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Português

15/06/22

Concordância nominal:

Regra geral: adjetivo, artigo, pronome, numeral concordam com o substantivo


a que se referem.

Com o adjetivo posposto: substantivos do mesmo gênero, o adjetivo


ficará no mesmo gênero e no plural (concordância rígida). Poderá concordar
com o núcleo mais próximo (concordância atrativa). Se forem de gêneros
diferentes o adjetivo ficará no masculino plural ou ainda concordará com o
núcleo mais próximo.

Com o adjetivo anteposto: a concordância mais notável (mais usual)


será a atrativa. Quando um substantivo vier seguido por mais de um adjetivo,
os adjetivos admitem as duas concordâncias.

Regras especiais:

Mesmo – próprio: eles concordam com o termo que se referem.

17/06/22

Leso – quite: adjetivos concordam com o termo que se referem.

Menos: sempre masculino. Advérbio ou pronome.

Alerta: é adverbio de modo invariável. Significa “em estado de alerta”.

Anexo: é adjetivo e concorda com o termo que se refere. “em anexo” é


errado.

Todo: é pronome (flexiona-se em gênero e número) e equivale como


advérbio.

Só: somente, apenas – invariável. Só = sozinho – adjetivo e varia.

Obrigado: adjetivo e concorda com o termo que se refere, equivale a


grato.

É bom, é necessário, é preciso, é permitido, é proibido etc: (VL +


predicativo) quando o sujeito estiver determinada por artigo ou qualquer outra
determinante, a concordância será feita normalmente. Caso não exista
determinante algum a expressão ficará invariável. Ex: é proibida a entrada / é
proibido entrada.

Possível: concorda com o artigo que compõe a expressão.


Bastante: é pronome indefino e pode ser adverbio. Como pronome varia
conforme o núcleo (o mesmo que muito/s/a/as). Quando advérbio fica
invariável.

A olhos vistos: locução adverbial de modo e é invariável. Equivalente á


“ de forma clara, evidente”.

20/06/22

Concordância verbal

Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.

-Se o sujeito for composto e anteposto ao verbo, o verbo ficará no plural.

-Se o sujeito for posposto ao verbo, o verbo ficará no plural


(concordância rígida) ou concordará com o núcleo mais próximo (atrativa)

Regras especiais:

Verbos impessoais: não possuem sujeito, o verbo ficará na terceira


pessoa do singular.

- verbos que indicam fenômenos da natureza.

- verbos fazer, haver, estar quando indicam clima ou tempo decorrido.

- verbo haver (culto) ou ter (informal) com o sentido de existir.

Verbos unipessoais: tem um sujeito, mas só admite a conjugação na


terceira pessoa do singular ou plural, como: acontece, basta, cabe, compete,
consta, convém, cumpre, falta, importa, interessa, ocorre, parece, preta, urge.

Sujeito oracional: o sujeito se transforma em oração (subordinadas) o


verbo da oração principal ficará na terceira pessoa do singular.

Aposto resumitivo: se o sujeito composto for resumido por um aposto


(pronome indefinido) o verbo concordará com o aposto: ex: diretores, políticos,
sindicalistas, ninguém se entendia!.

Pronome apassivador: quando o verbo (vtd) estiver acompanhado de


pronome apassivador (se), concordará em número e pessoa com o sujeito, que
normalmente vem aposto ao verbo. Ex: vendeu-se o sítio. Compraram-se as
balas de coco.
Símbolo ou índice de indeterminação do sujeito: quando o sujeito estiver
indeterminado pelo pronome “se”, o verbo (vl, vti, vi) ficará sempre na terceira
pessoa do singular. Ex: ficou-se contente. Obedeceu-se às regras do jogo.
Vive-se com conforto.

22/06/22

Pronome relativo “que”: quando ele for sujeito da oração subordinada


o verbo concordará com o termo antecedente. Ex: encontrei no metrô o rapaz
que fez o armário. Encontrei no metrô os rapazes que fizeram o armário.

OBS: se o antecedente desempenhar a função sintática de predicativo (confere


ao sujeito uma qualidade, uma característica) e o sujeito foi expresso por um
pronome pessoal, o verbo concordará com o sujeito ou o predicativo. Ex: fui eu
a professora que reclamei. Fui eu a professora que reclamou.

Pronome “quem”: permite que o verbo concorde com o pronome


pessoal antecedente ou com o próprio pronome, levando à terceira pessoa do
singular. Ex: fui eu quem cheguei por último na festa. Fui eu quem chegou por
último na festa.

“Um dos que”: o verbo pode concordar com o “um” e ficar no singular
ou concordar com o “dos” = daqueles e ficar no plural. Ex: você é um dos que
falam mais. Você é um dos que fala mais.

Coletivo geral: o verbo concorda com o substantivo coletivo. Ex: o povo


não revelou seu voto. A gente brasileira quer mudanças.

Expressão partitiva: é aquela que fala de uma parte de um todo (parte


de, a maioria de, um grupo de, etc) o verbo poderá concordar com elas (rígida)
ou com o substantivo no plural que funciona como adjunto (atrativa). Ex: a
maioria dos jovens não fuma. A maioria dos jovens não fumam.

Numeral: concorda com a palavra e não com o sentido. O verbo vai


concordar com o numeral. Fração, concordará com o numerador (o de cima).
Decimais o verbo concordará com o número inteiro.

Títulos de obras e topônimos (nomes de lugar): o verbo concordará


com o número do artigo ou ficará invariável se o sujeito estiver sem artigo. Ex:
Os Estados Unidos criticaram a atitude da Rússia. Estados unidos criticou a
atitude da Rússia.

Verbo “dar” “bater” “soar”: relacionado à hora, concordará com o


sujeito (se existir), ou concordará com a quantia de horas. Ex: O relógio bateu
três horas. No relógio, deram quatro horas.
Verbo “ser”: como verbo de ligação admite a concordância com o
sujeito ou com o predicativo. Ex: tudo são flores. Tudo é flores. *ambos estão
corretos.

Pronome pessoal do caso reto: é obrigatória a concordância com o


pronome do caso reto. Ex: eu sou a professora. A professora sou eu.

As expressões “é muito” “é pouco” “é suficiente” :com ideia de preço,


medida, ou quantidade o verbo sempre ficará no singular.

Silepse: é a concordância que se faz com o termo que não está


expresso no texto, mas sim com a ideia que ele representa. Pode ser em
gênero, pessoa e número.

 Gênero: Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se


faz com a ideia que o termo comporta. Exemplo: A bonita Porto
Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso. A bonita CIDADE
DE Porto Velho.
 Pessoa: Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda
e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de
concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o
sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no
sujeito. Exemplos: O que não compreendo é como
os brasileiros persistamos em aceitar essa situação.
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho. Nestes casos
concorda com a ideia de NÓS.
 Número: A silepse de número ocorre quando o verbo da oração
não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com
a ideia que nele está contida. Exemplos:
A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de
Salvador.
Como vai a turma? Estão bem? Ambos concordam com a ideia
de pluralidade.
24/06/22

Sintaxe

Análise sintática: somente em termos de uma oração.

Frase: é o enunciado de sentido completo. Pode ter ou não verbo.

Período: é a frase verbal, tem sentido completo e verbo. Inicia com a letra
maiúscula e termia com o ponto. Pode ser simples ou composto.

Oração: é a frase ou parte da frase que tem verbo.

Ordem direta:

S + V + Complemento + (Adj. Adv. termo acessório)

27/06/22

Voz verbal

Voz ativa: o sujeito pratica a ação.

Voz passiva: o sujeito é paciente da ação. Agente da passiva.

Apagamento do agente:

Voz passiva analítica: verbo SER + particípio (ado/ido).

Voz passiva sintética: verbo principal TD + SE. O SE


transforma o objeto em sujeito.

Voz reflexiva: agente e paciente são a mesma pessoa. Pode ter sentido
de reciprocidade quando o sujeito for plural.

29/06/22

Regência

Regência: é a relação de dependência entre dois termos da oração. É


“pedir” preposição verbal ou nominal.

Preposição: liga termos distintos. No período simples é subordinação.

Conjunções: ligam termos de mesmo valor. No período simples é


coordenação.
Obs: quando o complemento de um nome ou de um verbo tiver a forma
de uma oração reduzida de infinitivo não se deve fazer a contração entre a
preposição e o eventual sujeito desse infinitivo, pois a preposição introduz toda
a oração e não apenas o sujeito. Além disso, o sujeito é um termo que não
pode ser preposicionado.

Ex: Pense na possibilidade de eles virem almoçar conosco. Certo, conforme


norma culta.

Pense na possibilidade deles virem almoçar conosco. Errado, pois é traço de


oralidade.

Obs 2: quando um verbo regente ficar em uma oração subordinada


adjetiva, a preposição que ele pede em seu complemento virá antes do
pronome relativo.

Ex: Maria assistiu a um filme ótimo. Assistir com sentido de ver exige a
preposição A.

O filme a que Maria assistiu é ótimo.

Obs 3: A preposição que serve a dois termos coordenados pode vir


repetida ou em elipse junto ao segundo (e aos termos), conforme haja ou não
desejo de enfatizar o valor semântico da preposição, desde que não gere
ambiguidade.

Ex: As alegrias de infância e de juventude. Certo.

As alegrias de infância e juventude. Certo.

Obs 4:Não se pode coordenar termos com complemento comum, caso


eles tenham regência de natureza diferente.

Ex: Passando na loja, vi e comprei o vestido. (quem vê, vê algo. Quem compra,
compra algo)

Passando na loja, gostei e comprei o vestido. (quem gosta, gosta de algo.


Quem compra, compra algo) errado.

Passando na loja, gostei do vestido e comprei-o. Certo.


06/07/22

Colocação pronominal

- pronomes átonos não iniciam frases

Próclise: Mesóclise Ênclise


Antes do verbo Dentro do verbo Depois do verbo
Obrigatório em: Usa-se: Impedimentos:
1- palavras negativas: 1- No impedimento da 1- depois de verbos no
não, nunca, jamais, ênclise particípio: nas locuções
ninguém, nada etc. verbais deverá ser
2- pronomes e 2- Na falta do fator de usado próclise ou
advérbios próclise ênclise com hífen no
interrogativos: que, verbo auxiliar. EX:
quem, quando, onde, Normalmente ocorre tenho-o trazido sempre
como, por que, etc. quando o verbo está no comigo.
3- Palavras futuro do indicativo e em 2- depois de verbos no
exclamativas ou inicio de oração. EX: futuro do presente ou
orações optativas: preparar-me-ei para o no futuro do pretérito
exprimem desejo. concurso. (do indicativo): somente
4- orações pode próclise ou
subordinadas mesóclise no verbo
desenvolvidas, mesmo auxiliar. EX: eu me teria
com a conjunção oculta: calado. Ter-me-ia
Bizu: aparecendo calado.
“quando”ou “que” usa-se
próclise.
5- gerúndio precedido
da preposição “em”:
EX: em se tratando de OBS: É o lugar natural
compromisso sério, do pronome átono uma
aceito seu convite. vez que ele é
6- advérbios e complemento de verbo.
locuções adverbiais Se não houver palavra
sem pausa: já, mal, que justifique a próclise
ainda, sempre, só, aqui, deve-se usar a ênclise.
lá, talvez, etc.
7- pronomes
indefinidos: todo, tudo
qualquer, alguém, outro
muito, etc.:
12/07/22

Em locuções verbais com verbo principal no infinitivo ou gerúndio


há duas possibilidades:

1- Ênclise ao verbo principal. 2- Ênclise ou próclise ao verbo


auxiliar dependendo se houver fator
de próclise ou não.
Ex: Quero propor-lhe um acordo. EX: Quero-lhe propor um acordo.
EX: não venham interromper-nos a
conversa.
EX: não nos venham interromper a
conversa
Obs: Nunca a ênclise ao verbo principal no particípio:

EX: João tinha acompanhado-nos na ultima visita.


EX: João nos tinha acompanhado na ultima visita.
EX: João tinha nos acompanhado na última visita.
EX: João tinha-nos acompanhado na última visita.

Quando a frase for interrompida por aposto, o termo antecipado por


oração justaposta, a colocação pronominal permanecerá a mesma de antes.
Bizu: fingir que a parte entre vírgulas não existe!

EX: Ninguém a viu na vizinhança.

EX: Ninguém, desde a manhã, a viu na vizinhança.

A próclise ou a ênclise são facultativas nos seguintes casos:

Ex: No primeiro instante, interessante me


pareceu o livro.
1- Quando a oração, disposta em
ordem inversa, se inicia por objeto
Ex: No primeiro instante, interessante
direto ou predicativo.
pareceu-me o livro.

EX: Ambos queriam-me ao seu lado.


2- Com o numeral ambos.
EX: Ambos me queriam ao seu lado.

EX: Ou você se desculpa, ou não falo


mais.
3- Nas orações coordenadas
alternativas.
EX: Ou você desculpa-se, ou não falo
mais.
Com verbos no infinitivo, embora seja preferencial o uso da ênclise,
pode-se usar a próclise.

EX: que vontade de pedir-te um beijo.

EX: que vontade de te pedir um beijo.

Obs: é obrigatória a ênclise quando o pronome tem a forma “o” ou “a” e o


infinitivo vem regido pela preposição “a”.

EX: não voltarei a criticá-lo

EX: não voltarei a o criticar.

Tempos verbais

Presente Pretérito Futuro


Emprega-se para: Imperfeito: expressa Do presente: indicação
- enunciar um fato atual. ação habitual no de fatos prováveis,
- enunciar ações e fatos passado. Ação não está posteriores ao momento
permanentes. concluída. da fala, ou incerteza.
- expressar uma ação
contínua ou Perfeito: expressa ação Do pretérito: indica fato
característica do sujeito. concluída no passado, que não se realizaram e
- aproximar o leitor dos não há habitualidade. que provavelmente não
fatos ocorridos no se realizarão
passado (presente Mais que perfeito: (afirmações
histórico). indica uma ação condicionadas).
- marcar um fato futuro, ocorrida antes de outra
conferindo certeza à ação já passada.
afirmação.
- suavizar o imperativo.
Modos verbais:

Indica certeza ou constância em relação a um estado ou uma


Indicativo: ação, em um período composto é o modo da oração principal:

Enunciam a ação do verbo como eventual, incerta, ou irreal,


em dependência estreita com a vontade, a imaginação ou o
sentimento daquele que as emprega. São mais vagos.
Relaciona-se com outra como dependente dela mesmo
Subjuntivo: quando há o apagamento (ou a elipse) da oração principal.
EX: [espero] que ele esteja melhor – presente.
EX: [se tivesse coragem,] faria uma plástica – pretérito.
EX: [quando tiver dinheiro,] farei uma viagem – futuro.

Usa-se para persuadir o interlocutor a realizar ou não a ação


que está sendo enunciada. Pode-se emprega-lo para exprimir
uma ordem, um conselho, um convite, um pedido.

EX: entregue-me o relatório ainda hoje. – imperativo positivo.


EX: não fales com nenhum desconhecido na rua. – imperativo
negativo.

OBS: embora seja construído com os tempos do presente, ele


apresenta valor de futuro, pois a ação que expressa ainda não
Imperativo: se realizou.
OBS 2: o imperativo pode ser empregado para sugerir uma
hipótese, situação em que equivale à forma condicional do
subjuntivo “se + futuro”.
EX: viaje pelo país, e conhecerá sua diversidade = Se viajar
pelo país, conhecerá a sua diversidade.

OBS 3: é comum usarem-se fórmulas de polidez para atenuar


a noção de comando, como “por favor”, “por gentileza” etc.

20/07/22

Crase ou acento grave

Conceito: ou regra geral é a fusão de dois sons de “a”, um obrigatório


da preposição e outro pode ser do artigo “a”, do pronome demonstrativo “a”
(redução de aquela), primeira sílaba dos pronomes demonstrativos
aquele/aquela/aquilo.

Crase facultativa:
1- uso facultativo do artigo A.

 Antes de pronomes possessivos femininos.


EX: levaremos o livro à (a + a) sua casa.
EX: levaremos o livro a (só preposição) sua casa.
 Antes de nomes próprios femininos.
EX: desejo tudo de bom à (a + a) Beatriz.
EX: desejo tudo de bom a (só a preposição) Beatriz.

Obs: cuidar para não gerar ambiguidade pela falta de crase.

2- Uso facultativo da preposição A, formando locução “até a”.

Obs: Até = preposição quando servir para indicar limitação “de um ponto até
outro ponto”. Até = advérbio, quando tiver valor de “inclusive”. Não possui a
variante “até a”. Não há crase aqui.

EX: leu o livro de uma vez até a última página. Preposição + artigo.

EX: leu o livro de uma vez até à última página. Preposição + preposição
a + artigo a.

Casos especiais em que ocorre crase:


1- Em locuções com núcleos femininos.

EX: Barco à vela. À medida que. Ensino à distância.

2- Antes de substantivos masculinos quando estão subentendidas as


palavras “moda de” ou “faculdade” (ou empresa, escola e análogos).

EX: Ele escreve à Rui Barbosa (à moda de Rui Barbosa).

EX: O Governo não fez concessões à Ford. (à fábrica Ford).

3- Topônimos (nomes de lugar): só ocorrerá crase se o topônimo for


antecedido de artigo A.

EX: Vou à Itália. (ir a + a Itália) (eu vim da Itália – da= preposição de +
artigo a)

EX: Vou a Portugal. (Ir a + Portugal) (Vim de Portugal – de = só


preposição).

4- Antes da palavra CASA: quando é a casa do falante não tem crase,


quando for a casa de outra pessoa ou de forma metafórica haverá crase.
EX: fui a casa apanhar os documentos do carro.

EX: fui à casa de Maria apanhar os documentos.

5- Antes do pronome relativo “a qual”:

EX: a menina à qual me refiro é muito estudiosa.

6- Antes do pronome de tratamento “senhora”, que é acompanhado por


artigo definido.

EX: ele explicou o caso à senhora?

OBS: os pronomes de tratamento iniciados por pronomes possessivos não


vêm antecedidos por artigos, não ocorrendo crase nesses casos. EX: ele
explicou o caso a Vossa Excelência?

7- Antes da palavra “terra”: a palavra terra, na maioria das suas acepções,


pode vir precedido do artigo “a”.

EX: voltou à terra onde nascera.

OBS: quando a palavra terra opõe-se à palavra bordo (navio) não admite artigo
nem crase.

EX: logo que o navio aportou, os marinheiros desceram a terra.

Casos em que não ocorre a crase:


1- antes de pronomes relativos “que”, “cuja”, “quem” e dos pronomes em
geral que não vêm acompanhado de artigo.

EX: A menina a que, ou a quem, me referi é minha aluna.

2- antes de substantivos femininos tomados em sentido geral,


indeterminado, que repelem o artigo definido: há uma supressão do artigo
indefinido “uma”.

EX: foi submetido a (uma) operação muito delicada. Operação tem


sentido geral.

3- antes de substantivos femininos no plural, indefinidos.

EX: Maria tem aversão a festas. Preposição.

EX: Maria tem aversão às festas. Preposição a + artigo as.

4- entre substantivos iguais, formando locução.


EX: cara a cara. Frente a frente. Gota a gota.

5- antes de verbos: verbos não admitem artigos.

EX: comecei a fazer os exercícios.

6- depois de outras preposições, com exceção de “até”.

EX: espero você desde as nove horas. Preposição e Artigo.

Figuras de linguagem:
Figuras de pensamento: são aquelas associações que se fazem no
campo das ideias.

1 - Comparação: estabelece uma comparação entre dois elementos por meio


de uma qualidade comum, mantendo-se a essência dos dois. Aparecem
ligados por um conectivo do tipo como, que nem, feito, assim, como, tão
quanto, tal qual, e por verbos como parecer, assemelhar-se etc.

EX: aquele menino é forte como um touro.

2 - Metáfora: comparação implícita, em que acontece a fusão dos dois


elementos comparados, com a ideia de que “um é o outro”.

EX: aquele menino é um touro.

3 - Prosopopeia (ou personificação): consiste na atribuição de uma


qualidade típica de seres humanos a seres não humanos ou objetos.

EX: O vento dança com as folhas das árvores.

4- Hipérbole: é o emprego de uma forma exagerada para dar mais


expressividade a mensagem.

EX: já te falei um milhão de vezes para não fazer isso.

5- Eufemismo: é a suavização de uma ideia para evitar o impacto de uma


mensagem cruel, negativa, ofensiva. O eufemismo tem a ver com algo bom.

EX: você está faltando com a verdade.

6- Paronomásia: é o que conhecemos por trocadilho, jogo de palavras.

EX: o importante não é a casa onde moramos. Mas onde, em nós, a


casa mora.

7- Metonímia: baseia-se na substituição de um termo por outro, quando existe


proximidade semântica entre eles.
a) substituição da obra pelo autor. EX: ver um Portinari ao invés de ver
um quadro de Portinari.

b) substituição do conteúdo pelo continente: EX: tomar um copo d´agua


ao invés de tomar a água que está no copo.

c) substituição da parte pelo todo: EX: o bonde passa cheio de pernas


brancas pretas amarelas ao invés de o bonde passa cheio de pessoas de todas
as etnias.

d) substituição da causa pelo efeito. EX: vivo do suor do meu rosto ao


invés de vivo do meu trabalho.

8- Antítese: caracteriza-se pela associação de palavras ou ideias em oposição.

EX: o bem e o mal vivem dentro de nós.

EX: tenho certeza de que tenho muitas dúvidas.

9- Paradoxo: caracteriza-se pela contradição entre as imagens associadas.

EX: diante da miséria social, os cidadãos veem não vendo.

10- Gradação: sequência de ideias apresentadas em ordem crescente ou


decrescente.

EX: Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.

11- Sinestesia: caracteriza-se pelo cruzamento dos sentidos (audição, visão,


olfato, tato e paladar) na associação de ideias.

EX: cheiro de café quente.

12- Ironia: ocorre quando se diz o contrário do que se quer dar a entender, ou
quando se produz um efeito de sentido diverso do que foi empregado na forma
denotativa.

EX: você está emagrecendo mesmo! (quando você quis dizer que a
pessoa está engordando)

13- Pleonasmo: Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas


palavras ou não. Com a finalidade de realçar a ideia, torná-la mais expressiva.

EX: O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo. O “lo” é


repetição do problema da violência, ambos funcionam como objeto direto.

EX: Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas. “Lhes” = os


funcionários e ambos são objetos indiretos.
28/07/22

Figuras de sintaxe: mexem, alteram a estrutura padrão sintática da


frase.

Elipse: é a omissão de um termo que o contexto ou a situação permitem


suprimir.

Do sujeito: EX: (nós) Saímos sempre aos sábados para distrair.

Do verbo (parcial ou total): EX: na vida dela houve mudança de


personagens; na dele, (houve) mudança de personagens e de cenários.

De preposição “de”: antes da conjunção integrante que introduz as


orações objetivas indiretas e as completivas nominais. É problemática, pois
pode ir contra a norma culta: EX: tem medo (de) que alguém descubra o que
fez.

De conjunção integrante “que”, também contraria a norma culta: EX:


Pensei (que) fossem chegar reforços.

Hipérbato: é a inversão da ordem direta das palavras da oração (S+V+Com.)


ou da ordem das orações no período (O. Principal + O. Sub), tem finalidade
expressiva. EX: [as crianças] [acho] [que brincam melhor em grupo].

EX ordem direta: [acho] [que as crianças brincam melhor em grupo].

Assíndeto: é a omissão de conjunção que poderia enlaçar palavras ou


orações (e, ou, nem). Requer mais atenção do leitor. EX: lavava roupas, vestia,
usava, lavava outra vez.

Polissíndeto: é o emprego reiterado de conjunções coordenativas. EX:


Ocupados como quem lavra a existência, e planta, e colhe, e mata, e vive, e
morre, e come.

Silepse: típica de oralidade, é a concordância que se faz com o sentido da


palavra e não com sua forma gramatical, chamada de concordância ideológica.

Silepse de número: EX: na rua, o povo manifestava-se. Gritavam por


justiça. Singular Plural

Silepse de gênero: EX: Vossa Excelência parece muito indignado!

Feminino masculino.

Silepse de pessoa: EX: todos queremos o melhor para o país.

3ª p.p. 1ª p.p
Sinônimos e antônimos:

Sinônimo: palavra de significado semelhante à outra e que pode ser usada em


seu lugar sem alterar o significado da sentença.

Exemplos de sinônimos:
Casa - lar - moradia - residência Delicioso - saboroso
Longe - distante Carro – automóvel

Antônimo: unidade significativa da língua cujo sentido é contrário ou


incompatível com o de outra.

Exemplos de antônimos:
Morfema Palavra Locução Frase
Feliz Grande Ir a pé Vou sair
Infeliz Pequeno Ir num transporte Não vou sair

05/08/22

Pontuação

Vírgula

Empregada para:
1- separar termos que exercem a mesma função sintática, quando não
vierem ligados pelas conjunções e, ou, nem.

EX: as crianças gostam de sorvete, bolo, chocolate e doces. Objetos diretos.

Obs: Quando ocorrer polissíndeto também deverá separar por vírgula os


elementos coordenados.

EX: as crianças gostam de sorvete, e bolo, e chocolate, e pipoca, e doces, e


balas.

Obs 2: o assíndeto caracteriza-se pela omissão da conjunção entre o


penúltimo e o último termo de uma enumeração, caso em que o emprego da
vírgula será obrigatório.

EX: João coleciona livros antigos, selos, figurinhas, botões.

2- separar o aposto (ou qualquer outro termo ou oração de valor


meramente explicativo).

EX: a moça, [prima da minha amiga], não quis comer nada. Aposto explicativo.

Obs: quando o aposto for enumerativo, podem ser usados dois pontos.
EX: comprei duas frutas que adoro: abacaxi e uva. Aposto enumerativo. No
lugar dos dois pontos pode ser usada a vírgula também.

3- separar os predicativos de valor explicativo antepostos.

EX: Maria, cheia de emoção, aceitou o pedido do noivo.

4- separar o vocativo, aonde quer que esteja.

EX: Menino, desce já daí!

5- separar nomes de lugares, em indicações de datas.

EX: Rio de Janeiro, 02 de Novembro de 1968.

6- Indicar a elipse de palavra ou de sintagma nominal. Vírgula vicária.

EX: Maria gosta de cantar; José, (gosta) de tocar violão.

7- separar o adjunto adverbial deslocado de sua posição habitual.

EX: Na manhã daquele dia, João saiu sem dar explicações.

Obs 1: se o adjunto adverbial não vier deslocado, a vírgula pode ser


empregada de modo facultativo.

EX: João saiu sem dar explicações , na manhã daquele dia.

Obs 2: quando os adjuntos adverbiais são de pequeno corpo, costuma-se


dispensar a vírgula. Ela é obrigatória quando se pretende realça-los.

8- separar palavras e expressões de natureza explicativa,


continuativa, conclusiva, ou enfática de um modo geral, como: além disso,
aliás, a saber, assim, com efeito, então, isto é, ou seja, por assim dizer, por
exemplo, ou melhor, etc.

EX: fez o que mais queria, ou seja, viajou e descansou.

9- separar orações coordenadas sindéticas ou assindéticas, onde uma


termina e outra começa.

EX: [Depois do susto, as pessoas nem falavam] , [nem sorriam].

EX: [Estava atrasada] , [portanto achei melhor tomar um táxi].

EX: [Os pensamentos vêm] , [vão] , [retornam].

Obs: a vírgula só não é empregada para separar orações coordenadas


aditivas, com conjunção “e”, quando o sujeito da 1ª e da 2ª oração tiverem o
mesmo referente.
EX: [[As crianças] gritavam no pátio] e [[elas] foram repreendidas].

10- separar orações subordinadas adjetivas explicativas. As restritivas


não tem vírgula.

EX: finalmente conseguiram o acordo, [que foi muito bom].

11- separar orações subordinadas adverbiais deslocadas. Na ordem


direta, a vírgula é facultativa.

EX: [quando era menino] , gostava de ouvir histórias.

12- separar as orações intercaladas (intercalam a fala do narrador


com a da personagem).

EX: - Bom dia, [disse o menino, ao ver sua madrinha].

EX: - Bom dia – [disse o menino...]. O travessão é mais utilizado para isso.

13- separar os membros paralelos de um dito proverbial.

EX: Dia de muito, véspera de pouco. Casa de ferreiro, espeto de pau.

Casos em que não se pode usar vírgula.


1- não se separa sujeito do verbo por vírgula, em ordem direta ou
inversa.

Obs: No caso de sujeito composto, o último dos termos coordenados não se


separa por vírgula do verbo.

EX: As aves, as flores, os homens renascem na primavera.

2- não se separa por vírgula o verbo ou o nome de seus


complementos, em ordem direta ou inversa.

EX: das baratas tenho horror.

15/08/22

Ponto e vírgula

Empregado para:

1- separar os itens de uma enumeração descritiva ou narrativa.

EX: De um lado cunhavam pedra cantando ; de outro a quebravam a picareta.

EX 2: Art. 1º a educação nacional... tem por fim:


a- a compreensão...;
b- respeito...;

2- separar orações de outras que já contenham vírgula destacando a


conjunção de outros termos.

EX: [João não aceitava brincadeira de ninguém] ; [ficava, portanto, isolado do


grupo].

3- separar orações, desde que, na segunda, haja elipse do verbo.

EX: alguns anseiam pela paz; outros, pela guerra.

4- separar orações coordenadas adversativas, conclusivas ou


explicativas, com conjunções elípticas.

EX: [Há muitos modos de afirmar] ; (mas) [há só um de negar tudo]. No lugar
do “;”.

5- separar num período as orações de mesma natureza que tenham


certa extensão.

EX: combinamos o seguinte: arrumaremos todas as coisas hoje; dormiremos


bem cedo; acordaremos ainda de madrugada; e partiremos em viagem.

Dois pontos

Empregados para:

1- enunciar uma enumeração.

EX: comprei muitas frutas na feira: banana, laranja, maça e abacaxi.

2- enunciar a entrada de um interlocutor, normalmente após verbos


de elocução ou dicendi (dizer, perguntar, responder, retrucar e outros
sinônimos), em discurso direto.

EX: João interpelou Maria com rispidez: - Aonde você vai?

3- anunciar uma citação.

EX: Estrabão já afirmava: “Eles adotaram todos os costumes romanos e...”.

4- anunciar um aposto, uma conclusão, uma explicação, uma síntese,


uma consequência ou um esclarecimento.

EX: depois de todo o ocorrido, não havia outra explicação: enlouquecera de


vez.
EX 2: você só merece que eu diga uma coisa: adeus!

5- substituir a vírgula na separação de orações coordenadas


explicativas com vantagem estilística de dispensar a conjunção, caso esta
devesse ocorrer.

EX: “Menino não morras: na dormente mata, uma flor vai desabrochar.”

6- separar vocativos que encabeçam cartas, requerimentos, ofícios,


etc.

EX: Prezado Senhor:

Reticências

Elas são empregadas com duas finalidades principais: com propósito


suspensivo ou com propósito expressivo.

1- Na forma suspensiva, assinalam a interrupção de uma frase:

a- quando o escritor deixa o pensamento em suspenso (e o leitor pode


facilmente completa-lo).

EX: “– quem sabe? Em 1880, talvez se toque isto, e se conte que um mestre
Romão...”.

b- quando o interlocutor deixa que um segundo conclua seu


pensamento, intencionalmente incompleto.

EX: “– apesar disso, a Marocas...? – É verdade, dominou-o.”.

c- quando um interlocutor é interrompido por outro.

EX: “– mas a escritura... ia dizendo o mestre-de-campo João Barbosa. –


Deixemos em paz a Escritura, interrompeu-o Carmelita”.

d- quando indica hesitação, após o que se pode retomar o fio da frase.

EX: “ – saiba que fiz... fiz um drama”.

2- Com proposito expressivo, assinalam, no fim de um período de


sentido pleno, as mais variadas nuanças emotivas; empresta por vezes à frase
uma sugestão de continuidade, ou estagnação.

EX: “deitei-me no sofá e fiquei olhando os objetos da minha sala... o retrato de


meus pais... a máscara de Beethoven... o velho tapete...”.
OBS: as reticências podem ser empregadas como sinal tipográfico, para
indicar a supressão de palavras que não interessa reproduzir numa citação.
Devem vir entre colchetes.

EX: “as armas e os barões assinalados [...]”.

Aspas

São empregadas para:

1- isolar palavras alheias em uma citação.

EX: Como dizia Vinicius de Moraes, “A vida é a arte do encontro”.

2- Para realçar termos, expressões, conceitos, definições.

EX: “desde cedo merecera eu a alcunha de ‘menino diabo’.” Nesse caso é uma
citação dentro de citação, por isso as aspas simples.

3- salientar palavras e expressões que se deseja por em evidência


(irônicas, em sentido figurado, termos populares, etc.).

EX: João era um “anjinho” na frente dos pais.

4- para isolar do contexto falas ou pensamentos dos personagens.

EX: Maria sempre se lembrava da fala de João: “cuide-se muito!”.

5- para destacar títulos de artigos de periódicos e de capítulos ou


partes de livros, bem como de títulos de poemas e crônicas.

EX: É importante a leitura do capítulo “Pontuação”, no livro de Celso Cunha.

Parênteses

Empregados para:

1- substituir vírgula ou o travessão.

EX: As flores do jardim – dálias, rosas e gerânios – abriram com a chegada da


primavera. Poderá ser usado também (dálias, rosas e gerânios).

2- nas indicações bibliográficas.

EX: (CITRA, Lindley e CUNHA, Celso...).

3- para dar uma explicação, fazer um comentário incidental ou de


natureza emotiva, intercalado no período principal a ele justaposto.
EX: “Daí a pouco (capciosa natureza!), refletindo que seria mau acusa-lo sem
fundamento...”

4- nas indicações cênicas (rubricas), em peças de teatro ou similares;


de regra vêm grifadas.

EX: Maria (entrando desconfiada pela direita e fazendo caretas) – Estou aqui!
Chamaram?

5- na indicação do significado de uma palavra, ou da sua forma


original, ou da sua pronúncia, de um exemplo, etc.

EX: “o jornal interpretou o fato como sendo um hoax (mistificação)”.

Travessão

Empregado nos seguintes casos:

1- para indicar início da fala de um personagem. Repete-se antes dos


verbos dicendi (aqueles que indicam a fala) e ao terminar a intervenção do
narrador, se a fala prossegue.

EX: – o que você acha, João? – quis saber a mãe – ela não está bonita?

2- para indicar a mudança de interlocutor.

EX: – já é hora de irmos?


– vamos esperar mais um pouco...

3- para isolar, num contexto, palavras ou frases de natureza explicativa.


Neste caso, em que desempenha uma função análoga à dos parênteses, ou
das vírgulas, usa-se geralmente o travessão duplo.

EX: A primavera – estação das flores – é a mais bela. Aposto.

OBS 1: não é raro emprego de um só travessão para destacar, enfaticamente


a parte final de um enunciado.

EX: Um povo é tanto mais elevado quanto mais se interessa pela pelas coisas
inúteis – a filosofia e a arte. Termo apositivo de “coisas inúteis”.

OBS2: Pode ser usado para dar maior realce a uma conclusão, que representa
a síntese do que se vinha dizendo, no lugar dos dois pontos.

EX: Deixai-me chorar mais e beber mais, perseguir doidamente os meus ideais,
e ter fé e sonhar – encher a alma.

Orações intercaladas
Conceito: são orações inseridas em outra oração, sem que haja
necessariamente vínculo sintático entre elas. Muitas vezes, a oração
intercalada é um comentário de natureza particular ou um juízo de valor do
narrador em relação ao que esta sendo narrado. Essas orações vêm sempre
isoladas por pontuação de outra na qual se insere; podem ser empregadas
vírgulas, travessão e parênteses.

EX: – vem cá, Eugênia, disse ela, cumprimenta o Dr. Brás Cubas.
– disse ela – (disse ela)
Fala do narrador inserida na fala do personagem.

OBS: nem toda oração intercalada virá separada por vírgula. Deve-se sempre
evitar ambiguidades.

Ponto final

Conceito: ele indica a pausa máxima da voz.

1- Emprega-se para indicar o término de uma oração declarativa, seja


ela absoluta, seja a derradeira (última) de um período composto.

EX: entardecer no Angico. Estou parada, sozinha. O sol parece uma laranja.

Ponto simples ponto final

OBS 1: o ponto tem sido utilizado por escritores modernos onde os antigos
poriam ponto e virgula ou mesmo virgula. É um eficiente recurso estilístico,
quando usado adequadamente. Não é normal padrão.

EX: A música toca uma valsa lenta. O Desânimo aumenta. Os Minutos passam.

OBS 2: quando se passa de um grupo a outro de ideias, costuma-se marcar a


transposição com um maior repouso da voz, que, na escrita, se representa pelo
ponto parágrafo.

EX: Lá embaixo era um mar que crescia.


Começara a chuviscar um pouco.

OBS 3: utiliza-se para abreviaturas.

Exclamação

Conceito: é um sinal que se pospõe a qualquer enunciado de entoação


exclamativa. Seu valor só pode ser depreendido do contexto.

1- depois de interjeições ou vocativos:


EX: você viu aquilo? Cruz credo! Virgem Maria!

EX: Maria! Você viu aquilo?

2- depois de frases no imperativo:

EX: venha urgente para casa!

Interrogação

Conceito: é o sinal que se usa no fim de qualquer interrogação direta,


ainda que não exija resposta.

OBS 1: ponto de interrogação seguido de reticências indica dúvida.

EX: diante disso, o que farei?...

OBS 2: ponto de interrogação e exclamação indicam surpresa ou intensidade.

EX: Ah, é a senhora?!

26/08/22

Orações coordenadas

Orações coordenadas: tem a mesma natureza, mesmo valor. São


sintaticamente independentes. Não se admite o deslocamento entre orações. A
ordem é fundamental.

EX: [Maria acordou cedo] e [foi trabalhar].

[E foi trabalhar] [Maria acordou cedo].

S+V+C (conjunção) S+V+C

Orações coordenadas Assindéticas: não começa por conjunção. Deve-se


observar o sentido da oração pelo contexto.

Orações coordenadas sindéticas: começam com conjunção.

1- aditivas: adição, sequência de ações.

Conjunções: E, NEM.
Locuções conjuntivas: NÃO SÓ (SOMENTE / APENAS)... MAS
TAMBÉM (COMO TAMBÉM / MAS AINDA), etc.

EX: [João recolheu a mesa] [e lavou a louça]. Sentido denotativo.

O.C.Assindética O.C.Sindética aditiva

EX: [João não só recolheu a mesa], [mas ainda lavou a louça]. Sentido
enfático. Ambas são coordenadas sindéticas devido ao pedaço de locução
conjuntiva em casa oração.

2- Adversativas: sentido de oposição. Na subordinação é dispensável, na


coordenação é fundamental.

Conjunções: MAS, PORÉM, CONTUDO, ENTRETANTO, TODAVIA, E...

Locuções conjuntivas: NO ENTANTO, NÃO OBSTANTE, EM TODO


CASO...

EX: [Estamos todos cansados], [mas precisamos estudar].

O. C. A. O. C. S. Adversativa.

OBS: O “mas” sempre aparece depois da vírgula. As outras podem aparecer


em outros lugares.

3- conclusivas: sentido de conclusão do pensamento.

Conjunções: LOGO, PORTANTE, POIS (após o verbo), ENTÃO, ASSIM,


E...

Locuções conjuntivas: POR ISSO, POR CONSEGUINTE, ASSIM


SENDO...

EX: [Está chovendo muito] , [portanto volto rápido].

O. C. A. O. C. S. Conclusiva

EX 2: [Está chovendo muito] ; [volto rápido, pois].

OBS: “Logo” sempre no início da oração.

4- Alternativas: sentido de opção ou de alternância.

Conjunção: OU

Locuções conjuntivas: OU... OU, ORA... ORA, QUER... QUER, JÁ... JÁ.

EX: Está silêncio: [ou o vizinho saiu], [ou está dormindo].

O. C. S. O. C. S. Alternativa.
5- explicativas: sentido de explicação (motivação da fala). Não tem
causa e consequência. É empregada para fazer deduções, ou para justificar
ordens, pedidos, conselhos.

Conjunções: PORQUE, QUE, PORQUANTO, POIS (antes do verbo)...

EX: [Não mexe ai] , [que eu não quero] ordem e razão da ordem.

O. C. A. O. C. S. Explicativa.

EX 2: [Ele já dormiu] , [pois a luz está apagada] fala e Dedução

O. C. A. O. C. S. Explicativa

07/09/22

Orações subordinadas
OS Substantiva – expansões oracionais de termos substantivos.

A única que pode ser substituída por pronome (ISTO, ISSO, DISSO,
DAQUILO)

Conjunções integrantes – QUE ou SE.

OSS Subjetiva – função de sujeito

OSS predicativa – função de predicativo do sujeito

OSS Objetiva direta – função de objeto direto

OSS Apositiva – função de aposto. Vem depois dos “ : ”.

OBS: nem tudo que vem depois dos dois pontos é aposto.

** OSS Objetiva indireta – função de objeto indireto. Deve estar ligado ao


verbo.

** OSS completiva nominal – função de complemento nominal. Deve estar


ligado a um nome (substantivo, adjetivo, advérbio).

** OBS: únicas duas OSS que tem preposição.

OS Adjetiva – expansões de adjetivos.

Adjunto adnominal (que restringe o substantivo) ou de predicativo


(que apresenta uma qualidade, um estado).
Iniciam sempre por pronome relativo.

OS Adjetiva restritiva – não tem virgula. Exerce função de adjunto adnominal


que restringe ou especifica o núcleo do substantivo.

OS Adjetiva explicativa- tem virgula. Exerce função de predicativo


qualificando ou generalizando o sentido do substantivo.
Anotações de questões:

Texto Narrativo: O autor quer contar uma história à Sempre tem PENTE.

- Personagens

- Enredo

- Narrador (1ª ou 3ª pessoa)

- Tempo

- Espaço (cenário)

Texto Descritivo: Conta uma história mais detalhada

- Ex: Hoje pela manhã, estava chovendo. Tive que vestir roupa de frio, aquela
preta com listras cinza sem botão

Texto Dissertativo: Fala sobre um assunto

- Verbos no presente.

• Dissertativo Informativo/Expositivo: Informa algum assunto ao leitor

• Dissertativo Argumentativo: O autor expõem sua opinião

Texto Injuntivo: Serve para orientar o leitor

- Verbos no imperativo à Ex: Bula de remédio e receita de bolo.

- O macete dos Qcolegas é o seguinte: "depois de IDO/ADO, nada será


colocado!" → Não colocamos pronomes oblíquos átonos depois de verbos
no particípio

- Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois


subentende-se a palavra dia: 'hoje são 4 de setembro' ou 'hoje é (dia) 4 de
setembro'".

Uso da vírgula depois do "mas"


Não existe vírgula “depois” do “mas”; nem “depois” de “e”, nem de “que”
ou de qualquer outro conectivo. A vírgula jamais se refere a qualquer conectivo;
mas sim, à estrutura da frase.

É sempre bom lembrar, também, que vírgula e ponto-e-vírgula não são


sinais ligados apenas à gramática, mas à harmonia da frase e, sobretudo, à
semântica e estilo.

1- Tenha atenção também para não confundir a conjugação do


verbo VER (ver com os olhos) com a do verbo VIR (ir de um lugar para o outro)
no futuro do subjuntivo:

1. "Quando ele vir o céu sem poluição, ficará encantado" →


Verbo VER (observar);

2. "Quando ele vier ao restaurante, gostará do ambiente" → Verbo VIR (ir


de um lugar para o outro).

O desempenho do time ontem foi excepcional; (juízo de valor)

É pena que tenha chovido tanto no final de semana; (juízo de valor)

Segundo o que eu penso, esse médico é um enganador; (juízo de valor)

Você não passa de um charlatão vulgar; (juízo de valor)

João acertou na loteria e está feliz com isso. (juízo de fato)

>>> Juízo de valor trata de opinião (tem valor subjetivo), já juízo de fato é uma
atestação (tem valor objetivo).

aumento da objetividade : voz passiva, suprimindo-se o agente e dando


ênfase apenas a ação informada.

• Diminuição da objetividade. O uso de sujeito indeterminado em contextos


informativos diminui sua objetividade, indicando elementos textuais não
retomáveis pelo leitor;

As locuções verbais, ou perífrases verbais, são normalmente formadas por um


verbo auxiliar + uma forma principal. A forma auxiliar pode assumir, entre
outras classificações, função modal ou acurativa.

Auxiliares modais indicam com maior precisão o modo como ocorre a ação
descrita no verbo principal;
São auxiliares modais: dever; precisar; poder; querer; conseguir; pretender;
tentar; chegar;...;

Auxiliares acurativos indicam com maior precisão o tempo em que ocorre a


ação descrita no verbo principal;

São auxiliares acurativos: andar; ir; vir; começar; pôr-se; continuar; tornar;
voltar; costumar;...;

Elementos subjetivos são juízos de valor externados com base no sentimento


daquele que escreve, tendo por base a informação disponibilizada. É a opinião
do autor, que a exterioriza por meio de modalizadores.

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