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ESTUDO: Língua Portuguesa:

1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários).


2. Sinônimos e antônimos.
3. Sentido próprio e figurado das palavras.
4. Pontuação.
5. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e
conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem.
6. Concordância verbal e nominal.
7. Regência verbal e nominal.
8. Colocação pronominal.
9. Crase.

1Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários).


A interpretação de texto é o elemento-chave para o resultado acadêmico, eficiência na solução de
exercícios e mesmo na compreensão de situações do dia a dia.
Além de uma leitura mais atenta e conhecimento prévio sobre o assunto, o elemento de fundamental
importância para interpretar e compreender corretamente um texto é ter o domínio da língua.
E mesmo dominando a língua é muito importante ter um dicionário por perto. Isso porque ninguém
conhece o significado de todas as palavras e é muito difícil interpretar um texto desconhecendo
certos termos.
Finalmente, o mais importante: leia! Somente a prática da leitura facilitará a sua capacidade de
compreensão e interpretação de textos. Estas são 7 dicas que vão te mostrar como interpretar um
texto!
1. Leia todo o texto pausadamente
O primeiro contato com o texto é muito importante. É nesse momento que você vai saber qual o
assunto tratado e qual a posição do seu autor.
Leia devagar e sem interromper a leitura.
2. Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o significado
Agora que você já sabe qual é o assunto, na segunda leitura você dará início a uma fase mais
detalhada. Na existência de palavras desconhecidas, anote em um rascunho ou sublinhe no próprio
texto.
3. Veja o significado de cada uma delas no dicionário e anote
Consulte o dicionário e anote os sinônimos ou a explicação do seu sentido. Releia o texto substituindo
as palavras desconhecidas por aquelas que você já conhece.
Isso não só ajuda a entender um texto em específico, como também aumenta o seu vocabulário.
4. Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo o seu resumo
Separe o texto em parágrafos. À medida que lê, utilize um rascunho para fazer um resumo daquilo
que leu.
A partir daí você está exercitando a sua capacidade em compreender a leitura.
Resuma aquilo que leu. Agregar ao texto ideias precipitadas não demonstra concentração, e isso pode
levar você a divagar no assunto e, inclusive, tirar conclusões erradas.
5. Elabore uma pergunta para cada parágrafo e responda
Ler pode ser uma atitude passiva, mas quando você experimenta usar o texto fazendo perguntas
sobre ele e respondendo, absorve melhor o teor das suas palavras e os seus significados.
Nesse momento você poderá perceber que, afinal, ainda havia muita coisa para entender.
6. Questione a forma usada para escrever
Questione o motivo pelo qual o autor usou determinada forma para se expressar. Qual teria sido a
sua intenção para escrever assim e não de outro modo?
E a palavras utilizadas, será que elas indicam alguma coisa?
7. Faça um novo texto com as suas palavras, mas siga as ideias do autor
Assinale as ideias principais e se certifique que as inclui no texto. Escrever o mesmo, mas com as suas
palavras é uma prova de que entendeu aquilo que leu.
No final, certifique-se de que não “colocou palavras na boca do autor”, dizendo algo que não foi
mencionado no texto por ele.
Você sabe interpretar um texto, extraindo dele as informações mais importantes e resolvendo as
questões pertinentes a ele com clareza e segurança ou ainda fica na dúvida em assinalar com
segurança a resposta correta? 
Dúvidas a respeito da interpretação de texto são muito comuns, afinal, nem sempre conseguimos
captar a ideia do autor do texto com precisão. 
Porém, é muito importante desenvolver sua interpretação, já que ela é fundamental para realizar
boas provas. 
Para você ter uma ideia, atualmente, quase todas as questões do Enem apresentam textos e
enunciados extensos que podem conter informações relevantes para a sua resolução. 
E isso é uma característica do Exame em si, ou seja, tanto as perguntas das áreas de Linguagens e
Ciências Humanas, quanto as das áreas de Matemática e Ciências da Natureza exigem um boa
interpretação de texto para sua resolução. 
Além de ajudar você a gabaritar no Enem e demais vestibulares, a interpretação de texto vai ajudá-lo
a enxergar todos os gêneros textuais de maneira clara e, consequentemente, a de fato entender as
mensagem que as pessoas passam a todo momento durante a fala e a escrita.
O ato de interpretar um texto, como qualquer outra prática, precisa ser desenvolvido e trabalhado
com afinco. 
Pensando em como essa tarefa é importante para todos os âmbitos de sua vida, separamos 8 incríveis
dicas para que você saiba como interpretar qualquer tipo de texto e se dar bem em qualquer prova.
Confira!
1. Leia muito
A nossa primeiríssima dica tem a ver com um velho clichê que é pura verdade: leia muito. Se possível,
coma livros. Nem todos são apaixonados pela leitura e por se aventurar em mundos diferentes e
imaginários. No entanto, o ato de ler com frequência ajuda de maneira arrebatadora na interpretação
textual.
Quando você lê muito, você passa a entender a linguagem que o autor adota e então começa a, de
cara, enxergar os pontos mais importantes do texto sem muito esforço. Para que essa não seja uma
tarefa maçante, procure criar o hábito da leitura lendo coisas de seu interesse.
Não precisa começar por grandes cânones da literatura, como Machado de Assis, Carlos Drummond
de Andrade e Clarice Lispector, que para alguns pode ser uma leitura mais pesada e difícil. Comece
por leituras que te deixam feliz e relaxado.
Memes, tirinhas da Mafalda, artigos da internet de seu gosto, tudo é super válido para criar em você
um hábito de leitura regular. Não tenha preconceito com nenhum gênero textual. Pense apenas em
mergulhar na leitura e aproveitar esse momento.
 

2. Identifique qual a sua forma de leitura


A segunda dica para ser um craque em interpretação de texto é: identifique seu modo de leitura.
Para alguns, uma leitura introspectiva, em silêncio e em um lugar tranquilo é a melhor maneira para
conseguir entender perfeitamente a ideia do autor e enfim interpretar a mensagem passada por meio
do texto.
Entretanto, para outros, recitar o texto, dando ênfase a determinados pontos, encenando cada
partezinha, como um ator que está em um filme e quer concorrer ao oscar é a melhor maneira
compreender e interpretar um texto. 
O seu jeito de ler é você quem decide, escolha um lugar reservado e se jogue na leitura. Isso vai fazer
você se conhecer e entender de que maneira você conseguirá interpretá-lo melhor.
3. Marque as ideias mais importantes do texto em sua opinião
Bom, a terceira dica é marcar as partes mais importantes do texto em sua opinião. Você pode
sublinhar, usar marca-textos coloridos. Além de vários outros artifícios para deixar o seu texto ou livro
bem coloridinho (se o livro for seu, é claro!).
Nessa etapa, tente pensar em questões realmente relevantes para o entendimento do texto, procure
selecionar apenas o mais importante. Seja assertivo e procure não marcar o texto inteiro, ok?
4. Extraia todo conteúdo de imagens, gráficos e tabelas
Uma outra dica essencial para interpretar é saber como ler imagens, gráficos e tabelas. A linguagem
não verbal também diz muito sobre o texto e é importante que você saiba como extrair todo o
conteúdo que ela oferece. 
Em tirinhas, por exemplo, procure reparar bem nas feições de cada personagem, elas podem dizer
muito sobre como o autor gostaria que você entendesse determinado contexto. Portanto, não
negligencie as imagens, os gráficos de pizza e demais outros, analise-os com muita atenção.
5. Volte ao texto sempre que achar necessário
A nossa quinta dica sobre interpretação de texto é: volte ao texto quantas vezes for necessário. Antes,
faça uma leitura geral do texto, após pare e pense um pouco sobre o que o autor quis dizer na página
ou páginas que você leu. E após refletir sobre isso, identifique se você teve dúvidas em determinado
ponto da leitura, então, volte a ele e releia-o. Faça esse trabalho quantas vezes achar necessário.
Esse processo de volta ao texto para checar informações é muito importante na hora de realizar um
prova. Então não se sinta acanhado e leia e releia o texto quantas vezes for preciso para conseguir
apreender o máximo de informações possíveis.
6. Faça um resumo de cada parágrafo do texto 
Bom, a sexta dica é super prática e pode, a princípio, parecer trabalhosa, mas é muito eficaz na hora
de interpretar textos. 
Ao final de cada parágrafo faça um breve resumo da ideia central passada por aquele trecho. Pode ser
uma única linha, o ideal é centralizar nesse resumo o que o autor quis dizer naquele ponto específico. 
Perceba que ao final do texto você terá feito um fichamento, o que é ótimo quando você precisar
voltar ao texto para revisá-lo para alguma prova, por exemplo, já que você poderá apenas ler esse
fichamento, sem necessariamente ter que ler o texto de novo.
7. Tente entender a linguagem do texto e qual o público alvo
A nossa sétima dica é muito valiosa, mas tem muito a ver com as dicas anteriores. Ao ler com calma e
voltar ao texto sempre que necessário, será possível que você consiga identificar qual o público alvo
do autor e como ele utiliza a linguagem para atingir esse público.
Quando você está mais familiarizado com um determinado autor ou tipo de gênero textual esse
trabalho fica mais fácil. Porém, quando trata-se de um autor novo esse trabalho pode ser um
pouquinho mais demorado, mas nada que você não consiga tirar de letra. Essa dica ajuda muito na
hora da interpretação.
Para facilitar a sua vida, se o texto é jornalístico, por exemplo, cheque a sua fonte, a partir dela você
poderá identificar mais facilmente para quem ele foi escrito e com qual intenção.
8. Leia o enunciado antes de ler o texto
A nossa oitava dica é bem prática e tem muito a ver com textos e enunciados de provas mesmo. É
uma dica que só quem é amigo dá, viu? Por isso anota aí!
Quando você estiver fazendo uma prova e se deparar com um textão, antes de lê-lo com calma e
cuidado, vá ao enunciado e leia-o antes. Procure identificar com clareza o que ele pede e a apenas
depois dessa identificação minuciosa faça a leitura do texto. Isso é legal porque já direciona a sua
atenção ao que realmente importa.
Essa dica é muito valiosa para você que vai prestar o Enem, que é uma prova extremamente extensa e
exigirá de você uma estratégia bem bolada para conseguir fazer todas as questões dentro do tempo. 

2. Sinônimos e antônimos.
Os sinônimos e os antônimos designam palavras (substantivos, adjetivos, verbos, complementos, etc.)
que, segundo seu significado, ora se assemelham (sinônimos) e ora são opostas (antônimos).
A semântica é o ramo da linguística encarregada de estudar as palavras e seus significados. Para
tanto, enfoca nos estudos dos seguintes conceitos: sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos.
Sinônimos
Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome),
ou seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele.
A sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem
significado ou sentido semelhante.
Note que as palavras sinônimas são muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez que a
repetição das palavras empobrece o conteúdo.
Tipos de Sinônimos
Muito estudiosos da área afirmam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor semântico
idêntico), pois, para eles, cada palavra possui um significado distinto.
De acordo com a aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas
maneiras:
Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico e
vocabulário; morrer e falecer; após e depois.
Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e não idênticos,
por exemplo: feliz e alegre; cidade e município; córrego e riacho.
Exemplos de Sinônimos
Segue abaixo alguns exemplos de palavras sinônimas:
Adversário e antagonista
Adversidade e problema
Alegria e felicidade
Alfabeto e abecedário
Ancião e idoso
Apresentar e expor
Belo e bonito
Brado e grito
Bruxa e feiticeira
Calmo e tranquilo
Carinho e afeto
Carro e automóvel
Cão e cachorro
Casa e lar
Contraveneno e antídoto
Diálogo e colóquio
Encontrar e achar
Enxergar e ver
Extinguir e abolir
Gostar e estimar
Importante e relevante
Longe e distante
Moral e ética
Oposição e antítese
Percurso e trajeto
Perguntar e questionar
Saboroso e delicioso
Transformação e metamorfose
Translúcido e diáfano
Antônimos
Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e
“onymia” (nome).
A antonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras antônimas. Do mesmo modo que os
sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos estilísticos na produção dos textos.
Exemplos de Antônimos
Segue abaixo alguns exemplos de palavras antônimas:
Aberto e fechado
Alto e baixo
Amor e ódio
Ativo e inativo
Bendizer e maldizer
Bem e mal
Bom e mau
Bonito e feio
Certo e errado
Doce e salgado
Duro e mole
Escuro e claro
Forte e fraco
Gordo e magro
Grosso e fino
Grande e pequeno
Inadequada e adequada
Ordem e anarquia
Pesado e leve
Presente e ausente
Progredir e regredir
Quente e frio
Rápido e lento
Rico e pobre
Rir e chorar
Sair e entrar
Seco e molhado
Simpático e antipático
Soberba e humildade
Sozinho e acompanhado

3. Sentido próprio e figurado das palavras.

Língua Portuguesa
Sentido Próprio e Figurado das Palavras
Denotação e Conotação

Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que por sua vez deriva do grego parabolé)
pode ser definida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia
associada a este conjunto.

3Sentido Próprio e Figurado das Palavras


Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que por sua vez deriva do grego parabolé)
pode ser definida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia
associada a este conjunto.

Sentido Próprio e Figurado das Palavras


Pela própria definição acima destacada podemos perceber que a palavra é composta por duas partes,
uma delas relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada significante) e a outra
relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que ela traz (denominada significado).

Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras se subdividem assim:


Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum que costumamos dar a uma palavra.
Sentido Figurado - é o sentido "simbólico", "figurado", que podemos dar a uma palavra.

Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes contextos:


1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável, que adota condutas pouco apreciáveis)
3. O cara é cobra e computador! (cobra = pessoa que conhece muito sobre alguma coisa, "expert")
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum (ou literal).
Nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido figurado.
Podemos então concluir que um mesmo significante (parte concreta) pode ter
vários significados (conceitos).

Denotação e Conotação
Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o seu significado primitivo e original, com o
sentido do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem comum.
Veja este exemplo:
Cortaram as asas da ave para que não voasse mais.
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido próprio, comum, usual, literal.
DICA - Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando o termo é
utilizado em seu sentido dicionarístico.
Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o seu significado secundário, com o sentido
amplo (ou simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa linguagem rica e expressiva.
Veja este exemplo:
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que seja tarde mais.
Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma figurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou
controle de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamento.

4. Regras de pontuação
Regras básicas de pontuação para tirar, de vez, suas dúvidas durante a solução das provas de Língua
Portuguesa.
Ok, é nosso idioma materno, mas, confesse que, muitas vezes, na hora de escrever um texto, já
“bateu” aquela dúvida sobre como pontuar determinado período! Quando a redação é elaborada no
cotidiano, no computador, temos a ajudinha básica do corretor ortográfico do editor, mas, e na hora
da prova? Essa ajudinha não existe, não é mesmo?
Então, para você não ficar refém de editores e, mais ainda, não perder aqueles valiosos pontos que
garantem sua classificação, segue algumas regras básicas de pontuação, seguindo o Novo Acordo
Ortográfico.
1 – Ponto de Interrogação (?)
Usado para:
Indicar perguntas.
Expressar sentimentos (indignação, surpresa, expectativa):
2 – Ponto simples(.)
Usado para:
a) Indicar o fim de uma frase ou período simples que tenham sentido completo.
b) Abreviações:
3 – Ponto de Exclamação (!)
Usado para:
Expressar sentimentos tais como: reclamação, surpresa, empolgação, súplica, horror:
Interjeiçõese locuções interjetivas:
Após vocativos:
4 – Reticências (…)
Utilizadas para:
Suprimir trechos:
Indicar continuidade de pensamento ou enumerações:
5 – Parênteses ( )
Usados para:
Indicar uma explicação ou fontes bibliográficas.
Isolar um pensamento ou comentário.
6 – Aspas (“ ”)
Usadas para:
Destacar transcrições e frases de autoria de alguém :
Indicar expressões neologismos, estrangeiras, gírias, arcaísmos, apelidos ou enfatizar uma expressão:
Indicar ironia.
Relativizar o sentido de uma expressão.
7 – Dois pontos (:)
Usados para:
Citações, referências ou introduções de fala
Indicar enumerações, esclarecimento, explicação, resumo, notas, exemplos e observações
Antes de orações apositivas
Correspondências (invocações)
8 – Travessão (-)
Usado para:
Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:
Separar orações intercaladas
Evidenciar frase, expressão ou palavra:
Expressar comentário ou opinião:
9 – Ponto e Vírgula (;)
Usados para:
Separar itens:
Evitar o excesso de vírgulas quando ao separar orações coordenadas
Separar antítese.
Pausar conjunções adversativas
10 – Vírgula (,)
No interior da oração
Separando apostos, vocativos e termos com mesma função sintática
Após termos deslocados (complementos – objeto direto ou indireto)
Antecipação de adjunto adverbial:
Separar conjunção, termo explicativo e termos que servem como conectivos
Para indicar um elemento elíptico
Quando houver um complemento pleonástico
Estruturas específicas
Separar os nomes dos locais de datas
Após a saudação em correspondências, após a saudação.
Entre orações:
Separar paralelismo de provérbios, oração intercalada, orações coordenadas (assindéticas,
sindéticas).
Isolar elementos repetidos:
Nas orações subordinadas adjetivas:
Restritiva – Proibido anteceder com vírgula
Explicativa – Ficam isoladas por vírgula.
As orações subordinadas substantivassão separadas por vírgula se apostas à principal, se estiverem
após vírgula ou dois pontos comuns (apositivas)
Nas orações subordinadas adverbiais, pontuação segue as regras dos adjuntos adverbiais
A conjunção [e] geralmente não está acompanhada do uso da vírgula, exceto em orações com sujeitos
diferentes, houver repetição da conjunção, quando possuir valor não aditivo, na presença de aposto,
termo ou expressões deslocados e em pausas respiratórias.
Orações Reduzidas: de gerúndio (isolada por vírgula se tiver valor de oração coordenada aditiva),
particípio e infinitivo.

5. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e


conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem.
Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e
catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas: substantivo,
artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Substantivo
Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre
outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau
(diminutivo, normal, aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde
estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva).
Substantivos simples
casa;
amor;
roupa;
livro;
felicidade.
Substantivos compostos
passatempo;
arco-íris;
beija-flor;
segunda-feira;
malmequer.
Substantivos primitivos
folha;
chuva;
algodão;
pedra;
quilo.
Substantivos derivados
território;
chuvada;
jardinagem;
açucareiro;
livraria.
Substantivos próprios
Flávia;
Brasil;
Carnaval;
Nilo;
Serra da Mantiqueira.
Substantivos comuns
mãe;
computador;
papagaio;
uva;
planeta.
Substantivos coletivos
rebanho;
cardume;
pomar;
arquipélago;
constelação.
Substantivos concretos
mesa;
cachorro;
samambaia;
chuva;
Felipe.
Substantivos abstratos
beleza;
pobreza;
crescimento;
amor;
calor.
Substantivos comuns de dois gêneros
o estudante / a estudante;
o jovem / a jovem;
o artista / a artista.
Substantivos sobrecomuns
a vítima;
a pessoa;
a criança;
o gênio;
o indivíduo.
Substantivos epicenos
a formiga;
o crocodilo;
a mosca;
a baleia;
o besouro.
Substantivos de dois números
o lápis / os lápis;
o tórax / os tórax;
a práxis / as práxis.
Leia mais sobre substantivos.
Artigo
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos
mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam
também o gênero e o número dos substantivos que determinam.
Artigos definidos
o;
a;
os;
as.
Artigos indefinidos
um;
uma;
uns;
umas.
Leia mais sobre artigos.
Adjetivo
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade,
característica, aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e grau (normal, comparativo, superlativo).
Adjetivos simples
vermelha;
lindo;
zangada;
branco.
Adjetivos compostos
verde-escuro;
amarelo-canário;
franco-brasileiro;
mal-educado.
Adjetivo primitivo
feliz;
bom;
azul;
triste;
grande.
Adjetivo derivado
magrelo;
avermelhado;
apaixonado.
Adjetivos biformes
bonito;
alta;
rápido;
amarelas;
simpática.
Adjetivos uniformes
competente;
fácil;
verdes;
veloz;
comum.
Adjetivos pátrios
paulista;
cearense;
brasileiro;
italiano;
romeno.
Leia mais sobre adjetivos.
Pronome
Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que
acompanham, determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características
aos mesmos (pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso).
Pronomes pessoais retos
eu;
tu;
ele;
nós;
vós;
eles.
Pronomes pessoais oblíquos
me;
mim;
comigo;
o;
a;
se;
conosco;
vos.
Pronomes pessoais de tratamento
você;
senhor;
Vossa Excelência;
Vossa Eminência.
Pronomes possessivos
meu;
tua;
seus;
nossas;
vosso;
sua.
Pronomes demonstrativos
este;
essa;
aquilo;
o;
a;
tal.
Pronomes interrogativos
que;
quem;
qual;
quanto.
Pronomes relativos
que;
quem;
onde;
a qual;
cujo;
quantas.
Pronomes indefinidos
algum;
nenhuma;
todos;
muitas;
nada;
algo.
Leia mais sobre pronomes.
Numeral
Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de
elementos numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e
número (singular e plural), outros são invariáveis.
Numerais cardinais
um;
sete;
vinte e oito;
cento e noventa;
mil.
Numerais ordinais
primeiro;
vigésimo segundo;
nonagésimo;
milésimo.
Numerais multiplicativos
duplo;
triplo;
quádruplo;
quíntuplo.
Numerais fracionários
um meio;
um terço;
três décimos.
Numerais coletivos
dúzia;
cento;
dezena;
quinzena.
Leia mais sobre numerais.
Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência,
um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou
3.ª pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e
futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Verbos regulares
cantar;
amar;
vender;
prender;
partir;
abrir.
Verbos irregulares
medir;
fazer;
ouvir;
haver;
poder;
crer.
Verbos anômalos
ser;
ir.
Verbos principais
comer;
dançar;
saltar;
escorregar;
sorrir;
rir.
Verbos auxiliares
ser;
estar;
ter;
haver;
ir.
Verbos de ligação
ser;
estar;
parecer;
ficar;
tornar-se;
continuar;
andar;
permanecer.
Verbos defectivos
falir;
banir;
reaver;
colorir;
demolir;
adequar.
Verbos impessoais
haver;
fazer;
chover;
nevar;
ventar;
anoitecer;
escurecer.
Verbos unipessoais
latir;
miar;
cacarejar;
mugir;
convir;
custar;
acontecer.
Verbos abundantes
aceitado / aceito;
ganhado / ganho;
pagado / pago.
Verbos pronominais essenciais
arrepender-se;
suicidar-se;
zangar-se;
queixar-se;
abster-se;
dignar-se.
Verbos pronominais acidentais
pentear / pentear-se;
sentar / sentar-se;
enganar / enganar-se
debater / debater-se.
Leia mais sobre verbos.
Advérbio
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma
circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero
e número. Contudo, alguns advérbios podem ser flexionados em grau.
Advérbio de lugar
aqui;
ali;
atrás;
longe;
perto;
embaixo.
Advérbio de tempo
hoje;
amanhã;
nunca;
cedo;
tarde;
antes.
Advérbio de modo
bem;
mal;
rapidamente;
devagar;
calmamente;
pior.
Advérbio de afirmação
sim;
certamente;
certo;
decididamente.
Advérbio de negação
não;
nunca;
jamais;
nem;
tampouco.
Advérbio de dúvida
talvez;
quiçá;
possivelmente;
provavelmente;
porventura.
Advérbio de intensidade
muito;
pouco;
tão;
bastante;
menos;
quanto.
Advérbio de exclusão
salvo;
senão;
somente;
só;
unicamente;
apenas.
Advérbio de inclusão
inclusivamente;
também;
mesmo;
ainda.
Advérbio de ordem
primeiramente;
ultimamente;
depois.
Leia mais sobre advérbios.
Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da
oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro
termo (termo antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Preposições simples essenciais
a;
após;
até;
com;
de;
em;
entre;
para;
sobre.
Preposições simples acidentais
como;
conforme;
consoante;
durante;
exceto;
fora;
mediante;
salvo;
segundo;
senão.
Preposições compostas ou locuções prepositivas
acima de;
a fim de;
apesar de;
através de;
de acordo com;
depois de;
em vez de;
graças a;
perto de;
por causa de.
Leia mais sobre preposições.
Conjunção
Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos de
uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São invariáveis,
não sendo flexionadas em gênero e número.
Conjunções coordenativas aditivas
e;
nem;
também;
bem como;
não só...mas também.
Conjunções coordenativas adversativas
mas;
porém;
contudo;
todavia;
entretanto;
no entanto;
não obstante.
Conjunções coordenativas alternativas
ou;
ou...ou;
já…já;
ora...ora;
quer...quer;
seja...seja.
Conjunções coordenativas conclusivas
logo;
pois;
portanto;
assim;
por isso;
por consequência;
por conseguinte.
Conjunções coordenativas explicativas
que;
porque;
porquanto;
pois;
isto é.
Conjunções subordinativas integrantes
que;
se.
Conjunções subordinativas adverbiais causais
porque;
que;
porquanto;
visto que;
uma vez que;
já que;
pois que;
como.
Conjunções subordinativas adverbiais concessivas
embora;
conquanto;
ainda que;
mesmo que;
se bem que;
posto que.
Conjunções subordinativas adverbiais condicionais
se;
caso;
desde;
salvo se;
desde que;
exceto se;
contando que.
Conjunções subordinativas adverbiais conformativas
conforme;
como;
consoante;
segundo.
Conjunções subordinativas adverbiais finais
a fim de que;
para que;
que.
Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais
à proporção que;
à medida que;
ao passo que;
quanto mais… mais,…
Conjunções subordinativas adverbiais temporais
quando;
enquanto;
agora que;
logo que;
desde que;
assim que;
tanto que;
apenas.
Conjunções subordinativas adverbiais comparativas
como;
assim como;
tal;
qual;
tanto como.
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas
que;
tanto que;
tão que;
tal que;
tamanho que;
de forma que;
de modo que;
de sorte que;
de tal forma que.
Leia mais sobre conjunções.
Interjeição
Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e
seu significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.
Interjeições de alegria
Oh!;
Ah!;
Oba!;
Viva!;
Opa!.
Interjeições de estímulo
Vamos!;
Força!;
Coragem!;
Ânimo!;
Adiante!.
Interjeições de aprovação
Apoiado!;
Boa!;
Bravo!.
Interjeições de desejo
Oh!;
Tomara!;
Oxalá!.
Interjeições de dor
Ai!;
Ui!;
Ah!;
Oh!.
Interjeições de surpresa
Nossa!;
Cruz!;
Caramba!;
Opa!;
Virgem!;
Vixe!.
Interjeições de impaciência
Diabo!;
Puxa!;
Pô!;
Raios!;
Ora!.
Interjeições de silêncio
Psiu!;
Silêncio!.
Interjeições de alívio
Uf!;
Ufa!;
Ah!.
Interjeições de medo
Credo!;
Cruzes!;
Uh!;
Ui!.
Interjeições de advertência
Cuidado!;
Atenção!;
Olha!;
Alerta!;
Sentido!.
Interjeições de concordância
Claro!;
Tá!;
Hã-hã!.
Interjeições de desaprovação
Credo!;
Francamente!;
Xi!;
Chega!;
Basta!;
Ora!.
Interjeições de incredulidade
Hum!;
Epa!;
Ora!;
Qual!.
Interjeições de socorro
Socorro!;
Aqui!;
Piedade!;
Ajuda!.
Interjeições de cumprimentos
Olá!;
Alô!;
Ei!;
Tchau!;
Adeus!.
Interjeições de afastamento
Rua!;
Xô!;
Fora!;
Passa!.

6. Concordância verbal e concordância nominal

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ocorre quando o verbo é flexionado para concordar com o
sujeito 

Concordância verbal e nominal faz o estudo da harmonia existente entre os elementos de uma


oração.

A concordância verbal faz referencia ao verbo em relação ao sujeito, o primeiro necessariamente


deve concordar em número - singular ou plural - e pessoa - 1°, 2°, 3° - com o segundo.

Por sua vez, a concordância nominal se refere ao substantivo e suas formas


relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Essa conformidade acontece em gênero - masculino
ou feminino - e pessoas.

Concordância verbal e nominal

Como vimos sobre concordância verbal e nominal, a concordância verbal é a harmonia em número e
pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo. Já a concordância nominal é a harmonia em gênero e
número entre os vários nomes da oração, ocorrendo com frequência entre o artigo, os substantivos e
o adjetivo.
Concordância em gênero aponta a flexão em masculino e feminino.
Concordância em número aponta a flexão em singular e plural. 
Concordância em pessoa aponta a flexão em 1°, 2° ou 3° pessoa.

Exemplos de concordância verbal

• Eu assisti;
• Ele assistiu;
• Nós assistimos;
• Eles assistiram.

Exemplos de concordância nominal

• O funcionário novo;
• A funcionária nova;
• Os funcionários novos;
• As funcionárias novas.

Concordância verbal e nominal estuda a sintonia entre os componentes de uma oração. (Foto:
Freepik)

Concordância Verbal

A regra geral da concordância verbal é que o verbo ficará de acordo com o sujeito em pessoa e
número.

Casos específicos de concordância verbal

Existem diversos casos de concordância verbal e nominal. Agora, vamos conhecer os principais casos
de concordância verbal:

Concordância verbal com verbos impessoais

O verbo sempre ficará de acordo com a 3° pessoa do singular, uma vez que não existe um sujeito:
havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.

• Havia três pessoas esperando na fila. (verbo haver com sentido de existir)
• Faz dez anos que não te vejo. (verbo fazer indicando tempo decorrido)
• Aqui onde trabalho, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos da natureza)

Concordância com o elemento apassivador se

O verbo cria concordância com o objeto direto, que exerce a função de sujeito paciente. Ele pode
aparecer no singular ou no plural:

• Vende-se apartamento.
• Vendem-se apartamentos.

Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se

O verbo sempre vai concordar com a 3° pessoa do singular quando a frase for formada por verbos
intransitivos ou por verbos transitivos indiretos:

• Precisa-se de funcionário
• Precisa-se de funcionários.

Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a metade...

Preferentemente, o verbo vai concordar com a 3° pessoa do singular. Entretanto, a 3° pessoa do


plural também pode ser usada:

• A maioria dos trabalhadores vai…


• A maior parte dos trabalhadores vai…
• A maioria dos trabalhadores vão…
• A maior parte dos trabalhadores vão…

Concordância verbal com pronome relativo que

O verbo cria concordância com o termo antecedente do pronome

• Fui eu que pedi…


• Foi ela que pediu…
• Fomos nós que pedimos…

Concordância verbal com pronome relativo quem

O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3° pessoa do singular:

• Fui eu quem solicitou…


• Fomos nós quem solicitamos…
• Fui eu quem solicitou…
• Fomos nós quem solicitou…

Concordância verbal com o infinitivo pessoal

O verbo no infinitivo é flexionado sempre que existir um sujeito definido, quando se quiser
determinar o sujeito ou quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira:

• Isto é para nós solicitarmos.


• Eu pedir para eles solicitarem tudo.

Concordância verbal com o infinitivo impessoal

O verbo no infinitivo não é flexionado quando não existir um sujeito definido, quando o sujeito da
segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e
com verbos imperativos:

• As mães conseguiram entender a verdade.


• Foram obrigadas a entender a verdade.
• Foram barradas de entender a verdade.

Concordância verbal com o verbo ser

O verbo cria uma concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no plural:

• Isto é uma mentira, 


• Isto são mentiras; 
• Quem é você, 
• Quem são vocês. 

Concordância verbal com um dos que


O verbo sempre vai concordar com 3° pessoa do plural:

• Um dos que foram…


• Um dos que querem…
• Um dos que podem…

Concordância Nominal

Existem diferentes casos de concordância verbal e nominal. Agora, vamos acompanhar os principais
casos de concordância nominal:

Concordância nominal com pronomes pessoais 

O adjetivo constitui concordância em gênero e número com os pronomes pessoais:

• Ele é brincalhão.
• Ela é brincalhona.
• Eles são brincalhões
• Elas são brincalhonas.

Concordância nominal vários substantivos

O adjetivo constitui concordância em gênero e número com o substantivo que está mais próximo. Ele
também pode estabelecer concordância com a forma no masculino plural:

• Caneta e caderno emprestado;


• Caderno e caneta emprestada;
• Caneta e caderno emprestados;
• Caderno e caneta emprestados.

Concordância nominal com adjetivos 

Quando existe dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo continua no singular se existir um


artigo no meio dos adjetivos. Caso não tenha um artigo, o substantivo deve ser escrito no plural:

• A aluna simpática e a antipática;


• O aluno simpático e o antipático;
• As alunas simpática e antipática;
• Os alunos simpático e antipático.

Concordância nominal com bastante, muito, pouco, meio, caro, barato, longe

Essas palavras instauram concordância em gênero e número com o substantivo quando exercem
função de adjetivo:

• Comi meio chocolate, 


• Comi meia maçã, 
• Há bastante procura, 
• Há bastantes pedidos, 
• Vi muitas crianças, 
• Vi muitos adultos.

Concordância nominal com é permitido e é proibido


Nessas expressões, o adjetivo se modifica em gênero e número quando tiver a participação de um
artigo determinando o substantivo. Quando não tiver artigo, o adjetivo fica invariável no masculino
singular:

• É permitida a entrada de cães.


• É proibida a entrada de cães.
• É permitido entrada de cães.
• É proibido entrada de cães.

Concordância nominal com mesmo e próprio 

Os termos “mesmo” e “próprio” estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo


quando agem como adjetivo:

• Na mesma estrada;
• No mesmo trabalho;
• Nas mesmas estradas;
• Nos mesmos trabalhos;
• Na própria residência;
• No próprio escritório;
• Nas próprias residências;
• Nos próprios escritórios.

Concordância nominal com menos 

A palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou adjetivo:

• Menos tristeza;
• Menos tristezas;
• Menos aborrecimento;
• Menos aborrecimentos;

Dicas concordância verbal e nominal

Observadas todas as situações, vamos, agora, rever tudo que foi aprendido sobre concordância verbal
e nominal:

• Concordância verbal e nominal estuda a compatibilidade existente entre cada elemento de uma
oração;
• Concordância verbal refere-se ao verbo em relação ao sujeito, já a concordância nominal refere-se
às classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, artigo.
• Para fazer concordância verbal e nominal correta é necessário observar a que termo ele se refere.

7. Regência Verbal e Regência Nominal

A regência verbal e a regência nominal ocorrem entre os diferentes termos de uma oração. Ocorre
regência quando há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem o termo regido, ou
seja, sem o seu complemento.
O que é regência verbal?
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu complemento
(termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os termos regidos são o
objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).
O que é regência nominal?
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.
Exemplos de regência verbal preposicionada
assistir a;
obedecer a;
avisar a;
agradar a;
morar em;
apoiar-se em;
transformar em;
morrer de;
constar de;
sonhar com;
indignar-se com;
ensaiar para;
apaixonar-se por;
cair sobre.
Exemplos de regência nominal
favorável a;
apto a;
livre de;
sedento de;
intolerante com;
compatível com;
interesse em;
perito em;
mau para;
pronto para;
respeito por;
responsável por.
Regência verbal sem preposição
Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, não sendo necessária
uma preposição para estabelecer a regência verbal. 
Exemplos de regência verbal sem preposição:
Você já fez os deveres?
Eu quero um carro novo.
A criança bebeu o suco.
O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando o elemento que
sofre a ação verbal.
Regência verbal com preposição
Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido, sendo obrigatória
a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal. 
Exemplos de regência verbal com preposição:
O funcionário não se lembrou da reunião.
Ninguém simpatiza com ele.
Você não respondeu à minha pergunta.
O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem?
em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal.
Preposições usadas na regência verbal
As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, bem como
contraídas ou combinadas com artigos e pronomes. 
Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, pela, pelo,...
As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.
Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...
Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...
Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...
Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...
Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...
Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,...
Veja também: Outros exemplos de regência verbal preposicionada.
Regência nominal com preposição
A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma preposição para se
ligar ao seu complemento nominal.
Exemplos de regência nominal com preposição:
Sempre tive muito medo de baratas.
Seu pai está furioso com você!
Sinto-me grato a todos.
Preposições usadas na regência nominal
Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma simples e contraídas ou
combinadas com artigos e pronomes.
As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em, para, por.
Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...
Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...
Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...
Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...
Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...
Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...

8. Colocação pronominal
A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em
relação ao verbo.

A colocação pronominal faz referência à posição dos pronomes pessoais oblíquos átonos em relação
ao verbo.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos são: me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos.

O pronome pode estar em três posições distintas em relação ao verbo:

Próclise: o pronome surge anterior ao verbo.

Exemplo: Não me faça perder sua confiança.

A próclise é empregada quando:

a) Antes do verbo houver palavras de sentido negativo.

Nada me faz voltar atrás.

b) Antes do verbo houver um advérbio.

Naquela cidade se fala alemão.

c) Antes do verbo houver pronomes (relativos, indefinidos e demonstrativos)

Isso me deixou muito feliz.

d) Antes do verbo houver preposição seguida de gerúndio.

Em se tratando de saneamento, o Brasil ainda tem que investir muito na área de tratamento de
esgoto.

Ênclise: o pronome surge posterior ao verbo.

Exemplo: Alistou-se no exército para realizar um sonho.


É importante informar que a ênclise não ocorre no início da frase, na linguagem formal. Portanto, os
pronomes pessoais oblíquos átonos não iniciam orações.

Exemplo: Me falaram que estou muito bem. (errado)


Falaram-me que estou muito bem. (certo)

Mesóclise: o pronome surge no meio do verbo.

Exemplo: Abraçar-lhe-ia agora, mas estou molhado.

9. O uso da crase
A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao emprego da preposição
“a” com o artigo feminino a (s), com o “a” inicial referente aos pronomes demonstrativos – aquela (s),
aquele (s), aquilo e com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos estes em que
tal fusão se encontra demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às quais.

Trata-se de uma particularidade gramatical de relevante importância, dado o seu uso de modo
frequente. Diante disso, compreendermos os aspectos que lhe são peculiares, bem como sua correta
utilização é, sobretudo, sinal de competência linguística, em se tratando dos preceitos conferidos pelo
padrão formal que norteia a linguagem escrita.

Há que se mencionar que esta competência linguística, a qual se restringe a crase, está condicionada
aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e nomimal, mais precisamente ao termo regente
e termo regido. Ou seja, o termo regente é o verbo ou nome que exige complemento regido pela
preposição “a”, e o temo regido é aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo a
anteposição do artigo a(s). Como explicitamente nos revela os exemplos a seguir:

Refiro-me a(a) funcionária antiga, e não a(a)quela contratada recentemente.


Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada recentemente.

Notamos que o verbo referir, analisado de acordo com sua transitividade, classifica-se como transitivo
indireto, pois sempre nos referimos a alguém. Constatamos que o fenômeno se aplicou mediante os
casos anteriormente mencionados, ou seja, fusão da preposição a + o artigo feminino (à) e com o
artigo feminino a + o pronome demonstrativo aquela (àquela).

A fim de ampliarmos nossos conhecimentos sobre as circunstâncias em que se requer ou não o uso da
crase, analisaremos:

# O termo regente deve prescindir-se de complemento regido da preposição “a”, e o temo regido
deve admitir o artigo feminino “a” (s):
Exemplos:

As informações foram solicitadas à diretora.


(preposição + artigo)

Nestas férias, faremos uma visita à Bahia.


(preposição + artigo)

Observação importante:

Alguns recursos nos servem de subsídios para que possamos confirmar a ocorrência ou não da crase.
Eis alguns deles:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina equivalente. Caso ocorra a combinação a+o(s), a
crase está confirmada.
Exemplos:

As informações foram solicitadas à diretora.


As informações foram solicitadas ao diretor.

b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso
resulte na expressão “voltar da”, há a confirmação da crase.
Exemplos:

Faremos uma visita à Bahia.


Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada)

Não me esqueço da viagem a Roma.


Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos jamais vividos.

Atenção:

Nas situações em que o nome geográfico apresentar-se modificado por um adjunto adnominal, a
crase está confirmada.
Exemplos:

Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas praias.

# A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se
o temo regente exigir complemento regido da preposição “a”.
Exemplos:

Entregamos a encomenda àquela menina.


(preposição + pronome demonstrativo)

Iremos àquela reunião.


(preposição + pronome demonstrativo)

Sua história é semelhante às que eu ouvia quando criança. (àquelas que eu ouvia quando criança)
(preposição + pronome demonstrativo)

# A letra “a” que acompanha locuções femininas (adverbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o
acento grave:
Exemplos:

* locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pressas, à vontade...


* locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura de...
* Locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.

Casos passíveis de nota:

* Em virtude da heterogênea posição entre autores, o uso da crase torna-se optativo quando se
referir a locuções adverbiais que representem meio ou instrumento.
Exemplos:

O marginal foi morto a bala pelos policiais. (Poderíamos dizer que ele foi morto a tiro)
Marcela redige todos os seus trabalhos a máquina. (Poderia ser a lápis)

* Constata-se o uso da crase se as locuções prepositivas à moda de, à maneira de apresentarem-se


implícitas, mesmo diante de nomes masculinos.
Exemplos:

Tenho compulsão por comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)

* Não se efetiva o uso da crase diante da locução adverbial “a distância”.

Na praia de Copacabana, observamos a queima de fogos a distância.

Entretanto, se o referido termo se constituir de forma determinada, teremos uma locução


prepositiva. Mediante tal ocorrência, a crase está confirmada.
Exemplo:

O pedestre foi arremessado à distância de cem metros.

- De modo a evitar o duplo sentido, faz-se necessário o emprego da crase.


Exemplo:

Ensino à distância.
Ensino a distância.

# Em locuções adverbiais formadas por palavras repetidas, não há ocorrência da crase.


Exemplo:

Ela ficou frente a frente com o agressor.

Casos em que não se admite o emprego da crase:

# Antes de vocábulos masculinos.


Exemplos:

As produções escritas a lápis não serão corrigidas.


Esta caneta pertence a Pedro.

# Antes de verbos no infinitivo.


Exemplos:

Ele estava a cantar quando seu pai apareceu repentinamente.


No momento em que preparávamos para sair, começou a chover.

# Antes de numeral.
Exemplo:
Chegou a cento e vinte o número de feridos daquele acidente.

Observação:

- Nos casos em que o numeral indicar horas, configurar-se-á como uma locução adverbial feminina,
ocorrendo, portanto, a crase.

Os passageiros partirão às dezenove horas.

- Diante de numerais ordinais femininos a crase está confirmada, visto que estes não podem ser
empregados sem o artigo.

As saudações foram direcionadas à primeira aluna da classe.


# Antes da palavra casa, quando essa não se apresentar determinada.
Exemplo:

Chegamos todos exaustos a casa.

Entretanto, se a palavra casa vier acompanhada de um adjunto adnominal, a crase estará confirmada.

Chegamos todos exaustos à casa de Marcela.

# Antes da palavra “terra”, quando essa indicar chão firme.


Exemplo:

Quando os navegantes regressaram a terra, já era noite.

Contudo, se o referido termo estiver precedido por um determinante ou referir-se ao planeta Terra,
ocorrerá a crase.

Paulo viajou rumo à sua terra natal.

# Quando os pronomes indefinidos “alguma, certa e qualquer” estiverem subentendidos entre a


preposição “a” e o substantivo, não ocorrerá a crase.
Exemplo:

Caso esteja certo, não se submeta a humilhação. (a qualquer humilhação)

# Antes de pronomes que requerem o uso do artigo.


Exemplos:

Os livros foram entregues a mim.

Dei a ela a merecida recompensa.

Observação:

Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, o
uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no caso de o termo regente exigir a preposição.

Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia.

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