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Regência

Regência é o nome que se dá à relação de dependência entre dois termos da oração.

Se o termo regente for um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, há regência nominal.


Se o termo regente for um verbo, há regência verbal.

O elemento responsável por fazer a coesão entre o termo regente e o termo regido sempre
será uma preposição.

Deve-se observar que muitos nomes (derivados) seguem o mesmo regime dos verbos
correspondentes.

Logo, se, por exemplo, o verbo reger a preposição com, possivelmente os nomes cognatos
regerão a mesma preposição.
Ex.: obedecer a; obediência a; obediente a; obedientemente a

OBS.: De acordo com a norma padrão, quando o complemento de um nome ou de um verbo


tiver a forma de uma oração reduzida de infinitivo, não se deve fazer a contração entre a
preposição e o eventual sujeito desse infinitivo. Afinal, a preposição introduz toda a oração e
não apenas o sujeito. Além disso, o sujeito é um termo que não pode ser preposicionado.

Ex.: Pense na possibilidade de eles virem almoçar conosco.


Pense na possibilidade deles virem almoçar conosco. (incorreto)

Ex.: Apesar de o filho reclamar, viajou com a família.


Apesar do filho reclamar, viajou com a família. (incorreto)

💡 A contração só ocorre com termos simples.

OBS.: Quando um verbo regente ficar em uma oração subordinada adjetiva, a preposição que
ele pede em seu complemento virá antes do pronome relativo.

Ex.: Maria assistiu a um filme ótimo.

O filme a que Maria assistiu é ótimo. (correto)


Ex.: Ela gosta muito de chocolate.

O doce de que ela mais gosta é chocolate. (correto)

Ex.: Conversei com um menino muito esperto.

Regência 1
O menino com quem conversei é muito esperto. (correto)
OBS.: A preposição que serve a dois termos coordenados pode vir repetida ou em elipse
junto ao segundo (e demais termos), conforme haja ou não desejo de enfatizar o valor
semântico da preposição, desde que não gere ambiguidades.

Ex.: As alegrias de infância e de juventude.


As alegrias de infância e juventude. (correto)

Ex.: Gosto de banana e maçã. (gera ambiguidade)

Gosto de banana e de maçã.

Gosto de banana com maçã.


OBS.: Não se pode coordenar termos com um complemento comum, caso eles tenham
regências de natureza diferente.
Ex.: Passando na loja, vi e comprei o vestido.

Passando na loja, gostei e comprei o vestido. (incorreto)

Passando na loja, gostei do vestido e comprei-o. (correto)

Ex.: Não concordo, nem discordo de você. (incorreto)

Não concordo com você, nem discordo. (correto)


Ex.: Com pressa, entrei e saí de casa. (incorreto)

Com pressa, entrei em casa e saí (dela) (rápido). (correto)

Regência Nominal
Ocorre quando, na relação de dependência entre dois termos da oração, o termo regente é um
substantivo, um adjetivo ou um advérbio.

💡 Há nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – cujo sentido requer a introdução


de uma ideia por meio de preposição. Identificar a preposição correta e adequada
a cada caso é objeto de estudo da Regência Nominal.

Ex.: O esforço foi inútil para/a o desenvolvimento do projeto.

O esforço foi inútil para/a o desenvolvimento do projeto.


Ex.: João foi muito hábil em resolver o problema.

João foi muito inábil para resolver o problema.

Regência 2
Ex.: O imóvel era sito em/na Rua das Flores, n°. 12.

O imóvel era sito à Rua das Flores, n°. 12.

Regência Verbal
Ocorre quando o termo regente é um verbo.
Percebem-se inúmeras variações entre a forma coloquial (oralidade) e a forma escrita (norma
culta).
Outro fator a ser observado também é a mudança de significado do verbo dependendo da
preposição regida.
Ex.: Domingo, João foi na praia. (registro informal)

Domingo, João foi à praia. (registro formal)

Regência Verbal e Construção de Sentido

Regência 3
Regência 4

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