Você está na página 1de 3

AULAS DE PORTUGUÊS II

EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA, QUÍMICA E FÍSICA


Sumário: Regras de concordância entre sujeito e o verbo
Objectivo geral: Compreender e aplicar corretamente as regras de concordância entre
sujeito e verbo em diferentes situações.
Específicos:
a) Identificar o sujeito e o verbo
b) Analisar casos avançados de concordância, incluindo sujeitos elípticos. orações
coordenadas e subordinadas.
c) Aplicar conhecimentos adquiridos na correção de textos académicos.
Tempo: 3h
Meios:
a) Apresentação do conteúdo teórico detalhado.
b) Discussão em grupo.
c) Análise de trechos de textos académicos.

Estratégias:
a) Leitura crítica de textos académicos com erros de concordância.
b) Exercícios avançados e correção em grupo.

Conteúdo:
a) Concordância com sujeitos elípticos.
b) Concordância em orações.
c) Concordância com sujeitos coletivos.
d) Concordância em relação ao gênero, número e pessoas gramaticais.
e) Casos especiais e exceções na concordância.
Referências.
1- Gramática Normativa da Língua Portuguesa de Ivanildo Bechara.
2- Gramática Metódica da Língua Portuguesa de Napoleão Mendes.
3- Novíssima Gramática da Língua Portuguesa de Domingos Paschoal.
4- A Gramática para Concursos Públicos de Nilson Teixeira.
5- Gramática de Uso da Língua Portuguesa de Maria Helena Moura de Neves.
Concordância é um conceito fundamental na gramática que se refere à harmonização das
palavras em uma sentença, de modo que concordem em género, número, pessoa e tempo. Em
particular, a concordância verbal se relaciona com a correspondência entre sujeito (normalmente
um substantivo ou pronome) e o verbo em uma frase.
Regras de concordância verbal
a) - quando o sujeito é coletivo o verbo fica sempre no singular.
Ex.: O elenco era muito competente.
Os elencos da paz são muito competentes.
Se o sujeito coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no singular ou no plural.
b) Coletivos partitivos, neste caso, o verbo pode estar no singular ou no plural tais
como, “a maioria de, a maior parte de, grande, número de”, etc.
Ex.: A maior parte dos estudantes desistiu da prova.
c) Com expressões “mais de, menos de, cerca de” o verbo concorda com o numeral.
Ex.: Mais de um homem quis trocar mercadorias.
Entretanto, nos casos em que “mais de” é repetido, indicando reciprocidade, o verbo vai
para o plural. Ex.: Mais de umaprofessora se abraçaram.
d) Em nomes próprios, a concordância deve ser feita considerando a presença ou não
de artigos.
Ex.: Os Estados Unidos influenciaram o mundo.
Estados unidos influenciou o mundo.
e) Com o pronome relativo que, concorda com o antecedente.
Ex.: Fui eu que levei.
Foste tu que levaste…
f) Com o pronome quem, o verbo pode ser conjugado na terceira pessoa ou concorda
com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu quem afirmei ou Fui eu quem afirmou.
g) Concordância com sujeitos formados por sinónimos, o verbo pode ir ao plural, ficar
no singular ou concordar com o núcleo do sujeito mais próximo.
Ex.: Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência ou Preguiça e lentidão destacou
aquela gerência.
h) Concordância com sujeito formado por palavras em graduação ou enumeração. O
verbo pode flexionar para o plural ou pode concordar com o núcleo mais próximo.
Ex.: Um mês, um ano, uma década de poder não subiu a saúde ou não subiram a
saúde.
i) Concordância com sujeitos ligados por ou. Os verbos ligados pela partícula ou vão
para o plural quando a ação verbal estiver se referindo a todos os elementos do
sujeito, porém, quando a partícula é usada como retificador,o verbo concorda com
o último elemento. Mas, quando a ação verbal é aplicada apenas a um dos
elementos, o verbo permanece no singular.
Ex.: Os doces ou salgados desagradam ao menino. Água ou suco refrescam no calor.
Ex.:2- A menina ou meninas esqueceram muitos acessórios. A mãe ou o pai não deu
educação.
Ex.:3- Laís ou Elisa ganhará mais tempo. O marido ou a mulher vai ao supermercado
hoje.
j) Com sujeitos ligados por nem, o verbo vai para o plural.
Ex.: nem chuva nem frio são bem recebidos.
k) Com sujeitos ligados por “com”, com o sentido de “e” o verbo vai para o plural.
Ex.: Os atores com seus convidados chegaram às 12h. Os maridos com a mulher saíram
para jantar. Mas, quando o “com“representar em “companhia de” o verbo concorda com
o antecedente e o segmento com é grafado entre vírgula.
Ex.: O patrão, com o funcionário, saiu para almoçar. O pintor, com todos os auxiliares,
resolveu mudar a data da expedição.
l) Com sujeitos ligados por “não só”, mas também, tanto, quanto, como, o verbo vai
para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.
Ex.: Tanto a Maria como Joana participaram da expedição, ou participou.
m) Com a partícula se, índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve ser
conjugado na 3ª pessoa do singular. No caso em que a palavra “se” apassivadora, o
verbo deve ser conjugado concordando com o sujeito da oração.
Ex.: Confia-se em todos. Alegra-se com tudo. Ex.: Construiu-se uma igreja.
Construíram-se novas igrejas.

n) Com verbos impessoais, haver com sentido de existir; fazer com sentido de tempo
decorrido, e verbos que manifestam fenómenos naturais- sempre são conjugados na
3ª pessoa do singular.
Ex.: Havia muitos copos naquela mesa. Houve dois meses sem mudanças.
o) Com sujeitos seguidos por “tudo”, nada ninguém, cada, nenhum, cada um, o verbo
fica no singular.
Ex.: Ana, Maria, José, ninguém o convenceu de mudar a opinião. Professores,
directores, estudantes cada um pensa de um jeito.
p) Com sujeitos ligados por “como” assim como”, bem como”, o verbo é conjugado no
plural.
Ex.: o trabalho, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher forte. O atleta, bem
como o treinador, foram homenageados.
q) Com locuções “é muito”, “é pouco” é mais de, é menos de o verbo fica sempre no
singular. Ex.: Três quilos de laranja é pouco para fazer o suco.
p) Com verbos dar, bater e soar. Os verbo sempre concordam com o sujeito.
Ex.: Deu uma hora que espero. Soaram duas horas.
r) Com indicações numéricas da data. Mas o verbo pode concordar com a palavra dia.
Ex.: Hoje são 2 de maio. Amanhã é 1 de dezembro. Hoje é dia 12 de outubro.
s) Com verbos no infinitivo impessoal não devem ser flexionados nas seguintes
situações:
- Quando têm valor de substantivo- comer é melhor que há.
-Quando têm valor imperativo- vá dormir.
-Quando são os verbos principais de uma locução verbal- íamos sair quando você
chegou.
-Quando são regidos por preposição- começamos a cantar.
At.te: verbos no infinitivo pessoal devem ser flexionados quando os sujeitos são
diferentes e queremos defini-los. Ex.: Comprei a pizza para eles comerem.
Ouvi os vizinhos chamarem.

Você também pode gostar