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MORFOLOGIA E SINTAXE DO
PORTUGUÊS
GUARULHOS – SP
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
1
3.7.1 Termos da oração ........................................................................................... 29
classes........................................................................................................................50
7 MORFEMAS ......................................................................................................... 54
10 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 86
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
4
2 GRAMÁTICAS PRESCRITIVA, DESCRITIVA E INTERNALIZADA
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Fonte: http://mundocarreira.com.br/
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escritores. Dizer que alguém sabe gramática significa dizer que esse alguém conhece
essas normas e as domina”.
É nesse ponto que reside o maior problema da abordagem prescritiva da
gramática na escola. Ao considerá-la o padrão de excelência, a escola leva seus
alunos a perseguirem esse modelo ao longo da vida escolar. Porém, se esse é o único
ponto de vista gramatical ao qual se tem acesso, passa-se a acreditar que todo o resto
que produzimos como falantes em nosso dia a dia está errado. Nesse caso, o aluno
passa a vida acreditando que fala errado, que a língua é difícil, e duvida de sua
competência internalizada. Prioriza-se, nessa abordagem, a norma- -padrão e,
portanto, deixa-se de lado as variações da língua, que são muitas e dependem de
inúmeros fatores — sociais, econômicos, geográficos, entre outros.
Isso não quer dizer que a gramática normativa não tenha valor escolar, mas o
ensino de língua baseado somente na norma-padrão não pode desconsiderar as
variações e uma profunda reflexão linguística que passa, inclusive, pelas regras da
gramática normativa. Entra em jogo, nesse ponto, outra questão: muitos professores
afirmam compreender a variação linguística, mas consideram que ela deve ficar
apenas no âmbito da fala, sendo a escrita normatizada pela gramática da norma-
padrão. No entanto, os exemplos presentes em Franchi (2006) mostram que a escrita
escolar também não pode ser somente pautada nos padrões de certo e errado da
gramática normativa.
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Nesse exemplo, a concepção de gramática dos professores citados por Franchi
(2006) está associada à gramática normativa, que segue uma concepção de língua
dos escritores e de uma linguagem que seria mais culta e bela do que a falada no dia
a dia. O “bom português”, no entanto, como mostra Franchi (2006), nem sempre
garante um texto criativo.
No Texto 1, apesar dos desvios gramaticais, é possível notar uma maior
criatividade e, no Texto 2, uma maior contenção. Além disso, Franchi (2006, p. 26)
ressalta que o texto 1 não deixa de mostrar um “[…] razoável grau de amadurecimento
linguístico e textual”, considerando a capacidade do aluno escritor do Texto 1 de
construir uma série de operações complexas com a língua, como em “Era uma vez
um passarinho que vivia em uma árvore na frente da casa de João”, enquanto o Texto
2 tem estruturas bastante simples como “Eu gosto muito dos animais”.
Para Franchi (2006), portanto, esses exemplos evidenciam que o aluno do
Texto 1 demonstra um “controle” da língua muito superior, de certa forma, ao
demonstrado pelo aluno do Texto 2.
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É necessário eleger certos fatos da língua para observar, já que seria
impossível dar conta da totalidade de fatos da língua. Estudam-se, então, os fatos
sintáticos, aqueles de particular interesse à teoria, uma vez que a sintaxe é a parte
da gramática de organização da língua. Na descrição de um fato sintático, como a
posição linear que os elementos de uma frase ocupam, como no exemplo dado, é
possível observar que a língua permite certos posicionamentos e não outros. Com o
exemplo, nota-se que a gramática descritiva considera o falante, sua intuição, sua
língua internalizada, isto é, as possibilidades e impossibilidades da língua por meio de
fatos que são bastante intuitivos. O autor explica que: “[…] os falantes têm muitas
vezes intuições bem definidas […] em outros casos as intuições não são claras, e é
preciso lançar mão de outros recursos, como tentar observar o comportamento
sintático de uma sequência em outras frases” (PERINI, 2005, p. 45).
Toda gramática descritiva, portanto, pressupõe hipóteses e observação e,
consequentemente, constitui-se como resultado de uma pesquisa, argumentando e
justificando o caminho tomado. Por isso, do ponto de vista descritivo, não é possível
estudar gramática sem, ao mesmo tempo, fazer gramática, no sentido de refletir,
investigar e pensar nos fenômenos da língua.
Além disso, o trabalho de descrever uma língua inclui a descrição dos seus
aspectos formais somados aos significados que eles veiculam. Primeiro, é realizada
a descrição do aspecto formal e do semântico separadamente, posteriormente
realizando-se um confronto entre ambos (PERINI, 2005).
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2.3 O gerativismo e a gramática internalizada
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começa a esquecer palavras e gaguejar; seu desempenho está afetado pelo
nervosismo.
A teoria desenvolvida por Chomsky para explicar e analisar os dados foi
denominada de gramática gerativa, uma vez que, segundo ela, o falante pode, por
meio de um limitado número de regras internas que possui, gerar um infinito número
de sentenças. A gramática gerativa, portanto, tem por objetivo explicar e analisar as
frases potencialmente realizáveis em uma língua, cuja intuição do falante é o “[…]
critério da gramaticalidade ou agramaticalidade da frase” (PETTER, 2015, p. 11).
Observe a frase a seguir.
Neste exemplo, como falante, você consegue perceber que algo não está bem
na construção da sentença. Você não precisa ser um especialista em linguística para
perceber isso. É esse estranhamento que Chomsky entende como a intuição do
falante. Por menos escolarizado que o falante seja, ele é capaz de organizar os
elementos linguísticos que compõem esta sentença, tornando-a novamente
gramatical.
Uma sequência de palavras é agramatical quando, segundo Petter (2015), não
respeita as regras gramaticais internalizadas pelo falante. Um falante pode utilizar sua
competência inata para organizar o exemplo acima como:
Todo falante de uma língua natural possui competência para refletir sobre a
língua. Dessa forma, na escola, o professor de língua pode fazer valer essa
competência para proporcionar uma verdadeira reflexão sobre o objeto de estudo da
sua disciplina, utilizando-se de situações e exemplos do cotidiano dos alunos. No
entanto, não é isso que ocorre geralmente nas aulas de língua.
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A linguagem é um fenômeno que permeia nossa vida social em diversos
aspectos e é de fundamental importância em nosso dia a dia. É necessário, então,
entender a gramática como uma forma de refletir sobre o funcionamento da linguagem
(e não somente como um amontoado de regras em um livro).
Dessa forma, estudar gramática na escola é importante, porque proporciona
um espaço de reflexão e pesquisa, podendo inclusive promover a autonomia, a
criticidade e a curiosidade científica dos alunos (PERINI, 2005). Uma vez que se passe
a enxergar a gramática como meio de observar e interpretar os fenômenos da
linguagem que ocorrem no cotidiano, o sentido e a significação do ensino de gramática
tomam outro rumo e abrem caminho para diversas oportunidades. No exemplo a
seguir, é possível realizar uma interpretação muito simples de um fato da linguagem.
De acordo com Perini (2001, p. 13), todo falante “[…] possui um conhecimento
implícito, altamente elaborado da língua, muito embora não seja capaz de explicitar
esse conhecimento”. No Brasil, especialmente, em virtude da distinção muito evidente
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entre a língua brasileira falada e a norma culta do português, é possível perceber que
esse conhecimento da língua é algo naturalmente adquirido, e não fruto da instrução
escolar.
A interpretação dos fenômenos linguísticos pode se dar em vários aspectos,
que compõem as gramáticas de uma língua: a fonologia, a morfologia, a sintaxe e a
semântica. No entanto, esses aspectos não esgotam as possibilidades de
interpretação, pois ainda se poderia observar a história das formas linguísticas, por
exemplo. Esses aspectos “[…] constituem o estudo da estrutura interna de uma língua
— aquilo que a distingue das outras línguas do mundo, e que não decorre diretamente
de condições da vida social ou do conhecimento do mundo” (PERINI, 2005, p. 50).
Pela gramática descritiva, por outro lado, é possível entender o verbo “assistir”
também em suas ocorrências como transitivo direto, que rege um objeto direto, sem
preposição. Um possível exemplo é a própria acepção de assistir em “Assistimos o
jogo”. Isso porque observou-se, analisando os fenômenos linguísticos, que o uso de
grande parte dos verbos vem modificando a normatização. Notou-se também que há
uma relação mais direta entre o falante e a pessoa ou objeto a que ele se refere. Por
outro lado, o verbo “assistir” com o sentido de ajudar, auxiliar, socorrer, já é
normatizado como um verbo transitivo direto e é assim utilizado pelos falantes.
É possível também observar a forma como a gramática internalizada dos
falantes organiza esses usos. Podemos refletir sobre a voz ativa e a voz passiva em
relação ao verbo “assistir”. Observe que, pelas regras da gramática normativa, um
verbo só possui voz passiva quando é classificado como transitivo direto ou bitransitivo
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(direto e indireto). No entanto, é perfeitamente coerente e bastante utilizada pelos
falantes a ocorrência passiva, como na frase a seguir:
Se, pelo viés da gramática normativa, “assistir” com sentido de ver, olhar, deve
ser transitivo indireto, tal ocorrência não poderia existir. No entanto, pela gramática
internalizada do falante, é perfeitamente corriqueira a ocorrência da voz passiva nesse
caso. Pode-se concluir que há uma discrepância entre aquilo que a gramática
normativa prescreve e aquilo que o falante entende intuitivamente como adequado.
Por fim, conhecer as regras gramaticais e saber como usá-las é também
importante. Por meio desse estudo, é possível ensinar as diversas configurações da
língua para preparar os alunos para as também diversas situações com que vão se
deparar na vida. Como explica Ferraz e Olivan (2011, p. 2236):
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de palavras. Ou seja, a partir de fórmulas padronizadas de construção de novas
palavras a partir do que já existe no léxico.
Para Basílio (2006, p. 10), o léxico é “ecologicamente correto”, pois tem um
banco de dados em permanente extensão, mas utilizando material já existente, assim,
reduzindo a dependência de memória e garantindo a comunicação automática. Por
exemplo, em palavras como: computacional, globalização, etc., percebe-se formas
novas de palavras já existentes: o verbo computar, por exemplo, já existia, e serviu de
base para a formação de computador; o sufixo –ção, também já existente, possibilita
a construção da palavra computação, e assim por diante.
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contexto no qual estão inseridos e aumentam-se as possibilidades de interpretação e
amplia-se a noção do certo e do errado e passamos então a perceber a língua como
algo que demarca historicamente um povo e um tempo. Diz-se com muita intensidade
que vivemos na sociedade da comunicação e da informação, na qual a palavra dita e,
sobretudo, escrita é utilizada com grande intensidade. As redes sociais modificaram
as relações dos indivíduos com o uso da palavra, o domínio dela, por conseguinte, é
possibilidade de ocupar diferentes espaços de forma adequada e fazendo uso da
riqueza que a língua oferece (HOFF, 2014).
O processo de formação de palavras traz implicações para o ensino, uma vez
que é preciso constante atualização e contextualização para que não se limite o
espaço do aprendiz. Se você parar para pensar, podemos citar inúmeras novas
palavras na nossa língua: agito, xingo, desmate, carreata, entre outras (ROCHA,
1998). A partir dessas novas criações podemos nos perguntar: por que algumas
causam estranheza e outras não? Por exemplo, a palavra desmorrer, já que a forma
desmerecer é aceita. Por que razão a palavra atingimento não é considerada como
uma palavra existente na língua, mas possível de ser criada? Por que uma palavra
proferida por uma figura pública causa tanto comentário? Pense na palavra imexível
e o que ela gerou após ter sido pronunciada por um ministro do Estado. Por que no
Rio Grande do Sul temos como forma consagrada lavagem e em Santa Catarina
lavação?
Estas e outras perguntas devem ser discutidas no âmbito da morfologia. No
decorrer do processo de ensino é necessário levantar alguns questionamentos com
os alunos:
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Portanto, para os processos de ensino e aprendizagem, uma teoria morfológica
da língua objetiva definir como e quais novas palavras podem ser formadas. Assim,
um falante que escuta uma palavra, quer seja pela primeira vez, tem capacidade de
reconhecê-la como uma palavra de sua língua e assim permite a intuição sobre a
estruturação dela e de seus possíveis significados. Dessa forma, uma teoria
morfológica descreve esses fatos, sobretudo os mecanismos formais que criam novas
palavras e a análise de palavras que já circulam nessa língua.
É imperativo que a língua precisa ser ensinada na escola. A gramática
normativa, então, traz as regras. Mas a norma não pode ser uniforme e rígida. Ela
precisa ser elástica e contingente, evidenciando a sua adaptação de acordo com cada
situação social específica em que está inserida. Pense: o professor fala em casa da
mesma e exata forma que fala em sala de aula ou em uma conferência? Se a língua
é variável no espaço e na hierarquia social, como definir uma única representação
como a correta? Reflita sobre essa questão.
Porém, com o percurso histórico das sociedades e um ensaio cada vez maior
de compreensão dos fenômenos que estão postos no mundo, este pensamento tem
dado lugar para estudos cada vez mais aprofundados sobre morfologia. No âmbito da
língua portuguesa, autores se consagram nesse campo e ampliam a visibilidade e a
importância do estudo da ciência das linguagens. Margarida Basílio, por exemplo, tem
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uma relevante obra publicada no Brasil, com o título: Estruturas Lexicais do Português:
uma abordagem gerativa, evidenciando assim o interesse crescente pela disciplina.
Quatro são as escolas que estudam e analisam o componente morfológico da língua:
o descritivismo, o historicismo, o estruturalismo e o gerativismo. Para as gramáticas
tradicionais, este tema é de menor relevância. No entanto, no período de influência do
estruturalismo houve um maior interesse, este logo ultrapassado pela teoria gerativista
(HOFF, 2014).
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No Brasil, em meados da década de 1960, até inícios da década de 1970,
identificam-se os estágios iniciais da consolidação desse campo, isso com a
obrigatoriedade do ensino da linguística nos cursos de Letras. Em sua segunda fase,
a disciplina passa a integrar com as demais um campo desenvolvido de pesquisa na
graduação e na pós-graduação no país. Trabalhos começam a se destacar, entre eles
os do estudioso Mattoso Câmara Júnior (1970, 1971). É em meados da década de
1970 que a morfologia volta a ser legitimada como objeto de estudo na Teoria
Gerativa, destacando-se o nome de Noam Chomsky (1970).
Neste período de consolidação não poderia ser diferente, como o estudo das
estruturas internas da palavra, a morfologia se confronta com dificuldades de definição
do seu objeto de estudo. Com o decorrer das pesquisas em torno dessa temática
melhores definições são estabelecidas. Passa-se a trabalhar com regras de formação
de palavras. A partir dessa interpretação, historicamente, consolida-se o foco na
competência linguística. Ou seja, parte-se da possibilidade de pensar não apenas nas
formas existentes das formas lexicais, mas potencializar o estudo da ciência
linguística a partir da valorização da potencialidade das línguas para a formação do
novo, com o objetivo principal de atender as necessidades comunicativas.
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artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições, advérbios
e numerais. Já a sintaxe estuda a função que as palavras desempenham dentro da
oração, isto é: sujeito, adjunto adverbial, objeto direto e indireto, complemento
nominal, aposto, vocativo, predicado, entre outros (HOFF, 2014).
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De acordo com o apresentado pelas gramáticas modernas, você deve
considerar que a definição de palavra é uma unidade de som composta por vogais,
consoantes, semivogais, sílabas e acentos que compõem enunciados, além de
possuírem classificação morfológica. Já a frase trata-se do enunciado em si, com
capacidade de comunicar, e é analisada sintaticamente (HOFF, 2014).
▪ casinha
▪ casebre
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▪ casarão
3.5.4 Prefixos: são morfemas inseridos antes da palavra, modificando seu sentido.
▪ Atemporal
▪ Contraindicação
▪ Desconfigurado
▪ Refeito
▪ Panfletagem
▪ Casamento
▪ Rinite
▪ Perfeccionismo
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Fonte: concursosprevistos.com.br
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precisa necessariamente coincidir com a sequência determinada por regras de
dependência e hierarquização (FORLI, 2012).
Por ser um dos componentes básicos da linguagem, a sintaxe tem por objetivo
principal fazer certos conteúdos semânticos serem veiculados por meio de
sequências. Por isso, os tipos de elementos utilizados para estruturar as sequências
e dos quais resultam graus diferentes de coesão entre os constituintes variam muito
de língua para língua, mas o esquema e o mecanismo de estruturação do enunciado
são constantes.
Ainda nessa frase, você pode identificar alguns termos integrantes, veja:
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Fazer a análise sintática de uma oração significa separar cada um de seus
elementos e classificar de acordo com suas características. A compreensão dessa
estrutura da frase vai ajudar você a escrever e pontuar corretamente.
Um conjunto de palavras não é uma frase. Para ser frase, qualquer construção
precisa ter alguns princípios da língua. Esses princípios são percebidos por qualquer
usuário, mesmo por aquele com pouca escolaridade. Uma frase precisa,
necessariamente, ter significado. Exemplos:
▪ Pare! Socorro!
▪ Silêncio!
▪ As produções textuais estavam adequadas ao tema exigido.
▪ Exigido textuais as tema ao produções estavam.
Você percebe claramente que a última construção não pode ser considerada
uma frase, pois ela não tem alguns princípios da língua, nem comunica significado
algum. Já as construções anteriores comunicam uma ideia; logo, formam uma frase.
Você conclui, então, que não basta agrupar palavras para ter uma frase: é necessário
que esse agrupamento, esse conjunto, tenha significado para alguém.
Você pode dizer que uma oração é uma frase verbal, ou que ela é parte de uma
frase que obrigatoriamente contém um verbo expresso ou subtendido. Dessa forma,
a oração é diferente da frase por apresentar uma exigência: a presença de um verbo.
É em torno do verbo que os outros termos da oração se estruturam. Exemplos:
Nos dois primeiros exemplos, você tem somente frase, pois não há presença
de estrutura verbal. Já nos dois seguintes há frase verbal e, portanto, oração, pois os
termos estão estruturados em torno de um verbo.
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As frases que não são orações — ou seja, que não têm verbo — não apresentam
estrutura sintática. Isso quer dizer que elas não permitem fazer a análise sintática. Já
as orações — em que as palavras (os termos) estão relacionadas entre si —, elas sim
constituem o que chamamos de termos sintáticos. Veja, então, quais termos da oração
formam uma oração (BARBOSA, 2011).
Termos essenciais
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Sujeito composto: caso em que há mais de um núcleo, isto é, o sujeito é
composto por mais de um substantivo, um pronome, uma palavra substantivada, uma
oração substantiva.
Sujeito oculto: não está expresso na oração, mas pode ser identificado.
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Predicado verbonominal: possui dois núcleos, um verbo e um nome, pode ter
um predicativo do sujeito ou do objeto e indicar ação do sujeito e também uma
característica. Exemplos:
Termos integrantes
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Complemento nominal: termo que está ligado, por preposição ou substantivo,
ao adjetivo ou advérbio. Exemplos:
Termos acessórios
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▪ Os professores, atenciosos e dedicados, organizaram a feira de
ciências.
3.7.3 Período
Você pode denominar que um período é formado por uma ou mais orações.
Mas frase e período não são a mesma coisa. Um período deve ser constituído por
pelo menos uma oração. Só que nem toda frase é uma oração; logo, nem toda frase
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pode ser considerada um período. Você pode classificar o período em simples ou
composto.
O período simples é formado por uma única oração. O período composto é
formado por duas ou mais orações. Exemplos:
Com a leitura deste capítulo, você vai compreender cada vez mais a
morfossintaxe. Você vai conhecer alguns aspectos referentes às classes de palavras,
sobretudo no contexto da predicação nominal e dos complementos nominais.
Os objetivos estão centrados na determinação da relação entre as classes de
palavras e suas funções sintáticas; no estabelecimento da relação entre morfologia e
sintaxe e também na análise da construção dos elementos que compõem o predicado
nominal e seus papéis temáticos na estruturação dos textos em língua portuguesa.
Fonte: https://www.cidadaocultura.com.br/
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▪ Substantivo
▪ Adjetivo
▪ Artigo
▪ Pronome
▪ Numeral
▪ Verbo
▪ Advérbio
▪ Preposição
▪ Conjunção
▪ Interjeição
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A terceira classe de palavras engloba outros termos determinantes, são eles os
artigos. Estes determinam ou indeterminam o substantivo (N) a que se referem. Esta
classe de palavras também concorda em gênero e número com o núcleo do sintagma
nominal. Em seguida, temos os pronomes, como quarta classe de palavras. Estes
itens especificam o substantivo, e nesta situação são determinantes, ou substituem o
substantivo, nesta situação passam a ser termos determinados (BECHARA, 2005).
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A preposição, como classe de palavras, é identificada pela sua característica
sintática de conexão dos elementos da oração, subordinando-os. A conjunção
também conecta termos, mas pode subordinar ou coordenar elementos. Já a classe
lexical composta pelas interjeições tem função sintática de frase, pois apresenta
sentido completo (BECHARA, 2005).
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▪ O dia está bonito. (O dia está. Neste caso, o adjetivo funciona como
predicativo, completa o sentido da oração e qualifica o substantivo dia.)
▪ O dia belo começava com o raiar no horizonte. (Neste caso, o adjetivo
desempenha função sintática de adjunto adnominal, não sendo um
termo necessário — O dia começava com o raiar no horizonte — e
qualifica o substantivo dia.)
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Os verbos, como uma extensa classe de palavras, desempenham função
sintática de núcleo do predicado verbal. Todas as orações são organizadas em torno
de um verbo (ou ausência de um) ou de uma locução verbal e o verbo sempre faz
parte do predicado. Logo, os verbos desempenham função sintática de núcleo do
predicado verbal. Nos casos dos verbos de ligação eles não desempenham papel de
núcleo do predicado. Neste caso, eles ligam dois elementos da oração: o sujeito e o
seu predicativo.
Advérbio desempenha na oração papel de adjunto adverbial. Estes termos são
de natureza nominal ou pronominal e se referem ao verbo, ou ainda, dentro de um
grupo nominal unitário, a um adjetivo ou um outro advérbio (nesse caso como
intensificador). Exemplo: (1) Maria é muito boa escritora. (O advérbio refere-se ao
adjetivo boa). (2) Maria escreve muito bem. (O advérbio refere-se ao advérbio bem).
A preposição não desempenha papel sintático nas orações. Elas estabelecem
conexão entre elementos (próximo do descrito anteriormente para os verbos de
ligação). É por este fato que são classificadas como conectivas ou palavras
relacionais. Mas lembre-se de que as preposições são fundamentais para a coesão
textual. Além dessas, as conjunções também desempenham papel de elementos de
ligação. Nesse caso, a morfossintaxe da língua identifica as conjunções como
conectivos (CASTRO, 2011).
A última classe de palavras, ou seja, a das interjeições, faz o fechamento desta
etapa da leitura. Esse grupo lexical abrange as expressões com que os indivíduos
traduzem os seus estados emotivos. As interjeições têm existência autônoma e, a
rigor, constituem verdadeiras orações. Elas podem assumir papel de unidades
interrogativas-exclamativas e também de chamamento, desempenhando, neste caso,
papel de vocativo.
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À morfologia cabe o estudo da estrutura, da formação e da classificação das
palavras. Neste campo de estudo, olhamos para as palavras de forma isolada. É no
contexto da morfologia que identificamos as dez classes de palavras, os seus
respectivos integrantes e as suas especificidades (ROCHA, 1998). À sintaxe, por sua
vez, investiga a disposição das palavras que compõem as frases e as orações. Ou
seja, na relação entre os elementos (relações sintáticas) podemos identificar
diferentes funções sintáticas para uma mesma classe gramatical. É por este caráter
de análise relacional que um substantivo pode desempenhar função de sujeito e em
outra situação pode ser classificado sintaticamente como objeto direto.
Logo, a relação entre morfologia e sintaxe é denominada morfossintaxe, ou
seja, neste contexto, analisamos as palavras e identificamos as classes as quais elas
pertencem (substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio,
preposição, conjunção e interjeição), mas, uma vez complementada pela análise
sintática, os elementos das classes de palavras podem ser: sujeito, predicado, objeto
direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, predicativo do objeto, complemento
nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto (CASTRO,
2011).
Dessa forma, é na análise simultânea que podemos delimitar as funções
sintáticas das classes gramaticais. Morfologicamente, as classes são estáticas, mas
sintaticamente se movimentam e um mesmo elemento pode desempenhar diferentes
funções.
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5 SINTAXE E SEMÂNTICA
Fonte: www.stoodi.com.br
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Perceba também que, para entender o significado dessa frase, você precisou
ir além do sentido literal de cada palavra, não é mesmo? A sorte não é um objeto e
não pode ser lançada para algum lugar. Você compreendeu que alguém está
dependendo da sorte por experiência pessoal.
Veja mais um exemplo:
Por mais que a estrutura sintática da frase (2) esteja adequada (sujeito = a bola,
predicado verbal = venceu novamente), ela não tem sentido. Você sabe que a bola é
um objeto inanimado, logo, não pode efetuar nenhuma ação.
A força da “coerência semântica” é tão importante que, mesmo que a
organização sintática esteja alterada, a frase ou enunciado ainda possuirá sentido.
Para compreender melhor essa afirmação, veja mais um exemplo: Quando 900 anos
de idade você atingir, parecer tão bem você não vai.
Apesar de a estrutura estar alterada, o falante/ouvinte pode compreender
perfeitamente o seu enunciado. Porém, se a estrutura sintática for perfeita e a sua
semântica apresentar defeitos, o ato de comunicação é considerado um fracasso
(BARBOSA, 2010). Por exemplo: Ideias verdes incolores dormem furiosamente.
Além disso, se a estrutura de uma oração for reorganizada, podemos obter um
novo enunciado com sentido totalmente diferente, como observado nos seguintes
exemplos: (1) Os grevistas pensam que o patrão não percebeu. (2) O patrão sabe que
os grevistas não perceberam.
Às vezes, as falhas na estrutura podem originar grandes falhas de
entendimento (significado semântico), como nos casos de estruturas ambíguas, nas
quais, em geral, a pontuação é definitiva para o entendimento adequado. Veja os
exemplos:
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A complexidade da linguagem humana não se reduz somente a regras lógicas,
pois o discurso pode ser analisado segundo diferentes perspectivas. Você pode
analisá-lo do ponto de vista da sua estrutura, por exemplo. Nesse caso, é a sintaxe
que analisa as relações entre os signos, independentemente do que eles designam.
Um conjunto de letras escritas ao acaso não pode ser considerado uma
palavra, como você pode perceber em “aiu”. Para que se torne uma palavra da língua
portuguesa, as letras terão de ser estruturadas conforme certa ordem: “joia”. Da
mesma forma, uma série de palavras só se constrói como uma estrutura frasal quando
as palavras se relacionam de certa maneira, desempenhando, cada uma delas,
diferentes funções. As palavras “a”, “está”, “sorte” e “lançada” só representam uma
estrutura frasal se apresentarem-se na posição “A sorte está lançada” (BARBOSA,
2010).
Nessa mesma reflexão, o discurso exige uma sequência de enunciados que se
relacionam entre si de acordo com determinada ordem, obedecendo a regras,
estabelecendo-as e analisando-as. Todo esse movimento articulatório é objeto da
sintaxe. Por isso, a sintaxe é denominada análise de regras que regem o
encandeamento dos signos no interior dos diversos atos de fala ou de discurso.
A conexão sintática entre os enunciados é garantida por uma série de termos
de ligação. Sem eles, não seria possível relacionar proposições diferentes, mas
somente construir proposições isoladas, como “o filme foi surpreendente” ou “o filme
é bom porque aborda assuntos importantes”.
Para ter proposições e assim construir um discurso, você precisa usar
determinados signos – como “e” e “ou”, entre outros – que concedem ao discurso a
sua estrutura. Assim, a sintaxe lógica é o estudo das relações entre os signos e as
proposições, abstraindo do seu significado; por isso, ela é a teoria da construção de
toda a linguagem lógica. Ela trata da determinação das regras que consentem
combinar os símbolos elementares de modo a construir proposições adequadas.
A análise sintática, ao lado da semântica e da pragmática, corresponde a outro
momento de investigação dos signos linguísticos, em que o foco de observação é sua
relação com os demais que integram o sistema. Dessa forma, o conceito por meio da
análise semântica desloca a investigação linguística para a relação formal com os
demais integrantes do sistema; nesse ponto em particular, as regras de sintaxe são
representadas, sobretudo, pela gramática (BARBOSA, 2010).
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Isso acontece porque esses signos linguísticos não são utilizados sem a
reflexão do falante. As regras convencionalmente estabelecidas devem ser
obedecidas a fim de que, ordenadas, seja possível não só ao falante produzir sua
mensagem, como também ao ouvinte decodificar e apreender seu conteúdo. Veja um
exemplo na tirinha a seguir:
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5.1 Semântica
Sinonímia
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A sinonímia é o termo usado para designar palavras que representam a mesma
ideia, ou seja, palavras sinônimas.
Perceba que o substantivo “casa” pode ser substituído por “lar” sem que haja
perda de sentido ou que o interlocutor perca a ideia transmitida pela frase. O mesmo
ocorre com os advérbios “muito” e “bastante” e os adjetivos “aconchegante” e
“agradável”.
Antonímia
Metonímia
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▪ Gosto de Chico Buarque.
Aqui, você vê a substituição da obra pela pessoa que a produz. Você consegue
entender que ao dizer “gosto de Chico Buarque” não estou me referindo à pessoa,
mas à obra produzida por ela.
Nesse caso, foi trocado o produto pela marca. Em determinado contexto, país
em que se vive, por exemplo, esse tipo de substituição fará sentido, mas talvez em
outro não. Lembre-se de que a metonímia só fará sentindo para o interlocutor se ela
estiver adequada à realidade e contexto social dele.
6 PALAVRAS E SINTAGMAS
Fonte: https://conceitos.com/
47
6.1 Itens lexicais na análise morfossintática
48
classificar situações, objetos e pessoas de formas não antes feitas. Por esse motivo,
produzimos (e reproduzimos) novas denominações. Precisamos de um sistema
dinâmico, que seja capaz de se expandir e de se moldar conforme às necessidades
dos falantes. Por exemplo, o léxico oferece as unidades de designação, como global;
a partir delas, elaboramos novos itens lexicais, tal como globalização
O léxico não se limita a um conjunto fechado de palavras. Ele é dinâmico e
apresenta estruturas que podem ser utilizadas para sua expansão. Dito de outro
modo, o léxico é mais do que palavra. No léxico, estão as estruturas e os processos
de formação de palavras que possibilitam a formação de novas unidades lexicais e,
por conseguinte, permitem a aquisição de palavras novas para os falantes (CASTRO,
2020).
Não devemos confundir item lexical com palavra: o primeiro faz referência aos
itens que estão armazenados na memória do falante; o segundo nomeia o termo que
é utilizado de acordo com a teoria gramatical. Assim sendo, existe o léxico externo e
o interno, conforme delimita Basílio (2004). Como conjunto de palavras, temos o léxico
externo, ou seja, aquele grupo que se verifica nos enunciados dos falantes. O conjunto
interno, ou mental, corresponde às palavras conhecidas pelo falante e também aos
padrões gerais de estruturação para interpretação e produção de novas formas. Para
a análise morfossintática, essa diferenciação é importante. Interpretamos palavra
como categoria mais genérica. Item lexical, no entanto, deve ser percebido como
unidade de nomeação de verbos e substantivos e outros, ou seja, como unidade
semanticamente registrada no léxico de uma língua, com potencial de combinação
com outros elementos afixais para formação de outras unidades ou sintagmas.
Para a análise morfossintática, a normalização dos itens lexicais é
imprescindível, pois esse é o processo que reduz as variações de uma palavra para
sua forma única. Os componentes formadores de palavras são o radical e os afixos.
O radical é o elemento básico, enquanto os afixos podem ser incorporados às palavras
para formar outras. Esses processos afetam significativamente a palavra original;
podem, inclusive, alterar a sua categoria morfológica (CASTRO, 2020).
49
6.2 Mecanismos mórficos ou sintáticos para a identificação das palavras em
classes
50
6.3 Principais categorias lexicais
51
6.4 Sintagma nominal e sintagma verbal
52
No caso de o sintagma nominal apresentar apenas um especificador, este
ocorrerá na posição inicial do sintagma (esta aluna, muitos estudantes, etc.). Por outro
lado, quando o especificador for um quantificador não determinante, este pode acorrer
entre um determinante definido e o nome. Por exemplo: as várias amigas da Luiza.
Neste caso, a posição é intermediária.
Assim sendo, os quantificadores todos e ambos, quando iniciando sintagma
nominal, não podem preceder diretamente um nome sem a presença de um
determinante. Por exemplo: todas as ruas, ambas as ruas. Para confirmar essa
afirmação, pense na possibilidade da estrutura: todas casas e ambas casas. Essas
duas construções são agramaticais. No entanto, estes quantificadores podem ocorrer
na posição pós-verbal. Observe os exemplos de substituição:
53
6.4.2 Sintagma verbal
▪ As colegas chegaram
▪ Chove.
▪ Nevou.
7 MORFEMAS
54
desses saberes, você também vai apropriar-se das características dos morfemas e da
diferença entre eles e os sintagmas.
O primeiro aspecto que você precisa ter em mente está relacionado com o
surgimento de novas palavras em língua portuguesa. Pense: quando se formam novas
palavras? Como se formam novas palavras? Por que se formam novas palavras?
Primeiro, novas palavras são formadas a todo momento. Isso considerando
todas as suas modalidades. Mas, quais seriam essas modalidades? Podemos
destacar as seguintes: coloquial, culta, literária, técnica, científica, de propaganda,
entre outras. Dessa forma, a partir do uso e das necessidades dos falantes, e também
conforme o contexto e o período histórico, novos itens lexicais passam a fazer parte
de uma comunidade linguística. As formações podem ser esporádicas ou
institucionalizadas, conforme delimita Rocha (1998). As formações esporádicas são
aquelas relacionadas com o momento. Por exemplo, desmorrer. Nesse caso, uma
criança que brinca e diz que a formiga desmorreu. Ou seja, o contexto motiva a
criação da palavra por associação a outras parecidas e já existentes. Mas não significa
que ela venha a fazer parte do registro de palavras da língua. Esta e outras palavras
são criadas por impulsos momentâneos.
A forma institucionalizada de criar novas palavras é diferente e por este motivo
é denominada desta forma. Pense na palavra imexível. Ela foi pronunciada em um
contexto de publicidade de ato de um falante. Dessa forma, várias pessoas ouviram e
passaram a repeti-la. A circunstância era especial e tornou o vocábulo familiar para
os indivíduos. Por conseguinte, imexível passou a ser um vocábulo institucionalizado.
No entanto, você precisa saber: um vocábulo pode ser institucionalizado dentro de um
grupo de falantes de determinada língua. Por exemplo, indesmentível está
institucionalizada em determinada família e determinada residência. Logo, esta
formação é institucionalizada naquele grupo específico, mesmo que não seja
conhecido de outros grupos de falantes. O que você precisa se perguntar é: mas por
que alguns se tornam institucionalizados e outros não?
Conforme Rocha (1998), precisamos considerar a visibilidade do “criador” da palavra
e, em seguida, o poder da mídia dessa palavra. Ou seja, em que proporção esse
55
vocábulo vai ser disseminado. Um vocábulo criado em um contexto mais restrito e de
forma esporádica, pode até ser institucionalizado, isso depende da dimensão que ele
atinge. Mantendo-se restrito, não será institucionalizado, mas, caso contrário, passe
a integrar a fala de um grupo maior de pessoas, ele poderá ser registrado. As redes
sociais, atualmente, têm um papel importante para a fixação de novos vocábulos.
Quando compartilhado por muitos, a palavra passa a ser conhecida e as pessoas a
utilizam fora das redes sociais. O poder da mídia é evidente neste exemplo. Palavras
como sextou e trolar saem das redes sociais e passam a fazer parte dos diálogos
entre os falantes (CASTRO, 2012).
Outra situação que mobiliza a formação de novos vocábulos tem relação com
o fato de que certos processos são mais apelativos e enfáticos do que outros. Por
exemplo, dizer fumódromo no lugar de sala de fumantes. Portanto, é importante você
saber que é difícil responder plenamente à pergunta: tal palavra existe? Pense nisso.
No nível morfológico, no entanto, passamos a tentar compreender as unidades de
sentido que compõem as palavras. No campo da análise linguística, estudamos
diferentes níveis, desde aqueles mais amplos, ou seja, os que estudam as unidades
mais amplas do discurso, até as unidades menores, como as sílabas e os sons. Entre
eles há um nível intermediário que estuda as unidades da língua as quais apresentam
certa autonomia formal. Essas unidades podem ser encontradas como entradas
lexicais do dicionário. Estamos, portanto, falando das palavras. Inserido nisso, temos
o estudo em nível morfológico. Ou seja, aquele que estuda as unidades de sentido
que compõem as palavras. Etimologicamente, a palavra morfologia se constitui de
dois elementos: morfo e logia. Originária do grego, significam, respectivamente, forma
e estudo. Por conseguinte, definido na gramática como o estudo que descreve as
formas das palavras. Mais detalhadamente: o estudo que tem como objeto de
investigação a estrutura interna das palavras (CASTRO, 2012).
56
7.2 Morfemas da língua portuguesa
57
Com esta reflexão, podemos concluir que a palavra é constituída de dois tipos
de morfema:
Ainda, saiba que entre o radical e os afixos é permitido inserir uma vogal
temática (BECHARA, 2010). A missão dela é de classificação, uma vez que ela
diferencia os nomes e os verbos em grupos ou classes. Estes são conhecidos como
grupos nominais (casa/livro/ponte, etc.) e grupos verbais (denominados conjugações).
Por essa razão, podemos afirmar que o verbo trabalhássemos pertence à
primeira conjugação: trabalh-á-sse-mos. O verbo escrevêssemos é de segunda
(escrev-ê-sse-mos) e partíssemos (part-í-sse-mos) é de terceira conjugação. A
união do radical com a vogal temática representa o tema (BECHARA, 2010). Este é a
parte da palavra que está pronta para funcionar no discurso e também que está apta
para receber os afixos:
casa + s = casas
linda + s = lindas
livro + s = livros
58
também indicam o gênero: a casa (feminino); o livro (masculino). Ainda nos nomes,
as vogais temáticas -o e -e podem ser representadas por uma semivogal de um
ditongo: pão/pães. Enquanto o -o pode passar para a variante -u: afeto/afetuoso
(afeto + oso = afetuoso).
mar/mares (mar-e-s)
paz/ pazes (paz-e-s)
mal/ males (mal-e-s)
Por fim, é importante reforçar que a vogal temática aparece tanto nos temas
simples (livr-o) quanto nos derivados (livr-eir-o).
O morfema será livre quando tiver uma forma que pode aparecer de forma
autônoma no discurso. Caso contrário, será preso. No exemplo agricultura, agri- é um
morfema preso, pois ele, sozinho, não tem sentido no discurso. Para significar campo,
ele precisa combinar com outro morfema (agrimensor, agrícola, agricultor, etc.).
Diferentemente de cultura, por exemplo, pois este tem vida independente no discurso
(a cultura do campo). O radical pode ter uma variante que só aparece como forma
presa. Este é o caso, por exemplo, de caber, que tem variante presa -ceber.
Aparecendo ela em: receber, perceber e conceber. A variante do morfema nesse
caos é alomorfe (BECHARA, 2010).
Os elementos, portanto, podem ser todos livres (compor, apor) ou todos
presos (agrícola, perceber), ou, ainda, combinados (agricultura, gasoduto). Assim,
59
uma só forma pode representar mais de um morfema. O -s, por exemplo, pode marcar
plural (casa/casas) e também 2ª pessoa do singular nos verbos (tu amas, escreves,
partes).
Outra questão que precisa ser esclarecida está relacionada com a interpretação
dos sintagmas. Você precisa saber que além dos processos de formação e flexão da
palavra, à morfologia também cabe certa classificação das palavras. Ou seja, deste
processo devem ser considerados, além dos critérios formais, alguns sintáticos e
semânticos. Tudo isso pela possibilidade de classificação de uma palavra apenas pela
sua forma. Isso mesmo! A forma canto, por exemplo, pode desempenhar papel de
substantivo ou um verbo. Isso apenas depende da função e do sentido em que passa
a ser empregada. Observe:
60
com os outros; ou aqueles que antecedem ou aqueles precedem. Em alguns casos,
ocorre com ambos. Tudo isso devido ao caráter linear dos sintagmas. Analise:
Não é possível pronunciar jeho faz lorca. Não há sentido na inversão linear
dos termos. Essa cadeia fônica faz com que se estabeleçam relações sintagmáticas
entre os elementos que a compõem. A partir dessas análises, podemos concluir que
morfemas são as menores unidades formais associadas e dotadas de significado.
Enquanto os sintagmas são as sequências hierarquizadas de elementos linguísticos,
os quais compõem uma unidade na sentença; linearmente e na cadeia da fala. Dessa
forma, a noção de sintagma se aplica para além da palavra. A noção de sintagma se
aplica aos grupos de palavras e também às unidades complexas (palavras compostas,
derivadas, frases inteiras, etc). As relações sintagmáticas existem em todos os planos
da língua: fônico, mórfico e sintático.
Portanto, tenha em mente: morfemas são apenas as menores unidades da
forma das palavras; sintagmas, no entanto, são todas e quaisquer combinações de
unidades linguísticas na sequência de sons da fala, a serviço da forma (rede de
relações + componente semântico) de determinada língua.
Os morfemas são caracterizados, então, por um ou mais fonemas, mas
diferentemente destes últimos, apresentam significado. Os fonemas isolados não
apresentam significado. Observe:
▪ [mar]
▪ [mais]
▪ [mas]
61
▪ Elementos mínimos das emissões linguísticas com significado individual;
▪ Unidade mínima em um sistema de expressões que pode ser
correlacionada com alguma parte do conteúdo;
▪ As menores unidades significativas que podem construir vocábulos ou
parte deles;
▪ A menor parte indivisível da palavra que tem uma relação direta ou
indireta com a estrutura de significação.
8 ENSINO DE SINTAXE
Ensinar sintaxe não é uma tarefa fácil. Ela é, por assim dizer, a parte mais lógica
da língua portuguesa. Para entender a sintaxe, você precisa conhecer muito bem a
morfologia da língua para depois entender como as classes morfológicas –
substantivo, advérbio, adjetivo, verbo, preposição – transformam-se em funções
sintáticas – sujeito, adjunto adverbial, predicativo do sujeito, predicado, objeto indireto.
Sem conhecer essa interface morfossintática, o estudo da sintaxe pode ser
visto por muitos como difícil e entediante. A falta desse conhecimento pode gerar falta
de interesse e rejeição das aulas de língua portuguesa quando o assunto é sintaxe.
Porém, você deve entender que essas nomenclaturas e estruturas são
importantíssimas para que possa fazer uma boa interpretação textual e produzir
textos, tanto verbais quanto escritos.
63
▪ Uso da conjunção coordenativa adversativa, porém para dar progressão
ao texto.
Alguns alunos de Direito eram a favor da pena de morte para crimes hediondos
no Brasil, embora soubessem que essa questão não é aprovada no nosso país, a não
ser nos casos descritos na Constituição Federal.
Margot foi nomeada juíza e, mesmo triste com a ausência de seus familiares,
começou a trabalhar.
64
nexo textual. As conjunções têm essa função por fazerem o papel de articulação
entre as ideias do texto. Elas também têm outras funções, como flexibilizar a costura
do texto, fazer o texto fluir, progredir sintaticamente para transmitir de forma clara e
coerente o pensamento do autor (BARBOSA, 2013). Nesses casos, expressões como
em primeiro lugar, por último, vale acrescentar, além do mais, entre outras,
também funcionam como articuladores sintáticos. Veja mais alguns exemplos de
articuladores sintáticos.
65
portanto, de modo que, assim, a fim de, mas, porém, entretanto, embora, apesar
de, mesmo que, ainda que, ou seja, ou melhor, enfim, finalmente.
O estudo dos articuladores textuais é importante para uma melhor
compreensão do processo de construção do sentido do texto e do discurso. O
emprego inadequado dos articuladores ou a interpretação inadequada de seu uso
pode constituir um problema tanto na produção quanto na recepção de textos,
interferindo no seu processamento (BARBOSA, 2013).
Articuladores que exprimem ideia de tempo: quando, antes que, antes de,
depois de, entre outros.
66
▪ Ideia de conformidade: como, conforme, consoante, segundo, para,
entre outros.
▪ Ideia de consequência: de tal modo que, de forma que, que
(precedido de tão, tanto, tal), entre outros.
▪ Ideia de comparação: como, assim como, segundo, entre outros.
Como você pode ver, todo esse conteúdo dá grande suporte para que se possa
entender como a sintaxe funciona na prática.
67
Fonte: www.qconcursos.com/
1.1 conjunto de países que têm o português como língua oficial ou dominante
[A lusofonia abrange, além de Portugal, os países de colonização portuguesa,
a saber: Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé
e Príncipe; abrange ainda as variedades faladas por parte da população de
Goa, Damão e Macau na Ásia, e ainda a variedade do Timor na Oceania. ]
68
Apesar dos desacordos e discussões que envolvem a pertinência do termo
“lusofonia”, pensar no novo acordo ortográfico é pensar que oito países, com distintas
formações políticas, econômicas, religiosas e socioculturais percebem que seu bem
comum, o idioma, se unificado, ganha maior valorização internacional. Foi assim que
a República Popular de Angola, a República Federativa do Brasil, a República de Cabo
Verde, a República da Guiné-Bissau, a República de Moçambique, a República
Portuguesa, a República Democrática de São Tomé e Príncipe consideraram que a
ortografia unificada constituiria “[...] um passo importante para a defesa da unidade
essencial da língua portuguesa e para o seu prestigio internacional” (ACORDO…,
1990, documento on-line).
Veja, na figura 1, os países em que o português está presente espalhados pelo
mundo.
Além de pensar nos países que falam o português, e de se ater ao fato de ter
havido um acordo de alteração ortográfica, você precisa ter em mente que ortografia
não é língua, mas um código, e, portanto, um dos aspectos que se relacionam a uma
língua, estando em nível superficial; ou seja, a ortografia registra o uso da língua, que
é muito mais profunda do que isso: é sintaxe, é morfologia, é vocabulário, é contexto,
é muito mais.
Sobre a questão linguística, Henriques (2011) argumenta que a dificuldade/
facilidade de entender um português de Portugal pode ser a mesma que um morador
do sul do Brasil pode ter de entender um falante do norte do Brasil, e isso não significa
que norte e sul falem duas línguas diferentes. O acordo não veio para modificar isso,
69
visto que a ortografia está mais relacionada a “traduzir” a modalidade falada para a
modalidade escrita padrão do que para representá-la. Dessa forma, devemos
entender que o novo acordo não veio para unificar a língua, mas para uniformizar seu
registro escrito. Além disso, o acordo ortográfico se trata, especialmente, de uma
decisão política, muito mais do que linguística.
Essa concepção demonstra que a ortografia é uma convenção e está mais
relacionada a um costume, a uma aprendizagem “de fora para dentro” (ou “de cima
para baixo”) do que à formação interna e profunda de uma língua. Para Abbade (2015,
documento on-line), “Todo e qualquer sistema ortográfico é sempre uma convenção,
um combinado, um acordo, de natureza político cultural. A necessidade de uma
ortografia portuguesa regular surge com a sua escrita”.
Assim, as questões mais profundas serão mantidas. Por exemplo, mesmo que,
nos diferentes países de fala portuguesa, tenha-se perdido a obrigatoriedade de letras
duplas, quando elas não são pronunciadas, em Portugal, elas continuam sendo
utilizadas na escrita e na oralidade.
Quanto à necessidade política que preparou o terreno para o novo acordo,
Henriques (2011) argumenta que, se Angola se distanciasse ainda mais do registro
escrito padrão usado no Brasil, isso dificultaria as compras de livros (técnicos, por
exemplo) angolanos. Se Portugal se distanciasse muito desse registro ortográfico
similar, isso poderia levar a uma preferência por compras de livros em inglês, língua
global da atualidade. É nesse sentido, também, que unificar o registro escrito do
português faz abrir o mercado editorial dos países lusófonos a nível mundial,
fortalecendo a língua — fato que tem a seu favor argumentos como o prejuízo que a
diversificação ortográfica gerava devido à elaboração de documentos oficiais,
publicações gerais, desde os dicionários, até os livros didáticos, científicos e literários
em registros ortográficos distintos. Para Henriques (2011), essa lógica não procede,
pois, assim como não se espera que haja um espanhol com grafia argentina, um
espanhol com grafia colombiana, um espanhol com grafia espanhola, não deveria ser
natural o português ter duas grafias distintas.
Abbade (2015, documento on-line) resume essas vantagens com as seguintes
palavras:
Nas palavras de Abbade (2015, documento on-line), “O novo texto, bem menos
problemático que o de 1986, teve dois grandes objetivos: fixar e delimitar as diferenças
entre os falantes da língua portuguesa e criar uma comunidade com uma unidade
linguística expressiva para ampliar o seu prestígio internacional”.
Sobre todas essas questões, o documento oficial (BRASIL, 2009, documento
on-line) posiciona-se da seguinte forma:
Foi, pois, tendo presentes estes objetivos, que se fixou o novo texto de
unificação ortográfica, o qual representa uma versão menos forte do que as
que foram conseguidas em 1945 e 1986. Mas ainda assim suficientemente
forte para unificar ortograficamente cerca de 98% do vocabulário geral da
língua.
72
As críticas soam diversas, não apenas de cidadãos comuns, mas também de
muitos especialistas renomados, como é o caso do linguista Sírio Possenti (2008,
documento on-line):
Perguntado ou não, o que sempre fiz questão de dizer é que a reforma não
aumenta em nada a capacidade de leitura de textos. Dito de outra maneira,
fazer uma reforma porque ela facilitaria a leitura de livros brasileiros na África
ou em Portugal é uma bobagem. Qualquer pessoa que saiba ler, mesmo
precariamente, lê textos com a grafia de Portugal e do Brasil, assim como lê
textos mais antigos e textos escolares, de alunos, por mais que apresentem
problemas de grafia.
73
9.3 O que mudou, afinal?
74
▪ Base I — do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus
derivados.
▪ Base II — do h inicial e final.
▪ Base III — da homofonia de certos grafemas consonânticos.
▪ Base IV — das sequências consonânticas.
▪ Base V — das vogais átonas.
▪ Base VI — das vogais nasais.
▪ Base VII — dos ditongos.
▪ Base VIII — da acentuação gráfica das palavras oxítonas.
▪ Base IX — da acentuação gráfica das palavras paroxítonas.
▪ Base X — da acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das
palavras oxítonas e paroxítonas.
▪ Base XI — da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas.
▪ Base XII — do emprego do acento grave.
▪ Base XIII — da supressão dos acentos em palavras derivadas.
▪ Base XIV — do trema.
▪ Base XV — do hífen em compostos, locuções e encadeamentos
vocabulares.
▪ Base XVI — do hífen nas formações por prefixação, recomposição e
sufixação.
▪ Base XVII — do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver.
▪ Base XVIII — do apóstrofo.
▪ Base XIX — das minúsculas e maiúsculas.
▪ Base XX — da divisão silábica.
76
essas letras já eram utilizadas em nomes próprios, por exemplo, e em algumas
abreviaturas, como em “km” (abreviatura para quilômetro).
77
78
9.4.4 O hífen
79
80
81
82
9.4.5 Qual é a importância global de seu uso com proficiência?
Uma questão importante a ser considerada é que línguas como a francesa, por
exemplo, têm registro ortográfico com base etimológica; ou seja, a partir da origem da
palavra. Já o português tem registro escrito de base fonética, isto é, a partir da
sonoridade das palavras. Considerar essa questão nos leva a observar que sempre
haverá maiores dificuldades para os registros nos países de língua portuguesa, com
mais regras e exceções.
Por isso, para compreender melhor a concepção da reforma ortográfica, foi
necessário destacar princípios, tais como a noção de que a oralidade e a ortografia
pertencem a ordens distintas (lembrando o que foi dito na primeira seção: a ortografia
é convenção que não serve para representar, ipsis literis, os sons da fala, mas para
codificá-los). Por assim ser, certos desacordos não significariam um problema, mas
uma consequência natural das distinções das diferentes nuances atribuídas aos
diferentes lugares de fala — lembramos, aqui, não apenas nos diferentes países, mas
também no interior de um mesmo país, como ocorre com os diversos falares dentro
do Brasil.
Para Henriques (2011), defensor da reforma ortográfica, a polêmica já
abordada se pauta, muitas vezes, no desconhecimento sobre o que seja a ortografia,
primeiramente, gerando o preconceito equivocado de que, se mudou a ortografia,
mudou a língua. Além disso, o autor considera que a mudança gera incômodo por
mexer com o que se estava habituado e que se trata apenas de um costume.
83
Assim, o uso proficiente das novas regras ortográficas se relaciona com os
lugares pelos quais você circulará e, para isso, sua escrita deverá estar adequada.
Documentos oficiais, textos para provas e concursos, trabalhos com revisão de textos,
dentre outros, precisarão estar adequados aos critérios proposto pelo acordo.
Portanto, embora o contexto, especialmente na modalidade oral, quase sempre
seja responsável por esclarecer a intencionalidade do falante, as situações formais de
uso exigirão a norma de prestígio na modalidade escrita. Nesse sentido, conhecer as
novas regas da ortografia auxiliará o profissional das linguagens, os futuros
profissionais e aqueles que precisam apropriar-se delas para os diferentes usos
sociais.
Na Figura 5, por exemplo, temos uma tirinha que exemplifica essa questão: na
oralidade, não é possível diferenciar o uso das formas porque, por que, por quê — na
fala, todas soam exatamente da mesma forma. No entanto, na escrita, é preciso
basear-se nas regras oficiais da língua e diferenciar essas formas de acordo com o
sentido, como fica claro no último quadro da tirinha.
84
Por isso, é importante conhecer algumas das regras que causam maior dificuldade e
polêmica e ler o acordo na íntegra.
Entendendo que os objetivos desse acordo são unificar e simplificar, é preciso
apropriar-se dessas regras com proficiência e, inteirando-se dos aspectos mais
relacionados à política linguística e as duas diferentes visões sobre a reforma,
desenvolver um pensamento crítico sobre a temática.
Trata-se, entretanto, de um trabalho incompleto, porque não é possível dar
conta de quase vinte anos de polêmicas, tampouco de mais de um século de
discussões. Contudo, fica o convite, especialmente, para que você leia o acordo em
sua íntegra e siga envolvido nas pesquisas sobre o assunto, que é dinâmico e
constantemente se modifica, já que seu objeto é uma entidade viva, a língua.
85
10 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
86
AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas: Unicamp, 1992.
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. rev., amp. e atual. conforme
o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
88
NOBLE, Debbie Mello. Gramática. SAGAH, 2020.
SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. 27. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
89