MATERIAL DE ESTUDO – ACOMPANHAMENTO DE LÍNGUA PORTUGUESA– PROFESSORA PLISCILA GUIMARÃES

Acompanhamento de Língua Portuguesa Regras de concordância nominal

Material de estudo 04 (Concurso SAQUAREMA)
Professora Pliscila Guimarães
Assunto: Concordância verbal e nominal
Nossa banca gosta muito de cobrar esse assunto
nas suas provas. Portanto, vamos abordar de
forma resumida e objetiva, alguns pontos de
concordância mais cobrados por esta banca.
Podemos definir esse assunto da seguinte forma:
concordância vem do verbo concordar, ou seja, é um
acordo estabelecido entre termos.
O caso da concordância verbal diz respeito ao verbo
em relação ao sujeito, o primeiro deve concordar em
número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª) com o
segundo.
Já a concordância nominal diz respeito ao substantivo
e seus termos referentes: adjetivo, numeral,
pronome, artigo.
Existem regras gerais e alguns casos especiais que
devem ser estudados particularmente, pois geram
dúvidas quanto ao uso.
Regras de concordância verbal
Para garantir a concordância verbal, precisamos
respeitar as relações de número e pessoa entre verbo
e sujeito. Vejamos algumas regrinhas:
Concordância de sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto (possui mais de um
núcleo) e vem antes do verbo, esse verbo deve estar
sempre no plural. Exemplos:
• Aline e João estudaram até de madrugada.
• Blusa e saia ficarão prontas ainda hoje.
Concordância de sujeito composto depois do verbo
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o
verbo tanto pode ficar no plural como pode concordar
com o sujeito mais próximo. Exemplos:
Para garantir a concordância nominal, precisamos
respeitar as relações de gênero e número entre
substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes.
Vejamos algumas regras.
Concordância entre substantivo e mais do que um
adjetivo
Quando há mais do que um adjetivo para um
substantivo, há duas formas de concordar:
Colocar o artigo antes do último adjetivo. Exemplos:
• A língua francesa e a italiana são
encantadoras.
• A música clássica e a popular são
manifestações artísticas.
Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no
plural. Exemplos:
• As línguas francesa e italiana são
encantadoras.
• As músicas clássica e popular são
manifestações artísticas.
Concordância entre substantivos e um adjetivo
Quando há mais do que um substantivo e apenas um
adjetivo, há duas formas de concordar:
Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo
deve concordar com o substantivo mais próximo.
Exemplos:
• Linda prima e bebê.
• Querido filho e prima.
Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo
deve concordar com o substantivo mais próximo ou
com todos os substantivos. Exemplos:
• Oratória e texto perfeito.
• Texto e oratória perfeita.
• Oratória e texto perfeitos.
• Texto e oratória perfeitos.

• Palestraram diretor e professores.

• Palestrou diretor e professores.
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Alguns casos especiais de concordância
nominal
Obrigado/obrigada
Como o agradecimento sugere
certa adjetivação, obrigado ou obrigada devem
concordar com a pessoa que fala, ou seja, com aquela
que está agradecendo.
Mulheres dizem obrigada, homens dizem obrigado.
Exemplo:
Camila disse obrigada a todos os convidados.
Mesmo e próprio
Os pronomes de reforço, como são chamados, devem
concordar em gênero e número com a pessoa a que
fazem referência.
Exemplos:
As filhas mesmas que organizaram o evento.
Eles próprios construíram seus escritórios.
Meio/Meia
A palavra 'meio' pode ser utilizada como numeral ou
como advérbio, dependendo da palavra que a
modifica.
a) Quando determina um substantivo, ela funciona
como um numeral adjetivo e, portanto, deve
concordar em gênero com o substantivo.
Exemplo:
Adicione meia colher de sal.
b) Quando modifica um adjetivo, sua função é
de advérbio e, portanto, é invariável.
Exemplo:
Amélia é meio teimosa.
Bastante
A palavra 'bastante' pode ocupar a função advérbio,
adjetivo ou pronome dependendo da palavra que
modifica.
a) Quando o “bastante” for um advérbio de
intensidade a palavra “bastante” não sofrerá variação,
isto é, não será flexionada no plural e virá ligada a um
verbo, advérbio ou adjetivo. Observe o exemplo:
As crianças comeram bastante no lanche da tarde!
b) Quando o “bastante” for um adjetivo pode sofrer
flexão de número, por ser uma classe variável.
Quando houver dúvida sobre empregá-la ou não no
plural, faça a substituição pela palavra “suficiente”.
Observe o exemplo:
Já há bastantes brinquedos em seu quarto!
(Já há brinquedos suficientes em seu quarto!)
c) Quando o “bastante” for um pronome indefinido
ele expressará quantidades indefinidas e surgirá na
frase antes de um substantivo com o qual concordará
em número, ou seja, é variável. Exemplo:
Bastantes pessoas foram às ruas protestar. (Muitas
pessoas, não é possível precisar quantas)
É proibido, é bom e é necessário
Essas expressões adjetivas devem concordar com
o substantivo que as modifica. Existem dois casos:
a) O adjetivo deve concordar em gênero e
número com o substantivo caso o substantivo, que
atua como núcleo do sujeito da oração, venha
precedido de artigo ou outro elemento determinante.
Exemplos:
A sabedoria é necessária, sobretudo nos momentos
mais difíceis.
É proibida a entrada de crianças com menos de 10
anos.
A água é boa para nossa saúde.
b) O adjetivo deve permanecer no masculino
singular quando o substantivo, que atua como núcleo
do sujeito da oração, não é precedido por qualquer
outro elemento que o determine.
Exemplos:
É proibido entrada de bebida alcoólica neste show.
É necessário inteligência na resolução das questões.
Água é bom para tudo.
Alguns casos especiais de concordância
verbal
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Expressões partitivas + substantivo
Quando o sujeito apresenta expressão partitiva, ou
seja, aquela que sugere uma “parte de alguma coisa”,
seguida de substantivo ou pronome no plural,
o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
Exemplos:
A maioria dos alunos não estuda para a prova.
A maioria dos alunos não estudam para a prova.
Porcentagem
Quando o sujeito apresenta apenas a expressão
numérica de uma porcentagem, o verbo deve
concordar com o valor da expressão numérica.
Exemplos:
30% deixaram de ir às urnas neste ano.
Apenas 65% compareceram às urnas neste ano.
Quando a expressão indicativa de porcentagem for
seguida de um substantivo, transforma-se em
uma expressão partitiva e, por isso, o verbo poderá
concordar com o numeral ou com o substantivo.
Exemplo:
1% dos eleitores votaram nulo.
1% dos eleitores votou nulo.
Substantivo próprio plural
Dependerá da ausência ou presença de um
determinante (artigo, pronome...) acompanhando o
substantivo plural.
Exemplos com determinante:
Os Estados Unidos são o destino perfeito para quem é
consumista.
As Minas Gerais são inesquecíveis!
No caso de o sujeito não vir precedido de artigo, o
verbo deve permanecer no singular.
Estados Unidos é uma boa opção de viagem.
Minas Gerais é espetacular!
Concordância com sujeito coletivo
Quando o sujeito é coletivo, o verbo fica sempre no
singular. Exemplos:
A multidão gritou por preços justos.
O elenco era muito competente.
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o
verbo pode ser conjugado no singular ou no plural.
Exemplos:
A multidão de fãs ultrapassou o limite do palco.
A multidão de fãs ultrapassaram o limite do palco.
Concordância com as expressões "mais de",
"menos de", "cerca de"
Nas expressões "mais de", "menos de", "cerca de", o
verbo concorda com o numeral. Exemplos:
Mais de uma cliente pediu a devolução das
mercadorias.
Mais de duas pessoas chegaram antes da reunião
começar.
Nos casos em que “mais de” é repetido, indicando
reciprocidade, o verbo vai para o plural. Exemplos:
Mais de uma aluna se abraçaram.
Mais de um empregado se ajudaram.
Concordância com pronome relativo "que"
O verbo deve concordar com o antecedente do
pronome “que”. Exemplos:
Fui eu que levei o presente.
Foste tu que levaste o presente.
Foi ele que levou o presente.
Concordância com pronome relativo "quem"
O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do
singular ou pode concordar com o antecedente do
pronome "quem". Exemplos:
Fui eu quem confirmou.
Fui eu quem confirmei.
Concordância com verbos impessoais
Os verbos impessoais são aqueles que não possuem
sujeito. Portanto devem permanecer no singular.
Exemplos:
Havia muitos problemas naquela fábrica.
Fazia anos que não estudava para concurso.