a forma diagnóstica, ela não poderá estar
a serviço da proposta política de fazer com que os alunos aprendam e se desenvolvam.
Se a avaliação continuar com o caráter classificatório, como tem sido utilizado hoje, não
viabiliza uma tomada de decisão para a construção de novos resultados e, dessa forma,
não auxilia no aprendizado do aluno e nem na construção de resultados positivos.
LIVRO
Título: Educação Básica. A formação de professores. Relação
professor-aluno. Planejamento. Mídia e educação.
Autora: Maria Lúcia Vasconcelos
Editora: Contexto
Sinopse: A autora, renomada e escritora de outros livros, apresenta
nesta um discurso como defensora da formação inicial e continua-
da do professor, além de buscar o ponto de vista de educadores,
pela autora entrevistados. No livro ela concretiza e destaca a Edu-
cação Básica com etapa fundamental para a formação do cidadão,
no intuito de pensar em um tema caro ao Brasil e, também, de
expandir o cenário dessa discussão, com uma linguagem simples
e adequada, tanto para os futuros quanto para os já profissionais
da área.
FILME/VÍDEO
Título: O triunfo
Ano: 1994 (Produção 2006)
Sinopse: Com as práticas educacionais propostas, na época, em
constante mudanças, o professor aborda o conteúdo de forma
descontextualizada e tradicional. Após a aplicação de uma ava-
liação diagnóstica, utilizando o instrumento “prova”, percebe que
seus alunos não conseguiram aprender o conteúdo. Faz, então, a
retomada do conteúdo, aplicando uma metodologia mais próxima
do aluno. Ao aplicar a reavaliação percebe que, dessa vez, apren-
deram. Um trecho do filme oportuniza a reflexão direta, sobre a
função diagnóstica da avaliação, bem como da necessidade da
retomada de conteúdos utilizando novo encaminhamento meto-
dológico, com o objetivo de possibilitar a apreensão do conteúdo
sistematizado.
BRASIL. Ministério de Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a Base. Homo-
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Prezado(a) aluno(a), neste material busquei trazer para você os principais conceitos
a respeito do estudo da didática e a organização do trabalho pedagógico. De maneira que
promovemos uma reflexão sobre o papel do professor e sua prática docente no cotidiano
escolar, bem como os limites e desafios presentes no processo de ensino aprendizagem.
Além de apresentar os subsídios teóricos, para que o seu trabalho em sala de aula possa
ser aprimorado, destacamos ainda os elementos internos e externos que interferem no
processo de ensino e aprendizagem, que são pontuais para observarmos em as nossas
práticas educativas.
Abordamos as definições teóricas e, neste aspecto, acreditamos que tenha ficado
claro para você o quanto é necessário para professores, e todos envolvidos no ambiente
escolar, compreenderem os processos instituídos. De maneira que a aprendizagem efetiva
ocorre em sala de aula, com a construção do currículo de forma direcionada e a linguagem
que organiza a Instituição, o projeto político pedagógico irá adequar os planos de nacionais
de ensino às necessidades da escola (família, alunos, comunidade e professores).
Destacamos também importância histórica das práticas pedagógicas ao reconhecer
os precursores e as correntes da educação brasileira. Cada uma a sua maneira veio a con-
tribuir para com a evolução educacional. Permitindo que autores e educadores nacionais e
internacionais, em culminância com a realidade social, adequassem o processo de ensino
e aprendizagem destinado aos alunos.
Esse olhar para o passado, para entender o presente e visualizar o futuro, é algo
inerente aos educadores que pensam em melhorar e contribuir para a educação contempo-
rânea. A partir de agora acreditamos que você já está preparado(a) para seguir em frente,
desenvolvendo ainda mais suas habilidades e competências em seus alunos e aprender
com esse processo.
Sucesso em sua caminhada pedagógica.