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A PRINCIPAL CONTRIBUIÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR PARA O

DESENVOLVIMENTO DA LUDICIDADE
Acadêmico¹
Tutor Exerno²

RESUMO

Diante da observação feita e considerando o processo de atuação da gestão escolar desenvolvido


na Escola Parque do Saber onde realizei o estágio de gestão escolar, escolhemos como área de
concentração a “Metodologia de Ensino” com foco no Gestor escola “A principal contribuição da
gestão escolar para o desenvolvimento da ludicidade”, nesse sentido vamos discutir como este
importante profissional desenvolve o processo de orientação pedagógica e organização
administrativa, visto que essa tarefa é extremamente necessária para que a aprendizagem dos
alunos aconteça de maneira eficaz, bem como, para que se concretize a tão almejada educação de
qualidade para todos. São grandes as responsabilidades de um gestor na escola e só é possível
conseguir bons resultados através do trabalho realizado em equipe e isso foi realizado e sentido
devido à realização de questionários de entrevistas e observação do cotidiano da gestão. A escola
onde o trabalho foi realizado como campo de pesquisa nos deixou uma boa impressão, tendo em
vista que os funcionários que ali trabalham são realmente comprometidos com o processo
educacional. O estágio foi bastante relevante e demonstrou-se importante mais uma vez para a
formação do futuro pedagogo, que deve conhecer a rotina escolar na prática e não só na
teoria. Esse anseio se deu por perceber como resultados deste artigo que o cotidiano escolar, exige
cada vez mais que o gestor escolar, dê respostas às demandas que permeiam o espaço educativo,
entendendo que, o professor jamais conseguirá dar conta de todos os acontecimentos que
perpassam o ambiente escolar, por isso o gestor escolar, juntamente com o coordenador
pedagógico tem uma importante missão de reunir, discutir e articular junto à equipe docente,
possíveis alternativas para o aprimoramento das ações pedagógicas voltadas para o lúdico na sala
de aula, levando em consideração a experiência dos docentes, como também contribuindo através
do exercício da reflexão dos mesmos, no acompanhamento das ações didáticas em coerência com o
projeto pedagógico da escola. O objetivo deste trabalho foi analisar como o gestor escolar
desenvolve sua função de facilitador nos processos de ensino e aprendizagem nas atividades
lúdicas no ambiente escolar, verificando as estratégias utilizadas por ele em sua prática e
identificar sua liderança e relação com todo corpo docente da escola.

Palavras-chave: Gestor; Aprendizagem; Facilitador.

1 INTRODUÇÃO

Como em todos os estágios procurou-se nesse estágio refletir sobre a prática pedagógica, a
realidade escolar, buscando através das reflexões e vivencia oportunizada pelo estágio aperfeiçoar-

1. Fabiana do Amor Souza.


2. Dilcineia dos Santos Reis
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Pedagogia (PED12977) – Prática do
Módulo VII - 22/11/18
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se cada vez mais como profissional da área educacional neste artigo apresenta-se mais um
momento vivenciado durante o estágio. Agora voltado, ao acompanhamento da gestão escolar.
Acredita-se que um profissional só trabalha bem, e consegue alcançar bons resultados se conhece
suas funções e responsabilidades, por isso, nesse estágio concentrou-se na função do gestor escolar.
A principal atividade realizada foi o acompanhamento da rotina do gestor e por fim uma entrevista
com questões gerais adequadas ao tema de estudo.
A escola possui grande valor social, sua função é visar o conhecimento, promover a formação
de cidadão e qualificar para o trabalho.

Cada escola deve elaborar e executar sua proposta pedagógica; administrar seu pessoal e
seus recursos materiais e financeiros; cuidar do ensino-aprendizado do aluno,
proporcionando meios para a sua recuperação; e articular-se com as famílias e a
comunidade, proporcionando um processo de integração. (OLIVEIRA, 2014, p.10).

Para que a sua função seja cumprida, é necessário dividir as responsabilidades competentes
a cada profissional escolar. Sendo o gestor pedagógico profissional responsável em administrar,
organizar e supervisionar todas as áreas do âmbito escolar.
Nesse trabalho será abordado como área de concentração de estudo: metodologia de
ensino, tendo como foco o tema: “A principal contribuição da gestão escolar para o
desenvolvimento da ludicidade”. A pesquisa tem como objetivos a reflexão em relação às ações do
gestor para que possam contribuir para o crescimento da unidade escolar junto da comunidade,
localizar na legislação o espaço que a comunidade tem dentro da escola, analisar o papel do gestor
para com a comunidade escolar, conhecer formas de participação da comunidade na escola,
levantar argumentos que provem que o trabalho do Gestor é importante para o desenvolvimento da
comunidade que rodeia a escola. A pesquisa é importante para a comunidade desvendar as ações
que um gestor pode fazer para que a comunidade fique satisfeita com seu trabalho e descobrir
como a comunidade pode fazer parte da escola ajudando seu gestor a realizar um bom trabalho,
ciente que a comunidade ganha com isso.
Segundo Luck apud Buss (2013, p. 26):

[...] o conceito de gestão está associado ao fortalecimento da democratização do processo


pedagógico, à participação responsável de todos nas decisões necessárias e na sua
efetivação mediante um compromisso coletivo com resultados educacionais cada vez mais
efetivos e significativos.

“O gestor é aquele que não apenas administra, mas coordena e articula a participação dos
envolvidos no processo pedagógico, almejando a equidade e inclusão dos atores escolares,
realizando desta maneira uma gestão democrática e participativa.” (BUSS, 2013, p. 40).
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O gestor escolar, conhecido como diretor da escola é responsável por superar desafios
pertinentes à administração escolar, concentrando seu olhar na gestão pedagógica, gestão dos
recursos humanos e administrativos da escola. Este profissional precisa estar bem preparado
profissionalmente, consciente de sua fundamental importância no processo.

Um gestor escolar envolvido com o princípio democrático e com a aprendizagem dos


alunos deve desenvolver em sua prática a capacidade de interação e comunicação com os
pares, alunos e pais; participar ativamente dos grupos de trabalho ou de discussões na
escola e fora dela, objetivando acompanhar a política educacional e normatizações dos
sistemas de ensino; desenvolver capacidades e habilidades de liderança; compreender os
processos envolvidos nas inovações organizativas, pedagógicas e curriculares. (PORTAL
DA EDUCAÇÃO, 2013, p. 1).

O gestor precisa estar aberto às novas aprendizagens como a de tomar decisões sobre os problemas
da organização escolar, das formas de gestão, da organização e prática na sala de aula, dentre outras;
conhecer, informar-se e dominar o conteúdo das discussões para ser um participante atuante e
crítico; dominar métodos e procedimentos de pesquisa, bem como, as modalidades e instrumentos
de avaliação do sistema de ensino, da organização escolar (avaliação institucional) e da
aprendizagem escolar; elaborar plano, com metas e ações objetivando a implementação do Projeto
Pedagógico da escola.

2.1 A PRINCIPAL TAREFA DO GESTOR ESCOLAR PARA O DESENVOLVIMENTO DO


LÚDICO NA SALA DE AULA.

Sabemos que no cotidiano da escola o gestor tem papel fundamental no que se refere aos
aspectos técnico-administrativos, mas que é imprescindível seu olhar pedagógico.
Sabe-se que a relação entre a equipe escolar deve ser coesa e democrática, priorizando
sempre o melhor para os educandos e toda comunidade escolar, a fim de que se possa adquirir um
conhecimento que desenvolva cidadãos participativos e reflexivos, conscientes de seus direitos e
deveres.
Para que os educandos se tornem seres críticos, a escola precisa conhecer a realidade do
aluno valorizando suas experiências, o professor deve ser responsável por este processo,
contextualizando conhecimentos que possam ser aplicados em novas situações de aprendizagem,
“ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos [...] (FREIRE, 1996, p.23)”.

O sistema educacional de todas as escolas precisa de uma equipe gestora, no entanto este
significado necessita ser entendido por toda a comunidade escolar, pois de acordo com Libâneo
(2004, p.101), “os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a
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decisão funcionar caracterizam a ação que denominamos gestão”. Compete à gestão escolar
estabelecer o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar o processo das
escolas, orientadas para resultados, através de ações conjuntas, associadas e articuladas.
É preciso agir conjuntamente em todas as frentes, pois todas estão inter-relacionadas Luck
(2000). Nesse sentido compreende-se que a gestão é importante e deve ser feita com qualidade,
responsabilidade, coerência, conhecimento e confiança. Um bom gestor deve ter a consciência da
importância de sua função no ambiente educacional, favorecendo a promoção da aprendizagem e a
formação do aluno no nível mais elevado possível, de modo que estejam capacitados para enfrentar
os novos desafios que lhe forem apresentados.
Para que este trabalho possa ter qualidade, a gestão deve ser feita de modo democrático e
descentralizado, no qual a equipe consiga trabalhar de maneira unida e com os mesmos objetivos
priorizando sempre a melhor aprendizagem para seus alunos.

Assenta-se, portanto, sobre a mobilização dinâmica e em equipe do elemento humano,


coletivamente organizado enfocando-se em especial sua energia e competência como
condições básicas e fundamentais da qualidade da educação e das ações realizadas nos
sistemas de ensino, assim como, em última instancia, da transformação do próprio
significado da educação brasileira, dos sistemas de ensino e de suas escolas.
(LUCK, 2006, p.26)

Compreende-se com isto que o sistema de gestão escolar não pode ser reduzido apenas a
parte burocrática, pois visa estabelecer a transformação de uma sociedade, fazendo-a ativa e crítica.
Ou seja, a ação do gestor vai interferir também na comunidade escolar, mobilizando a equipe, os
alunos e familiares. A postura do gestor educacional através de sua liderança pode determinar
ambientes favoráveis ou não, para que professores, funcionários e pais atuem de forma saudável
para atingir os objetivos do projeto pedagógico.
Para fomentar um clima organizacional que estimule as pessoas a trabalharem juntas, cabe
ao gestor da escola valorizar e motivar o trabalho em equipe. O gestor vai influenciar indiretamente
no trabalho do professor para que os mesmos possam desenvolver suas atividades lúdicas e
pedagógicas , para isso há de se tornar agente facilitador na relação com o professor,
proporcionando uma estrutura escolar harmônica e organizada, em que o mesmo desenvolva
autonomia para um planejamento flexível, com oportunidade de acesso à formação continuada,
resultando em ações positivas, reflexivas e inovadoras, para uma aprendizagem consistente e sólida
tendo como objetivo a formação integral do educando.

2.2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR


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O ato de brincar é fundamental na formação do indivíduo principalmente na fase da infância


tanto para o seu desenvolvimento motor como psicológico, tanto os pais como os professores
devem deixar um tempo livre para a criança brincar dando limites de horário e tendo a hora da
diversão e a hora da obrigação, sendo essas, prazerosas onde a criança se divirta mesmo na hora da
realização de obrigações rotineiras. Esse limite faz com que a criança tenha disciplina, tanto em
casa quanto na sala de aula.
Conforme MELLO e RAMO, 2007 p.72:

Através de atividades lúdicas a criança cria situações imaginária em que se comporta como
se estivesse agindo no mundo dos adultos e quando brinca seu conhecimento desse mundo
se amplia, porque, nesta atividade, ela pode fazer de conta que age como adulto age
imaginado realizar coisas que são necessárias para operar com objetos os quais os adultos
operam e ela não.

Esse pensamento mostra o quanto é importante à atividade lúdica, trazendo à criança a


imaginação do real introduzindo-se na realidade do mundo de maneira que ele perceba o concreto
com “o concreto” em mãos. A criança brinca sem saber o que realmente está aprendendo, e essas
brincadeiras acabam formando sua própria personalidade, construindo nela atitudes de como ser que
está inserida na sociedade mesmo que por enquanto seja só na imaginação.
O brincar inserido no cotidiano escolar do educando além de ser uma atividade que traz o
enterrasse do mesmo para a realização das atividades, torna-se também necessário de acordo com
Santana (2007), a brincadeira não é apenas uma dinâmica interna da criança, mas uma atividade
dotada de um significado social que necessita de aprendizagem. Tudo girara em torno da cultura
lúdica, pois a brincadeira que se torna possível quando apodera elementos da cultura para
internalizá-los e criar uma situação imaginaria de reprodução da realidade. É através da brincadeira
que a criança consegue adquirir conhecimento, superar limitações e desenvolver-se como indivíduo.
O aprender através de jogos e brincadeiras permitem saber o que já é conhecido, quando
uma atividade difícil é recebida por meio de jogos e brincadeiras essa se torna fácil de ser
compreendida.
Segundo Borba (2006, p. 40):

A liberdade do brincar se configura no inverter a ordem, virar o mundo de ponta-cabeça,


fazer o que parece impossível, transmitir em diferentes tempos-passados, presente e
futuro...uma excelente fonte de conhecimento sobre o brincar e sobre as crianças é observa-
los brincando.
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Desta maneira as pessoas iram entender o porquê de tanto movimento no período inicial da
vida escolar da criança, pois nesse tempo eles não param e estão em sua melhor fase de
aprendizagem.

2.3 A FUNÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO JUNTO AO PROFESSOR NO APOIO


AO DESENVOLVIEMENTO DAS ATIVIDADES LÚDICAS NA ESCOLA.

Quando refletimos sobre o papel do coordenador pedagógico nos referimos a uma liderança, que
tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento do projeto pedagógico da escola articulando-o
junto aos professores na relação teoria e prática educativa, ORSOLON destaca que,

O coordenador pode ser um dos agentes de mudança das práticas dos professores mediante
articulações externas que realiza entre estes, num movimento de interações permeadas por
valores, convicções, atitudes, e por meio de suas articulações internas, que sua ação
desencadeia nos professores, ao mobilizar suas dimensões políticas, humano-interacionais e
técnicas, reveladas em sua prática (ORSOLON, 2002, p.20).

Neste sentido, é da competência do coordenador pedagógico a busca por um ensino de


qualidade para os alunos, direcionando ações para a integração do ensino e aprendizagem, tomando
como base a formação continuada dos professores. Pois, é através da formação continuada que os
professores podem aprimorar suas práticas, buscando soluções para problemas que ocorrem no
cotidiano escolar, tendo em vista que apenas a formação inicial não será suficiente para administrar
toda a complexidade do cotidiano escolar. É necessário que a relação entre coordenação pedagógica
e os docentes esteja de sincronicidade que como Placco define que:

Chamo sincronicidade do educador à ocorrência crítica de componentes políticos,


humanos-interacionais e técnicos, que se traduz em sua ação, ocorrência essa que gera
movimento que é ação de e entre professor - aluno-realidade. Esse movimento engendra
novas compreensões da totalidade do fenômeno educativo, no qual há reestruturação
contínua e consciente em todos, em cada um e na relação entre esses componentes, na
medida em que se define e redefine um projeto pedagógico coletivo. (1994, p. 18)

É a partir da compreensão desta sincronia que o coordenador pedagógico pode promover


transformações dentro do espaço escolar, propondo o planejamento acompanhando sua execução,
observando os acontecimentos de uma sala de aula com a intenção de discutir e buscar maneiras de
auxiliar o professor a refletir sua própria prática, mas, tendo o cuidado na condução desta reflexão
para não se tornar invasivo, desrespeitoso com o outro.
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Para que um trabalho de fato se consolide na perspectiva da emancipação é essencial a


articulação da equipe, que busque a consciência do que é necessário ser repensado para que o
ensino e aprendizagem sejam garantidos.
Portanto, dentro da rotina da coordenação pedagógica, é importante organizar, portanto,
uma agenda que garanta que o coordenador possa estar em três frentes de atuação: Planejando e
conduzindo as reuniões pedagógicas na escola; acompanhando a ação pedagógica do professor em
sala de aula por meio de observações planejadas; acompanhando o resultado das aprendizagens dos
alunos por meio das avaliações internas e externas.
Conforme Ferreira (2008), a gestão atravessa nos dias de hoje, uma fase de profundas
transformações que se traduzem em diferentes medidas e tem por objetivo redefinir o conceito de
escola, reconhecer e reforçar sua autonomia; adotar modalidades de gestão específicas e adaptadas à
diversidade das situações existentes. A partir dessa nova reorganização do saber surgem novas
descobertas, e novas maneiras de enxergar que “é impossível reconhecer as partes sem conhecer o
todo, e o todo sem conhecer as partes” (MORIN, 2007, p.65). A gestão da escola precisa estar
atualizada com as novas Tecnologias de Informação e Comunicação e ter atitudes inovadoras, sendo
coerente e tendo consciência da sua responsabilidade social de formar cidadãos aptos a interagirem
na sociedade.

2.4 O BRINCAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA DE APRENDIZAGEM

Em grande parte das sociedades contemporânea, a infância é marcada pelo brincar, que faz
parte de práticas culturais típicas, mesmo percebendo que sua prática esteja reduzida no meio
educacional e social.
A concepção de educação que envolve o aluno enquanto ser histórico e social são adotados
neste estudo a fim de consolidar uma concepção que confirma a teoria Vigotskiana de
aprendizagem, pois foi a partir deste estudioso que o conceito de brincar e brinquedo se propõem
com mais propriedades na educação.
A brincadeira é consagrada como atividade essencial ao desenvolvimento da criança,
pois sabemos que a brincadeira é cada vez mais vista como atividade que, além de promover o
desenvolvimento global das crianças incentiva a interação, e a formação do cidadão crítico e
reflexivo. O gestor pode ser o grande incentivador dessa prática, podendo promover, juntamente
com o coordenador pedagógico, formação continuada para os professores e equipe de apoio voltado
para as atividades lúdicas no âmbito da escola, para que sejam alcançadas as metas que deverão ser
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traçadas para sua concretização. Pois, o gestor é o grande motivador para que aconteça uma
transformação no processo de formação da sua equipe e na sua prática educacional.
Arantes (2006) defende que atualmente, a brincadeira ganha visibilidade por vários
pesquisadores e é salientada como sendo parte do desenvolvimento humano, abrangendo suas
relações interindividuais e socioculturais. Kishimoto (2008) e Pinto (2003) reiteram que a atividade
do brincar na criança acontece de forma livre e espontânea, sozinha ou em grupo, mas requer a
supervisão do docente. Ainda seguindo essa linha de pensamento, Wallon (2007) complementa que
o brincar é uma atividade da infância e as crianças executam com dedicação, porém salienta sobre
os seus objetivos relacionados às matérias educativas. Bomtempo e Teles diz que:
Brincando elas desenvolvem originalidade, auto direção, inventividade, curiosidade,
pesquisa, percepção da realidade, apreciação do novo, autoestima e autoconhecimento,
além de ajudar a ensinar a dividir e esperar sua vez, lidar com seus temores, seu estresse,
projetar seus sentimentos, identificar suas emoções. No ar livre, as brincadeiras
proporcionam habilidades motoras, como saltar, pular, correr, rolar etc. Já com o uso dos
brinquedos, são habilidades motoras finas, sobretudo pelo uso do quebra-cabeças, pinturas
e faz-de-conta. (BOMTEMPO e TELES 1999, p.28).

Os pesquisadores têm mostrado há muito tempo a importância do jogo ou do brinquedo


como veículo necessário para o desenvolvimento social, emocional e intelectual, demonstrado a
relevância do brinquedo como meio de fornecer à criança um ambiente planejado e enriquecido que
permita a aprendizagem de várias habilidades.
A criança quando na manipulação de jogos, brinquedos e brincadeira como parte de sua
cultura educacional, vai aprendendo os costumes da sua vida cotidiana, como: esperar por sua vez,
pegar fila, respeitar regras, ganhar e perder, dentre tantos costumes adquiridos ao longo de seu
desenvolvimento.
Para Vygotsky (1998) o brincar ajuda a desenvolver habilidades, separando o pensamento
das ações e assim assumindo regras que as crianças usam ao brincar de faz-de-conta. Jesus (2010) e
Mattos (2006) especificam que o jogo é feito com regras, o que possibilita ações e normas e a
definição de quem perde e ganha, sendo essa prática construtiva para o indivíduo, pois o deixa sobre
a realidade e estimula a motivação. Já a brincadeira, é ação da criança realizando as regras do jogo.
Brougère (1998) pondera que o jogo contribui com a socialização da criança e destaca que o lúdico
permite a ela o domínio da linguagem. Dessa forma, é possível verificar que, no contexto do
brincar, os jogos e as brincadeiras fazem parte da humanidade, desde seus primórdios, que,
independentemente de tempo e espaço, proporcionam diversão e prazer. Logo, pode-se estender
essa reflexão e refletir em como as atividades lúdicas, os brinquedos e as brincadeiras, na infância,
contribuem com o desenvolvimento da criança.
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Com todo esse processo de pesquisa, podemos fechar esse texto com o pensar de Horn
(2012) e Arantes (2006), que defendem que o esperado é que todas as crianças, brinquem, o que
contribui significativamente para o seu desenvolvimento global, no qual também podem ser
incluídos os processos de alfabetização no contexto escolar.
O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre
estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, a criança
desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se
para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O
jogo e a brincadeira são por si só, uma situação de aprendizagem. As regras e a imaginação
favorecem a criança comportamento além dos habituais. Ela reproduz muitas situações vividas em
seu cotidiano, que através do “faz-de-conta” são reelaboradas criativamente, vislumbrando novas
possibilidades e interpretações do real.

3. MATERIAL E MÉTODO

O desenvolvimento ético, social e profissional na formação do gestor bem como do


professor é muito importante na sua convivência com as diversidades do meio em que está
inserido, e perpassa por valores diferentes e que contribui de forma significativa. O processo de
investigação e construção deste trabalho tem enfoque qualitativo conforme a ideia de Bogdan e
Bikem (1982), citados por André e Ludke (1986) possui como características principais a
utilização do ambiente natural como fonte direta dos dados, como pesquisador vale ressaltar que o
principal instrumento utilizado como resultados desta pesquisa foram por meio da entrevista,
obtenção de dados predominantemente descritivos a partir do contato do pesquisador com situação
estudada e também a preocupação de trazer e abordar a perspectiva dos participantes observados.
É possível afirmar que a pesquisa qualitativa tem caráter exploratório, uma vez que é
tida por aquilo que não se pode mensurar e estimula o entrevistado a refletir e explicitar-se
livremente sobre o assunto exposto. Assim sendo é fundamental que se leve em conta o sujeito em
si e suas peculiaridades considerando a sua relação dinâmica como mundo, tais pormenores
inviabilizam uma quantificação da pesquisa, ou seja, os dados coletados não podem ser traduzidos
em números quantificáveis.
Neste projeto de pesquisa foi utilizado o questionário como instrumento de coleta dos
dados a professores da modalidade de Educação Infantil. A coleta de dados através desse tipo de
instrumento exige um Chizzotti (1991, p.44) define o questionário como:

Um conjunto de questões sobre o problema, previamente elaboradas, para serem


respondidas por um interlocutor, por escrito ou oralmente. Neste último caso, o pesquisador
se encarrega de preencher as questões respondidas [...] A elaboração de um questionário
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pressupõe a apropriação de algumas técnicas para chegar aos problemas centrais da


pesquisa.

O objetivo da presente pesquisa é tomar conhecimento da opinião dos professores a respeito do


tema desse Trabalho de Graduação, que é a importância de jogos e brincadeira na construção do
conhecimento, buscando analisá-los a luz do referencial teórico e das compreensões enunciadas
anteriormente.

4. ANÁLISE SOBRE A FALA DO GESTOR

A realização da pesquisa nos possibilita a oportunidade de refletir acerca do processo


da construção do conhecimento da mesma forma que este momento para se fazer um confronto com
a realidade e os saberes já construídos.
A presente pesquisa é descritiva e de cunho qualitativo, com coleta de dados através de
um questionário estruturado e observação. O questionário, disponível logo em seguida, tem como
objetivo levantar o processo da utilização do lúdico na formação do educador e quais as ações e
estratégias do professor em sala de aula que envolve a aplicação do lúdico com forma de ensino
para avanço nas aprendizagens dos alunos, identificar os fatores limitadores, os pontos fortes e
fracos da aplicação podendo assim, ter uma visão ampla da situação da aprendizagem lúdica das
crianças. O papel do gestor passou a ter importância em todos os segmentos da educação. Com um
conceito mais amplo a gestão escolar passou a fazer parte das atitudes de todas que atuam com a
educação. A escola hoje requer gestores dinâmicos, criativos que proporcionem autonomia.
Segundo Winck Leon (1997) os gestores atuais devem estar sempre procurando aprender, recorrer
sempre ao poder do aprendizado decorrente de experiências de trabalho. Sentem-se responsáveis
pela sua própria carreira, assumem a responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento, vê a
educação como atividade permanente para a vida toda, e por fim decidem intencionalmente o que
aprender. Isto significa que os gestores devem se responsabilizar pelo próprio aprendizado e estar
consciente que o seu aprendizado e desenvolvimento pessoal e profissional dependem das suas
atitudes pessoais na busca de novos conhecimentos. O gestor deve estar procurando definir os seus
objetivos e estar buscando vivenciá-la com mais ansiedade, tendo maior poder de decisão sobre
suas atividades, poder de escolha entre o que fazer ou não se responsabilizar pelos seus próprios
atos. Sem estar nesta busca o seu trabalho pode ficar comprometido. Portanto precisamos usar a
criatividade, agilidade da capacidade de modificar, de se adaptar continuamente na busca de novos
conhecimentos.
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Quadro 01- O Gestor e o seu apoio nas atividades lúdicas.


Perguntas Respostas
Qual o maior desafio enquanto Gestor da A nossa maior dificuldade é que nem todos os
Escola no desenvolvimento das atividades professores adotam a medida, principalmente
lúdicas junto ao corpo docente da escola? aqueles que estão atuando a mais de 20 anos.

As atividades lúdicas desenvolvidas na sala de Sim, eu faço questão de acompanhar todo o


aula são planejadas e acompanhadas pelo processo junto à coordenação.
gestor e coordenador pedagógico da escola?
Enquanto gestor, como você define o objetivo Desenvolver o indivíduo, assegurando a
maior da escola? formação comum indispensável para o
exercício da cidadania.
Fonte: Elaborado pela Autora, 2018.

Segundo Paulo freire (1997, p.37) A tarefa de ensinante / aprendente e do aprendente / ensinante exige
seriedade, preparo científico.
Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos, criticidade, pesquisa, estética e ética,
risco, aceitação do novo, rejeição a qualquer discriminação, reflexão sobre a prática,
reconhecimento e ascensão à identidade cultural, segurança, competência profissional,
generosidade, comprometimento, autoridade, tomada consciente de decisão,
disponibilidade para o diálogo, curiosidade, alegria, esperança, convicção que a mudança é
possível e, entre outras coisas, querer bem aos alunos.

É importante enfatizar que nos deparamos diante da resposta dada pelo gestor é que
existem professores, que mantiveram a princípio uma resistência para o uso de atividades lúdicas
como estratégias e metodologias que contribuam para o avanço do aluno. O gestor afirma que
existem profissionais que optam pelo uso do tradicionalismo alegando que esta estratégia sempre
deu resultados positivos e que preferem seguir assim, vale ressaltar que a gestão escolar busca por
meio de um diálogo saudável convencer a esses professores utilizando textos de teóricos que
defendem a proposta. É importante salientar que tanto o gestor quanto o coordenador assumem
papel relevante na escola acompanhando e apoiando os professores para a efetivação e garantia de
atividades lúdicas que garantam o desenvolvimento do ensino aprendizagem.
Freire (1997, p 35) nos faz compreender que não há educação sem engajamento político,
sem compromisso ético, sem rebeldia, sem respeito às diferenças, sem amor pelos educando, e é a
partir dessa perspectiva, que procurei conduzir a prática de formação continuada, desenvolvida com
as educadoras, desafiando-nos a estudá-la, no sentido de compreendê-la. Além disso, buscamos,
junto com estas, alternativas para o trabalho na construção de uma escola, que prime pela
autonomia do seu corpo docente, das crianças e de suas famílias, da equipe de apoio, ou seja, uma
escola para todos.
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Para melhor compreensão apresento o quadro a seguir com o questionário feito com alguns
professores.
Quadro 02- O papel do professor na efetivação das atividades lúdicas.
Perguntas Professoras
Para você o que é ludicidade? A: São atividades estratégicas que utilizam o
brincar como ferramenta de aprendizagem.
B: Na minha época logo no início do
Magistério chamávamos de recreação que no
meu a ver é a mesma coisa.
Como a ludicidade está inserida em suas aulas? A: A ludicidade em minhas aulas sempre está
presente por meio de um planejamento semanal
que garanta diversão e aprendizagem
significativa.
B: Uma vez ou outra eu brinco com eles mas
nem sempre faço isso pois eles são inquietos as
vezes.
O que a ludicidade desenvolve? A: Auxilia no processo de socialização,
comunicação e também na construção de
conhecimento.
B: Na minha concepção ela ajuda a criança a
aprender melhor, mas nem sempre é possível
garantir isso no planejamento então às vezes
fazemos algo no recreio.
O lúdico e a ludicidade podem contribuir para A: Sim, sem contar que as nossas aulas ficam
a formação e/ou melhoria dos vínculos entre os mais prazerosas e participativas.
sujeitos da práxis pedagógica? B: Sim, mas eu já estou cansada (risos).
Fonte: Elaborado pela Autora, 2018.

A entrevista realizada acima foi de muita eficácia no seu valor teórico e prático, sentirmos
a real necessidade que a escola tem em despertar sobre essas habilidades, incentivando e
contribuindo para que o professor possa buscar junto à gestão escolar a parceria necessária para
utilização de atividades lúdicas que possibilitem o avanço dos alunos, diante das respostas dadas
por duas professoras entrevistadas A e B foi possível observar que a professora A, graduada em
Pedagogia e com 08 anos exercendo a profissão de professora busca por meio da parceria gestão e
coordenação planejarem as suas atividades tendo como base o uso da ludicidade, pois em sua visão
desenvolve na criança a curiosidade, a autoconfiança, a autonomia, proporcionando assim o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e atenção. Já a professora B tem 28
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anos exercendo a função de professora regente, tem apenas o Magistério como base de formação
compromete a construção deste conhecimento nos educando prejudicando seu desenvolvimento e
prosseguindo por toda sua trajetória diante da sociedade já que a mesma afirma estar cansada e que
diante do seu conhecimento a ludicidade era apenas atividades aplicadas durante a recreação.
Observamos a necessidade do apoio da gestão como parceira para que haja e eficácia de
uma prática diferenciada utilizando o brincar e o lúdico, além de auxiliar a aplicação conteúdos
escolares, que são formas que o professor dispõe em aula para mediar à relação entre os saberes e os
educandos, proporcionando uma aprendizagem mais fácil e prazerosa.
Mas o que pudemos observar nas realizações dos estágios, é que o lúdico e o brincar estão
mais presentes na educação infantil do que nas séries iniciais. Nesta, a sala de aula é apresentada
como coisa séria, não permitindo espaço para o divertimento; o rigor e a disciplina são mantidos em
nome dos padrões institucionais, o que torna o ambiente infantil artificial, longe dos gostos das
crianças. Em sua maioria o brincar se resume apenas em ouvir histórias ou cantar algumas músicas.
A hora do recreio e a hora da saída se tornam os únicos momentos em que as crianças
desnudam da responsabilidade da escola para permitir-se brincar e ser criança como foi dito pela
professora B. Os professores estão mais preocupados com o conteúdo, com o silencio e a
organização na sala de aula.
Eles devem ter em mente que o jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os
alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de
extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a
coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o
progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se
vive favorecendo ao indivíduo uma aprendizagem mais prazerosa.
Ao concluir este trabalho posso perceber, que na escola onde foi realizado esta pesquisa
por não apropriarem de um conhecimento amplo sobre a importância necessária do brinquedo e do
brincar, não possibilitava espaço e tempo para o brincar, trocando esses espaços por uma
escolarização precoce. Os professores vêm diante dos ditames institucionais e acabam por produzir
suas práticas educativas pautados na expectativa de brincar para aprender conteúdos escolares,
mesmo percebendo que esta prática faz parte hoje da rotina escolar.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O presente artigo realizado com base nesta pesquisa tem como objetivo demonstrar a
grande necessidade do uso do método lúdico no processo de alfabetização em uma turma da Escola
Parque do Saber.
A educação como experiência comum de todos os seres humanos, tem função de apresentar
o modo de vida democrático, já que esse modo de vida também se aprende através da experiência
por este motivo apresentamos neste trabalho propostas inovadoras utilizadas que possibilitam a
educação envolvendo a ideia do diálogo e de uma escola aberta para a comunidade.
Observou-se que na escola há uma grande necessidade do método lúdico para atender a
demanda de alunos com dificuldade de aprendizagem embora alguns professores já desenvolvesse
algumas práticas utilizando recursos lúdicos.
O objetivo principal foi apresentar os benefícios que os professores e seus alunos terão
quando souber acerca da proposta lúdica durante o processo ensino aprendizagem, desta forma,
deparou-se com dois objetivos específicos sendo: O primeiro é identificar as principais dificuldades
dos professores quanto a pratica de uma aula lúdica. Procurando de modo facilitador uma forma
harmoniosa e produtiva de se administrar a aula. No segundo permitir que através de pesquisa com
professores, coordenadores e gestores questionassem essa forma de aprendizagem.
A temática aqui discutida demonstra que muitos têm sido os saberes atribuídos aos jogos,
na busca de caracterização das práticas pedagógicas bem como as concepções que envolvem o
processo educativo. Brincar, jogar, divertir-se na sala de aula constituem atividades estimulantes
tanto para o aluno quanto para o professor. Estar aberto para mudar seus paradigmas a respeito de
sua forma de trabalho é um exercício que o professor precisa fazer.
Não basta dominar as teorias e decidir-se por trabalhar com jogos. É necessário deixar-se ir
junto com a brincadeira, aprender e perceber as diferentes nuance do aprendizado de uma turma.
Tudo isso implica libertar o seu fazer profissional das amarras que constrói durante a sua
escolarização e sua formação, o que implica um conhecimento pessoal e profissional profundo e
muita vontade de mudar, ou seja, de ver algo ser feito diferentemente.
São relevantes as atividades lúdicas no desenvolvimento infantil, bem como sua função no
processo educativo; para que esse processo de ensino e aprendizagem ocorra de forma prazerosa, os
professores devem estar cientes de seu papel nessa fase de construção de conhecimento das
crianças. Os educadores, por sua vez, devem se preparar para trabalhar com o criar, pois a
criatividade deve ser vista como um elo dinâmico e contínuo. Nessa perspectiva, o docente não
deve ver a criança como receptora passiva de estímulos, mas como uma pessoa capaz de ação, que
interaja, crie e recrie possibilidades e novas aprendizagens.
Um desenvolvimento harmônico, lúdico, que inclui aprender a ouvir opiniões diferentes e a
contra-argumentar, estabelecendo comparações objetivas entre várias maneiras de se compreender
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um mesmo fato, pouco a pouco vai contribuir para tornar a criança apta a um intercambio, real com
os outros, favorecendo a troca de experiências, por estar baseada na cooperação e na reciprocidade.
Rompendo com a aceitação passiva de ideias ou sugestões mal compreendidas, a criança
que desenvolve a ludicidade entra em contato com uma forma mais ampla de linguagem, passa a ser
sujeito ativo de suas ações e as defende nas conversas com os adultos. Assim, o seu “mundo lógico”
passa a ser transformado de acordo com suas vivências.
O “fazer” é um dos critérios essenciais para orientar as condutas do professor frente às
crianças. Sendo assim, o que realmente importa é criar o maior número de situações que promovam
o desenvolvimento de habilidades variadas com o objetivo de alcançar um maior aprendizado.
As crianças devem sentir-se sempre capazes de exercitar o que foi proposto. O progresso
dos movimentos e das habilidades deve ser de qualidade crescente, superando obstáculos e
aspirando a novos desafios. Esse progresso repercute nos demais movimentos e possibilita a
introdução de outras e mais complexas atividades.
Para tanto, o professor deve compreender a importância das tentativas desenvolvidas com
atividades lúdicas que conduzem ao desenvolvimento do raciocínio. Deve aprender a respeitar a
criança e valorizar cada descoberta que venha a fazer em sua vida escolar. O respeito pelas várias
etapas deste desenvolvimento constitui uma conduta que, uma vez refletida, transcendem quaisquer
que sejam as características do meio imediato. O que realmente interessa é atribuir a cada criança o
papel de sujeito ativo na construção de formas cada vez mais aprimoradas de conhecimento, pois
somente o indivíduo ativo é capaz de atuar frente às pressões sociais, compreendendo-as para
transformá-las. O grande desafio é o repensar a Educação em sua totalidade, enfrentando a
fragmentação do conhecimento. Como resultado final do projeto registra-se que houve avanço
significativo na construção de conceitos sobre o brincar no desenvolvimento

REFERÊNCIAS

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FREIRE, Paulo, Pedagogia do oprimido. Rio de janeiro: Paz e Terra, 2003.

KISHIMOTO, Tizuko M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis, RJ: Vozes,
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KISHIMOTO, Tizuko M. Jogos, brinquedo, brincadeira e a educação. Org: 3. ed. São Paulo:
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ORSOLON, Luzia A. M. O coordenador/ formador como um dos agentes de transformação da/na


escola. In: ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza (Org.). O
Coordenador Pedagógico e o espaço de mudança. 5. ed. São Paulo: Loyola, 2006

SZYMANSKI, Maria Lídia Sica; PEREIRA JUNIOR, Antonio Alexandre. Orgs: Diagnóstico e
intervenção psicopedagógica: reflexões sobre relatos de experiências. Cascavel: Edunioeste,
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WADSWORTH, Barry J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget. Tradução


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