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Introdução

A concordância é o processo sintático que se verifica entre duas


ou mais palavras que partilham elementos ao nível da flexão de pessoa,
gênero ou número em função do lugar que ocupam na frase.
Assim é obrigatório haver concordância entre o sujeito e o verbo
flexionado no predicado do sujeito entre complemento direto,
predicativo do complemento direto e entre sujeito e o particípio passado
em construções passivas.

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Existem dois tipos de concordâncias na língua portuguesa: A
concordância verbal que diz respeito a relação entre o sujeito e o verbo
em uma oração. E a concordância nominal trata da relação entre as
classes de palavras em uma oração
Quais os tipos de concordância verbal
Com os verbos dar; bater e soar a concordância verbal como
sujeito da oração, pode ser feita de formas : concordância verbal como
sujeito da oração, sendo dada ênfase ao substantivo ou concordância
verbal com o numeral que indica as horas sendo dada ênfase ao verbo .
Ex: O relógio da torre deu onze horas
A regra geral da concordância verbal é que o verbo ficará de
acordo com o sujeito em pessoa e número. O verbo sempre ficará de
acordo com a pessoa do singular uma vez que não existe um sujeito ,
havia pessoas houve problemas , faz 2 dias , já amanheceu
Concordância nominal é a relação entre palavras que garante que
os substantivos concordem com artigos , adjetivos , pronomes e
numerais .
É proibido , bom , e necessário
É proibido entrar
É proibida entrada
Verdura é bom
A verdura é boa
Paciência é necessária
A paciência é necessária
Quais são as 7 regras da concordância nominal
 Um substantivo um adjectivo
 Mais um substantivo um adjetivo
 Concordar com o substantivos mais proximo
 Inserir o artigo antes do ultimo adjetivo
 Inserir o artigo concorda com o substantivo no plurar
A regra geral da concordância nominal diz que todos os
determinantes adjetivos , numeral , pronome adjetivo e artigo , devem
harmonizar-se quanto ao gênero e ao número do substantivo Portanto ,
substantivo no feminino singular determinantes também , caso esteja
no masculino plural , os determinantes o acompanham

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Para que serve a concordância
A concordância Verbal Nominal, está ligado aos princípios lógicos
que regem a língua e o pensamento humano, Concordar
adequadamente o sujeito como verbo adjetivo com o nome pode tornar o
texto mais preciso, sem ambiguidades mais o principal valor da
concordância é social .
Exemplo da concordância com sujeito composto
 Ela e ele sao namorados
 Paula e Andreia estudaram no mesmo colegio
Os determinantes procedem o nome flexionando-se no mesmo
número e género .
Os determinantes possessivos além de estabelecerem
concordancia em numero e gênero, fazem-no também em pessoa .
Os quantificadores concordam com o nome, flexionando-se no
mesmo número e género.
Enquanto modificador do nome, o adjetivo ocorre no mesmo
número e género daquele .
O predicativo do sujeito concorda com o sujeito em número e
género, quando o predicativo do sujeito é constituido por grupo adjetival
ou grupo nominal .
O predicativo do sujeito não concorda com o sujeito quando é
constituído por uma expressão nominal qualitativa .
O predicativo do complemento directo concorda com o
complemento direto em número e gênero quando o predicativo do
complemento direto é constituído por grupo adjetival .
Nas construções passivas, a forma do particípio, constituinte do
grupo verbal, concorda em numero e genero com o sujeito .
Concordância entre:
Sujeito e verbo flexionado no predicado
Exemplos: Regras:
O verbo flexionado no predicado concorda
em pessoa e numero com o sujeito.
Eu fui a paris Surge no singular quando a entidade
Tu foste a Bruxelas designada é singular ou no plural quando
Eles viajaram a entidade é plural .
A pessoa varia conforme o enunciador
coincida com o sujeito ( 1ª pessoa ) , o
sujeito seja o interlocutor ( 2ª pessoa ) ou
uma entidade distinta das anteriores ( 3ª

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pessoa ) .
Eu e a Susana fomos a paris O verbo flexiona-se na 1ª pessoa do plural
Eu , a Anabela e o Tiago visitamos quando um dos constituintes nominais do
Montmartre. sujeito composto corresponde a 1ª pessoa
A viagem e a estadia custaram O verbo flexiona-se na 3ª pessoa do plural
500 quando o sujeito é composto por dois
Euros elementos na 3ª pessoa
O meu primo e grande amigo veio O verbo flexiona-se na 3ª pessoa do
Conosco . singular quando a entidade designada é
singular , mesmo quando o sujeito é
composto .

Chegamos hoje de paris eu e a Quando o sujeito composto ocorre em


Anabela . posição pós-verbal , o predicado pode
Cheguei hoje de paris eu e a conjugar-se no plural , conforme acontece
Anabela quando o sujeito é pré-verbal , ou no
[não chegou / chegou depois ] singular , quando uma das entidades pode
atuar independente da outra .

Elipse: e um processo sintático que consiste na omissão de


expressões que são recuperáveis através do contexto linguístico ou da
situação .
As expressões elípticas podem ocorrer com um antecedente na
estrutura frásica que permite inferir o valor da expressão omitida .
Exemplos: Expressões elípticas não
realizadas na segunda oração ,
mais identificáveis através do
antecedente , na primeira oração .
O Manuel chumbou o ano e a Ana [chumbou o ano ]
também [-]

O Manuel contou~-me que [me contou que chumbou o ano ]


chumbou o ano , mais a Ana não
[-] .
Ofereci uma blusa a mãe e Ana [-] [ofereceu a mãe ]
um livro .

As zonas antigas das cidades estão [Zonas ] [ das cidades ]


mais degradadas que as [-] recentes
[-] .
O jornal X refere as campanhas [ao lado das campanhas eleitorais
eleitorais são as mais dispendiosas serem as mais dispendiosas de
de sempre , porem o jornal Y sempre ]
apresenta dados contrários [-] .

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Estes processo permite evitar repetições redundantes, ou seja, os
enunciados tornar-se-iam demasiado longos e acabam por desviar a
atenção da informação focada. Este é, portanto um processo sintático
muito recorrente e importante para a eficácia do processo comunicativo.
Num determinado contexto situacional, é possível interpretar as
expressões elípticas.
Exemplos: Contexto situacional:
Levo aquele Estando numa loja a escolher vestidos, uma mulher
dirige-se para o funcionário e aponta para um vestido
entre vários outros.
Não mudes! Estando duas pessoas a ver televisão, uma tem o
comando remoto e faz um movimento para carregar no
botão e outra reage a ação, fazendo um pedido.

Frase paramétrica: surge intercalada numa oração ou no final da


frase , como comentário ou explicação acerca da entidade referida no
grupo nominal , quando intercalada , ou em toda a frase , quando final .
O caráter parentético das orações intercaladas e fornecido pelas
pausas , na oralidade , ou por virgulas ou traços , na escrita .
As orações parentéticas, ocorrendo intercaladas, constituem
modificações apositivos que não contribuem para a construção de
sentido do referente, mais para estender o seu âmbito de significado.
Exemplos : Explicação :
Os assaltantes , crê-se , encontram-me ainda As orações parentéticas :
em parte incerta . -apresentam uma posição não
O local vandalizado , diz-se , ficou num estado confirmada ;
lastimável . - salientam um ponto de vista
Está terra , como eu digo , está de mal a pior . pessoal ;
A situação , acredito , está prestes a ser - citam a fonte de uma
resolvida . informação ;
O episódio , como refere o jornal , terá - apresentam o locutor de um
acontecido durante a madrugada . enunciado oral transposto para
Tudo isto se deu bem cedo – disse um popular – a escrita ;
ainda estava deitado e ouvi barulhos .
O Sr. Manuel , que é sereno e nada teme , - adicionam informação
apanhou o susto da sua vida . acessória a interpretação do
O assalto , que foi capa de jornal , deixou os enunciado, na medida em que
moradores em estado de alerta . não definem restritivamente a
entidade a que se apõem.

Concordância do verbo com sujeito

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Regra geral , o verbo concorda com o sujeito em pessoa e
número .
Ex: Ele é um homem honesto
Eles ficam sempre em casa .
 O verbo vai para o plural se o sujeito é um número precedido de
cerca de , mais de , menos de .
Ex: Mais de duzentos alunos passaram de classe .
 O verbo fica no singular com as expressões mais de um , metade
de , mais que um .
Ex: Mais de um passageiro magoou-se na viagem .
 Com o pronome relativo que , o verbo concorda com o
antecedente desse pronome .
Ex:Eu li os livros que estavam no gabinete .
 Os títulos de obras que tem forma de plural são considerados
cmo singular se o artigo não fizer parte do titulo .
Ex:Os Lusiadas, os Camões , são uma obra interessante e de
estudo .
 Com o pronome relativo quem , o verbo vai sempre para a terceira
pessoa do singular .
Ex: Fomos nós quem disse tudo aquilo
 Se um titulo é representado pelos pronomes isto , isso , tudo o
que e os verbos ser ou parecer , a concordância verbal faz-se com
o predicativo do sujeito .
Ex:Isso são situações do nosso tempo
Tudo o que ficou registado são apenas conversas .
 Se o sujeito é constituído por um nome próprio no plural , o verbo
fica no singular se o nome não for precedido de artigo .
Ex:Os Estados Unidos da América são uma nação democrática .
Quilengues tem algumas atrações turísticas .
Concordância do verbo com o sujeito composto
Quando o sujeito é composto ( se consta de dois ou mais
elementos ) , a concordância em número depende da posição do
sujeito .

 Se o sujeito está antes do predicado , o verbo vai para o plural .


Ex:O programa e o livro são manuais de leitura .
 Quando a seguir a um sujeito composto ocorre qualquer das
palavras tudo , nada ou ninguém , o verbo permanece no
singular.
Ex:O livro , o jornal , tudo desapareceu .
 Se o sujeito está depois do predicado , o verbo pode concordar
com o elemento importante mais próximo .

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Ex:Desapareceram o livro e o jornal
Desapareceu o livro e o jornal .

 Quando o sujeito composto é formado por nomes no singular


ligados pela conjunção nem , o verbo vai para o singular , se
houver a ideia de exclusão de outros .
Ex:Nem a minha tia nem a tua será beneficiada .

 Sujeitos desempenhados por infinitivos tem o verbo no singular .


Ex:Rir e brincar é próprio do ser humano .
Quando o sujeito é composto , a concordância em pessoa depende da
pessoa gramatical a que os diferentes elementos pertencem .

 Se um dos elementos do sujeito é a primeira pessoa , o verbo vai


para a primeira .
Ex: Eu , tu e ele somos da mesma pátria .
 Se todos os elementos são da terceira pessoa , o verbo vai a
terceira pessoa .
Ex:Ele e o tio lanҫaram mãos a obra .
 Se um dos elementos do sujeito é da segunda pessoa e não há
nenhum da primeira , o verbo vai para a segunda pessoa .
Ex:Tu e ele foste a festa do Rui ?
 Se um sujeito é representado por um dos pronomes interrogativos
(quais, quantos ) ou indefinidos (alguns,muitos,poucos) seguidos
dos pronomes nós e vós , o verbo fica na terceira pessoa do plural
ou concordará com nós/vós .
Ex:Quais de nós faremos a pesquisa ?
Alguns de nós vieram das Lundas .
Sujeito simples: é quando indica um ser ou um conjunto de
seres .Ex: O Antônio comeu o pão .
Os professores festejaram alegremente
Sujeito composto: é quando indica mais de um ser ou mais de um
conjunto de ser.
Ex: O Antônio e a Paula comeram o pão.
Os professores e os alunos festejaram alegremente.

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Conclusão
Depois das nossas pesquisas, concluímos que a concordância é o
processo sintático que se verifica entre duas ou mais palavras que
partilham elementos ao nível da flexão de pessoa, gênero ou número em
função do lugar que ocupam na frase.
Sujeito simples: é quando indica um ser ou um conjunto de seres.
Sujeito composto é quando indica mais de um ser ou mais de um
conjunto de ser.

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Referências bibliográficas
Ruwet, N. 1979. A Gramatica Generativa de Noam Chomsky,
Lisboa: Edições 70.
Vileta, M. (1994) , Gramatica da Língua Portuguesa –Gramatica
da palavra , Gramatica da frase , Gramatica do texto /Discurso .
Coimbra: Livraria Almeida.
Zanotton, N. (1986). Estrutura Mórfica da língua portuguesa.
Caixas do Sul: Educs.

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